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- 01/07/2019 - Pesquisador do IPEN faz palestra sobre reator nuclear no “Física para Todos”“Nêutrons que Não Sabem Nadar: Radioatividade e Reatores” é o tema da palestra de Frederico Genezini, do CRPq
“Nêutrons que Não Sabem Nadar: Radioatividade e Reatores” é o tema da palestra de Frederico Genezini, do CRPq
"No fundo de uma piscina límpida e de um azul que só se encontra no céu, pequenas partículas se lançam, mais rápidas que a luz, em direção a um futuro que salvará mais vidas, preservará o meio ambiente e terá uma indústria eficiente, limpa e sustentável”. Afinal, do que estamos falando? Quem vai responder é o físico Frederico Genezini, do Centro do Reator de Pesquisas do IPEN, no projeto "Física para Todos”, edição do dia 6 de julho, na Biblioteca Mário de Andrade, a partir das 10h30.
Organizado pelo Instituto de Física da USP (IF-USP), o "Física para Todos” é um evento de divulgação científica que acontece desde 2005, no primeiro sábado de cada mês, na Biblioteca Mário de Andrade, a partir das 10h30. Genezini vai proferir a palestra "Nêutrons que Não Sabem Nadar: Radioatividade e Reatores”, uma abordagem sobre reatores nucleares de pesquisa, suas características e aplicações. Não é necessário fazer inscrição, basta chegar e retirar senha com a equipe local.
Quando se fala em reator nuclear, é comum imaginar esse tipo de instalação voltado apenas para a geração de eletricidade. De uma forma simples, pode-se dizer que não é uma compreensão "errada”. De fato, há obtenção de energia por meio de uma reação nuclear controlada, mas essa energia não se converte apenas na eletricidade que chega a casa das pessoas. Um reator pode ser utilizado para outros fins, como propulsão de submarinos e satélites artificiais, produção de radioisótopos para a medicina nuclear e pesquisas científicas.
Genezini vai explicar brevemente os tipos de reatores, porém o foco de sua palestra é o reator nuclear de pesquisas, especificamente o Reator IEA-R1, do IPEN, pioneiro no Brasil, com 62 anos de operação. Nesse reator são realizadas pesquisas científicas de excelência nas áreas de Física Nuclear Experimental e da Matéria Condensada, bem como de Análise por Ativação Neutrônica, e são produzidos os radioisótopos para uso na medicina nuclear, além de outras aplicações.
"As técnicas que usamos no Reator IEA-R1 são bastante específicas e com capacidades únicas. Há vários trabalhos de ponta sendo desenvolvidos com essas técnicas, que vão desde desenvolvimento de novos nanomateriais e semicondutores, até estudos de arqueologia. Além desses estudos, também desenvolvemos e aprimoramos tecnologias que têm benefício direto para sociedade. Vale ressaltar que o nosso reator tem sido modernizado constantemente nos últimos anos e ainda tem muito a contribuir”, afirmou Genezini.
Segundo ele, uma das principais tarefas do reator do IPEN é justamente a divulgação das aplicações sociais da energia nuclear, ação que vai ao encontro da proposta do "Física Para Todos”, que é a disseminação do conhecimento científico para públicos diversos. "Recebemos cerca de 1000 pessoas anualmente e tentamos, sempre que possível, divulgar o reator na imprensa. Nosso reator é um dos poucos no mundo em que é possível se visitar o saguão da piscina com ele em operação”, ressaltou.
Um dos pontos altos para quem visita o IEA-R1 é ver, "de perto”, o efeito Cherenkov, justamente "a luz azul que só se encontra no céu”. "É um privilégio de nossos visitantes. Dá uma ótimas selfies”, brinca Genezini, acrescentando que a instalação é bastante segura. Respeitando as normas, esperamos continuar a fomentar essa atividade que consideramos uma obrigação do IPEN”. É sobre essas e outras questões curiosas a respeito de um reator que Genezini vai falar no "Física Para Todos”.
Fred, como é chamado entre colegas, tem se dedicado a divulgar ciência em diferentes projetos. Recentemente, participou como palestrante do Festival Pint Of Science, no Armazém 77 (Penha), onde falou sobre "Ativação neutrônica para a determinação de efeitos da poluição na saúde humana” e também explicou o que é reator nuclear, os tipos existentes, suas múltiplas funções e aplicações sociais. Doutor em Tecnologia Nuclear pela USP, tem experiência na área de Física Nuclear, com ênfase em medidas de dados nucleares, aplicações nucleares e instrumentação nuclear.
Mais sobre o evento
O "Física para Todos” é um ciclo de palestras voltado a um público amplo, desde o Ensino Médio até o Ensino Superior, nas várias áreas do conhecimento humano. A cada ano, diferentes temas são tratados, sempre em linguagem acessível, e explicados por alguns de mais conceituados professores e pesquisadores. Os conteúdos abordam aspectos físicos de questões contemporâneas que dizem respeito à vida dos cidadãos e sua visão de mundo.
Serviço
O quê: Palestra "Nêutrons que Não Sabem Nadar: Radioatividade e Reatores”, com o físico Frederico Genezini – CRPq/IPENQuando: Dia 6 de julhoOnde: Biblioteca Mario de AndradeHorário: 10h30
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- 01/07/2019 - Nota de falecimento de Márcia Palmeira de Mello AlexandriaMárcia ingressou no IPEN no início dos anos 1980 e atuou na Gerência de Pessoal (GPE) e no Centro de Projetos Especias, atual Centro de Lasers e Aplicações (CLA), até sair do instituto para lecionar
Márcia ingressou no IPEN no início dos anos 1980 e atuou na Gerência de Pessoal (GPE) e no Centro de Projetos Especias, atual Centro de Lasers e Aplicações (CLA), até sair do instituto para lecionar
A vida é feita de ciclos que muitas vezes parecem se antecipar. Assim, informamos com pesar o falecimento de Márcia Palmeira de Mello Alexandria, na manhã de 30 de junho de 2019.Márcia ingressou no IPEN nos anos 1980 e, pelos caminhos do coração, conheceu João Carlos Alexandria, o Joca, com o qual casou e teve um filho. Joca, até recentemente, foi gerente de Redes e Suporte Técnico do instituto e aposentou-se há poucas semanas.O velório realiza-se no Cemitério do Araçá, Av. Dr. Arnaldo, 300, sala A, piso térreo, desde às 20h de domingo. O sepultamento será em 1º de julho, segunda, às 14h30, no Cemitério Jardins dos Jesuítas, Av. Rotary, 319, Jardim Santa Teresa, Embú das Artes.Márcia é um exemplo de determinação, energia. Sua história se traduz em gestos que traduzem o significado das palavras amor e família. -
- 28/06/2019 - Motivado por série televisiva, pesquisador do IPEN participa de bate-papo em bar sobre ChernobylInspirado no Festival Pint Of Science, Rafael Garcia vai falar sobre aspectos técnicos do acidente ocorrido em 1986 e de sua experiência na viagem a Pripyat
Inspirado no Festival Pint Of Science, Rafael Garcia vai falar sobre aspectos técnicos do acidente ocorrido em 1986 e de sua experiência na viagem a Pripyat
O acidente nuclear de Chernobyl voltou com força à mídia após a exibição recente da série homônima pelo canal fechado HBO. Para esclarecer alguns aspectos sobre o acidente ocorrido em abril de 1986, Rafael Garcia, pesquisador do Centro do Combustível Nuclear (CCN) do IPEN, participará de um bate-papo neste próximo domingo, 30, às 18h, na Bar Galeria 540, (Rua Mourato Coelho, 540, Pinheiros).
Garcia contou que sempre teve interesse no tema e já havia feito uma viagem turística a Chernobyl, em 2011, segundo ele, uma "experiência inesquecível”. "A série despertou o interesse de amigos, que passaram a me fazer muitas perguntas, não só técnicas mas também curiosas sobre a experiência da visita à cidade fantasma de Pripyat. Aí preparei essa apresentação, para explicar de uma forma mais detalhada”.
A ideia de falar sobre esse tema tão hard e polêmico em bar foi inspirada no Festival Pint Of Science, ocorrido de 20 a 22 de maio em 13 bares de São Paulo, inclusive o Galeria 540. "Imaginando deixar uma explicação técnica menos ‘maçante’, tive a ideia de apresentar num bar, de um jeito bem descontraído e agradável, da maneira que é realizado no evento Pint Of Science, do qual o IPEN participou e, este ano, pude assistir”.
Justamente por ser um tema polêmico e complexo, Garcia acredita que é preciso falar a respeito. "Como técnicos, temos a responsabilidade de esclarecer o público. Atualmente, parece haver um descrédito na ciência, e talvez parte da culpa seja dos próprios cientistas, que nem sempre se preocupam em falar de suas pesquisas em uma linguagem acessível à maior parte da população. Na carência de boas fontes, as pessoas acabam mal informadas”, disse.
Trinta e três depois, o acidente ainda repercute e contribui para deixar as pessoas apreensivas em relação à energia nuclear, na opinião de Garcia. "Por mais que estudos indiquem que formas de geração de energia como queima de carvão causem problemas de saúde pública muito maiores do que todos os que já foram causados pela energia nuclear, essa acaba tendo uma rejeição muito maior”, avalia.
