Brasil e França reforçam cooperação com acordo na área de fármacos e fusão nuclear
Convênio é mais um passo para a internacionalização da ciência brasileira, diz presidente do CNPq. Parceria entre Brasil e França resultou na conquista da Medalha Fields pelo pesquisador brasileiro Artur Avila, do Impa
Fonte: MCTIC
"O CNRS é a maior instituição de pesquisa da França com cerca de 30 mil pesquisadores cobrindo diversas áreas do conhecimento. Nós buscamos essa aproximação que vai nos permitir colaborar em áreas fundamentais, como física de partículas e fusão nuclear, mas também em áreas bastante aplicadas como produção de radioisótopos e aplicação de radiofármacos para saúde humana", explicou Cotta.
Para o presidente do CNPq, Mario Neto Borges, o acordo contribui para a "internacionalização" da ciência, que considera um "pilar fundamental para o avanço da ciência brasileira". "Não na quantidade, mas na qualidade da ciência produzida. Nesse sentido, o CNPq tem desenvolvido um papel fundamental nessa parceria com a França e agora estamos revitalizando as parcerias com agências francesas para trazer maiores oportunidades para os nossos pesquisadores", disse.
O diretor do CNRS no Brasil, Olivier Fudym, ressaltou que a cooperação franco-brasileira tem propiciado bons resultados nesses últimos anos, entre eles, a conquista da Medalha Fields, considerada o Prêmio Nobel Matemática, recebida pelo pesquisador Artur Avila, do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), em 2014. Com 35 anos de idade, Artur foi o primeiro brasileiro a vencer a Medalha Fields. "Essa vitória foi fruto da cooperação franco-brasileira em matemática", disse.