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- 26/02/2018 - Fernando Coelho visita Angra 3; obras estão paradas desde 2015Fonte: EBC Agência BrasilAlana Gandra - Repórter da Agência BrasilO ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, visitou hoje (26) a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), no município de Angra dos Reis, Costa Verde do estado do Rio de Janeiro, onde estão em funcionamento as usinas nucleares Angra 1 e 2, e se acha em construção a Usina Angra 3. O ministro recebeu relatório técnico sobre a história do programa nuclear brasileiro e a situação atual, mas não deu declarações. A visita foi fechada à imprensa.
O presidente da Eletronuclear, estatal que administra e opera as usinas nucleares, Leonam dos Santos Guimarães, inteirou o ministro sobre os passos para levar à retomada de Angra 3, ressaltando a importância dessa retomada, inclusive para o processo de democratização do capital da Eletrobras. O projeto de lei que está em tramitação no Congresso referente à privatização da Eletrobras prevê a segregação da Eletronuclear, junto com a Usina Binacional de Itaipu.
"Para fazer essa segregação, a Lei das Sociedades Anônimas requer que a empresa não pode ter patrimônio líquido negativo, que é o nosso caso”, ressaltou Guimarães, em entrevista à Agência Brasil. "Nós estamos nessa situação por causa do impairment (deterioração) de Angra 3, ou seja, pela projeção de prejuízos futuros de Angra 3”.
Segundo Leonam Guimarães, um item chave nesse processo é uma atualização do valor de venda do contrato de energia. Ele considera esse fator crucial para sanear o balanço da Eletronuclear para que ela possa ser, efetivamente, segregada, isto é, retirada do processo de privatização da holding Eletrobras. O "pontapé” inicial da solução do problema de Angra 3 passa por essa condição, disse.
De acordo com o projeto de lei em tramitação, previsto para ser votado no Congresso no próximo mês de março, seria criada uma nova empresa sob cujo guarda-chuva ficariam a Eletronuclear e Itaipu. Esse ponto acaba tendo um efeito indireto muito importante dentro da política que o governo adota para a Eletrobras, destacou o presidente da Eletronuclear.
Condições
Leonam dos Santos Guimarães explicou que a retomada de Angra 3 requer o cumprimento de três condições. A primeira seria resolver o problema da tarifa. "Botar um valor de tarifa realista para o efetivo custo do empreendimento”. A segunda condição é a renegociação das dívidas do que já foi sacado em termos de financiamento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Caixa Econômica Federal e à própria Eletrobras.
Equacionados esses dois itens, o governo poderá dar sequência à abertura de capital da Eletronuclear, podendo admitir um sócio privado que tenha capital para investir e assumir o investimento que falta para concluir Angra 3. O presidente da Eletronuclear lembrou que a antecessora da estatal, a Nuclem, teve no passado sócio privado, que foi a empresa alemã Siemens, com 25% do capital. "Não seria nada novo, diferente”, disse Guimarães. O que se teria que garantir é que a maioria do capital votante seja da União, para respeitar a Constituição.
Durante a visita, o ministro de Minas e Energia pôde conferir o estado de preservação da Usina Angra 3, disse o presidente da Eletronuclear. Ele informou que até agora os investimentos em Angra 3 somam R$ 7 bilhões. Faltam ainda R$ 13,8 bilhões para completar a construção da usina. O planejamento da Eletronuclear é recomeçar a obra em junho de 2019, de modo que a usina entre em operação no final de 2024 ou começo de 2025. "Essa é a previsão que nós temos, mas as coisas precisam acontecer nesse um ano e alguns meses que faltam”, disse Guimarães.
Localizada na praia de Itaorna, em Angra dos Reis, a Usina Angra 3 terá potência de 1.405 megawatts (MW), com capacidade de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora (MWh) por ano, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o mesmo período. Com Angra 3, a energia nuclear passará a gerar o equivalente a 50% do consumo do estado do Rio de Janeiro. As obras foram iniciadas na década de 1980 e estão paradas desde 2015.
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- 26/02/2018 - CNEN realiza primeira Jornada de Divulgação do Foro Iberoamericano de Organismos Reguladores Radiológicos y NuclearFonte: CNENA Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) promoveu, nos dias 22 e 23 de fevereiro, a primeira Jornada de Divulgação do Foro Iberoamericano de Organismos Reguladores Radiológicos y Nucleares (Foro). O evento visou apresentar os principais resultados das atividades do Foro e a situação atual dos projetos em andamento.O Foro foi criado em 1997 para promover o alto nível de segurança em todas as práticas e atividades que envolvam fontes de radiação ionizante e materiais nucleares. Uma de suas atividades centrais é o intercâmbio de informações e experiências relacionadas à segurança radiológica, nuclear e física. A entidade, que também mantém colaboração com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), é composta por organismos reguladores de atividades nucleares e radiológicas de dez países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Espanha, México, Paraguai, Peru e Uruguai.A CNEN é a atual presidente do Foro, posição assumida no dia 7 de julho do ano passado. A passagem de comando ocorreu em Buenos Aires, durante reunião de representantes dos dez países integrantes da entidade. O Foro alterna anualmente o exercício da presidência entre seus integrantes, seguindo como referência a ordem alfabética dos nomes dos países membros no idioma espanhol.Esta primeira Jornada de Divulgação visou, além de dar visibilidade às ações do Foro, estimular o uso das ferramentas e documentos gerados pela entidade. Pretendeu também abrir a possibilidade de discussão de ideias, para o desenvolvimento de projetos de interesse da comunidade. O evento contou com a participação de profissionais da área nuclear brasileiros e estrangeiros, incluindo representantes da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), de países que integram o Foro, da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC), da área regulatória da CNEN, das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), da Sociedade Brasileira de Proteção Radiológica (SBPR), da Marinha do Brasil, entre outras relevantes entidades do setor nuclear brasileiro.Na abertura do evento, o presidente da CNEN, Paulo Roberto Pertusi, chamou a atenção para importância do entrosamento entre profissionais e entidades que compõem a área nuclear. Destacou, ainda, que a Jornada de Divulgação é uma excelente oportunidade para o aprimoramento das ações do Foro, pois permite uma troca de ideias e conhecimentos. "É uma ocasião ímpar para aprendermos conjuntamente”, disse. -
- 23/02/2018 - Brasil e Alemanha se unem para fazer frente à China no mercado de terras rarasCientistas tentam desenvolver tecnologia para produção de "superímã verde" competitivo com terras raras brasileiras. Reservas do Brasil são as segundas maiores do mundo, atrás apenas das da China.
Cientistas tentam desenvolver tecnologia para produção de "superímã verde" competitivo com terras raras brasileiras. Reservas do Brasil são as segundas maiores do mundo, atrás apenas das da China.
Fonte: DWPesquisadores alemães e brasileiros estão trabalhando juntos paradesenvolver a tecnologia necessária para explorar de forma mais eficiente as terras-raras, elementos químicos essenciais na fabricação de eletrônicos como tablets e smartphones.
Com 22 milhões de toneladas, o Brasil só fica atrás da China em reservas de terras-raras. Falta ao país, porém, tecnologia que possibilite a sua exploração e a elaboração de um produto final de forma competitiva para o mercado internacional.
Reunidos no projeto Regina(Rare Earth Global Industry and New Application - Indústria Global de Terras-Raras e Novas Aplicações), os pesquisadores de sete instituições brasileiras e mais sete alemãs trabalham para desenvolver essa tecnologia.
"Nosso grande desafio é desenvolver tecnologias sustentáveis e com um custo competitivo em relação ao praticado pelos chineses. O projeto é tão interessante por combinar qualidade do produto, custo baixo e cuidado de preservação ambiental", diz Fernando Landgraf, diretor-presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), uma das instituições que integram o Regina.
Concorrência para a China
O mercado internacional de terras raras é dominado pela China, que controla cerca de 90% da oferta. A dependência preocupa a indústria de alta tecnologia, que, desde 2011, já enfrentou duas explosões de preços. Isso gerou insegurança no mercado, que movimenta cerca de 5 bilhões de dólares por ano.
O Brasil contribui com apenas cerca de 1% da produção global, mas pode se tornar um concorrente de peso da China caso consiga oferecer um produto finala preços atraentes. A parceira de pesquisa com a Alemanha abre caminho para impulsionar o desenvolvimento tecnológico necessário para isso.
Segundo Landgraf, o mercado de terras-raras é um nicho, mas de grande potencial. Além da instabilidade no mercado global, o pesquisador prevê que haverá um aumento no preço praticado pela China, que está se esforçando para produzir de maneira que prejudique menos o meio ambiente.
Bom para os dois lados
Para os alemães, o sucesso do projeto é fundamental para reduzir a dependência da Alemanha da China como fornecedor desse tipo de matéria-prima.
"Ambos os lados sairão ganhando. A Alemanha terá uma nova fonte desses recursos e um novo parceiro estratégico. Já o Brasil poderá comercializar e agregar valor a essa matéria-prima, que praticamente não está sendo usada", afirma a engenheira Eva Brouwer, do departamento de pesquisa sobre ímãs do Instituto Fraunhofer IWKS.
