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- 26/07/2021 - Morreu Marco Antonio Raupp, aos 83 anosFonte: Agência FapespAgência FAPESP - Marco Antonio Raupp morreu sábado (24/07) aos 83 anos, em decorrência de um tumor cerebral. Ele foi ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, de janeiro de 2012 a março de 2014, e diretor do Parque Tecnológico de São José dos Campos em duas gestões: de 2009 a 2011 e de outubro de 2014 a junho de 2021.
Ocupou o cargo de diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Instituto Nacional de Computação Científica (LNCC) e presidiu a Agência Espacial Brasileira e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
"Raupp foi uma figura permanente no cenário de ciência, tecnologia e inovação do país nos últimos 35 anos. Nas numerosas instituições que dirigiu, sua atuação foi sempre voltada para a busca de soluções de grandes problemas. Na direção do Inpe fortaleceu nossa autonomia na fabricação e testes de satélites e foi a grande liderança na criação do Parque Tecnológico de São José dos Campos, modelo desse tipo de organização no país”, afirmou Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP.
"Dentre suas várias realizações, considero Raupp, junto com outros colegas, um dos responsáveis pela criação do campus da Unifesp [Universidade Federal de São Paulo] em São José dos Campos. Fomos juntos ao Ministério da Educação e, graças também ao aval do Raupp, então à frente do Parque Tecnológico de São José dos Campos, saímos de uma reunião com o então diretor da SESU [Secretaria da Educação Superior], Nelson Maculan, com as primeiras oito vagas de docentes aprovadas", lembrou Luiz Eugênio Mello, diretor científico da FAPESP, que, na época da criação do campus em São José dos Campos, era pró-reitor de Graduação da Unifesp. "Raupp deixa não só um amplo legado de realizações, mas um modelo e inspiração de dedicação a coisa pública.”
Raupp era gaúcho, nascido em Cachoeira do Sul. Graduou-se em física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Fez o mestrado em matemática na Universidade de Brasília (UnB) e o doutorado na mesma área, na Universidade de Chicago. Foi professor do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (USP).
No Inpe, entre 1985 e 1989, criou o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), o Laboratório de Integração de Testes (LIT) e participou das negociações que resultaram no acordo de cooperação entre Brasil e China para o desenvolvimento dos satélites CBERS-1 e CBERS-2, feito pelo qual recebeu o título de Comendador da Ordem de Rio Branco, concedido pelo Ministério das Relações Exteriores. E, no LNCC, criou o Laboratório de Bioinformática, utilizado por pesquisadores e pela indústria.
Como ministro, criou a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), em 2013, e foi responsável pela formulação e coordenação da política espacial brasileira de 2011 a 2012.
Foi membro titular da Academia Internacional de Astronáutica (IAA), do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e do Conselho Superior da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e presidiu o Conselho de Administração do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Integrou o Conselho Administrativo da Alcântara Cyclone Space (ACS) e da Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron (ABTLuS), hoje denominada Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas.
Recebeu os títulos da Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico da Presidência da República; de Grande Oficial da Ordem do Mérito Aeronáutico, da Força Aérea Brasileira; de Grande Oficial da Ordem do Mérito Naval, da Marinha do Brasil; a Medalha de Pacificador, do Exército Brasileiro e a Medalha da Inconfidência, do Governo do Estado de Minas Gerais.
Foi homenageado pelo diretor do Parque Tecnológico de São José dos Campos, Marcelo Nunes: "Perde a ciência e a inovação. Ser humano ímpar, Marco Antonio Raupp é um ícone em nosso país, responsável por atos arrojados, e deixa um legado de desenvolvimento tecnológico e o respeito de todas as pessoas que, assim como ele, tinham a dedicação em aprender sempre. Raupp conseguia entender as dificuldades e necessidades de startups a multinacionais, agia sempre em busca de levar a tecnologia como um diferencial e fez do PqTec o maior e mais respeitado parque do Brasil”.
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- 22/07/2021 - USP investirá R$ 20 milhões em pesquisas com foco em áreas estratégicasOs projetos devem ser inovadores, interdisciplinares e propor ações transformadoras na sociedade
Os projetos devem ser inovadores, interdisciplinares e propor ações transformadoras na sociedade
Fonte: Jornal da USP
A Pró-Reitoria de Pesquisa selecionará projetos de pesquisa inovadores que tenham como foco o desenvolvimento de áreas estratégicas e a implementação de políticas públicas relacionadas, promovendo ações transformadoras na sociedade.Ao todo, serão investidos R$ 20 milhões, distribuídos entre os projetos selecionados de acordo com os itens financiáveis. Os recursos poderão ser utilizados na aquisição de material de consumo, material permanente e serviços, e para custear um ano de bolsas de iniciação científica ou de pós-doutorado.
"Esse edital prioriza o desenvolvimento de pesquisas em áreas estratégicas, estimula a multidisciplinaridade com a integração entre diferentes unidades da USP e reforça a integração dos pós-doutorandos. Esses projetos olham para as demandas da sociedade em rápida transformação, contribuindo para o avanço do conhecimento e para o desenvolvimento socioeconômico do País”, afirmou o pró-reitor de Pesquisa, Sylvio Roberto Accioly Canuto.
São consideradas áreas estratégicas para o edital:
- Tecnologias de mobilidades disruptivas
- Energias limpas e sustentáveis
- Envelhecimento
- Saúde
- Economia azul
- Alimentos
- Água
- Economia criativa e economia circular
- Saúde planetária
- Projetos em Ciência Cidadã
- Tecnologias não poluentes
- Inovações tecnológicas na saúde e no esporte
- Bem-estar animal
- Novos materiais e tecnologias avançadas
- Identidade nacional e desigualdade social
As propostas devem ser enviadas até o dia 30 de julho para a Pró-Reitoria de Pesquisa, por meio da Comissão de Pesquisa da unidade, museu ou instituto especializado do coordenador da proposta. Os projetos devem envolver duas ou mais unidades da USP.
Entre os critérios para a seleção estão a relevância do projeto e o potencial de retorno para a sociedade na forma de desenvolvimento socioeconômico, qualidade de vida ou embasamento para novas políticas públicas dentro do período de sua finalização.
Para mais informações, consulte o Edital de Apoio a Projetos Integrados de Pesquisa em Áreas Estratégicas (PIPAE), disponível na página da Pró-Reitoria de Pesquisa.
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- 20/07/2021 - MCTI e AIEA discutem projeto para reduzir poluição no marParceria foi um dos temas de reunião entre ministro Marcos Pontes e diretor-geral da agência sobre cooperações para ampliar uso da tecnologia nuclear no Brasil
Parceria foi um dos temas de reunião entre ministro Marcos Pontes e diretor-geral da agência sobre cooperações para ampliar uso da tecnologia nuclear no Brasil
Fonte: MCTIO MCTI - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações quer estabelecer uma cooperação técnica com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em um projeto de redução da poluição por plástico nos oceanos. O tema foi discutido durante encontro do ministro Marcos Pontes com o diretor-geral da AIEA, embaixador Rafael Grossi, nesta terça-feira (20), em Brasília. Na oportunidade, eles também trataram do aprofundamento de parcerias em outros projetos, como prevenção de pandemias e implantação da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN) no Brasil.
O MCTI é o órgão responsável pela política nuclear brasileira, por meio da unidade vinculada Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). O programa nuclear brasileiro é de fins pacíficos. Durante a reunião, o ministro Marcos Pontes ressaltou o interesse em expandir as aplicações da tecnologia nuclear no país, que já ocorrem em áreas como indústria, saúde e energia. "Temos de ampliar as capacidades da energia nuclear para vários campos. Em um país do tamanho do Brasil, com as possibilidades e demandas que temos, há várias aplicações possíveis que podem chegar à população.”
Nesse sentido, um dos objetivos do MCTI é que o Brasil implante um projeto dentro da iniciativa NUTEC Plastics (NUclear TEChnology for Controlling Plastic Pollution), da AIEA, que usa tecnologia nuclear para monitorar a poluição e também para diminuir o volume de resíduos de plástico usando irradiação para complementar os métodos tradicionais de reciclagem de plástico.
O projeto deverá integrar o Programa Ciência no Mar do MCTI, que se insere no contexto da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, proposta pelas Nações Unidas. Os detalhes da cooperação técnica com a AIEA e a elaboração de um projeto-piloto deverão ser discutidos durante viagem do ministro Marcos Pontes e comitiva a Viena, na Áustria, nos dias 9 e 10 de agosto.
Pandemia
Durante o encontro, o ministro também ressaltou o interesse em aprofundar a parceria com a agência no projeto ZODIAC (Zoonotic Disease Integrated Action), estabelecido pela AIEA em junho de 2020 para ajudar os países a prevenir pandemias causadas por bactérias, parasitas, fungos ou vírus que se originam em animais e podem ser transmitidos a humanos. O projeto conta com a participação de 150 países, entre eles o Brasil. Marcos Pontes disse que o ministério poderá contribuir com a iniciativa por meio da atuação da RedeVírus MCTI e do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, ressaltou que o Brasil já é parceiro da agência e que novas cooperações podem ser estabelecidas como forma de dar respostas a desafios e demandas do país. "‘Temos uma visão similar no sentido de ampliar nossas cooperações no plano nacional e internacional. Estamos abertos ao diálogo para discutira as possibilidades mais concretas”, destacou.