O pesquisador atribui a rejeição em parte ao desconhecimento do público, em parte ao que considera "sensacionalismo” da mídia. "É como o caso do transporte aéreo e terrestre. Viajar de avião é muito mais seguro do que de carro, mas tem muito mais gente com medo de avião”, compara. Daí a importância de programas contínuos de divulgação científica sobre esse tema, incluindo os benefícios da tecnologia nuclear.
"Acredito que programas permanentes de divulgação dos usos dessas tecnologias em escolas, por exemplo, seriam muito interessantes. Até mesmo na USP, a maioria das pessoas que frequentam o campus não sabe da existência dos dois reatores nucleares situados no IPEN. Nesse sentido, também seria bacana a divulgação de trabalhos realizados no IPEN com radiação, que precisam ser mais conhecidos, pois impactam no cotidiano de muitas pessoas”.
No bate-papo, ele vai abordar aspectos técnicos do acidente e da radiação e mostrar que a tecnologia nuclear vai muito além da geração de energia. "Permite que tenhamos alimentos mais frescos, produtos de melhor qualidade e diagnósticos médicos mais precisos, melhorando a qualidade de vida das pessoas, dentre outros benefícios”, conclui. O público também terá acesso a fotos de um tour na cidade fantasma de Pripyat.
ServiçoO quê: Bate-papo com ciência: O acidente nuclear de ChernobylQuando: Domingo, dia 30Onde: Bar Galeria 540, na Rua Mourato Coelho, 540
Horário: 18h -
- 24/06/2019 - CNEN divulga Plano de Orientações Estratégicas (POE)A Presidência da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) aprovou, por meio da Portaria 021, de 16 de maio de 2019, o Plano de Orientações Estratégicas (POE)
A Presidência da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) aprovou, por meio da Portaria 021, de 16 de maio de 2019, o Plano de Orientações Estratégicas (POE)
O coordenador Geral de Planejamento e Avaliação da CNEN, Roberto Salles Xavier, enviou ao IPEN o Plano de Orientações Estratégicas da CNEN que estabelece as grandes linhas de orientação para as atividades da instituição no período de 2019 a 2022.
"É fundamental que o POE seja divulgado a todos os servidores e que o planejamento das unidades esteja alinhado com as Diretrizes e Estratégicas", conclui.
Portaria nº 21, de 26 de maio de 2019
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- 19/06/2019 - Embaixador brasileiro que atua na AIEA visita o IPENO conselheiro Marcelo Bölhke, do Ministério de Relações Exteriores (MRE) esteve em visita ao IPEN em 19 de junho
O conselheiro Marcelo Bölhke, do Ministério de Relações Exteriores (MRE) esteve em visita ao IPEN em 19 de junho
Bölhke serve, atualmente, na Missão Permanente do Brasil na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e esteve no Brasil para uma série de visitas técnicas relacionadas ao tema de Salvaguardas. Além do IPEN, Bölhke visitou o compleso naval de Itaguai, no Rio de Janeiro, as usinas nucleares de Angra dos Reis, e a INB. Em São Paulo, além do IPEN, visitou as instalações da Marinha em Iperó e do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, CTMSP.
No IPEN, Bölhke foi recepcionado pelo superintendente do instituto, Wilson A. P. Calvo e por pesquisadores e técnicos cujas atividades estão relacionadas a Salvaguardas nucleares. -
- 19/06/2019 - Música indiana encanta plateia em recital realizado no IPENO músico Helder Araújo, estudioso da música clássica e folclórica indiana, encerrou o primeiro semestre de concertos no auditório "Rômulo Ribeiro Pieroni" durante o projeto de Quartas Musicais
O músico Helder Araújo, estudioso da música clássica e folclórica indiana, encerrou o primeiro semestre de concertos no auditório "Rômulo Ribeiro Pieroni" durante o projeto de Quartas Musicais
Helder Araújo iniciou seu concerto dando informações sobre instrumentos e características da música indiana, que estuda há quase 30 anos. Interpretou, a seguir, músicas da região do Hindustão (norte da Índia), onde morou por um período e para onde retorna com frequência para aprimorar sua interpretação. Araújo, ao longo dessas décadas, foi orientado por mestres como Raj Bhan Sing, Debashis Sanial e Padma B. Sing, entre outros.
Além de tocar o sitar,tabla (instrumento de percussão), violino indiano e bansuri (uma espécie de flauta), Helder Araújo compõe canções com influências indiana, árabe, rock e world music. Ampliou seu conhecimento entre 2012 e 2014 aprendendo a tocar ney (flauta turca) com o músico Huseyin Ozikiliç e Rifat Varol, além de música sufi com Arif Senyuz, em Istambul, Turquia.
Atualmente leciona aulas de música clássica indiana no Instituto Paulista de Sânscrito e em demais instituições brasileiras. Possui quatro CDs gravados: Samadhi, Atmanam, Jhala e Ishta. Ao final, realizou-se um sorteio de CD em que o servidor Franco Brancaccio foi agraciado.
A apresentação também marcou a despedida do Prof. Michael Alpert, coordenador do Laboratório de Música de Câmara (LAMUC), da Escola de Comunicações e Artes, ECA/USP. Após 40 anos na Universidade, Alpert aposenta-se e parte para novos projetos. Ao final do concerto, o Prof. Alpert realizou um discurso emocionado que tocou todos os presentes pois sua presença foi marcante nesses mais de dez anos de apresentações musicais gratuitas realizadas no IPEN.
Mais informações na Assessoria de Comunicação Institucional (ACI) do IPEN, telefone 3133-9095,pergunta@ipen.br -
- 18/06/2019 - IPEN abre seleção para Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da SaúdeDestinado a profissionais da área de saúde, o curso terá início em agosto. Inscrições terminam no dia 18 de julho.
Destinado a profissionais da área de saúde, o curso terá início em agosto. Inscrições terminam no dia 18 de julho.
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN-SP) torna público o edital para processo seletivo do Mestrado Profissional Stricto Senso em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde (MP-TRCS), o único no Brasil nessa área e modalidade. Graduados em medicina, farmácia, bioquímica, biomedicina, radiologia, física médica, biologia, medicina veterinária e áreas afins estão aptos e têm até o dia 18 de julho para submeter inscrição. O Edital completo, bem como o regulamento e os procedimentos para a seleção, neste link.
Coordenado pela física Denise Maria Zezell, o MP-TRCS tem como objetivo geral capacitar profissionais da área de saúde no uso das radiações ionizantes e não ionizantes para diagnóstico, terapia e demais aplicações. "O IPEN é a única instituição no Brasil que pode oferecer uma pós-graduação dessa magnitude. A infraestrutura laboratorial de ponta e a expertise dos pesquisadores nessa área fazem toda a diferença”, afirmou Zezell, que é pesquisadora do Centro de Lasers e Aplicações (CLA) do Instituto.
Serão duas linhas de pesquisa: Processos de Radiação na Saúde, com foco em pesquisas relativas a técnicas de aplicação de radiações ionizantes e não ionizantes em saúde e Medicina Nuclear e Radiofarmácia, voltada a pesquisas relacionadas ao desenvolvimento, fabrico e aplicação clínica dos radiofármacos. Para a primeira, as disciplinas são Avaliação de Tecnologias em Saúde, Fundamentos de Física em Ciências da Saúde, Imagens Médicas, e Proteção e segurança e logística radiológica.
A segunda linha oferece as disciplinas Dosimetria para Radioterapia, Fundamentos de Radioterapia, Interação das radiações ionizantes e não ionizantes com tecidos biológicos, Radiofarmácia I (módulo teórico) e Radiofarmácia II (módulo prático-experimental). Com duração de 24 meses, o programa conta com 21 docentes e inicia-se em 7 de agosto. O período letivo é semestral, de quartas-feiras às sextas-feiras das 14h às 20h. A Comissão de Pós-Graduação MP-TRCS definirá a cada ano o número de vagas disponíveis.
O resultado das inscrições homologadas será divulgado até 19 de julho. Os candidatos que forem enquadrados serão submetidos à (1) Comprovação da proficiência em Inglês, conforme Regulamento; (2) Análise do Currículo Lattes; (3) Entrevista com a Comissão do Processo seletivo do Programa de MP-TRCS; e (4) O candidato estrangeiro, além da proficiência em inglês, deverá comprovar proficiência em Português, segundo o Regulamento do MP-TRCS. No dia 22 de julho, será realizado o Exame de Proficiência (Inglês ou Português para estrangeiros).
Nesse mesmo dia 22, serão realizadas as entrevistas com os candidatos. A divulgação dos resultados finais estará disponível no dia 23 de julho, no link http://mprofissional.ipen.br e pelo telefone (011)3133-9956. Os aprovados têm a partir desse dia até 1 de agosto para efetuar a matrícula na Secretaria do Programa, no prédio do Ensino, 2º andar, onde serão realizadas todas as etapas presenciais. O campus do IPEN está localizado na Av. Prof. Lineu Prestes, 2242, Cidade Universitária, Butantã (São Paulo).
Pioneiro – O MP-TRCS foi o único aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) na modalidade, área de Medicina II, concorrendo com mais sete propostas. "A nossa expertise de profissionais farão desse curso um curso único e de excelência, a exemplo do que é o nosso atual, o Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP. O Brasil vai ganhar muito com esses profissionais altamente qualificados que vamos formar para a área de saúde”, afirmou o pró-reitor Marcelo Linardi.
