Em Foco
-
- 28/07/2022 - CEO da Nissan Brasil visita o IPEN/CNEN para acelerar pesquisa do veículo híbrido a etanolAirton Cousseau conheceu o laboratório onde está sendo desenvolvida a Célula a Combustível de Óxido Sólido (SOFC) e participou de reunião técnica com pesquisadores
Airton Cousseau conheceu o laboratório onde está sendo desenvolvida a Célula a Combustível de Óxido Sólido (SOFC) e participou de reunião técnica com pesquisadores
Diretores da Nissan estiveram no IPEN/CNEN, na manhã desta quarta-feira (27), para avaliar projetos em andamento e discutir novos caminhos. A visita é mais um capítulo de uma parceria firmada em 2019 e renovada em 2021. O acordo prevê o desenvolvimento de um veículo movido a Célula a Combustível de Óxido Sólido (SOFC), que gera energia elétrica a partir da utilização do bioetanol.
Estiveram presentes no Instituto Airton Cousseau, presidente da Nissan Mercosul e diretor geral da Nissan do Brasil, Ricardo Abe, gerente de Engenharia de Produto da montadora, e Nathalia Boareto, chefe de gabinete. O gerente de Internacionalização do IPEN-CNEN, Nicklaus Wetter, recepcionou os visitantes, representando a diretora substituta Isolda Costa.
A visita foi articulada pelo pesquisador Fabio Coral Fonseca, gerente do Centro de Células a Combustível e Hidrogênio (CECCO) e responsável pelo projeto. A recepção institucional aos visitantes ocorreu no Espaço Cultural Marcelo Dammy, onde é possível acompanhar uma "linha do tempo” da história e das pesquisas do Instituto.
Na sequência, a comitiva visitou o CECCO, onde juntaram-se outros dois pesquisadores encarregados pelo projeto, Estevam Spinace e Francisco Tabuti, para conhecer os laboratórios e discutir o andamento das pesquisas. Coral fez uma breve apresentação sobre as atividades do CECCO e, em seguida, deu início à reunião técnica, cujo objetivo é viabilizar comercialmente o uso de SOFC.
Caberá aos pesquisadores do IPEN/CNEN otimizar a engenharia do dispositivo eletroquímico. As células desenvolvidas seriam capazes de fornecer autonomia superior a 600 quilômetros utilizando apenas 30 litros de etanol. A parceria da Nissan com o IPEN/CNEN está inserida no conceito da Nissan Intelligent Mobility, visão da marca para transformar a maneira como os carros são conduzidos, impulsionados e integrados na sociedade.
"Vemos uma oportunidade fantástica nesta parceria. Para o Brasil, é o momento ideal [de investir nesse projeto]. E sabemos da competência do IPEN para dar seguimento às pesquisas”, afirmou Cousseau.
"Nissan e IPEN buscam agora acelerar a continuidade da pesquisa para que a opção do híbrido a etanol seja realidade de mercado atendendo às novas legislações ambientais que preveem cortes de emissões por motores a combustão e que entrarão em vigência na próxima década em vários países”, concluiu Fonseca.
----
Leonardo Novaes, estagiário
(com supervisão) -
- 28/07/2022 - Nota de Falecimento – Ricardo CavaleiroO IPEN-CNEN informa com extremo pesar o falecimento do técnico Ricardo Cavaleiro, em 27 de julho, dez dias após completar 55 anos.
Cavaleiro era paulistano e ingressou no IPEN em 1º de janeiro de 1988 no Projeto Conversão (PROCON). Posteriormente, foi transferido para o Centro de Engenharia Química, atual Centro de Química e Meio Ambiente (CEQMA).
Cavaleiro deixa esposa, três filhos e dois netos.
Velório e sepultamento
A família informa que o velório acontece hoje, 28 de julho, no Cemitério São Paulo, Rua Cardeal Arcoverde, 1250, Pinheiros, O sepultamento será no mesmo local, às 12h.
Amigos e colegas jamais esquecerão o afeto e o companheirismo que Cavaleiro ofereceu a todos nesses 34 anos de convívio no Instituto.
-
- 27/07/2022 - Autonomia dos recursos financeiros gerados pela radiofarmácia pode ser uma saída para o IPEN, aponta CalvoSuperintendente do Instituto apresentou o tema 'Política de Estado na Produção e Distribuição de Radiofármacos no País' na Reunião Anual da SBPC, em Brasília
Superintendente do Instituto apresentou o tema 'Política de Estado na Produção e Distribuição de Radiofármacos no País' na Reunião Anual da SBPC, em Brasília
Assunto de extrema relevância para o Brasil, a "Política de Estado na Produção e Distribuição de Radiofármacos no País” foi o tema da apresentação de Wilson Calvo, superintendente do IPEN/CNEN, no painel "A Política para Radiofármacos no Brasil, Qualificação de Profissionais e Investimento para Inovação”, nesta terça-feira (26), durante a 74a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Brasília. O Instituto é pioneiro na pesquisa e produção de radiofármacos desde 1959 e, por enquanto, ainda é o maior fornecedor para a medicina nuclear brasileira.
Calvo começou falando do compromisso do IPEN/CNEN com a melhoria da qualidade de vida da população brasileira, "produzindo conhecimentos científicos, desenvolvendo tecnologias, gerando produtos e serviços de maneira segura e formando recursos humanos nas áreas nuclear e correlatas”. Fez um breve retrospecto da história do Instituto e apresentou números impressionantes: o faturamento anual de até R$ 120 milhões e o fornecimento de radiofármacos a 476 hospitais e clínicas do Brasil.
Atualmente, o IPEN/CNEN abastece o mercado com 23 produtos, sendo um Gerador de 99Mo/99mTc – o principal, por ser o mais utilizado em procedimentos, 11 radiofármacos de uso clínico e 11 reagentes liofilizados. No Centro de Radiofarmácia do Instituto, são produzidos 400 geradores por semana. De acordo com Calvo, a importação de radioisótopos custa, anualmente, dos US$ 15 milhões, para compra do Molibidênio-99 (99Mo), e US$ 3 milhões, para Gálio-67 (67Ga), Tálio-201, (201Tl), Lutécio-177 (177Lu) e Iodo-131 (131I).
Os principais fornecedores são da Rússia, África do Sul, Holanda, Polônia e Argentina. Com a alta do dólar, e os preços mantidos aos hospitais e clínicas, além da perda de recursos humanos por aposentadoria, o IPEN/CNEN tem trabalhado no limite. "A construção do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) é fundamental para que o Brasil tenha autossuficiência na produção de radioisótopos e radiofármacos, de maneira que possa inclusive tornar-se um exportador”, comentou Calvo.