Outro tema tratados no encontro foi a criação da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN) no Brasil, uma autarquia que terá a função de fiscalizar todas as atividades nucleares promovidas no país. O diretor-geral da AIEA apontou a possibilidade de oferecer uma consultoria e apoio da implantação da Autoridade Nacional para o setor.
Outra possibilidade de parceria poderá ocorrer em um programa internacional de combate ao câncer, que deverá ser lançado pela agência em fevereiro do próximo ano. O MCTI poderá colaborar com o compartilhamento da experiência de implantação de um sistema de diagnóstico de câncer nas regiões Norte e Nordeste do país.
A reunião também contou com a participação do presidente da CNEN/MCTI, Paulo Roberto Pertusi, de secretários do MCTI e de representantes da AIEA e do Ministério das Relações Exteriores.
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- 20/07/2021 - Diretor-Geral da Agência Internacional de Energia Atômica visita instalações do Programa de SubmarinosFonte: DefesaNetO Diretor-Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (DG-AIEA), Embaixador Rafael Mariano Grossi, cumpriu, em 16 de julho, visita oficial às instalações do Programa de Submarinos (PROSUB), no Complexo Naval de Itaguaí (RJ).
A Comitiva do DG-AIEA estava acompanhada pelo Ministro de Minas e Energia, Almirante de Esquadra Bento Albuquerque, e pelo Representante Brasileiro junto àquela Agência, Embaixador Carlos Duarte.
As autoridades foram recepcionadas no Estaleiro de Construção (ESC) pelo Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, pelo Coordenador-Geral do Programa de Desenvolvimento do Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN), Vice-Almirante (RM1-EN) Neves, pelo Diretor da Agência Naval de Segurança Nuclear e Qualidade (AgNSNQ), Contra-Almirante (RM1-EN) Humberto Moraes Ruivo, e por Assessores do PROSUB. Fizeram parte também da visita oficial os Presidentes das empresas AMAZUL, Vice-Almirante (RM1) Antonio Carlos Soares Guerreiro, e da NUCLEP, Contra-Almirante (RM1) Carlos Seixas.O objetivo da visita foi apresentar ao DG-AIEA e representantes daquele Órgão as instalações do Complexo Naval de Itaguaí, onde não apenas avança a construção simultânea de quatro submarinos com propulsão diesel-elétrica (S-BR), segundo diferentes estágios de prontificação, mas com especial ênfase às futuras instalações do Complexo de Manutenção Especializada, onde serão realizadas as atividades de manutenção da plataforma, assim como de transporte e carregamento do combustível nuclear do submarino convencional com propulsão nuclear (SN-BR) "Álvaro Alberto”.O PROSUB é um Programa Estratégico de substancial relevância para o Estado brasileiro. Além de ampliar o perímetro de proteção das águas da Amazônia Azul, esse empreendimento gera empregos que permite capacitar e qualificar mão de obra fortemente especializada, contribuindo para elevar o potencial estratégico de desenvolvimento científico e tecnológico do País. -
- 20/07/2021 - IAEA Director General, Brazilian Ministers Discuss “Rich Agenda” of CooperationFonte: IAEA
Luciana Viegas Assumpcao, IAEA Office of Public Information and CommunicationIn the last part of his visit to Brazil, Director General Rafael Mariano Grossi held meetings today with Brazil’s Minister of Foreign Affairs Carlos Alberto Franco França and other high-level officials in the capital Brasilia.Discussions centred around current global challenges related to nuclear verification, nuclear safety and security, and on ways to intensify cooperation between Brazil and the IAEA to tackle plastic pollution, support early detection of zoonoses and ways to increase access to live-saving nuclear and radiation medicine in remote areas of the country.
Mr Grossi reiterated the IAEA’s readiness to support Brazil with its new energy plans, which includes the completion of the Angra 3 reactor at the Almirante Alvaro Alberto Nuclear Power Plant. "Restarting the construction of a reactor that that has been halted for a number of years brings a host of challenges, but these can be overcome, and the IAEA is ready to support Brazil in this,” Mr Grossi said.
IAEA Director General Rafael Mariano Grossi met with Brazil’s Minister of Science, Technology and Innovation Marcos Pontes to discuss ways to strengthen cooperation in the use of nuclear science for health and development. (Photo: D. Calma/IAEA)Mr Grossi also met with Brazil’s Minister of Science, Technology and Innovation Marcos Pontes, and they discussed the IAEA’s NUTEC Plastic to curb plastic pollution in oceans and the ZODIAC initiative to prevent pandemics of zoonotic origin. ZODIAC aims to build capacities in countries to detect pathogens and monitor zoonotic diseases using nuclear and nuclear-derived techniques, such as RT-PCR tests. Brazil received 3 assistance kits to perform such test under the IAEA’s COVID-19 assistance.
Discussions also included the establishment of Brazil’s new regulatory authority ANSN, and Mr Grossi reiterated IAEA support to Brazil in this effort. He invited Brazil to make full use of the IAEA’s safety and security review and advisory services, such as the Integrated Regulatory Review Service (IRRS), which could provide valuable assistance.
The Director General then met with the Commander of the Brazilian Navy, Fleet Admiral Almir Garnier Santos, and they discussed cooperation in radiation monitoring and environment research at the Comandante Ferraz research station in Antarctica, and IAEA support to the navy’s medical services, such as medical ships that deliver essential services in remote communities in the Amazonas. The IAEA has recently provided such ships with mammographs to facilitate the early detection of breast cancer.
"Brazil is an important IAEA Member State, with a well-developed expertise in the peaceful uses of nuclear technology,” Mr Grossi said. The level of cooperation between the IAEA and Brazil has always been good, he added, and hopes that the visit will help intensify this link. "The IAEA stands ready to assist Brazil and hope to use Brazil’s vast experience in nuclear technology to the benefit of other IAEA Member States, such as lusophone countries in Africa, for example.”
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- 20/07/2021 - Em programação oficial no Brasil, diretor-geral da AIEA visita MCTI e unidades da CNENVISITA DIRETOR-GERAL AIEA
VISITA DIRETOR-GERAL AIEA
Fonte: CNEN
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), embaixador Rafael Mariano Grossi, esteve em missão oficial no Brasil entre os dias 14 e 21 de julho. O programa incluiu reunião com o ministro da Ciência Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, além de visita a três unidades da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN): a sede, no Rio de Janeiro, o Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste (CRCN-NE) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN).
A programação iniciou no dia 15, quando, junto com sua comitiva, o diretor-geral da AIEA conheceu alguns dos projetos em desenvolvimento pelo CRCN-NE, como a robô Aurora (de combate à Covid-19) e a produção de radiofármacos, que atende a Região Nordeste do Brasil. No encontro, foi mencionada a importância de parcerias entre o CRCN-NE/CNEN e a AIEA por meio dos projetos Arcal (Acordo Regional de Cooperação para a Promoção da Ciência e Tecnologia Nucleares na América Latina e Caribe).
Grossi foi o primeiro mandatário da Agência a estar presente nas instalações do CRCN-NE. Ao descerrar uma placa alusiva à visita histórica ao Centro destacou: "O envolvimento do CRCN-NE/CNEN é muito importante na promoção de técnicas nucleares para a paz e o desenvolvimento. Trabalharemos para aumentar a cooperação entre o Centro Regional e a AIEA”. Para o diretor do Centro, Carlos Alberto Brayner de Oliveira Lira, a parceria com a Agência é de suma importância para o Brasil e deve ser ampliada. "O CRCN-NE/AIEA agradece a cooperação da AIEA e coloca todo o seu potencial em pesquisa, desenvolvimento e inovação a serviço dessa cooperação com a finalidade de promover o uso seguro e pacífico da energia nuclear”.
Ainda em Recife, Grossi e sua comitiva participaram da soltura de mosquitos estéreis. Trata-se de aplicação da radiação ionizante para esterilização destes insetos com vistas à diminuição de sua população. O projeto foi desenvolvido pela empresa Moscamed e conta com apoio da CNEN através de sua unidade em Recife, o CRCN-NE/CNEN.
Visita ao IPEN
Rafael Grossi esteve em visita ao IPEN na manhã do sábado, 17/7/2021. Após breve recepção, o presidente da CNEN, Paulo Roberto Pertusi, fez uma apresentação sobre a estrutura do setor nuclear brasileiro, a CNEN e suas unidades técnico-científicas, os principais projetos desenvolvidos pela instituição, as atividades regulatórias, a futura autoridade de segurança nuclear, além dos mecanismos de cooperação técnica com a AIEA.
A visita teve continuidade percorrendo o Espaço Cultural Marcello Damy, descerrando uma placa alusiva à visita e posterior apresentação da unidade móvel com acelerador de elétrons e um tour pelas alamedas do IPEN e seus centros de pesquisa.
