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- 15/05/2017 - Inscrições abertas para a Escola Avançada em BiofísicaFonte: Planeta Universitário
O Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) sediará, entre os dias 16 e 27 de outubro, o curso São Paulo Advanced School of Science on Biophysical Methods to Study Biomolecular Interactions. Inscrições serão recebidas até 18 de junho. Apoiado pela FAPESP por meio da modalidade Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA), o evento tem o objetivo de oferecer uma visão abrangente sobre o estado da arte das técnicas biofísicas usadas para estudar interações biomoleculares.
"Por meio de aulas teóricas e de estágios laboratoriais, os alunos poderão conhecer os principais métodos usados para investigar sistemas biológicos considerados relevantes em nível molecular, como, por exemplo, a interação entre proteínas, entre fármacos e membranas celulares, ou entre proteínas e DNA”, explicou a professora do IF-USP Rosangela Itri, coordenadora do curso.
Entre as tecnologias que serão abordadas nas aulas estão ressonância magnética nuclear, ressonância paramagnética eletrônica, espalhamento de raios X a baixo ângulo, dicroísmo circular utilizando radiação sincrotron, espalhamento dinâmico de luz, microscopia de força atômica e criomicroscopia eletrônica. Também serão apresentadas ferramentas teóricas para simulação de dinâmica molecular.
"Será a primeira Escola São Paulo de Ciência Avançada na área de Biofísica Molecular", destacou Itri.
São oferecidas, ao todo, 100 vagas para alunos de pós-graduação e jovens pesquisadores de áreas como Física, Biologia, Química, Biomedicina, Bioquímica, Neurociência e Biocomputação. Serão selecionados 50 participantes estrangeiros e 50 brasileiros – sendo 25 do Estado de São Paulo.
"Os interessados em participar devem enviar currículo, carta de interesse e também uma carta de apoio do orientador ou supervisor indicando os benefícios esperados com a participação no curso para a formação e o desenvolvimento do trabalho. Caso necessitem de financiamento para transporte e hospedagem, também deverão anexar a justificativa”, explicou Itri.
A FAPESP poderá financiar os custos de participação para até 75 estudantes. Os participantes da cidade de São Paulo não são elegíveis para o financiamento.
Os selecionados deverão escolher ao menos três dos seis estágios experimentais que serão oferecidos. As aulas práticas serão ministradas em laboratórios do IF e também do Instituto de Química da USP. Já as aulas teóricas serão no Auditório Abrahão de Moraes, no IF.
"A programação conta com duas aulas de criomicroscopia, uma técnica bastante nova que vem sendo usada na determinação da estrutura de proteínas de membrana, por exemplo. Os alunos aprenderão a interpretar os resultados de criomicroscopia eletrônica através de técnicas de reconstrução de imagens”, adiantou a coordenadora.
Também está programada uma visita ao Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas, onde estão sediados o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) e o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano).
"Haverá apresentação de pôsteres e espaços para que os estudantes exponham seus projetos de pesquisa com base nas técnicas que foram apresentadas. Desse modo, esperamos propiciar um fórum de discussões e novas colaborações durante a Escola”, disse Itri.
Entre os palestrantes internacionais destaca-se Angela Gronenborn, da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, que estuda o vírus HIV e vai abordar possíveis aplicações de técnicas como ressonância magnética nuclear, criomicroscopia e espalhamento de raios X a baixo ângulo.
Yaakov Levy, do Instituto Weizmann de Ciência, em Israel, abordará técnicas computacionais que permitem estudar a interação entre proteínas e o DNA. Já Manuel Pietro, da Universidade de Lisboa, em Portugal, falará sobre o uso de microscopia de fluorescência no estudo da interação entre proteína e membrana celular.
Também estarão presentes Anthony Watts e Christina Redfield (Universidade de Oxford, Reino Unido), Bonnie Wallace e Robert Janes (Universidade de Londres, Reino Unido), Jose Maria Caraso (Centro Nacional de Biotecnologia, Espanha) e Nuno Santos (Universidade de Lisboa, Portugal).
Entre os palestrantes brasileiros estão, além de Itri, José Luiz Lopes, Leandro R.S. Barbosa e Kaline Coutinho, do IF-USP. Do Instituto de Química da USP participa o professor Roberto Salinas e, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Antonio Jose da Costa Filho. Também integram a programação Eneida de Paula e Lígia Nunes de Morais Ribeiro, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Mais informações e inscrições no endereço: http://www.fap.if.usp.br/~espcabio/.
Agência FAPESP -
- 15/05/2017 - Cnen e Amazul vão desenvolver projeto detalhado do Reator Multipropósito BrasileiroFonte: PetronotíciasO reator nuclear multipropósito brasileiro está mais perto de virar realidade. A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (Amazul) vão assinar um acordo de cooperação na terça-feira (16), para o desenvolvimento conjunto do projeto detalhado do retor, que contará com R$ 150 milhões financiados pela Finep.
Voltado à pesquisa e à produção de radioisótopos, materiais usados na fabricação de radiofármacos para diagnóstico e tratamento de doenças como câncer, o reator tem um orçamento total - desde o projeto até a conclusão - de US$ 500 milhões (R$ 1,6 bilhão a câmbio atual), que será custeado pelo Tesouro nacional.
"O empreendimento é um projeto estruturante e de arraste para o programa nuclear brasileiro", afirma José Augusto Perrotta (foto), da Cnen, coordenador do projeto.
Também participará do desenvolvimento do projeto detalhado a Invap S.E., empresa pública argentina de tecnologia e projetos, uma das responsáveis pelo projeto básico do reator, que já foi desenvolvido e conta com licença prévia do Ibama e licença local da diretoria de radioproteção e segurança nuclear da Cnen.
O empreendimento será construído em terreno de 2 milhões de metros quadrados, parte cedido pela Marinha do Brasil e parte em processo de desapropriação pelo governo do estado de São Paulo, localizado ao lado do Centro Industrial e Nuclear de Aramar, em Iperó, onde também está sendo desenvolvido o reator para o submarino nuclear brasileiro.
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- 12/05/2017 - Biomédica e cientista, era a festeira do Bora - Folha de S. PauloNanci do Nascimento (1960-2017)
Nanci do Nascimento (1960-2017)
Fonte: Folha de S. Paulo
Paulo Gomes
Biomédica e cientista nuclear. Gregária e inveterada festeira. As trajetórias profissional e pessoal de Nanci do Nascimento parecem descrever pessoas diferentes, mas quem a conheceu sabe que ela unia tais perfis com naturalidade.Nascida e criada na Penha, bairro da zona leste de São Paulo, Nanci cursou medicina com o apoio dos irmãos mais velhos –era a temporã.
Os pais vieram do Borá, pequeno distrito rural na região de São José do Rio Preto (SP).
Desenvolveu a carreira em biomedicina e migrou para o Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares). Apesar da profissão "sisuda", Nanci tinha um coração enorme. Mesmo se estivesse no limite, aceitava orientandos de todas as partes do país, para democratizar a pesquisa.
Viajava para congressos e levava todos os seus estudantes. Fazia questão que todos se apresentassem.
Adorava uma festa. "Ia pra Rio Preto umas dez vezes por ano", conta o marido Heitor, em referência às festas da família do Borá, nunca tímidas. Numa das mais célebres, a dos "200 anos", comemorou os 50 anos e os de mais três primos, e contratou até passistas de uma escola de samba. Para 400 convidados, a festa durou o dia inteiro.
Nas festas de Reis todo dia 6 de janeiro no interior, a cientista doava uma vaca para o tradicional churrasco.
A maneira como se despediu traz outra junção curiosa. Não fumante, contraiu um câncer de pulmão. Morreu em 13 de março, aos 56, após um tumor se espalhar para o cérebro. Deixa o marido Heitor, a filha Virgínia e os irmãos Milton, Osmir e Waldir.
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- 10/05/2017 - AIEA e Sociedade Americana de Cardiologia Nuclear fazem acordo para tentar frear avanço de morte por doenças cardiovascularesMédico brasileiro participa da assinatura do acordo
Médico brasileiro participa da assinatura do acordo
Fonte: Paranashop
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e a Sociedade Americana de Cardiologia Nuclear (ASNC) firmaram na segunda, 8 de maio, acordo para trabalhar em conjunto em ações para melhorar a difusão de informações, orientações e tratamento de doenças cardiovasculares – as que mais matam no mundo, representando 31% das mortes globais (mais de 17,5 milhões de pessoas por ano).
