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- 27/07/2017 - Governo discute adiar reajuste de servidores para o 2º semestre de 2018Fonte: Folha de S. Paulo
DE BRASÍLIAO governo discute a possibilidade de adiar o reajuste salarial de parte do sservidores públicos para o segundo semestre do ano que vem. O objetivo é tentar reduzir o rombo no Orçamento de 2018.
Integrantes da equipe econômica e do núcleo político do presidente Michel Temer já consideram adotar essa alternativa para evitar o agravamento do déficit nas contas públicas do ano que vem, previsto em R$ 129 bilhões.
O aumento dos salários dos servidores, que teve a aprovação do Congresso, deve ampliar em R$ 22 bilhões as despesas do governo no ano que vem. Se conseguir adiar o reajuste para o segundo semestre, a União poderia poupar R$ 11 bilhões.
Assessores de Temer argumentam que os reajustes foram calculados a partir de uma expectativa de inflação superior às taxas atuais. Como os índices estão abaixo do centro da meta, parte da equipe econômica acredita que há espaço para "repactuar" esses aumentos.
A secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, afirmou que estão em estudo os reajustes previstos para 2018 e 2019. O plano é adiar em alguns meses a data da concessão dos aumentos de cada ano.
"O fato é que temos restrições. Estamos colocando dentro de um conjunto de possibilidades de revisão de despesas obrigatórias estudar a postergação de reajustes [salariais dos servidores]."
Segundo Vescovi, não há uma proposta concreta pronta, mas a ideia inicial é manter os percentuais de aumento salarial negociados, mas "se pode discutir a postergação de um reajuste por alguns meses ou algum período".
No time do ministro Henrique Meirelles (Fazenda), porém, há quem discorde da ideia e diga que a discussão ainda é incipiente, além de não impactar nas contas deste ano.
Parte da ala política do governo também resiste em adotar a medida, por temer a reação das categorias afetadas por um possível adiamento, mas auxiliares do presidente admitem reservadamente que a decisão pode ser tomada, se for necessário.
A eventual mudança na data de concessão do reajuste precisaria ser aprovada pelo Congresso na votação da Lei Orçamentária de 2018.
O governo também pretende fazer uma revisão de despesas para este ano, devido às dificuldades cada vez maiores de arrecadação e de cumprimento da meta fiscal, de déficit de R$ 139 bilhões. Gastos com pessoal também poderão ser reavaliados, de acordo com integrantes da equipe econômica.
A discussão sobre a revisão da meta fiscal de 2017, que era rechaçada pela equipe econômica e por Temer até a semana passada, passou a ser tratada como uma possibilidade.
O aumento do PIS/Cofins sobre combustíveis, admitem assessores, não foi suficiente para cobrir o rombo do Orçamento e há poucas brechas para a geração de novas receitas no curto prazo —em especial devido às dificuldades de aprovação de novos tributos pelo Congresso.
Como o governo já trabalha com limitações de despesas que ameaçam o funcionamento de serviços públicos, a elevação do déficit das contas públicas se transformou em uma alternativa a ser considerada pelo Ministério da Fazenda.
No Planalto, a narrativa é a mesma: as contas estão justas e o aumento do imposto sobre os combustíveis talvez não tenha o resultado esperado —a elevação do PIS/Cofins foi suspensa nesta semana por um juiz de primeira instância, mas o governo recorreu. Por isso, reconhecem assessores de Temer, novas medidas, consideradas emergenciais, precisarão ser adotadas para gerar receita.
ROMBO RECORDE
O deficit do governo federal alcançou R$ 56 bilhões no primeiro semestre deste ano, o pior resultado da série histórica iniciada em 2017. O rombo é 48% superior ao registrado no mesmo período de 2016.
Segundo o Tesouro Nacional, o resultado para o mês de junho também foi o pior em 20 anos, de R$ 19,79 bilhões.
Os gastos com folha de pagamentos e encargos cresceram 11,3% nos primeiros seis meses do ano.
Para conter essas despesas, o governo já tinha anunciado a intenção de lançar um programa de demissão voluntária para servidores, além de estimular que funcionários reduzam a jornada de trabalho, aceitando receber menos.
(BRUNO BOGHOSSIAN, MARINA DIAS, MARIANA CARNEIRO E JULIO WIZIACK)
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- 27/07/2017 - Sem reajuste, servidores ameaçam pararTrabalhadores públicos já se mobilizam caso governo opte pelo adiamento dos reajustes aprovados para 2018 na tentativa de fechar as contas
Trabalhadores públicos já se mobilizam caso governo opte pelo adiamento dos reajustes aprovados para 2018 na tentativa de fechar as contas
Fonte: O Estado de S. Paulo
Idiana Tomazelli, Adriana Fernandes e Lorenna Rodrigues, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Servidores públicos já se articulam para recorrer à Justiça ou até mesmo paralisar serviços caso o governo leve a cabo a proposta de adiar os reajustes salariais já aprovados para 2018 e que custariam R$ 22 bilhões.A secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, afirmou nesta quarta-feira, 26, que o estudo da medida está em linha com o objetivo da área econômica de revisar gastos obrigatórios. A medida não teria impacto neste ano, mas é uma alternativa para fechar as contas do Orçamento do ano que vem, que precisa ser apresentado até o fim de agosto e já traz dor de cabeça para o governo.
"O que pode ser feito é a postergação de reajustes em alguns meses, mas é preciso ver as bases legais para se fazer isso”, afirmou Ana Paula. Nos bastidores, a secretária manteve uma postura crítica à concessão dos reajustes e hoje tem sido uma das maiores defensoras da revisão dos acordos, segundo apurou o Estadão/Broadcast.
Hoje, Ana Paula ressaltou que a decisão do presidente Michel Temer de dar os aumentos foi tomada "com base na interinidade e nas negociações anteriores”. Grande parte dos reajustes foi aprovada quando Temer ainda era presidente em exercício, antes do impeachment de Dilma Rousseff. Agora, Temer pode recorrer a expediente semelhante ao adotado pela antecessora, que em setembro de 2015 adiou aumentos para agosto do ano seguinte.
A indicação de que o governo planeja adiar os reajustes deve acirrar ainda mais os ânimos do funcionalismo em um momento já de ebulição por conta da restrição de recursos federais. A Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP) disse que entrará com ação na Justiça para impedir a postergação, caso a medida seja de fato anunciadaO presidente da CNSP, Antonio Tuccilio, afirmou que o governo não foi transparente durante as negociações dos aumentos, uma vez que não ponderou sobre a situação delicada das contas públicas. "Falta gestão. A outra parte (governo) tinha de ter colocado o problema na mesa”, disse. "Uma vez que o aumento foi decidido, ele tem de ser cumprido.”
Mobilização.Os auditores fiscais da Receita Federal vão se reunir hoje para discutir o tema. A categoria foi uma das mais mobilizadas pelo reajuste, com paralisações e greves que afetaram desde o desembaraço de mercadorias em aduanas até a divulgação de dados sobre a arrecadação federal. "Certamente as entidades não ficarão paradas”, disse o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco), Claudio Damasceno.
O adiamento dos reajustes pode ser um dos instrumentos do governo para tentar cumprir a meta fiscal estipulada para 2018, de déficit de R$ 129 bilhões. A capacidade da área econômica em atingir esse objetivo no ano que vem já tem sido questionada, na esteira da pressão crescente por alteração da meta de 2017, para rombo superior aos R$ 139 bilhões fixados hoje.
A mudança na meta fiscal deste ano tem sido discutida internamente por técnicos da área econômica diante das incertezas que cercam uma série de receitas previstas pelo governo. A maior insegurança está nos R$ 25,7 bilhões esperados com concessões. Desse valor, R$ 19,3 bilhões ingressarão nos cofres da União apenas em novembro e dezembro, o que diminui a capacidade de ação do governo em caso de frustração. Foi essa constatação que levou o Tribunal de Contas da União a emitir alerta à equipe econômica sobre a chance real de descumprimento da meta neste ano.
