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Plano de energia até 2050 incluirá novas usinas nucleares, diz MME

Fonte: Valor Econômico

O governo está em fase de conclusão do Plano Nacional de Energia (PNE) 2050, estudo com diretrizes de longo prazo para cada fonte de energia no país, informou o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Luiz Eduardo Barata. Segundo ele, o documento vai prever a construção de novas usinas nucleares no Brasil. "Estamos agora na fase de conclusão do PNE 2050, que seguramente vai contemplar construção de usinas nucleares”, disse Barata, durante cerimônia de lançamento do Caderno de Energia Nuclear da FGV, no Rio de Janeiro.

Segundo ele, falta apenas definir a localização e o número de usinas nucleares com que o governo pretende contar até 2050. Barata lembrou que o estudo atual, com horizonte até 2030, prevê a construção de quatro usinas nucleares no período. O PNE 2030, porém, é considerado defasado pelo mercado.

"Entendemos, e os números mostram, que a energia nuclear hoje é de fato competitiva. Não há razão alguma para que não continuemos investindo na tecnologia. [A tecnologia] é competitiva e de baixo [emissão] carbono”, completou Barata.

O Brasil possui atualmente duas usinas nucleares em operação, totalizando cerca de 2 mil megawatts (MW) de capacidade instalada. Além disso, está em construção a usina nuclear de Angra 3, de 1.405 MW.

Angra

O presidente da Eletronuclear, braço do grupo Eletrobras responsável pela geração de energia nuclear, Pedro Figueiredo, disse que ainda é possível iniciar a operação comercial da usina nuclear de Angra 3 até o fim de 2020. As obras do empreendimento estão paralisadas desde setembro de 2015, por falta de pagamento a fornecedores.

"A obra está parada por uma série de coisas: ‘Lava Jato’ [investigação da Polícia Federal sobre suposto esquema de corrupção envolvendo contratos de Angra 3], falta de financiamento, que não se resolve etc.”, disse. "Ainda miramos 2020 como perspectiva real. O final de 2020 ainda é uma data razoável [para iniciar a operação da usina]”, completou.

Segundo ele, para retomar a construção da terceira usina nuclear brasileira, é preciso solucionar três pontos. O primeiro é terminar a investigação interna feita pela companhia sobre suposto esquema de corrupção envolvendo contratos de Angra 3. Segundo Figueiredo, a investigação deve ser concluída "brevemente”.

O segundo ponto é definir um novo orçamento para a montagem eletromecânica da usina. Figueiredo contou que a empresa contratou a Deloitte para auxiliar na elaboração do orçamento.

O último ponto, disse o executivo, é cancelar os contratos que geraram suspeita de fraude e realizar novos processos licitatórios. "Estamos cancelando esses contratos”, afirmou. "A partir daí, voltaremos aos bancos [para discutir o financiamento do projeto]”, completou.

Angra 3 tem capacidade instalada prevista de 1.405 megawatts (MW). Os dois principais contratos da usina – o de obras civis, que estava a cargo da Andrade Gutierrez, e o de montagem eletromecânica, firmado com um pool de construtoras – estão sendo investigados pela própria companhia e pela Polícia Federal, por indícios de fraude e corrupção.

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