Pertusi, o diretor de pesquisa e desenvolvimento, Madison Almeida, e o diretor do IPEN, Wilson Calvo, também apresentaram os principais projetos estratégicos na área nuclear, com destaque para o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB). Grossi ressaltou a importância histórica da participação dos pesquisadores do IPEN/CNEN em projetos desenvolvidos com a AIEA e ressaltou que o Instituto "é um exemplo de excelência em congregar capacidade em pesquisa, ensino e inovação com o compromisso de serviço à sociedade”.
No mesmo dia, a comitiva foi ao Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), em Iperó, que tem o desenvolvimento de tecnologias nucleares como uma de suas principais linhas de atuação. Ele visitou as instalações do Centro Industrial Nuclear de Aramar e sobrevoou o local do empreendimento Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).
Visita à Sede da CNEN
No Rio de Janeiro, Grossi e comitiva participaram, no dia 19 de julho, das atividades comemorativas aos 30 anos da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais (ABACC). Na tarde deste dia, estiveram na sede da CNEN. No Salão Nobre foi realizada uma reunião com o presidente, diretores e assessores, na qual o Grossi destacou a parceria privilegiada da AIEA com a CNEN e o especial apoio da Agência nos projetos futuros e de separação das atuais funções da Autarquia. O diretor de radioproteção e segurança, Ricardo Gutterres, destacou a complexidade e dimensão da ação regulatória que vem sendo executada pela CNEN, destacando os desafios frente às inúmeras instalações ativas e à franca expansão do setor nuclear brasileiro.
Na ocasião, o diretor-geral da AIEA gravou uma mensagem lembrando pontos de destaque desta sua primeira visita oficial no cargo, durante a qual teve oportunidade de conhecer melhor as abrangentes e diversificadas atividades da CNEN. Também falou do futuro, pois para ele esse é "o começo de uma era de cooperação renovada e dinamizada”. Para Grossi, juntos – a Agência, o Brasil, a CNEN e todas as instituições do complexo nuclear brasileiro – "poderão enfrentar todos os desafios ligados ao clima, a pandemia e a transição energética e, em tudo isso, a CNEN tem um papel central”.
Após esse momento, o presidente Pertusi presenteou o diretor-geral Grossi com uma placa agradecendo a visita e, junto com coordenadores gerais da sede e assessores, também foi descerrada uma placa ao lado da galeria dos ex-presidentes da instituição.
Visita a outras importantes instalações
Rafael Grossi esteve ainda em outras importantes instalações nucleares do Brasil: visitou a Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), unidade da Indústrias Nucleares do Brasil (INB) em Resende (RJ); a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis (RJ), onde estão localizadas as usinas nucleares Angra 1, Angra 2 e o canteiro de obras de Angra 3. Foi ainda ao estaleiro em Itaguaí (RJ) onde está sendo construído o primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear, na Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares(ABDAN).
No dia 20, a programação incluiu reuniões com ministros de três pastas: Marcos Pontes - do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Bento Albuquerque - do Ministério de Minas e Energia (MME) e Carlos Alberto Franco França – do Ministério das Relações Exteriores (MRE). No dia 21, Grossi e comitiva partiram do Brasil.
Fontes: CRCN-NE, IPEN e Sede CNEN.
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- 20/07/2021 - No Brasil, chefe da Aiea elogia projeto que combate o mosquito da dengueDiretor-geral Rafael Mariano Grossi esteve no Recife e em Angra dos Reis; ele prevê impacto positivo no mundo da técnica nuclear contra o agente transmissor da dengue e Zika.
Diretor-geral Rafael Mariano Grossi esteve no Recife e em Angra dos Reis; ele prevê impacto positivo no mundo da técnica nuclear contra o agente transmissor da dengue e Zika.
Fonte: ONU News
Um programa-piloto implementado em Pernambuco e na Bahia, que usa uma técnica nuclear para combater o mosquito que transmite dengue e Zika, está sendo elogiado pelo diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea.
Rafael Mariano Grossi visitou o Brasil e declarou que o projeto terá um impacto importante no mundo todo. Além de acompanhar de perto o programa na cidade de Recife, ele esteve também na usina de energia nuclear de Angra dos Reis.
Inseto Estéril
Esta foi a primeira vez que o chefe da Aiea esteve em um país da América Latina, desde que assumiu o posto, em 2019. Grossi participou, em Recife, da libertação de mosquitos criados com a técnica do inseto estéril.
Com esta técnica, os machos da espécie são criados em massa, recebem radiação e ficam impossibilitados de se reproduzirem. Depois, os insetos são liberados no ar para se acasalarem com as fêmeas. Mas sem poder gerar filhotes, acaba havendo queda na população dos mosquitos que transmitem a dengue.
A Moscamed Brasil é parceira da Aiea e é uma das primeiras empresas no mundo a utilizar a técnica do inseto estéril. Os alvos são os municípios da Bahia e de Pernambuco, que foram muito afetados pela Zika em 2016.
Energia Nuclear
Desde outubro do ano passado, entre 250 mil a 350 mil mosquitos machos estéreis têm sido libertados todas as semanas numa área de 60 hectares. A ação já resultou na redução de 19% na população de mosquitos no local.
Depois de Recife, o chefe da Aiea Rafael Grossi seguiu para Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Ele visitou a estação de energia nuclear com dois reatores com capacidade de 1,884 MW(e), fornecendo pouco mais de 2% da eletricidade do Brasil.
Pesquisas
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica avalia que o Brasil "tem um programa de energia nuclear bem desenvolvido e ambicioso”. No ano passado, o país adotou um plano nacional que prevê, até 2050, um aumento de 10 gigawatts na capacidade nuclear do país.
Grossi destacou que a Aiea continuará cooperando com o país. No fim de semana, ele esteve também no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, Ipen.
Na área funciona o primeiro reator nuclear utilizado pelo Brasil em pesquisas nas áreas da indústria e da saúde, incluindo o uso de radiofarmacêuticos para tratar vários tipos de câncer.
O mosquito aedes aegypti transmite doenças como chikungunya, dengue e zika - Foto: AIEA
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- 20/07/2021 - Agência da ONU quer energia nuclear contra Covid, novas pandemias e mudança climáticaDiretor da AIEA, que visitou programa brasileiro de controle de mosquito, prega ação global em crises
Diretor da AIEA, que visitou programa brasileiro de controle de mosquito, prega ação global em crises
Fonte: Folha de São Paulo
No centro de negociações complexas como a do programa nuclear iraniano, a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) quer ampliar sua atuação no incentivo ao uso de tecnologias do setor para combater a Covid-19, novas pandemias e a mudança climática.
Dar uso diverso à energia nuclear é uma das metas do diretor-geral desta agência da ONU (Organização das Nações Unidas), o argentino Rafael Grossi, no cargo desde dezembro de 2019.
A partir de projetos que já existiam, ele criou a iniciativa Zodiac (acrônimo inglês para Ação Integrada para Doenças Zoonóticas) em junho do ano passado, quando a pandemia da Covid-19 já devastava o planeta.
Cerca de 300 laboratórios em todo o mundo foram interligados pela AIEA para trabalhar em soluções derivadas de aplicações nucleares em relação à pandemia.
Poucos sabem, mas o teste padrão-ouro para detecção do coronavírus Sars-CoV-2, o RT-PCR, em sua origem utilizava isótopos radioativos no processo de identificação do material genético do vírus —agora emprega marcadores fluorescentes.
"A AIEA era uma ferramenta frequentemente subutilizada. Muitas dessas coisas já eram feitas, em escala menor. Há uma quantidade de desafios crescentes. Não podemos continuar fazendo o que estamos fazendo, são coisas que requerem uma resposta diferente da comunidade internacional", afirmou Grossi à Folha, no sábado (17) em São Paulo.
Algumas ideias em estudo no Zodiac incluem a irradiação do sangue, prática comum para inativar leucócitos que podem ser rejeitados por receptores de doações, para atacar vírus.
O argentino citou outro caso, o da Moscamed, biofábrica de moscas de frutas e outros bichos também estéreis, aberta em 2005 em Juazeiro (BA). "A técnica de esterilizar insetos não é nova, mas precisamos ajudar a ofertar esses modelos em grande escala para outros países", afirmou.
Em São Paulo, ele visitou o Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), gerido pela Comissão Nacional de Energia Nuclear.
"Podemos reciclar plástico sem usar solventes. O Ipen tem uma ótima experiência, nós estamos trabalhando com isso na Ásia também. A ferramenta já existe e está sendo paga pelo contribuinte brasileiro. A burocracia internacional irrita, ela tem de dar soluções às pessoas."
Grossi afirma que, obviamente, "não somos salvadores do mundo" e defende os projetos conjuntos que tem com a OMS (Organização Mundial da Saúde) e com a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura).
Energia nuclear já é central em aplicações médicas cotidianas, de exames a terapias diversas, mas a coordenação de esforços é inédita.
Em relação às mudanças climáticas, Grossi é um advogado do uso da energia nuclear e sabe a resistência que ela sofre —particularmente na Europa, onde os partidos verdes são forças consideráveis em alguns países.
Acidentes como o de Fukushima (2011) e Tchernóbil (1986) ajudaram a aumentar o estigma sobre a matriz, e críticos apontam que ela não é tão limpa porque a produção de seus insumos ao fim também gera pegada de carbono.