Brouwer destaca que o objetivo final do projeto é a produção de um "superímã verde de terras raras", ou seja, de menor impacto ambiental e feito a partir das terras-raras que sobram na exploração do nióbio. Esses ímãs são usados, por exemplo, em turbinas geradoras de energia eólica.
Recurso estratégico
As terras-raras, compostas por um grupo de 17 elementos químicos e presentes em mais de 250 espécies minerais conhecidas, são utilizadas em quase todos os produtos eletrônicos modernos, desde smartphones e escovas de dente elétricasaté carros elétricos.
Com países buscando alternativas para reduzir as emissões de gases causadores do aquecimento global, carros elétricos e geração de energia limpa ganham mais espaço, o que deve aumentar a demanda por terras-raras.
A Alemanha, por exemplo, anunciouo fechamento de todas as suas usinas nuclearesaté 2022. A geração de energia serásubstituída por fontes renováveis, e osucesso dessa transição depende dos ímãs de terras raras.
Para a futura tecnologia teuto-brasileira, os pesquisadores pretendem usar a monazita, considerada um resíduo da mineração de nióbio no complexo de Araxá, em Minas Gerais.
A pesquisa conjunta, coordenada pela Universidade Federal de Santa Catarina (USFC) e pelo Instituto Fraunhofer IWKS, irá abordar todas as etapas do processo de produção desses ímãs, desde a separação da monazita, que contém terras raras, passando pelo desenvolvimento da liga de neodímio-ferro-boroaté a fabricação do superímã. Em todas as etapas, a questão ambiental é um fator central.
Aprimorar o processo existente
Segundo Landgraf, já existe um caminho básico da tecnologia para a exploração de terras raras e produção dos ímãs. O que a pesquisa busca é aprimorar esseprocessopara melhorar a produtividade e a sustentabilidade e, assim, reduzir os custos do produto final. O trabalho em comum parte ainda de estudos em estágio avançado realizados há alguns anos, tanto na Alemanha como no Brasil.
Sobre os riscos de acidente, devido ao fato de alguns minerais possuírem também elementos radioativos, como a própria monazita, Landgraf afirma que os riscos são mínimos e lembra que há décadas a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), que explora as minas em Araxá, já lida com essa situação e segue normas rígidas de preservação ambiental.
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- 21/02/2018 - Presidente da INB desembarca na Europa em busca de novos negóciosA comitiva retorna ao Brasil no próximo dia 02 de março
A comitiva retorna ao Brasil no próximo dia 02 de março
Fonte: Setor EnergéticoO presidente da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Reinaldo Gonzaga, segue hoje para sua primeira viagem internacional em busca de novos negócios. A ideia é estreitar as relações comerciais com a empresa francesa Framatome e a coreana Korea Nuclear Fuel (KNF). Expandir os negócios está entre as metas previstas no Planejamento Estratégico da INB – 2017/2026, traçado depois de estudos da Fundação Getulio Vargas (FGV). A comitiva que acompanha o presidente é formada pelo diretor de Combustível Nuclear, Marcelo Xavier, e o superintendente de Engenharia do Combustível, Márcio Adriano da Silva.
"A INB é capaz de oferecer uma gama enorme de serviços, com o nível de qualidade exigida no cenário internacional. Esta é a razão desse contato com as empresas estrangeiras. A INB precisa conquistar uma fatia maior nesse mercado”, frisou o presidente Reinaldo.
A primeira parada da comitiva será na França para uma visita à Framatome (antiga Areva) que produz combustível nuclear para várias empresas no mundo. Com o desligamento dos reatores alemães previstos para ocorrer até 2022, a empresa francesa terá apenas uma usina na Espanha semelhante à Angra 2 e 3. A INB tem a intenção de oferecer componentes e combustíveis para a planta espanhola. Há ainda o projeto de instalar no Brasil as máquinas de solda a laser descomissionadas pela Framatone, que poderiam ser usadas na fabricação das grades espaçadoras dos combustíveis e gerar receita para a INB.
Já na KNF, será discutida a possibilidade de ampliar a participação da INB na parceria hoje em curso entre as duas empresas. A INB quer aumentar a produção de bocais – que compõem o Elemento Combustível – para a empresa coreana.
A comitiva da INB chega ao Brasil no dia 02 de março.
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- 20/02/2018 - Eletronuclear negocia dívida de Angra 3 com credores, diz executivoFonte: Extra
Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Eletronuclear, da Eletrobras, negocia uma flexibilização de dívida bilionária da usina de Angra 3 com bancos credores, a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para tentar viabilizar a retomada das obras da usina paradas desde 2015, disse à Reuters o diretor-presidente da estatal, Leonam Guimarães.
O passivo com os bancos públicos é de aproximadamente 6 bilhões de reais e o equacionamento da dívida é considerado um ponto fundamental para atração de um sócio privado para investir na retomada da obra.
Segundo o executivo, ainda faltam cerca de 14 bilhões de reais para fechar a obra, e grupos da China, França, Rússia e outros países estão interessados.
"Esse é um ponto crucial que vai ajudar na atração dos investidores e na fixação do valor da tarifa para viabilizar o retorno do investimento", disse ele, durante um evento no Rio de Janeiro, nesta terça-feira.
Um estudo sobre a conclusão da obra, feito por uma consultoria externa, já foi concluído e deve ser apresentado até o fim do mês.
Uma das possibilidades é de que Caixa e BNDES convertam a dívida no capital de Angra 3. Outra hipótese é conseguir uma carência até 2025, quando a usina deve estar operando.
"Os bancos resistem um pouco à conversão, e a carência pode ser um caminho, mas haveria juros e tem que ver como isso cabe na tarifa", disse ele. "Para viabilizar, tem que flexibilizar e aumentar a tarifa", adicionou ele.
Leonam frisou que as conversas com o governo já começaram e uma direção deve ser dada em breve.
"A decisão vem de cima e acho que ainda dá tempo de definir este ano, mesmo com eleição. Se deixar para ano que vem, com um novo governo pode atrasar mais a retomada", comentou.
A usina de Angra 3 recebeu até o momento investimentos de mais de 5 bilhões de reais --as obras civis estão 67 por cento concluídas e equipamentos já foram contratados no Brasil e no exterior.
Mas a conclusão da obra demandaria mais do que o dobro do valor já investido, o preço da energia estabelecido originalmente para a usina não fecha a conta e precisaria ser revisto, e alguns investidores, como os chineses, querem sinalização de que poderão assumir novos projetos nucleares no país no futuro como contrapartida por participação em Angra 3, segundo fontes disseram à Reuters em janeiro.
A usina de Angra 3, que seria a terceira nuclear brasileira, teve as obras iniciadas originalmente nos anos 80, mas os trabalhos foram suspensos em 1986 por falta de recursos públicos.
O governo autorizou a retomada do empreendimento em 2009, mas os trabalhos foram atropelados por investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que acusou empreiteiras envolvidas na obra de irregularidades.
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- 15/02/2018 - Temer visita Campinas para conhecer obras do projeto Sirius: 'Extraordinário'Construção de R$ 1,8 bilhão funciona como supermicroscópio que deve revolucionar as pesquisas brasileira e internacional.
Construção de R$ 1,8 bilhão funciona como supermicroscópio que deve revolucionar as pesquisas brasileira e internacional.
Fonte: G1O presidente Michel Temer (PMDB) visitou pela primeira vez, nesta quinta-feira (15), o projeto Sirius, laboratório de luz síncroton de 4ª geração em construção dentro do Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP). A obra, orçada em R$ 1,8 bilhão, promete revolucionar as pesquisas brasileira e internacional.O Sirius é um acelerador de partículas que funciona como um supermicroscópio, e impressionou o presidente.
"Acabamos de conhecer um projeto extraordinário, uma tecnologia avançadíssima que é o projeto Sirius. Recebemos todos uma explicação muito adequada, muito competente deste projeto, e isto revela as potencialidades do país. [...] Este fato deve ser divulgado não só ao Brasil, para que os brasileiros tenham cada vez mais orgulho do seu país, da sua pátria, mas, se possível, transmitido ao exterior", afirma Temer.
O avião de Temer pousou no Aeroporto Internacional de Viracopos às 10h40 e ele já seguiu de helicóptero para o CNPEM. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) também participa do evento, ele chegou por volta das 11h.
Temer e Alckmin participaram de uma reunião antes da visita, que também teve a presença do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, e do diretor-geral do CNPEM, o físico Rogério Cezar de Cerqueira Leite. A visita foi rápida e, em seguida, retornou de helicóptero para Viracopos, onde seguiu no avião presidencial para Brasília (DF).
Supermicroscópio
Quando o Sirius estiver em atividade -substituindo a atual fonte de luz usada no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron-, estima-se que uma pesquisa que atualmente é feita em 10 horas nos equipamentos mais avançados do mundo poderá ser concluída em 10 segundos.
Segundo o CNPEM, as obras civis do Sirius estão na reta final e a primeira volta dos elétrons no acelerador deve ocorrer no segundo semestre deste ano. A abertura da nova fonte de luz síncrotron para pesquisadores está programada para 2019.
Atualmente há apenas um laboratório da 4ª geração de luz síncroton operando no mundo: o MAX-IV, na Suécia.O Sirius foi projetado para ter o maior brilho do mundoentre as fontes com sua faixa de energia.
