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Autor do voto que deu vitória a Temer, Áureo ganhará cargo em empresa nuclear

Governo vai punir infiéis da bancada do Rio, que deu 23 dos 46 votos contra Temer

Fonte: O Globo

BRASÍLIA - Autor do voto que deu a vitória ao presidente Michel Temer no plenário da Câmara, no último dia 2 de agosto, o deputado Áureo (SD-RJ) deverá receber um cargo de segundo escalão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, na direção das Indústrias Nucleares do Brasil (INB). O parlamentar deu o voto simbólico que, somado aos votos anteriores, ausências e abstenções, reuniu 172 votos em favor do presidente.

Segundo interlocutores do governo, a ideia é tirar um cargo das mãos do ex-ministro Celso Pansera (PMDB-RJ), que votou a favor da denúncia contra Temer e tem indicados na pasta, e direcioná-lo ao parlamentar fiel a Temer. Pansera foi ministro de Ciência e Tecnologia do governo da ex-presidente Dilma Rousseff e voltou à Câmara justamente para votar contra o impeachment da petista, em abril do ano passado.

Apesar de o discurso no Palácio do Planalto ser de que as trocas ocorrerão de forma pontual e a pedido dos partidos, numa troca de cargos entre as mesmas legendas, no caso do Rio essa redistribuição ocorrerá, em alguns casos, não por partido, mas por Estado. É o caso da presidência da INB, hoje ocupada por João Carlos Tupinambá, funcionário de carreira da empresa e indicado pela bancada do PMDB para o cargo em janeiro de 2016.

A INB interessa à bancada fluminense porque detém o monopólio do urânio no país e atua em toda a cadeia produtiva, da mineração até a fabricação do combustível que gera energia elétrica nas usinas nucleares.

DEPUTADO É CONTRA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Procurado pelo GLOBO, Áureo disse que ainda não conversou com Temer sobre possíveis indicações no governo, mas afirmou, em tom de brincadeira, que, se for pelo simbolismo de seu voto, ele tem que virar ministro, como ocorreu com Bruno Araújo (ministro das Cidades), autor do voto que autorizou o impeachment contra Dilma.

— Se fosse pelo simbolismo eu tinha que virar ministro, né. O último que deu voto simbólico virou ministro - afirmou Áureo, logo dizendo que se tratava de uma brincadeira:

— Estou brincando, a gente entende que o governo deve ser recomposto, mas o que está em jogo agora é o Brasil e a recuperação da economia. Mas o governo deve recompor a base, mas ainda não falaram comigo. Semana que vem vou estar no Palácio.

Apesar da possibilidade de ganhar um apadrinhado na empresa pública, o deputado afirma que, da forma como veio o texto do governo, ele não votará a favor da reforma da Previdência.

— Disse desde o primeiro momento: do jeito que o governo apresentou a proposta, minha posição é contra. Esse texto do governo eu não tenho como votar, mas essa é uma posição pessoal — disse ele.

MAIS TROCAS NA BANCADA DO RIO

Segundo fontes do governo, o Planalto também prepara a troca de indicados de outros deputados da bancada do Rio de Janeiro, que deu 23 dos 46 votos do grupo a favor da denúncia contra o presidente Michel Temer. Foram 20 votos pró-Temer, duas ausências e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), que não vota.

Interlocutores do presidente dizem que a deputada Laura Carneiro (PMDB-RJ) é outra que deve perder cargos de segundo e terceiro escalão. Seus apadrinhados, segundo a cúpula do PMDB, devem ir para o deputado Marcos Soares (DEM-RJ), filho do pastor Romildo Ribeiro Soares, mais conhecido como R. R. Soares.

O pastor foi alvo de uma polêmica no ano passado, quando se descobriu que o então ministro das Relações Exteriores, José Serra, concedeu passaporte diplomático e ele e sua mulher, Maria Magdalena Rezende Ribeiro Soares. Os documentos foram solicitados em nome da Igreja Internacional da Graça de Deus, liderada por R.R.. Após as revelações, os passaportes foram suspensos pela Justiça.

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