Pode ser, mas o fato é que as emissões diretas da produção de energia nuclear são zero, e para Grossi ela deve fazer parte do "mix" energético de qualquer nação, seguindo especificidades. No mundo, hoje, 10% da eletricidade e 4% da energia como um todo têm origem atômica.
Ele cita as cheias na Europa Central como um sinal de alerta renovado do problema à frente.
A proatividade desse argentino de 60 anos atrai algumas críticas de que ele estaria tirando o foco do objeto principal da AIEA, que é monitorar a proliferação nuclear entre seus 173 países afiliados e promover a segurança do uso da matriz.
"Estávamos perdendo tempo, não foco. Somos um cão de guarda muito duro, e seguimos sendo. É o mesmo que dizer que um governo não pode cuidar de educação e segurança ao mesmo tempo", afirmou. "A ambição podia ser muito maior. Nosso papel é inspirar, propor coisas que podem ser feitas."
É uma corrida desigual neste campo. Neste ano, o orçamento operacional da AIEA é de € 383 milhões (R$ 2,3 bilhões hoje). Só o programa de modernização de armas nucleares dos Estados Unidos, maior potência do mundo no campo, prevê US$ 57 bilhões (R$ 297 bilhões) anuais, por três décadas.
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- 19/07/2021 - Bento Albuquerque diz que energia nuclear é prioridade em sua gestãoReatores menores têm sido avaliados como uma possível solução para a expansão da energia nuclear no Brasil
Reatores menores têm sido avaliados como uma possível solução para a expansão da energia nuclear no Brasil
Fonte: CNN BrasilO ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou em visita a Angra dos Reis (RJ), que a energia nuclear é uma das prioridades do planejamento da sua gestão, e que a fonte é estratégica para ajudar a encher os reservatórios das hidrelétricas no Brasil.
Ele participou da visita feita pelo diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), onde estão localizadas as usinas nucleares brasileiras.
"A energia nuclear é muito importante para uma matriz elétrica mais equilibrada e voltada para preservar os nossos reservatórios de água, especialmente em época de escassez hídrica e pouca afluência", disse Albuquerque em nota da Eletronuclear.
Grossi fará uma série de eventos no Brasil. Na segunda-feira, assina com a Associação Brasileira Para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), acordo de cooperação na área de tecnologia e aplicações da energia nuclear. Entre os possíveis intercâmbios, o documento prevê o fornecimento de conhecimentos na área de operação de longo prazo das usinas nucleares e o desenvolvimento de tecnologia e implantação de reatores modulares ou de pequeno e médio porte.
Reatores menores têm sido avaliados como uma possível solução para a expansão da energia nuclear no Brasil, que, de acordo com o Plano Nacional de Energia 2050, vai adicionar entre 8 e 10 gigawatts (GW) a mais de energia nuclear no País nos próximos 30 anos.
Ele também participa, no mesmo dia, de cerimônia em Brasília pelos 30 anos da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (Abacc).
"Acredito que a retomada das obras de Angra 3 é simbólica. Sabemos que a operação em Angra é muito eficiente. As peças estão bem conservadas e existe o know-how necessário até para outras usinas nucleares. Ficamos muito satisfeitos, inclusive, com a resposta rápida que foi dada pela Eletronuclear diante das recomendações feitas após o acidente de Fukushima e o reforço da cultura de segurança", disse Grossi durante a visita.
Além de Albuquerque e Grossi, participaram da visita a Angra dos Reis a secretária-geral da Abacc, Elena Maceiras, e o presidente da Eletronuclear, Leonam Guimarães, entre outras autoridades.
Depois de conhecer o centro de visitação da Eletronuclear, Grossi visitou o canteiro de obras de Angra 3, cujas obras devem ser reiniciadas no fim desse ano, e a Unidade de Armazenamento Complementar a Seco de Combustível Irradiado (UAS), empreendimento que foi concluído recentemente pela empresa para armazenar os combustíveis usados de Angra 1 e 2. Angra 3 deve entrar em operação no final de 2026.
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- 19/07/2021 - Agência bilateral que inspeciona programas nucleares comemora 30 anosFonte: Agência BrasilO chanceler do Brasil, Carlos França, e o chanceler da Argentina, Felipe Solá, participaram nesta segunda-feira (19) de um evento em comemoração aos 30 anos da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares, a ABACC, no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro.
A ABACC é a agência bilateral responsável por inspecionar as instalações nucleares do Brasil e da Argentina, em cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), garantindo o uso exclusivamente pacífico da energia nuclear nos dois países.
A criação da agência permitiu a superação de desconfianças mútuas em relação a programas nucleares e fez com que os dois países trilhassem um caminho de transparência e cooperação.
O chanceler brasileiro, Carlos Alberto França, destacou que Brasil e Argentina são os únicos países no mundo a terem os seus programas nucleares submetidos à verificação de duas agências internacionais. Além da ABACC, o acordo firmado em 1991, prevê também a atuação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O ministro Carlos França e o chanceler da Argentina, Felipe Solá, ainda assinaram um acordo para a prorrogação da concessão da Ponte da Integração, que liga São Borja, no Brasil, a Santo Tomé, na Argentina, e vai permitir a continuidade do fluxo de pessoas, mercadorias e de meios de transporte nessa importante travessia internacional.
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- 19/07/2021 - IAEA Director General Highlights Achievements, Sees Evolving Safeguards Regime for Members of Brazilian-Argentine Nuclear Verification AgencyThe Brazilian-Argentine verification agency ABACC is a great achievement that brought transparency to both countries’ nuclear programmes, which have since grown significantly and would benefit from a commensurate safeguards approach, IAEA Director General Rafael Mariano Grossi said at an event to mark the 30th anniversary of the institution in Rio de Janeiro, Brazil.
The Brazilian-Argentine verification agency ABACC is a great achievement that brought transparency to both countries’ nuclear programmes, which have since grown significantly and would benefit from a commensurate safeguards approach, IAEA Director General Rafael Mariano Grossi said at an event to mark the 30th anniversary of the institution in Rio de Janeiro, Brazil.
Fonte: IAEA
Luciana Viegas Assumpcao
Created in 1991, the Brazilian-Argentine Agency for Accounting and Control of Nuclear Materials (ABACC) is a bi-national safeguards agency set up following the signature in Guadalajara, Mexico, of an agreement between the two countries for the exclusively peaceful use of nuclear energy. "ABACC is a unique mechanism that helped end a potential disastrous nuclear arms race between Brazil and Argentina in the 1990s,” Mr Grossi said. "It reflects a common value in the world of diplomacy: a technical solution to a political challenge.”
Verification activities, such as inspections, are implemented by the IAEA in Argentina and Brazil under an agreement between the two countries, the IAEA and ABACC, and cooperation extends also to support the development and testing of equipment and training.
The nuclear programme in both countries has evolved significantly since that time, Mr Grossi added: Brazil plans to increase its nuclear power capacity in the next decade, and Argentina exports research reactors. "Such growth asks for a strengthened ABACC and commensurate safeguards verification.” The conclusion of Additional Protocols with the IAEA would be a move in this direction, he said, adding that the IAEA stands ready to work with the two countries when they are ready to take this step.
"Today we commemorate bold ideas,” Brazil’s Minister of Foreign Affairs Carlos Alberto Franco França said in remarks at the event. "ABACC is the result of successful technical and diplomatic engineering and can serve as an inspiration to countries.” The nuclear material under ABACC verification corresponds to around 4 000 nuclear weapons - "a great responsibility,” the Argentinian Minister of Foreign Affairs, International Trade and Worship Felipe Solá said at the event. In 1991, he continued, a visionary political and strategic decision was taken. "We saw a future together and its potential – a more humane and intelligent one,” he said, in reference to the mutual trust and transparency in nuclear matters between the two countries.
Mr Grossi visited Brazil’s National Nuclear Energy Commission (CNEN) later in the day, where he met with CNEN’s President Paulo Roberto Pertusi and discussed activities such as the fight against zoonotic diseases, plastic pollution and improving access to nuclear and radiation medicine to fight cancer. "We can show Brazilian know-how in this area and also use this expertise to help other countries,” Mr Grossi said. They also discussed issues related to nuclear safety and security. Brazil has recently created a new independent regulatory authority, the Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), which will replace CNEN as the country’s nuclear and radiological regulatory authority once fully established. "The IAEA stands ready to help Brazil in this transition,” Mr Grossi said.
DG Grossiwill also visitthe Brazilian Association for the Development of Nuclear Activities (ABDAN) – a non-profit that brings together the most important actors and manufacturers in support of the nuclear sector in Brazil. IAEA and ABDAN are signing a practical arrangement to cooperate in areas such as energy planning, long term operation of nuclear power plants, technology development and deployment of small and medium-sized or modular reactors (SMRs), among others.
Given the strong commitment of the Brazilian government to elaborate a new energy plan up to 2050, Mr Grossi welcomed growing contacts between the IAEA and ABDAN in the area of nuclear energy. "Cooperation with the industry can make an important contribution to the enhancement of Brazil’s nuclear power programme.