São inúmeras as contribuições que o MP-TRCS dará ao Instituto e ao País, na avaliação do superintendente do Instituto, Wilson Calvo, reitor do Programa. "O IPEN continua firme na sua missão de oferecer melhoria da qualidade de vida da população brasileira, produzindo conhecimentos científicos, desenvolvendo tecnologias, gerando produtos e serviços de maneira segura e formando recursos humanos nas suas áreas de atuação. Nesse programa, profissionais capacitados para atuarem numa área tão importante ao Brasil: a saúde", disse.
Sobre o IPEN – Autarquia vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) do Governo do Estado de São Paulo e gerida técnica e administrativamente pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), do Governo Federal. Tem destacada atuação em vários setores da atividade nuclear entre elas, nas aplicações das radiações e radioisótopos em medicina nuclear. Em parceria com a USP, possui um Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear, níveis Mestrado e Doutorado acadêmicos, cuja nota é 6 na Capes.
ServiçoO quê: Seleção para ingresso no Mestrado Profissional Stricto Senso em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde (MP-TRCS)Instituição: Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN-SP).Período: de 17 de junho a 18 de julho de 2019 -
- 18/06/2019 - IPEN divulga resultado da seleção de candidatos a bolsa de pós-doutorado em novos radiofármacosO Escritório de Gestão de Projetos/Apoio ao Pesquisador – DPDE/EGP comunica o resultado da Seleção de Bolsista de Pós-Doutorado no âmbito do Projeto FAPESP 2017/50332-0, intitulado “Capacitação científica, tecnológica, infraestrutura em Radiofarmácia e Radiações a serviço da Saúde”, na área de atuação: Novos radiofármacos e fontes radioativas.
O Escritório de Gestão de Projetos/Apoio ao Pesquisador – DPDE/EGP comunica o resultado da Seleção de Bolsista de Pós-Doutorado no âmbito do Projeto FAPESP 2017/50332-0, intitulado “Capacitação científica, tecnológica, infraestrutura em Radiofarmácia e Radiações a serviço da Saúde”, na área de atuação: Novos radiofármacos e fontes radioativas.
A avaliação dos candidatos, por meio das informações constantes dos documentos apresentados, à luz do disposto no Edital, levando em conta as considerações de cada integrante da Comissão Julgadora deliberoupela seguinte classificação:
1) Dr. Lucas Freitas de Freitas - Brasil
2) Dr. Velaphi Clement Thipe – África do Sul
Será convocado o primeiro classificado para implementação da bolsa e, em caso de impedimento, será convocado o segundo colocado.
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RESULT OF POS DOC GRANT SELECTION
The candidates, based on the information contained in the documents presented, according to the information published in the Edital, taking into account the considerations of each member of the Commission were evaluated. The final result of the commission is the following:
1) Dr. Lucas Freitas de Freitas – Brasil
2) Dr. Velaphi Clement Thipe – South Africa
The first classified for the implementation of the scholarship will be called and, in case of impediment, the second place will be called.
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- 18/06/2019 - '60 anos de produção de radiofármacos no Brasil': IPEN apresenta seu pioneirismo a público no ILPPesquisadores mostraram pesquisas e projetos que fizeram história e colocaram o Instituto na fronteira da Medicina Nuclear no País
Pesquisadores mostraram pesquisas e projetos que fizeram história e colocaram o Instituto na fronteira da Medicina Nuclear no País
Quando se fala em energia nuclear, o sentimento mais comum é de receio. Entretanto, são inúmeros os benefícios sociais e econômicos que ela pode gerar. Para falar das aplicações na área de saúde, com foco na medicina nuclear, cientistas do IPEN promoveram nesta segunda-feira, 17, uma série de talkssobre as atividades do Instituto desde que foi produzida a primeira dose de radiofármaco no Brasil, ainda de forma experimental: o Iodo-131 (131I), usado para diagnóstico e terapia de doenças da tireoide.
Esse feito, ocorrido em 1959, marcou o pioneirismo do IPEN e foi fundamental para a viabilização e consolidação da medicina nuclear no País. Ao longo de seis décadas, o Instituto expandiu suas atividades de pesquisa e de produção, tornando-se excelência na área. A série de talks, que ocorreu das 14h às 17h, no Instituto do Legislativo Paulista (ILP) – Plenária Teotônio Vilela, abriu a série de atividades do "60 anos de Produção de Radiofármacos no Brasil: o IPEN na fronteira da Medicina Nuclear”.
"Estamos aqui, nesta casa Legislativa, para apresentar uma parte da área nuclear, que tem sido fundamental para o desenvolvimento do País. É uma satisfação muito grande estar aqui, e agradeço ao ILP por se colocação à nossa disposição. No que depender do IPEN e da CNEN, daremos passos largos em direção à oferta de produtos e serviços visando ao bem estar da população brasileira”, declarou Paulo Roberto Pertusi, presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), autarquia federal à qual o IPEN está vinculado.
O superintendente do IPEN, Wilson Calvo, abriu a sessão de talks falando sobre "As várias faces do Instituto mais completo e eclético do Brasil”. Destacou que o Instituto está aberto à visitação e ressaltou a missão de promover a melhoria da qualidade de vida da população brasileira e, à medida que falava de cada Centro de Pesquisa, foi apresentando algumas das mais importantes pesquisas na área de saúde. Citou ainda a parceria com o Governo do Estado, por meio da FAPESP. "Fomos contemplados com R$ 13,6 milhões e uma bolsa extra de Jovem Pesquisador, voltados para a saúde, com aplicação na área de radiofármacos”, disse.
Calvo fez um balanço dos indicadores do IPEN e ressaltou a importância na formação de recursos humanos. "Já formamos mais de 2,8 mil mestres e doutores, e hoje [17 de junho] lançamos o edital para o Mestrado Profissional [em ‘Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde’] específico para profissionais da área de saúde. Também temos convênios acadêmicos com instituições brasileiras e internacionais. Um dos grandes impactos desses convênios nacionais é a transferência de tecnologia para regiões que antes não a dominavam”.
O superintendente destacou ainda o Projeto Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), tema de um dos talks apresentados, as pesquisas em saúde do IPEN nas áreas correlatas, e a produção de radiofármacos, que atende quase 2 milhões de pacientes ao ano. Também mencionou o recebimento da Medalha Mérito Tamandaré outorgada, em 2017, pelo Comando do 8º Distrito Naval (COM8DN) ao Instituto, como um dos inúmeros prêmios recebidos. "Os parceiros dizem a nossa importância”, concluiu.
Passado e presente – O pesquisador Jair Mengatti falou na sequência, sobre "Os bastidores da Medicina Nuclear – Desafios e Esperanças”. Iniciou agradecendo à Constância Pagano Gonçalves da Silva, "Pesquisadora Emérita” do IPEN e precursora dos radiofármacos no Instituto, e fez um retrospecto histórico desde a década de 50, quando foi construído o IEA-R1. Apresentando fotos históricas, desde a inauguração do Reator, das primeiras produções, no prédio do próprio Reator, Mengatti passou pelos destaques a cada década.
"A partir da década de 1960, passamos a produzir outros radiofármacos. Nos anos 1970, tivemos o primeiro bloco do Centro de Radiofarmácia. Em 1979, a medicina nuclear já era real e efetiva no País. Naquela época, o IPEN já vislumbrava a importância do Tecnécio-99 (99Tc). Nos anos 1980, a partir de uma demanda que já existia, foi realizado o primeiro PET [exame de imagens com Flúor-18] no INCOR, um exemplo do pioneirismo do IPEN. Nos anos 1990, adquirimos o Cíclotron de 30MeV e produzimos novos radiofármacos, até chegarmos ao que temos hoje”, afirmou.
Mengatti salientou que é necessária uma infraestrutura mínima para atender os pacientes no tempo certo. O grande desafio, segundo ele, é a logística para transportar radiofármacos. Atualmente, o IPEN comercializa 32 radiofármacos para todos os procedimentos no Brasil. Em termos de produção, o pesquisador acredita que o RMB vá suprir todas as necessidades e tornar o Brasil autossuficiente. "Temos um desafio enorme, que está nas mãos das próximas gerações do IPEN”.
Com o tema "Radiofármacos! O que isso tem a ver com Medicina Nuclear?”, a pesquisadora Elaine Bortoleti de Araújo iniciou com a definição de radiofármacos, afirmando que são "medicamentos únicos por conterem elemento radioativo [radioisótopo] na sua estrutura”. Destacou a expertise do IPEN nessa atividade, que é escopo de regulamentação intensa e constante. "Não se produz em qualquer lugar, precisamos de pessoal treinado e capacitado, e de instalações adequadas, com requisitos de segurança e sanitários”, pontuou.
Bortoletti também explicou como são obtidos os radiofármacos e deu exemplos de suas diferentes aplicações em diagnóstico e tratamento de doenças, não apenas de câncer, destacando sua importância e seu alcance na saúde pública. Em terapia, os radiofármacos são usados na destruição das células tumorais e em outras doenças, como artrite reumática. Em diagnóstico, são utilizados para exames de imagem, como cintilografia ou mapeamento. "Há centenas de diagnósticos possíveis de fazer em medicina nuclear”, disse, mostrando imagens relacionando-as ao radiofármaco correspondente.
