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- 18/05/2023 - Pint Of Science 2023: IPEN apresenta pesquisas em fotônica, novas energias e a mulher na ciência nuclearSucesso nas edições anteriores, sobre tecnologia nuclear e aplicações, Instituto amplia o escopo de sua participação no maior festival de divulgação científica do mundo.
Sucesso nas edições anteriores, sobre tecnologia nuclear e aplicações, Instituto amplia o escopo de sua participação no maior festival de divulgação científica do mundo.
Quatro pesquisadores representarão o IPEN no Festival Pint Of Science Brasil, nos dias 22, 23 e 24 de maio, das 19h às 21h, no Bar Tatu Bola (R. Clodomiro Amazonas, 260 - Itaim Bibi). Denise Maria Zezell, do Centro de Lasers e Aplicações (CELAP), Fábio Coral Fonseca, do Centro de Células a Combustível e Hidrogênio (CECCO), Valéria Mendes, egressa do Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde (MP-TRCS) e Gabrielly Moreira, doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP (PPG-TN) serão os palestrantes.
O Pint of Science é um festival mundial de divulgação científica que leva pesquisadores a bares e restaurantes para compartilhar suas pesquisas, em todas as áreas do conhecimento. A ideia é promover conversas e debates acerca dos temas selecionados, de maneira descontraída e informal. Chegou ao Brasil como um projeto piloto na cidade de São Carlos, em 2015. Tornou-se sucesso pela forma até então "inusitada” de falar sobre ciência. Em 2019, 85 cidades participaram, o que conferiu ao Brasil o status de maior promotor naquele ano. Nesta edição de 2023, serão 123 cidades em todo o país.
Esta é a quarta vez que o IPEN se faz presente do Pint Of Science, após as bem-sucedidas exposições em 2019, 2021 (virtual) e 2022. Em todas as participações anteriores, o tema foi tecnologia nuclear e aplicações (meio ambiente, saúde, alimentos e obras de arte). Na edição deste ano, o Instituto apresentará pesquisas em áreas correlatas. A coordenação e mediação das palestras fica a cargo da jornalista Ana Paula Freire, servidora na Assessoria de Comunicação. Desde o início, a presença do IPEN conta com o apoio da direção. "Divulgar as nossas pesquisas, mais do que necessário, é estratégico", afirma Isolda Costa, diretora substituta.
"Fotônica” na primeira noite
Denise Zezell e Valeria Mendes dividem o primeiro dia, com as palestras "Lasers na odontologia e medicina: sua saúde agradece!” e "Luz para dormir melhor: o uso do laser no tratamento da apneia do sono”, respectivamente. Zezell é presidente da Comissão de Pós-Graduação do MP-TRCS e Fellow (pesquisadora de alto nível) da Optica Foundation, principal fórum global para a ciência e tecnologia da luz. Mendes é dentista, foi aluna da primeira turma do MP-TRCS e vai falar na perspectiva de quem está no mercado de trabalho e busca qualificação de excelência em uma pós-graduação profissionalizante."Novas energias e mobilidade” na segunda noite
Fábio Coral Fonseca abordará o tema "Hidrogênio verde e amarelo e as novas energias no Brasil”, com ênfase nas pesquisas biocombustíveis e novas energias realizadas em seu Centro, desde que foi implementado o Programa Brasileiro de H2 e Células a Combustível, em 2002. Para o pesquisador, "o Brasil tem todas as condições de criar e consolidar o selo ‘Verde e Amarelo’”, considerando que pode explorar o potencial do etanol na economia do hidrogênio. Com ele, estará Felipe Barcellos e Silva, do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), com a palestra "Emissões de CO2 e uso de energia: o que isso tem a ver com mobilidade urbana?"."Gênero e divulgação científica” na última noite
Gabrielly Moreira vai mostrar que as mulheres podem e devem ocupar a ciência nuclear brasileira. O tema da palestra já é provocativo: "O universo nuclear é feminino desde sempre”, em clara alusão ao pioneirismo de Marie-Curie e os avanços que seus feitos científicos proporcionaram à área. E não dá para falar de ciência sem debater a o papel estratégico da divulgação. Com o tema "Da bancada ao jornalismo científico”, as pesquisadoras Graciele Almeida de Oliveira, da Fundação Carlos Chagas e RedeComCiência – RedeCom, e Ísis Nóbile Diniz, do IEMA, encerram o Pint Of Science no tatu Bola.POS-Brasil em Sampa
O Pint Of Science retorna de maneira presencial e ocorre simultaneamente em sete bares da capital paulista: Cervejaria Nacional; Zuraffa; Tatu Bola; Van Been; Beer Rock Club; Beer&Belly; e Deep Bar 611. Na programação da cidade de São Paulo serão realizados 35 encontros durante os três dias, com palestras e rodas de conversa com mais de 40 cientistas, especialistas, mestrandos e doutorandos. Durante os encontros, as pessoas poderão conferir estudos e debater temas diversos relacionados à pesquisa, à inovação e à tecnologia no País. Não há inscrição, nem pagamentos de taxa, apenas o consumo nos bares.SERVIÇO
O quê: Festival Pint Of Science Brasil
Quando: 22, 23 e 24, das 19h às 21h
Onde: Bar Tatu Bola (R. Clodomiro Amazonas, 260 - Itaim Bibi) -
- 17/05/2023 - IPEN divulga resultado preliminar da seleção de candidatos às Bolsas de Estudos Avançados (BEA)A implementação das bolsas terá inicio a partir de 01/06
A implementação das bolsas terá inicio a partir de 01/06
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) divulga o resultado preliminar da seleção de Bolsas de Estudos Avançados (BEA) correspondente aos seguintes Editais:
- Edital IPEN-CNEN No. 01/2023
Candidatos Inscritos:
1. MARCELO LINARDI
Candidato Selecionado: MARCELO LINARDI
Candidatos Inscritos:
1. DANIELLE MAIA DANTAS CANOLLA
2. FELIPE NUNES DAL BELOCandidato Selecionado: FELIPE NUNES DAL BELO
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- 12/05/2023 - Visita virtual ao Reator Nuclear de Pesquisa IEA-R1 do IPEN foi tema de dissertação de MestradoO aplicativo que permite a visita virtual foi criado como trabalho para dissertação de Mestrado e contribui para a divulgação científica e informações sobre a energia nuclear
O aplicativo que permite a visita virtual foi criado como trabalho para dissertação de Mestrado e contribui para a divulgação científica e informações sobre a energia nuclear
A criação de um aplicativo utilizando realidade virtual para divulgação científica foi um dos objetivos do trabalho desenvolvido para o curso de Mestrado em Tecnologia Nuclear no IPEN-USP por Leandro Gusmão de Mello e Silva.
Sob a orientação da Dra. Gaianê Sabundjian, do Centro de Engenharia Nuclear do IPEN, Silva desenvolveu um aplicativo amigável e didático que se utiliza da realidade virtual e óculos do tipo Google Cardboard para uma experiência imersiva. Para a criação do aplicativo, Silva utilizou processos de modelagem 3D, programas de Inteligência Artificial (AI) , animação, dentre outros.
A visita virtual segue o roteiro utilizado pelo Setor de Comunicação Institucional e pesquisadores do Centro do Reator de Pesquisa para grupos pré-agendados de universitários. Um instrutor virtual, a título de guia, oferece informações sobre a história, noções de energia nuclear, funcionamento e aplicações do Reator IEA-R1, em operação no IPEN desde 1957.
O roteiro da visita virtual apresenta o Espaço de Memória do Reator IEA-R1, a Sala de Controle e o Saguão da Piscina onde se encontra o núcleo do Reator.
A dissertação de Mestrado foi apresentada em 24 de março de 2023. O aplicativo torna-se mais uma ferramenta de importância no desafio de se divulgar a ciência, particularmente as aplicações da energia nuclear para estudantes e a sociedade em geral.
Link para o download do aplicativo em celular e uso de óculos para realidade virtual
Link para o vídeo da visita virtual ao Reator IEAR-1 no YouTube
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- 11/05/2023 - Simpósio discute atuação feminina em STEM, em não proliferação e em segurança nuclear na AL e CaribeEvento é destinado a profissionais, especialistas, técnicas e cientistas do sexo feminino. Não haverá custos para as participantes. Interessadas devem apresentar candidatura até o próximo dia 19 de maio
Evento é destinado a profissionais, especialistas, técnicas e cientistas do sexo feminino. Não haverá custos para as participantes. Interessadas devem apresentar candidatura até o próximo dia 19 de maio
O papel das mulheres da América Latina e Caribe em ciência, tecnologia, engenharia e matemática, especificamente nas áreas de não proliferação e segurança nuclear, será o tema do simpósio que o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) promoverá, no período de 19 a 23 de junho, em colaboração com o James Martin Center for Nonproliferation Studies (CNS), vinculado ao Middlebury Institute of International Studies at Monterey (MIIS) Estados Unidos da América.
Com o apoio da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), do Governo da Noruega e da Fundação Carnigie, o evento será realizado no campus do IPEN, na Cidade Universitária, e tem como principal objetivo proporcionar uma compreensão mais ampla da não proliferação, dos usos pacíficos da energia nuclear e das políticas de segurança nuclear, bem como das várias instituições, ferramentas e mecanismos necessários para lidar com a não proliferação e as políticas nucleares atuais, os desafios de segurança.
O simpósio também visa apoiar os esforços mundiais na promoção das mulheres no campo nuclear em geral, e nas áreas de não proliferação nuclear, usos pacíficos e segurança nuclear, em particular. Segundo o pesquisador Jorge Eduardo S. Sarkis, um dos coordenadores, a iniciativa de realizar o evento vem ao encontro de ações internacionais de profissionais, especialistas, técnicas e cientistas do sexo feminino que já atuem ou tenham interesse em atuar nesses campos do conhecimento.