O superintendente afirmou que o IPEN/CNEN já opera com déficit orçamentário de R$ 39.412.265 este ano. Ao mostrar um quadro com a evolução dos recursos de 2013 a 2022, Calvo destacou a perda significativa ao longo de 10 anos – em 2013, o total de recursos foi de R$ 100,2 milhões, quando o dólar custava R$ 2,346, em 2021, R$ 186,2 milhões, com a moeda norte-americana estava na casa de R$ 5,5799. Em 2021, foi necessário crédito suplementar de R$ 77,7 milhões, uma vez que o orçamento inicial aprovado de R$ 108,5 milhões, correspondia ao mesmo valor creditado em 2014.
A conta não fechou, e a produção foi interrompida em setembro, sendo retomada somente em 15/10/2021, após Lei 14.220, que dispendeu mais R$ 77,7 milhões, depois que a situação do IPEN/CNEN repercutiu na imprensa. "Nós vínhamos alertando a CNEN, a qual oficializou ao MCTI e ME, de que os recursos não seriam suficientes, com o propósito de até que chegou num ponto em que não foi mais possível continuar a produção com a entrega regular, pelo fato da Lei de Responsabilidade Fiscal”, comentou o superintendente.
De acordo com Calvo, o Instituto também sofre com a perda no quadro de servidores ativos. De 1993 a 2021, o IPEN/CNEN perdeu 686 funcionários. Atualmente, conta com 574 no total, dos quais 58% em condições de aposentadoria. Apesar das dificuldades, a pesquisa segue de excelência, assim como o Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP, conceito 6 na Capes, que já concedeu mais de três mil títulos entre mestres e doutores.
Calvo também citou o Mestrado Profissional em Tecnologia em das Radiações em Ciências da Saúde, iniciado em agosto de 2019 – o único nessa modalidade, no Brasil. No quesito inovação, os números do IPEN também surpreendem: o Instituto é o que possui a maior quantidade de patentes, entre as unidades técnico-científicas da CNEN, com um total de 139 (70,91%), das 196 da CNEN. O superintendente também mencionou os principais projetos de pesquisa e desenvolvimento do Instituto.
Outro ponto abordado por Calvo foi a pesquisa de satisfação que o IPEN/CNEN fez com seus clientes em 2022, cuja média foi "muito positiva” – de 193 respondentes, 46% atribuíram notas 9 e 10 aos radiofármacos, 41% entre 7 e 8, e apenas 13% entre 0 e 6. Na sequência, falou dos projetos prioritários de modernização no Instituto visando às Boas Práticas de Fabricação (BPF) exigidas pela Anvisa, destacando o Plano de Ação IPEN e ANVISA, no qual o Instituto trabalha na modernizar de suas instalações de produção dos radiofármacos e geradores de 99Mo/99mTc até 2025.
"O IPEN produzirá no conceito de BPF e registrará seus produtos atuais na RDC 451/2020 (registro, notificação, importação e CQ de radiofármacos). O Centro de Radiofarmácia terá capacidade de duplicar sua produção, preparando-se para a operação do RMB, com ganho em atividade radioativa expressiva”, disse Calvo. Segundo ele, o Projeto RMB será o "marco de um grande centro de tecnologia nuclear”, a exemplo do que foi o IEA no passado, atual IPEN/CNEN.
O superintendente do IPEN/CNEN encerrou sua participação com uma série de reflexões sobre a área nuclear, os impactos da Proposta de Emenda Constitucional N° 517/2010 e os procedimentos de medicina nuclear no Sistema Único de Saúde (SUS).
Atualmente, das 2 milhões de intervenções anuais em MN, 79,3% dos serviços são privados e apenas 20,7% do setor público (federal e estadual), segundo dados do Ministério da Saúde e o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).
Especificamente no que diz respeito à medicina nuclear e à política para a produção de radiofármacos no Brasil, Calvo ressaltou a importância da qualificação de profissionais e de investimento em inovação como política de Estado. Também defendeu uma "política de mercado” por parte do IPEN, CNEN e MCTI, com preços dos radiofármacos e geradores de 99Mo/99mTc acessíveis ao SUS.
Por fim, levantou a necessidade de mudança no modelo de gestão, de maneira que haja retenção dos recursos financeiros gerados com a comercialização dos produtos e serviços tecnológicos no próprio IPEN/CNEN, para reinvestimento em infraestrutura, na contratação de profissionais qualificados e aquisição de materiais primas para produção de radiofármacos e geradores de 99Mo/99mTc, via Fundação de Apoio, tal como ocorre na Fundação Butantan, Fundação Zerbini e Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz.
-
- 27/07/2022 - Técnica inovadora para consolidação de esculturas ganha primeiro teste em escala piloto no IPEN-CNENMétodo utiliza raios gama para curar (solidificar) resinas, que são impregnadas nas cavidades de peça em estado de deterioração
Método utiliza raios gama para curar (solidificar) resinas, que são impregnadas nas cavidades de peça em estado de deterioração
Técnica inovadora de consolidação para objetos de valor cultural que utiliza radiação ionizante a partir de uma resina radiocurável começa a ser testada no IPEN/CNEN de forma pioneira no Brasil. O teste "piloto” será em uma escultura de São Jerônimo, do acervo do Museu do Palácio dos Bandeirantes, uma peça de 1,20m, que está em processo de deterioração, com diversos "orifícios” em toda a sua extensão.
A consolidação consiste na impregnação ou preenchimento dos espaços vazios dentro de uma escultura por uma resina e posterior cura, processo que dá uma ‘segunda vida’ ao objeto. O que é inovador, na recuperação da imagem de São Jerônimo, é o uso de uma resina radiocurável, ou seja, catalisada ou sensível à radiação, de maneira que a peça possa ser totalmente preenchida e depois restaurada.
O processo inicia-se com a análise do objeto mediante técnicas nucleares não destrutivas como são a radiografia e a tomografia. Uma vez verificado o problema, a escultura é colocada dentro de reator que utiliza vácuo incialmente para impregnar os microporos da peça com a resina. Posteriormente, é aplicada pressão positiva utilizando nitrogênio gasoso por até 24 horas.
A etapa seguinte está relacionada à irradiação com raios gama no Irradiador Multipropósito de Cobalto-60, do Centro de Tecnologia das Radiações (CETER) do IPEN-CNEN, processo que cura resina, fazendo com que o líquido passe ao estado sólido, de modo que a escultura seja consolidada.