"Os países de renda baixa e média renda, como o Brasil, apresentam os piores índices, com mais de 75% dessas mortes. Somam-se aos problemas cardiovasculares, fatores de risco como obesidade, sedentarismo e diabetes”, explica o cardiologista João Vítola, consultor da AIEA e do Departamento Internacional da Sociedade Americana de Cardiologia Nuclear (ASNC), que participou da assinatura do contrato.
O acordo propõe a formação de profissionais de saúde em países em desenvolvimento no uso de técnicas nucleares para diagnosticar e avaliar a extensão da doença cardíaca em pacientes. Serão gerados materiais educativos online e a Sociedade Americana de Cardiologia Nuclear também disponibilizará médicos para missões consultivas e ministrará cursos presenciais. "ASNC criará continuamente novas parcerias e alianças em um esforço contínuo para promover uma comunidade unificada e inclusiva de pesquisa, inovação e educação”, disse o presidente da Sociedade, Raymond Russell, que virá a Curitiba nos dias 27 e 28 de julho, para participar do Congresso Paranaense de Cardiologia.
Para João Vítola, que também é diretor de Comunicação da Sociedade Paranaense de Cardiologia e da Quanta Diagnóstico e Terapia, a vinda de Russell para o Brasil, ajudará a alavancar as ações educativas no país.
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- 03/05/2017 - Brasil negocia exportação de urânio metálico para ArgentinaFonte: Jornal Dia a DiaFlávia Villela – Repórter da Agência Brasil
A Indústrias Nucleares do Brasil (INB), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) e o Centro Tecnológica da Marinha buscam, em parceria, produzir urânio metálico usado como combustíveis para reatores de pesquisa.O presidente da INB, João Carlos Tupinambá, explicou que, em aproximadamente 30 dias, deve ser apresentar a primeira proposta de exportação de urânio metálico para a Argentina. "Estamos na fase de viabilidade técnica, antes do estudo econômico-financeiro. Em aproximadamente 30 dias daremos o pontapé inicial e aguardaremos o retorno da Argentina”, disse.
"Entrar nesse mercado significa rentabilizar os investimentos e esforços tecnológicos que o Brasil fez durante anos em pesquisa de enriquecimento de urânio, além de ser geopoliticamente importante para o país”.
A INB já fornece combustível nuclear para as usinas de Angra, na Costa Verde do estado do Rio, e exporta urânio enriquecido para a Argentina.
Tupinambá afirmou que o urânio metálico pode custar até 40 vezes mais que o urânio natural. O urânio é enriquecido por outros 11 países, além do Brasil. Argentina e Brasil são os únicos com essa tecnologia na América do Sul, o que traz vantagem sobre os demais competidores, segundo Tupinambá. "A logística de transporte de material nuclear é muito difícil, então estar no mesmo continente é uma ajuda fantástica”, disse ele.
Por causa da parceira, não será necessário investir em ampliação da estrutura já existente para as futuras exportações. Cada parceiro ficaria com uma etapa do processo: a INB ficaria com a primeira etapa, de enriquecimento do urânio até 4,99%, a Marinha assumiria a segunda etapa, de elevar o enriquecimento do urânio até 20%, e o Ipen utilizaria esse urânio para a fabricação do urânio metálico, na terceira e última etapa. O Ipen já fabrica urânio metálico para uso próprio de seu reator de pesquisa.
Urânio
Mineral radioativo, o urânio é usado comercialmente na geração de energia elétrica como combustível para os reatores nucleares de potência. Segundo a INB, o Brasil tem a sétima maior reserva geológica de urânio do mundo, o que permite o suprimento das necessidades domésticas no longo prazo e de excedente para exportação.
As reservas estão concentradas na Bahia, Ceará, Paraná e de Minas Gerais, com cerca de 309 mil toneladas de concentrado de urânio.
Caetité
A única mina de urânio em operação no Brasil é a Mina do Engenho, em Caetité (BA), com capacidade de produção estimada de 280 a 300 toneladas de concentrado de urânio ao ano. A autorização para a operação foi dada no ano passado, e está na fase inicial de retirada da primeira camada de solo do local, anterior a lavra, conhecida como decapeamento do minério.
Neste primeiro momento, cerca de 70 toneladas de urânio devem ser extraídas, mas a meta é que a licitação para a lavra ocorra no segundo semestre deste ano. "Essa atividade mineral é muito difícil e onerosa, cada passo exige licenciamento. Estamos fazendo um esforço enorme e temos tido sucesso para que esse contrato seja assinado ainda neste ano”, declarou.
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- 28/04/2017 - Cietec capacita futuros empreendedores na área de inovaçãoCurso "Da ideia ao primeiro passo" será realizado nos dias 11 e 12 de abril
Curso "Da ideia ao primeiro passo" será realizado nos dias 11 e 12 de abril
Fonte: O Estado de S. Paulo
Redação
A proposta do curso "Da ideia ao primeiro passo”, desenvolvido pelo Cietec, é ajudar a formatar novas ideias de negócio. Os participantes serão convidados a refletir sobre conceitos básicos para a criação de empresas, produtos e serviços de sucesso. As aulas acontecerão nos dias 11 e 12 de abril, na sede da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de São Paulo IPEN/USP-Cietec, considerada a maior da América Latina, no campus do IPEN, na Cidade Universitária, em São Paulo.
"O conceito do curso é trazer o empreendedor para o campo da realidade. Batemos na tecla de que apenas uma ideia não vale. É preciso saber realizá-la. E inovar sempre”, afirma José Aluízio Guimarães, coordenador do curso. Para isso, é necessário "estudar com mais profundidade o cliente, uma tarefa que deve ser feita antes mesmo de começar. Muito empreendedores acabam deixando isso para o fim, o que não é uma boa estratégia”, completa.
Alternando aulas e oficinas, os interessados em abrir novas startups poderão entender um pouco mais sobre viabilidade de seu negócio e os principais valores de uma empresa de alto impacto, além de se capacitar em técnicas de apresentação para potenciais clientes, parceiros e investidores.
Sergio Risola, diretor-executivo do Cietec, explica que a intenção é qualificar os interessados em entrar no ecossistema do empreendedorismo inovador. "O curso falará das especificidades de criar uma startup no Brasil, o cenário e as oportunidades, ajudando o futuro empreendedor a desenvolver sua ideia de forma a ter sucesso”, comenta.
A carga horária total do curso é de seis horas e o investimento de R$ 480 garante a isenção da taxa de inscrição para o processo seletivo da incubadora. As aulas serão na parte da tarde, as 14h30 às 17h30.Serviço
Curso: Da ideia ao primeiro passo
Data: 11 e 12 de abril de 2017
Horário: 14h30 a 17h30
Onde: Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de São Paulo USP/IPEN/Cietec
av. prof. Lineu Prestes, 2.242 – Cidade Universitária – São Paulo
Custo: R$ 480 (com gratuidade na taxa de inscrição para o processo seletivo da incubadora)
Inscrições no sitehttp://www.cietec.org.br/
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- 26/04/2017 - Rosatom debate aplicações não energéticas das tecnologias nuclearesFonte: SEGSA Rosatom, estatal russa de energia nuclear, reuniu lideranças da indústria nuclear no Brasil para debater o uso das tecnologias nucleares para fins não energéticos, seus benefícios sociais e seu estágio de desenvolvimento na América Latina. O foco do debate foi o desenvolvimento das tecnologias de irradiação em países latino americanos e seu uso na indústria, medicina a agricultura.
O crescente interesse por esse mercado em expansão que utiliza fontes nucleares como os raios x, gama, beta, e feixes de elétrons, entre outros, para esterilização e desinfecção reuniu representantes de empresas como Eletronuclear, Eletrobrás, Nuclep, Amazul, Tecnatom e também especialistas da Comissão de Energia Nuclear, da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), do Instituto de Qualidade Nuclear (IBQN), da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) e da Federação Brasileira de Hospitais (FBH) e estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O Vice-Presidente da Rosatom América Latina, Sergey Krivolapov, falou sobre as soluções integradas na área de irradiação e sobre como a empresa vem cooperando em diversos projetos em toda a região. Ele lembrou o Memorando de Entendimento, firmado entre a Corporação Unida para Inovações (UIC), subsidiária da Rosatom, e a empresa brasileira CK3 no final de 2016, para a construção de um Centro de Irradiação no Brasil: "Este Centro permitirá combinar as competências e conquistas russas no campo da tecnologia de radiação com a experiência da empresa brasileira CK3 no mercado interno”.