"Ao mesmo tempo, trará oportunidade de disseminação da importância do tema para as novas gerações de profissionais brasileiras e latino-americanas, promovendo entrosamento e possibilidade de parcerias entre profissionais da região”, afirmou. Sarkis destaca que o simpósio vem em um momento significativo no país, "quando temos, pela primeira vez na história, uma profissional na liderança do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, a ministra Luciana Santos, e outra no próprio IPEN, a Dra. Isolda Costa”.
As interessadas devem apresentar candidatura até o próximo dia 19 de maio, com o formulário de inscrição preenchido, currículo ou CV e uma lista de pelo menos três referências. Não haverá custos para os participantes. Os organizadores do simpósio cobrirão passagens aéreas de ida e volta em classe econômica e/ou transporte terrestre, hotel, refeições e despesas extras. Os candidatos aprovados serão notificados até 25 de maio de 2023.
De acordo com os organizadores, serão aceitas inscrições de todos os gêneros, mas será dada prioridade às mulheres que trabalham em áreas relacionadas à não proliferação nuclear e segurança. Os candidatos elegíveis devem ser fluentes em inglês. Mais informações pelo e-mail jesarkis@ipen.br ou pelo telefone: +55 11 98711-9550.
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- 10/05/2023 - Governo de SP reafirma importância de sinergia entre Institutos de Pesquisas, em visitas de secretáriosFinalidade é buscar convergência entre as instituições e poder avançar na integração e na busca por ciência e inovações para o desenvolvimento econômico e social do país.
Finalidade é buscar convergência entre as instituições e poder avançar na integração e na busca por ciência e inovações para o desenvolvimento econômico e social do país.
Com o objetivo de conhecer melhor as atividades em ciência, tecnologia e inovação e de promover mais integração e avanços, titulares e assessores de Secretarias de Estado têm realizado visitas às instituições estaduais que atuam nessas áreas de pesquisa e desenvolvimento. Nesta terça-feira, 9, foi a vez de Thiago Rodrigues Liporaci e Edson Cezar Wendland, da Secretária de Desenvolvimento Econômico (SDE), serem recepcionados no IPEN pelo superintendente Wilson Calvo e pela diretora substituta, Isolda Costa.
Respectivamente secretário executivo e coordenador de C,T&I da SDE, Liporaci e Wendland estiveram no Espaço Marcello Damy, onde ouviram explicações sobre a atuação e a diversidade de pesquisas do Instituto e sobre o Projeto Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), o maior empreendimento para a área nuclear do País. Depois, seguiram para visita ao Reator Nuclear de Pesquisas IEA-R1, onde foram recebidos pelo coordenador do Centro do Reator de Pesquisas (CERPq), Frederico Genezini.
Embora seja gerido técnica e administrativamente pela União Federal, por meio da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), o IPEN é uma autarquia estadual. Essa característica "híbrida” é o que permite, por exemplo, a participação em chamadas públicas pela Fapesp, para financiamento de projetos e pesquisas de instituições vinculadas ao Governo de São Paulo. "Por isso, é fundamental que os gestores do governo estadual conheçam o muito que se faz em P&D aqui”, avaliou Calvo.
O superintendente do IPEN mencionou o edital "Ciência para o Desenvolvimento” – Propostas para Núcleos de Pesquisa Orientada a Problemas em São Paulo (NPOP-SP), da Fapesp, voltado para P&D em colaboração entre universidades ou instituições de ensino superior e de pesquisa. O IPEN foi contemplado com a proposta "Programa multicêntrico utilizando radioligantes de PSMA para o diagnóstico e terapia de pacientes com câncer de próstata”, tendo o próprio Calvo como pesquisador responsável.
"Além desse projeto, também integramos um do IPT [Instituto de Pesquisas Tecnológicas] contemplado nesse mesmo edital. É uma somatória de expertises que só trarão benefícios para a população do Estado de São Paulo”, comentou Calvo. O projeto do IPT a que o superintendente se referiu é "Desenvolvimento da cadeia de produção de componentes metálicos por manufatura aditiva”, que conta com participação do pesquisador Maurício das Neves, do nosso Centro de Ciência e Tecnologia doa Materiais do IPEN.
Liporaci diz que é fundamental buscar sinergia entre as instituições. "A ideia é que possamos desenvolver parcerias e aprofundar as relações entre todos os integrantes do grande complexo de inovação que temos no Butantã: a USP, o Instituto Butantã, o IPEN, o IPT, a Marinha... a finalidade da Secretaria é buscar convergência entre todos esses atores de C,T&I e poder avançar na integração e na busca por ciência e inovações para o setor produtivo e para o desenvolvimento econômico e social do país”.
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- 10/05/2023 - INCT das Radiações da Saúde: nova conquista do IPEN e o desafio de desenvolver tecnologias de pontaCoordenado pela pesquisadora Denise Maria Zezell, o INTERAS é uma proposta transdisciplinar com mais de 30 pesquisadores de oito Instituições e colaboradores internacionais e nacionais.
Coordenado pela pesquisadora Denise Maria Zezell, o INTERAS é uma proposta transdisciplinar com mais de 30 pesquisadores de oito Instituições e colaboradores internacionais e nacionais.
Dentre tantas "lições", a pandemia da Covid-19 evidenciou que novas tecnologias para caracterização rápida, não-invasiva e de baixo custo para doenças são decisivas na diminuição da mortalidade. Visando desenvolver e aplicar métodos diagnósticos e terapêuticos a diversas doenças, assistidos por radiações em ampla faixa do espectro eletromagnético, o IPEN/CNEN vai liderar o INCT INTERAS – Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia das Radiações na Saúde,em parceria com instituições nacionais e estrangeiras.
Sob a coordenação da pesquisadora Denise Maria Zezell, do Centro de Lasers e Aplicações (CELAP), o INCT INTERAS terá duração de 60 meses e o aporte de quase R$ 6 mi (R$ 3,8 mi para custeio, R$ 1,4 mi para capital e R$ 720 mil em bolsas de pós-doutorado). Dez dos 14 pesquisadores do IPEN participantes da proposta aprovada são docentes do Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde, do próprio Instituto. Parte dos docentes orienta tambem no programa academico em Tecnologia Nuclear, IPEN/USP. O resultado foi publicado no DOU de 22/12/2022, Página 16 da Seção 3 (CNPq INCT-INTERAS 406761/2022-1).
Tendo como grande área"Propriedades Ópticas e Espectroscópicas da Matéria Condensada; Outras Interações da Matéria com Radiação e Partículas”, o projeto, que tem como vice-coordenador o professor Emiliano H. Medei, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), conta com 11 instituições nacionais e 10 estrangeiras, nove empresas, e a colaboração de outras seis instituições, sendo três nacionais e três estrangeiras. "Mais uma enorme conquista dos pesquisadores do CELAP e um grande aporte ao Mestrado Profissional”, afirmou Wilson Calvo, superintendente do IPEN.
De acordo com Zezell, o INCT INTERAS se propõe a desenvolver protocolos dosimétricos físicos e computacionais aplicáveis à radioterapia e medicina nuclear, considerando as especificidades das fontes de radiação e procedimentos clínicos das especialidades de interesse do projeto, paracânceres, doenças cardíacas e cardiorrenais, infecções virais e outras doenças negligenciadas. O protagonismo do IPEN em pesquisa e produção de radiofármacos para a medicina nuclear do país é um "plus” no projeto.
"O IPEN é o caso mais bem sucedido de inovação translacional, levando a hospitais e clínicas os produtos e processos desenvolvidos desde a pesquisa básica, na área de radiofármacos. Pretendemos, com o INCT, desenvolver novos radiofármacos baseados em anticorpos para diagnóstico por imagem PET/SPECT, radioterapia alvo-dirigida de tumores, nanobraquiterapia, processos terapêuticos com lasers, diagnóstico de diferentes doenças por imagem hiperespectral no infravermelho e raman, avaliados por inteligência artificial”, afirmou.
Conforme ressaltado na proposta, "aos desafios na detecção precoce e no tratamento do câncer, somaram-se questões relacionadas ao surgimento de novos vírus com alta taxa de letalidade, como o SARS-CoV-2”. Além disso, tratamentos clínicos avançaram exponencialmente nas últimas décadas, mas podem ser caros e ineficazes. O INTERA visa ocupar esse espaço, "executando a translação não apenas para clínica, mas principalmente para o setor produtivo”.
"Estamos fortemente convencidos que o estabelecimento de um diagnóstico e terapia médica de precisão e personalizada é um dos grandes desafios da medicina moderna que o INTERAS também poderá resolver criando um mosaico científico-industrial. Para isto, apresentamos proposta transdisciplinar com mais de 30 pesquisadores de oito Instituições (AM, PE, SP, RJ e SE) e colaboradores internacionais e nacionais. Vale ressaltar, que os pesquisadores do INTERAS possuem uma alta inserção acadêmica e industrial”, afirmam os coordenadores.
Segundo a proposta, haverá ainda um foco na disseminação do conhecimento, a partir da implementação de "um diálogo contínuo com a sociedade por meio de ações de divulgação científica”. Esse é um aspecto essencial do INCT INTERAS, de acordo com o superintendente do IPEN, Wilson Calvo. Para ele, quanto mais a sociedade conhecer os benefícios que o Instituto promove, por meios de suas pesquisas e inovações, e de seus serviços, mais a sua importância será valorizada.
"Solução inovadoras”
Rapidez no diagnóstico e custos mais baixos são quase sempre decisivos na diminuição da mortalidade, e isso vale para praticamente qualquer doença. Os pesquisadores citam, como exemplos, o diagnóstico precoce de cânceres e a avaliação em tempo real de septicemia em pronto-atendimentos. Por sua vez, os tratamentos clínicos avançaram exponencialmente nas últimas décadas, mas, em muitos casos, ainda são caros, inacessíveis para a maior parte da população, e ineficientes.