Na sequência, os pesquisadores utilizarão técnicas de caraterização analítica como o imageamento – raios-x e tomografia – para conferir a efetividade do processo, verificando se os poros foram totalmente preenchidos pela resina. Finalmente, mas não menos importante, vem a restauração propriamente dita, que conta com a utilização de técnicas tradicionais para restituir a parte exterior do objeto.
A pesquisa
Para que estas etapas pudessem ser concretizadas, participaram Maria Aparecida de Pereira e Anderson de Jesus, alunos do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear do IPEN, realizando uma série de pesquisas a fim garantir a produção de uma resina única e que atendesse todas as condições essenciais (processo reversível, caso necessário). O passo seguinte da equipe foi projetar o reator e utilizar as técnicas de imageamento para analisar o interior da escultura.
A equipe do IPEN-CNEN é composta pelo coordenador das atividades de pesquisa e aplicação relacionadas à preservação de objetos de patrimônio cultural com radiação ionizante e responsável pelo Irradiador Multipropósito de Cobalto-60, Pablo Vásquez, a pós-doutoranda Maria José Alves de Oliveira, os técnicos Vagner Fernandes, José Aparecido Nunes e Edmilson Carneiro, e o responsável pelo apoio administrativo, Juan Santos.
Também participa do projeto a restauradora-conservadora do Museu do Palácio dos Bandeirantes, Adriana Pires. Vásquez e Pires estão à frente da parceria de mais de 10 anos entre os dois órgãos, para restauro de obras e conta com o apoio da Curadora do Acervo Artístico – Cultural dos Palácios de Governo de São Paulo, Ana Cristina Carvalho. Eles discutiram a ideia dessa iniciativa, pela primeira vez, durante um simpósio realizado no IPEN-CNEN, em 2019.
"Eu vi essa técnica na França e então lembrei que tínhamos essa escultura. Já havíamos tido muitas perdas. Ela foi comprometida estruturalmente e não conseguíamos, através dos nossos métodos, consolidá-la, para então poder finalizar o restauro. Quando fui convidada pelo Pablo para o simpósio, falei sobre esse trabalho”, relembra Pires.
Vásquez disse que, na época, o projeto teve seu início impossibilitado pela falta de recursos e estudos de referência. "Os alunos estavam apenas iniciando os estudos materiais e ainda não tínhamos as ferramentas nem as condições necessárias”, conta o pesquisador, que também fez questão de ressaltar a importância da parceria com o Palácio dos Bandeirantes.
"Se não fosse pela peça providenciada pela Adriana, não poderíamos ter realizado o nosso primeiro estudo em um objeto real. Não seria possível iniciar a pesquisa aplicada, inovadora, com testes em escala piloto”, salientou o pesquisador.
A importância dessa técnica está fundamentada na possibilidade de proporcionar uma "segunda vida” a um objeto de patrimônio cultural tangível cuja estrutura foi comprometida integralmente. "Foi muito degradado, seja por insetos ou pelo tempo, e estava repleto de porosidades. Não era possível sequer manipular o mesmo devido ao seu grau de fragilidade, e, se não fossem os métodos que estamos aplicando, continuaria se deteriorando”, afirma Vásquez.
A escultura que está sendo trabalhada é de São Jerônimo, conhecido por traduzir os primeiros livros da bíblia, do Hebraico para o Latim, e tem uma importância histórica para o Palácio dos Bandeirantes.
Dos testes ao restauro
Os estudos sobre a melhor fórmula para as resinas constituíram o início do projeto. A equipe realizou os testes para garantir a melhor mistura, em condições laboratoriais, e chegou a uma composição que une um polímero comercial com outro natural. A fórmula química da substância foi desenvolvida por Oliveira."No período da pandemia, fizemos experimentos preliminares para saber se o resultado seria o esperado, quando a resina fosse impregnada na escultura. O Pablo foi testando as condições de irradiação, enquanto fomos fazendo as caracterizações e selecionamos as fórmulas mais adequadas. Agora, a expectativa é muito boa e tenho certeza de que vai dar certo, pois já realizamos várias provas bem-sucedidas”, disse a pós-doutoranda.
A resina desenvolvida é uma das grandes novidades do estudo e possui três características imprescindíveis para a realização da técnica empregada. O primeiro requisito é que a substância possa ser curada pela radiação ionizante – capaz de passar do estado líquido para o sólido com a radiação gama. Isso possibilita a utilização do Irradiador Multipropósito de Cobalto-60 para promover a consolidação, tendo a vantagem de empregar apenas a radiação ionizante, sem necessidade de catalisadores ou reagentes químicos.
A segunda característica desejada é que a resina pudesse ser removida com solvente caso necessário (processo reversível). A última premissa era a propriedade da permeabilidade – facilidade da resina de percorrer no vácuo – para penetrar em todos os microporos da escultura.
Antes da execução do método empregado, a caraterização do objeto com técnicas analíticas, como a tomografia e os raios x é fundamental, permitindo o imageamento do objeto e a localização de cavidades e poros. Estas caracterizações foram realizadas no Hospital Universitário (HU) da USP e no CECON-IPEN.
Em etapa posterior, a peça foi submetida ao pequeno reator, desenvolvido sob medida para o projeto. O reator é capaz de criar um vácuo que força a entrada da resina nos microporos da escultura, que fica submersa na substância, dentro da estrutura assim como a indução de uma pressão positiva. O processo leva arredor 24 horas para ocorrer.
"O reator consegue controlar o vácuo e manter a escultura fixa, durante um determinado tempo, para que a resina consiga impregnar os microporos. Trata-se do método mais eficaz, porque as condições da pressão permitem que a resina penetre o objeto por completo. Em outras técnicas, é comum injetar as resinas a olho nu apenas utilizando uma seringa. Mas, nesses casos, preencheria apenas os microporos da superfície”, diz Vásquez.
A etapa seguinte é tratar a peça com raios gama no Irradiador Multipropósito de Cobalto-60. A irradiação solidificará a resina e consolidará a escultura. O tempo estimado para a duração dessa fase do projeto é de dois dias. "Este processo deve ocorrer de forma lenta, uma vez que a escultura não poderá ser exposta a altas taxas de dose de radiação devido ao fato de que a reação de cura é exotérmica. Esse cuidado é necessário porque a escultura conta com partes de madeira, que podem ser dilatadas com a liberação de calor que ocorre no processo”, explica.
