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Rússia é líder mundial na construção de usinas nucleares

A Rússia lidera no mundo pelo número de usinas nucleares construídas ou em construção no estrangeiro, respondendo por 16% do mercado de serviços no ramo. A demanda estrangeira de tecnologias e técnicos russos supera a oferta. Segundo peritos, a experiência de muitos anos e propostas eficientes são dois fatores que põem a Rússia fora de concorrência.

Fonte: Voz da Rússia

O número de encomendas estrangeiras de construção de usinas nucleares duplicou nos últimos três anos. No início de 2014, o valor do portfólio de encomendas da Rosatom (Corporação Estatal de Energia Atômica da Rússia) alcançou 98 bilhões de dólares. Nos próximos tempos, a companhia começará a construir 20 blocos energéticos espalhados pelo mundo. Tecnologias de última geração e experiência colossal tornam a Rússia líder nesse mercado de serviços, diz o diretor do Departamento de Comunicações da Rosatom, Serguei Novikov:

"Os blocos que estamos propondo já existem, já estão sendo explorados. Os mais sofisticados encontram-se na China, na usina nuclear de Taiwan. São blocos de geração "três +” que correspondem a todos os padrões de segurança contemporâneos. Os inspetores chineses reconheceram esta usina como a mais segura das existentes no país. A central tem umas das melhores caraterísticas de exploração no mundo”.

Na construção de usinas nucleares, os especialistas russos dispensam especial atenção à segurança. O operador do bloco energético sempre deve estar disposto a quaisquer situações extraordinárias e a saber de quanto tempo dispõe para tornar a normalizar o sistema. Padrões elevados de segurança foram impostos após o acidente na usina de Fukushima. Semelhante situação não pode mais ocorrer nas centrais nucleares russas, aponta o vice-diretor da empresa russa Rosenergoatom, Vladimir Asmolov:

"No caso de um acidente semelhante ao de Fukushima, os projetos russos de hoje permitem controlar o acidente no prazo de 72 horas. Quanto ao próprio cenário dos acontecimentos ocorridos na usina de Fukushima, a central russa pode funcionar autonomamente cerca de um mês”.

Há muito que os parceiros estrangeiros apreciam as vantagens das usinas nucleares russas. A "geografia” da cooperação não deixa de surpreender. Foram assinados contratos de construção de blocos energéticos nucleares com a Hungria, Bangladesh, China, Vietnã, Finlândia, Cazaquistão e Bielorrússia. Em breve, será firmado um acordo de construção do terceiro e quarto bloco na Índia. Duas usinas nucleares serão construídas na província de Bushehr, no Irã, e uma na Jordânia.

Ao mesmo tempo, técnicos russos participam não apenas da construção, mas também de projetos empresariais, o que é sobretudo importante para os países que começam a dominar a energia atômica, continua o diretor do Departamento de Comunicações da Rosatom, Serguei Novikov:

"Se alguns países só estão construindo a primeira usina nuclear, como, por exemplo, a Turquia, Bangladesh e Vietnã, ajudamos eles a preparar pessoal qualificado, assim como organizamos consultas voltadas para elaborar uma nova legislação na área da utilização da energia atômica e formar estruturas de supervisão”.

Além da construção de usinas tradicionais, especialistas russos estão desenvolvendo projetos únicos de centrais nucleares flutuantes de produção de energia elétrica, que não exigem manutenção minuciosa, são energeticamente autônomas e se destinam para a produção de energia em regiões afastadas do país, como o Ártico e a Kamchatka. A primeira usina flutuante do mundo, a Akademik Lomonosov, já está construída.

Está previsto construir no futuro cerca de dez centrais análogas. Os parceiros asiáticos já se mostraram interessados nessas ideias inovadoras. À margem da visita do presidente da Rússia, Vladimir Putin, à China foi tomada uma decisão sobre a construção conjunta de uma usina nuclear flutuante de produção de energia elétrica.

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