"Essas limitações exigem soluções inovadoras em todas as esferas envolvidas em cuidados à saúde, como, por exemplo, no diagnóstico clínico laboratorial e nas estratégias terapêuticas de curto e longo prazo. É neste contexto que propomos o Instituto, para que possamos desenvolver e aplicar métodos diagnósticos e terapêuticos numa ampla diversidade de doenças, como cânceres, síndrome cardiorrenal, infecções virais, doenças negligenciadas, dentre outras”, ressaltam os coordenadores.
O projeto se insere no âmbito das tecnologias habilitadoras tecnologias priorizadas pelo MCTI envolvendo (i) Fotônica (ii) Nanotecnologia: materiais nanoestruturados para catálise e liberação de fármacos; (iii) Qualidade de vida, envolvendo desenvolvimento e caracterização de biomateriais para implantes e engenharia tecidual, novos métodos diagnósticos e terapias baseados em tecnologias fotônicas e nucleares.Pesquisadores e técnicos do IPEN – CNEN
Denise Maria Zezell (coordenação), Anderson Zanardi de Freitas, Carlos Alberto Zeituni, Daniel Perez Vieira, Eduardo Landulfo, Emerson Soares Bernardes, Lorena Pozzo, Marcus Paulo Raele, Maria Elisa Rostelato, Mario Olimpio Menezes, Martha Simões Ribeiro, Niklaus Ursus Wetter, Orlando Rodrigues Jr., Wagner de Rossi, Anselmo Feher e Fabio Costa. Ainda da CNEN, Elvis J de França, do Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste (CRCN-NE).Comitê Gestor
Denise M. Zezell - IPEN - CNEN
Emiliano H. Medei – UFRJ
Divanizia N. Souza - UFS
Herculano Martinho - UFABC
Maria Elisa Rostelato - IPEN – CNEN
Wagner de Rossi - IPEN - CNENInstituições participantes Nacionais:
Executora/Sede
IPEN/CNEN
Laboratórios associados
Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Universidade de Taubaté, Universidade Federal do ABC, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Sergipe, Universidade Federal de Uberlândia, Universidade de São Paulo (FOUSP e FFCLRP-Física + Computação, Ribeirão Preto), Universidade Federal de São Paulo em Sao Jose dos Campos, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo - Octávio Frias de Oliveira e Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste.Instituições colaboradoras Nacionais
Universidade Federal do Paraná- PR, Centro Educacional Serra dos Orgãos – RJ3, Centro de Estudo e Pesquisa do Hospital Perola Byington- SPInstituições participantes estrangeiras:
University of Wisconsin - Madison - WISCONSIN, United States; Hôpital Universitaire Necker-Enfants Malades - NECKER, France; Durham University - DURHAM, England; Ruprecht-Karls-Universität Heidelberg - HEIDELBERG, Germany; University of Exeter - EXETER, England; Universidad Autónoma de Madrid - UAM, Spain; University of St Andrews - ST-ANDREWS, Scotland; University of California- Merded, United States; Universidade Politecnica de VALENCIA- Espanha e DELFT University Technology- Holanda.Instituições colaboradoras estrangeiras
University Wurzburg- Alemanha, Georgia Tech- United States, Universidade Nacional de Cordoba- Argentina.Empresas
Revolugenix Biotecnologia, Pesquisa e Desenvolvimento Ltda - SP, Brazil; BRVANT e IBRV- Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento - IBRV, SP, Brazil; ANACOM Científica; AXCEM Dermatologia; Biolambda, Científica e Comercial Ltda; Clean Clinica Especializada em Anatomia Oral S/C; CK Estomatologia S/C Ltda; Curitiba Biotecnologia - Curitiba Biotech, PR, Brazil e M Insight Ltda. -
- 09/05/2023 - Centro de Lasers do IPEN e OPTICA promovem atividades para celebrar o Dia Internacional da LuzAlunos de graduação e pós-graduação interessados em conhecer mais sobre as pesquisas com laser e suas aplicações podem se inscrever. Evento tem apoio do INFO, do Sisfóton e do Interas.
Alunos de graduação e pós-graduação interessados em conhecer mais sobre as pesquisas com laser e suas aplicações podem se inscrever. Evento tem apoio do INFO, do Sisfóton e do Interas.
O Dia Internacional da Luz é uma data comemorada mundialmente para celebrar a importância da luz em diversas áreas da ciência, tecnologia, arte e cultura. Com diferentes linhas de pesquisa nessa grande área, o Centro de Lasers e Aplicações (CELAP) do IPEN, por meio do The Optical Society of São Paulo chapter student, vai promover, no dia 16 de maio, um dia de atividades para alunos de graduação e pós-graduação interessados em conhecer mais sobre as aplicações do laser em saúde e meio ambiente, e outros estudos realizados no Centro. As inscrições podem ser feitas neste link.Em parceria com o The Optical Society of São Paulo, o evento será uma oportunidade para os participantes conhecerem de perto as atividades desenvolvidas no CELAP, além de interagir com pesquisadores e alunos envolvidos em projetos relacionados à luz. Serão palestras curtas, relacionadas à luz e suas aplicações, ministradas por orientadores e pesquisadores do CELAP. Os participantes poderão conhecer os laboratórios do CELAP, mas as visitas serão limitadas a um total de 20 alunos, considerando a ordem de inscrição.Às 14h30 uma van do IPEN vai passar nas duas portarias para levar os participantes até o CELAP. O evento tem apoio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fotônica (INFO), do Sistema Nacional de Laboratórios de Fotônica (Sisfóton) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia das Radiações na Saúde (Interas).Data: 16 de maio de 2023Programação (Presencial & on-line)15h – All You Need Is Light(Dra. Martha Simões Ribeiro)15h15 – Aceleração de Elétrons por Laser(Dr. Ricardo Elgul Samad)15h30 – Lasers na Odontologia e Medicina(Dra. Denise Maria Zezell)15h45 – Aplicações Ambientais de Lasers(Dr. Eduardo Landulfo) -
- 05/05/2023 - IPEN divulga editais para seleção de candidatos a Bolsas de Estudos AvançadosAs atividades dos candidatos selecionados serão realizadas no IPEN, em São Paulo e o prazo para inscrição encerra-se em 12/05
As atividades dos candidatos selecionados serão realizadas no IPEN, em São Paulo e o prazo para inscrição encerra-se em 12/05
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares divulga dois editais para concessão de uma Bolsa de Estudos Avançados (BEA) para cada um, com período de inscrição de 5 a 12 de maio de 2023. O resultado do processo seletivo será divulgado em 17 de maio e a implementação das bolsas ocorrerá a partir de 1º de junho de 2023. A descrição do perfil dos candidatos, processo seletivo e demais orientações encontram-se nos respectivos editais.
O objetivo do Edital No 01/2023 é a seleção de um candidato para atuar no Projeto "Desenvolvimento de membranas poliméricas enxertadas (convencional e RAFT) por radiação ionizante para aplicações em célula a combustível e/ou adsorção de urânio com performance superior às disponíveis”, sob responsabilidade da pesquisadora Elisabete Inácio Santiago, do Centro de Células a Combustível e Hidrogênio (CECCO) do IPEN.
Os candidatos deverão enviar as inscrições para a Diretoria do IPEN-CNEN (DIPEN) somente por correio eletrônico, no endereço superintendente@ipen.br, tendo como assunto "Edital IPEN-CNEN 01/2023 – BEA – Inscrição”.
Edital No 01/2023 para download
O Edital No. 03/2023 tem por finalidade selecionar candidato para o "Programa multicêntrico utilizando radioligantes de PSMA para o diagnóstico e terapia de pacientes com câncer de próstata”, com supervisão do superintendente do IPEN, Wilson Aparecido Parejo Calvo.
Os interessados deverão se inscrever junto à DIPEN exclusivamente no endereço eletrônico superintendente@ipen.br, discriminando o assunto como "Edital IPEN-CNEN 03/2023 – BEA - Inscrição”.
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- 04/05/2023 - IPEN realiza workshop sobre análise espectroscópica Raman com especialistas da HORIBAParticipantes podem levar suas próprias amostras para análises no equipamento, um dos mais modernos do mundo. Inscrições gratuitas até o dia 14/05.
Participantes podem levar suas próprias amostras para análises no equipamento, um dos mais modernos do mundo. Inscrições gratuitas até o dia 14/05.
Pesquisadores, estudantes e demais interessados em caracterização de materiais por espectroscopia Raman terão a oportunidade de participar de um evento com dois especialistas em um dos equipamentos mais modernos do mundo
– o sistema da HORIBA (LabRam SEM-Raman, AFM, e nanoGPS).
No próximo dia 15 de maio, o Centro de Lasers e Aplicações (CELAP) do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) vai promover o "HORIBA Scientific Workshop – Análise Espectroscópica Raman NanoRaman de Polímero e Outros Materiais". As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 14 de maio, neste link .João Lucas Rangel, da HORIBA Scientific França, e Igor Carvalho, da HORIBA Scientific Brasil, especialista em aplicações da HORIBA, serão os instrutores. Os participantes podem levar suas próprias amostras, para análises durante a sessão Hands ON, que acontecerá na parte da tarde.
O sistema disponível é um equipamento multiusuário adquirido com financiamento da Fapesp (processo nº 2018/19240-5), outorgado ao pesquisador Anderson Zanardi de Freitas, responsável pelo laboratório juntamente com o pesquisador Niklaus Ursus Wetter, ambos do CELAP.
Temáticas
Pela manhã, às 9h15, Carvalho vai apresentar "Soluções da HORIBA para caracterização em plásticos e materiais avançados (P&D, Qualidade, Produção)”, enquanto Rangel falará às 10h45, sobre "Benefícios da microscopia correlativa multimodal (SEM-Raman, AFM, FTIR, nanoGPS) para completa análise dos materiais”.