Isso permitirá muito mais precisão, rapidez e capacidade de analisar diferentes materiais, o que está gerando expectativas entre cientistas.
Protesto
Cerca de 50 manifestantes se reuniram do lado de fora do CNPEM para protestar contra o governo do presidente Temer. Entre os participantes do ato estão funcionários da Replan, a refinaria da Petrobras em Paulínia (SP), que são contrários à reforma trabalhista. A Polícia Militar acompanha a manifestação no local e não divulgou número de pessoas, até o momento.
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- 15/02/2018 - Pesquisador do Ipen recebe prêmio da Sociedade Americana de Cerâmica - Agência FapespReginaldo Muccillo, pesquisador do Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CCTM) do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), recebeu o prêmio "Global Star Award" da Sociedade Americana de Cerâmica (ACerS)
Reginaldo Muccillo, pesquisador do Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CCTM) do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), recebeu o prêmio "Global Star Award" da Sociedade Americana de Cerâmica (ACerS)
Fonte: Agência Fapesp
Reginaldo Muccillo, pesquisador do Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CCTM) do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), recebeu o prêmio "Global Star Award” da Sociedade Americana de Cerâmica (ACerS).A distinção foi entregue durante a sessão de abertura da 42ª Conferência Internacional sobre Cerâmica Avançada e Compósitos realizada pela ACerS de 21 a 26 de janeiro em Daytona Beach, Flórida.
Um dos pesquisadores principais do Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiado pela FAPESP –, Muccillo recebeu o prêmio por sua atuação na organização dos mais de 20 simpósios que ocorrem paralelamente durante a conferência anual da ACerS.
"Fui escolhido por fazer parte do comitê organizador de um desses vários simpósios que têm, no total, mais de 200 organizadores”, disse Muccillo à Agência FAPESP.
O pesquisador coordenou o simpósio em homenagem ao último presidente da ACerS, Mrityunjay Singh, cientista-chefe do Ohio Aerospace Institute, cuja gestão encerrou-se em dezembro de 2017.
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- 08/02/2018 - Prefeito de Angra ameaça pedir desligamento de usinasFernando Jordão garantiu que pedirá o desligamento das usinas nucleares caso a Força Nacional de Segurança não atue em Angra.
Fernando Jordão garantiu que pedirá o desligamento das usinas nucleares caso a Força Nacional de Segurança não atue em Angra.
Fonte: AngraNews
Em entrevista ao programa Talk show, da Rádio Costazul, na manhã desta quinta-feira, 08, o prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão, garantiu que poderá pedir o desligamento das usinas nucleares caso não seja atendido pelo presidente Michel Temer e seu gabinete de segurança institucional. Jordão pede intervenção federal na segurança do município.
Segundo ele, após detalhar os problemas que o município enfrenta na área de segurança pública, o Prefeito pediu ao Presidente a intervenção da Força Nacional de Segurança e do Exército em Angra dos Reis. Jordão garantiu que caso não seja atendido, irá ao Ministério Público Federal e pedirá o desligamento das usinas nucleares. Ele afirmou ainda que o governo Federal já tinha um planejamento para a região, que poderá ser adiantado dada a situação do município.
–Do jeito que está hoje, com fechamento de Rio-Santos, com problema de falta de segurança na região das usinas e em todo o município, nós não podemos dizer que temos um plano de emergência – afirmou o prefeito que destacou ainda sua determinação em aumentar o número de policiais do Proeis em 40 homens, comprar 20 novas viaturas para a Polícia Militar, ajudar a PM a instalar um destacamento no Centro e restabelecer as câmeras de monitoramento.
Segundo informações da Eletronuclear, a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), onde estão localizadas as usinas de Angra 1 e 2, gera o equivalente a um terço do consumo de energia elétrica do estado do Rio de Janeiro, o que equivale a 3% da geração nacional.
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- 07/02/2018 - Crise na ciência não se deve apenas à falta de recursos, avaliam cientistasFonte: Agência FapespA crise de financiamento pela qual a ciência brasileira atravessa atualmente não se deve apenas à falta de recursos, mas de visão estratégica e de uma política de Estado que compreenda a necessidade de aumentar os investimentos no setor para assegurar a competitividade e promover o desenvolvimento econômico e social do país.A avaliação foi feita por participantes do encontro "É o fim? Um debate sobre os rumos da ciência no Brasil e inspirações de Berlim”, realizado no dia 1º de fevereiro no espaço de eventos da Fnac Paulista.
O evento, que fez parte das atividades do Berlin Science Communication Award, promovido pela Humboldt-Universität zu Berlin e financiado pela Sociedade Alemã de Amparo à Pesquisa (DFG), com apoio do Ministério de Educação e Pesquisa da Alemanha (BMBF), reuniu pesquisadores e jornalistas científicos para debater sobre o cenário atual e as perspectivas da ciência no Brasil.
"Os investimentos federais em ciência no Brasil nos últimos anos vêm despencando em queda livre, independentemente do governo”, disse Helena Nader, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
De acordo com dados apresentados por Nader, 31,6% das despesas financeiras e primárias do Brasil em 2015, por exemplo, foram com amortização de dívida e 8,7% com o pagamento de juros, e somente 5,8% relacionadas a despesas discricionárias, que são aquelas que o Estado pode ou não executar, de acordo com a previsão de receitas.
Nessa categoria de despesas estão incluídos os setores de educação, saúde, defesa e ciência e tecnologia. Esse último recebeu apenas 5,6% do total de recursos destinados para o pagamento de despesas discricionárias em 2015. "[O baixo investimento em ciência e tecnologia] representa uma opção do Estado brasileiro”, avaliou Nader.
A opinião foi compartilhada por Paulo Artaxo, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP).
O orçamento geral da União em 2018 deverá ser 1,7% maior do que o de 2017. O orçamento para custeio e investimento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI), contudo, deverá sofrer um corte de 56%, também em relação a 2017, comparou Artaxo.
"Há quem diga que o problema da ciência brasileira é a falta de recursos, como se fosse uma questão de contabilidade. Mas não é. O que aconteceu é que mudaram as prioridades”, afirmou. A crise pela qual a ciência brasileira passa também não é exclusiva do setor e faz parte da crise do Estado como um todo, ponderou o pesquisador.
"A crise não é só da ciência brasileira, mas do Estado. Portanto, a ciência brasileira não vai sair dessa crise enquanto o país também não sair da crise institucional na qual está imerso”, disse Artaxo.
Falta de engajamento público
Na avaliação de Herton Escobar, jornalista de ciência do jornal O Estado de S. Paulo e colaborador da revista Science, os cientistas brasileiros devem valorizar a divulgação científica e se comunicar mais diretamente com a sociedade, por meio de plataformas de mídia social, e não delegar toda essa responsabilidade para a mídia tradicional.
Segundo ele, essa ação é importante para obter maior engajamento público na defesa da ciência e evitar a falta de apoio popular para a ciência. "Quando havia dinheiro disponível para fazer ciência no Brasil, não fazia diferença se a sociedade dava valor para essa atividade. A partir do momento que temos uma situação crítica, como a que estamos vivendo hoje, os cientistas viram que era preciso o apoio da sociedade, ir à Brasília, pedir mais recursos e mostrar que a ciência é importante, mas a sociedade não respondeu”, disse Escobar.
A dificuldade de se fazer divulgação científica de qualidade e engajar a sociedade brasileira na defesa da ciência foram ponderadas pelos participantes do debate.
"55% da população brasileira não completou o ensino médio. Essa população não vai procurar na internet ou ler jornal para se informar sobre ciência. Ela se informa pela televisão”, disse Nader. "Antes de pensarmos em internacionalização das universidades, é preciso trazer o brasileiro para dentro da escola e promover a cidadania.”
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- 05/02/2018 - Descoberta sobre ondas é passo rumo a reator nuclear limpo e eficienteDestaque em revista internacional, predições de brasileiro foram testadas na maior máquina dedicada a estudos sobre fusão magnética dos EUA
Destaque em revista internacional, predições de brasileiro foram testadas na maior máquina dedicada a estudos sobre fusão magnética dos EUA
Fonte: Jornal da USPVinicius CrevilariUma parceria entre a USP e a Universidade de Princeton (PU) vem contribuindo para as pesquisas relacionadas com o desenvolvimento de protótipos de reatores que um dia poderão produzir energia praticamente inesgotável, a partir da fusão nuclear. Entre as possibilidades, está a construção de usinas que forneçam energia suficientemente limpa, a ponto de diminuir a emissão de gases tóxicos ao meio ambiente e evitar o acúmulo de dejetos radioativos.
Neste sentido, a tese de doutorado de Vinícius Njaim Duarte trouxe entendimento inédito sobre o comportamento de ondas que afetam a continuidade de reações de fusão, prejudicando a eficácia na produção de energia. O estudo teve supervisão dos pesquisadores Ricardo Galvão e Nikolai Gorelenkov—dos Laboratórios de Física de Plasmas do IF e da PU, respectivamente.Um artigo de autoria de Duarte, junto a outros colaboradores, condensou as descobertas e foi publicado com destaquen a revista Physics of Plasmas.