O novo e o futuro – Coube ao pesquisador Emerson Bernardes apresentar o que tem sido pesquisado no IPEN para nacionalizar radiofármacos ainda não produzidos no Brasil e para ampliar o espectro de aplicações. "O que há de novo?” foi o tema do talk, que abordou o projeto do Núcleo de Inovação em Medicina Nuclear do Instituto. Bernardes começou fazendo uma provocação: "Quando falamos em energia nuclear, pensamos em como nos proteger. Nunca como usamos a nosso favor. É o que vou propor aqui”.
De acordo com o pesquisador, ensaios pré-clínicos são muito importante como primeira etapa de desenvolvimento de radiofármacos. Citando a fala de Jair Mengatti, ratificou que sempre foi preocupação do IPEN lidar com o que era de mais atual e moderno em radiofármacos no País. "E o que temos, hoje, de mais atual: radiofármaco não é atualizado apenas para terapia e diagnostico do câncer. Isso abre possibilidades, em termos de pesquisa, porque qualquer processo biológico ou patológico pode ser explorado pelo uso do radiofármaco”.
Bernardes mostrou como estão divididas as atividades de pesquisa, desenvolvimento e Inovação do Centro de Radiofarmácia do IPEN. Comentou que alguns radiofármacos são utilizados para processos neurodegenerativos, como Alzheimer. Reiterou que o câncer de mama é o mais comum em mulheres e relacionou incidência e mortalidade, dizendo que, no Brasil, a incidência é menor do que em outros países, porém, a mortalidade é maior.
"Isso ocorre porque o diagnóstico é feito de forma tardia, cerca de 40% quando a doença está em fase metastática. O diagnóstico inicial, mais recomendado, é baseado em biópsia. Enquanto fora leva cerca de 30 dias para o resultado, no Brasil, entre o paciente procurar o hospital e receber o diagnóstico, temos aí um período médio de 7 a 8 meses. Aí, acontece o que a gente chama de heterogeinedade tumoral: doença em estágio avançado com metástase. Dependendo da fase da doença, você não consegue mais a biopsia como indicador”, explicou.
Bernardes também falou como tumores respondem ou não a tratamentos, mostrando imagens com exemplos de tipos de radiação e sua capacidade de penetração quando o radiofármaco é injetado no paciente. Concluiu falando de pesquisa com molécula nova, em estágio pré-clínico, usando como alvo PSMA. "O 18F-PSMA é usado para diagnóstico. Estamos fazendo estudos para viabilizar ou ampliar o uso dessa molécula para todo o Brasil e também para a terapia”.
Reatores – Com o tema "RMB – Construindo um futuro melhor”, o engenheiro José Augusto Perrotta, coordenador técnico do Projeto Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), antes de apresentar esse empreendimento, falou sobre Reator Nuclear de Pesquisa, apresentando conceitos básicos como da energia nuclear, desde o átomo, radioatividade, reações nucleares e suas aplicações. Mostrou a diferença entre reator de potência, para geração de energia, e de pesquisa, caso dos reatores da CNEN.
Fazendo um breve retrospecto histórico do Reator IEA-R1, do IPEN, Perrotta destacou os benefícios dessa instalação a sociedade. "É a base da CNEN é isso: transformar C,T&I em benefícios para a sociedade. Ao construirmos um reator, jogamos uma semente, e o que se forma ao redor é um grande centro gerador de conhecimento e desenvolvimento tecnológico e inovação, como foi o caso do IPEN, como, esperamos, seja o caso do RMB. Mas ainda não sabemos como fixar essas pessoas, e esse é um desafio”.
Sobre o RMB, Perrotta disse que é um "sonho” que ele espera se tornar realidade o quanto antes. "Todas as apresentações aqui mencionaram o RMB, porque é uma infraestrutura fundamental para aplicações sociais e industriais estratégicas, e de desenvolvimento do País. Hoje importamos em torno de 23.175 Ci [de curie, unidade de medida de atividade radioativa] de Molibdênio-99, cada Ci custa 680 dólares. Com o RMB, esperamos produzir 54 mil Ci, ou seja, mais que o dobro. Vamos substituir todos os radioisótopos que são importados hoje e isso vai gerar economia e autossuficência para o Brasil”.
Perrotta fez uma apresentação com imagens do futuro empreendimento, especificando cada prédio e área de atuação. Encerrou dizendo que o Brasil detém a tecnologia do ciclo do combustível – o enriquecimento de urânio é feito em Aramar, na região de Sorocaba, onde estará sediado o RMB e outras expertises. "Temos a capacidade de produzir os insumos e sabemos operar um reator. Também somos capazes de lidar com a questão das licenças para operação. Precisamos de parcerias para a parte da engenharia”.
Perrotta citou o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), a Marinha do Brasil, a Amazul (Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.), a Financiadora de Projetos (Finep), a CNEN e suas unidades, bem como grandes laboratórios nacionais, como o Projeto Sírius e o Laboratório Nacional de Luz Síncroton (LNLS) como instituições parceiras fundamentais para o sucesso do RMB.
"O RMB é a tecnologia nuclear a serviço da vida, com um incalculável valor social, já que também será um centro de pesquisa nuclear de referência no futuro, podendo abrigar instalações em outro patamar tecnológico das atualmente existentes", concluiu Perrotta.
Mostrando sua importância – Ao final, o diretor-técnico e de Operação da Amazur, Francisco Roberto Portella Deiana, parabenizou o IPEN pela iniciativa de se apresentar no ILP e fez uma indagação sobre o número de radiofármacos comercializados pelo IPEN. Em seguida, o físico Silvério Crestana se manifestou, reiterando as palavras de Deiana sobre a importância de o IPEN se mostrar à sociedade e sugerindo que essa atividade seja ampliada para outros fóruns formuladores das principais políticas públicas para inovação.
"Eu sugeriria de o IPEN reunir o conjunto de seus cientistas para fazer uma semana, um grande seminário do IPEN, para mostrar tudo o que está sendo desenvolvido em todas as áreas – muito pioneirismo, qualidade e inovação. Vai dar um orgulho muito grande para deputados e parlamentares que formulam políticas publicas”, afirmou Crestana.
Encerrando o evento, Paulo Pertusi e Wilson Calvo mais uma vez agradeceram ao ILP e se colocaram à disposição para novas atividades que possam levar ao conhecimento da sociedade tudo o que o IPEN realiza. O evento no ILP integra a série de atividades pelos 60 anos de produção de Radiofármacos no Brasil. Foi organizado pela bolsista Adriana Miranda, no âmbito do Programa José Reis de Incentivo ao Jornalismo Científico, da FAPESP.
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- 18/06/2019 - IPEN abre processo seletivo para Mestrado Profissionalizante em Tecnologia das Radiações na SaúdeO novo curso de mestrado no IPEN foi aprovado pela CAPES (MEC) em 5 de outubro de 2018 e o processo seletivo está aberto até 18 de julho
O novo curso de mestrado no IPEN foi aprovado pela CAPES (MEC) em 5 de outubro de 2018 e o processo seletivo está aberto até 18 de julho
Os interessados devem enviar documentação para smp@ipen.br
Informações na secretaria de Ensino com Sabrina, tel. 11 3133-9956, prédio de Ensino, sala 208, 2º andar.
O exame de proficiência em Inglês será realizado em 22 de julho de 2019, às 9h, no prédio de Ensino do IPEN.
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- 13/06/2019 - Em parceria com Alemanha, IPEN vai estudar impactos da gravidade zero na neurofisiologiaAcordo entre o Instituto e o Centro Aeroespacial Alemão avaliará a adaptação e o equilíbrio da membrana celular na pesquisa aeroespacial
Acordo entre o Instituto e o Centro Aeroespacial Alemão avaliará a adaptação e o equilíbrio da membrana celular na pesquisa aeroespacial
Nos últimos anos, cientistas têm se debruçado a estudar os efeitos da gravidade na saúde humana. Mas a farmacologia aeroespacial, particularmente, ainda é uma área incipiente em temos de pesquisa e literatura científica. Nessa perspectiva, Brasil e Alemanha vão trabalhar conjuntamente durante dois anos, a partir de uma parceria interinstitucional entre IPEN e Centro Aeroespacial Alemão – DLR Center.
O Acordo de Cooperação, denominado "Behavior of Iigand-receptor and membrane fluidity under altered gravity” (Comportamento de sistemas ligante-receptor e da fluidez de membranas sob gravidade alterada, em tradução livre), formalizado em março deste ano, pela direção do Instituto, tem por objetivo investigar os impactos da gravidade zero na neurofisiologia. O experimento está previsto para voar a Marte em 2030, com lançamento de Kiruna, na Lapônia.
Os biólogos Patrick Jack Spencer, do Centro de Biotecnologia (CB) do IPEN, e Jens Hauslage, do Instituto de Medicina Aeroespacial do DLR Center, são os pesquisadores responsáveis no âmbito do Acordo. Spencer é doutor em Tecnologia Nuclear pelo IPEN/USP e Hauslage, em Biologia, pela Universidade Friedrich Whilhelms de Bonn (Alemanha).
Segundo Spencer, o IPEN entrará com a cultura de células e os receptores purificados de células neurais, e o DLR Center, com a aquisição do cilindro de liga de magnésio, produzido na Alemanha, e com os sensores, além do foguete e de centrífugas. O pesquisador explica que, com a ajuda de um chip, a afinidade da acetilcolina, um neurotransmissor, pelo seu receptor, será testada em condições de hiper e microgravidade.