À tarde, a partir das 13h30, começa o Hands-On no instrumento AFM-RAMAN da HORIBA, LabRAM NANO + nanoGPS, com supervisão de João Lucas Rangel e Filipe Cabral, também especialista da HORIBA). Às 16h45, Igor Carvalho vai conduzir a sessão "Conclusões & Agradecimentos”. O workshop está previsto para acabar às 17h.
Sobre o IPEN
O IPEN é uma autarquia estadual vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, gerida técnica e administrativamente pela CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear, do Ministério da Ciência,
Tecnologia e Informações (MCTI).
Serviço
O quê: HORIBA Scientific Workshop
Tema: Análise Espectroscópica Raman e NanoRaman de Polímero e Outros Materiais Avançados
Quando: 15 de maio, das 9h às 17h
Onde: Centro de Lasers e Aplicações do IPEN – Setor E5 - CELAP (Lasers e Aplicações), Av. Prof. Lineu Prestes, 2242 – Cidade Universitária, Butantã, São Paulo.
Palestrantes: João Lucas Rangel Ph.D – HORIBA Scientific França e Igor Carvalho, Ph.D - HORIBA Scientific Brasil
Informações: (11) 2810-5661
Programação
8h30– Credenciamento9h Bem-vindos ao Workshop da HORIBA | [Igor
Carvalho]
9h15– Soluções da HORIBA para caracterização em plásticos e materiais
avançados (P&D, Qualidade, Produção) | [Igor Carvalho]
10h15– Intervalo10h45 Benefícios da microscopia correlativa multimodal
(SEM-Raman, AFM, FTIR, nanoGPS…) para completa analíse dos materiais | [João Lucas Rangel]
11h45 – Mesa Redonda | [Igor Carvalho]12h Almoço (organizado pela HORIBA)
13h30 – Hands-On no instrumento AFM-RAMAN da HORIBA, LabRAM NANO +
nanoGPS | [João Lucas Rangel & Filipe Cabral]
16h45 – Conclusões & Agradecimentos | [Igor Carvalho]
17h – Encerramento -
- 03/05/2023 - IPEN desenvolve projeto inovador para separar isótopos lítio-6 e lítio-7 visando autossifuciência do BrasilPróxima etapa é desenvolver e projetar o 'scale-up' de produção do Lítio-7, o projeto a ser desenvolvido poderá dar autonomia às usinas Nucleares de Angra.
Próxima etapa é desenvolver e projetar o 'scale-up' de produção do Lítio-7, o projeto a ser desenvolvido poderá dar autonomia às usinas Nucleares de Angra.
O lítio é um metal valorizado na área nuclear por ser utilizado nos reatores de potência. O IPEN/CNEN, em parceria com a Companhia Brasileira de Lítio (CBL) e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (FUNDEP), está desenvolvendo um projeto de separação isotópica do metal, assinado em 2020, no valor de aproximadamente R$2,5 milhões. O objetivo é que o Brasil tenha uma produção independente de lítio-7 (7Li). Caso seja bem-sucedido, o empreendimento pode dar sustentabilidade às usinas nucleares tipo PWR (Pressurized Water Reactor) de Angra I e Angra II, que dependem da importação do isótopo de 7Li.
O projeto chamado "Separação Isotópica do Lítio via Troca Iônica” é desenvolvido por uma equipe de pesquisadores do IPEN/CNEN, coordenada por Oscar Vega, do Centro de Química e Meio Ambiente (CEQMA) do Instituto. Trata-se de uma forma pioneira, no Brasil, de separar os isótopos 6Li e 7Li para que, futuramente, seja produzido o 7Li, muito importante para fins nucleares.
Método Inovador
O processo desenvolvido para separar os isótopos de 6Li e 7Li tem como princípio a troca iônica. Vega garante que o método de separação isotópica do lítio sendo desenvolvido no IPEN/CNEN é "o caminho mais promissor”. Outra maneira é por meio da amálgama de mercúrio, mas Veja alerta para os "prejuízos terríveis por conta de o mercúrio, elemento de grande toxidade, ser descartado diretamente no meio ambiente”, explica.O pesquisador afirma que há outros meios para purificar o lítio, mas não compensam. Segundo ele, a técnica da troca iônica é o caminho mais inovador e promissor, sendo mais vantajosa na medida em que possibilita a separação isotópica somente com o uso de resinas que "vão retendo predominantemente o 6Li e deixando o 7Li passar”.Vega ressalta o caráter inovador do projeto, no Brasil, no que diz respeito ao desenvolvimento do produto desejado e da tecnologia utilizada para a separação dos isótopos – "Isso acontece apenas em países como China e Japão”, acrescenta.
O Lítio no Brasil
No Brasil, a principal aplicação do lítio para fins nucleares é nos reatores de fissão nuclear das usinas de Angra I e Angra II. Devido à baixa seção de choque com os nêutrons térmicos, o 7Li tem como função controlar o pH da água do circuito primário dos reatores PWR. O 6Li tem maior seção de choque que o 7Li, dificultando o fluxo dos nêutrons térmicos. "O 7Li é diretamente utilizado nos reatores de Angra, por esse motivo nós precisamos desse isótopo”, explica Vega.Atualmente, o metal é importado, mas está em falta no mercado internacional. Conforme explica Vega, essa carência se dá pelo fato de a "China já ter comprado todo o material disponível para utilizar em seus reatores”, daí ser "necessário que o Brasil corra com essa produção”. Segundo o pesquisador, apenas Chile, Argentina e Austrália estão entre os grandes produtores, "enquanto o restante do mundo está atrás do lítio”. A maior reserva do mundo de lítio está na Bolívia.
Na avaliação do pesquisador, o Brasil tem potencial para se tornar um dos grandes produtores e provedores do metal por ter "uma grande reserva de lítio” – cerca de 8% das reservas mundiais. A produção nacional de lítio provém do minério espodumênio, localizado no Vale de Jequitinhonha, entre Bahia e Minas Gerais.
A falta de lítio é a principal carência das usinas nucleares. O coordenador diz que o projeto desenvolvido tem o potencial de suprir essas necessidades e, consequentemente, estimularia a utilização de fontes de energia nucleares – "que produzem energia limpa” – em detrimento das fontes fósseis.
Mas, para que o Brasil inicie uma produção autônoma de lítio e possa exportar o metal, conforme os objetivos da CBL, ainda é necessário aumentar o enriquecimento do 7Li de 92% para 99%.
As fases do estudo
Dividido em três etapas, o projeto consiste na purificação, separação e produção do isótopo 7. A primeira delas foi destinada a separar o lítio de outras impurezas, tais como sódio (Na), cálcio (Ca) e potássio (K) e foi concluída em 2020, quando os pesquisadores atingiram um índice de purificação de 99,99% a partir do carbonato de lítio.A segunda etapa – estágio atual – visa a separação isotópica entre 6Li e 7Li. Os isótopos encontram-se na proporção de 7,5% e 92,5%, respectivamente. O objetivo é conseguir aumentar a quantidade de 7Li de 92,5% para um valor acima de 99%. Os pesquisadores ainda buscam desenvolver todos os parâmetros de separação e otimizar o sistema.
Após serem finalizados os testes de otimização em escala de laboratório, a terceira estapa será a implantação de uma possível unidade deprodução de 7Li por parte da CBL. Nessa fase, segundo Vega, deverá ser firmado um outro convênio entre a CBL e o IPEN para realizar a implantação da unidade de produção do 7Li. Será necessário produzir 12 kg de hidróxido de 7Li mono-hidratado com 99% de pureza para suprir as necessidades das usinas de Angra I e II.
Atualmente, o maior fornecedor de 7Li para o Brasil é a Rússia*. "É necessário o Brasil desenvolver tecnologia nacional e não depender de outros países”, observa Vega. A CBL já realiza exportações de lítio para baterias e planeja, futuramente, iniciar as exportações de 7Li.
Separando os isótopos
A separação de isótopos por troca iônica é um dos processos obtidos por cromatografia. A técnica consiste em duas fases: a primeira, é chamada de "estacionária”, onde ficam as resinas de troca iônica. A segunda chama-se fase "móvel” e é constituída por uma solução líquida contendo os isótopos de interesse a serem separados.O experimento realizado pelos pesquisadores ocorreu a partir da utilização de três colunas empacotadas com resina de troca iônica em série: C1, C2 e C3. Uma amostra purificada de hidróxido de lítio (LiOH) foi carregada pelo líquido da fase móvel e circulada pelas três colunas.
A separação do lítio explora as diferenças entre os isótopos. Vega explica que "o 6Li tem um raio atômico maior, semelhante a uma bola de futebol americano, e o 7Li, um raio menor, semelhante a uma bola normal”. Devido ao seu tamanho, a maior parte do 6Li fica retida na resina e o 7Li sai no efluente. "É como se eu conseguisse fazer com que as duas competissem uma com a outra e então eu faço com que uma delas caminhe mais rápido, se afaste uma da outra”, resume Vega.
Ao final do processo, nas amostras da coluna C1, a abundância do 6Li foi maior que a natural. Na coluna C2, houve um aumento da abundância do 7Li. O Resultado foi a separação dos isótopos do 6Li e 7Li, de modo que a abundância do 7Li subiu de maneira significativa.
O projeto foi prorrogado por mais 10 meses e, de acordo com Vega, "Atingimos a separação isotópica, mas não chegamos a 99%. Ainda é preciso fazer vários experimentos nas colunas para otimizar o processo”.
Lítio-6 x lítio-7
Apesar de serem isótopos de um mesmo elemento, o líder do estudo explica que o 6Li e o 7Li "se comportam de forma completamente distintas na área nuclear”, devido ao fato de os isótopos serem "nuclearmente diferentes”.Enquanto o 7Li tem uso nos reatores de fissão nuclear, o 6Li é utilizado na fusão nuclear. "Ambos possuem valor nuclear, mas a utilidade depende da finalidade”, diz Vega.