O Conselheiro da CK3, Arminak Cherkezian, explicou que o projeto é desenvolver uma planta de irradiação para esterilização de materiais médicos, que pretende ser uma opção de qualidade e viável para o mercado que hoje depende apenas de um fornecedor. Cherkezian acredita que com experiência sólida do CK3 em grandes projetos de infra-estrutura e a experiência da Rosatom em irradiação, o Centro será capaz de atender a demanda estimada de um crescimento de 30% no mercado de medicina de irradiação até 2018. "Depois deste debate, estou ainda mais convencido da necessidade desta planta. Este projeto vai ser um grande marco da Rosatom no Brasil. "
Na agricultura, o uso da tecnologia de irradiação em alimentos já é uma condição fundamental para a exportação para países como os Estados Unidos, sinalizou Anna Lúcia Villavicenco, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Os benefícios vão desde a deseinfestação e descontaminação microbiana até a uma menor taxa de decomposição dos alimentos, aumentando os níveis de segurança alimentar dos produtos. "É preciso que haja um amlo programa de divulgação das técnicas tanto para conscientização do consumidor como para as indústrias”, ressalta.
Já para mostrar a aplicação das tecnologias nucleares à medicina, Konstantin Panin, da Rusatom Healthcare, destacou a construção de instalações multifuncionais para o processamento de radiação de alimentos e produtos médicos, das quais os países podem experimentar benefícios econômicos e melhoria da saúde da população. "A Rosatom investe mais de 1 milhão de euros por dia em pesquisa na área e somos capazes de oferecer soluções integradas que podem ajudar em cada etapa de um centro de Medicina Nuclear, desde o projeto e design em si até gerenciar o centro e treinar pessoas para trabalhar. Nós também somos suficientemente flexíveis para gerenciar e ajudar com equipamentos de outros fornecedores. Alekzandr Zykin, chefe do laboratório do Instituto de Pesquisa Científica de Física Técnica e Automação (NIIFTA), destacou que "para todas as tarefas sob as leis da física existe uma solução de engenharia disponível à espera de ser implantada. Isso é o que fazemos há mais de 60 anos.”
A oferta da Rosatom vem atender a uma demanda reprimida no Brasil. Na área de radiofármacos, por exemplo, Luis Alberto Pereira Dias, do IPEN/CNEN, destaca que já está em andamento uma parceria com a Rosatom para baratear a produção nacional de Lutécio (LU) para a terapia de câncer de próstata. Sérgio Altino de Almeida, da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), engrossa o coro para a urgência de se ampliar o acesso das pessoas à medicina nuclear, que tem a capacidade única de gerar soluções personalizadas em caso de tratamento de câncer. Ele cita que das centenas de radiofármacos existentes, hoje somente 23 são usados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A distribuição de tratamentos com PET-Scan, outro exemplo, é assimétrica no país, ficando concentrada no Sudeste. "O uso das tecnologias de medicina nuclear é 6,5 vezes menor no Brasil do que nos Estados Unidos, para se ter ideia. É preciso um plano coordenado interministerial com o apoio da sociedade para expandir a prática no Brasil”, informa.
O workshop foi promovido pela Rosatom e aconteceu na semana passada no Rio de Janeiro.
Referências:
Em junho de 2015, a Rosatom International Network JSC registrou uma empresa chamada Rosatom América Latina no Rio de Janeiro, sede da Rosatom na América Latina.
Em 1º de dezembro de 2016, a United Corporation for Innovations (subsidiária da Rosatom) e a empresa brasileira CK3 assinaram um Memorando de Entendimento para o desenvolvimento, construção e operação de um Centro de Irradiação no Brasil. Em nome da Rússia, o documento foi assinado pelo Diretor Geral da United Corporation for Innovations, Denis Cherednichenko, e em nome do Brasil, pelo diretor-geral da CK3, Renato Cherkezian. O Centro prestará serviços de tratamento de radiação de produtos médicos, farmecêuticos, cosméticos e outros prudutos usando aceleradores de elétrons.
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- 24/04/2017 - Césio-137: “Até hoje somos discriminados”, diz presidente de associaçãoFórum Permanente Sobre o Acidente com o Césio-137 foi lançado na manhã desta segunda-feira em Goiânia
Fórum Permanente Sobre o Acidente com o Césio-137 foi lançado na manhã desta segunda-feira em Goiânia
Fonte: Jornal OpçãoFoi lançado na manhã desta segunda-feira (24/4), na Assembleia Legislativa de Goiás, um fórum permanente para debater o acidente radiológico com o Césio-137 que, em setembro de 2017, completa 30 anos. A ação tem como principal objetivo colocar em destaque a restauração da cidadania das vítimas e a preservação da memória da tragédia.
Na solenidade de abertura do lançamento do Fórum Permanente Sobre o Acidente com o Césio-137, o presidente da Associação dos Contaminados, Irradiados e Expostos ao Césio-137 (Aciec), João de Barros Magalhães, discursou sobre a importância da iniciativa e comentou a discriminação que as pessoas afetadas pelo acidente ainda sofrem.
"Até hoje, somos discriminados. Um acidente tão sério que não é debatido com o destaque que merece pelas autoridades, por isso os problemas com as vítimas vêm se arrastando ao longo dos anos”, ressaltou João de Barros.
Representando a Associação das Vítimas do Césio-137 (AVCésio), Suely Lina de Moraes também participou do evento na Alego. Na ocasião, ela reivindicou do Poder Público maior amparo aos associados. "Mesmo após 30 anos, o acidente ainda pode ter consequências gravíssimas para as vítimas”, lembrou.
Ela explica que a AVCésio tem 1.200 pessoas associadas, sendo que 16 delas recebem R$ 1.560,00 de pensão e o restante recebe R$ 780,00. "Todos temos problemas de saúde e muitos dos médicos não sabem dar diagnóstico para nós. Antigamente, eles davam remédios a todas as vítimas, agora não fazem isso mais e não temos condições de pagar, pois a pensão é mínima.”
Relato
Durante o lançamento do fórum, Santos Francisco de Almeida, representante das vítimas militares e seus descendentes, também falou sobre o preconceito que ele e sua família sofreram durante os 30 anos de acidente com o material radioativo.
"Minha filha que é vítima de segunda geração, passou por 11 escolas pois nenhuma queria que ela estudasse e não davam respaldo necessário por ela ser vítima do césio. Além disso, quando ela foi adentrar em um curso superior sofreu bullying da própria coordenadora do curso”, contou.
Ele ressalta sua indignação com tal situação, pois lembra que afilha teve que terminar os estudos em uma cidade do interior, o que ainda assim não impediu que sofresse perseguição. "A situação trouxe prejuízos emocionais, financeiros e também intelectuais à minha filha. Mesmo migrando para o interior do Estado ela não consegue ser respeitada como cidadã”, lamenta.
Iniciativa
Coordenador do grupo responsável pela criação do fórum, o professor Júlio Nascimento explica que os objetivos da iniciativa vão muito além de fazer debates sobre os problemas enfrentados pelas vítimas. "Vamos analisar a situação atual das vítimas, lutar por direitos como assistência à saúde, remédios e pensões”, sustenta.
Júlio Nascimento informa que com o reforço de diversas instituições de Goiás, do Brasil e também do exterior, as atividades do fórum serão levadas até a sociedade por meio de seminários, palestras, visitas dirigidas pelas vítimas aos locais do acidente e, também, por meio da internet. "Vamos trazer especialistas de outros locais do país e do mundo para pontuarmos mês a mês as atividades relacionadas às questões do Césio-137″, acrescenta.
De acordo com ele, o espaço ficará aberto à participação de todas as pessoas e instituições que, compartilhando de seus objetivos, "queiram somar forças por meio de projetos, experiências, estudos, pesquisas, reflexões e produções artísticas” sobre o tema. (Com informações da Alego)
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- 21/04/2017 - Radiação ajuda a conservar livros e obras de arteCom depoimentos de representantes da Biblioteca Mário de Andrade e do Museu AfroBrasil, a matéria do Jornal da Band divulga os serviços de preservação de obras de arte e vídeo realizados pelo Centro de Tecnologia das Radiações (CTR) do IPEN utilizando radiação gama.