Após a consolidação, o pesquisador do CETER diz que a equipe utilizará novamente as técnicas de imagem para verificar se realmente todos os microporos foram preenchidos pela resina.
A última etapa, a do restauro, ficará a cargo de Pires, que utilizará as técnicas tradicionais para reconstituir a parte exterior da escultura. Ela explica que, para este procedimento, é necessário "dar algumas camadas de policromia, para completar alguns pedaços que estão faltando, e então a escultura estaria pronta para ser exposta novamente”. A restauradora diz que essa parte é um pouco mais demorada e deve levar cerca de três meses.
A equipe agradece a todos os envolvidos para que essa pesquisa pudesse ser realizada. Vásquez faz questão de nominar Claudio Campi de Castro, Wilma Monteiro Frésca, Antonio Carlos Gomes Junior, Marcelo Favero Fresqui, Elvis Aparecido de Camargo e Antonio Carlos Matioli, da Comissão de Ensino e Pesquisa do HU-USP /COMEP- Comite de ética em Pesquisa do HU, que viabilizaram a realização da tomografia digital.
Pela radiografia digital realizada no departamento CECON- IPEN, Vásquez destaca o apoio da equipe do pesquisador Michelangelo Durazzo, com suporte do Felipe Bonito J. Ferrufino. Os agradecimentos são extensivos à Empresa REICHHOLD, representada pelo Cristian Lorenzetto Campos Technician Assistance, no Brasil, patrocinador e doador das resinas, a Carlos Alberto Zeituni, Samir Somessari e Margarida M. Hamada, gerentes do CETER/IPEN, e à Agencia Internacional de Energia Atômica – AIEA.
-----
Leonardo Novaes, estagiário
(Com supervisão) -
- 24/07/2022 - IPEN e CNEN terão participantes na 74ª Reunião Anual da SBPCO evento será realizado de forma híbrida entre os dias 24 e 30 de julho na UnB
O evento será realizado de forma híbrida entre os dias 24 e 30 de julho na UnB
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) retornará suas Reuniões Anuais de maneira presencial após dois anos por conta da pandemia de Covid-19. Nesta edição, a reunião acontecerá de forma híbrida, com atividades presenciais e virtuais, nos quatro campi da Universidade de Brasília (UnB) - Brasília, Ceilândia, Gama e Planaltina.
O tema escolhido para este ano é "Ciência, independência e soberania nacional”, em alusão ao ano que marca o bicentenário da Independência do Brasil e o centenário da Semana de Arte Moderna.
A atual edição contará com uma Programação Científica composta por conferências, mesas-redondas, painéis, webminicursos e a sessão de pôsteres, que inclui a Jornada Nacional de Iniciação Científica. Outras atividades também serão realizadas, como a SBPC Cultural e a SBPC Jovem e o Dia da Família na Ciência.
A Reunião Anual da SBPC tem como objetivo debater políticas públicas nas áreas de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação e difundir os avanços da Ciência para a população. O público reunido varia entre pesquisadores, gestores de ciência, tecnologia e inovação, autoridades públicas, professores, alunos, entre outros.
Dentre os participantes da Comissão Nacional de Energia Nuclear estarão Wilson Aparecido Parejo Calvo (IPEN), Silvia Maria Velasques de Oliveira (CNEN), Ivan Salati (CNEN).
A CNEN também marcará presença com um estande na EXPOT&C, na segunda edição da Avenida da Ciência do MCTI, na EXPOT&C. Pesquisas e serviços realizados pelos institutos da CNEN são apresentados ao público visitante. Os servidores Antonio Rodriguez Alvarez, do Serviço de Comunicação Institucional (SECOI) e Fabio Menani Pereira Lima, da Coordenadoria de Planejamento e Gestão (COPLG) representarão o IPEN na mostra.
Mais informações no link: https://ra.sbpcnet.org.br/74RA/sobre-a-reuniao/apresentacao/
Leonardo Novaes
(com supervisão) -
- 22/07/2022 - Nota de Falecimento – José Patrício Nahuel CárdenasO IPEN-CNEN informa com extremo pesar o falecimento do tecnologista sênior José Patrício Náhuel Cárdenas, na madrugada de 22 de julho de 2022, aos 74 anos.
Cárdenas nasceu em Viña del Cardenas , Chile, e se formou em Engenharia Eletrônica pela Universidade de Concepción em 1971. Chegou ao Brasil na busca de melhores possibilidades profissionais em 1975. Dois anos após, ingressou no IPEN na área de Eletrônica. Concluiu o curso de Engenharia Elétrica pela Faculdade de Engenharia São Paulo em 1986. Passou a atuar no Centro do Reator de Pesquisa (CERPQ) do Instituto e concluiu seu mestrado pelo curso de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear do IPEN/USP em 2000. O título de Doutor viria em 2010, também pelo IPEN/USP. Suas atividades concentravam-se em instrumentação e controle de processos, sistemas eletroeletrônicos e no desenvolvimento de instrumentação nuclear aplicada para reatores nucleares de pesquisa.
Divulgador da cultura chilena, Cárdenas naturalizou-se brasileiro e era apaixonado por fotografia e vídeo, chegando a gravar vários registros do IPEN nos anos 1980. Sua discrição escondia um senso de humor aguçado e inteligente.
Cárdenas parte deixando esposa, filho e uma multidão de amigos.
Velório
O velório será realizado no Funeral Arce Campo Belo em 23 de julho, sábado, das 11h às 15h. Av. Vereador José Diniz, 2.348 - Campo Belo - São Paulo. -
- 22/07/2022 - IPEN prorroga até dia 30 inscrições para cursos com professores do Instituto de Engenharia Física de MoscowDocentes do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN-USP acompanharão e darão monitoramento a cada disciplina. Cursos são gratuitos.
Docentes do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN-USP acompanharão e darão monitoramento a cada disciplina. Cursos são gratuitos.
O IPEN/CNEN prorrogou, até o dia 30 de agosto, o prazo para inscrição de alunos interessados em cursar disciplinas da área nuclear ministradas por professores do Instituto de Engenharia Física de Moscow (MEPhI, do inglês Moscow Engineering PhysicsInstitute), vinculado à National Reseach Nuclear University, da Rússia. Os cursos terão duração de seis semanas, sendo as quatro primeiras na modalidade on-line e as duas últimas, presenciais, em São Paulo. Docentes do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN-USP acompanharão e darão monitoramento a cada disciplina.
