INB realiza simulado de emergência em área de barragem de rejeitos radioativos em MG
Primeiro simulado externo aconteceu em área de até 10 quilômetros da barragem de urânio, tório e rádio, em Caldas.
No dia 8 de novembro, a INB assinou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Federal (MPF). O documento definiu medidas emergências a serem realizadas pela empresa para implantação do Plano de Segurança da Barragem e do Plano de Ação de Emergência de Barragem de Mineração.
Ambos eram cobrados pelo MPF, que queria a garantia da segurança da barragem.
Riscos
As Indústrias Nucleares do Brasil são responsáveis por uma unidade de minério em Caldas, onde há uma barragem de rejeitos com aproximadamente 2 milhões de metros cúbicos de urânio, tório e rádio. Recentemente, uma obra foi feita para um novo sistema extravasor da barragem.
A obra fez parte de um plano emergencial recomendado pelo MPF após uma consultoria da Universidade de Ouro Preto (Ufop) que constatou infiltrações e riscos de ruptura. Em março, a INB entregou um plano emergencial de segurança.
Além da barragem de rejeitos, a área da INB tem a Barragem de Águas Claras, de tamanho maior. Em caso de rompimento, além de afetar diretamente os moradores da região, as duas barragens atingiriam rios.
No início de 2019, procuradores do Ministério Público Federal visitaram a barragem. Na época, foi feito um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para adequar a estrutura à Política Nacional de Segurança das Barragens.
No entanto, faltava a INB providenciar mudanças, como a instalação de sirenes e a digitalização, que vai permitir o acompanhamento em tempo real da situação da barragem.