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Eletrobras: é preciso rever tarifas de combustível nuclear em Angra 1 e 2

Fonte: Fonte: Diário de Minas

A Eletrobras afirma que é preciso fazer uma revisão das tarifas de combustível nuclear para as usinas de Angra 1 e 2 "a fim de manter o contrato equilibrado". A estatal se manifestou por meio de comunicado ao mercado que responde a um ofício enviado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), motivado por reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" publicada na terça-feira, 12.

Segundo apurou a reportagem, a Eletronuclear enfrenta uma crise financeira que já resulta em uma série de calotes milionários a fornecedores e agora ameaça paralisar as operações das usinas nucleares de Angra 1 e 2, no Rio de Janeiro. A companhia estaria sem recursos inclusive para comprar combustível.

A Eletrobras nega que haja "calote" da Eletronuclear junto a fornecedores, entre eles as Indústrias Nucleares do Brasil (INB), estatal que produz o combustível das usinas. Mas afirma que é preciso revisar as tarifas.

O jornal teve acesso a uma carta enviada na semana passada pelo chefe da estatal à diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No documento, Guimarães explica a "grave situação econômico-financeira" da empresa e deixa claro que, se nada for feito, "as usinas nucleares brasileiras terão sua geração elétrica interrompida em 2019".

A origem da crise está nos custos bilionários atrelados às obras da polêmica usina de Angra 3, um projeto que já consumiu R$ 7 bilhões e hoje, mesmo paralisado e sem perspectiva de conclusão, passou a produzir novas dívidas milionárias todo mês, consumindo recursos das duas usinas que já funcionam no complexo de Angra.

Sobre isso, a Eletrobras também pede que "seja tomada uma decisão", na resposta enviada à CVM. Segundo a estatal, "a capacidade instalada nuclear brasileira é uma decisão governamental inerente a Política Energética do país. Por esta razão, foi enviada a correspondência referida na reportagem à Agencia Nacional de Energia Elétrica, reiterando a agência a necessidade de dar atenção ao tema". A Eletrobras lembra que A Eletronuclear acumulava, ao final de setembro, uma provisão de R$ 9,655 bilhões, a título de impairment, e R$ 826 milhões como contrato oneroso para Angra 3.

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