Embora direcionados predominantemente a alunos de pós-graduação e pós-doutorados, os cursos também possibilitam a participação de alunos especiais e estudantes de graduação da USP, servidores, técnicos, pesquisadores, docentes dos dois programas de Pós-Graduação do IPEN, da CNEN e interessados nas áreas de Física Nuclear, Segurança Nuclear e Cálculo de Nêutron-Físicos para instalações nucleares de potência. Não há número máximo de alunos regulares por curso, o mínimo é de 10 inscritos. As aulas serão ministradas em inglês.
As quatro disciplinas oferecidas são: (1) Segurança Radiológica em Instalações Nucleares (TNA5787), com início em 12 de setembro e término em 17 de outubro (2) Materiais Estruturais para Engenharia Nuclear (TNM5848), de 13 de setembro a 18 de outubro; (3) Métodos de laboratório para o estudo da corrosão e ensaios de corrosão associados a esforços mecânicos de metais e ligas (TNM5849), de 14 de setembro a 19 de outubro; e (4) Máquinas e equipamentos de Usina Nuclear com reatores VVER-1000 e VVER-1200 (TNR5780), de 15 de setembro a 20 de outubro.
Pela primeira disciplina (TNA5797), serão responsáveis os professores Udalova Alla Aleksandrovna (MEPhI) e Roberto Vicente (IPEN). Maxim Staltsov (MEPhI) e Jesualdo Luiz Rossi, Cristiano Stefano Mucsi e Rodolfo Politano (ambos do IPEN), ministrarão a segunda (TNM5848). Bogdanov Roman Ivanovich (MEFhI), Isolda Costa e Aline D'Avila Gabbardo (IPEN) se encarregaão da terceira (TNM5849). Por fim, Samokhin Dmitrii Sergeevich (MEFhI) e Delvonei Alves de Andrade (IPEN) coordenarão a última disciplina (TNR5780).
O acordo bilateral entre o IPEN/CNEN a MEPhI foi firmado em abril de 2019, por meio de um Memorando de Entendimento (MoU, de Memorandum of Understanding), assinado pelo superintende do Instituto, Wilson Aparecido Parejo Calvo, e pelo reitor Mikhail Nikolaevich Strikhanov. Em 2021 foram dados pela primeira vez três cursos on-line por professores russos dentro da pós-graduação da USP. Cada uma das três matérias contava com entre 19 e 33 alunos.
Também em 2021, o Programa de Internacionalização do IPEN/CNEN abriu edital para a seleção de alunos de mestrado e doutorado interessados em cursar disciplinas na Rússia com bolsa pela agência russa Rosatom. Cinco alunos foram aprovados e estão atualmente cursando disciplinas e desenvolvendo trabalhos no Obninsk Institute for Nuclear Power Engineering, da Universidade MEPhI.
De acordo com os termos do MoU, o objeto principal é promover colaboração nas áreas de pesquisa e ensino, inclusive com intercâmbio de estudantes de graduação e pós-graduação, que possam ser de interesse para ambas as instituições. Dentre as principais ações, estão: organização de eventos acadêmico-científicos (conferências, seminários, mesas-redondas, simpósios e workshops) destinados a compartilhar conhecimentos, escolas de verão e outras atividades similares, publicações científicas conjuntas e material acadêmico que tenham correlação com as atividades do IPEN e do MEPhI.
Inscrições e links
Todos interessados em cursar as disciplinas deverão preencher o formulário de inscrição entrar em contato pelo e-mail bruna.s-topservice@ipen.br, exceto aqueles de outras unidades da USP, que também precisam do formulário, mas devem solicitar a inscrição nas suas próprias unidades. Para dúvidas e informações, o IPEN disponibiliza o telefone (11) 2810-1600. O formulário para alunos especiais (pós-graduação) está neste link. Alunos regulares devem seguir o passo a passo conforme este link. Também disponíveis as grades das disciplinas.
"Oportunidade única”
"Os cursos representam uma oportunidade de formação internacional na área nuclear com docentes renomados russos. Para quem fez os cursos existe ainda a possiblidade de um bolsa de estudos para mestrado (1 ano e 10 meses) ou para um estágio (10 meses), no famoso Obninsk Institute, que contempla o primeiro reator nuclear do mundo a produzir energia elétrica para uso comercial", ressalta Niklaus Ursus Wetter, gerente do Programa de Internacionalização do IPEN/CNEN.
-
- 21/07/2022 - Oportunidade de bolsas de MestradoAs bolsas têm duração de 24 meses e por objetivo o desenvolvimento de software na área de Engenharia Nuclear
As bolsas têm duração de 24 meses e por objetivo o desenvolvimento de software na área de Engenharia Nuclear
O IPEN-CNEN abre inscrições para candidatos a duas bolsas de Mestrado para desenvolvimento de atividades no Centro de Engenharia Nuclear (CEENG). Podem se candidatar formandos nas áreas de Engenharia, Física, Matemática, Computação ou áreas correlatas. O objetivo será o desenvolvimento de software na área de Engenharia Nuclear.
Pede-se que os candidatos tenham experiência em programação Python, MATLAB ou similar.
A duração das bolsas é de 24 meses e com valor de R$2.168,70 com vínculo a o projeto de Ativo Isotópico da Eletronuclear.
O prazo para inscrição finaliza em 30 de agosto de 2022. Os interessados deverão entrar em contato com os Drs. Helio Yoriyaz (yoriyaz@usp.br) , Julian Marco Barbosa Shorto (jmshorto@ipen.br) ou Paulo de Tarso D. Siqueira (ptsiquei@ipen.br) .
-
- 19/07/2022 - Estudantes de Instituto Militar de Engenharia visitam Centros de Pesquisa do IPEN-CNENUma das atividades corriqueiras do IME, a visitação tem como objetivo apresentar aos alunos aspectos relacionados à parte prática dos conteúdos vistos em sala de aula
Uma das atividades corriqueiras do IME, a visitação tem como objetivo apresentar aos alunos aspectos relacionados à parte prática dos conteúdos vistos em sala de aula
O IPEN-CNEN recebeu 31 visitantes do Instituto Militar de Engenharia (IME), entre professores e alunos, nos dias 18 e 19. Os mestrandos conheceram alguns dos Centros de Pesquisa do Instituto, como o de Engenharia Nuclear (CEENG), o de Tecnologia das Radiações (CETER) e o do Reator de Pesquisas (CRPQ), além da Gestão de Rejeitos Radioativos (SEGRR). A excursão faz parte de um programa de visitações proposto aos alunos do IME para que possam observar, na prática, os assuntos tratados em sala de aula.