Com depoimentos de representantes da Biblioteca Mário de Andrade e do Museu AfroBrasil, a matéria do Jornal da Band divulga os serviços de preservação de obras de arte e vídeo realizados pelo Centro de Tecnologia das Radiações (CTR) do IPEN utilizando radiação gama.
Fonte: Jornal da Band - TV Bandeirantes
Matéria divulgada pelo Jornal da Band, em 20 de abril de 2017, esclarece sobre a utilização da radiação gama para a preservação de livros e obras de arte no Centro de Tecnologia das Radiações (CTR) do IPEN. Pablo Vasquez, coordenador do Irradiador Multipropósito, é entrevistado pelo repórter Antônio Pétrin.
Clique na imagem para acessar o vídeo.
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- 18/04/2017 - Brasil quer começar a exportar urânio metálicoFonte: Site Inovação Tecnológica
Redação do Site Inovação Tecnológica
Urânio metálicoCom o intuito de entrar no mercado de urânio metálico, as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) estão realizando estudos para fornecer o produto ao Reator de Pesquisa e Produção de Radioisótopos da Argentina, que está em construção.
Além disso, a INB deve levar, neste ano, a segunda carga de urânio enriquecido para abastecer a usina nuclear localizada na cidade de Lima, ao norte da capital Buenos Aires.
O contrato com a estatal Combustibles Nucleares Argentinos é de US$ 4,5 milhões, e a empresa aguarda aprovação da exportação pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen).
Para o presidente da INB, João Carlos Tupinambá, essa exportação é estratégica para o Brasil. Ele também ressalta a importância de entrar no mercado de urânio metálico.
"Nosso interesse começou pela Argentina, mas existem outros reatores no mundo que consomem esse tipo de combustível. Se tivermos sucesso, não teremos só a Argentina como possível cliente, mas outros países também", afirmou.
O enriquecimento do urânio até 20%, necessário para a produção de fármacos, será feito no Centro Tecnológico da Marinha (CTMSP). Depois, o produto será encaminhado ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), para a fabricação do urânio metálico.
Mina de urânio
O presidente da INB anunciou também que será retomada neste ano a exploração de urânio naMina do Engenho, localizada em Caetité (BA). Atualmente, está sendo feito o trabalho de decapeamento, que é a etapa anterior à lavra do minério, prevista para começar até novembro.
"Nesse decapeamento, devemos retirar umas 70 toneladas de urânio. Depois de transformado emyellow cake, o produto é exportado e transformado em UF6 [urânio enriquecido] fora do País. Parte desse UF6 volta para ser enriquecido no Brasil, e outra parte é enriquecida lá fora. Hoje, nossa capacidade de enriquecimento chega a 40% do consumo da usina de Angra 1," detalhou.
A INB também busca novos parceiros para investimentos na exploração de urânio nas reservas ainda exploradas de Caetité (BA) e de Rio Cristalino (PA).
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- 18/04/2017 - Propina atingiu projeto de submarino nuclear no Brasil, revelam delaçõesEx-presidente da Eletronuclear e PT teriam recebido pagamento. Delatores negam participação de oficiais da Marinha no esquema.
Ex-presidente da Eletronuclear e PT teriam recebido pagamento. Delatores negam participação de oficiais da Marinha no esquema.
Fonte: Jornal NacionalDelatores da Odebrecht revelaram um esquema de pagamento de propina na construção do submarino nuclear brasileiro, mas negaram que tenha havido participação de oficiais da Marinha. Segundo as delações, houve pagamentos para o ex-presidente da Eletronuclear e para o PT.
O submarino será construído numa fábrica em Itaguaí, região metropolitana do Rio.
O delator Benedicto Júnior disse aos procuradores que a empresa francesa DCNS, escolhida para executar o projeto, procurou a Odebrecht para uma parceria. Mas, para firmar o acordo, exigiu pagamentos ilegais ao lobista José Amaro Ramos, que ficaria responsável por distribuir o dinheiro a outros participantes do esquema.
Benedicto Júnior: Quando da assinatura do nosso consórcio, fui a uma reunião em Paris para a assinatura. E um dos executivos da DCNS, na presença do doutor José Amaro Ramos disse: "Está tudo tranquilo, está tudo bem, mas eu preciso que o senhor faça um contrato e comece a pagar alguns recursos ao José Amaro Ramos. Essa era a condição para que essa parceria evolua”. A verdade é que eu fiz, autorizei pagamentos de quase 40 milhões de euros para esse agente.
Outro executivo da Odebrecht, Luiz Eduardo Soares, disse que parte do dinheiro repassada a José Amaro Ramos era destinada a um militar reformado da Marinha, identificado como almirante Braga.
Luiz Eduardo Soares: Almirante Braga é um ex-almirante reformado. Ele recebia esse dinheiro porque, segundo eles, toda a concepção do submarino nuclear saiu da cabeça deles lá na década de 70 e eles tinham esse acordo com o Amaro Ramos que, quando saísse esse negócio, eles queriam receber por isso.
O Jorna Nacional entrevistou nesta terça-feira (18) o almirante Max Rosé Hirschfled. Há quatro anos ele é o coordenador-geral do programa de submarino nuclear. O almirante se mostrou surpreso e garantiu que não existe um almirante de nome Braga nem na ativa nem na reserva.
Repórter: Quem é esse almirante Braga?
Hirschfled: Esse almirante Braga inexiste.Repórter: Não existe?
Hirschfled: Não existe esse almirante Braga.
Na mesma delação, Luiz Eduardo Soares diz que não houve participação de oficiais da Marinha.
Procurador: Sobre esse tema do submarino, teve outros pagamentos para o pessoal da Marinha, Defesa?Luiz Eduardo: Não, tudo era centralizado no Amaro Ramos.
Benedicto Júnior também confirma que não houve participação de oficiais da Marinha. Disse isso em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral, em março, ao qual o Jornal Nacional teve acesso.
O documento diz que "não houve benefício por parte da Marinha, que a Marinha estava totalmente isenta”.Na delação da Odebrecht, Benedicto Júnior afirmou que pagou propina ao ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz da Silva Pinheiro para receber assessoria técnica.
Benedicto: Ele trouxe uma conta inicialmente no exterior e fizemos pagamentos em dinheiro que meu executivo entregou na casa dele pessoalmente.
Marcelo Odebrecht afirmou que parte do dinheiro foi desviada para o PT, depois de uma negociação com o ex-ministro Antonio Palocci.
Mas segundo Benedicto Júnior foi o então tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, que fez a cobrança.Benedicto: A gente recebeu um adiantamento de R$ 650 milhões. Nesse momento que o dinheiro entrou no nosso caixa eu fui procurado pelo doutor João Vaccari. Ele com a informação de que eu tinha recebido um valor expressivo. E ele disse que eu deveria fazer pagamentos por conta do submarino. Eu disse a ele: doutor João, veja, nós nunca conversamos sobre esse assunto. Nós temos uma agenda de contribuições ao partido, o senhor tem uma agenda com a Petrobras e os executivos, mas nós nunca conversamos sobre o submarino.
Benedicto Júnior disse que decidiu não fazer o pagamento e avisou a Marcelo Odebrecht, que acabou fechando um novo acordo com Antonio Palocci.
Marcelo Odebrecht: E eu falei para o Palocci: "Houve esse pedido, não tem nenhum cabimento. Olha, eu acertei com você o valor global, não vou ficar acertando valor por projeto”. E o Palocci, nesse sentido, de alguma maneira, passou a mensagem para Vaccari e o assunto foi resolvido. Ou seja, o Palocci para apaziguar o Vaccari aceitou que eu abatesse da conta dele um valor que foi de R$ 6,5 milhões e parece que depois foi para R$ 17 milhões.
Submarino nuclear é vitalDesde os anos 70 do século passado, a Marinha brasileira sonha em entrar para o exclusivo clube dos cinco países do mundo que constroem submarinos nucleares. Até agora, o projeto já consumiu R$ 14 bilhões. A previsão é que chegue aos R$ 31 bilhões.
Segundo especialistas em defesa nacional, a construção do submarino nuclear é vital para o Brasil. A Marinha viu com indignação os fatos delatados pelos executivos da Odebrecht.