A repercussão foi tanta, que um laboratório que opera a maior máquina dedicada a estudos sobre fusão magnética dos EUArealizou experimentos com o fim de testar as predições do modelo de Duarte,através do uso de uma máquina conhecida como tokamak. Trata-se de um protótipo experimental de reator de fusão nuclear, dentro do qual se confina, em uma câmara de vácuo, um gás composto de isótopos de hidrogênio, sob a forma de plasma (quando se aquece um gás neutro a temperatura muito elevada, obtendo íons e elétrons).
Dentro dotokamak,sob forte campo magnético e alta temperatura, as partículas do plasma se chocam, fazendo com que seus núcleos eventualmente se unam em um processo conhecido como fusão nuclear. A energia liberada é extremamente alta.
O tokamak é hermeticamente fechado, evitando perdas de partículas e de energia para o meio exterior. O ambiente com altíssima energia acumulada e com um plasma submetido a forte campo magnético gera ondas do mesmo tipo daquelas criadas a partir de explosões solares: as ondas de Alfvén.
Segundo Duarte, o que se observa em máquinas tokamaké que essas ondas "interagem com uma certa população de íons altamente energéticos, presentes no plasma”. Quando a interação foge do controle, as partículas são expelidas do plasma e esse fenômeno "é muito indesejável, porque é necessário manter as partículas do plasma bem confinadas”, preservando a autossuficiência do reator.
A maneira como esses íons "fogem” está relacionada à natureza da oscilação das ondas de Alfvén. Se a onda tem frequência fixa, as partículas normalmente são perdidas por difusão. Se possui variações abruptas, apresentam um mecanismo de auto-organização e são ejetadas de forma convectiva.
Eficiência
A pergunta que permanecia em aberto — qual o fator experimental que determina qual será a resposta espectral das ondas de Alfvén — foi elucidada pelo estudo ao propor, teórica e experimentalmente, que a turbulência afeta a dinâmica dos íons energéticos contidos no plasma. Verificou-se que as oscilações das ondas de Alfvén com frequência fixa são comuns em plasmas com alta turbulência e raras em condições onde o plasma se encontra em baixa turbulência, quando as ondas têm sua frequência sujeita a variações abruptas.
"Se controlamos a turbulência do plasma, controlamos, de certa forma, a oscilação das ondas de Alfvén. Controlando essa oscilação, é possível controlar a forma como essas partículas vão ser ejetadas do plasma e isso pode fazer toda a diferença na eficiência do reator”, explica Duarte. A meta é desenvolver capacidades de prever cenários e, consequentemente, abrandar as perdas de partículas.
O estudo pode contribuir no desenvolvimento de um reator experimental de fusão: um tokamak orçado em cerca de 20 bilhões de euros. Trata-se do International Thermonuclear Experimental Reactor (ITER), convênio formado por diversos países, com metade da construção já realizada."No ITER vai ser muito caro realizar um experimento. Então, é muito interessante que tenhamos ferramentas que consigam predizer como o plasma vai se comportar. Ao entendermos como as ondas vão evoluir, fica mais viável controlá-las”, esclarece.
Energia limpa
A energia nuclear é responsável pelo fornecimento de quase 15% da energia mundial e atualmente é obtida apenas a partir da fissão nuclear. Neste processo, segundo Galvão, o reator produz energia a partir do rompimento de átomos de alto número atômico (urânio) que, ao se dividirem, criam outros elementos de pesos atômicos menores, liberando nêutrons com alta energia.
Ele explica que as reações de fusão liberam "muito mais energia” que as de fissão. Porém, é mais fácil produzir fissão do que fusão, já que o primeiro processo é autossuficiente, porque ocorre através de reações em cadeia. O problema é que isso torna a fissão perigosa, porque os elementos e partículas que se formam a partir do urânio "ficam no reator e irradiam energia por milhares de anos”.
Próximos desafios
Um dos próximos desafios é descobrir quais os materiais mais adequados para constituir a câmara de vácuo do reator de fusão, que devem ser resistentes para aguentar os altos níveis de energia acumulados dentro dotokamak. "O plasma fica dentro da câmara e partículas tentam atravessá-la.” Essas partículas "deslocam” os átomos das paredes da câmara, comprometendo a integridade dotokamak. "Nós não sabemos ainda que materiais resistem a esses danos, porque é necessário ter um reator para testar. O ITER também busca testar quais os materiais que realmente resistiriam aos danos da radiação”, aponta Galvão.
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- 05/02/2018 - Amazul abre concurso com 5 vagas para engenheiro nuclearFonte: Amazul- Amazônia Azul
A Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. - Amazul abriu concurso público (Edital nº 01/2018) para preenchimento de cinco vagas de engenheiro nuclear e formação de cadastro reserva para o Estado de São Paulo.O salário oferecido é de R$ 7.114,22 mais benefícios para jornada de 40 horas semanais e contratação por prazo indeterminado pela CLT. Os candidatos devem ter diploma ou declaração de conclusão de curso de nível superior (bacharelado) em Engenharia Nuclear.
A Amazul é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Defesa por meio do Comando da Marinha para absorver, promover, desenvolver, transferir e manter tecnologias sensíveis às atividades do Programa Nuclear da Marinha (PNM), do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) e do Programa Nuclear Brasileiro (PNB).
Os aprovados irão atuar no desenvolvimento e fabricação de combustível nuclear, bem como na implantação, operação, licenciamento e descomissionamento de instalações nucleares; elaborar projetos de engenharia e gerir a obtenção de materiais, equipamentos, insumos e serviço.
Inscrições
As inscrições estarão abertas de 19 de fevereiro a 20 de março e poderão ser realizadas pessoalmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro ou via postal. A taxa de inscrição é de R$ 100,00.
O candidato poderá se inscrever pessoalmente (ou por representante autorizado) em São Paulo (Av. Eusébio Matoso, 1.375 - 3º andar - Pinheiros, São Paulo - SP, CEP 05423-180) ou no Rio de Janeiro (Rua Conselheiro Saraiva, 8 - 3º andar - CEP 20091-030, Rio de Janeiro - RJ), das 10h às 12h e das 14h às 16h.
O endereço para inscrição via postal é Av. Eusébio Matoso, 1.375 - 3º andar - Pinheiros, São Paulo - SP, CEP 05423-180, aos cuidados da Coordenadoria de Desenvolvimento de RH. A Amazul não se responsabilizará pelo extravio, atraso na entrega de correspondência ou falhas na identificação dos envelopes. Correspondências recebidas fora do período de inscrições não serão consideradas, independentemente da data de postagem.
O concurso terá duas fases: a) avaliação de conhecimentos específicos por meio de prova objetiva de caráter eliminatório e classificatório; e b) avaliação de títulos e de coeficiente de rendimento acadêmico, que devem ser entregues em envelope lacrado no dia da realização da prova objetiva e têm caráter classificatório.
Na 2ª fase (análise do coeficiente de rendimento acadêmico e títulos), o candidato deverá entregar em envelope lacrado: os títulos, o coeficiente de rendimento acadêmico (acumulado) e a relação de todos os documentos entregues em uma folha assinada. Importante: o candidato deve rubricar todas as páginas de cada documento contido no envelope. Na parte externa, o envelope deve trazer as seguintes informações: Concurso Público nº 01/2018 da Amazul, nome completo do candidato e CPF.
A data prevista para realização da prova objetiva é 15 de abril.
É importante que o candidato leia atentamente o Edital nº 01/2018 do concurso e os anexos (cronograma, ficha de inscrição e conteúdo programático), publicados na íntegra na página de Pessoas/Concursos do site da Amazull (www.amazul.gov.br).
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- 05/02/2018 - Governo estuda ampliar flexibilização do monopólio da União em radiofármacos - Estado de MinasFonte: O Estado de Minas
O governo vai analisar a conveniência da ampliação da flexibilização do monopólio da União na produção de radiofármacos. Para estudar o assunto, foi criado um grupo técnico formado por vários ministérios. O grupo tem 120 dias para apresentar as propostas. Esse prazo poderá ser prorrogado, uma única vez, por mais 60 dias corridos.
A constituição do grupo está formalizada em resolução do Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro, presidido pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), Sérgio Eetchegoyen.
Os trabalhos do grupo serão coordenados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações. Ainda participam do grupo representantes do próprio GSI, da Casa Civil, dos ministérios das Relações Exteriores, Fazenda, Saúde, Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Planejamento, além da Comissão Nacional de Energia Nuclear, da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, vinculado à Comissão Nacional de Energia Nuclear.
(Luci Ribeiro)
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- 05/02/2018 - Rússia denuncia caráter belicista da nova postura nuclear americanaFonte: Estado de Minas
A Rússia denunciou neste sábado (3) o caráter belicista e antirrusso da nova postura nuclear americana, anunciada na sexta-feira (2).O ministério russo de Relações Exteriores se declarou profundamente decepcionado e advertiu que tomará as medidas necessárias para garantir a segurança do país frente aos Estados Unidos.
Segundo as autoridades russas, a posição americana está "impregnada de todos os estereótipos antirrussos, começando por acusações descabidas de comportamento agressivo e de todo o tipo de ingerências, envolvida em acusações igualmente infundadas e violações de toda uma lista de acordos sobre o controle de armamentos".