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- 25/07/2017 - MPF cobra da Eletronuclear medidas compensatórias pelas instalações de usinas nuclearesComunidades indígenas locais e meio ambiente devem ser compensados pelos impactos gerados pela empresa
Comunidades indígenas locais e meio ambiente devem ser compensados pelos impactos gerados pela empresa
Fonte: AngraNewsO Ministério Público Federal (MPF) em Angra dos Reis (RJ) recomendou à Eletronuclear neste mês que cumpra ascondicionantes referentes às licenças ambientais para a instalação e funcionamento das usinas nucleares Angra I e II, bem como a apresentação de estudo da matriz de impacto da usina Angra III.A recomendação foi entregue diretamenteao presidente da empresa, Bruno Campos Barreto,pela procuradora da República em Angra dos Reis, Cristina Nascimento de Melo.
O MPF orienta que, em até 60 dias, quantoàsUsinas Nucleares de Angra I e II,a Eletronuclearretome o cumprimento das condicionantes referentes ao componente indígena,comaexecução do Projeto Tekoa.Quanto à Usina Nuclear de Angra III,em até 60 dias, apresente o estudo da matriz de impacto, conforme Termo de Referência encaminhado pelaFunai ao Ibama.
– O procedimento de licenciamento ambiental não pode furtar-se à avaliação dos impactos que os empreendimentos possuem sobre o desenvolvimento socioeconômico de comunidades locais, impondo-se o indeferimento dasLicençasAmbientais sempre que houver grave violação aos direitos humanos, aos espaços territoriais e aos modos de vida que conformam a dignidade humana de povos e comunidades tradicionais – alerta a procuradora da República.
O MPF fixou prazo de 15 dias para prestação das informações sobre o acatamento ou não das medidas recomendadas.
Projeto Tekoa –Foram impostas comocondicionantes da Licença de Operaçãodas Usinas Nucleares de Angra I e II(LOnº 1217/2014), subprograma às Comunidades Indígenas – Terras Indígenas Guarani de Bracuí; Guarani Araponga e Paraty Mirim; aldeias Arandu-Mirim e Rio Pequeno, e o Projeto da Área Arqueológica de Piraquara de Fora.
Nessa perspectiva, oprojetoTekoafoi elaborado em parceria por estudiosos do Museu do Índioe pelas próprias Comunidades Indígenas locaisem ação inovadora e que eleva os povos indígenas ao protagonismo das ações compensatórias que lhes atingirão, em reafirmação ao fim do regime tutelar que não mais vigora em nosso Estado Democrático e Pluriétnico de Direito.
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- 25/07/2017 - Prefeitura diz que a pastilha de cobalto está ultrapassadaFonte: Jornal Cruzeiro do Sul
A pastilha de cobalto recebida por meio de doação pela Santa Casa de Sorocaba, em fevereiro deste ano, é "desatualizada para o tipo de atendimento que é oferecido atualmente", de acordo com a Prefeitura de Sorocaba. O município afirma que a pastilha e a máquina de radioterapia doados ao hospital têm "tecnologia ultrapassada, não adequada para atendimento aos pacientes com câncer da cidade". De acordo com a Prefeitura, em vez de colocar em operação esse equipamento, optou-se pela contratação de um serviço "adequado e atualizado", e que realiza os trâmites para iniciar os serviços.
No entanto, na época da doação, a Irmandade Santa Casa de Sorocaba -- que geria o hospital -- dizia que a pastilha tinha a capacidade para ainda aproximadamente quatro anos de utilização e que foi doada junto com o equipamento a que era compatível -- sendo que este teria dez anos de uso. Após a doação, a gestão da época falava em esperar apenas os trâmites da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), que autorizaria a ativação do equipamento.
Em 24 de abril, a Prefeitura determinou a requisição do hospital, que passou a gerir. Em 9 de junho, o município anunciou a assinatura de um contrato com uma empresa particular, a Nucleon, pelo qual o serviço de radioterapia seria retomado em aproximadamente 15 dias. O serviço teria como valor teto R$ 950.450 -- correspondente à somatória do custo dos procedimentos, conforme a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) -- para serviços prestados no prazo de seis meses, visto que foi feito em caráter emergencial. No entanto, a Prefeitura informa agora que não foi possível iniciar os serviços devido a presença da pastilha doada no local que, além de não poder ser utilizada, impediria a entrada de uma segunda fonte radioativa.
Durante os trâmites para a ativação do serviço, a Vigilância Sanitária teria orientado tecnicamente que não podem haver duas fontes radioativas no mesmo espaço e interditou as salas até que a pastilha doada seja retirada do local. Apenas com a saída desta fonte radioativa é que a empresa contratada poderá transportar os seus equipamentos para dar início ao serviço. De acordo com o município, atualmente estaria sendo buscada uma solução técnica e logística para o caso, uma vez que há regras para transporte e armazenamento desse tipo de dispositivo.
Enquanto esta questão da fonte radioativa não se resolve, a Secretaria da Saúde afirma que fez gestões para que a empresa contratada possa dar início aos atendimentos em sua sede própria, no bairro do Vergueiro. Para que isso seja autorizado, teria sido solicitado aos órgãos competentes uma alteração de credenciamento do serviço -- atualmente autorizado apenas para realização nas dependências da Santa Casa -- para a unidade externa da empresa contratada. No momento, estaria sendo aguardada uma definição deste pedido.
A Prefeitura já teria disponibilizado ainda um consultório na Santa Casa para a triagem dos pacientes. Atualmente, 50 sorocabanos fazem radioterapia pelo SUS e a empresa teria capacidade para iniciar imediatamente o tratamento de 30 pessoas. O município afirmou que todos os esforços estariam sendo empregados pela Secretaria da Saúde para que o atendimento contratado comece o mais rápido possível.
Não é mais solução
Na época da chegada da pastilha, em fevereiro deste ano, o secretário da Saúde, Rodrigo Moreno, comemorou em nota "a conquista para que o atendimento volte a ser integralmente prestado em Sorocaba, sem precisar enviar os pacientes do próprio município para outras cidades".
O dispositivo chegou a Sorocaba após meses de negociações, mas a fonte doadora nunca foi revelada, sendo dito apenas se tratar de outra unidade de saúde do interior de São Paulo. Sorocaba não tem uma máquina pública de radioterapia para o atendimento de pacientes com câncer desde novembro de 2016. Uma parte dos pacientes era atendida em Sorocaba por meio de um convênio do Estado com a Nucleon e a outra passou a ser encaminhada para outras cidades.
O problema ocorreu porque a pastilha de cobalto que a máquina da Santa Casa utilizava teve a vida útil encerrada e não havia recursos para adquirir outra. Chegou a ser anunciado que um hospital de Santos doaria o dispositivo, mas a informação foi negada pela própria instituição. Em fevereiro o município recebeu, finalmente, a pastilha doada de outro local. A reportagem não conseguiu contato com representantes da antiga e nova diretoria da Irmandade para comentar o caso.
Cnen
A reportagem questionou a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) sobre o destino da antiga pastilha desativada da Santa Casa e se há tratativas no órgão para o transporte do dispositivo doado, mas não obteve resposta até a finalização da reportagem. -
- 24/07/2017 - Planejamento estuda implantar PDV para servidores públicosFonte: Agência BrasilO Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão está preparando uma proposta que define regras para um Programa de Desligamento Voluntário (PDV) de funcionários públicos federais. A medida inclui também a redução da jornada de trabalho com remuneração proporcional para servidores públicos do Poder Executivo Federal. A informação foi divulgada hoje (24) pela pasta.
A proposta é oferecer uma indenização correspondente a 125% da remuneração do servidor na data de desligamento multiplicada pelo número de anos de efetivo exercício. A iniciativa do governo federal busca reduzir gastos públicos com a folha de pagamento dos servidores públicos federais. A expectativa é que a medida gere uma economia de cerca de R$ 1 bilhão ao ano.
Redução de jornada
Segundo o ministério, a proposta prevê também que os servidores efetivos poderão requerer a redução da jornada de trabalho de 8 horas diárias e 40 semanais para 6 ou 4 horas diárias e 30 ou 20 horas semanais, respectivamente, com remuneração proporcional, calculada sobre o total da remuneração. Será assegurado ainda, a quem optar pela redução de jornada, o pagamento adicional de meia hora diária, calculada conforme regulamentação a ser editada pela pasta.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a expectativa do PDV a ser feito pelo Ministério do Planejamento é de que 5 mil servidores sejam desligados. "Vamos ver se é viável, se haverá essa adesão”, disse, ao destacar que se trata de um projeto para cortes de custos. "É um processo onde o funcionário aceita ou pede exoneração dentro de uma estrutura combinada em relação à saída dele”, explicou.
