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Nota da CNEN desmente Ministério Público, que está buscando apoio da mídia para paralisar obras de Angra 3

Fonte: Petronotícias

Está cada vez mais nebulosa essa ação do Ministério Público Federal, que está alegando irregularidades diversas para pedir a paralisação do projeto de retomada das obras das Usina Nuclear Angra 3. O fato foi divulgado pela mídia. Primeiramente pelo, Antagonista e, posteriormente, pelo  Jornal Nacional e pelo O Globo. Apesar de toda essa espuma criada, os principais órgãos interessados não foram comunicados da Ação Civil. Nem a Eletronuclear, que recebeu apenas até agora um pedido de informações sobre o andamento do projeto. O MPF disse que fez a solicitação da suspensão da licença da obra para o IBAMA, que não recebeu qualquer pedido para ser avaliado nessa questão. O MPF alegou que o CNEN, o órgão fiscalizador, não deu autorização para a implantação dos equipamentos necessários para o armazenamento de combustíveis nucleares. A HOLTEC, norte-americana, está com a obra em andamento. Diante desse mistério absoluto, a CNEN, que foi jogada contra a Eletronuclear, divulgou a seguinte nota oficial esclarecendo o assunto e desmentindo todas as reportagens, induzidas por informações possivelmente passadas em off por alguém do MPF. Veja a nota da Comissão Nacional de Energia Nuclear ( CNEN):

"A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) esclarece que o licenciamento nuclear da Unidade de Armazenamento Complementar a Seco para Combustíveis Irradiados (UAS) da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), onde estão localizadas as usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, em Angra dos Reis
(RJ), segue estritamente o estabelecido pelas normas da CNEN. 
Em especial, o processo observa minuciosamente a Norma CNEN NE 1.04, editada em 1984 e atualizada em 2002, e que é destinada especificamente ao Licenciamento de Instalações Nucleares. O licenciamento praticado pela Comissão é guiado por uma normatização rigorosa, alinhada com padrões internacionais de segurança e radioproteção estabelecidos pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Não há e nunca houve qualquer simplificação deste processo.

Importante explicar também que o combustível irradiado (isto é, após o período de utilização no interior do reator) não é considerado rejeito radioativo. O material possui potencial de reprocessamento e pode ainda ser utilizado para geração núcleo-elétrica. O armazenamento seguro desse combustível considera tal possibilidade de reutilização futura.

A CNEN conta com um corpo técnico altamente especializado em sua sede e também em uma unidade em Angra dos Reis, além de escritórios dentro de cada usina nuclear. Em todos estes pontos, profissionais altamente capacitados acompanham e fiscalizam diuturnamente, com proximidade e atenção, a operação das usinas e os procedimentos necessários para avaliação dos licenciamentos que são solicitados pela operadora, a Eletrobras Eletronuclear.

O licenciamento em curso, da UAS, tem sido executado com minuciosa observação das normas e de todas as etapas de avaliação necessárias para garantia da segurança do projeto. Nesse processo, a CNEN já emitiu as licenças de local e de construção. Isso apenas ocorreu após a Eletronuclear ter apresentado a totalidade da documentação pertinente e demonstrado o atendimento aos requisitos normativos de segurança. Entretanto, para a UAS entrar em atividade, ainda precisará obter a licença de operação.

No momento estão previstas atividades pré-operacionais, que visam à qualificação do processo de soldagem das estruturas que devem abrigar os elementos combustíveis irradiados. Esta etapa também demanda procedimentos minuciosos estabelecidos nas normas de radioproteção e segurança da Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear da CNEN.

Portanto, a Comissão Nacional de Energia Nuclear reitera que este processo é realizado de forma completa e com o mesmo rigor técnico e normativo com o qual é licenciada e controlada a aplicação da energia nuclear no Brasil. Nenhum procedimento, documentação ou exigência previstos em norma está sendo descartado nas análises técnicas.

O foco da CNEN é assegurar que a operação de instalações radioativas e nucleares esteja sendo realizada dentro dos padrões de segurança internacionais, sem concessões ou simplificações., visando às melhores e mais seguras aplicações pacíficas da tecnologia nuclear em benefício da população.”

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