A comitiva foi liderada pelo chefe da Seção de Engenharia Nuclear, coronel Avelino dos Santos, e pelo coordenador do curso de mestrado, Wallace Valory Nunes. Ambos entendem que a visita é muito proveitosa por servir de complemento aos estudos realizados.
No primeiro dia, a diretora substituta do IPEN-CNEN, Isolda Costa, recepcionou os visitantes no Espaço Cultural Marcello Damy, no prédio da Superintendência, onde acompanharam a exposição "O IPEN e sua História”. O pesquisador do CEENG, Antônio de Souza, fez uma apresentação introduzindo conceitos sobre o projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), principal empreendimento do País para a área nuclear, cuja Coordenação Técnica está no Instituto.
O primeiro centro visitado pela comitiva foi o CEENG. O gerente, Marcelo da Silva Rocha, acompanhou a visita e fez uma apresentação sobre as instalações, pesquisadores e linhas de pesquisa desenvolvidas. Na sequência, Souza fez novamente uma explanação sobre o RMB, apresentando mais detalhes referentes ao empreendimento, e então os visitantes seguiram para conhecer o Reator IPEN/MB-01, localizado no próprio CEENG.
No segundo dia, o titular da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD) da CNEN, Madison Almeida, fez questão de vir ao IPEN e recepcionou a comitiva, novamente no prédio da Superintendência, acompanhado de Isolda Costa. Almeida conduziu uma apresentação sobre o Instituto na Sala do Conselho Superior, mencionou os Centros de Pesquisa e projetos em curso, ressaltando os benefícios oferecidos à sociedade pela energia nuclear.
Na sequência, Costa fez apresentação sobre o programa de mestrado do Instituto e passou a palavra para o coronel Avelino dos Santos. O visitante destacou a grandiosidade do IPEN-CNEN e entregou a Costa, em nome do IME, um certificado com agradecimentos pela recepção.
No CETER, o gerente adjunto de Produtos e Serviços em Tecnologia das Radiações, Samir Somessari, conduziu a comitiva ao Acelerador de Elétrons. Pablo Vasquez foi quem apresentou o Irradiador Multipropósito de Cobalto-60. Em visita ao CERPq, os integrantes do IME foram recepcionados por Alberto de Jesus Fernando, responsável pela operação do Reator IEA-R1, que lhes explicou sobre o funcionamento e os acompanhou pelas instalações. Por fim, o chefe substituto e tecnologista do SEGRR, Ricardo Nunes de Carvalho, e o gerente do setor, Julio Marumo, apresentaram o setor de Gestão dos Rejeitos Radioativos.
Conhecimento prático
Avelino considera os institutos da CNEN como um "forte parâmetro” de aprendizagem aos alunos e por isso considerou a visita como "muito proveitosa”. Segundo ele, o intuito é "demonstrar aos alunos, para além do banco escolar, o lado funcional das atividades desenvolvidas na área nuclear”. As expectativas – acrescentou – eram fortalecer o clico de aprendizagem dos alunos ao acompanharem de maneira prática os conteúdos vistos em sala de aula.
Wallace Nunes também avalia que a excursão aos Centros de Pesquisas é de grande importância para a formação dos mestrandos. Para ele, a possibilidade de os estudantes conhecerem as aplicações da engenharia nuclear favorece a formação por possibilitar vislumbrar a atuação e esclarecer sobre possíveis áreas de estudo para desenvolvimento da dissertação de mestrado.
Sobre o IME: Instituição de ensino do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), o IME é responsável, no âmbito do Exército Brasileiro, pelo ensino superior de Engenharia e pela pesquisa básica. Ministra cursos de graduação, pós-graduação e extensão universitária para militares e civis. Insere-se no Sistema de Ciência e Tecnologia do Exército, cooperando com os demais órgãos, por meio da prestação de serviços e pela execução de atividades de natureza técnico-científicas. Pelo ensino e pela pesquisa, também é importante ator para o desenvolvimento científico-tecnológico do País.-----
Leonardo Novaes, estagiário
(com supervisão) -
- 13/07/2022 - IPEN-CNEN recebe visita de diretores da Idaho National Laboratory para firmar parceriaPesquisadores do laboratório estadunidense visitaram o Instituto e também discutiram sobre novas colaborações
Pesquisadores do laboratório estadunidense visitaram o Instituto e também discutiram sobre novas colaborações
O IPEN-CNEN recebeu, entre os dias 11 e 13 de julho, a vista de dois diretores do Idaho National Laboratory (INL). O encontro foi um desdobramento da parceria firmada com a Batelle, rede de laboratórios estadunidense, em 2021 e que já havia resultado na vinda do pesquisador Aaron Craft para firmar colaboração entre o IPEN e a INL no âmbito do imageamento de nêutrons.
Os encarregados pelo projeto RMB receberam os diretores Ronald A. Crone, do complexo de teste de materiais e combustíveis e Sean O’Kelly, do complexo de teste de reatores avançados. Também foi feita uma apresentação sobre o INL Sala do Conselho Superior.
Durante o período no Instituto, os diretores da INL também visitaram as instalações do Reator Nuclear de Pesquisa IEA-R1 , no Centro do Reator Nuclear de Pesquisa (CERPQ), do Reator IPEN/MB-01, no Centro de Engenharia Nuclear (CEENG), além do Centro do Combustível Nuclear (CECON) e do Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CCTM).
Segundo Frederico Genezini, gerente do CRPQ , além das discussões sobre o aprofundamento da colaboração, também houve discussões no âmbito de novas oportunidades de interações para além do foco inicial, como segurança cibernética ou danos de radiação em materiais. Ele destaca que novas parcerias entre os centros de pesquisa do IPEN-CNEN e a INL podem ser firmadas.
Leonardo de Novaes, estagiário
(com supervisão) -
- 13/07/2022 - Bolsa FAPESP de Pós-Doc para desenvolvimento de pesquisa em curativos avançados com papaínaAs atividades do candidato selecionado serão realizadas no Centro de Química e Meio Ambiente do IPEN a partir de 01/09. Prazo para inscrições se encerra em 02/08.
As atividades do candidato selecionado serão realizadas no Centro de Química e Meio Ambiente do IPEN a partir de 01/09. Prazo para inscrições se encerra em 02/08.
