Menu Principal
Portal do Governo Brasileiro
Logotipo do IPEN - Retornar à página principal

Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares

Ciência e Tecnologia a serviço da vida

 
Portal > Institucional > Notícias > Clipping de Notícias

Entenda a diferença entre a bomba de hidrogênio e a bomba atômica

Na reportagem entenda o que é a chamada “bomba H” usada pela Coreia do Norte em um teste na quarta (6) e que pode ser pior que bomba atômica.

Fonte: Jornal da Globo

Falou-se muito da diferença entre bomba de hidrogênio e bomba atômica nos tempos da Guerra Fria, quando as superpotências ameaçavam-se mutuamente com o cataclisma nuclear. Vamos lembrar o que faz uma, a de hidrogênio, ser uma arma ainda pior do que a outra.

De 2006 pra cá o país já testou três bombas nucleares convencionais, mas essa seria diferente. A bomba atômica convencional libera energia pela fissão, a divisão do átomo, a bomba de hidrogênio, ao contrário, junta átomos de hidrogênio em átomos maiores, em uma fusão nuclear.

Então quer ver uma imensa bomba de hidrogênio? É só olhar para cima: o sol. O processo físico que gera calor e energia é exatamente o mesmo da bomba. A fusão do gás hidrogênio em gás hélio. É claro que o sol está estável há bilhões de anos porque a energia desse processo de fusão é compensada pela força da gravidade.

Agora, no caso da bomba, não. Ela explode e tem uma imensa capacidade de destruição. Centenas de vezes maior do que das bombas nucleares convencionais.

Só que sismógrafos mediram uma vibração no solo de 5.1 na Escala Richter, quase a mesma do último teste realizado pela Coreia do Norte.

"Esses simógrafos são do Japão, dos Estados Unidos, da Coreia do Sul, ou seja, são países que estão fazendo medidas e que dão a informação que a gente pode mais ou menos acreditar", diz Marcos Nogueira Martins, diretor do Instituto de Física da USP.

Para comparar, o Jornal da Globo usou um aplicativo na internet que simulou o impacto em Seul, capital da Coreia do Sul.

A bomba de quarta-feira (6), com potência de seis quilotons, destruiria parte do centro da cidade. Essas bombas têm metade da potência da bomba de Hiroshima, que atingiria uma área maior.

Já uma bomba de hidrogênio, como a testada pelos Estados Unidos em 1952, destruiria Seul e cidades vizinhas. Seja qual for a bomba testada, isso pode ter consequências graves, diz o cientista político Heni Ozi Cukier.

"Primeiro porque mostra que o programa nuclear norte-coreano continua avançando e está funcionando e o segundo ponto é a questão da violção internacional. A Coreia do Norte está descumprindo com as sua sobrigações e está violando as sanções da comunidade internacional e, particularmente, do Conselho de Segurança", analisa Heni Ozi Cukier, cientista político e professor de Relações Internacionais da ESPM.

Eventos