O pesquisador explica que, nas usinas de fissão nuclear, como é o caso de Angra I e Angra II, apenas o 7Li pode ser utilizado para refrigerar os reatores PWR (Pressurized Water Reactor), por serem capazes de controlar o pH da água sem absorver nêutrons, devido à baixa seção de choque do 7Li.
"Não posso ter nem 1% de 6Li, porque ele vai começar a roubar nêutrons. A eficiência do aquecimento do reator vai decair”, ressalta Vega.
O mercado de lítio
Para além dos interesses nucleares, o lítio também possui amplo mercado. As principais aplicações são para baterias, cerâmicas e vidrarias, ar condicionado, medicamentos, polímeros, graxas lubrificantes e metalurgia.No mercado mundial, o lítio é vendido por toneladas e também sofre quedas e subidas no preço, assim como uma bolsa de valores. Vega destaca que, nos últimos cinco anos, houve uma valorização de 500% no preço do produto.
Um dos principais motivos do crescente é o aumento da demanda das baterias iônicas de lítio a partir do início do século XXI. De 2000 a 2020, a produção anual de lítio no mundo saltou de aproximadamente 200 mil toneladas por ano para 600 mil toneladas por ano. As baterias representavam cerca de 23% do consumo mundial de lítio até o ano de 2017.
A demanda causada pela aplicação de baterias de íon de lítio (Li-íon) aumentou significativamente o preço do lítio nas últimas décadas. Somente de 2000 a 2012, o preço do lítio foi de 2 mil dólares por tonelada para 6 mil dólares por tonelada.
Segundo estudos, o lítio apresenta uma variedade de propriedades economicamente benéficas e que oferecem diferentes aplicações químicas e técnicas. Dentre essas, o lítio é o metal que apresenta maior potencial eletroquímico.
"O Brasil não pode ser dependente”
Para Vinícius Alvarenga, superintendente da CBL, a tecnologia é estratégica porque trará autossuficiência ao Brasil, que além de dominar o ciclo da fissão nuclear, poderá também ser exportador do isótopo. Atualmente, Rússia e China são os principais fornecedores mundiais desse isótopo para as usinas nucleares de fissão, incluindo Angra I e Angra II."Hoje, deve haver mais de 450 usinas de fissão nuclear no mundo e apenas dois países dominando a tecnologia e o mercado de lítio. Isso dá a medida da importância estratégica e comercial para o Brasil também dominar esse ciclo e oferecer o isótopo 7 de lítio a países aliados. O país não pode continuar dependente”, diz Alvarenga.
É o mercado internacional o "grande vilão” para o Brasil competir em uma futura produção, considerando que o consumo das usinas de Angra, somente, é pequeno, não traria impacto econômico muito relevante, de acordo com Alvarenga. Segundo ele, o impacto econômico em nível mundial é o que faz dessa tecnologia estratégica para o país.
"Inclusive, poderíamos discutir as estratégias com a rede pública, com a União, para o nosso produto ser absorvido no mercado internacional. Aí sim, internacionalmente, teria um impacto mais relevante da tecnologia", acrescentando que o projeto com o IPEN é algo "bastante distinto da produção da CBL” e, por isso, "muito relevante”.
"Começamos mais timidamente, com apenas uma pesquisadora, na purificação do composto químico de lítio, mas ao vislumbrarmos o avanço, nós intensificamos o investimento há dois anos, montando um laboratório nas instalações do IPEN e participando das despesas em desenvolvimento e tecnologia”, conta Alvarenga.
As expectativas da CBL é, no curto prazo, consolidar a separação isotópica. Já foi alcançado o índice de pureza da ordem de 99.35%, a meta é atingir 99.99%. Depois dessa fase, a produção. "Precisamos produzir uma certa quantidade que dê para iniciarmos testes de aplicação dos isótopos na Eletronuclear ou em outras usinas fora do Brasil. Temos a expectativa que isso se torne uma nova atividade comercial da CBL, no futuro”, concluiu.
Equipe multidisciplinar
O projeto está sendo desenvolvido por meio de cooperação entre áreas do IPEN-CNEN, com equipe liderada pelos Coordenadores Oscar Vega e Marycel Cotrim. Os outros integrantes são os pesquisadores Vanderlei Bergamaschi e João Coutinho Ferreira, do Centro de Célula a Combustível a Hidrogênio (CECCO), os técnicos João Batista de Andrade e Edson Takeshi, do Centro de Engenharia Química (CEQMA), além da pós-doc Juliana Otomo, as químicas Mariana Novais de Andrade, Maíse Pastore Gimenez, Letícia Nascimento e dos alunos de iniciação científica, Henrique Bataglia e Paulo Leão.-----
Leonardo Novaes, estagiário
(Com Supervisão)* Matéria atualizada. Na versão anterior, havia uma citação afirmando sobre possível interrupção no fornecimento. A estatal russa Rosatom, responsável pela comercialização, informou que a Rússia não pretende descontinuar.
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- 27/04/2023 - IPEN apresenta projetos na área de biocombustíveis e novas energias a gestores do Estado de São PauloSecretário Lucas Ferraz manifestou entusiasmo com a possibilidade de produção do hidrogênio verde a partir do etanol, que é uma “vantagem comparativa”, uma vez que São Paulo é o maior produtor mundial de etanol.
Secretário Lucas Ferraz manifestou entusiasmo com a possibilidade de produção do hidrogênio verde a partir do etanol, que é uma “vantagem comparativa”, uma vez que São Paulo é o maior produtor mundial de etanol.
O Brasil pode se beneficiar do selo ‘Hidrogênio Verde’, e o Estado de São Paulo tem todas as condições de ser protagonista na indústria de biocombustíveis e novas energias, tendo a ciência como balizadora de políticas públicas. Quem afirma é o pesquisador Fábio Coral Fonseca, gerente do Centro de Células a Combustível e Hidrogênio (CECCO) do IPEN.
Nesta terça-feira, 24, Lucas Ferraz e Marisa Barros, respectivamente secretário de Negócios Internacionais e subsecretária de Energia e Mineração do Estado de São Paulo, visitaram o IPEN, e Fonseca fez uma apresentação sobre as pesquisas desenvolvidas no Instituto, desde que foi implementado o Programa Brasileiro de H2 e Células a Combustível, em 2002.
Célula a combustível é um dispositivo de conversão direta da energia química de um combustível em eletricidade. As chamadas SOFCs – do inglês Solid Oxide Fuel Cell (Célula a Combustível de Óxido Sólido) são as mais eficientes para essa conversão direta e, por isso, têm recebido atenção da comunidade científica e de vários desenvolvedores que têm investido no uso dessa tecnologia em diversas aplicações.
O IPEN pesquisa síntese, processamento, caracterização, fabricação e testes de SOFCs unitárias e materiais componentes. "Nossas foco principal é o uso de combustíveis alternativos ao hidrogênio, como o bioetanol e o gás natural”, diz Fonseca. Os estudos – acrescenta – são desenvolvidos em colaboração com instituições nacionais e estrangeiras, por meio de intercâmbio de pesquisadores e alunos de pós-graduação.
Fonseca apresentou o potencial do etanol na economia do hidrogênio e mencionou o acordo de parceria com a Nissan, firmado em 2019 e renovado em junho de 2022, visando o desenvolvimento de um veículo movido por SOFC que gera energia elétrica a partir da utilização do bioetanol. "A ideia é avaliar e viabilizar diferentes componentes e torná-los adequados para uso em possíveis projetos em escala comercial”.
Outra colaboração citada por Fonseca visa o desenvolvimento da nova geração de ônibus a hidrogênio aproveitando o H2 do sistema produtivo da Eletronuclear, basicamente do Parque Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis (RJ). Esse estudo tem a participação da Schwaben Engenharia, empresa do grupo alemão Lauer & Weiss, com mais de 15 anos de experiência no segmento automotivo.
Os principais resultados do Centro liderado por Fonseca, nos últimos cinco anos, estão nos 120 papers (artigos científicos) publicados em revistas de alto impacto, cinco patentes, na formação de 25 mestre e 20 doutores, orientados por pesquisadores do CECCO e no livro "O IPEN e a economia do Hidrogênio", com lançamento ainda este semestre. "Nós temos todas as condições para ser balizadores de políticas públicas em novas energias e estamos à disposição do Estado de São Paulo”, salientou.
Políticas públicas
De acordo com Marisa Barros, a visita ao IPEN foi ‘muito oportuna’ considerando que o Estado de São Paulo está estruturando o seu Plano Estadual de Energia, no horizonte de 2050. "Foi uma grata surpresa essa visita e a possibilidade de conhecer diversos projetos que coadunam e são aderentes à meta principal do Plano, que é alcançar emissões líquidas de carbono zero no horizonte programado”.
Conhecer as rotas de produção de H2 de baixo carbono a partir etanol é fundamental para os objetivos do Plano, uma vez que o etanol é importante vetor energético do Estado de São Paulo, avalia a subsecretária de Energia e Mineração, cuja pasta está vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL), tendo a procuradora federal Natália Resende como titular.
"É muito relevante que a comunidade científica e a sociedade em geral tenham conhecimento de que o hidrogênio de baixo carbono, incluindo aí o renovável, o verde, pode sim ser obtido a partir do etanol, que é um insumo importante no Estado de São Paulo, isso foi bastante positivo e isso se reflete como uma estratégia de mitigação no âmbito do Plano Estadual”, destacou Barros.
"Verde e amarelo”
Uma das questões levantadas pelo secretário Lucas Ferraz foi quanto a viabilidade e a necessidade de aumentar a escala do que já é oferecido no setor da economia do hidrogênio. "Vocês são a inteligência, nós somos os formuladores de políticas públicas e vamos viabilizar o que vocês sugerirem”, afirmou, dizendo-se "muito impressionado” com os projetos desenvolvidos pelo IPEN na área de energia renovável.