Meirelles participou de reunião com investidores nesta tarde. Ele listou, entre as principais preocupações do mercado, a aprovação da reforma da Previdência e um cronograma de reformas microeconômicas, como a criação de um cadastro positivo, a duplicata eletrônica e a lei de recuperação judicial.
"Essa é a agenda de produtividade importante para o país. Há um consenso de que o Brasil está voltando a crescer. A ideia agora é consolidar a agenda de reformas na área macroeconômica e microeconômica, visando alcançar uma trajetória de desenvolvimento sustentável para o país.”
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- 21/07/2017 - Tecnologia nuclear salva vidasFonte: Comércio do Jahu
Centenas de milhares de brasileiros se submetem a cada ano a exames de cintilografia e PET Scan, entre outros, usados para diagnóstico de câncer e doenças cardíacas, e fazem uso de radiofármacos para tratamento de tumores. Entre eles, certamente está um incontável número de militantes que são contra a construção de reatores nucleares, mesmo destinados a fins pacíficos, e desconhecem as aplicações e os incalculáveis benefícios da medicina nuclear.Os radiofármacos são substâncias radioativas usadas, em quantidades mínimas e de forma segura, como ferramenta para acessar o funcionamento de órgãos e tecidos vivos, para produzir imagens e diagnósticos e auxiliar no tratamento. Com baixa radioatividade, essas substâncias não oferecem riscos quando aplicadas.
O Brasil importa da França, Rússia e África do Sul radioisótopos, insumo para a produção dos radiofármacos, que são repassados a clínicas e hospitais. Esses permitem a realização anual de 2 milhões de procedimentos de medicina nuclear, número bem inferior à demanda nacional. Para se ter uma ideia, a vizinha Argentina realiza cinco vezes mais procedimentos.
Pior: aumenta a cada ano o número de pacientes que precisam de exames médicos que fazem uso de tecnologia nuclear, mas não se amplia o acesso a ela, principalmente das populações mais carentes. O Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo, é responsável por apenas 30% da demanda nacional. E 80% dos quase 400 mil procedimentos de diagnóstico realizados pelo SUS são da esfera privada. Soma-se a isso o baixo acesso de populações fora do eixo Sul/Sudeste a tecnologias proporcionadas pela medicina nuclear.
Para tornar o País autossuficiente na produção de radioisótopos, a Comissão Nacional de Energia Nuclear e a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. iniciam o desenvolvimento do projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), cujo maior objetivo é tornar o País autossuficiente na produção de radiofármacos. Criada há menos de quatro anos, a Amazul desenvolve tecnologias sensíveis para o Programa Nuclear da Marinha, Programa Nuclear Brasileiro, no qual se insere o RMB, e Programa de Desenvolvimento de Submarinos.
A construção do RMB permitirá pelo menos duplicar a oferta de medicina nuclear para atender à população. O terreno para a construção do RMB já foi cedido pela Marinha do Brasil. O projeto básico de engenharia já está pronto. As licenças prévias já foram concedidas. E os recursos para o projeto detalhado, da ordem de R$ 150 milhões, já estão disponibilizados via Finep, empresa pública de fomento à ciência, tecnologia e inovação.
O que falta para que esse projeto saia do papel e cumpra suas funções científicas, tecnológicas e, sobretudo, sociais? Falta o principal, que é a garantia de recursos para que o empreendimento não sofra mais atrasos. Todos sabem que projetos estratégicos como este costumam ser estrangulados pela falta de recursos provocada seja por crises cíclicas, seja pela mudança de prioridades dos sucessivos governos.
Para a garantia de recursos, é necessária a conscientização e o apoio da sociedade, principalmente dos setores organizados, de instituições das áreas de tecnologia e saúde, da imprensa e dos parlamentares sobre a importância do RMB, um empreendimento que absorverá cerca de US$ 500 milhões.
Não é só a área de saúde que será beneficiada pela construção do RMB, pois as aplicações dos radioisótopos se estendem à indústria, ao meio ambiente e à agricultura, por meio de traçadores nucleares.
Além disso, o empreendimento desenvolve capacidade nacional para testar e qualificar materiais e combustíveis nucleares, e amplia conhecimento e segurança em projetos de reatores de potência, que podem ser usados seja para geração de energia, seja para propulsão naval. O RMB é uma conquista de todos nós.
Ney Zanella dos Santos é vice-almirante da reserva e diretor-presidente da Amazul.
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- 20/07/2017 - Físico Ildeu de Castro Moreira toma posse como presidente da SBPCFonte: EBC Agência BrasilA Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) empossou nesta noite (20) a nova diretoria da entidade durante assembleia geral dos sócios. O físico Ildeu de Castro Moreira assumiu o cargo de presidente. Ele substitui a bióloga Helena Nader, que estava à frente da entidade desde 2011.
A assembleia foi realizada durante a 69ª Reunão Anual da SBPC, que ocorre ao longo dessa semana no campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte. Trata-se do maior evento científico do Hemisfério Sul, com uma programação extensa de conferências, mesas-redondas e apresentação de trabalhos científicos, entre outras atividades.
Professor e pesquisador Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ildeu era vice-presidente da última gestão da SBPC e foi o único candidato à presidência. Ele recebeu 980 votos dos associados da entidade em eleição ocorrida no mês passado. Houve, ainda, 73 em branco e 48 nulos. Sua gestão vai, inicialmente, até 2019, quando haverá novas eleições e ele poderá se recandidatar.
Em seu pronunciamento, Ildeu listou alguns desafios da nova gestão. Ele manifestou preocupação com os cortes e contingenciamentos de recursos que atingem o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
"Esse momento que estamos vivendo é muito grave, uma crise econômica e política com consequências sociais muito séria. E, diante desse quadro, vamos dar continuidade às ações que a SBPC já vem desenvolvendo, junto à sociedade e junto ao Congresso, para que a gente reverta ou, pelo menos, consiga amenizar os graves retrocessos que vêm ocorrendo. Também precisamos prestar nosso apoio às universidades públicas, que estão vivendo um momento muito difícil."
O físico terá como vice-presidentes Carlos Roberto Jamil Cury, professor emérito da Faculdade de Educação da UFMG; e Vanderlan da Silva Bolzani, professora do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Também tomaram posse os conselheiros eleitos e os escolhidos para as secretarias, a tesouraria e demais cargos da diretoria.
Por sua vez, a ex-presidenta Helena Nader recebeu o título de presidente de honra. A honraria é concedida pela SBPC a pessoas de notável saber que hajam prestado relevantes serviços à ciência brasileira.
Criada em 1948, a SBPC dedica-se à defesa do avanço científico e tecnoógico e do desenvolvimento educacional e cultural do Brasil. Atualmente, a entidade tem 127 sociedades científicas associadas, de todas as áreas do conhecimento.
Ao final da assembleia, foi colocada em votação dez moções. Entre as aprovadas, a entidade se posicionou contra a redução dos recursos orçamentários do MCTIC e a favor do movimento pela convocação imediata de eleições diretas no Brasil.
Os associados da SBPC também repudiaram a transformação da Universidade Latino-Americana (Unila) em Universidade Federal do Oeste do Paraná (UFOR). Outra moção aprovada foi em defesa da contabilização do tempo dedicado a pós-graduação para fins de aposentadoria.
Movimento pela ciência
Durante a assembleia, Helena Nader pediu a palavra para desmentir rumores de que pretenda se candidatar a deputada federal nas próximas eleições. Nas últimas semanas, portais de notícias publicaram que lideranças científicas estavam avaliando a possibilidade de criar um partido político dedicado exclusivamente às causas da educação, ciência, tecnologia e inovação. Segundo estes veículos, a ideia seria lançar a candidatura de Helena Nader e a legenda atuaria, exclusivamente, no âmbito legislativo, sem concorrer a cargos no executivo.
A ex-presidenta da SBPC, porém, rechaçou veementemente essa possibilidade. "Primeiro, é bom esclarecer que o estatuto da entidade define que ela é uma associação civil sem fins lucrativos, laica e sem caráter político-partidário. A SBPC não é um partido e nem criará nenhum partido. Quem diz que precisamos de um partido da ciência, na minha visão, está fazendo uma ruptura com a ciência. O que nós precisamos é ter um movimento amplo pela ciência", disse.
