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Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares

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Insper e Ipen firmam acordo para fomentar o desenvolvimento tecnológico

Fonte: Site Insper

Tiago Cordeiro

De um lado, o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), uma autarquia gerenciada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Ocupa uma área de 500 mil metros quadrados dentro do campus da Universidade de São Paulo (USP), onde desenvolve pesquisas em biotecnologia, física nuclear, radioquímica, materiais avançados, nanotecnologia e na obtenção e preparação de cerâmicas especiais, biomateriais e crescimento de monocristais para o uso em lasers.

De outro, o Insper, uma instituição sem fins lucrativos, dedicada ao ensino e à pesquisa, que oferece cursos de graduação, pós-graduação lato e stricto sensu, além de educação executiva e programas customizados. É reconhecido pela formação de líderes inovadores, com foco em pesquisa aplicada e um olhar dedicado às demandas da sociedade e das organizações, do Brasil e do exterior.

A partir de agora, as duas instituições vão atuar em parceria. O acordo foi formalizado em um evento realizado no dia 18 de junho, ocasião em que pesquisadores de ambos os espaços reforçaram os laços — um esforço iniciado ao longo dos últimos meses e que incluiu uma visita do Insper ao Ipen, em fevereiro. Naquela ocasião, já ficou claro que uma série de pesquisas desenvolvidas ali tem grandes aplicações práticas, incluindo, por exemplo, um estudo que envolve o uso de laser na agricultura; ele pode ser acoplado a um drone e, assim, auxiliar no controle de pragas.

Desenvolvimento tecnológico aplicado

Em abril, uma nova visita consolidou a parceria e já coletou algumas das assinaturas necessárias. Agora, durante o encontro do dia 18, foi a vez de o Insper receber representantes do Ipen, que conheceram alguns dos Projetos Finais de Engenharia (PFEs) da instituição. Trata-se de um dos marcos de conclusão do processo de formação da graduação na área, na medida em que coloca os alunos para desenvolver soluções voltadas para demandas reais de empresas e instituições. Também foram realizadas as assinaturas finais, formalizando o acordo de maneira definitiva.

"Para nós, é uma satisfação celebrar [neste evento] o que iniciamos há alguns meses, uma parceria que será muito proveitosa para todos. Acreditamos que daqui vão surgir muitas inovações, muitos trabalhos de tecnologia que acreditamos que poderão ser transferidos à sociedade para o seu próprio benefício”, diz Isolda Costa, pesquisadora e superintendente do Ipen.

Para Guilherme Martins, presidente do Insper, o acordo de cooperação com o Ipen é um marco que vem ao encontro dos objetivos da escola em ampliar as atividades de pesquisa voltadas para inovação. "Acordos como esse são essenciais para que o Insper possa cada vez mais continuar contribuindo com o país, assim como o Ipen faz tão bem. O nosso compromisso é fazer muito investimento nos próximos anos para expandir o nosso impacto do desenvolvimento tecnológico aplicado.”

Expertises complementares

Como afirma Arnaldo Silva, que já foi subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo e atua como consultor para o Ipen, a aproximação entre as instituições visa aproveitar a expertise do Insper em transformar resultados de pesquisas em produtos de inovação para a sociedade

"Pela natureza das atividades que desenvolve, o Ipen protege seu patrimônio intelectual, valoriza a produção de patentes. Da porta para dentro, está muito bem estruturado. A parceria com o Insper vai ajudar a dar maior visibilidade para essas pesquisas, da porta para fora, com o apoio de pesquisadores e alunos acostumados a desenvolver trabalhos com foco em inovação e na aplicabilidade dos projetos.”

Para Cristine Pinto, professora titular do Insper, diretora de pesquisa e coordenadora do Centro de Ciência de Dados (CCD) da instituição, além de impulsionar as pesquisas já desenvolvidas pelo Ipen, a proposta da parceria é fomentar trabalhos em conjunto com os professores das graduações em Engenharia do Insper.

"As duas instituições têm expertises que se complementam. O Ipen tem dificuldade em levar ao mercado as pesquisas de ponta que desenvolve e o Insper tem esse olhar para a inovação e as demandas da sociedade”, afirma. "Além disso, para nossos docentes e alunos, o contato com os pesquisadores e os laboratórios de uma instituição de referência como o Ipen representa uma grande oportunidade.”

Para Niklaus Wetter, diretor de pesquisa, desenvolvimento e ensino do Ipen, a complementaridade entre as duas instituições traz fluidez para esse acordo. "Muita gente pode achar que há uma grande diferença entre essas duas instituições, mas não é bem assim. Há fluidez em termos de ensino e pesquisa. As instituições têm muito em comum e há muitas possibilidades a serem exploradas, o que beneficiará os dois lados.”

Foco na interdisciplinaridade

A proposta, a partir de agora, é reforçar os contatos entre os pesquisadores para, de forma orgânica, começar a desenvolver projetos em conjunto, diz Joice Miagava, professora do Insper em tempo integral desde 2015 e coordenadora do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI). "Creio que a parceria pode ser bastante benéfica para ambos os lados. O Ipen é uma instituição bastante consolidada na pesquisa, com infraestrutura de ponta e equipe muito especializada. O Insper tem como um dos pilares a inovação e um corpo docente e discente que entende que a interdisciplinaridade é muito importante para o sucesso de um projeto”.

Ao mesmo tempo, a Engenharia do Insper ainda está dando seus primeiros passos na pesquisa, aponta ela. "Está buscando se estruturar nessa frente. Isso ocorre depois de a maioria do corpo docente ter ficado focado no desenvolvimento e consolidação do curso de graduação. Assim, para os professores da Engenharia, pode ser uma forma de voltar a estar mais próximo da pesquisa, de se atualizar e retomar essa carreira.” Com a vantagem adicional de contar com o compartilhamento de infraestrutura de pesquisa, que tem custos elevados.

"Não faz sentido cada equipe de pesquisa ter o seu próprio equipamento e não compartilhar com outros. Isso porque, de alguma forma, os custos podem ser ‘distribuídos’ e porque equipamentos, quando ficam muito ociosos, têm uma tendência maior a dar problemas”, diz Miagava.

Já para o Ipen, entre os benefícios imediatos, estão a capacidade de contar com alunos do Insper para acelerar o desenvolvimento de projetos. "Além disso, algumas das expertises de nossos professores podem ser complementares às deles e agregar no desenvolvimento das ideias e soluções. Alguns exemplos de nossas áreas que podem ter interface e podem gerar bons projetos em conjunto é a inteligência artificial, a manufatura avançada e a bioengenharia”, afirma ela.

Oportunidades para empreender

A capacidade de inovar do Insper vai se mostrar crucial para o sucesso deste acordo, como afirma Rodrigo Amantea, head do Hub de Inovação e Empreendedorismo Paulo Cunha. "Para o Hub, esta é uma oportunidade muito interessante. Existe uma competência de pesquisa instalada no Ipen que pode ser complementar à nossa capacidade de formar empreendedores. Temos diante de nós um amplo leque de oportunidades de projetos que podem ser desenhados em conjunto, construindo em cima de competências complementares do Ipen e do Insper. Podemos transformar tecnologias incríveis em negócios.”



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