Ferraz comentou que o momento internacional está abrindo uma "nova janela de oportunidades” para atração de investimentos no Estado de São Paulo e que há um entusiasmo com a possibilidade de produção do hidrogênio verde a partir do etanol, que é uma "vantagem comparativa”, uma vez que São Paulo é o maior produtor mundial de etanol.
O secretário salientou o avanço das pesquisas no IPEN e adiantou a expectativa de parceria, "num futuro próximo”, entre as instituições de C&T, envolvendo "toda a capacidade científico-tecnológica do Estado e o Governo, na montagem de políticas públicas adequadas capazes de tornar realidade essas novas tecnologias em energia renovável”.
Fábio Coral Fonseca ressaltou que a visita da comitiva do Governo é "uma mudança de paradigma” e que é função do IPEN assumir protagonismo. "Essa aproximação com o Estado de São Paulo é muito importante, e ficamos muito contentes de saber que o poder público veio até o IPEN se informar para embasar suas decisões de políticas públicas nas opiniões científicas”.
O pesquisador destaca que uma parceria com o Estado pode trazer muitos benefícios. "Espero que percebam a qualidade dos projetos que a gente tem capacidade de desenvolver e que podem determinar rumos futuros para uma transição energética, descarbonização da indústria, de modo que São Paulo continue tendo protagonismo na indústria de biocombustíveis e novas energias. Temos todas as condições de criar e consolidar o selo ‘Verde e Amarelo’”, finalizou.
No IPEN
Lucas Ferraz e Marisa Barros foram recepcionados no IPEN pelo superintendente Wilson Calvo e pela diretora substituta Isolda Costa. Eles vieram acompanhados de Thiago Rodrigues São Marcos Nogueira e Carina Dolabella, assessor especial e assessora técnica da SENI, e de Jacqueline Faiolo Terto de Oliveira e Ricardo Cantarani, assessores da Subsecretaria de Energia e Mineração da SEMIL.
Os projetos desenvolvidos no CECCO contam com várias colaborações nacionais, entre elas a Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Instituto Nacional de Tecnologia (INT), e são financiados por diversos projetos de agências de fomento como a FAPESP, CNPq, CAPES e FINEP.
Estava prevista uma visita aos laboratórios do CECCO, mas, devido à agenda do secretário, ficou para outra oportunidade.
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- 27/04/2023 - Repositório científico para a comunidade de países de língua portuguesaO Portal do Repositório Científico da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - RPCLP tem por objetivo promover, fomentar e impulsionar a criação de espaços para o ensino superior e da ciência e tecnologia integrando com os demais repositórios científicos nacionais.
O Portal do Repositório Científico da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - RPCLP tem por objetivo promover, fomentar e impulsionar a criação de espaços para o ensino superior e da ciência e tecnologia integrando com os demais repositórios científicos nacionais.
O Portal agrega mais de dois milhões de artigos científicos provenientes de repositórios e revistas científicas do Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e Timor-Leste. Destina-se a pesquisadores e docentes, gestores de repositórios e revistas científicas de acesso aberto, dirigentes de instituições de ensino superior e ao público em geral.
Link para o "Repositório Científico da CPLP / Portal de Acesso Aberto da CPLP”
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- 19/04/2023 - CPG torna pública abertura de processo de credenciamento e recredenciamento de docentes 2023Processo terá duas fases distintas. Interessados têm até o dia 24 de maio para preencher formulário de pré-cadastramento.
Processo terá duas fases distintas. Interessados têm até o dia 24 de maio para preencher formulário de pré-cadastramento.
A Comissão de Pós-Graduação (CPG) do Programa em Tecnologia Nuclear do IPEN/USP torna público para conhecimento dos interessados a abertura do processo para o credenciamento e recredenciamento de orientadores que neste ano de 2023 terá duas fases:
1.A Fase de Pré-Cadastramento, quando todos os interessados(as) em orientar, coorientar ou continuar orientando pelo programa deverão preencher o formulário:https://forms.gle/VBkSca8Dz3Vu7stY8
O comitê de Credenciamento irá avaliar as manifestações de interesse e linhas de pesquisa apresentadas no pré-cadastramento, bem como definir o número de vagas a serem abertas na fase de inscrição para as três áreas de concentração do programa.
Essa fase é aberta a todos pesquisadores, servidores do IPEN ou não, interessados em se tornar orientadores e aqueles orientadores de mestrado, já credenciados no programa IPEN/USP, que pretendam orientar doutorado.
O recredenciamento é permitido àqueles que tenham interesse e sua data de vencimento como orientador do programa seja até 31/12/2023.
O período de pré-cadastramento vai de 24/04/2023 à 24/05/2023.
2. A Fase de Inscrição no processo de credenciamento e recredenciamento estará aberta a todos aqueles e aquelas que tenham preenchido o pré-cadastramento.Nessa fase, será avaliada a participação do docente no programa de pós-graduação em Tecnologia Nuclear conforme o nível pleiteado.
Em caso de dúvidas ou esclarecimentos, envie mensagem eletrônica para:ppgtn@ipen.br.
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- 11/04/2023 - IPEN divulga resultado de seleção de bolsas de Pós-DoutoradoOs candidatos selecionados devem confirmar até o dia 18/04 para confirmar o interesse na bolsa que terão início a partir de 01/05
Os candidatos selecionados devem confirmar até o dia 18/04 para confirmar o interesse na bolsa que terão início a partir de 01/05
A Coordenadoria de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino (COPDE), por meio do Escritório de Gestão de Projetos (SEEGP), torna público o resultado dos processos seletivos de bolsistas de Pós-Doutorado que atuarão em projetos de fomento interno.
Os selecionados deverão entrar em contato com o SEEGP pelo e-mail seegp@ipen.br que até 18 de abril, terça-feira, para confirmar o interesse pela bolsa e receber instruções necessárias para a implementação da bolsa.
O início das atividades no IPEN será a partir de maio, salvo algum impedimento do candidato selecionado que deverá informar ao SEEGP para análise e possíveis ajustes.
Em alguns projetos há lista de espera e, nesses casos, a chamada dos candidatos será pela ordem de classificação. Questões sobre os resultados deverão ser tratadas diretamente com os coordenadores dos projetos em que o candidato concorreu.
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- 05/04/2023 - Homenagem a Margarida Hamada, destaques do ano, resultados e preocupações dão a tônica do Plano Diretor 2023Indicadores mostram que o IPEN continua superando expectativas, apesar das limitações orçamentárias. Entre os desafios, a necessidade de recomposição do quadro de pessoal. Grandes projetos e publicações são as principais conquistas.
Indicadores mostram que o IPEN continua superando expectativas, apesar das limitações orçamentárias. Entre os desafios, a necessidade de recomposição do quadro de pessoal. Grandes projetos e publicações são as principais conquistas.
Os "Destaques do Ano” de 2022, anunciados no encerramento dos Seminários do Plano Diretor, nesta quarta-feira (5), contou com a participação presencial da ex-gerente do Centro de Tecnologia das Radiações (CETER), Margarida Mizue Hamada. Escolhida como "Pesquisadora Destaque”, Hamada foi homenageada pela "inestimável contribuição às pesquisas” durante sua gestão, segundo as palavras da diretora substituta do IPEN, Isolda Costa. "É uma honra estar aqui hoje para essa homenagem”, afirmou a pesquisadora, afastada de suas atividades para tratamento de saúde.
Também foram homenageados o Centro de Células a Combustível e Hidrogênio (CECCO), como "Destaque na Mídia”, João Ulrich (CEQMA) e Luis Alberto Pereira Dias (CECRF), "Servidores Destaque”, Priscila Cantão (SEGPE) e Diego Rocha (SEGRS), "Colaboradores Destaque”, e a própria Isolda Costa, "Destaque do Ano”, prêmio designado levando em conta o critério da métrica, ou seja, uma média entre número de publicações internacionais arbitradas no ano e sua qualidade, via Fator de Impacto normalizado por área – o FI é variado para cada área.
"As premiações anuais são um reconhecimento aos que se destacaram nos respectivos serviços. Mas não deixa de ser também uma maneira de destacar o setor como um todo, considerando que ninguém trabalha sozinho. E eu fico muito feliz de o IPEN poder dizer a essas pessoas o quanto elas são importantes para que o Instituto cumpra a sua missão, que é de levar qualidade de vida à população brasileira”, disse Costa, acrescentando que os Seminários do Plano Diretor "confirmam a pujança do IPEN, mesmo diante da redução de quadros e dos recursos limitados”.
Prêmios coletivos
O Centro de Lasers e Aplicações (CELAP) foi destaque nas categorias "P&D – Publicações”, cuja métrica são as publicações por doutor pro-rata conforme registro no Repositório Institucional do IPEN, e "Ensino”, mediante fórmula que leva em consideração índices de orientações concluídas por doutor pró-rata, com pesos diferentes para doutorado, mestrado e iniciação científica, e
de disciplinas ministradas por doutor pró-rata, com pesos diferentes para níveis de pós-graduação e graduação.Em relação ao número de publicações, o destaque foi o Centro de Ciência e Tecnologia dos Materiais (CECTM), com o total de publicações 62 em periódicos internacionais em 2022, conforme o Repositório Institucional IPEN. Na função "P&D – Projetos”, o vencedor foi o Centro de Engenharia Nuclear (CEENG), com o melhor desempenho em captação em agências de fomento (calculado pela somatória dos valores dos projetos novos aprovados em 2022), totalizando R$ 14.827.069,00. O CEENG também foi o que mais se destacou na "Função P&D – Relatório Técnico”, com 65 no total.
Na função "Produção – Produtos Cobrados”, o Centro de Radiofarmácia (CECRF) foi o destaque, por seu desempenho (recebeu R$ 102.776.795,75). Já o CETER levou na função "Serviços – Serviços Cobrados”, valor R$ 462.491,44.