"Será importante para o IPEN criar um protocolo sobre o experimento de gravidade, algo que já está em andamento na Alemanha. Com a adequação do equipamento de ressonância plasmônica de superfície, sistema que vai medir a cinética, para instalação no módulo de carga útil do foguete, podemos aprender também sobre a integração do foguete. Não é apenas pingar o neurotransmissor ou apenas apertar o botão”, explica Spencer. "Participaremos dos testes de bancada, de vibração, centrífuga e da integração, montagem e lançamento do foguete”, acrescenta.
Serão realizados experimentos em relação ao comportamento de neuroreceptores e seus ligantes (responsáveis pela comunicação entre as células), fluidez de membrana e interação de transmissores neuronais sob gravidade reduzida e alterada.
"Resolvemos nos dedicar a essa área a partir do lançamento da disciplina Farmacologia Espacial no DLR Center, porque nem todo fármaco vai desencadear os mesmos efeitos em condições de gravidade alterada. Já há dados experimentais que mostram que a membrana de células expostas à gravidade alterada sofrem mudanças em sua composição e que anestésicos têm a sua cinética modificada em condições de microgravidade”.
De acordo com Spencer, além da missão – o lançamento do foguete está previsto para 2030, de Kiruna, na Lapônia, será ministrado um curso de dez dias abordando desde os princípios básicos até o uso de sistemas fechados para reciclagem de água e oxigênio a serem usados em viagens espaciais de longa duração.
Citando um experimento do qual participou, no Centro de Lançamento de Alcântara (MA), Spencer relatou: "A carga útil do foguete se perdeu no mar. Fomos um dos poucos grupos que conseguiu resgatar os dados, pois tínhamos telemetria e os dados foram transmitidos em tempo real. O experimento indicou que reações químicas similares àquelas que ocorrem no cérebro têm comportamento diferente na ausência de gravidade”.
Dessa experiência, Spencer entende que a farmacologia espacial deve dar subsídio para voos tripulados de longa duração. como para Marte – há expectativa de um voo tripulado para o planeta vermelho em 2030, com uma exposição à microgravidade de seis meses para ir e o mesmo tempo para voltar.
"Quando falamos da gravidade em Marte, estamos falando em 0,38vezes aquela da terra. Em termos de efeitos fisiológicos, ainda não se sabe o que pode ocorrer. As poucas informações obtidas é que se os astronautas ficarem na ISS [do inglês, Estação Espacial Internacional] e não forem para a esteira todos os dias, as chances de desenvolverem uma osteoporose ou atrofia muscular é grande”, explica Spencer.
Segundo ele, "entre outros problemas, esse é apenas o macroscópico, o microscópico, como a depressão, e alterações no sistema imune ainda estão sendo estudados”. A farmacologia do cérebro – acrescenta o pesquisador – é apenas um aspecto dentre aqueles que deveriam ser investigados.
Como exemplo, Spencer cita idosos com sobrepeso: "eles possuem menor propensão à osteoporose, porque o esforço mecânico para se manter em pé, forçando o esqueleto acaba estimulando a fixação de cálcio. No espaço, onde não há peso, este esforço não existe e pode ocorrer a perda óssea”.
Atualmente, segundo o pesquisador, há um satélite do grupo colaborador alemão no ar, reciclando urina com microorganismos para gerar água e oxigênio. Essa água, por sua vez, vai alimentar ‘plantas’, como o tomate, e será testada com gravidade similar à da lua e à de Marte. O satélite foi lançado da base de Vandenberg pela Alemanha, em parceria com os Estados unidos.
O Acordo de Cooperação entre IPEN e DLR Center foi assinado em 14 de março, pelo superintendente do Instituto, Wilson Calvo, e contou com a presença de Spencer, da diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino, Isolda Costa, e do gerente do Programa de Internacionalização, Niklaus Ursus Wetter,
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- 12/06/2019 - Acervo da Biblioteca do Instituto de Química da USP é irradiado para descontaminação no IPENUma vez por semana, cerca de 4m3 de material vem sendo tratado no Irradiador Multipropósito de Cobalto-60. Operação dura alguns meses e deve ser concluída em julho
Uma vez por semana, cerca de 4m3 de material vem sendo tratado no Irradiador Multipropósito de Cobalto-60. Operação dura alguns meses e deve ser concluída em julho
Uma grande parte do acervo da biblioteca do Instituto de Química (IQ) da USP está passando por desinfestação no Irradiador Multipropósito de Cobalto-60 do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR). São tratados, uma vez por semana, cerca de 4m3 de material, que estavam contaminados por insetos e fungos. As obras estão distribuídas em caixas padronizadas e identificadas, para facilitar a irradiação na câmara de 60Co e posteriormente o retorno às prateleiras devidas.
De acordo com Pablo Vásquez, pesquisador responsável pelo Irradiador Multipropósito de 60Co e pela linha de pesquisa para preservação de objetos de patrimônio cultural, o IPEN foi procurado por uma equipe da Divisão de Biblioteca e Documentação do Conjunto das Químicas liderada por Fátima Paletta, chefe de seção de aquisição. Seguindo o processo convencional para estes casos, o pesquisador foi até o local para verificar o tipo e o grau de contaminação.
"O acervo estava bastante comprometido devido à contaminação por fungos e insetos. Pela quantidade considerável a ser processada, foi estabelecido um cronograma dando prioridade aos lotes mais críticos. O trabalho foi dividido em etapas progressivas, visando o processamento de pelo menos um destes lotes por semana, pois existem compromissos preexistentes relacionados aos materiais do IPEN no Irradiador. Provavelmente, a desinfecção seja finalizada em julho deste ano”, afirmou. Ao todo serão tratados 12 mil volumes equivalentes a mil caixas de material.
Vásquez salienta a importância de qualquer material a ser processado com radiação ionizantedeva vir embalado, identificado e transportado com segurança, seguindo um "Protocolo de Preparação para Acervos Contaminados”. Este procedimento foi desenvolvido no Irradiador Multipropósito de Co-60 e publicado numa dissertação de mestrado.
"A logística utilizada e a forma como o material é entregue nesta instalação é fundamental para garantir a eficiência do processamento, ou seja, eliminar micro-organismos. No caso específico do acervo do IQ, está sendo aplicada uma dose absorvida dentro do intervalo de 6kGy e 10kGy [o Gray representa a quantidade de energia de radiação ionizante absorvida, ou dose, por unidade de massa]. A dose utilizada para eliminar os fungos também elimina os insetos, mas o inverso não acontece por causa da radiosensibilidade desses organismos”, explica.
Outra medida importante, segundo Vásquez, é tomar medidas relacionadas à conservação preventiva do local contaminado, que deve ser reformado ou colocado em condições adequadas para receber novamente o acervo tratado. "Quando existe uma infestação por cupins, por exemplo, não adianta só irradiar o material, é preciso tratar o local do acervo, caso contrário, a contaminação retorna com o tempo. É certo que a radiação ajuda a retardar novas infestações, mas é fundamental deixar todo o ambiente limpo e livre de contaminação. Por isso, são emitidos critérios e recomendações relacionadas ao pre e pós tratamento,”, observa o pesquisador.
Desde que iniciou suas operações, em 2004, o Irradiador Multipropósito de Co-60 tem sido uma das mais importantes instalações do IPEN na prestação de serviços voltados para a preservação de bens culturais. A parceria com a USP já possibilitou a desinfestação de vários acervos, entre eles o da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU-USP), além de outros museus nacionais. Vásquez adianta que, em breve, o IPEN receberá um grande acervo do Museu Ipiranga, que inclui livros, telas, móveis e instrumentos musicais.
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- 12/06/2019 - 'Comprometimento dos servidores é o que garante o nosso sistema de gestão'Desde 2005 à frente do Sequa, a engenheira Tereza Salvetti diz que o comprometimento da alta direção e dos servidores é o que faz a diferença para o sistema de gestão da qualidade no Instituto. Confira a entrevista:
Desde 2005 à frente do Sequa, a engenheira Tereza Salvetti diz que o comprometimento da alta direção e dos servidores é o que faz a diferença para o sistema de gestão da qualidade no Instituto. Confira a entrevista:
Antes de falarmos sobre as conquistas do IPEN, vamos começar por uma pergunta básica: quais as certificações existentes e as diferenças entre elas?Salvetti - Bem, ISO é a sigla para International Organization for Standardization ou Organização Internacional para Padronização, em português, e tem como foco a padronização e a normatização de sistemas para a garantia da qualidade dos processos internos em diferentes segmentos do mercado. No Brasil, a organização está ligada à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), instaurando um padrão que não só eleva a competitividade da empresa, mas redefine os procedimentos, tornando-a um referencial. Suas normas mais conhecidas são a ABNT NBR ISO 9001, ABNT NBR ISO 17025 e ANBT NBR ISO 14001. Cada norma é dedicada a uma aplicação específica, ou seja, 9000 é para questões da qualidade de produto ou serviços e 14000 é para questões ambientais. Essas normas permitem certificação, sendo que várias organizações, desde que autorizadas pelo INMETRO, podem atuar. A norma 17025 é específica para que o laboratório demonstre competência para realizar seus ensaios ou calibrações, sendo que seus escopos, diferentemente das normas anteriores, são acreditados pelo regulador. No Brasil,o INMETRO é o único que realiza esta atividade nos laboratórios.