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- 16/07/2021 - Nuclear Science to Control Mosquitoes, Generate Clean Energy a Key Focus of Director General Grossi's Visit to BrazilFonte: AIEALuciana Viegas Assumpcao, IAEA Office of Public Information and Communication
Recife and Angra dos Reis – Brazil is a key IAEA partner, and the exchange of knowledge between the Agency and Brazilian experts in the peaceful uses of nuclear science can benefit both and beyond, Director General Rafael Mariano Grossi said during his visit to the country, where, among others, he saw an IAEA-supported project to use a nuclear technique to combat mosquitoes that transmit Zika and dengue, and visited the Angra dos Reis nuclear power plant.The week-long visit, Mr Grossi’s first to Latin America since he took office in 2019, kicked off in the city of Recife, where he participated in insect releases as part of an IAEA-supported programme to use the Sterile Insect Technique (SIT) to control mosquitoes in the neighbourhood of Brasilia Teimosa. The SIT is a type of birth control for insects, where male insects are mass reared and rendered unable to reproduce using radiation. They are then released in large numbers to mate with wild females, resulting in no offspring and therefore contributing to a decline in the mosquito population over time. The method has been used for decades to control agricultural pests such as the Mediterranean- and Screwworm flies and has recently been developed against mosquitoes.
The project implementing partner, Moscamed Brasil, is one of the first SIT facilities in the world to mass rear sterile Aedes aegypti mosquitoes for release, targeting two municipalities in the Brazilian states of Bahia and Pernambuco which were particularly hard-hit by Zika in 2016. The IAEA has provided support to Moscamed Brasil since 2005 and facilitated the transfer of a gamma cell irradiator in recent years to scale up the production of sterile insects.
"What we see here is nuclear science for development, improving the lives of people,” Mr Grossi said in Recife. "The result of the pilot trials in Recife to use SIT to fight Zika, dengue and other diseases will be important not only to Brazil, but worldwide.”
Sterile Aedes aegypti male mosquitoes are being released weekly in a pilot project in the Brasilia Teimosa neighbourhood of Recife, Pernambuco. (Photo: D. Calma/IAEA)Since October 2020, between 250 000 and 350 000 sterile males have been released weekly over a 60-hectare surface area. The releases – the first in an urban setting – have already resulted in a 19 percent reduction in the wild mosquito population in the area. Moscamed Brasil was designated an IAEA Collaborating Centre in 2018, and now provides experts and training for countries such as Mauritius, South Africa and Thailand in various SIT projects.
Mr Grossi also visited the Regional Centre of Nuclear Sciences at the Pernambuco State University as well as its Nuclear Science Museum, which does a fantastic job in demystifying nuclear technology and promoting STEM education, he said.
On Friday, Mr Grossi visited Brazil’s only nuclear power station at Angra dos Reis, on the coast between Rio de Janeiro and Sao Paulo. The plant has two operating reactors with a total capacity of 1 884 MW(e), with a third one under construction, and provides around 2.1 percent of Brazil’s electricity. In 2020, Brazil adopted a national plan that considers an increase of 10 gigawatts in the nuclear installed capacity in the country by 2050.
"Brazil has a very developed and ambitious nuclear power programme,” the Director General said, "and the IAEA is ready to continue our good cooperation with the country in this area.”
On Saturday, Mr Grossi is scheduled to visit the Nuclear and Energy Research Institute (IPEN) at the University of Sao Paulo. The institute works in several areas related to the nuclear sciences and runs the country’s first research reactor. It also carries out research into the industrial applications of radiation, such as to sterilize community face masks, modify plastics and preserve cultural artifacts, and will be responsible for running Brazil’s 30 MW multipurpose research reactor, which will aid the country in the use of radiopharmaceuticals to diagnose and treat diseases such as cancer.
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- 15/07/2021 - Diretor da AIEA visita CRCN-NE/CNENFonte: CRCN-NEO Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste (CRCN-NE), unidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), autarquia ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), recebeu hoje (15/07) a visita do diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi. Presente no Brasil para uma série de compromissos, Grossi foi o primeiro mandatário da Agência a estar presente nas instalações do CRCN-NE, que completou 25 anos em junho de 2021.Junto com sua comitiva, o diretor-geral da AIEA conheceu alguns dos projetos desenvolvimentos pelo Centro como a robô Aurora e a produção de radiofármacos, que atende a Região Nordeste do Brasil, assim como destacou a importância de parcerias entre o CRCN-NE/CNEN e a AIEA por meio dos projetos Arcal (Acordo Regional de Cooperação para a Promoção da Ciência e Tecnologia Nucleares na América Latina e Caribe).Durante sua passagem pela CRCN-NE/CNEN, uma placa alusiva à visita histórica foi descerrada no hall do instituto de pesquisa pernambucano. "O envolvimento do CRCN-NE/CNEN é muito importante na promoção de técnicas nucleares para a paz e o desenvolvimento. Trabalharemos para aumentar a cooperação entre o Centro Regional e a AIEA”, ressaltou Grossi no momento.A visita foi encerrada com um passeio pelas instalações do CRCN-NE /CNEN e a promessa de que a parceria entre o Centro e a AIEA será ampliada. Para o diretor do CRCN-NE/CNEN, Carlos Alberto Brayner de Oliveira Lira, a parceria com a Agência é de suma importância para o Brasil e deve ser ampliada. "O CRCN-NE/AIEA agradece a cooperação da AIEA e coloca todo o seu potencial em pesquisa, desenvolvimento e inovação a serviço dessa cooperação com a finalidade de promover o uso seguro e pacífico da energia nuclear”, destaca.
Confira algumas fotos que marcaram esta visita.
A comitiva segue agora para a sede da Comissão Nacional de Energia Nuclear, no Rio de Janeiro, e para seu Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen/CNEN), em São Paulo.
Texto e fotos: Gilvania Ferreira/Ascom CRCN-NE -
- 14/07/2021 - Floresta amazônica já emite mais gás carbônico do que absorve, aponta estudoPesquisadora do Inpe diz que a floresta emite 0,29 bilhão de toneladas de carbono por ano para a atmosfera além do que consegue absorver. Pesquisa foi publicada na revista científica Nature.
Pesquisadora do Inpe diz que a floresta emite 0,29 bilhão de toneladas de carbono por ano para a atmosfera além do que consegue absorver. Pesquisa foi publicada na revista científica Nature.
Fonte: G1
Estudo publicado nesta quarta-feira (14) na revista científica Nature, liderado por uma pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), aponta que regiões da floresta afetadas pela degradação ambiental estão levando o conjunto da Amazônia a emitir mais carbono do que consegue absorver.
"A primeira má notícia é essa: por conta das queimadas e do desmatamento, a Amazônia, hoje, é uma fonte de carbono", explica Luciana Vanni Gatti, uma das autoras do estudo.
Luciana Gatti diz que a segunda "má notícia" é a descoberta de um efeito secundário do desmatamento: a emissão indireta de carbono causada pelo impacto da diminuição das chuvas na fotossíntese.
"É sabido que acontece uma emissão direta com a queimada. A emissão indireta acontece porque, segundo o que observamos, as regiões desmatadas apresentam maior perda de chuva, principalmente na estação seca (agosto a outubro)", explica a pesquisadora.
Com a queda o volume das chuvas, a temperatura subiu 2°C no nordeste da floresta e 2,5°C no sudeste, e esse "estresse" afetou a fotossíntese, fazendo que as árvores emitam mais CO2 do que em situações normais para compensar o desequilíbrio.
Segundo Gatti, atualmente a floresta emite - além do que consegue absorver - 0,29 bilhão de toneladas de carbono por ano para a atmosfera.
A pesquisa aponta que o principal ponto que leva ao desequilíbrio é a região sudeste da Amazônia, que faz fronteira com outros biomas e também concentra parte do chamado "Arco do desmatamento", região vulnerável do bioma pelas pressões do desmate e das queimadas.
Metodologia: amostras do ar
A metodologia da pesquisa envolveu a coleta de 590 amostras do ar em diferentes altitudes, variando de 4.420 metros a 300 metros acima do nível do mar com o auxílio de aviões em quatro locais na Amazônia no período de 2010 a 2018.
De acordo com a revista e com os envolvidos no estudo, essa é a primeira vez que um estudo aponta a diminuição no potencial de absorção da floresta. Segundo Gatti, a mudança na metodologia de medição do carbono permitiu que o grupo chegasse a uma conclusão ainda inédita na comunidade científica.
"Outros projetos ainda não chegaram a essa conclusão porque eles medem o carbono disponível no tronco das árvores, enquanto a gente mede o gás carbônico direto na atmosfera. Nós medimos o CO2 que está no ar e que é resultante de tudo que está acontecendo na Amazônia", explica Gatti.
Diferenças regionais na Amazônia
O estudo aponta que as emissões totais de carbono são maiores na Amazônia oriental do que na parte ocidental, sendo a parte sudeste da Amazônia a mais comprometida.
"O sudeste da Amazônia, em particular, atua como uma fonte líquida de carbono (fluxo total de carbono menos as emissões do fogo) para a atmosfera", afirmam os pesquisadores no artigo.