O Escritório de Gestão de Projetos (SEEGP), da Coordenadoria de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino (COPDE) do IPEN, divulga Edital do Plano de Desenvolvimento Institucional de Pesquisa intitulado "Capacitação científica, tecnológica e em infraestrutura em radiofármacos, radiações e empreendedorismo a serviço da saúde” - PDIP 02/2022 - para concessão de bolsa de Pós-Doutorado financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S. Paulo (FAPESP) inserido no processo 2017/50332-0.
O candidato selecionado atuará em projeto específico com o tema "Desenvolvimento de curativos avançados com papaína” no Centro de Química e Meio Ambiente (CEQMA) do IPEN, A formação necessária é possuir doutorado em Biotecnologia , Biologia, Química, Engenharia Química ou Materiais ou áreas afins, e conhecimentos em hidrogeis, microbiologia, biologia molecular, imunologia, nanobiotecnologia , nanomateriais, eletroquímica e diagnóstico.
A bolsa é de R$ 8.479,20 mensais e reserva técnica de 10%, além de auxílio instalação para pesquisadores que tenham de se mudar. A duração da bolsa será de seis meses com dedicação de 40 horas semanais em horário comercial.
A documentação especificada no Edital deverá ser enviada para o e-mail: seegp@ipen.br especificando como assunto: "Bolsa 2 - PDIP – Desenvolvimento de redes/scaffolds 3D”.
O resultado será divulgado no site do IPEN até 10/08 e a previsão para início das atividades em 01/09/2022.
Mais informações em http://www.fapesp.br/oportunidades
-
- 13/07/2022 - Oportunidade de Bolsa de Pós-Doutorado FAPESP na área de modificação de polímerosA bolsa de Pós-Doutorado destina-se a projeto relacionado à modificação de polímeros por fluoração e radiação ionizante. Prazo para inscrição se encerra em 02/08/2022
A bolsa de Pós-Doutorado destina-se a projeto relacionado à modificação de polímeros por fluoração e radiação ionizante. Prazo para inscrição se encerra em 02/08/2022
A Coordenadoria de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino (COPDE) do IPEN, por meio de seu Escritório de Gestão de Projetos (SEEGP) divulga edital PDIP 01/2022 para concessão de bolsa de Pós-Doutorado financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S. Paulo (FAPESP) para desenvolvimento de biomateriais e nanomateriais utilizando radiação com objetivos na área da saúde, O objetivo é obter materiais 3D nanoestruturados baseados em polímeros biocompatíveis para regeneração de tecidos. O tema específico para a bolsa de pós-doc relaciona-se à modificação de polímeros por fluoração e radiação ionizante.
O candidato deverá ter doutorado em Química, Materiais, Engenharia Química ou áreas afins e conhecimento em materiais fluorados e modificação de polímeros por radiação. O desenvolvimento do trabalho será realizado no Centro de Química e Meio Ambiente (CECMA) do IPEN. O valor da bolsa é de R$ 8.479,20 e reserva técnica de 10%, além de auxílio instalação para pesquisadores que tenham de se mudar. A duração da bolsa será de seis meses.
A documentação especificada no Edital deverá ser enviada para o e-mail: seegp@ipen.br especificando como assunto: "Bolsa 1 - PDIP – Desenvolvimento de redes/scaffolds 3D”.
O resultado será divulgado no site do IPEN até 10/08 e a previsão para início das atividades em 01/09/2022.
Mais informações em http://www.fapesp.br/oportunidades
-
- 13/07/2022 - Diretora geral adjunta na área de ciências e aplicações da AIEA visita o IPEN-CNENNajat Mokhtar, diretora geral adjunta e chefe do Departamento de Ciências Nucleares da AIEA, cumpriu extensa agenda no Pais visitando institutos da CNEN, empresas e instalações da Marinha
Najat Mokhtar, diretora geral adjunta e chefe do Departamento de Ciências Nucleares da AIEA, cumpriu extensa agenda no Pais visitando institutos da CNEN, empresas e instalações da Marinha
O IPEN-CNEN recebeu na tarde da última quarta-feira (14) a visita de Najat Mokhtar, diretora geral adjunta e chefe do Departamento de Ciências e Aplicações Nucleares da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), acompanhada de Raul Ramirez Garcia, responsável pela Divisão para América Latina e Caribe do Departamento de Cooperação Técnica da AIEA. Aldo Malavasi Filho, pesquisador da Amazul e ex-vice-diretor geral do Departamento de Ciências e Aplicações Nucleares da AIEA também acompanhava as autoridades internacionais.
O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Paulo Roberto Pertusi, o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD/CNEN), Madison Almeida e a diretora substituta do IPEN, Isolda Costa, receberam a comitiva no espaço cultural Marcello Damy, onde apresentaram a exposição "O IPEN e sua História”. Patrícia da Silva Pagetti de Oliveira, coordenadora técnica do projeto do Reator Multipropósito (RMB) apresentou informações sobre o empreendimento.
Na sala do Conselho Superior, os representantes do IPEN e da CNEN apresentaram aspectos da história, e contribuição do instituto para o desenvolvimento de pesquisas e tecnologias para o País ao longo das últimas seis décadas.
Por parte do IPEN, também estiveram presentes Katia Cristina Santos, coordenadora de Administração e Infraestrutura (COADM), os gerentes adjuntos do Centro de Tecnologia das Radiações (CETER), Samir Somessari e Margarida Hamada, Italo Henrique Alves, como representante da Coordenadoria de Planejamento e Gestão (COPLG) e o gerente do Centro de Radiofarmácia (CECFR), Emerson Bernardes.
A visita técnica teve início no Centro do Reator Nuclear de Pesquisas (CERPQ) onde a comitiva foi recebida pelo gerente do centro, Frederico Genezini, que mostrou o funcionamento do Reator Nuclear de Pesquisa, IEA-R1.
Na sequência, a comitiva visitou a unidade móvel na qual será instalado um acelerador de elétrons para aplicações no tratamento de efluentes industriais, que podem ser reutilizados ou descartados após irradiação. Trata-se de um projeto do IPEN-CNEN com apoio financeiro da AIEA. Somessari e Hamada ofereceram informações sobre o projeto.
Outra atividade desenvolvida pelo CETER, visitada pela comitiva da AIEA, foi a instalação que abriga os dois aceleradores de elétrons do Instituto, utilizados para aplicações industriais e pesquisa.
Por fim, Pablo Vasquez, coordenador das atividades do irradiador multipropósito de Cobalto-60, apresentou a instalação e as atividades desenvolvidas na área, principalmente voltadas para a conservação de patrimônio histórico e artístico.