Além dessas, há outras normas que o IPEN precisa atender?Salvetti - Sim, o Sistema de Gestão (SG) do IPEN também precisa atender a uma resolução CNEN (CNEN NN 1.16), que trata de questões da qualidade, porém, com foco em segurança. Essa resolução não é facultativa, como as normas citadas até aqui, é obrigatória, pois é a única existente na CNEN para o processo de licenciamento das instalações nucleares, instalações radiativas e para as instalações vinculadas à gestão de rejeitos radioativos no Brasil.
Quais as certificações que o IPEN recebeu/manteve ao longo desses 20 anos e para quais Centros de Pesquisa/unidades?Salvetti - O IPEN teve a sua primeira certificação ABNT NBR ISO 9002 em 1996, para atividade "produção, controle de qualidade e comercialização de radiofármacos". Em 1999, passou a ter quatro escopos certificados ABNT NBR ISO 9001. Porém, após a junção do cíclotron e da radiofarmárcia, reduziu para três escopos, que foram sendo adequados conforme as proposições das próprias normas e da estrutura adotada pelos respectivos gerentes e direção.
Quais os escopos certificados no IPEN?Salvetti - Temos o CEN - Prestação de serviços tecnológicos em sistemas energéticos e nucleares; o CECRF - Pesquisa e desenvolvimento, produção, controle de qualidade e comercialização de radiofármacos e produção de radioisótopos em cíclotron; e o CERPQ - Operação e manutenção do Reator IEA-R1 e prestação de serviços de irradiação. Atualmente, apenas o laboratório de calibração de instrumentos (LCI) do GMR tem a acreditação (ABNT NBR ISO 17025) para o escopo "Instrumentos de medição em proteção radiológica: Medidor de equivalente de dose ambiente e Medidor de taxa equivalente de dose ambiente.”
Em várias oportunidades, você afirmou que implantar e manter um Sistema de Gestão em instituição pública é um desafio. Por quê?Salvetti - Para que um SG tenha sucesso em sua implantação, é fundamental que a alta direção da instituição entenda e esteja envolvida e comprometida com esse Sistema. As normas mais recentes até retiraram a figura que havia anteriormente de um "Representante da Direção” para coordenar o SG e atribuíram essa responsabilidade à alta direção. O IPEN, neste sentido, não tem tido problemas, pois os últimos gestores têm apoiado as ações de manutenção do SG. Nosso maior problema é a falta de recursos humanos que auxiliem na correção e melhoria dos processos, pois isso implica na atualização da documentação e registros específicos na intranet e nos arquivos, preservando a informação. Isso demanda tempo e dedicação. Contudo, o número de servidores é cada vez menor e não convém que certas atividades sejam realizadas por terceirizados. Ultimamente, com a questão da escassez de RH, até a questão de recursos financeiros deixou de ser a maior preocupação para a manutenção do SG.
Como o Instituto tem superado esses desafios? Existe alguma saída?Salvetti - Basicamente, o comprometimento de alguns funcionários é que tem mantido o SG do IPEN ainda aderente às normas de conformidade. Neste sentido, temos procurado envolver mais pessoas, mas isto fica cada vez mais difícil, pois temos que realizar cada vez mais coisas com a mesma carga horária de trabalho. Na última reunião de análise crítica, foi sugerido pela dire que seja contratada uma empresa que assuma esta atividade no Instituto, sobre a coordenação da SEQUA. Apesar de não ser o ideal, é o possível para o momento. Estamos definindo o escopo de trabalho para orçar junto a fornecedores.
Nesse cenário, o que pode ou precisa ser melhorado?Salvetti - Nossos processos precisam ser revistos criticamente, otimizando atividades; adoção de ferramentas (softwares) que nos auxilie na gestão dos processos; a comunicação relativa aos SGs precisa ser melhor desenvolvida, entre outras melhorias que precisam ser implementadas nos SGs. -
- 12/06/2019 - Bolsa de Jovem Pesquisador na área de nanomateriais e radiossensibilização para Projeto FAPESP no IPENO IPEN abre edital para uma bolsa de Jovem Pesquisador como parte do processo FAPESP nº 2017/50332-0 para capacitação científica, tecnológica e em Infraestrutura em Radiofarmácia e Radiações Serviço da Saúde. O prazo para as inscrições termina em 12 de julho
O IPEN abre edital para uma bolsa de Jovem Pesquisador como parte do processo FAPESP nº 2017/50332-0 para capacitação científica, tecnológica e em Infraestrutura em Radiofarmácia e Radiações Serviço da Saúde. O prazo para as inscrições termina em 12 de julho
O edital tem por objetivo selecionar um projeto coordenado por pesquisador na área de nanomateriais e radiossensibilização para padronização de modelos tumorais para testes em nanopartículas híbridas e radiofármacos. O desenvolvimento do projeto tem como tema específico a avaliação in vitro e in vivo de nanopartículas funcionalizadas de Ouro (Au) e Paládio (Pd) como radiossensibilizadores, bem como de 198Au e 103 Pd como nanopartículas radioativas, para tratamento de tumores utilizando radiação ionizante.
A pesquisa será realizada no Centro de Química e Meio Ambiente (CQMA) do IPEN e a bolsa terá a duração de 48 meses. O valor será de R$ 8.377,50 com dedicação de 40 horas semanais em horário comercial. O candidato deverá ter doutorado em Engenharia Biomédica, Bioengenharia ou em outra área afim.
O candidato deverá enviar até 12 de julho, às 17h, a documentação via e-mail para egp@ipen.br com o título: "Bolsa - JP - IPEN". Informações poderão ser solicitadas no mesmo e-mail. O resultado será divulgado até o dia 26 do mesmo mês.
Download do Edital
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- 10/06/2019 - Bolsa FAPESP de Pós-Doutorado para pesquisa com células a combustível e hidrogênio no IPENUma oportunidade de Pós-Doutorado com Bolsa da FAPESP está disponível no Centro de Células a Combustível e Hidrogênio (CCCH) do IPEN como parte do Projeto Temático “Estudos sobre o uso do bioetanol em células a combustível tipo PEMFC e SOFC”. A bolsa tem duração de 6 meses, com início em agosto/2019.
Uma oportunidade de Pós-Doutorado com Bolsa da FAPESP está disponível no Centro de Células a Combustível e Hidrogênio (CCCH) do IPEN como parte do Projeto Temático “Estudos sobre o uso do bioetanol em células a combustível tipo PEMFC e SOFC”. A bolsa tem duração de 6 meses, com início em agosto/2019.
O candidato selecionado integrará a investigação na produção de hidrogênio pelo processo de reforma a vapor, sendo desejável experiência na preparação e caracterização de catalisadores e na realização de testes catalíticos. Na preparação de catalisadores é desejável experiência na síntese de nanopartículas metálicas e de catalisadores suportados. Na caracterização de catalisadores espera-se habilidade no uso de diferentes técnicas como: espectroscopia por energia dispersiva de raios-X (EDX), difração de raios-X (DRX), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), medidas de área metálica e dispersão (quimissorção), área específica (BET) e espectroscopia na região do infravermelho (IV). É desejável conhecimento em técnicas espectroscópicas de absorção de raios-X como XPS,EXAFS e XANES, com experiência em projetos em fontes de luz síncrotron. Habilidade na operação de estações de testes catalíticos e cromatografia em fase gás (CG) é de fundamental importância.
O interessados devem enviar:■ curriculum vitaeno formato Lattes (lattes.cnpq.br), contendo link decitações do perfil do candidato na base Researcher ID (researcherid.com);
■ uma carta de motivação em inglês (máximo de duas páginas), demonstrando aexperiência na área e destacando a aderência ao perfil desejado; e■ duas cartas de recomendação, enviadas diretamente do e-mail daspessoas escolhidas como referência (preferencialmente, ex orientadores esupervisores). Os documentos deverão ser enviados por e-mail, comassunto "Post-doc Ethanol – Nome do Candidato”, para o endereçoegp01@ipen.br. Mais informações podem ser solicitadas por meio dessemesmo endereço eletrônico.
Prazo: 10 de julho de 2019Mais informações sobre a bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP estão disponíveis
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- 06/06/2019 - Vice-presidente da Rosatom vem ao IPEN para a entrega de prêmio inédito para América LatinaPremiação oficial foi na cidade de Sochi, Rússia. Mas Ivan Dybov, vice-presidente da Rosatom América Latina fez questão de entregar simbolicamente o troféu em reconhecimento ao pioneirismo do IPEN
Premiação oficial foi na cidade de Sochi, Rússia. Mas Ivan Dybov, vice-presidente da Rosatom América Latina fez questão de entregar simbolicamente o troféu em reconhecimento ao pioneirismo do IPEN
O IPEN foi o primeiro representante latino-americano a conquistar o prêmio "Nuclear Technologies for better life” ("Tecnologias nucleares para uma vida melhor”, em tradução livre), concedido pela Rosatom, Companhia Estatal de Energia Nuclear da Rússia. A cerimônia de premiação foi no 15 de abril, na cidade de Sochi, durante o 11th International Forum ATOMEXPO 2019. Mas o presidente regional para América Latina, Ivan Dybov, fez questão de vir ao Instituto para a entrega simbólica do troféu nesta quarta-feira, 5, às 14h.