O almirante Hirschfled disse desconhecer qualquer pagamento de propina.Repórter: O senhor acredita que essa denúncia de corrupção vai manchar a imagem do submarino nuclear brasileiro?
Hirschfled: Como a Marinha declarou, ela não tem conhecimento de irregularidades no Prosub.
Repórter: O senhor nunca teve conhecimento que a Odebrecht fizesse pagamentos irregulares ilegais aqui?
Hirschfled: Não, não tenho. Aqui dentro? Não tenho. Não tenho, lhe digo isso com tranquilidade.Respostas
A defesa de José Amaro Ramos declarou que ele atuou de forma absolutamente legal e que recebeu 17 milhões de euros por serviços de consultoria, e não 40 milhões de propina, como afirmou o delator.
O advogado do ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz da Silva Pinheiro disse que não houve propina, e sim pagamentos em razão de conhecimento científico.
A defesa de João Vaccari Neto afirmou que ele jamais pediu ou recebeu pagamentos ilícitos.
O JN não teve resposta do ex-ministro Antonio Palocci nem da empresa francesa DCNS.O PT não quis se posicionar sobre o assunto.
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- 15/04/2017 - Indústrias Nucleares do Brasil pretendem produzir urânio metálico para a ArgentinaO contrato com a estatal Combustibles Nucleares Argentinos é de US$ 4,5 milhões
O contrato com a estatal Combustibles Nucleares Argentinos é de US$ 4,5 milhões
Fonte: Correio do EstadoCom o intuito de entrar no mercado de urânio metálico, as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) estão realizando estudos para fornecer o produto ao Reator de Pesquisa e Produção de Radioisótopos da Argentina, que está em construção.
Além disso, a INB deve levar, neste ano, asegundacarga de urânio enriquecido para abastecer a usina nuclear localizada na cidade de Lima, ao norte da capital Buenos Aires.
O contrato com a estatal Combustibles Nucleares Argentinos é de US$ 4,5 milhões, e a empresa aguarda aprovação da exportação pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen).
Para o presidente da INB, João Carlos Tupinambá, essa exportação é estratégica para o Brasil. Ele também ressalta a importância de entrar no mercado de urânio metálico.
"Nosso interesse começou pela Argentina, mas existem outros reatores no mundo que consomem esse tipo de combustível. Se tivermos sucesso, não teremos só a Argentina como possível cliente, mas outros países também", afirmou.
O dirigente explica ainda que o enriquecimento do urânio até 20%, necessário para a produção de fármacos, será feito no Centro Tecnológico da Marinha (CTMSP). Depois, o produto será encaminhado ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), para a fabricação do urânio metálico.
Caetité
O presidente da INB disse ainda que será retomada, neste ano, a exploração de urânio na Mina do Engenho, localizada em Caetité (BA). Atualmente, está sendo feito o trabalho de decapeamento, que é a etapa anterior à lavra do minério, prevista para começar até novembro.
" Nesse decapeamento, devemos retirar umas 70 toneladas de urânio. Depois de transformado em yellow cake, o produto é exportado e transformado em UF6 [urânio enriquecido] fora do País. Parte desse UF6 volta para ser enriquecido no Brasil, e outra parte é enriquecida lá fora.Hoje, nossa capacidade de enriquecimento chega a 40% do consumo da usina de Angra 1", acrescentou.
A INB também busca novos parceiros para investimentos na exploração de urânio nas reservas ainda exploradas de Caetité (BA) e de Rio Cristalino (PA).
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- 14/04/2017 - Laboratório de Bolso - Vídeo produzido pela FAPESP destaca pesquisa com lasers aleatórios realizada no IPENPesquisadores do IPEN buscam desenvolver laser específico para laboratórios de bolso, "labs on a chip", cartões de vidro ou plástico com canais microscópicos para permitir reações químicas com ínfimos volumes de líquido.
Pesquisadores do IPEN buscam desenvolver laser específico para laboratórios de bolso, "labs on a chip", cartões de vidro ou plástico com canais microscópicos para permitir reações químicas com ínfimos volumes de líquido.
Fonte: Pesquisa FAPESP
Laboratório de Bolso
Pesquisadores do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) descobriram como elevar a eficiência energética do laser aleatório. A técnica abre caminho para o desenvolvimento de laboratórios compactos, portáteis e descartáveis conhecidos como lab on a chip.
Vídeo produzido pela FAPESP, com direção e roteiro de Renata Druck, fotografia de Max Fuhlendorf.Entrevistados: Niklaus Wetter, gerente do Centro de Lasers e Aplicações (CLA) do IPEN, Wagner de Rossi, gerente-adjunto do CLA e Christiano da Costa Herrera, do IFSP.
A matéria sobre lasers randômicos foi divulgada pela Rádio USP nos dias 14 e 15 de abril, sexta e sábado, respectivamente: sobrehttp://revistapesquisa.fapesp.br/2017/04/07/podcast-niklaus-wetter/?cat=entrevistas
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- 12/04/2017 - Ex-executivos da Eletronuclear receberam pagamentos, diz delatorFonte: Valor Econômico
Por Rodrigo Polito | Valor
O ex-presidente da Eletronuclear, Othon Pinheiro, e os ex-superintendentes da companhia José Eduardo Costa Mattos e Luiz Manuel Messias receberam pagamento de propina pela Odebrecht para não criarem dificuldades no cumprimento do contrato de troca do gerador de vapor da usina nuclear de Angra 1, em Angra dos Reis (RJ). A afirmação foi feita por Henrique Valladares, ex-executivo da Odebrecht da área de energia, em depoimento ao Ministério Público Federal, no âmbito de acordo de delação premiada.A Odebrecht prestava serviço para o consórcio formado pela americana Westinghouse e a espanhola Ibedrola, que havia sido contratado para realizar a troca do equipamento.
"Começaram a colocar dificuldades para o andamento normal do serviço [...] e vieram com a cobrança [de pagamento] em cima do Herique [Pessoa, ex-dirigente da Odebrecht]. Está aqui o valor”, afirma Valladares, sem citar verbalmente a quantia.
O ex-executivo da Odebrecht disse ter sentido "vergonha” de avisar à Westinghouse e à Iberdrola que os então superintendentes haviam cobrado propina e que, por isso, a própria Odebrecht fez os pagamentos. "Nós exclusivamente assumimos o compromisso [de pagar a propina] para que a obra andasse, para que o americano [Westinghouse] não fosse embora, para que não criasse um problema muito maior. [...] Foi com essa faca no pescoço que concordei com esse pagamento, o que me deixou profundamente irritado”, completou Valladares.
O ex-executivo da Odebrecht explicou que, caso não fosse paga a propina, os então superintendentes criariam dificuldades na prestação do serviço, questionando vários itens e mandando refazer tarefas, o que comprometeria a rentabilidade do contrato.
"O Messias é o chefe da quadrilha, o mentor intelectual desse negócio todo. Ele era o ‘oportunista’”, disse Valladares. Questionado se Othon Pinheiro teria recebido alguma alcunha, Valladares disse que internamente chamava o almirante de "Xaréu”.
Valladares contou que a própria licitação para a contratação da troca do gerador de vapor de Angra 1 teve irregularidades. Segundo ele, a licitação teria sido vencida pela francesa Areva, que apresentou uma proposta de preço com valor inferior ao da Westinghouse/Ibedrola, que tinha se sagrado vencedora do processo, após a concorrência. "É ilegal você aceitar um negócio desses, depois da licitação”."Aí você vê o que é o cúmulo da perversidade. Os caras baixaram o preço ilegamente, nos submeteram ao preço que não era o preço justo do serviço que seria prestado e começaram a colocar dificuldades, sabendo que estávamos com a corda no pescoço”.
No depoimento, os procuradores perguntam sobre a participação do ex-diretor da Eletronuclear Edno Negrini no esquema. Valladares, no entanto, disse apenas que "esses dois [Mattos e Messias] estão lá de conluio desde 1992” e que os outros dois, Pinheiro e Negrini, "chegaram depois”. Ele disse não ter conhecido Negrini.
Na semana passada, Negrini, Mattos e Messias tiveram a prisão preventiva revogada pelo juiz da 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, Marcelo Bretas. Eles haviam sido presos na operação "Pripyat”, que revelou que Pinheiro teria recebido R$ 12 milhões em propinas das obras de Angra 3. O ex-presidente da estatal permanece preso.