"Pujança”
Os gerentes de Centros de Pesquisa foram unânimes em apontar os riscos de linhas de pesquisas deixarem de existir, caso o quadro de pessoal não seja reposto com certa urgência. Até mesmo o CECCO, considerado um "Centro mais novo”, no que se refere aos pesquisadores, técnicos e servidores, e com suas linhas "bombando” na mídia, está no limite. "Inclusive, essa visão, de que somos um Centro novo, é equivocada. Não só não somos, como estamos diminuindo cada vez mais, correndo sérios riscos de perder esse conhecimento”, afirmou Fábio Coral Fonseca.
Por outro lado, os resultados apresentados pelos gerentes demonstram a "pujança” do IPEN, diante de tantos desafios e falta de pessoal, segundo observou o superintendente do Instituto, Wilson Calvo. Ele ressaltou, como exemplo, a atuação do IPEN durante a pandemia da Covid-19, quando, apesar dos riscos e das limitações, a Rediofarmácia não parou a produção. "Nós não deixamos de fornecer os radiofármacos, mesmo enfrentando as dificuldades com logística e os riscos à saúde dos nossos servidores. Isso mostra a nossa força e a nossa importância”, acrescentou.
Problemas como a dificuldade de manutenção de prédios e de equipamentos foram mencionados, assim como outras possibilidades de contratação por tempo limitado, para suprir a falta de pessoal efetivo. Outras conquistas, relativas premiações de alunos de pós-graduação e pesquisadores em eventos científicos e a reportagens destaques na mídia, também foram mencionadas pelos gerentes, em suas apresentações, a conquista de novos projetos.
Entre os projetos, destaque para o INCT INTERAS– Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia das Radiações na Saúde, coordenado pela pesquisadora Denise Zezell, do CELAP. Dez dos 14 pesquisadores do IPEN participantes da proposta aprovada são docentes do Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde, do Instituto.Com duração de 60 meses, o INCT INTERAS terá o aporte de quase R$ 6 mi (R$ 3,8 mi para custeio, R$ 1,4 mi para capital e R$ 720 mil em bolsas).
Tendo como vice- coordenador o professor Emiliano H. Medei, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o INCT INTERAS conta com a participação de 11 instituições nacionais e 10 estrangeiras, nove empresas, e a colaboração de outras seis instituições, sendo três nacionais e três estrangeiras. "Mais uma enorme conquistas aos pesquisadores do CELAP e, além disso, um grande aporte ao Mestrado Profissional”, afirmou Calvo.
Os Seminários do Plano Diretor aconteceram entre os dias 27 de março e 5 de abril, todas as manhãs, nos respectivos Centro (conforme programação prévia), com encerramento na tarde do dia, após a apresentação da Coordenação de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino (COPDE) e, na sequência, a entrega das premiação. A coordenação dos Seminários é de responsabilidade de Fábio Lima, a quem, ao final, a direção manifestou agradecimentos e congratulações.
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- 30/03/2023 - Webinar sobre o intercâmbio entre professores russos e alunos internacionaisO evento virtual acontece dia 30 de março, às 9h, horário de Brasília, pelo MEPhI
O evento virtual acontece dia 30 de março, às 9h, horário de Brasília, pelo MEPhI
O Moscow Engineering Physics Institute (MEPhI), Rússia, realiza o webinar Professors in Russia& their attitude towards internationals students no dia 30 de março, terça-feira, às 9h, com as participações de Dmitry Shamokin, diretor do MEPhI e do aluno de doutorado da Pós-Graduação USP-IPEN, Júlio de Oliveira Junior.
Oliveira Júnior encontra-se em intercâmbio no MEPhI, Moscou, e é orientado pelo Dr. Roberto Vicente, do Serviço de Gestão de Rejeitos Radioativos do IPEN.
Link para o evento pelo QR Code.
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- 29/03/2023 - Destaque para o RMB no Desfile Cívico de Comemoração pelos 58 anos de Emancipação de IperóO município de Iperó comemorou, no último dia 21 de março, os 58 anos de sua emancipação. Uma das atividades comemorativas foi um desfile cívico, onde a sociedade organizada se apresentou por meio de suas entidades com temas de destaque para a comunidade.
O município de Iperó comemorou, no último dia 21 de março, os 58 anos de sua emancipação. Uma das atividades comemorativas foi um desfile cívico, onde a sociedade organizada se apresentou por meio de suas entidades com temas de destaque para a comunidade.
As escolas municipais desfilam com seus alunos temas de relevância para a cidade e os apresentam de forma didática. A atividade promove a divulgação do tema e contribui para a formação dos alunos.
A Escola Municipal Dra. Neide Fogaça de Lima trouxe como tema do desfile deste ano grandes personagens do passado do País e uma visão otimista de futuro para a região apresentando o uso da tecnologia nuclear com o estabelecimento do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).
Os alunos do curso primário desfilaram com cartazes do RMB, vestidos com jalecos que evocavam os pesquisadores e alegorias de átomos. Alguns alunos apresentaram uma coreografia representando um átomo com elétrons girando ao redor de um núcleo.
A escolha de apresentar o RMB foi uma ação espontânea dos professores. A convite dos representantes do RMB e da direção do IPEN, os professores visitaram o Instituto para conhecerem mais sobre o tema e se inspirarem para a confecção dos cartazes e demais adereços para o desfile.
Estiveram presentes ao evento representando o IPEN e o RMB, a coordenadora de Produtos e Serviços, Tereza Salvetti, Patricia Mattar, Paulo Dias e o Pesquisador Emérito do IPEN, José Augusto Perrotta.
"Cumprimentamos Iperó e, particularmente, os alunos e professores da Escola Municipal Dra. Neide Fogaça de Lima, pelo belo desfile realizado. Agradecemos à Diretora Gladys Bartolone e a Professora Valdineia Rodrigues Xavier pela atenção e inclusão do RMB no desfile de sua escola, e ao Prefeito de Iperó Leonardo Roberto Folim pelo apoio que tem dado ao Empreendimento RMB", conclui Perrotta.
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- 27/03/2023 - Pesquisadores do Cistar visitam IPEN e trazem experiências em ações de diversidade e equidadeAbhaya Datye proferiu palestra sobre catalisadores, no CECCO, e Denise Driscoll falou para COPLG sobre como usar a diversidade e a educação para motivas futuros pesquisadores
Abhaya Datye proferiu palestra sobre catalisadores, no CECCO, e Denise Driscoll falou para COPLG sobre como usar a diversidade e a educação para motivas futuros pesquisadores
O IPEN recebeu na última quinta-feira, 23, a visita dos professores Abhaya Datye, do Departamento de Engenharia Química e Biológica da Universidade do Novo México (UNM), e Denise M. Driscoll, adjunta de Ciências Psicológicas na Universidade de Purdue. Eles vieram representar o Centre for Innovative and Strategic Transformation of Alkane Resources – Cistar, do qual são, respectivamente, diretor de Programas Internacionais e diretora de Diversidade e Inclusão.
O Cistar é um centro de engenharia da National Science Foundation, baseado na Universidade de Purdue (EUA), em modelo similar aos Centros de Pesquisas em Engenharia, da Fapesp, como o Centro de Inovação em Novas Energias (CINE). "Nosso projeto, coordenado pelo IPEN, se chama "Centro a Centro (C2C)", entre o Cine e o Cistar, e é financiado pela Fapesp e NSF com o objetivo de aproximar os centros de pesquisa promovendo trabalhos em conjunto”, disse Fabio Coral Fonseca, gerente do Centro de Células a Combustível e Hidrogênio (CECCO).
A ideia é promover colaboração por meio da troca de conhecimentos e oportunidades de intercâmbio entre os alunos e pesquisadores participantes. "No momento, temos um aluno de doutorado (CIN/UFABC) e uma pós-doc (IPEN) em estágio nos laboratórios do CISTAR”, acrescentou Fonseca, enfatizando a relevância da cooperação interinstitucional. "É uma colaboração muito importante e que nos orgulha bastante”.
Acompanhado de Isolda Costa e Wilson Calvo, respectivamente da diretora substituta e superintendente do IPEN, o gerente do CECCO recepcionou Datye e Driscoll no Espaço Marcello Damy, onde os professores visitantes conheceram um pouco da história do Instituto. "Foi muito interessante porque já iniciamos uma boa conversa sobre a possibilidade de os centros de pesquisa se engajarem em ações efetivas de educação e um olhar um pouco mais humanizado para as nossas áreas de atuação”, disse Costa.
Na sequência, o professor Abhay, especialista em catálise e microscopia eletrônica, visitou as instalações do CECCO e "proferiu uma palestra excelente sobre ‘Atom trapping in ceria-based Catalysts’, segundo Fonseca. O grupo liderado por Abhay foi pioneiro no desenvolvimento de ferramentas de microscopia eletrônica para o estudo de catalisadores. Sua pesquisa foi reconhecida através de inúmeros prêmios, entre eles, o prêmio Giuseppe Parravano por Excelência em Catálise, da Michigan Catalysis Society, concedido em 2022.
Equidade e diversidade
Bacharel em psicologia pela Universidade de Indiana e doutora em psicologia social pela University of California, Santa Barbara, Denise Driscoll tem mais de 30 anos de experiência, trabalhado ativamente em questões de diversidade, equidade e inclusão (DEI). Ela atua ensinando cursos, fazendo pesquisas, criando e facilitando workshops, avaliando a cultura do local de trabalho e aconselhando universidades, organizações sem fins lucrativos e empresas sobre as melhores práticas de DEI.
Driscoll compartilhou parte dessa experiência aos gestores da área de recursos humanos do IPEN, em reunião na Sala dos Conselhos, coordenada pela diretora substituta, Isolda Costa, e pelo superintendente Wilson Calvo. Em sua apresentação, intitulada "Center to Center NSF Grants: The Role of Cistar's Inclusion and Education Pillars” (Subsídios Centro a Centro da NSF: o papel dos pilares de inclusão e educação do Cistar, em tradução livre), ela explicou os princípios da Diversity and Culture of Inclusion – DCI (Diversidade e Cultura de Inclusão).