Os Estados Unidos anunciaram que querem modernizar seu arsenal nuclear e desenvolver novas bombas atômicas de baixa potência, o que pode ser considerada uma resposta às ações russas dos últimos anos.
A declaração fez com que especialistas temessem uma reativação da proliferação e um risco maior de um conflito nuclear.
A chamada Revisão da Postura Nuclear apresenta as ambições nucleares do Pentágono durante o mandato do presidente Donald Trump e é a primeira vez desde 2010 que o Departamento de Defesa americano explica como prevê as ameaças nucleares nas próximas décadas.
Embora o documento do Pentágono, cujo rascunho vazou para a imprensa no mês passado, mencione as ameaças de China, Coreia do Norte e Irã, o enfoque principal é a Rússia.
"Essa é uma resposta à expansão da capacidade russa e à natureza de sua estratégia e doutrina", escreveu o secretário de Defesa Jim Mattis no prefácio do texto de 75 páginas.
"Isso, somado à tomada da Crimeia por parte da Rússia e às ameaças nucleares contra nossos aliados marcam o decidido retorno de Moscou à competência entre as principais potências", acrescentou.
Um dos temores do Pentágono é a Rússia assumir que suas armas de alta potência são, na maioria, grandes demais para serem usadas - já que seu uso provavelmente resultaria em represálias de larga escala e eliminaria do mapa grande parte da humanidade.
"Há fortes indícios de que os russos percebem nossa postura e capacidades estratégicas atuais como potencialmente inadequadas para dissuadi-los", disse à imprensa Greg Weaver, encarregado das capacidades estratégicas do Estado-maior americano.
Segundo ele, Estados Unidos e Otan precisam de uma gama mais ampla de opções nucleares de baixa potência para dissuadir a Rússia em caso de conflitos.
O documento diz que, se tiver armas menores, o Pentágono poderá contrariar as "percepções errôneas" de adversários de que os Estados Unidos não responderiam a outro país usam sua própria bomba de baixa potência.
A nova estratégia busca continuar o programa de modernização nuclear ordenado por Obama, que abrange todos os pilares da "tríade": armas balísticas intercontinentais terrestres, foguetes lançados de submarinos e bombas lançadas de aviões.
Mas, ao contrário da estratégia de Obama, que buscava reduzir o papel das armas nucleares, a nova política as considera de forma positiva.
O ex-presidente americano, durante um famoso discurso em Praga em 2009, pediu a eliminação das armas nucleares.
As armas nucleares de baixo rendimento, também conhecidas como armas nucleares "táticas", são extremamente poderosas e podem conter tanto impacto destrutivo quanto as bombas caíram sobre Hiroshima e Nagasaki no fim da Segunda Guerra Mundial.
Os Estados Unidos já dispõem de um enorme arsenal nuclear, que inclui 150 armas nucleares B-61 armazenadas em vários países europeus, que podem ser configuradas para operações cujos objetivos podem ser alcançados com bombas de baixa potência.
A diplomacia russa vê no documento uma injusta tentativa de Washington de "acusar aos demais de sua própria responsabilidade em detrimento da segurança internacional e regional, resultado de uma série de atos irresponsáveis dos próprios Estados Unidos".
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- 03/02/2018 - Hanford Site, a antiga usina de plutônio que virou o lugar com a maior contaminação nuclear dos EUAFonte: BBC BrasilBeatriz Díez
Da BBC Mundo em Los AngelesPara alguns, é preciso estar louco para querer morar ali. Para outros, trata-se do lugar dos sonhos, onde qualquer um pode prosperar.
De qualquer modo, não é fácil ter como vizinho o local de descarte de resíduos nucleares que concentra a maior contaminação em todos os EUA: a usina de Hanford, no sul do Estado de Washington. Desativado em 1987 após 44 anos em operação, o local passa desde então por um longo e complexo processo de limpeza.
"Nasci em Richland em 1955 e aqui fui criado", diz à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC. Bob Thompson, prefeito dessa cidade que, ao lado de Kennewick e Pasco, se destaca por sua proximidade com a antiga usina nuclear.
A região depende do dinheiro destinado à limpeza da usina, admite Thompson, para quem há um forte estigma associado à vida no local.
"Isso não vem de nós, moradores, mas sim das pessoas de fora. É por isso que estamos tendo esta conversa, não? Por causa do estigma", diz.
Segundo ele, é exagerada a atenção dada a qualquer incidente ocorrido em Hanford.
'Onde a segurança vem em primeiro lugar', diz a placa de boas vindas às instalações de Hanford
"Os esforços cotidianos de limpeza não despertam interesse, mas qualquer vazamento ou acidente, sim", afirma.
Alta contaminação
A assessoria de imprensa de Hanford Site enviou à BBC informações sobre o processo de limpeza nuclear, tido como um dos maiores do mundo - e que ainda levará décadas para ser concluído.
Em 1989, o Departamento de Energia dos EUA e o Departamento de Ecologia de Washington firmaram um acordo para tratar as instalações.
Durante as quatro décadas de atividade em Hanford, foram geradas milhões de toneladas de resíduos sólidos e centenas de bilhões de litros de dejetos.
A planta, que se estende por uma ampla planície próxima ao rio Colúmbia, é um complexo nuclear operado pelo governo dos EUA. O início das operações foi em 1943, com um objetivo claro: produzir plutônio para a fabricação de armas nucleares.
"Apesar do progresso feito, ainda resta muita contaminação", diz o comunicado de Hanford. "O processo para produzir plutônio é extremamente ineficaz: gera uma grande quantidade de resíduos sólidos e líquidos, mas só se obtém uma pequena quantidade de plutônio."
Ali se desenvolveu parte do Projeto Manhattan, que culminou com a elaboração das bombas atômicas que terminariam sendo famosas pela destruição de Hiroshima e Nagasaki, em 1945, episódio que marcou o fim da Segunda Guerra Mundial.
Para o prefeito de Richland, o lançamento das bombas foram um evento "trágico, mas necessário" para pôr fim à guerra - a outra opção, uma vitória de Hitler ou do Japão, teria sido muito pior, diz.
Um lugar cheio de vida
Ainda que tenha se transformado em um lugar onde ocorre uma espécie de "destruição profissional" - por causa do processo de limpeza da usina -, Hanford era um local cheio de vida no período logo após o fim da Segunda Guerra.
Em seu livro Plutopia: Nuclear Families, Atomic Cities, and the Great Soviet and American Plutonium Disasters ("Plutopia: famílias nucleares, cidades atômicas e os grandes desastres soviético e americano de plutônio", em tradução livre), lançado em 2013, a historiadora americana Kate Brown descreve Richland como uma das primeiras "comunidades nucleares".
"Trabalhar em Hanford, mesmo quando muitos não sabiam a dimensão real do que estava sendo produzido ali, era considerado um ato patriótico", diz Brown à reportagem.
Em sua obra, a historiadora compara a planta de Hanford à de Ozersk, na antiga União Soviética.
Ela relata que os diretores de ambas as instalações perceberam que o melhor seria construir o que a autora chama de "plutopia": a ideia de que entrar naquela comunidade de residentes era como "ganhar na loteria".
"Richland se constituiu como uma cidade subsidiada pelo governo federal, onde os salários eram 30% mais altos que a média, com excelentes escolas e importantes auxílios à moradia", conta Brown.
"Até os anos 60, todas as minorias foram excluídas de Richland. Os negros e os latinos que trabalhavam na usina eram forçados a viver do outro lado do rio."
Sem risco de explosão
O prefeito não tem muitas queixas nem más recordações associadas a Hanford.
Thompson conta que saiu de sua cidade natal por alguns anos, mas que voltou para abrir um escritório de advocacia para atender as chamadas Tri-Cities - Richland, Kennewick e Pasco.
"As pessoas me olhavam como se eu estivesse louco. 'Como você vai voltar a viver lá!', me diziam."
"Quem era de fora pensava que havia risco de explosão - e não é assim. É complicado produzir a carga, o plutônio - é só ver a dificuldade que estão tendo países como Irã e Coreia do Norte", defende.
O prefeito diz que não chegou a ser impactado pela proximidade da usina, ainda ativa durante sua infância e juventude.
"Era a época da Guerra da Coreia e da crise dos mísseis com Cuba", diz. "Nós encarávamos de forma séria as ameaças, tínhamos que nos proteger diante da Rússia e da China."
O prefeito lembra que a cidade estava mais preocupada com a possibilidade de ser atingida por uma bomba ou um míssil do que pelos eventuais perigos que a usina representava.
"Não significa que ela não seja perigosa e que a limpeza não seja necessária", ressalta. "Nos anos 40 e 50, já estávamos acostumados. Quando alguma coisa está sempre aí, ela se torna habitual."
Contaminação da água
Mas para os ativistas da Hanford Challenge, uma organização da sociedade civil, a vida em Richland e nas cidades vizinhas implica sérios perigos, especialmente por causa da água.
Os vazamentos de resíduos nucleares líquidos se infiltram no lençol freático que, por ser relativamente superficial, é facilmente contaminado.
Assim, diante do temor de que a contaminação atinja o rio Columbia, o Hanford Challenge monitora de forma contínua os trabalhos de limpeza realizados no local.