A região Sudeste da Amazônia engloba uma parte mais ao Sul do estado do Pará, Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. São áreas muito desmatadas historicamente e atualmente. Há, ainda, uma região de floresta ecótona, que é a área de transição entre o bioma amazônico e o Cerrado. Estudos anteriores já demonstravam a importância da manutenção da floresta inclusive para a manutenção das chuvas importantes para a agropecuária.
Redução da fotossíntese
Segundo Gatti, com o aumento da temperatura causado agravamento do desmatamento, as árvores deixam de fazer fotossíntese e passam apenas a emitir os gases para a atmosfera, e não mais absorvê-los.
Além disso, o aumento da estação seca é um fator a mais de degradação.
"O problema é que desmatando nós estamos tornando a estação seca (de agosto a outubro) cada vez mais estressante, mais seca, mais quente e mais longa. A gente só está piorando o cenário. E ainda, ao invés de parar o desmatamento, não, a gente ainda está aumentando. A gente tinha que parar o desmatamento e começar a recuperar áreas que estão extremamente desmatadas, muito acima da nossa legislação", explica Gatti.
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- 12/07/2021 - ENERGIA: INB finaliza entrega da 17ª Recarga de Angra 2Produção para a 27ª Recarga de Angra 1 será iniciada em outubro
Produção para a 27ª Recarga de Angra 1 será iniciada em outubro
Fonte: Último InstanteA Indústrias Nucleares do Brasil – INB finalizou nesta sexta-feira (09/07) a entrega da 17ª Recarga de Angra 2 para a Eletronuclear, depois de superar as restrições orçamentárias com o apoio do Ministério de Minas e Energia – MME. Seguindo diversos protocolos de controle e prevenção da covid-19 para dar continuidade às atividades, a produção foi concluída em junho, cumprindo o cronograma previsto pela empresa. Ao todo foram realizados onze transportes e entregues 44 elementos combustíveis referentes a essa Recarga.
Os comboios partiram da Fábrica de Combustível Nuclear, em Resende/RJ, com destino à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis/RJ, sendo acompanhados por diversas instituições nos níveis federal, estadual e municipal. Cabe à INB a embalagem do material e à Eletronuclear o planejamento e a coordenação do transporte.
A recarga é o processo de reabastecimento de uma usina nuclear por meio da substituição de elementos combustíveis descarregados por novos. Estes elementos são estruturas metálicas, com até 5 metros de altura, formadas por um conjunto de tubos, chamados de varetas, que recebem as pastilhas de urânio enriquecido. A etapa após a produção é o transporte até as usinas.
Próximas Recargas - A produção para a 27ª Recarga de Angra 1 será iniciada em outubro e a previsão de entrega dos elementos combustíveis à Eletronuclear é junho de 2022. Também para ser entregue no próximo ano, a produção da 18ª Recarga de Angra 2 já está sendo adiantada.
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- 11/07/2021 - Plano do Irã de produzir urânio metálico é resultado da pressão dos EUA, afirma embaixador da RússiaAs negociações entre o Irã e outras partes do acordo nuclear seguem muito avançadas, mas depende dos EUA assumir e cumprir seus compromissos, relatou representante internacional da Rússia.
As negociações entre o Irã e outras partes do acordo nuclear seguem muito avançadas, mas depende dos EUA assumir e cumprir seus compromissos, relatou representante internacional da Rússia.
Fonte: Sputnik BrasilOs planos do Irã para produzir urânio metálico são o resultado da política hostil dos EUA, disse Mikhail Ulyanov, representante permanente da Rússia junto à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em Viena, Áustria."O Irã, pela primeira vez na prática de países não nucleares, começou a enriquecer o urânio até 60%, e agora está começando a produção de urânio metálico enriquecido a 20%. Não creio que ninguém nos EUA esteja satisfeito com estas circunstâncias, mas é precisamente o resultado direto da política de máxima pressão, que, aliás, ainda continua",disse ele no domingo (11) ao jornal Kommersant, em referência à abordagem iniciada pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump (2017-2021).Ao mesmo tempo, segundo Ulyanov, a direção da política iraniana, que adversários norte-americanos do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) reconhecem ser resultado da política fracassada de Washington, é preocupante.Segundo Ulyanov, os EUA aceitam a reentrada no JCPOA, mas apenas com o cumprimento integral do acordo pelo Irã.Os ministros da Relações Exteriores do Reino Unido, França e Alemanha expressaram na terça-feira (6) sua preocupação com a intenção do governo iraniano de produzir urânio metálico enriquecido a 20%, tachando a ação de violação séria do JCPOA. O Departamento de Estado dos EUA também criticou os planos de Teerã.Em relação às conversações sobre o JCPOA, que ele referiu terem atingido 90%, Mikhail Ulyanov reconheceu que "há algumas questões politicamente sensíveis entre os 10% restantes que podem causar um contratempo. Isso não pode ser descartado", e, por exemplo, "se há garantias de que a epopeia que aconteceu sob Donald Trump não se repetirá e trará resultados desastrosos".Na opinião do diplomata russo, é possível que, se as negociações correrem bem, já em agosto Washington retirará as sanções principais contra Teerã, cujo beneficiário principal, mas não único, será o setor petrolífero."Quanto mais cedo chegarmos a um acordo sobre a restauração do JCPOA, mais cedo resolveremos isto", explicou o representante permanente da Rússia em organizações internacionais, em referência aos níveis de enriquecimento de urânio de Teerã.Acordo nuclear desde o inícioO JCPOA foi assinado em julho de 2015 pela Alemanha, China, EUA, França, Irã, Reino Unido, Rússia, e União Europeia, com o objetivo de restringir o programa nuclear iraniano em troca de alívio de sanções ao país, foi aderido pela então administração norte-americana de Barack Obama (2009-2017), mas abandonado por Donald Trump em 2018, que reimpôs sanções ao país persa.Isso levou Teerã a começar a violar gradualmente os compromissos do acordo em 2019. A administração de Joe Biden, que se iniciou em 20 de janeiro de 2021, já indicou uma mudança na política iraniana, mas ainda mantém as sanções previamente impostas. -
- 08/07/2021 - Sul de Minas atuou como fornecedor de matéria-prima para primeira usina nuclear do Brasil; entendaG1 explica como funcionava processo e os reflexos sentidos até pelo município de Caldas
G1 explica como funcionava processo e os reflexos sentidos até pelo município de Caldas
Fonte: G1Por Lara Silva e Tatiana Espósito, G1 Sul de Minas— Caldas, MGO Brasil vive mais uma crise hídrica. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que o último período de chuvas foi o mais seco dos últimos 91 anos, principalmente das regiões Sudeste e Centro Oeste. A preocupação com a possível falta de energia gerada nas hidrelétricas faz com que surjam discussões sobre outros meios de produção de energia. Uma delas é a nuclear, cuja matéria-prima foi extraída no Sul de Minas durante a década de 90, mas até hoje oferece incertezas e riscos para a população.Ao longo desta semana, a EPTV, afiliada da TV Globo, exibe reportagens sobre a geração de energia no Brasil. Nesta quinta-feira (8), o assunto abordado são as alternativas às hidrelétricas. Como parte deste conteúdo, o G1 reuniu informações sobre o que é a energia nuclear e qual a participação da região nesse setor.Acompanhe o ponto a ponto a seguir.Entenda o que é energia nuclearA energia nuclear é geralmente produzida com urânio e/ou tório, que são as matérias-primas para o combustível. Segundo o professor do Instituto de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Itajubá, Rogério José da Silva, ela basicamente utiliza o calor para a geração de eletricidade, o que é feito por meio da "fissão” ou da "fusão” dos átomos."Existem alguns átomos que têm uma união muito forte no seu núcleo, como o urânio. Quando o nêutron entrar, esse núcleo vai ficar instável e quebrar em dois novos átomos, gerando bário, criptônio que vão emitir radiação e liberar uma quantidade muito grande de calor. Durante este processo, é preciso moderar com água. Ela vai absorver o calor e sair mais ou menos com 300ºC. Depois disso, vai trocar o calor com outra água em pressão mais baixa, passar por um gerador de vapor e evaporar. O vapor vai acionar o gerador elétrico e assim temos a geração de energia”, explicou.Ainda de acordo com o professor, uma usina nuclear tem custo alto de implantação e leva um longo tempo para ser ativada, entretanto ela é mais rentável e compatível com outras fontes de energia, como a eólica e a solar.
”Elas reduzem as emissões de gases de efeito estufa que causam as mudanças climáticas. Assim, serão utilizadas junto com as fontes limpas de energia, como as eólicas e solares, além do desenvolvimento de sistemas de armazenamento de energia”, apontou.
Como ela pode ser utilizada?
A energia nuclear pode ser utilizada na indústria, na área militar, na medicina e também na geologia. Segundo o professor, a energia nuclear está presente no tratamento de tumores, no raio-X, esterilização de aparelhos médicos e também de alimentos, nos submarinos que o país está investindo e até na detecção de fósseis.
Usinas nucleares são seguras?