"Gostaria de congratular o IPEN e dizer que estou realmente muito orgulhoso, porque esta é a primeira vez que um representante da América Latina é contemplado, concorrendo com outros dez países, o que mostra a grandiosidade do Instituto. A Rosatom tem contrato o maior no Brasil, com o IPEN, e isso nos orgulha pela nossa contribuição com soluções para problemas ambientais e para o desenvolvimento do sistema do saúde e com a melhoria da qualidade de vida das pessoas”, afirmou Dybov, referindo-se ao projeto "Multipurpose Gamma Irradiation and Mobile Unit with na Electron Beam Accelerator Developed in Brazil”.
Ruan Nunes de Souza, vice-presidente da estatal russa na América Latina, destacou o fato de o IPEN estar disputando o prêmio com projetos da iniciativa privada e também de instituições "de peso”. "O Escritório da América Latina estava na torcida pelo IPEN, sabendo que era uma disputa muito acirrada com projetos de investidores privados. O IPEN bateu a GE [General Electric, conglomerado multinacional sediado em Boston, Massachussetts] e a Universidade da California, e o júri era completamente independente. Por isso, comemoramos bastante”.
Os dirigentes da Rosatom, além de Jeferson da Silva Costa, representante legal da JSC Isotop, empresa da Rosatom Corporation que atua nos mercados de produtos isotópicos, dispositivos de radiação, equipamentos médicos e de uso geral para área nuclear. A comitiva foi recebida pelo superintendente do Instituto Wilson Calvo, que agradeceu o prêmio e destacou a parceria Brasil-Rússia, um acordo bilaterial de longo prazo na área de tecnologias nucleares aplicadas à medicina, que chega ao seu segundo ano.
Calvo fez um breve relato dos primeiros entendimentos de parceria entre os dois países, no final da década de 1990, e que culminou com o acordo firmado em maio de 2017. Oficializada a cooperação, ficou definido que o IPEN seria responsável pelo fornecimento de radioisótopos com preços mais competitivos, para garantir o atendimento à população mais carente do Brasil. "Queremos potencializar nossa parceria promovendo eventos, seminários, intercâmbio de pesquisadores e também envolver o Reator Multipropósito Brasileiro na parceria”.
A diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino do IPEN, Isolda Costa, também agradeceu à Rosatom pelo reconhecimento ao Instituto e salientou a importância de Brasil e Rússia estreitarem ainda mais a parceria, com foco na pesquisa e pós-graduação. "O IPEN está de parabéns. Para mim, é um orgulho pertencer a esta instituição, cujo dirigente está na linha de frente desse projeto vencedor. Tenho acompanhado o interesse da Rússia nessa parceria, vamos estreitá-la ainda mais, por meio de novos projetos".
A pesquisadora Maria Helena Sampa, também do CTR, destacou o apoio que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) vem dando a um dos componentes do projeto, na área de meio ambiente. Sampa foi recentemente laureada com o título de "Pesquisadora Emérita” no International Meeting on Radiation Processing (IMRP19), realizado em Strasbourg, França, no período de 1 a 5 de abril.
Para uma vida melhor – O projeto vencedor, que em tradução livre significa "Irradiador Gama Multipropósito e Unidade Móvel com Acelerador de Feixe de Elétrons Desenvolvido no Brasil”, foi implementado pelo Centro de Tecnologia das Radiações (CTR) do IPEN e refere-se a duas importantes estruturas para a aplicação da tecnologia nuclear: um irradiador de uso contínuo de Cobalto-60 e um acelerador de feixe de elétrons para tratamento de efluentes industriais.
O primeiro está em atividade desde 2003 e é prioritariamente utilizado para as necessidades do Instituto, como a esterilização dos recipientes usados para transporte e uso de radiofármacos, esterilização de rações e outros insumos do biotério e irradiações de suporte às pesquisas desenvolvidas no IPEN e nas instituições parceiras. Além disso, promove aplicações pioneiras no Brasil, como a desinfestação e a contenção da proliferação de microrganismos em bens culturais e obras de arte por meio da radiação ionizante do Co60.
O outro componente do projeto é a unidade móvel com um acelerador de feixe de elétrons para tratar efluentes industriais para fins de reutilização, com requisitos de segurança chancelados pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), pela BSS Serviços de Blindagem e pela própria CNEN, autarquia federal do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), à qual o IPEN está vinculado.
A unidade móvel pode ser usada para o tratamento de efluentes da produção de petróleo, para a dessulfurização de petróleo (processo de remoção de enxofre) e para a degradação de compostos orgânicos tóxicos em águas residuais com fins de reutilização. Um dos objetivos do projeto é demonstrar a eficiência dessa tecnologia para resolver problemas de efluentes industriais no Brasil, principalmente no caso da Companhia de Saneamento de São Paulo (SABESP) e da Companhia de Petróleo PETROBRAS.
Também estiveram presentes os gerentes Niklaus Ursus Wetter, do Programa de Internacionalização do IPEN, Efraim Perini, do Centro de Radiofarmácia, Margarida Hamada, do CTR, e Cassiane Jarodewski, do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), e Celso Gimenes, Recursos Humanos, além Francisco Edmundo Sprenger, engenheiro que projetou o Irradiador e a Unidade Móvel, Samir Somessari, Anselmo Feher, Leonardo Gondim Leonardo G. Andrade Silva, integrantes do projeto vencedor.
Não estavam presentes, mas também compõem a equipe Celina L. Duarte,Fabio Eduardo da Costa, Pablo A. Salvador Vásquez, Nelson M. Omi, Fabiana F. Lainetti, Renato Racher Gaspar e Paulo Roberto Rela, além de Calvo e Sampa.
O projeto é apoiado pela AIEA, pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTIC), pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP/MCTIC), pela Nuclebrás Equipamentos Pesados (NUCLEP) e pelo próprio IPEN/CNEN.
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- 06/06/2019 - Pós-doutorado em nanomateriais com bolsa da FAPESPFonte: Agência FAPESP
O projeto "Capacitação científica, tecnológica e em infraestrutura em radiofármacos, radiações e empreendedorismo a serviço da saúde", coordenado pelo professor Marcelo Linardi, oferece uma Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP. O prazo de inscrição se encerra no dia 10 de junho de 2019.
O projeto reúne equipe multidisciplinar, que envolve cientistas de diversos centros do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), no desenvolvimento de biomateriais de baixo custo e nanomateriais metálicos, protéicos ou híbridos, bem como radiofármacos inovadores para aplicações na área da saúde.
O bolsista conduzirá pesquisa teórica e/ou empírica, além de outras atividades regulares, como apresentação de seminários, elaboração de artigos científicos e disseminação dos resultados da pesquisa.
É necessário que o candidato tenha doutorado em engenharia biomédica, bioengenharia ou áreas afins, além de conhecimentos em: síntese e caracterização de materiais nanoestruturados; ciência e tecnologia das radiações; modelos in vitro e in vivo (com experiência em cultivo celular e manuseio de animais de laboratório) para aplicação de nanomateriais; ensaios biológicos e bioquímicos para estudos referentes à aplicação de nanomateriais em sistemas biológicos.
É recomendável que o candidato tenha forte histórico de publicação na área de nanomateriais metálicos e proteicos e suas aplicações biomédicas.
Os interessados podem se inscrever enviando currículo Lattes, MyCitation (Google Scholar), carta de interesse e carta de recomendação de um orientador ou supervisor anterior via e-mail para egp01@ipen.br, com o título "Bolsa - PDIP - Nanomateriais e Radiofármacos”.
Mais informações sobre a vaga em: www.fapesp.br/oportunidades/2897.
A oportunidade de pós-doutorado está aberta a brasileiros e estrangeiros. O selecionado receberá Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP no valor de R$ 7.373,10 mensais e Reserva Técnica equivalente a 15% do valor anual da bolsa para atender a despesas imprevistas e diretamente relacionadas à atividade de pesquisa.
Caso o bolsista de PD resida em domicílio fora da cidade na qual se localiza a instituição-sede da pesquisa e precise se mudar, poderá ter direito a um auxílio-instalação. Mais informações sobre a Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP estão disponíveis em www.fapesp.br/bolsas/pd.
Outras vagas de bolsas, em diversas áreas do conhecimento, estão no site FAPESP-Oportunidades, em www.fapesp.br/oportunidades.
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- 30/05/2019 - Dona Crô aquece o outono no IPEN com o calor dos ritmos nordestinosOs jovens músicos da banda Dona Crô apresentaram um repertório que destacou a diversidade dos ritmos nordestinos e os compositores da região
Os jovens músicos da banda Dona Crô apresentaram um repertório que destacou a diversidade dos ritmos nordestinos e os compositores da região
Pela terceira vez, o Dona Crô esquentou a plateia do IPEN com uma apresentação alegre, descontraída e contagiante. Os jovens músicos Ailson Junior, Iuri Galati, Jhonathan Pereira e Rommel Monteiro, formados pela ECA/USP, interpretaram canções de Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Alceu Valença, Gilberto Gil no auditório do IPEN em 30 de maio.
A apresentação é resultado de uma parceria de mais de dez anos com o Laboratório de Música de Câmara, LAMUC, da ECA/USP, coordenado pelo Prof. Michael Alpert.
A banda Dona Crô realiza um trabalho consistente de divulgar a ampla diversidade da música nordestina com arranjos inovadores sem descaracterizar suas origens.
Ao final da apresentação, foram sorteados frascos de mel do Apiário Viana que prestigia o projeto.