"Por sermos independentes e não termos restrições, podemos atuar como uma organização vigilante", diz Tom Carpenter, diretor da entidade.
"Queremos deixar um legado ambiental que seja sustentável para as três cidades e para mais além", acrescenta ele, que não se mostra muito otimista em relação ao processo de limpeza.
"Já estouraram o orçamento e estão bastante atrasados com o cronograma."
Vazamento nos tanques
A maior parte dos resíduos nucleares de Hanford estão acondicionados em grandes tanques, à espera do momento em que possam ser transportados para outro lugar.
O destino final ainda não está claro. Fala-se na possibilidade de distribuir os resíduos entre os Estados de Novo México e Texas, mas por ora não há nenhum lugar para onde possam ser levados.
O problema é que alguns dos tanques têm apresentado pequenos vazamentos.
Datados nos anos 40 e 50, os recipientes originais já liberaram para o solo pelo menos 3,5 milhões de litros de dejetos líquidos.
Hanford chegou a construir tanques com dupla proteção nos anos 70 e 80 e começou a transferir para eles os resíduos radioativos.
Em outubro de 2012, contudo, o Departamento de Energia informou que um dos novos tanques tinha um vazamento entre as duas camadas de proteção.
Ainda que a dispersão do líquido pareça controlada, existe ainda a preocupação de que outros recipientes eventualmente apresentem a mesma problema.
O prefeito de Richland, porém, se diz tranquilo.
"Os responsáveis pela segurança de Hanford têm muita competência. Confio plenamente neles. São pessoas que quero que estejam aqui caso aconteça algum problema."
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- 02/02/2018 - Orçamento de CT&I: O País não suporta novos contingenciamentos!'Os cortes praticados anteriormente no Orçamento para CT&I já colocaram o Brasil na contramão da história. Eventuais contingenciamentos adicionais contribuirão para acelerar este retrocesso em direção ao passado', alertam a SBPC e mais cinco entidades em carta enviada hoje ao presidente Michel Temer
'Os cortes praticados anteriormente no Orçamento para CT&I já colocaram o Brasil na contramão da história. Eventuais contingenciamentos adicionais contribuirão para acelerar este retrocesso em direção ao passado', alertam a SBPC e mais cinco entidades em carta enviada hoje ao presidente Michel Temer
Fonte: Jornal da Ciência
Em carta conjunta enviada ao presidente Michel Temer nesta sexta-feira, 02, a SBPC e mais cinco entidades nacionais representativas das comunidades científica, tecnológica e acadêmica e dos sistemas estaduais de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) se manifestam contra possíveis contingenciamentos na área em 2018.O orçamento de 2018 destinou apenas R$ 4,7 bilhões para custeio e investimento no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), 25% a menos do que o aprovado para o orçamento de 2017 e cerca de um terço de anos anteriores. A decisão de cortes drásticos nos recursos para CT&I em 2018 ocorreu apesar dos esforços e da pressão contrária de toda a comunidade científica e acadêmica.
As entidades alertam que as "consequências de um novo contingenciamento, se efetivado, serão catastróficas para toda a estrutura de pesquisa no País e também para os setores empresariais que apostam em inovação” e que a "possibilidade de recuperação econômica do país fica ainda mais comprometida e a qualidade de vida da população brasileira, em particular na saúde pública, será certamente prejudicada”.
Em documento publicado em dezembro passado, as entidades já haviam alertado que não se podia admitir contingenciamentos adicionais nos recursos para CT&I por parte do governo, como aconteceu em 2017.
A carta foi enviada também aos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles; do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira; e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab.
Além da SBPC, assinam também: a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino (Andifes), o Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), o Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência e Tecnologia (Consecti) e o Fórum Nacional de Secretários Municipais da Área de Ciência e Tecnologia.
Leia a carta abaixo:
Orçamento de CT&I: O país não suporta novos contingenciamentos!
Senhor Presidente,
As entidades nacionais, representativas das comunidades científica, tecnológica e acadêmica e dos sistemas estaduais de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) dirigem-se às autoridades do governo federal e à população brasileira para expressar sua total oposição a novos contingenciamentos nos recursos destinados à CT&I. O orçamento de 2018 destinou apenas R$ 4,7 bilhões para custeio e investimento no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTIC, 25% a menos do que o aprovado para o orçamento de 2017 e cerca de um terço do que já tivemos em anos anteriores. A decisão de cortes drásticos nos recursos para CT&I em 2018 ocorreu apesar dos esforços e da pressão contrária de toda a comunidade científica e acadêmica.
Notícias publicadas recentemente na mídia anunciam que o governo está preparando um novo contingenciamento nos recursos orçamentários. Reafirmamos que é inaceitável que sejam feitos novos cortes em um orçamento já tão reduzido. As consequências de um novo contingenciamento, se efetivado, serão catastróficas para toda a estrutura de pesquisa no país e também para os setores empresariais que apostam em inovação. A possibilidade de recuperação econômica do país fica ainda mais comprometida e a qualidade de vida da população brasileira, em particular na saúde pública, será certamente prejudicada. Em carta pública, enviada às autoridades governamentais em dezembro de 2017, as nossas entidades já haviam alertado que não se podia admitir contingenciamentos adicionais nos recursos para CT&I por parte do governo, como aconteceu em 2017. Destacamos, ainda, que os recursos alocados na Reserva de Contingência desta área, para 2018, deveriam ser progressivamente liberados ao longo do ano.
Os cortes praticados anteriormente no Orçamento para CT&I já colocaram o Brasil na contramão da história. Eventuais contingenciamentos adicionais contribuirão para acelerar este retrocesso em direção ao passado. Diante deste quadro, é essencial uma atuação vigorosa e permanente das entidades cientificas e acadêmicas, bem como do setor empresarial e de outros segmentos da sociedade civil, e uma mobilização intensa da comunidade científica e acadêmica como um todo.
Ciência não é gasto, é investimento!
Atenciosamente,
Academia Brasileira de Ciências (ABC), Luiz Davidovich.
Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino (Andifes), Emmanuel Zagury Tourinho.
Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), Maria Zaira Turchi.
Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência e Tecnologia (Consecti), Francilene Procópio Garcia.
Fórum Nacional de Secretários Municipais da Área de Ciência e Tecnologia, André Gomyde Porto.
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro Moreira.
O documento na íntegra também pode ser acessado aqui.
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- 02/02/2018 - Governo estabelece cota de importação de bens destinados à pesquisa científica e tecnológicaO limite fixado pela Portaria Nº 39, de 29 de janeiro de 2018, é de US$ 203,8 milhões para este ano
O limite fixado pela Portaria Nº 39, de 29 de janeiro de 2018, é de US$ 203,8 milhões para este ano
Fonte: Jornal da Ciência
Publicada na terça-feira, 30/01, no Diário Oficial da União, portaria que estabelece o limite global anual para 2018 de importação de bens destinados à pesquisa científica e tecnológica.O limite fixado pela Portaria Nº 39, de 29 de Janeiro de 2018, é de US$ 203,8 milhões para este ano. A cota abrange itens definidos pela Lei 8.010 de 29 de março de 1990, tais como máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, bem como suas partes e peças de reposição, acessórios, matérias-primas e produtos intermediários, destinados à pesquisa.
Segundo a portaria, a Receita Federal pode propor revisão do valor do limite global, caso se verifique risco de que os limites autorizados superem a estimativa de renúncia fiscal constante do Demonstrativo de Gastos Tributários da Lei Orçamentária Anual de 2018, em decorrência de variação cambial não aderente aos parâmetros utilizados no cálculo do volume esperado de renúncia fiscal.
Com a liberação, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) fará a análise dos pedidos das entidades e pesquisadores credenciados.
Em 2017, com a cota fixada em US$ 301 milhões, as solicitações totalizaram cerca de US$ 274 milhões.
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- 31/01/2018 - Amazul sedia primeira reunião técnica do RMBFonte: Site AmazulA Amazul sediou nos dias 29 e 30 de janeiro a primeira reunião técnica com a empresa argentina Invap e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) para alinhar procedimentos e apresentar as equipes que trabalharão no projeto detalhado do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) pelos próximos dois anos.
A partir desse projeto, o RMB será construído em terreno localizado ao lado do Centro Industrial Nuclear de Aramar, em Iperó. O RMB produzirá radioisótopos usados na fabricação de radiofármacos para diagnóstico e tratamento de doenças como o câncer, além de permitir pesquisas de materiais e combustíveis nucleares.
A Amazul será responsável pelos projetos de engenharia civil, elétrica, comunicação, arquitetura, sistema de HVAC convencional (aquecimento, ventilação e ar condicionado), utilidades (serviços), sistema de combate a incêndio, piscina de estocagem de combustível gasto, manuseio de itens e itens para movimentação de cargas. Também será responsável pelo acompanhamento, fiscalização e integração do projeto da Invap. A equipe da Amazul é formada por mais de 45 profissionais de diversas especialidades, sob a coordenação técnica da engenheira Maria Cristina Ibelli e a gerência técnica da engenheira Maria Lúcia Martins Tavares Lim.
"Este encontro dá efetivamente início ao projeto executivo do RMB. É também uma oportunidade para as equipes se conhecerem e se integrarem para o melhor desenvolvimento dos trabalhos", observou Maria Cristina.