A "diversidade” (D) é ideal global. Mas, segundo Driscoll, essa "cultura” (C) está presente quando, em um ambiente de trabalho, as pessoas, os processos e procedimentos em vigor e as normas para interações são abertos, justos, colaborativos, respeitosos e incentivadores do crescimento profissional. Por sua vez, quando um indivíduo (I) se sente incluído na cultura, interconectado e identificado com o grupo, ele se sente comprometido com o sucesso do grupo e entende que se encaixa na cultura do grupo.
"O trabalho da Dra. Driscoll é muito importante porque relacional os aspectos tecnológicos e humanos da pesquisa. É voltado para a área de energia, mas tem essa vertente de integrar os alunos envolvidos na pesquisa desde a fase de estudos, propriamente, como as aplicações. Um dos focos que ela procura desenvolver é despertar nos alunos uma boa perspectiva dos impactos daquela pesquisa. Ao interagirem com a indústria, em eventos que organizam, por exemplo, eles conseguem ter uma visão mais completa da importância daquilo que estão estudando ou desenvolvendo”, comentou Isolda Costa.
Segundo ela, que também é psicóloga, o sentimento de pertencimento traz a motivação. "Quando os alunos compreendem bem a repercussão da sua pesquisa na vida das pessoas, eles certamente ficam mais entusiasmados, motivados na condução dos trabalhos. Outra tarefa é levar esse entusiasmo para as crianças, com isso, estimulam também o interesse pela ciência desde cedo. E a Dra. Driscoll tem essa visão muita própria de fazer a interconexão entre os participantes dos grupos de trabalho, de maneira que eles se sintam esse pertencimento, essa inclusão, respeitando as diferenças”, acrescentou.
Isolda diz que Driscoll abre uma nova frente de atuação no IPEN, pensando em congregar pesquisadores para que o Instituto possa pleitear financiamento, a fim de promover ações para despertar o interesse dos jovens brasileiros pela ciência, por meio de parceria com o setor privado e as escolas de ensino fundamental e médio. "É muito importante que o aluno se sinta incluído para que ele possa acolher os propósitos da equidade e da diversidade”, ressaltou a pesquisadora norte-americana, que se dispôs a voltar ao Instituto para futura parceria e treinamentos.
Além da visita ao IPEN, Abhaya Datye e Denise Driscoll também conheceram a Universidade Federal do ABC (UFABC), o próprio CINE e o Projeto Sirius.
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- 24/03/2023 - Servidores do IPEN com mais de 45 anos de atividades são homenageados pelo MCTIA cerimônia de entrega de placas em homenagem aos 23 servidores atuantes no IPEN há mais de quatro décadas foi realizada no Espaço Marcello Damy na manhã de 24 de março
A cerimônia de entrega de placas em homenagem aos 23 servidores atuantes no IPEN há mais de quatro décadas foi realizada no Espaço Marcello Damy na manhã de 24 de março
Se somássemos o tempo de trabalho no IPEN dos 23 servidores ativos com mais de 45 anos na instituição, chegaríamos a 1.077 anos. Se retrocedêssemos no tempo, chegaríamos ao ano de 946, no século X. Essa é uma uma curiosidade, mas caso as histórias que cada um desses altruístas servidores fossem relatadas, teríamos um compêndio emocionante sobre o desenvolvimento da ciência, tecnologia e sociedade brasileira.
A homenagem, realizada no último dia 24, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para os servidores com mais tempo em atividade, fez parte das celebrações pelos 66 anos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), completados em 31 de outubro de 2022. Foram contemplados também servidores das demais unidades técnicas-científicas da CNEN.
Na cerimônia de entrega das placas confeccionadas pelo MCTI, realizado no Espaço Cultural Marcello Damy, a diretora substituta do IPEN, Isolda Costa e o superintendente da Instituição, Wilson Aparecido Parejo Calvo, destacaram a determinação, o apoio, a contribuição de todos os servidores homenageados à missão do Instituto em contribuir com a qualidade de vida da sociedade brasileira.
Homenageados:
Adimir dos Santos
45
Antonio Luiz Pires
45
Carlos Alexandre de J. Miranda
45
Maria Elisa Chuery M. Rostelato
45
Eliana Navarro dos S. Muccillo
46
Helio Takumi Massaki
46
Maria Antonia Ferreira dos Santos
46
Marina Fallone Koskinas
46
Mario Bernardo Rojo Leyton
46
Massao Kamonseki
46
Pedro Eiti Aoki
46
Washington de Carvalho Lopes
46
Alberto Saburo Todo
47
Goro Hiromoto
47
Hissae Miyamoto
47
Leonardo Gondim de A. e Silva
47
Linda Caldas
47
Luiz Carlos de Oliveira
47
Mauro da Silva Dias
47
Rogério Jerez, in memoriam
48
Valdemir Gutierrez Rodrigues
49
João Pereira de Almeida
50
Pedro Mariano
53
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- 21/03/2023 - Aluno de IC do IPEN ganha prêmio de melhor pôster no mais importante simpósio da área de rejeitosInstituto enviou dez alunos para o evento em Phoenix, Arizona. Vencedor é orientado pelo pesquisador Roberto Vicente, do SEGRR, e teve o trabalho exposto em área nobre, ao longo da semana.
Instituto enviou dez alunos para o evento em Phoenix, Arizona. Vencedor é orientado pelo pesquisador Roberto Vicente, do SEGRR, e teve o trabalho exposto em área nobre, ao longo da semana.
O estudante Gabriel Fuitem Martins, bolsista de iniciação científica no IPEN, orientado pelo pesquisador Leandro Goulart de Araújo, foi contemplado com prêmio de melhor pôster no Waste Management Symposium – WMS2023, o maior evento da área de rejeitos radioativos do mundo, realizado entre os dias 26 de fevereiro e o dia 3 de março, em Phoenix, Arizona, EUA. Cursando o terceiro ano de química na USP, Gabriel apresentou o trabalho "Use of Calcium Alginate Composites in the Removal of Thorium-234 from Aqueous Solutions" ("Uso de Compostos de Alginato de Cálcio na Remoção de Tório-234 de Soluções Aquosas").
O WMS2023 é um evento anual, sempre na mesma época do ano. Vicente destacou que o IPEN enviou um grupo de dez estudantes do Serviço de Gestão de Rejeitos Radioativos (SEGRR) para apresentar seus trabalhos, aprender com os especialistas que comparecem e conhecer outros estudantes de vários países com interesse na mesma área. "A missão foi um sucesso, e é interessante compartilhar essa conquista com a comunidade do IPEN, porque essas histórias de sucesso fazem bem à instituição, em particular porque um dos integrantes foi contemplado com o prêmio de melhor pôster”, afirmou.
De acordo com Gabriel, a notícia foi dada durante um almoço no evento, onde estavam presentes cerca de 3 mil pessoas. "A diretora do evento me chamou ao palco para receber o prêmio.Eu sabia que tinha feito uma boa apresentação, mas não imaginava que seria premiado, os meus colegas do laboratório vão a esse congresso há bastante tempo e nunca viram um brasileiro ganhar esse prêmio antes”, disse o estudante. "Certamente [o prêmio] teve um grande impacto na minha carreira”, acrescentou. A pesquisa é coorientada pela pesquisadora Sabine Neusatz Guilhen, do Centro de Química e Meio Ambiente (CQMA).
O WMS2023 tem a duração de cinco dias, mas posteresde estudantes ficam exibidos apenas uma tarde. Somente o trabalho vencedor (melhor pôster) fica exposto durante todo o evento, em uma área de alta circulação. "Com isso, consegui conversar e discutir sobre meu projeto com muitas pessoas de diferentes setores, líderes de indústrias, departamentos governamentais, professores etc., que ficaram bastante impressionados com minha aérea de pesquisa, então fiz diferentes contatos no mundo todo”, conta Gabriel.
Para ele, não apenas o prêmio, mas o evento como um todo, foi muito bom. "Pude assistir a várias palestras e apresentações de profissionais muito importantes da área nuclear, agregando bastante para o meu aprendizado”, disse Gabriel. Outro integrante do grupo, Ítalo Henrique Alves, destacou que a participação de 10 brasileiros, todos do IPEN, no WMS2023, em Phoenix, "é um marco”. "Por ser o maior evento do mundo na área, é uma oportunidade única para conhecer o estado da arte das pesquisas”, ressaltou.
Além disso, o contato com estudantes de outros países, segundo Ítalo, "possibilita discutir os principais assuntos que envolvem o trabalho, fazer contatos para possíveis parcerias e conhecer soluções fornecidas por empresas experts na área”, salientando que a presença do IPEN-CNEN "é imprescindível, pois reforça nossa posição como país extremamente preocupado com a gestão efetiva e segura de rejeitos radioativos, além de sermos o maior instituto responsável pela gestão de rejeitos radioativos”.
Outro ponto destacado por Ítalo diz respeito à apresentação dos resultados de pesquisas do IPEN, possibilitando a realização de cooperação junto com outros atores importantes na área. "Prova disso é a conquista do bolsista de IC Gabriel Fuitem Martins pelo seu trabalho e os contatos trocados em diversas oportunidades entre o nosso grupo e os participantes estrangeiros. Espero, no próximo, poder participar novamente, com resultados sobre o trabalho que desenvolvo junto ao meu orientador, Dr. Roberto Vicente”, concluiu.
Além de Gabriel e Ítalo, participaram Victor Keichi Tsutsumiuchi, Derek Cordeiro Silva, Natalie Costa Rolindo , Ícaro Vaz Freire, Paloma Suzane Cabrera, Monise Vasconcelos de Andrade, Priscila Costa e Bianca Geraldo.