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- 28/05/2019 - IPEN programa atividade pelos 60 anos de produção de radiofármacos no BrasilParlamentares, lideranças sociais e público em geral terão a oportunidade de conhecer o Instituto e sua enorme contribuição para medicina nuclear do País
Parlamentares, lideranças sociais e público em geral terão a oportunidade de conhecer o Instituto e sua enorme contribuição para medicina nuclear do País
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), por meio do seu antigo Departamento de Processamento de Material Radioativo (TP), atual Centro de Radiofarmácia (CR), foi pioneiro na produção de radioisótopos e radiofármacos no Brasil. Começou de forma experimental em 1959, com o radiofármaco Iodo-131 (131I), usado para diagnóstico e terapia de doenças da tireóide, o que foi fundamental para a viabilização e consolidação da medicina nuclear no País.
Para comemorar os 60 anos desde que a primeira dose foi produzida, o Instituto está organizando o evento "60 anos de Produção de Radiofármacos no Brasil: o IPEN na fronteira da Medicina Nuclear”. A data, assim como o trabalho realizado pelo IPEN, representam os esforços de ofertar à sociedade brasileira os melhores e mais amplos recursos de acesso a tratamentos de câncer e de outras doenças de elevado impacto social e econômico.
O evento integra uma série de talks no dia 17 de junho, das 14h às 17h, no Instituto do Legislativo Paulista (ILP) – Plenária Teotônio Vilela (165, Av. Srg. Mario Kozel Filho, 1 – Paraíso), voltados para lideranças sociais e comunitárias, parlamentares e sociedade em geral. Haverá transmissão em tempo real pela TV Alesp e posterior veiculação nos meios de comunicação da casa. O evento é aberto e gratuito.
O superintendente do IPEN, Wilson Aparecido Parejo Calvo, abre a série nesse dia com o tema As várias faces do Instituto mais completo e eclético do Brasil”, com a finalidade de apresentar o IPEN em todas as suas vertentes: P&D, inovação, empreendedorismo, ensino e formação de recursos humanos.
Calvo também falará sobre o apoio tecnológico que o Instituto oferece à industria, os produtos e serviços para todos os setores da economia, e a origem e pilar da medicina nuclear no Brasil. Atualmente, o IPEN é responsável pela produção e distribuição de aproximadamente 90% de todos os radiofármacos utilizados pela MN no País.
Também serão apresentados, nesse dia, os temas "Os bastidores da Medicina Nuclear – Desafios e Esperanças” e "Radiofármacos! O que isso tem a ver com Medicina Nuclear?”, pelos pesquisadores Jair Mengatti e Elaine Bortoleti de Araújo, do Centro de Radiofarmácia do IPEN, respectivamente.
Mengatti dará uma visão histórica dos desafios e superações desde a produção da primeira dose de Iodo-131, pela equipe liderada pela pesquisadora Constância Pagano Gonçalves da Silva, apresentando os índices e números que demonstrem a importância e contribuição do IPEN para a disponibilidade de radiofármacos no Brasil.
Bortoleti vai falar sobre radiofármacos, como são obtidos e suas diferentes aplicações (diagnóstico e tratamento), bem como sua utilização para além do tratamento de câncer, destacando a importância e o alcance desses medicamentos na saúde pública.
Perspectivas – "Tudo o que se pode fazer com um Reator Nuclear... muito além de uma luz no fundo da piscina” será o tema de abertura nesse dia, em palestra ministrada pelo pesquisador Frederico Antonio Genezini. Como funciona um Reator Nuclear de Pesquisa, os processos de segurança, o efeito Cherenkov e as diversas aplicações de maior impacto para a sociedade, em saúde e meio ambiente, são alguns dos tópicos dessa apresentação.
Em seguida, o pesquisador Emerson Bernardes abordará o tema "Inovação em Radiofármacos – O que há de novo?”, focando nas pesquisas realizadas no IPEN visando a nacionalização dos radiofármacos ainda não produzidos no Brasil e como ampliar o espectro de aplicações. Também falará sobre o projeto do Núcleo de Inovação em Medicina Nuclear.
Encerrando a programação desse dia, José Augusto Perrotta, coordenador técnico do Projeto Reator Multipropósito Brasileiro – RMB, apresentará o tema "RMB – Construindo um futuro melhor”. O pesquisador fará uma breve apresentação do empreendimento, sua magnitude em termos de garantir a autossuficência do País na produção de radiofármacos e a participação e importância do IPEN nesse projeto.
A programação completa aqui.
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- 27/05/2019 - Inscrições de trabalhos para SBFoton 2019, no IPEN, encerram-se nesta sexta-feira, 31Referência nacional em fotônica, atuando nesta área desde a década de 1970, Instituto abre suas portas para sediar o evento, que acontece em outubro
Referência nacional em fotônica, atuando nesta área desde a década de 1970, Instituto abre suas portas para sediar o evento, que acontece em outubro
A Sociedade Brasileira de Fotônica (SBFoton) abriu chamada para a submissão de trabalhos na 2ª Conferência Internacional da Sociedade Brasileira de Ótica e Fotônica - SBFoton 2019, a ser realizada de 7 a 9 de outubro, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), na Cidade Universitária, em São Paulo. Interessados têm até 31 de maio para se inscrever e obter informações adicionais no site www.sbfoton.org.br.
O formato proposto para a Conferência inclui sessões plenárias, palestrantes convidados, sessões técnicas revisadas por pares, com apresentações orais e de pôsteres, painéis e um salão de exposições. A SBFoton 2019, sob o tema "Conectando Pessoas com Luz” (Connecting People with Light), é apoiada pela IEEE Photonics Society (IPS) e pela The Optical Society (OSA), e é a conferência específica para fotônica e tecnologias relacionadas no Brasil.
O IPEN é referência nacional em fotônica, tendo iniciado suas atividades nesta área na década de 1970, no que seria o embrião do Centro de Lasers e Aplicações. Com esta longa jornada, o CLA tem reconhecida competência científica e tecnológica no desenvolvimento de lasers de estado sólido e suas aplicações, com atuação nas áreas de saúde, processamento de materiais, monitoração ambiental e nuclear, formando recursos humanos e gerando produtos e serviços.
"As pesquisas desenvolvidas no CLA contam com apoios regulares e de chamadas especiais de agências de fomento, como o INCT de Fotônica, do CNPq, e o Programa Modernização de Institutos Estaduais de Pesquisa, da FAPESP”, afirmou Ricardo Elgul Samad, coordenador do SBFoton 2019. Segundo ele, realizar a segunda edição do evento no Instituto é motivo de grande expectativa.
"Nossa expectativa para a realização da SBFoton 2019 no IPEN é de que será um encontro que esperamos ansiosamente para acontecer e não queremos que acabe. A Conferência reunirá grandes especialistas da área para discutir sobre o que se está produzindo na fronteira do conhecimento e discutir sobre as principais tendências para o futuro. E isso em um ambiente onde se produz pesquisas de ponta, desenvolvidas em laboratórios de alta tecnologia”, disse.
A programação oferecerá de pesquisa básica a aplicações de última geração, de acordo com Samad. "E vamos valorizar a interação e integração dos participantes, fomentando a oportunidade de colaboração entre aprendizes e especialistas de vários lugares do mundo”, acrescentou.
A SBFoton 2018, primeira conferência específica para Fotônica e tecnologias relacionadas no Brasil, foi realizada no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), em Campinas (SP). "A experiência foi ótima. Para realizar esta 2ª Conferência, colocamos em prática muito do que aprendemos com a realização da 1ª Conferência, em 2018. Juntar uma centena de pessoas de diversos ambientes, reunidas em torno de um programa de alta qualidade técnica, e oferecer oportunidade de momentos de interação e colaboração, é um desafio”, aposta Samad.
Este ano, a meta é dobrar o número de participantes, e o local de realização do evento é extremamente importante, influi de maneira decisiva no andamento do programa, acredita o pesquisador. "No IPEN, teremos uma infraestrutura excelente, em um campus de grande beleza natural, dentro da Universidade de São Paulo e estrategicamente localizado na cidade”, destaca.
Artigos – Os interessados podem enviar artigo completo original para revisão até o dia 31 de maio, lembrando que o cadastro na plataforma EDAS precisa ser feito até 27 de maio. Os trabalhos que forem aceitos serão publicados pelo IEEE Xplore, indexado pela Web of Science e Scopus (serviços de indexação de citações científicas com base em assinaturas on-line). A aceitação dos trabalhos será comunicada no dia 31 de julho, e a versão final será enviada até 30 de agosto.
A coordenação do evento ressalta que será adotado o processo de revisão Double Blind (quando o avaliador não conhece o autor do artigo submetido e vice-versa), ou seja, o artigo deve ser submetido sem os nomes e afiliações dos autores, mas com espaço apropriado para incluí-los na versão final. Segundo a regra, "este procedimento garantirá que o formato não seja alterado e que o número de páginas não exceda o limite de páginas. Depois de aceita, a versão final carregada deve incluir nomes e afiliações dos autores”.
As contribuições originais podem ser nos seguintes tópicos: Comunicação Óptica; Lasers; Fotônica Integrada e Optoeletrônica; Ótica e Instrumentação; Biofotônica; e Sensores, Imagem e Iluminação. "O evento será uma excelente oportunidade de aprendizado e discussão sobre uma das áreas mais impactante para o desenvolvimento tecnológico da sociedade moderna”, concluiu Samad.