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- 10/04/2017 - Chamada seleciona propostas de pesquisa e inovação em materiaisFAPESP e M-ERA.NET, rede ligada à União Europeia, apoiarão colaborações em pesquisa
FAPESP e M-ERA.NET, rede ligada à União Europeia, apoiarão colaborações em pesquisa
Fonte: Agência Fapesp
A FAPESP e a M-ERA.NET lançaram uma nova chamada de propostas de pesquisas no âmbito do acordo de cooperação entre as instituições.
A M-ERA.NET é uma rede financiada pela União Europeia, criada para apoiar e incrementar a coordenação dos programas europeus de fomento à pesquisa em Ciências e Engenharia de Materiais.
Os objetivos específicos da chamada M-ERA.NET 2017 são aumentar a sinergia, o apoio à cadeia de inovação, a cooperação internacional, a interdisciplinaridade e os benefícios socioambientais.
A chamada M-ERA.NET 2017 está aberta a propostas em seis tópicos: "Integrated computational materials engineering”; "Innovative surfaces, coatings and interfaces”, "High performance composites”, "Multifunctional materials”, "New strategies for advanced material-based technologies in health applications” e "Materials for additive manufacturing”.
Na FAPESP, as submissões de propostas deverão seguir as normas e orientações, inclusive as relacionadas à elegibilidade, das modalidades Auxílio à Pesquisa – Regular ou Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas – PIPE Fase 2.
Pesquisadores do Estado de São Paulo interessados em submeter propostas devem, obrigatoriamente, consultar a FAPESP a respeito da sua elegibilidade, antes de iniciar a elaboração do projeto conjunto.
Considerando que 13 de junho de 2017 é o prazo final para submissão de pré-proposta ao Consórcio M-ERA.NET, as consultas de elegibilidade recebidas pela FAPESP após 23 de maio poderão não ser respondidas em tempo hábil.
Cada proposta deverá ter um pesquisador responsável no Estado de São Paulo e, de acordo com as diretrizes da chamada M-ERA.NET 2017, envolver no mínimo três pesquisadores de pelo menos dois países diferentes, também participantes da chamada.
A chamada está publicada em: www.fapesp.br/10871.
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- 07/04/2017 - INB quer retomar produção de urânio em 2017 e busca parceriasFonte: INBDurante palestra do curso da WNU – World Nuclear University-, nesta segunda (03/04), o presidente da Indústrias Nucleares do Brasil, João Carlos Tupinambá, afirmou que o objetivo da empresa é voltar a produzir urânio em Caetité/BA ainda em 2017 e que a empresa está buscando parceiros nacionais e internacionais para diversos projetos.
O evento aconteceu no auditório da Nuclep, em Itaguaí/RJ, e reuniu profissionais e estudantes do setor.
"Pretendemos iniciar a produção ainda no ano de 2017, promovendo uma licitação para contratar os serviços de extração mineral no segundo semestre do ano”, explicou Tupinambá. A mina do Engenho, nova área a ser explorada, está em fase de decapagem, que é uma etapa antes da mineração. Já foram realizadas atividades secundárias de supressão de plantas, abertura de estradas e drenagem.
Tupinambá disse também que a INB está buscando parcerias com outras empresas para explorar o urânio nas áreas virgens, bem como em áreas já conhecidas. "Já começamos a conversar com a CNNC, uma empresa estatal chinesa, que é um player no setor, sobre essas possibilidades”, revela.
Sobre os novos negócios, o executivo destacou a exportação de pó de UO2 para a Argentina que foi realizada pela primeira vez no ano passado. "Este ano já fizemos proposta de fornecimento de pó de UO2 para ser usado em Atucha I, reator argentino. No entanto, ainda estamos esperando a permissão do governo brasileiro para exportar”, disse. Tupinambá também falou que a empresa está planejando fazer estudos de viabilidade técnica e comercial conjuntamente com a Marinha Brasileira e o IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) para produzir urânio metálico para reatores de pesquisa, a fim de participar deste mercado de combustível.
O curso contou com a participação de especialistas do setor nuclear do Brasil e de outros países como da World Nuclear Association (WNA), da MZ Consulting, da Autoridad Regulatoria Nuclear (ARN, Argentina), da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e da Nuclep. O evento reuniu 130 pessoas entre profissionais, executivos e estudantes do setor e abordou diversos temas como o futuro da energia nuclear no mundo, a segurança da indústria nuclear e a tecnologia dos reatores.
Evento reuniu profissionais e estudantes do setor nuclear
Visita à Fábrica da INB
Na terça (04), a Fábrica de Combustível Nuclear da INB, em Resende/ RJ, recebeu 50 alunos do curso para uma visita técnica.
A mestranda em energia nuclear pelo Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), Suyene Rocha Pinto, ficou impressionada com as instalações da Fábrica. "Nunca tinha estado antes em uma planta tão bem estruturada quanto a INB. Além disso, o conhecimento dos técnicos e profissionais que aqui trabalham fortificou ainda mais nosso interesse pela energia nuclear”, relatou.
Alunos do curso visitaram a Fábrica de Combustível Nuclear da INB, em Resende (RJ)
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- 05/04/2017 - ABDAN e WNU completam 10 anos de parceria e buscam atrair mais jovens para o setor nuclearFonte: PetroNotícias
Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br)
A Associação Brasileira de Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN) e a World Nuclear University (WNU) estão completando 10 anos de parceria em 2017, somando 13 cursos realizados ao longo desse período, com mais de 1.000 participantes, e pretendem estreitar cada vez mais os laços. A relação de longa data é vista como um sucesso pelos líderes das duas entidades, Antonio Müller, que comanda a ABDAN há anos, e Patricia Wieland, que dirige a WNU globalmente. Os dois estiveram à frente do curso realizado no Rio de Janeiro nesta semana, que reuniu alguns dos maiores nomes do setor nuclear nacional e internacional nas instalações da Nuclep, e dão continuidade ao programa nesta quarta-feira (5), para uma edição do evento em São Paulo, no IPEN. O maior foco da parceria, que deverá contar com mais ações nos próximos anos, é a atração dos jovens para o segmento e a qualificação dos profissionais no País. "Precisamos focar muito nos jovens, para repor os quadros, porque muita gente se aposentou, muita gente saiu do segmento, então é realmente o momento de investir neles”, afirmou Müller.
Como se dá a parceria da ABDAN com a WNU?
Patricia Wieland – A World Nuclear University trabalha com parcerias com varias entidades em todo mundo, podendo ser indústrias, entidades, associações. E, no caso do Brasil, a WNU já trabalha com a ABDAN há 10 anos. É uma parceria muito interessante, muito boa, e está completando agora 13 cursos realizados no País.
Antonio Müller – Acho que para a Abdan foi um upgrade. O nível das pessoas que participam é altíssimo, nomes reconhecidos no mercado internacional. A primeira turma desse curso foi no Rio de Janeiro e até hoje já tivemos mais de 1.000 participantes nesse curso, então realmente essa cooperação, essa parceria, de longa data e de sucesso, é impressionante. Tanto a WNU quanto a ABDAN contribuíram muito para a educação dos jovens. Hoje ver a grande quantidade de jovens universitários na área nuclear é muito gratificante.
Recentemente uma brasileira ganhou inclusive a Olimpíada Nuclear Mundial. Acreditam que esse tipo de destaque é fruto disso? Como avaliam esse novo cenário que está se formando na formação de jovens?
Patricia Wieland – Acho que um dos fatos bastante importantes é que aqui no Brasil existe graduação em engenharia nuclear, levando os jovens a estudar o assunto antes de fazerem o mestrado ou doutorado. Com isso, muita gente ao foi atraída para o setor nuclear. A Olimpíada foi bastante promovida nas universidades de todo mundo e acho que aqui conta muito a motivação. Tem que ter muita coragem para entrar numa olimpíada como essa. Não basta ser bom aluno. É preciso também aceitar desafios e a WNU trabalha muito com esse foco, oferecendo desafios para a vida profissional. A transmissão de conhecimento já ocorre em muitos cursos, mas esse tipo de ação demanda um crescimento pessoal e profissional para aceitar desafios em vias de se tornarem os futuros líderes.
A ABDAN vê esses jovens buscando o apoio da associação neste sentido?