Ela lamentou que a notícia tenha virado manchete nacional e ganhado repercussão nas mídias sociais, o que em sua opinião fragiliza o trabalho da SBPC de construção do diálogo com o parlamento. "A Helena não é candidata a nada. Não quero. Se quisesse, já teria feito. Ao longo desse anos, eu fui chamada por vários governos para assumir cargos em Brasília. Eu recusei todos os cargos. Não porque eles não eram nobres. Mas porque eu avaliei que isso desvirtuaria o que era a minha missão", concluiu.
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- 19/07/2017 - Brasil demonstra interesse na usina nuclear flutuante russaA Corporação Estatal de Energia Nuclear da Rússia Rosatom participou do VIII Seminário Internacional de Energia Nuclear (SIEN) realizado no Rio de Janeiro entre os dias 12 e 13 de julho.
A Corporação Estatal de Energia Nuclear da Rússia Rosatom participou do VIII Seminário Internacional de Energia Nuclear (SIEN) realizado no Rio de Janeiro entre os dias 12 e 13 de julho.
Fonte: Sputnik BrasilA companhia foi representada por Sergei Krivolapov, o vice-presidente da Rosatom na América Latina, e por Ruan Nunes, o gerente de marketing, que fez uma apresentação completa sobre os últimos avanços da empresa.
Os representantes da Corporação destacaram que a Rosatom tem uma história de parcerias bem-sucedidas com o Brasil. Atualmente, a Rosatom fornece isótopos para o Brasil e recentemente venceu um concurso internacional para o fornecimento de concentrado de urânio para as Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Além disso, a Corporação Unida de Inovação (OIK), subsidiária da Rosatom, e a companhia brasileira CK3 assinaram um memorando de entendimento em dezembro do ano passado. De acordo com o documento, as partes irão trabalhar em parceria e combinar esforços para realizar o projeto de criação e exploração de um centro de irradiação no Brasil, que utilizará tecnologias baseadas no uso de aceleradores de elétrons para esterilização de produtos farmacêuticos, cosméticos e médicos, entre outras aplicações.
"A Rosatom está preparada para oferecer soluções comprovadas e tecnologias modernas e flexíveis que atendam às necessidades de cada cliente. Nesse sentido, o Brasil se tornou em um parceiro de grande importância para nós, já que o país está se desenvolvendo de maneira bem-sucedida no campo da energia nuclear. Esta parceria não só proporciona benefícios socioeconômicos positivos para o país, mas também permite que as empresas brasileiras ganhem experiência de cooperação com a indústria nuclear russa. Um bom exemplo dessa cooperação são os centros de irradiação brasileiros: a Rosatom não só cria um projeto e equipa o centro de irradiação, mas também treina os funcionários e fornece todos os serviços necessários", afirmou Sergei Krivolapov.
A apresentação se focou também na tecnologia de reatores nucleares VVER oferecidos pela corporação e considerados uma das marcas de referência mundial. Já são 57 as unidades deste tipo operando com sucesso mundialmente, 39 das quais se encontram fora da Rússia, em 11 países distintos. Seus modernos sistemas de segurança se baseiam em uma combinação equilibrada de sistemas ativos e passivos de segurança para fornecer um nível de proteção sem precedentes.
Uma das principais conquistas da Rosatom é o lançamento, em 2016, da primeira unidade nuclear inovadora do mundo da geração de reatores 3+, a unidade 6 da usina de Novovoronezh, equipada com o VVER-1200, uma tecnologia totalmente compatível com os mais altos padrões de segurança (conhecidos como pós-Fukushima). Durante a apresentação também foi dada uma ênfase especial aos aspectos e regulamentos de segurança que a Rosatom implementa em suas unidades em todo o mundo.
No entanto, os serviços da Corporação não se limitam apenas à esfera da energia nuclear. A Rosatom tem uma vasta experiência com pequenas hidroelétricas, usinas eólicas, entre outras, e está disposta a explorar novas esferas e formas de cooperação com o Brasil.
"A Rosatom oferece soluções de financiamento flexíveis, dependendo das necessidades do cliente, e proporciona um alto nível de localização de produção. Estamos ansiosos por cooperar com nossos parceiros no Brasil", enfatizou Krivolapov.
O Brasil está interessado na usina nuclear flutuante, um projeto original da Rosatom. Tal afirmação foi feita por Marcel Biato, embaixador e representante permanente do Brasil na Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), durante uma visita técnica dos representantes permanentes perante as organizações internacionais em Viena às instalações nucleares russas. O evento decorreu em São Petersburgo e arredores entre os dias 13 e 17 de julho.
O Brasil "têm muitos dos mesmos problemas logísticos que a Rússia. Temos distâncias muito grandes e áreas pouco povoadas, o que significa que existem dificuldades para fornecer energia e assegurar o desenvolvimento de algumas regiões. Portanto, a ideia de ter um sistema capaz de transportar energia de maneira eficiente a áreas remotas do país chamou a nossa atenção", afirmou Marcel Biato ao comentar a utilidade das usinas nucleares flutuantes para o Brasil. Além disso, o diplomata agradeceu a oportunidade de conhecer mais sobre as tecnologias russas nesta área, uma vez que a Rússia é um dos líderes mundiais em energia nuclear.
Mais de 40 representantes permanentes perante as organizações internacionais em Viena visitaram as instalações de energia nuclear da Rússia. Os embaixadores foram ao estaleiro Baltiysky Zavod, onde participaram de uma excursão à usina nuclear flutuante Akademik Lomonosov (projetada para fornecer eletricidade ao porto de Pevek e às empresas com sede em Chukotka) e ao navio quebra-gelo nuclear russo de nova geração que se encontra em fase de construção no local. Eles visitaram também as usinas nucleares Leningrad e a Leningrad Phase II, que ainda está sendo construída, na cidade de Sosnovy Bor (região russa de Leningrado), onde a Rosatom está preparando a primeira criticalidade do segundo reator de geração III+ (VVER-1200) do mundo, o qual atende a todos os requisitos de segurança pós-Fukushima.
A usina nuclear flutuante é um projeto realizado pela corporação Rosatom. O casco e outras partes dos navios serão construídos pelo estaleiro Baltiysky Zavod, em São Petersburgo.
As embarcações serão equipadas com dois reatores modificados de propulsão naval KLT-40, capazes de produzir até 70 MW de eletricidade e 50 MMkcal de calor por hora, o suficiente para manter as atividades de uma cidade com uma população de até 100.000 pessoas.
As usinas nucleares flutuantes serão utilizadas em áreas remotas da Rússia, como o Extremo Norte e o Extremo Oriente do país, que não estão cobertas pelo sistema elétrico e carecem de fontes de energia confiáveis e economicamente eficientes.
Uma usina nuclear flutuante pode ser utilizada também como uma planta de dessalinização, capaz de produzir até 100.000 metros cúbicos de água doce todos os dias.
No entanto, os serviços da Corporação não se limitam apenas à esfera da energia nuclear. A Rosatom está disposta a explorar novas esferas e formas de cooperação com o Brasil.
A Rosatom é a Corporação Estatal de Energia Nuclear da Rússia que abrange atualmente mais de 340 empresas com uma força de trabalho de 250.000 especialistas altamente qualificados. Conta com 35 unidades na Rússia, das quais 8 estão em fase de construção, outras 34 unidades se encontram em construção em outros países no exterior. A corporação possui a única frota de quebra-gelos nucleares e a única usina flutuante de energia nuclear do mundo e os dois únicos reatores reprodutores rápidos existentes no nosso planeta.
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- 18/07/2017 - Fernanda Corrêa - Ciência e inovação em tecnologias nuclearesFonte: Defesanet
Na primeira metade do século XX, a maior parte da base industrial brasileira se consolidou pela importação em massa de tecnologias. Por as empresas estrangeiras que aqui se instalavam trazerem seus processos de produção, não houve maiores ganhos científicos e tecnológicos para a comunidade científica e para o empresariado brasileiro.