Nilo de Almeida é o coordenador de gestão do emprendimento pela Amazul. José Augusto Perrotta é o coordenador técnico do empreendimento pela Cnen e lidera a equipe de especialistas da comissão.
A Invap, empresa com mais de 30 anos de experiência em reatores de pesquisa, desenvolverá trabalhos referentes à engenharia nuclear, instrumentação, eletrônica, termohidráulica e proteção radiológica, entre outras. A equipe argentina é formada por profissionais experientes, sob coordenação técnica do engenheiro Marcelo Barrera.
A agenda de trabalho prevê videoconferências semanais com os técnicos argentinos e encontros presenciais para acompanhamento do projeto do RMB. Nesse primeiro encontro presencial, foram discutidos detalhes técnicos da implementação do projeto, documentação, licenciamento e layout, entre outros temas. -
- 27/01/2018 - Brasil vai debater seu bagunçado setor nuclear. O que pode sair disso? - Gazeta do PovoA necessária modernização da exploração nuclear será complexa: depende do Congresso em um ano eleitoral, envolve discussões sobre o tamanho do Estado e o custo das estatais, além da discussão sobre impactos ambientais e sociais
A necessária modernização da exploração nuclear será complexa: depende do Congresso em um ano eleitoral, envolve discussões sobre o tamanho do Estado e o custo das estatais, além da discussão sobre impactos ambientais e sociais
Fonte: Gazeta do PovoFlávia PierryO governo quer criar uma política nuclear brasileira, fundamental para desenvolver o setor para além de questões de defesa e segurança nacional ou da geração de eletricidade. A necessária modernização da exploração nuclear será complexa: depende do Congresso em um ano eleitoral, envolve discussões sobre o tamanho do Estado e o custo das estatais, além da discussão sobre impactos ambientais e sociais.Desde 16 de janeiro, dois grupos técnicos estão encarregados de elaborar a proposta da Política Nuclear Brasileira e analisar a conveniência da flexibilização do monopólio da União na pesquisa e na lavra de minérios nucleares. Esse trabalho pode influenciar o debate eleitoral em 2018 sobre os rumos do setor nuclear no país.
"Se não reformularmos o setor, vai ficar uma bagunça eterna. É uma grande iniciativa do governo de fazer essa discussão. As empresas estrangeiras querem investir no Brasil”, afirmou Celso Cunha, presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN).
Mudanças pontuais, que flexibilizam regras para permitir participação privada (PPPs) mantendo o monopólio estatal podem ser realizadas ainda em 2018. Porém, grande parte do que for produzido pelos grupos de trabalho terá de ser transformado em lei, o que depende do Congresso e de alterações na Constituição, algo de difícil aprovação.
"Abrirmos para PPPs na mineração do urânio não é um problema, mas precisamos ter o controle. Não é papel do Estado assumir isso. Precisamos de regras, de uma agência reguladora para a área nuclear. O mundo foi apresentado à área nuclear pela bomba, mas as pessoas que esquecem que a tecnologia nuclear está presenta quando estão fazendo um exame de saúde”, afirmou Cunha.
Dívidas, amarras e pouca eficiência
O setor nuclear brasileiro tem dificuldades financeiras e está preso a amarras impostas à atividade estatal, atrapalhando o desenvolvimento de projetos, atração de investimentos e o atendimento à demanda nacional. Parte do problema reside em um embaralhamento das funções dos principais órgãos do setor: o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), e das empresas estatais Indústrias Nucleares Brasileiras (INB) e da Nuclebras Equipamentos Pesados (Nuclep).
A interrupção na construção da usina termonuclear de Angra 3, por implicações da operação Lava Jato, também atrapalha o setor. Devendo ao BNDES pelo empréstimo tomado para construir a usina, a Eletronuclear está sem dinheiro para arcar com o combustível nuclear para a INB. Após negociação, a Eletronuclear deve para a INB R$ 654 milhões, que não foram pagos até o final de 2017. Ao traçar uma nova política nuclear, a retomada da construção da usina, que deverá custar até R$ 20 bilhões e dependerá de uma parceria com empresas privadas, precisará ser equalizada.
Alto risco com investimentos do governo
A falta de recursos e o monopólio estatal pela pesquisa, lavra e exploração nuclear são outros entraves para o setor. Na avaliação de um especialista ligado ao governo, que falou em condição de anonimato, esse modelo em que a União deve investir em atividades com resultado incerto, como a pesquisa mineral, é "ultrapassado”.
Sem dinheiro e pesquisas, o setor fica imobilizado. O setor produtivo quer flexibilização das regras, mas concordam em manter sob monopólio estatal o chamado enriquecimento do urânio (processo feito em reator nuclear e a partir do qual se faz a bomba atômica).
A INB, estatal responsável pela lavra de urânio no país, não tem capacidade para atender a toda a demanda nacional, mas é a única empresa que pode explorá-lo. Se uma mineradora encontrar urânio enquanto estiver explorando outros minerais, é obrigada a informar a INB e separar o material, para que seja retirado pela estatal.
O governo, via INB, não consegue sequer dar conta de recolher o urânio encontrado por mineradoras. Fontes do setor indicam que em uma área de exploração mineral privada em Pitinga, na Amazônia (em área com lavra concedida para exploração de fosfato), o urânio encontrado está separado, ocupando espaço e aguardando que seja retirado pela INB.
"O Estado brasileiro não deve correr o risco geológico durante a pesquisa. Já não temos dinamismo no mercado mineral nuclear, por falta de ambiente de negócios. Com o monopólio, cria-se outra trava, impedindo o país de conhecer seu potencial mineral. Não acho que seja ruim a flexibilização. O monopólio poderia ser da geração da energia ou uso bélico, mas a pesquisa de lavra em si pode ser exercida pelo ente privado sob condições específicas, com um rigor regulatório maior”, avalia o especialista, ouvido sob condição de anonimato.
As estatais responsáveis por viabilizar a atividade nuclear com exclusividade são dependentes de recursos da União e competem com áreas como saúde e educação pelos recursos. Um levantamento da Instituição Fiscal Independente (IFI), do Senado, mostra que os gastos com pessoal e despesas correntes consomem 98% do orçamento da Nuclep e 92% do INB.
Nuclear além da segurança e eletricidade
O Brasil ainda tem muito para desenvolver no setor nuclear na produção de medicamentos e componentes para uso da medicina. Essas áreas ampliam as possibilidades de parceria para o desenvolvimento de tecnologia que pode beneficiar mais segmentos, como o de radiofármacos, medicamentos utilizados em exames diagnósticos ou no tratamento de doenças como o câncer.
Entre os projetos que já estão em andamento no Brasil está a construção do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB). O projeto foi lançado em 2008, ainda está em fase de licenciamento e depende de recursos do Orçamento. A expectativa é ter o reator funcionando em 2024.
O reator pode aprofundar as pesquisas para usos sociais nucleares, como os medicamentos. O Brasil não consegue suprir sua demanda os radiofármacos utilizados em exames como tomografias. O Instituto de Pesquisas Energéticas Nucleares (Ipen) importa os elementos químicos para produção dos radiofármacos, fabrica os medicamentos e faz a distribuição para mais de 400 clínicas no país. Isso atende a mais de 2 milhões de procedimentos médicos no ano, ainda bem abaixo de outros países e deixando parte da população sem acesso a esses exames e tratamentos.
O coordenador-técnico do RMB, o pesquisador José Augusto Perrotta, avalia que apesar da falta de recursos públicos, esse segmento não deve ser alvo de parcerias com o setor privado. "Temos feito o que é possível dentro do Orçamento. A fase de reator é complexa. Isso não é um negócio. É uma ação de Estado”, avalia.
No Brasil, a capacidade de produção de urânio é de 400 toneladas ao ano. Segundo a INB, o objetivo é aumentar para 800 toneladas e chegar a 1.200 toneladas/ano sob a forma de concentrado de urânio. O país é um dos 12 em todo o mundo que podem enriquecer urânio, ao lado de China, Estados Unidos, França, Japão, Rússia, Alemanha, Inglaterra, Holanda, Brasil, Índia, Paquistão e Irã.
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- 25/01/2018 - Partículas ultrafinas de aerossol intensificam as chuvas na AmazôniaEstudo publicado na Science revela que, na floresta tropical, as partículas de poluição emitidas pelas cidades afetam substancialmente a formação das nuvens de tempestade
Estudo publicado na Science revela que, na floresta tropical, as partículas de poluição emitidas pelas cidades afetam substancialmente a formação das nuvens de tempestade
Fonte: Agência FapespKarina Toledo
Em estudo divulgado no dia 25 de janeiro na revista Science revelou como a presença atmosférica de partículas ultrafinas de aerossol – aquelas com diâmetro menor do que 50 nanômetros (ou bilionésimos de metro) – pode intensificar o processo de formação de nuvens e também as chuvas que caem sobre a região amazônica.De acordo com os autores do artigo, sempre se acreditou que essas nanopartículas tinham papel desprezível na regulação do ciclo hidrológico – o que, de fato, é verdade em regiões continentais poluídas, como as cidades europeias, norte-americanas ou mesmo São Paulo. Na Amazônia, porém, seu papel é diferente.