Antonio Müller – Muito. Inclusive o pessoal da Young Nuclear Generation conversa muito com a gente. Temos ajudado muito e neste momento precisamos focar muito nos jovens, para repor os quadros, porque muita gente se aposentou, muita gente saiu do segmento, então é realmente o momento de investir neles. Para nós é um prazer isso, e ainda mais porque quem lidera esse esforço na WNU é a Patrícia, que conhece muito o mundo e também particularmente o Brasil. É uma parceria de grande sucesso. Nós dois temos que nos orgulhar muito, porque é uma contribuição muito grande para o País.
Existe uma dificuldade em compreender a energia nuclear, já que ainda existe preconceito quanto à fonte. Como vocês veem essa situação e como pretendem mudar esse quadro no Brasil e no mundo?
Patricia Wieland – Olha,acho que a Olimpíada ajuda muito, porque foca nos estudantes. Em particular, nessas duas últimas duas edições que fizemos, a primeira etapa da competição era produzir um vídeo para o Youtube promovendo a fonte. Esses vídeos foram vistos por mais de 100 mil pessoas. Atingiram um grande número. Nós vivemos hoje na mídia social e por isso participamos de vários canais de comunicação. Todos têm o seu papel na comunicação com o público. Eu, por exemplo, falo com minha família e amigos e nenhum deles tem alguma questão contra a energia nuclear. Acho que o maior exemplo que podemos dar no Rio de Janeiro é o fato de que numa sala com 10 lâmpadas acesas, 3 delas estão usando a energia da usina de Angra. Outro fato interessante é que Angra era um paraíso em 1970. Hoje, em 2017, continua sendo o mesmo paraíso. A usina nuclear não trouxe impactos negativos. Muito pelo contrário, promoveu o desenvolvimento de estradas, hospitais e uma fauna marítima mais rica. É um exemplo vivo.
Antonio Müller – Eu escuto uma frase há mais de 40 anos: "a indústria nuclear se comunica mal”. E o pior, se comunica como técnico. Fala que é seguro porque, por exemplo, existem várias barreiras. Mas quem não conhece o assunto fica assustado, questionando o motivo de tantas barreiras. Nós nos comunicamos muito mal. Há um esforço muito grande para investir muito nessa parte de comunicação.
O Brasil tem que investir na energia nuclear. Se isso não for feito, teremos sérios problemas de fornecimento de energia. Hoje em dia, as hidrelétricas de barragem estão com os reservatórios em baixa. A situação é crítica e temos que olhar para frente.
Quais são as novas metas da parceira entre a ABDAN e a WNU para os próximos anos?
Patricia Wieland – Nós estamos à disposição, depende muito do apoio da indústria. A ajuda para divulgar o curso é muito importante, porque torna mais fácil. Esse curso foi gratuito e conseguimos atrair bastante gente graças ao apoio da ABDAN e das indústrias.
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- 01/04/2017 - Fundação Padre Albino Adquire Acelerador Linear Para Hospital do Câncer de CatanduvaEquipamento deverá ser entregue em aproximadamente seis meses
Equipamento deverá ser entregue em aproximadamente seis meses
Fonte: O RegionalDa Reportagem Local
A Fundação Padre Albino adquiriu um equipamento para a radioterapia. O aparelho é o acelerador linear. O contrato foi assinado na última quinta-feira, em São Paulo, na subsidiária brasileira da Varian Medical System Inc. Estiveram presentes o presidente da Diretoria Administrativa, José Carlos Rodrigues Amarante, o gerente do Centro de Serviços Compartilhados (CSC) da Fundação, Reginaldo Donizete Lopes, e do gerente de serviços de saúde do Hospital Emílio Carlos, Benedito Carlos Rodrigues.
O contrato de compra do aparelho foi assinado no valor total de $1.017 (um milhão e dezessete mil dólares), sendo $900.000 (novecentos mil dólares) do acelerador linear e $117.000 (cento e dezessete mil dólares) do Portal Vision, acessório ao equipamento.
O acelerador linear será fabricado nos EUA e deverá ser entregue em aproximadamente seis meses. "O acelerador linear será fabricado nos Estados Unidos e embarcado para o Brasil. Chegando ao Brasil há os trâmites de desembarque, alfândega, transporte para Catanduva, instalação, treinamento do pessoal técnico, vistoria e liberação pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)”, explicou Amarante.
De acordo com Amarante, assim que liberado pela CNEN, o Serviço de Radioterapia já pode funcionar imediatamente, atendendo pacientes particulares e de convênios e a Fundação Padre Albino cuidará do credenciamento junto ao Ministério da Saúde para atendimentos pelo SUS.
"Graças a ajuda da população de Catanduva e região, que vem colaborando desde o lançamento da campanha de captação de recursos em fevereiro de 2016, a Fundação Padre Albino pode dar contrapartida de $277.000 (duzentos e setenta e sete mil dólares), que foram somados aos $740.000 (setecentos e quarenta mil dólares) liberados pelo Governo Federal, através do Ministério da Saúde, o que possibilitou a compra de um aparelho de última geração, "top de linha”, comemorou Amarante.
O presidente da Diretoria Administrativa citou os apoios recebidos como o do então deputado Geraldo Vinholi, que por meio de emenda ao Governo do Estado destinou R$ 1.500.000,00 para a construção das instalações do Serviço de Radioterapia, e da deputada Beth Sahão, que fez gestões junto ao Ministério da Saúde para a liberação da verba para o equipamento. Com o Serviço de Radioterapia, a Fundação Padre Albino fecha o ciclo de atendimento oncológico, o que vai propiciar a instalação do Hospital de Câncer de Catanduva. "Estamos credenciados na Rede Hebe Camargo, que só aceita instituições que fazem o ciclo completo – cirurgia, quimioterapia, radioterapia e tratamento oncológico ambulatorial. Com isso, os pacientes de Catanduva e região não precisarão mais ir a Barretos, Rio Preto ou Jaú para tratamento”, esclareceu Amarante. Ainda em São Paulo, Amarante esteve com o secretário da saúde Davi Uip para tratar da liberação dos R$ 2 milhões solicitados ao Estado para término, em audiência marcada pelo deputado Marco Vinholi. Também participaram da audiência a diretora de saúde da Diretoria Regional de Saúde/DRS-XV/São José do Rio Preto, Cláudia Monteiro Ferrazzi Ferreira, o presidente da Câmara de Catanduva, Ari Enfermeiro e o ex-vereador Julinho Ramos. -
- 30/03/2017 - Culture Meets Nuclear Science in BrazilMatéria divulgada pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA em sigla no Português) cita o trabalho de preservação de patrimônio cultural e artístico utilizando o irradiador multipropósito do IPEN. Na matéria, o pesquisador Pablo Vasquez, coordenador técnico-administrativo da instalação, comenta sobre as tecnologias de radiação como processos essenciais à preservação de objetos de valor cultural e artístico
Matéria divulgada pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA em sigla no Português) cita o trabalho de preservação de patrimônio cultural e artístico utilizando o irradiador multipropósito do IPEN. Na matéria, o pesquisador Pablo Vasquez, coordenador técnico-administrativo da instalação, comenta sobre as tecnologias de radiação como processos essenciais à preservação de objetos de valor cultural e artístico
Fonte: Site da IAEA
Laura Gil, IAEA Office of Public Information and Communication
VIDEO
(Video - S. Slavechev / IAEA)
Art conservationists and nuclear scientists may make an unlikely team, but in Brazil these specialists have joined forces to harness nuclear technology to preserve more than 20 000 cultural artefacts.Applyingnuclear solutions to industry — including the cultural industry— will be a key theme at the IAEA Technical Cooperation Conference from 30 May to 1 June in Vienna.
"By merging these two worlds together, we are preserving our heritage and uncovering details about our past in a way we had never done before,” said Pablo Vasquez, researcher and manager of the multipurpose gamma irradiation facility at the Nuclear and Energy Research Institute (IPEN) in São Paulo, Brazil. "Radiation technology has become an essential part of our conservation process.”
The multi-disciplinary group at IPEN has worked with the IAEA for more than 15 years to use radiation techniques to treat, analyse and preserve cultural artefacts ranging from art pieces to old military paraphernalia to public document archives (see Gamma irradiation). Among these are well-known pieces from artists such as Anatol Wladyslaw and Wassily Kandinsky, as well as modern Brazilian painters such as Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Clóvis Graciano, Candido Portinari and Alfredo Volpi.