Em sua grande maioria, a aquisição de tecnologia das empresas brasileiras se deu através de bens de capital, ou seja, na compra de maquinários, equipamentos, treinamento de pessoal, manuais etc.
No enquanto, a necessidade de criar políticas científicas e tecnológicas que impulsionassem o desenvolvimento socioeconômico no Brasil se tornou uma preocupação latente a partir dos governos militares (1964-1985). O Programa Nuclear Brasileiro (PNB), fruto do Acordo Nuclear Brasil- Alemanha Ocidental de 1975, é resultado destes esforços.
Deste Programa, foram criadas empresas especializadas nas atividades nucleares, mão de obra altamente qualificada, centros e laboratórios de pesquisa, joint ventures, absorções de conhecimentos e tecnologias e o desenvolvimento de capacidades técnicas industriais que, em grande parte, conseguiram ser mantidas pelo Governo mesmo após os tempos de crise econômica do final da década de 1980 e da década de 1990.
Empresas como a Nuclebras Equipamentos Pesados S/A (NUCLEP) e Eletrobras Eletronuclear (ELETRONUCLEAR) tiveram suas atividades mantidas e as Indústrias Nucleares do Brasil S.A. (INB) e Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (AMAZUL) foram criadas pelo Governo federal para dar continuidade ao PNB, com o Programa Nuclear da Marinha (PNM) e demais programas e projetos nucleares nacionais.
Atualmente, a NUCLEP é fornecedora de equipamentos pesados para as usinas nucleares Angra I, II e III e para o Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), a ELETRONUCLEAR é operadora da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) e responsável pela seleção dos sítios das futuras usinas nucleares brasileiras no Nordeste, a INB domina todas as etapas do ciclo do combustível nuclear e abastece as usinas nucleares brasileiras e a recém criada AMAZUL é a responsável pelo gerenciamento de projetos e de recursos humanos estratégicos que atuam em todos os programas e projetos nucleares brasileiros.
A Constituição Federal de 1988 atribui à União o monopólio da maior parte das atividades nucleares em território nacional. A fim de mapear, identificar e potencializar as atividades do setor, este grupo de trabalho tem por objetivo explorar a capacidade científica, tecnológica e inovadora das indústrias nucleares brasileiras, avaliar suas competências e capacidades e/ou atuar junto das empresas, associações, universidades, centros de pesquisa e demais entidades nucleares para propor soluções inovadoras aos problemas identificados.
Do ponto de vista da geopolítica, a exploração científica, tecnológica, industrial e comercial do urânio enriquecido pode tornar o Brasil autossuficiente na produção de urânio e exportador de combustível nuclear. Sob aval do Governo, a participação da indústria privada nacional e internacional pode contribuir para a ELETRONUCLEAR e a AMAZUL desenvolverem competências em tecnologias de reatores nucleares para diversas finalidades pacíficas e a NUCLEP pode ser tornar a maior fornecedora de equipamentos pesados para setor nuclear na América Latina.
Embora a INB, por exemplo, domine o conhecimento de todas as etapas do ciclo do combustível, o urânio extraído das minas não é convertido para o estado gasoso nem enriquecido em território nacional.
A falta de investimentos empresariais para o desenvolvimento de equipamentos para atender as demandas da INB impede que todas as etapas do ciclo sejam realizadas no Brasil.
O Grupo se propõe a estudar minunciosamente, do pondo de vista da geopolítica, a solução paragargalos científicos e tecnológicos como este, naturais de países emergentes. -
- 17/07/2017 - Cientistas contemplam criar partido político para ter voz no Congresso NacionalIdeia está circulando nos bastidores da reunião anual da SBPC, em Belo Horizonte
Ideia está circulando nos bastidores da reunião anual da SBPC, em Belo Horizonte
Fonte: EstadãoLideranças científicas estão contemplando a possibilidade de criar um partido político, para tentar ganhar uma voz no Congresso Nacional. O partido seria dedicado exclusivamente às causas da Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, e não pleitearia cargos no Poder Executivo - apenas no Legislativo. A ideia, que circula pelos corredores da reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Belo Horizonte, seria lançar a presidente da entidade, Helena Nader, como candidata a deputada federal.
Bióloga molecular, professora titular da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Helena Nader é presidente da SBPC há seis anos e conta com amplo apoio da comunidade científica e acadêmica. Seu terceiro mandato termina nesta semana. Ela será substituída pelo vice-presidente, Ildeu Moreira.
Helena, de 69 anos, disse que a ideia não partiu dela e que não tem uma opinião formada sobre o tema. Moreira ressaltou que se trata de uma iniciativa de indivíduos da comunidade científica, e não de uma proposta institucional da SBPC. O estatuto da entidade afirma, logo em seu primeiro parágrafo, que a SBPC é uma "associação civil, pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, laica e sem caráter político-partidário”.
"Há clara necessidade de termos representação de cientistas, professores e pesquisadores no Congresso Nacional e outras instâncias legislativas do país, qualificada para defender a causa da educação, ciência e tecnologia como os pilares da inovação e do desenvolvimento nacional”, defende Glaucius Oliva, professor titular do Instituto de Física de São Carlos da USP e ex-presidente do CNPq.
Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp, acha que o ideal seria ter políticos com formação científica em vários partidos - e não a criação de um partido próprio -, inclusive como forma de criar uma frente comum de diálogo entre eles.
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- 17/07/2017 - Criatividade inspira soluções, diz secretário sobre exposição científica da 69ª SBPCElton Zacarias inaugurou a mostra da 69ª Reunião Anual da SBPC, em Belo Horizonte (MG). "A importância da pesquisa brasileira está muito bem demonstrada em tudo que está disposto aqui na ExpoT&C", afirmou.
Elton Zacarias inaugurou a mostra da 69ª Reunião Anual da SBPC, em Belo Horizonte (MG). "A importância da pesquisa brasileira está muito bem demonstrada em tudo que está disposto aqui na ExpoT&C", afirmou.
Fonte: MCTICO secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Elton Zacarias, tirou lições de otimismo do trabalho apresentado por institutos de pesquisa na ExpoT&C, mostra da 69ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), gratuita e aberta ao público até sábado (22) no campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte (MG).
"Vivemos tempos difíceis na economia e na política, mas, até por isso, temos que ser criativos", disse Zacarias. "Precisamos encontrar soluções, porque a vida continua e o nosso trabalho também. A importância da pesquisa brasileira está muito bem demonstrada em tudo que está disposto aqui na ExpoT&C."
Ele recordou seu primeiro contato com a ExpoT&C, em julho de 2016, durante a 68ª Reunião Anual da SBPC, em Porto Seguro (BA). "Naquele momento, eu estava começando no ministério e ainda não entendia bem o alcance da ciência brasileira. Colegas me falaram, então, que eu entraria em um processo de purificação, depois daquela primeira imersão", relatou o secretário-executivo do MCTIC. "E realmente, neste ano, eu consigo enxergar com outros olhos todos os estandes, todos os esforços, o trabalho de centros de pesquisa e agências de financiamento. E só posso ficar muito gratificado pelo que vejo aqui."
Zacarias descerrou a faixa de inauguração da ExpoT&C ao lado dos presidentes da SBPC, Helena Nader, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mario Neto Borges, e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Marcos Cintra, e dos secretários de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, Jailson de Andrade, e de Política de Informática do MCTIC, Maximiliano Martinhão.
A ExpoT&C reúne em uma tenda climatizada de 6 mil metros quadrados (m²) centenas de expositores, como universidades, institutos de pesquisa, agências de fomento, entidades governamentais e outras organizações interessadas em apresentar novas tecnologias, produtos e serviços. Zacarias visitou os 31 estandes do pavilhão do MCTIC ¬¬¬¬e os espaços do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e da Marinha do Brasil.
Encontro
Após a caminhada pela ExpoT&C, o secretário-executivo do MCTIC se reuniu com dirigentes de empresas e institutos ligados ao MCTIC, para tratar de questões orçamentárias relativas a 2017 e 2018. Na ocasião, o coordenador-geral de Unidades de Pesquisa e Organizações Sociais, Luiz Henrique Borda, expôs o planejamento financeiro para realizar a 14ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2017), de 23 a 29 de outubro, em todo o Brasil.