Segundo o professor, depois de grandes acidentes, como o de Chernobyl e Fukushima, é normal que haja um temor da população em geral e também maior rigidez das autoridades para tornar os sistemas mais seguros. Por isso, as indústrias estão buscando novas tecnologias para tornar as usinas mais seguras.
"A indústria de maneira geral está pensando em reatores novos focados na questão da segurança. O custo com isso cresceu, porém é a segurança para a questão da operação. Ao mesmo tempo existe uma análise para a questão dos resíduos gerados, são dois focos hoje da indústria nuclear”, disse.
Como o Sul de Minas forneceu matéria-prima para a 1ª usina nuclear do Brasil?
A participação do Sul de Minas no fornecimento de uranio começou com a instalação da unidade da INB em Caldas (MG) em 1982. A unidade foi desativada em 1995, após 13 anos. Segundo a INB, a atividade na região não era mais "economicamente viável”.
Segundo o gerente de Descomissionamento da Unidade, era em Caldas que todo o processo para geração de energia começava. Hoje esta etapa é realizada no Sul da Bahia. Durante 13 anos, o Sul de Minas extraiu o urânio que, após um longo processo de transformação em combustível, era enviado para a primeira usina nuclear do Brasil, a Angra 1, onde era gerada a energia nuclear.
"O que a nossa equipe aqui produzia era a primeira etapa da mineração e concentração do uranio. A barragem de rejeitos entrava com o papel de receber partes dos rejeitos gerados na produção de urânio, que é chamado de ‘yellowcake’”, explicou João Viçozo.
A barragem de rejeitos de Caldas apresenta riscos para a população?
A unidade em Caldas, onde está localizada a barragem, ocupa um espaço equivalente a cem Maracanãs, contendo lixo radioativo com urânio, tório e rádio. Ainda de acordo com a INB, a área possui 12,5 mil toneladas de resíduos.
Segundo João Viçozo, a barragem de rejeitos de Caldas foi classificada como "dano potencial alto”, mas com "categoria de risco baixo”.
"Significa que caso aconteça uma emergência, e aí o pior caso é o rompimento da barragem, o risco de dano é grande e pode acontecer a contaminação ambiental, além de risco de danos a bens patrimoniais e até à saúde de pessoas. Por outro lado, a categoria de risco baixa significa que a probabilidade desse evento acontecer é mínima”, explicou o gerente.
Em 30 de março deste ano, durante a última inspeção realizada por uma empresa especializada, a barragem de resíduos foi classificada como estável.
"Conforme relatório de inspeção e segurança regular de barragem, atesto a estabilidade da mesma em consonância com a Lei Federal nº 12.334 de 20 de setembro de 2010 e Normas e Resoluções da Cnen vigentes”, diz o laudo.
A barragem possui plano emergencial de segurança?
Após um estudo feito pela Ufop, que apontou que o sistema de escoamento da barragem está comprometido, e um pedido feito pelo Ministério Público Federal, a INB criou um plano emergencial para a barragem.
A indústria então fez um cadastro dos moradores das áreas próximas para traçar um perfil de casos especiais. Esses moradores são os situados na chamada zona de autossalvamento, em que é responsabilidade da empresa fazer a segurança por não haver tempo hábil para os serviços públicos.
"A missão dessa equipe é auxiliar na classificação de uma eventual ocorrência de emergência e acionar os recursos de segurança internos, paralisando as atividades e informando as pessoas para que elas fiquem fora de risco. A outra etapa é avisar a população, para que ela consiga se locomover até o ponto de encontro combinado. A última etapa é avisar os órgãos de segurança, como a defesa civil e o corpo de bombeiros”, explicou João Viçozo, gerente.
Ainda de acordo com João, a simulação de emergência faz parte do plano de contingência elaborado. Entretanto, a pandemia de Covid-19, impossibilitou que neste último ano eles fossem realizados.
Por nota, o Ministério Público Federal informou que segue acompanhando a execução do termo, que está em andamento e envolve a apresentação de documentos pela INB, que incluem a revisão periódica da segurança da barragem e a declaração de condição de estabilidade.
Como anda o processo de descomissionamento?
Segundo o gerente da INB, a barragem está atualmente na fase de descomissionamento, que procedimento para a desativação de uma instalação nuclear ao final de sua vida útil. A medida, inclusive, é um pedido antigo da Justiça.
João explicou que a fase ainda está em processo e que o projeto não está definido, mas que a destinação deve acontecer na própria unidade, assim como é feito em outras barragens de rejeito. A expectativa é que a solução para o descomissionamento esteja definida em até três anos, mas ainda não há prazo para o fim de todo o procedimento.
"Hoje a gente ainda precisa fazer grande investimento para gestão e monitoramento de controle dos materiais. Com o descomissionamento, o benefício é que você tem um investimento inicial maior, mas com o tempo vai diminuindo a necessidade das manutenções”, explicou.
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- 08/07/2021 - Nuclear contra a COVID-19Inativação do vírus por radiação ionizante abre novas possibilidades de combate à doença
Inativação do vírus por radiação ionizante abre novas possibilidades de combate à doença
Fonte: Conexão Nuclear/ABDANA vacinação contra o coronavírus avança no mundo, trazendo novas esperanças em diversos países onde já se vê oimpacto da ação preventiva, mas a doença ainda tem muitos mistérios e efeitos pouco claros no organismo humano.Diversos estudos apontam variadas interpretações, mas um fator fundamental para a evolução dessas pesquisas, que podem trazer descobertas importantes também para a criação de tratamentos de infectados, é a possibilidade de inativação do vírus para análise em laboratórios menos complexos, o que facilita muito o trabalho e amplia enormemente a gama de locais apropriados para essa atividade. É nessa frente que a tecnologia nuclear vem ganhando relevância e já se revela uma ferramenta importante no cenário de combate à pandemia, a exemplo da parceria realizada entre o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) e o Instituto Butantan, que teve como um dos resultados o desenvolvimento do soro anti-Covid, em fase de testes clínicos aprovados pela Anvisa recentemente.A atuação do IPEN na inativação de vírus a partir da radiação ionizante não vem de hoje, mas ganhou mais força com os desafios trazidos pela pandemia do Covid-19. Em anos anteriores, o instituto já havia trabalhado com a técnica inclusive para a inativação do vírus da dengue, e os primeiros contatos com o Butantan se deram ainda com foco no Zika Vírus. Quando começou o SARS-CoV-2, os dois institutos reativaram a parceria para ver se era possível fazer a inativação por radiação ionizante.A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) já tinha começado a fazer um estudo dessa inativação em outros lugares ao redor do mundo e os resultados eram promissores. Diferente de outros vírus, o SARS-CoV-2 se mostrava mais sensível à radiação, ou seja, podia ser inativado com doses mais baixas. Com isso, a relação entre o IPEN e o Butantan foi reforçada."As técnicas químicas de inativação são mais conhecidas, mas geram alguns problemas depois para purificação”, explica a doutora Monica Mathor, pesquisadora do IPEN envolvida no processo.O processo de inativação é complexo e começa ainda com a definição da rádio resistência do vírus. Para isso, existe uma determinação chamada D10, que avalia a quantidade de radiação dada a um organismo para reduzir em 90% a concentração viral. Com esse valor, torna-se possível estipular qual a dose ideal. Como o vírus é muito infeccioso, qualquer estudo com ele ativo precisa ser feito em locais específicos, os laboratórios chamados NB3 (com nível de biossegurança 3, raros no Brasil), o que limita bastante as possibilidades de pesquisa. Com o vírus inativado, no entanto, é possível realizar estudos em laboratórios simples, de modo que muitas novas frentes de trabalho foram abertas."Você pode inativar o vírus para manipular diretamente, como no caso do soro, ou até num tecido para transplante, e tudo isso pode ser feito com o SARS-CoV-2, que tem uma rádio resistência menor do que outros vírus. Com isso, não precisa dar doses muito altas, o que não deteriora o material em que está o vírus, e com essa dose consegue inativá-lo mantendo a estrutura terciária praticamente intacta”, explica Mathor.Essa estrutura é uma forma com espículas, arredondada, em 3D, e fica preservada, o que gera a possibilidade de induzir a formação de anticorpos num organismo."É a lógica por trás da produção de vacinas. E serve também para a produção da soroterapia, além de abrir possibilidades para outros tipos de tratamento”, ressalta a pesquisadora.A parceria com o Butantan, inclusive, começou direcionada ao desenvolvimento de uma vacina brasileira, mas com o acordo fechado entre o instituto e a China, envolvendo a Coronavac, o trabalho foi redirecionado para a produção do soro anti-Covid.Soro e outros tratamentosA produção do soro é feita a partir da inoculação do vírus inativado em cavalos, que têm uma capacidade de produção de anticorpos 50 vezes maior que os seres humanos. Após isso, ocorre a retirada do plasma sanguíneo do animal, repleto dessas proteínas, para então passar por um processo de purificação e controle de qualidade, de modo que restem apenas os anticorpos. O resultado disso é o soro, voltado ao tratamento de pessoas já infectadas, diferente do foco preventivo que é promovido pelas vacinas."Sempre vai existir um grupo de pessoas que não responde às vacinas, por conta de problemas imunológicos, como pessoas com sistema imune deprimido, pessoas transplantadas, que precisam ser mantidas em imunossupressão porque têm uma doença autoimune, ou algo do tipo”, ressalta a diretora de inovação do Instituto Butantan, Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, ao enfatizar a importância do soro, que teve a fase de estudos clínicos aprovada pela Anvisa no final de maio.A nova etapa ocorre no Hospital do Rim de São Paulo e no Hospital das Clínicas da USP, com um total de pacientes estimado em 618 participantes, em três momentos. Nas fases 1 e 2, é avaliada a segurança do tratamento, com 30