From medical devices to cultural heritage
The team repurposed the IPEN irradiation facility that was originally used for sterilization of medical devices, so that it could also use gamma irradiation on historical objects to disinfect them, fight mould and insect infestations, and help improve the durability of these artefacts.
This technique helps to protect artefacts from the effects of the country’s climate, Vasquez explained. "The problem in Brazil is the weather, the humidity, and natural disasters. We have a larger amount of fungi and termites than other countries do, and these can be destructive to books, paintings, wooden pieces, furniture, sculptures, and modern art.”
Using gamma radiation is a much less invasive way to disinfect pieces than using conventional methods, explained Sunil Sabharwal, radiation processing specialist at the IAEA. "Using gamma rays is a better alternative because it is done at room temperature using no additional substances, unlike conventional decontamination methods that often involve heat or chemicals that can alter material,” he said.
"We are better protecting the material without putting our hands on it,” Vasquez added.
Uncovering clues buried in artefacts
Before treating a piece, the team analyses it using various nuclear and conventional techniques including radiography, X-ray fluorescence and X-ray diffraction (see X ray Diffraction). This process uncovers details buried in the pieces, such as the kind of pigment or metals the artist used. This helps the team identify the most appropriate preservation method.
The scientists used these analytical techniques to study a pre-Hispanic canvas from the collections of the Palace of the State Government of São Paulo. They took measurements that helped them determine the kind of paint the artist used and uncover details of how the piece of art had previously been restored. They also found hidden drawings under the original painting.
A hub of knowledge
Today the IPEN team’s decades of experience is a main source of knowledge for many experts in the region and around the world. In 2016, IPEN staff were involved in the first ever training course on this topic for Latin American experts. Organized by the IAEA, the course brought together conservators, restorers, museologists, librarians, curators and radiologists from ten countries in the region to learn about the different applications of radiation technologies in cultural heritage.
IPEN now has a long list of requests for support. Its staff work on objects from different countries and regularly train foreign scientists and cultural experts.
An interesting project in the pipeline, said Vasquez, is the possibility of bringing three mummies that have been attacked by insects and fungi to the institute for treatment from Ecuador. The IAEA is supporting this project with expertise and training.
"I am glad that experts and international organizations are placing more and more importance on preserving cultural heritage because our heritage is what represents the identity of our people,” Vasquez said. "We must continue to work to protect it.”
THE SCIENCE
Gamma irradiationGamma radiation, also known as gamma rays, refers to electromagnetic radiation of an extremely high frequency. It is emitted as high energy photons, an elementary particle with wave-like properties. A chemical element called cobalt-60 is a commonly used source of gamma radiation.
Gamma rays are a type of ionizing radiation. At the dose levels used to protect cultural artefacts, this type of ionizing radiation inhibits reproduction of microbes at room temperature without any physical contact. The high frequency, high energy electromagnetic waves interact with the critical components of cells. And at these dose levels, they can alter the DNA so as to inhibit the reproduction of cells.
This process of inhibiting cell reproduction helps to kill off unwanted insect and mould infestations. At the right dose levels, it can also be used to reinforce and consolidate the resins that specialists use to cover the porous materials of artefacts to protect them and give them a second life.
X ray Diffraction (XRD)
X-ray diffraction is a non-destructive, highly sensitive technique that relies on X-rays to uncover information about crystalline materials. Crystalline materials are solid materials, such as glass and silicon, whose constituents are arranged in a highly ordered microscopic structure. The technique is beneficial in that it can be used in very small samples of many different types of crystalline materials.
Scientists expose a crystalline material to X-rays, and as the X-rays interact with the atoms of the crystals in the material, they scatter and produce an interference effect called a diffraction pattern. This pattern can provide information on the structure of the crystal or the identity of a crystalline substance, which helps scientists characterize and exactly identify the crystalline structure of an object.
For more information about the International Conference on the IAEA Technical Cooperation Programme: Sixty Years and Beyond – Contributing to Development, click here.
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- 30/03/2017 - Quebra da Westinghouse, um duro golpe para a indústria nuclear nos EUAFonte: Estado de Minas
O anúncio da quebra da empresa Westinghouse, na quarta-feira, ensombrece o futuro da energia nuclear nos Estados Unidos, enquanto o governo de Donald Trump pretende dar novo impulso à indústria do carvão.Charles Fishman, analista da firma de investimentos Morningstar, disse que as possibilidades de que se registrem investimentos na construção de novas centrais nucleares no curto prazo são mínimas.
A quebra da Westinghouse pode ser a última pá de cal da indústria nuclear, disse à AFP.
A energia nuclear representa apenas 9% da energia utilizada nos Estados Unidos, (aproximadamente 19% da geração de eletricidade), muito abaixo do gás natural (32%), do petróleo (28%) e do carvão (21%).
Nos Estados Unidos, a energia nuclear ainda evoca desastres como o de 1979 em Three Mile Island, na Pensilvânia. Nenhuma nova usina nuclear foi posta em funcionamento entre 1996 e 2016 e se espera que apenas quatro entrem em funcionamento até 2021.
Ainda assim, os Estados Unidos são o maior produtor mundial de energia nuclear, graças à acumulação das décadas de 1960 e 1970, período em que foram habilitados 99 reatores em aproximadamente 60 lugares.
Com a quebra da Westinghouse, poucos operadores terão recursos financeiros para construir novos reatores.
O inesperado alto custo de construção foi em parte responsável pelas penúrias da Westinghouse, adquirida pela Toshiba em 2006.
A companhia espera completar a construção de usinas na Carolina do Sul, chamada Summer, e na Georgia, chamada Vogtle.
"A construção de uma usina nuclear é uma empresa complexa e historicamente esses projetos sofreram mudanças no meio do processo, como a quebra de algumas companhias", disse Maria Korsnick, presidente do Instituto de Energia Nuclear, um organismo estabelecido em Washington.
Má imagem da indústria
A organização ambientalista Greenpeace reclama do abandono dos dois reatores projetados. Apenas 40% de Vogtle foi construído e de Summer menos ainda, 31%.
Os trabalhos podem atrasar 11 anos, com custos anuais de funcionamento de 1,5 bilhão a 2 bilhões de dólares, disse o grupo em um comunicado.
"Desfazer os projetos, em primeiro lugar aqueles que não são viáveis, pareceria ser a opção mais lógica", considerou o Greenpeace.
A queda dos preços de outras fontes de energia, fundamentalmente os de gás natural, que caíram em 64% em uma década mais de uma década, deixou o setor nuclear em uma situação de desvantagem.
A General Electric - também vinculada a uma empresa japonesa, a Hitachi - desenvolve uma nova geração de reatores que podem estar disponíveis depois de 2030.
Mas o desastre de Fukushima, Japão, em 2011 sem dúvida não prejudicou a imagem da indústria nos Estados Unidos.
Segundo uma pesquisa da Gallup publicada neste mês, só 46% dos americanos querem que a energia nuclear se desenvolva, enquanto 50% opinam o contrário.
Os legisladores americanos consideram um projeto que pode favorecer a construção de reatores menores e mais avançados.
O texto foi aprovado na Câmara de Representantes, com apoio dos dois partidos, e está sendo debatido no Senado.
Trump relança o projeto Yucca
Segundo o American Action Forum, um think-tank de centro-direita baseado em Washington, só os trâmites burocráticos necessários para conseguir as permissões requeridas para a construção de um reator custam cerca de 8,6 milhões de dólares por ano, e a espera é de mais ou menos uma década.
Um marco regulatório simplificado para reatores modernos poderia ajudar a reativar a indústria, argumentou o congressista de Ohio, Bob Latta.
A indústria deve enfrentar outro obstáculo: enquanto não contribui para o aquecimento global e não emite gases de efeito estufa, apresenta sérios problemas de transporte, armazenamento e reciclagem de seus resíduos.
A proposta de orçamento de presidente Donald Trump para o exercício fiscal 2018 inclui o financiamento de um repositório de resíduos nas montanhas de Yucca, no estado de Nevada.
O projeto definhou durante 30 anos, e enfrenta uma dura oposição dos grupos ambientalistas e do ex-senador de Nevada Harry Reid.
Essa proposta foi até agora o sinal mais tangível de apoio à energia nuclear emanado do governo Trump, mas os fundos envolvidos nela são baixos, de apenas 120 milhões de dólares.
A principal aposta do republicano em matéria energética parece ser o carvão, uma das fontes mais poluentes, com a qual o presidente pretende gerar emprego.