Segundo o secretário Jailson, que acompanhou o ministro Gilberto Kassab em missão internacional na última semana, o titular do MCTIC e o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal, Manuel Heitor, acertaram a participação lusitana e de países africanos de língua portuguesa na SNCT 2017.
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- 17/07/2017 - Oficial da Marinha defende projeto de submarino nuclearFonte: UFMG
Para garantir a soberania nacional, é imprescindível que o Brasil desenvolva o seu primeiro submarino de propulsão nuclear – mesmo levando-se em conta os inéditos investimentos demandados por um empreendimento desse porte. A defesa do projeto foi feita em conferência, na manhã desta segunda-feira, 17, por José Augusto Abreu de Moura, capitão de mar e guerra reformado da Marinha do Brasil, no segundo dia da Reunião Anual da SBPC.Na conferência Submarino nuclear e desafios estratégicos do Brasil, sediada na Faculdade de Ciências Econômicas e mediada por Regina Pekelmann Markus, professora da USP, o oficial alertou: para um país com as fronteiras marítimas do Brasil, um submarino nuclear não é luxo, e sim necessidade. "Um país como o Brasil não pode ter uma Marinha barata”, disse. O comandante – que também é instrutor da Escola de Guerra Naval (EGN) – explicou as particularidades brasileiras que embasam a sua afirmação.
"O Brasil não tem uma geografia litorânea que favoreça a defesa militar. Aqui, um atacante tem várias opções de objetivo e várias direções de aproximação”, disse, comparando a nossa situação com a China. Apesar de também deter grande território, a China tem um litoral permeado por ilhas e por outras configurações geográficas que favorecem a defesa apenas por meio de submarinos tradicionais e de outras modalidades de embarcações. Isso não ocorre no litoral brasileiro, que é amplo e completamente livre para o Atlântico.
Doutor em Ciências Políticas pela Universidade Federal Fluminense, o comandante detalhou as diferenças entre o submarino convencional e o submarino nuclear que tornam o segundo, apesar de seu custo mais elevado em relação ao primeiro, estratégico e necessário para o Brasil. "Um submarino convencional atua como uma espécie de ‘campo minado móvel’, que precisa saber onde seus possíveis alvos vão estar – e estar perto – para servir de ameaça. Já o submarino nuclear atua como navio invisível muito poderoso, que pode causar ameaça em praticamente todo o Atlântico”, disse.
Isso é possível porque submarinos nucleares têm plena autonomia. Diferentemente dos convencionais, nunca precisam emergir para recarregar e podem navegar o tempo todo à máxima potência. Em razão disso, explicou o comandante, os nucleares são bem mais difíceis de serem detectados, sendo estratégicos para a "guerra de movimento” que uma costa ampla como a brasileira pressupõe.
Riscos reais
Em sua conferência, o comandante José Augusto Abreu de Moura lembrou que não é preciso estar em guerra para ser necessário ostentar um mínimo poder bélico de defesa nacional. O principal indicativo disso são as plataformas de petróleo brasileiras, que, apesar de extremamente estratégicas para a soberania e para a economia nacional, são por natureza vulneráveis, já que estão localizadas em alguns casos a mais de 300 quilômetros da costa.
"As plataformas de petróleo são objetivos claros de destruição em um cenário de conflito aberto, mas são também objetivos convidativos para coerção: em contextos de crise, pode-se plantar uma força naval em seu entorno para tentar obrigar o Brasil a fazer algo que o país não quer, como assinar algum acordo desfavorável”, afirmou o comandante.
Ele ilustrou sua argumentação com o exemplo da "Guerra da Lagosta”, encenada por Brasil e França nos anos 1960. "Naquela ocasião, os pesqueiros franceses vinham pescar lagostas na costa brasileira. O Brasil protestou, depois aceitou e posteriormente negou outra vez, em atendimento ao protesto dos pescadores brasileiros, especialmente os do Nordeste. A Marinha Francesa enviou um navio de guerra para escoltar os pescadores franceses”, lembrou o comandante, citando o acirramento de ânimos deflagrado pelo imbróglio. "A Marinha Brasileira também precisou mandar seus navios, e quase se chegou a um cenário de enfrentamento – mesmo em se tratando da França, um país amigo, que agora mesmo está nos ajudando com o submarino nuclear.”
"A defesa ideal [de uma costa como a brasileira] seria o controle de toda a área marítima, ou seja, manter navios patrulhando toda a costa, mas isso nem mesmo a maior marinha do mundo teria como fazer”, ponderou. Nesse sentido, explica o comandante, a solução é promover a negação do uso do mar em grande área, por meio do emprego associado de submarino nuclear e submarinos convencionais – além de outros tipos de embarcação. "Se tivermos um submarino nuclear, ele pode ameaçar alguma força naval estrangeira – mesmo que seja uma força naval poderosa – e contrabalançar a situação.”
No momento, a construção de um submarino nuclear de ataque (SNA) brasileiro está na etapa de projeto executivo, mas encontra resistência, segundo o comandante, tanto no governo quanto na sociedade, que ainda não tomaram plena ciência da necessidade estratégica do empreendimento.
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- 13/07/2017 - Espaço do MCTIC leva cultura do ‘faça você mesmo’ e economia circular para a 69ª Reunião Anual da SBPCPavilhão reúne estandes de 31 instituições ligadas ao ministério na mostra ExpoT&C, instalada na Universidade Federal de Minas Gerais durante a 69a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.
Pavilhão reúne estandes de 31 instituições ligadas ao ministério na mostra ExpoT&C, instalada na Universidade Federal de Minas Gerais durante a 69a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.
Fonte: MCTIC
A cultura do "faça você mesmo" estará presente no pavilhão do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) na mostra ExpoT&C, instalada no campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte (MG), durante a 69ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre de domingo (16) a sábado (22).
Dentro do pavilhão do MCTIC, o Espaço Maker oferece ao público uma bancada de trabalho para produzir, consertar e transformar objetos por meio de tecnologias como uma impressora 3D, uma cortadora de vinil e uma plataforma aberta de prototipagem eletrônica Arduino. A iniciativa segue a filosofia de construção colaborativa de projetos digitais conhecida como Fab Lab – abreviação em inglês para "laboratório de fabricação".
Uma segunda bancada no Espaço Maker parte do conceito de economia circular, que propõe o reaproveitamento de resíduos industriais como matéria-prima para o ciclo produtivo. O ambiente se baseia nos centros de Recondicionamento de Computadores (CRCs), programa do Departamento de Inclusão Digital do MCTIC voltado a capacitar jovens, conscientizar sobre o descarte adequado e recuperar eletroeletrônicos para doá-los a bibliotecas e escolas públicas.
Ainda no Espaço Maker, o ministério organiza maratonas de programação (hackathons) e uma agenda de oficinas em temáticas como metodologias anárquicas para o incentivo à leitura e o ensino da literatura, montagem de nanossatélites, programação em linguagem Scratch, robótica educacional, tecnologias de diodo emissor de luz (LED, na sigla em inglês) e tratamento de lixo eletrônico. As atividades serão ministradas por representantes da Agência Espacial Brasileira (AEB), do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast) e das secretarias de Políticas de Informática (Sepin) e de Telecomunicações do MCTIC (Setel).
Estandes
Gratuita e aberta ao público, a ExpoT&C reúne em uma tenda climatizada de 6 mil metros quadrados (m²) centenas de expositores, como universidades, institutos de pesquisa, agências de fomento, entidades governamentais e outras organizações interessadas em apresentar novas tecnologias, produtos e serviços. Além do Espaço Maker, o pavilhão do MCTIC possui um auditório, com palestras de segunda-feira (17) a sábado (22), e uma seção de quiz.
O ministro em exercício, Elton Zacarias, o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTIC, Jailson de Andrade, e a presidente da SBPC, Helena Nader, devem inaugurar a ExpoT&C na manhã de segunda-feira (17). A mostra se divide por estandes, onde há experimentos, exibição de vídeos institucionais e educativos, jogos interativos, oficinas e planetário.
A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) ocupa o maior estande do pavilhão do MCTIC, com 150 m², em razão de seu aniversário de 50 anos. Em forma de pirâmide, o espaço contempla uma sala de projeção em 3D apta a contar a história do planeta por meio de experiências sensoriais e hologramas. A agência ainda oferece ao público uma arena de debates, em formato visual inspirado pelo das conferências TED (sigla em inglês para Tecnologia, Entretenimento e Design), com palestras ligadas ao conceito de inovação.