pessoas em cada grupo, o que leva à definição da quantidade de doses necessárias e da segurança das doses. Na etapa 3, as doses ideais são aplicadas num número maior de pessoas, com 558 pacientes, para a medição da eficácia."A primeira fase é voltada a pacientes que têm sistema imune já deprimido, com alta probabilidade de desenvolver
uma doença grave. Nas etapas posteriores, isso é expandido, mas o foco continua em pessoas com alto risco de desenvolver a doença grave, mas que não estejam em estado grave. A intenção é justamente reduzir os casos graves”,
reitera Chudzinski-Tavassi.Nas fases prévias dos estudos, os resultados foram bastante promissores. A pesquisa partiu da infecção de hamsters com o vírus, para posteriormente serem tratados com o soro. Dois dias depois da inoculação, quando já apresentavam sintomas da doença, foi injetado o soro, que levou à diminuição da carga viral nos pulmões dos animais, assim como à modulação da resposta inflamatória e à preservação das estruturas pulmonares quando comparados aos que não receberam o tratamento.Agora, com a fase de ensaios clínicos, o soro está mais perto de chegar à rede de tratamento brasileira. Após os testes, se forem confirmados os resultados positivos, ocorre o registro na Anvisa. Caso tudo avance como esperado, poderá virar um medicamento para uso mais amplo.Além disso, a parceria com o IPEN abriu novos caminhos de pesquisa."Irradiar o material que vem dos cultivos é muito bom, abre muitas frentes e pode gerar muita coisa interessante. Estamos caminhando com o soro e também com uma pesquisa que pode gerar um novo produto. E esse novo, se surgir, só terá sido possível porque irradiou, porque permitiu tirar o material inativado para trabalhar em laboratórios com níveis de segurança mais baixos”, afirma Chudzinski-Tavassi.Um dos estudos em curso a partir dessa parceria é voltado a entender o que o vírus faz em diferentes células, como no pulmão, em vasos sanguíneos e neurônios, por exemplo."Se eu conheço aquilo que acontece como efeito, eu posso bloquear por várias formas. Posso desenhar um novo
medicamento, posso fazer um reposicionamento de medicamentos existentes. Estamos falando de algo que possa ser desenvolvido como antiviral ou algo que bloqueia a ação do vírus, e não apenas soro e vacina”, conclui a diretora de inovação do Butantan. -
- 08/07/2021 - Iodo em escassez na pandemiaSetor de Medicina Nuclear sofre com dificuldades para obter o insumo no país
Setor de Medicina Nuclear sofre com dificuldades para obter o insumo no país
Fonte: Conexão Nuclear/ABDANO iodo-131 é um elemento fundamental na produção de radiofármacos para diagnóstico e tratamentos médicos relacionados ao câncer, com demanda constante, mas vem sendo cada vez mais difícil de se obter no Brasil, por questões geradas pela pandemia do Covid-19. Prazos de entrega que já eram fatores complicadores se alongaram ainda mais, e o IPEN vem tentando equacionar o fornecimento da melhor forma, mas depende de soluções que não atendem totalmente à necessidade do curto prazo. Dos 465 serviços de Medicina Nuclear em atividade no país, mais de 70 já se manifestaram relatando problemas à ABDAN em relação ao fornecimento do insumo e agora o setor privado vem se preparando para tentar auxiliar no atendimento dessa demanda.De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer, há uma média de 13.780 novos casos de câncer de tireoide (1.830 em homens e 11.950 em mulheres) ao ano no Brasil, sendo este o tipo de câncer mais comum na região da cabeça e pescoço. O iodo radioativo é utilizado para complementar o tratamento cirúrgico ou para tratar metástases do carcinoma diferenciado da tireoide, em casos considerados de alto risco.Para atender a esses tratamentos, o suprimento de radiofármacos a base de iodo-131 é feito no Brasil exclusivamente pelo Centro de Radiofarmácia do IPEN/CNEN, a partir da importação do radioisótopo produzido em reatores da África do Sul e da Rússia, que demandam prazos mínimos de 20 e 30 dias para as solicitações, respectivamente."Os prazos impostos pelos fabricantes, associados à pandemia do Covid-19, que altera drasticamente a relação entre a oferta e a procura, à meia vida do produto (de 8 dias), ao compromisso na redução no desperdício, à logística complexa de voos internacionais, à dependência orçamentária do Governo Federal e à variação cambial, tornam a pronta entrega do radiofármaco de difícil equalização pelo IPEN/CNEN aos 465 Serviços de Medicina Nuclear no País. Com o Reator Multipropósito Brasileiro em operação, teríamos domínio total na produção nacional dos radioisótopos utilizados em Medicina Nuclear e a logística de abastecimento dos radioisótopos estaria restrita e exclusiva às necessidades e demandas no País”, afirma o superintendente do Instituto, Wilson Calvo.Em função disso, o IPEN estabeleceu, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, o prazo de 21dias para que os clientes realizem seus pedidos, mas em 17/05/2021 uma carga de iodo-131 vinda do exterior apresentou desvio técnico, sem possibilidade de solução e condições de uso pelo Instituto, atrasando o fornecimento por uma semana, gerando mais complicações para o setor.Em breve, o Instituto assinará um acordo de cooperação com a Diretoria de Desenvolvimento Nuclear da Marinha para operar o Reator de Pesquisa IEA-R1, por 9 dias consecutivos, para produção local dos radioisótopos com iodo-131 e lutécio-177, porém isso só será viável a partir de 2022.Apesar de todos estes esforços do IPEN, o setor de medicina nuclear tem se reunido em busca de soluções para o curto prazo. Com isso, há um esforço em andamento para que a iniciativa privada possa complementar os fornecimentos no país, e quatro empresas já desenvolvem atividades locais para viabilizar o atendimento à demanda.O Gabinete de Segurança Institucional do Governo Federal tem acompanhado a discussão, e a expectativa do setor é que a Anvisa dê tratamento prioritário aos pedidos de autorização protocolados pela iniciativa privada, além de haver uma busca pela equalização dos preços praticados pela tabela SUS, a partir da inclusão do iodo- 131 na tabela do Confaz, que permitiria ao setor fornecer em bases mais equânimes com o mercado internacional e com os custos associados.É um problema sério, que afeta muitos tratamentos de saúde no País, mas que tem solução. Agora é fundamental que todos os entes envolvidos sigam com seus esforços na mesma direção. Faltam poucos passos. -
- 08/07/2021 - Pós-doutorado em metrologia no IpenFonte: Agência FapespAgência FAPESP – O Projeto Temático "P&D&I em metrologia das radiações na área da saúde”, desenvolvido no Centro de Metrologia das Radiações do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), dispõe de uma vaga de pós-doutorado com bolsa da FAPESP. Inscrições até 19 de julho de 2021.
O projeto busca formar uma base metrológica para calibração de detectores com radiações alfa, beta, gama e X, para novos sistemas dosimétricos e metodologias em metrologia das radiações, com técnicas luminescentes e outras, gerando impacto técnico-científico nacional e internacional e contribuindo para o uso seguro das radiações ionizantes.
Podem concorrer interessados com graduação nas áreas de física, engenharia ou tecnologia e doutorado em tecnologia nuclear concluído há menos de sete anos.
O candidato deve ter experiência em processamento coloidal de terras-raras, sinterização, ressonância paramagnética eletrônica, termoluminescência, espectroscopia de correlação de fótons, potencial zeta, difração de raios X e microscopia eletrônica. Também deve apresentar artigos publicados em revistas indexadas relacionados ao tema do projeto.
Interessados podem enviar para o e-mail da pesquisadora responsável pela vaga, Letícia Lucente Campos Rodrigues (lcrodri@ipen.br), cópias em PDF dos históricos acadêmicos, diploma de doutor, currículo Lattes e lista de publicações em revistas indexadas com o tema do projeto.
Mais informações sobre a vaga em: www.fapesp.br/oportunidades/4360.
A oportunidade de pós-doutorado está aberta a brasileiros e estrangeiros. O selecionado receberá Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP no valor de R$ 7.373,10 mensais e Reserva Técnica equivalente a 10% do valor anual da bolsa para atender a despesas imprevistas e diretamente relacionadas à atividade de pesquisa.
Caso o bolsista de PD resida em domicílio fora da cidade na qual se localiza a instituição-sede da pesquisa e precise se mudar, poderá ter direito a um auxílio-instalação. Mais informações sobre a Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP estão disponíveis em www.fapesp.br/bolsas/pd.
Outras vagas de bolsas, em diversas áreas do conhecimento, estão no site FAPESP-Oportunidades, em www.fapesp.br/oportunidades.