"A descoberta permite compreender melhor como a poluição urbana afeta os processos relacionados à formação de tempestades convectivas na Amazônia e deve aumentar a acuidade dos modelos climáticos e de previsão do tempo”, disse Luiz Augusto Toledo Machado, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e coautor do estudo.
A investigação teve início em 2014 e foi conduzida no âmbito da campanha científica Green Ocean Amazon (GOAmazon).
O apoio da FAPESP ao trabalho agora publicado se deu por meio de três projetos – um coordenado por Henrique de Melo Jorge Barbosa, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP), outro por Paulo Artaxo, também do IF-USP, e o terceiro por Machado.
Como explicou Barbosa, os dados usados no artigo foram coletados durante a estação chuvosa de 2014 – entre os meses de março e abril –, período em que a Amazônia está livre das queimadas e, portanto, em que a única fonte de poluição relevante é a cidade de Manaus.
"Manaus é uma cidade com cerca de 2 milhões de habitantes, mais de 500 mil veículos e abastecida por termelétricas. É, portanto, uma grande fonte poluidora cercada de floresta pristina. Nosso principal sítio experimental foi instalado em Manacapuru – cidade situada a 80 quilômetros da capital amazônica e que, alternadamente, recebe a pluma de poluição carregada pelos ventos alísios e também ar limpo da floresta”, disse Barbosa.
Com o auxílio de instrumentos capazes de medir a concentração de aerossóis na atmosfera e calcular o tamanho das partículas, bem como o de radares que medem o tamanho das gotículas de nuvem, a quantidade de chuva e a velocidade com que o vapor é levado da superfície terrestre para a nuvem, o grupo comparou como ocorria o processo de convecção (movimento vertical dos gases causado pela transferência de calor) e de formação de nuvens quando a pluma de Manaus estava ou não presente sobre Manacapuru.
"As partículas de aerossol são essenciais no processo de formação de nuvens porque são elas que oferecem uma superfície para o vapor d’água se condensar. As gotículas formadas pela condensação são pequenas, mas elas acabam colidindo umas com as outras e, assim, crescendo. As gotas aumentam de tamanho e, quando ficam pesadas o suficiente, precipitam”, explicou Barbosa.
Normalmente, apenas as partículas maiores do que 50 nanômetros atuam como núcleos de condensação de nuvens (CCN, na sigla em inglês). Segundo os pesquisadores, é mais fácil para o vapor se condensar nas partículas grandes por ser menor a menor tensão superficial, a força de atração entre as moléculas de água que permite aos mosquitos pousar na superfície de um lago.
"Em cidades mais poluídas, ou na época seca na Amazônia, há muitas partículas na atmosfera e, portanto, existe uma forte competição pelo vapor d’água que emana da superfície terrestre. Portanto, a população de gotículas que se forma tem maior número e menor tamanho do que teria se não houvesse poluição. Assim, ela demora mais tempo até crescer o suficiente para chover”, explicou Machado.
Por esse motivo, acrescentou o pesquisador, a nuvem acaba se desenvolvendo muito no sentido vertical e, como a parte de cima é mais fria, ocorre a formação de gelo. "A intensa formação de gelo favorece o desenvolvimento de tempestades, ou seja, de nuvens intensas com raios”, disse.
O processo descrito pelo pesquisador é conhecido pelos especialistas em clima comocloud invigoration, algo como intensificação da nuvem. O trabalho publicado naSciencerevelou que na região amazônica as nanopartículas também podem influenciar nesse processo, o que era desconhecido.
Como na floresta tropical a umidade relativa e a temperatura do ar são muito altas, e como há poucas partículas grandes na atmosfera no período chuvoso, o vapor em excesso acaba se condensando também nas nanopartículas e o processo decloud invigorationocorre na parte baixa da nuvem, onde a água está no estado líquido. Esse processo de formação de gotas de chuva libera calor latente que acelera o movimento vertical do ar, aumentando a intensidade da tempestade.
"Para se ter uma ideia, a velocidade do vento dobrava quando havia muitas nanopartículas na atmosfera”, disse Rodrigo Souza, professor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) que também participou do estudo.
Trabalhos de modelagem foram feitos pelo grupo para confirmar a hipótese levantada com base nos dados atmosféricos coletados. O modelo atmosférico usado foi o Weather Research and Forecasting (WRF), um programa de última geração, mas que falhava em representar alguns aspectos importantes do ciclo hidrológico da Amazônia por ter sido desenvolvido com base em observações do hemisfério Norte.
"Foi preciso adaptar o modelo para a nossa região”, disse o professor Helber Gomes, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
Preenchendo lacunas
"Nunca entendemos como podem ocorrer aguaceiros tão frequentes na Amazônia se a região tem tão poucos núcleos de condensação de nuvens – algo na ordem de 300 ou 350 partículas por centímetro cúbico [São Paulo, por exemplo, chega a ter de 10 mil a 20 mil]. Mas é porque nunca havíamos considerado o papel dessas partículas ultrafinas de aerossol”, comentou Artaxo, coautor do artigo.
De acordo com o pesquisador, a descoberta mostra que os cientistas que estudam as regiões tropicais não devem se basear apenas em conceitos desenvolvidos em países de clima temperado. "Precisamos olhar para as particularidades da Amazônia. É possível que no passado, quando a atmosfera global ainda não estava poluída pelas emissões humanas, esse fenômeno de intensificação de tempestades também ocorresse em outras regiões do planeta. Mas não sabemos ao certo e precisamos aprofundar as investigações”, disse Artaxo.
Na avaliação de Machado, os achados deverão alterar não apenas os modelos climáticos como também o modo como teorias são formuladas e dados atmosféricos são coletados.
"Agora que foi mostrada a importância das nanopartículas no processo de intensificação da chuva nunca mais vamos estudar as nuvens da mesma maneira. Isso modifica a forma de pensar todo o processo”, comentou.
O grupo ainda pretende trabalhar em novos dados e modelos para investigar até que ponto as conclusões válidas para a Amazônia podem ser extrapoladas para outras regiões do globo. "Sabemos que é preciso uma energia brutal para levar todo esse vapor d’água para 12 a 14 quilômetros de altura. Essa energia vem do sol e está disponível na Amazônia”, disse Artaxo.
O trabalho de coleta e análise dos dados contou com a participação de cientistas do Brasil, Estados Unidos, Israel, China e Alemanha. Parte das medidas foi feita com o avião americano Gulfstream-1 (G1), pertencente ao Pacific Northwest Laboratory (PNNL).
Também apoiaram a campanha GOAmazon a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE, na sigla em inglês), além de outros parceiros.
Realizado em 2014 e 2015, o experimento teve entre seus objetivos investigar o efeito da poluição urbana de Manaus sobre as nuvens amazônicas e avançar no conhecimento sobre os processos de formação de chuva e a dinâmica da interação entre a biosfera amazônica e a atmosfera. Com base nos achados, os pesquisadores pretendem estimar mudanças futuras no balanço radiativo, na distribuição de energia, no clima regional e seus impactos para o clima global (leia mais em: http://agencia.fapesp.br/18691).
O artigoSubstantial Convection and Precipitation Enhancement by Ultrafine Aerosol Particles(don: 10.1126/science.aan8461), de Jiwen Fan, Daniel Rosenfeld, Yuwei Zhang, Scott E. Giangrande, Zhanqing Li, Luiz A. T. Machado, Scot T. Martin, Yan Yang, Jian Wang, Paulo Artaxo, Henrique M. J. Barbosa, Ramon C. Braga, Jennifer M. Comstock, Zhe Feng, Wenhua Gao, Helber B. Gomes, Fan Mei, Christopher Pöhlker, Mira L. Pöhlker, Ulrich Pöschl e Rodrigo A. F. de Souza, pode ser lidoem http://science.sciencemag.org/content/359/6374/411.
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- 24/01/2018 - Novos conselheiros da FAPESP são nomeadosGovernador nomeia Marco Antonio Zago, Ignácio Poveda Velasco, Vanderlan Bolzani e José Goldemberg (recondução) para o Conselho Superior da Fundação
Governador nomeia Marco Antonio Zago, Ignácio Poveda Velasco, Vanderlan Bolzani e José Goldemberg (recondução) para o Conselho Superior da Fundação
Fonte: Agência FapespEm decreto publicado noDiário Oficialdo Estado de São Paulo de 24 de janeiro de 2018, o governador Geraldo Alckmin nomeou novos membros do Conselho Superior da FAPESP.
Foram nomeados para mandatos de seis anos, indicados pela Universidade de São Paulo (USP), os professores José Goldemberg, Marco Antonio Zago e Ignácio Maria Poveda Velasco.
Goldemberg, atual presidente da FAPESP, foi reconduzido ao Conselho Superior da Fundação. Zago e Velasco assumirão após 18 de abril de 2018, quando terminam os mandatos de, respectivamente, João Grandino Rodas e Suely Vilela.
A professora Vanderlan da Silva Bolzani foi nomeada pelo governador para complementar o mandato do conselheiro Julio Cezar Durigan (até 17/08/2022), vago em razão de seu falecimento. Bolzani teve o maior número de votos em eleição pelas instituições de ensino superior e de pesquisa no Estado de São Paulo.