O pavilhão do MCTIC inclui estandes de 31 instituições: AEB, Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), CTI Renato Archer, Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), Finep, Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Instituto Mamirauá de Desenvolvimento Sustentável (Mamirauá), Instituto Nacional da Mata Atlântica (Inma), Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Inpe, Instituto Nacional de Tecnologia (INT), Instituto Nacional do Semiárido (Insa), Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Mast, Museu Paraense Emílio Goeldi, Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), Observatório Nacional (ON), Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebras).
Com o tema Inovação – Diversidade – Transformações, a 69ª Reunião Anual da SBPC integra as comemorações pelo aniversário de 90 anos da UFMG. Trata-se da quinta vez, nas últimas 52 edições, que a instituição mineira recebe o fórum de debates científicos. Desde 1948, a Sociedade organiza o evento em universidades públicas de todo o país. -
- 13/07/2017 - Hospital de Salvador é acreditado pela Sociedade Europeia de Medicina NuclearPET/CT é uma das mais importantes ferramentas de diagnóstico por imagem
PET/CT é uma das mais importantes ferramentas de diagnóstico por imagem
Fonte: R7O Serviço de PET/CT do Hospital São Rafael, em Salvador, recebeu certificado de qualidade da Sociedade Europeia de Medicina Nuclear. Com o reconhecimento, a Unidade de Saúde, que já era um dos centros de referência em Medicina Nuclear do Brasil, agora passa também a ser a única do país com essa certificação. O PET/CT é uma das mais importantes ferramentas de diagnóstico por imagem, utilizada principalmente por pacientes oncológicos.
Dentre os principais critérios para obtenção do selo de qualidade, o Hospital precisa demonstrar que atua de acordo com as melhores práticas, que o equipamento PET/CT gera imagens com alta qualidade, que os resultados dos exames são confiáveis e que o serviço conta com equipe qualificada de médicos, físicos, biomédicos, entre outros profissionais, atuando de forma integrada.
Investimentos
O Hospital são Rafael foi pioneiro na instalação do equipamento PET/CT, na Região Norte-Nordeste. Em 2012, substituiu o equipamento antigo por um novo considerado de altíssimo desempenho, com melhor qualidade de imagens e menos radiação aos pacientes. Além disso, os profissionais do HSR exercem colaboração contínua com os principais centros de pesquisa do mundo. O Hospital participa ainda de projetos de cooperação internacional com a Agência Internacional de Energia Atômica - departamento da ONU responsável em promover a medicina nuclear no mundo. Desde 2014, o HSR também colabora com o desenvolvimento de um software para gestão em medicina nuclear (Nuclearis), tendo já incorporado a inovação tecnológica, resultando em mais qualidade, segurança e menos radiação para os pacientes e trabalhadores.
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- 12/07/2017 - Centro de inovação da USP capacitará startups em parceria com a Samsung - FolhaFonte: Folha de S. PauloO Cietec (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia), entidade gestora da Incubadora de Base tecnológica do IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) da USP, foi escolhido pelo terceiro ano consecutivo para ser uma das incubadoras participantes do Programa de Promoção da Economia Criativa.
O programa, uma parceria entre a Samsung, Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores) e a CCEI Daegu (Centro de Economia Criativa e Inovação, da Coreia do Sul), tem como objetivo estimular e apoiar o desenvolvimento e a aceleração de empreendimentos que tenham base tecnológica e que atuem em áreas de interesse da Samsung. Nestes três anos de participação, o Cietec incubou cinco empresas, sendo duas internas e três externas.
"Participar de um programa como esse é muito importante, pois estamos vendo crescer no país uma cultura de inovação" explica Sérgio Risola, diretor-executivo do Cietec. "Estamos felizes de participar pelo terceiro ano consecutivo da iniciativa e já estamos vendo ótimos resultados nas empresas incubadas em anos anteriores".
Ingresso e seleção
Para ingressar na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de São Paulo USP/IPEN - Cietec, as empresas que atuam nas áreas de interesse do Programa devem se inscrever até o dia 20 de agosto pelo portal da Anprotec. Na segunda etapa as propostas serão avaliadas por uma banca especializada, formada por Samsung, Anprotec e as incubadoras selecionadas.
A seleção final premiará até 20 startups com um valor que pode chegar a R$ 250 mil por empreendimento. Além disso, as empresas selecionadas terão à disposição toda a infraestrutura da incubadora e acesso a treinamentos, assessorias e redes de investidores.
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- 12/07/2017 - Centro de inovação da USP capacitará startups em parceria com a Samsung - Site RicMaisFonte: Site RicMais
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Cietec (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia), entidade gestora da Incubadora de Base tecnológica do IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) da USP, foi escolhido pelo terceiro ano consecutivo para ser uma das incubadoras participantes do Programa de Promoção da Economia Criativa.O programa, uma parceria entre a Samsung, Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores) e a CCEI Daegu (Centro de Economia Criativa e Inovação, da Coreia do Sul), tem como objetivo estimular e apoiar o desenvolvimento e a aceleração de empreendimentos que tenham base tecnológica e que atuem em áreas de interesse da Samsung. Nestes três anos de participação, o Cietec incubou cinco empresas, sendo duas internas e três externas.
"Participar de um programa como esse é muito importante, pois estamos vendo crescer no país uma cultura de inovação" explica Sérgio Risola, diretor-executivo do Cietec. "Estamos felizes de participar pelo terceiro ano consecutivo da iniciativa e já estamos vendo ótimos resultados nas empresas incubadas em anos anteriores".
INGRESSO E SELEÇÃO
Para ingressar na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de São Paulo USP/IPEN - Cietec, as empresas que atuam nas áreas de interesse do Programa devem se inscrever até o dia 20 de agosto pelo portal da Anprotec. Na segunda etapa, as propostas serão avaliadas por uma banca especializada, formada por Samsung, Anprotec e as incubadoras selecionadas.
A seleção final premiará até 20 startups com um valor que pode chegar a R$ 250 mil por empreendimento. Além disso, as empresas selecionadas terão à disposição toda a infraestrutura da incubadora e acesso a treinamentos, assessorias e redes de investidores.
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- 11/07/2017 - Revista Superinteressante em visita ao Reator IEA-R1O vídeo documentando a visita de equipe da Revista Superinteressante ao Reator IEA-R1 encontra-se no perfil da revista no Facebook
O vídeo documentando a visita de equipe da Revista Superinteressante ao Reator IEA-R1 encontra-se no perfil da revista no Facebook
Fonte: Revista Superinteressante
O jornalista Bruno Garattoni e o cinegrafista Thiago Akira Almeida visitaram o Reator Nuclear para Pesquisa IEA-R1 em 11 de julho de 2017. O operador de Reator Julio Tondin recepcionou-os no Centro do Reator de Pesquisa (CRPq) do IPEN. O resultado da visita encontra-se documentado em vídeo publicado no perfil da Revista Superinteressante no Facebook. -
- 11/07/2017 - Decisão do Governo de ignorar a Energia Nuclear em Plano Decenal pode trazer consequências graves ao paísFonte: Petronotícias
Xoxa, capenga, manca, anêmica, frágil e inconsistente. Foi assim que a defesa do Planalto definiu as acusações do Ministério Público contra o Presidente Temer. Mas bem que poderia ser a definição do Plano Decenal de Energia anunciado pelo Ministério das Minas e Energia e pela EPE – Empresa de Pesquisa Energética, presidida por Luiz Barroso (foto) – na semana passada. O estudo privilegia a geração renovável, solar e eólica, e ao mesmo tempo, uma matriz energética a gás, combustível que ainda não temos, poluidor e caro, responsável pelo aumento de preços nas contas e energia de todos os brasileiros há poucos meses. Apesar de todas as previsões, o PDE simplesmente ignorou a opção nuclear de geração e as consequências de uma decisão como essa.
Às vésperas de um dos encontros mais importantes do setor nuclear no Brasil, o Seminário Internacional de Energia Nuclear (SIEN), que começa nesta quarta-feira (12) e vai até sexta-feira (14), certamente esse será um dos temas que serão debatidos. O Plano praticamente enterra um trabalho bem elaborado durante anos pela ABDAN – Associação Brasileira de Desenvolvimento das Atividades Nucleares – com o apoio da Fundação Getúlio Vargas e algumas instituições importantes, que mostraram a necessidade de se construir pelo menos 12 novas usinas nucleares até 2050. Enterra também as aspirações de uma geração brasileira que acompanhou o desenvolvimento nuclear do país, desde a decisão de se instalar Angra 1, e uma próxima geração de estudantes ansiosos por entrar no mercado de trabalho. Recentemente o governo inglês, ao dar prosseguimento a decisão de se construir uma nova usina no país, falou que passará a ter a necessidade de ter 100 mil pessoas empregadas para atender ao setor nuclear no país.
O plano prevê para a entrada em operação de Angra 3 apenas para 2026. Provavelmente o governo vai optar pelos oferecimentos internacionais de financiamento e conclusão da usina em troca da venda de energia. Pelos menos duas empresas, uma da Rússia e outra da China, estão dispostas a assumir este investimento.
Não contar com matrizes firmes de energia é realmente ficar ao sabor do vento. Se ventar, temos energia. Se não, é acender uma vela. Literalmente. Ou então, estocamos o vento, como sugeriu a ex-presidente Dilma Rousseff. É bom investir em energia renováveis, mas não apostar o futuro do país em fontes complementares, como a eólica e a energia solar que depende de um espaço gigantesco para se colocar os painéis fotovoltaicos para ter uma capacidade grande de energia durante o dia. Em dias frios ou de chuva, a capacidade de geração sofre uma queda.
Pelo plano, o Brasil prevê uma expansão de cerca de 41 gigawatts na capacidade instalada de geração de energia até 2026, com predomínio das usinas eólicas e solares, que deverão responder por quase 19 gigawatts no período. O estudo aponta que essa trajetória deverá demandar cerca de 174,5 bilhões de reais em investimentos no período. A perspectiva é de que ao final do plano, a participação das hidrelétricas, carro-chefe da geração no Brasil, caia para menos de 50% da matriz elétrica, ante pouco mais de 60% atualmente.
Ainda assim, o plano prevê a contratação de 2,6 gigawatts em novas usinas hídricas, mas com a maior parte dessa capacidade estimada para entrar em operação apenas em 2026, último ano do horizonte de planejamento. As previsões consideram um crescimento de 3,3 por cento ao ano da carga de energia do sistema brasileiro entre 2016 e 2021, que aceleraria para 3,7 por cento entre 2021 e 2026. Entre 2016 e 2026, a expansão média seria de 3,5 por cento.
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- 09/07/2017 - Por que países detentores de armas nucleares não vão abdicar delas?Fonte: Sputnik Brasil
Os países-membros da ONU que não possuem armas nucleares pretendem adotar uma convenção sobre a proibição total destas armas. Se o documento for aprovado na conferência da ONU, ele vai ser enviado para aprovação à Assembleia Geral.A discussão está sendo realizada sem a participação das potências nucleares, que não pretendem assinar o documento. Em Moscou e Washington acreditam que agora não é o momento de abdicar de um escudo nuclear. De acordo com especialistas, a adoção da convenção poderia levar a uma desestabilização da situação no mundo.
Na sexta-feira, 7 de julho, na conferência das Nações Unidas deve ser adotado o texto final da convenção sobre a proibição total das armas nucleares. Depois, o documento será remetido à Assembleia Geral da ONU. Na véspera, a presidente da conferência, Elayne Whyte Gómez, apresentou o projeto de convenção com todas as correções necessárias.
O documento prevê o completo desarmamento nuclear. Os países que o ratificarem vão garantir que nunca vão desenvolver, adquirir, distribuir ou armazenar armas nucleares. Assim, o uso da tecnologia nuclear para fins militares ficará sob proibição total.
A convenção entrará em vigor se os 50 estados-membros da ONU a ratificarem. Agora só os países que não têm armas nucleares mostraram seu interesse nesta convenção. Os cinco membros permanentes do Conselho da Segurança da ONU (a Rússia, os EUA, a China, a França e Grã-Bretanha) recusaram negociar o assunto.
Todos os Estados-membros do "clube nuclear" estão solidários sobre a questão da proibição total de armas nucleares – são contra.
Lembramos que no final do ano de 2016, a Assembleia Geral da ONU representou para votação uma resolução relativa à convenção sobre a proibição de armas nucleares. A iniciativa foi apoiada por 113 países; outros 34 estados, incluindo a Rússia, votaram contra.
Aparentemente, proibir as armas nucleares vão apenas os países que nunca as tiveram.
O poder destrutivo das armas nucleares impediu durante décadas a confrontação militar aberta entre as grandes potências. Assim, a Guerra Fria entre a União Soviética e os Estados Unidos não passou para uma fase "quente" devido à presença de armas nucleares em ambos os países, escreve Nadezhda Alekseeva para RT.
O vice-ministro russo das Relações Exteriores Sergei Ryabkov tem uma opinião semelhante.
"As armas nucleares são um fator que mantém a estabilidade, um fator que garante a segurança internacional e a nossa segurança, que protege o mundo dos conflitos mais terríveis", disse ele.
Washington expressou uma opinião análoga. De acordo com o representante do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Christopher Ford, a convenção sobre o desarmamento nuclear completo não vai ajudar a manter a paz e a segurança no mundo.
Em março de 2017, a representante permanente dos EUA na ONU, Nikki Haley, disse que os EUA não podem desistir de seu arsenal nuclear e, assim, garantir a segurança dos seus cidadãos. Um mundo livre de armas nucleares é um sonho inatingível, disse Haley, lembrando os testes nucleares realizados na Coreia do Norte.
Pequim também boicotou a conferência sobre o desarmamento nuclear. Durante a votação da resolução da ONU, em dezembro, a China se absteve. No entanto, Xi Jinping tem muitas vezes falado sobre a necessidade da proibição total das armas nucleares.
Caso a convenção em questão seja assinada só pelos Estados não-nucleares, o documento vai perder todo o sentido. Para os países não-nucleares esta convenção duplica de fato uma outra já existente – o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP). Os países nucleares não a pretendem ratificar.
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- 06/07/2017 - Evento no Rio debate ações integradas de defesa civil para enfrentar desastresFonte: EBC Agência Brasil
A Defesa Civil do Rio de Janeiro promoveu hoje (6) um workshop de Ações Integradas em Desastres Tecnológicos para discutir as linhas de ação e a integração entre os órgãos em casos de desastres relacionados a incêndios urbanos e obras civis. O evento fez parte da programação da Semana Municipal de Redução de Risco e Desastres.De acordo com o chefe executivo do Centro de Operações do Rio, Marcos Landeira, um dos objetivos do workshop é ampliar a capacidade de resposta a acidentes como incêndios. "Queremos investir na realização de mais exercícios de mesa e simulados sobre respostas a desastres, envolvendo órgãos parceiros.”
Um dos temas abordados no evento foi o episódio com o Césio-137, conhecido como o maior acidente radiológico urbano do mundo, ocorrido em Goiânia, em 1987. Centenas de pessoas foram contaminadas por radiação de Césio-137 depois que o elemento foi encontrado dentro de um aparelho de tratamento de câncer, que foi desmontado e vendido como sucata por catadores de papel. Quatro pessoas morreram.
Durante o workshop, o subsecretário de Defesa Civil e gestor da equipe integrada que atuou em Goiânia no caso Césio-137, coronel Edson Tavares da Silva, destacou a importância da ação conjunta dos órgãos na ocasião. "Não teríamos conseguido superar a crise se não fosse a integração entre as equipes dos órgãos envolvidos na resposta ao acidente”, lembrou.
Outros destaques do evento foram as ações de comunicação do Centro de Operações à população e suas aplicações em casos de desastres tecnológicos. Entre os meios de comunicação analisados, estão as transmissões ao vivo por meio das redes sociais e os alertas por mensagem de texto, via Twitter.
A Semana Municipal de Redução de Risco e Desastre terá outros eventos amanhã (7) em comemoração ao Dia Municipal de Redução de Riscos de Desastres. A programação é uma parceria entre a Subsecretaria de Planejamento e Gestão Governamental da Casa Civil e a Subsecretaria de Defesa Civil da Secretaria Municipal de Ordem Pública.