Isolda Costa falou sobre a importância da visita de Mokhtar e Garcia ao IPEN-CNEN, apontando a tendência de um estreitamento das relações entre o Instituto e a AIEA. Segundo Costa, foi de grande "honra e satisfação receber a visita da Dra. Najat e do Dr. Raul”. Com a promessa de breve retorno, as expectativas apontam para a realização de novas iniciativas em conjunto com a AIEA. Durante a visita, a comitiva teve a oportunidade de conhecer parte da infraestrutura, expertise e da tecnologia desenvolvida pelo Instituto. Para a diretora substituta, também foi possível reconhecer afinidades entre as instituições - como o interesse em contribuir para a propagação do conhecimento da tecnologia nuclear e para a melhoria da qualidade de vida da população.
Mokhtar ainda demonstrou proximidade com muitos dos temas de pesquisa que vêm sendo realizados em colaboração com a AIEA, além de apresentar-se como vetor de facilitação para eventuais assistências da Agência na solução de problemas.
Sobre Najat Mokhtar
Nascida no Marrocos, Najat Mokhtar é doutora em Nutrição e Saúde Pública pela Laval University, no Canadá, e doutora em ciências dos alimentos pela Universidade de Dijon, na França. Realizou estágio de pós-doutorado na John Hopkins University, EUA e trabalhou como professora universitária e diretora de pesquisa na Universidade Ibn Tofail em Marrocos por mais de 20 anos.
Na AIEA, foi diretora técnica da AIEA em Viena, Áustria (2001-2007). De 2008 à 2012, foi diretora de ciência e tecnologia da Hassan II Academy of Science and Technology em Marrocos, onde coordenou a estratégia nacional de Educação e Pesquisa.
Entre 2011 e 2019, foi mandatada pelo governo marroquino como coordenadora nacional para desenvolver a "Estratégia Nacional de Nutrição no Marrocos 2011-2019" e, em março de 2011, foi eleita Presidente da Sociedade Marroquina de Nutrição.
Antes de tornar-se diretora geral adjunta e chefe do departamento de ciências nucleares da AIEA, Mokhtar foi diretora da Divisão para Ásia e Pacífico no Departamento de Cooperação Técnica.
Leonardo Novaes
Estagiário
(com supervisão) -
- 12/07/2022 - IPEN-CNEN recebe visita de nova diretoria da AMAZULO encontro estreitou o conhecimento das atividades do instituto e fortaleceu o estímulo a novas parcerias para desenvolvimento de atividades relacionadas à área nuclear
O encontro estreitou o conhecimento das atividades do instituto e fortaleceu o estímulo a novas parcerias para desenvolvimento de atividades relacionadas à área nuclear
O IPEN-CNEN recebeu a visita da nova diretoria da Amazônia Azul Tecnologias da Defesa S.A. (AMAZUL) na tarde da última terça-feira, 12 de julho. A comitiva esteve presente para conhecer as instalações do Reator de Pesquisas IEA-R1 e da Radiofarmácia do Instituto. O encontro permitiu que os novos diretores da AMAZUL tivessem o primeiro contato, após a posse ocorrida em 27 de junho, com o IPEN-CNEN e seus diretores.
A comitiva era composta pelo vice-almirante Newton de Almeida Costa Neto, diretor presidente da AMAZUL, o vice-almirante Carlos Alberto Matias, diretor técnico, o vice-almirante Valter Citavicius Filho, diretor de Gestão e Conhecimento e Pessoas (DGPC), o Capitão do Mar e Guerra, Luís Cláudio Gonçalves Costa, assessor executivo do DGPC, o Capitão de Corveta Fabio Ferretti, assessor de Sistema de Garantia da Qualidade e por Leonardo Dalaqua Junior, coordenador técnico nuclear.
Em recepção no Espaço Cultural Marcello Damy, com exposição sobre "O IPEN e sua História”, o superintendente Wilson Calvo e a Diretora Substituta Isolda Costa acompanharam a chegada dos diretores da AMAZUL e os conduziram para a Sala do Conselho Superior do IPEN. Durante a reunião que se seguiu avaliou-se, principalmente, parcerias entre as duas instituições para a área de radiofármacos.
Ao final da reunião, a comitiva fez visitas ao Centro de Reator Nuclear de Pesquisa (CERPQ) e ao Centro de Radiofarmácia (CECRF). Nos locais, foram recepcionados, respectivamente, pelo supervisor de operação do Reator IEA-R1, Alberto de Jesus Fernando e por Luis Alberto Pereira Dias, gerente de produção.
Sobre a AMAZUL
A AMAZUL foi constituída em 2013 para ser responsável pelas atividades sensíveis relacionadas ao Programa Nuclear da MARINHA (PNM), ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) e ao Programa Nuclear Brasileiro (PNB). No âmbito do PNB, destacam-se no Instituto as atividades ligadas à produção de radiofármacos, na qual há parceria com a CNEN.
Leonardo Novaes
Estagiário
(com supervisão) -
- 09/07/2022 - Nota de Falecimento – José Longino RamosO IPEN-CNEN informa com extrema desolação a passagem do assistente em Ciência e Tecnologia José Longino Ramos na madrugada do último sábado, 9 de julho. Mineiro, Longino, como era chamado pelos amigos e colegas, partiu aos 65 anos.
Ingressou no IPEN em 1º de abril de 1985 e atuou por um período na Divisão de Infraestrutura (DINFR) até os anos 1990, quando transferiu-se para o Serviço de Gestão de Almoxarifado e Patrimônio (SEGAP). Por convite da Dra. Nanci Nascimento, biomédica que gerenciava o Centro de Biotecnologia (CEBIO), Longino passou a trabalhar na unidade técnica sendo responsável, inicialmente, por atividades no Biotério e, após, pela manutenção dos laboratórios.
A Missa de 7º Dia será realizada em 14 de julho, quinta-feira, às 19h30, na Paróquia Nossa Senhora das Graças, Av. João Batista Mascarenhas de Moraes, Jd. Roberto, Osasco, SP.
A comunidade IPEN sente profundamente pela ausência de um profissional experiente e um colega leal e compromissado com os valores da Instituição.
-
- 01/07/2022 - Estudantes falam sobre oportunidade de participar da ENBSFN, o primeiro em língua portuguesaGratuito, o curso é o primeiro do programa "International Nuclear Security Education Network" (INSEN) sediado no país e em língua portuguesa. Estudantes relatam suas experiências.
Gratuito, o curso é o primeiro do programa "International Nuclear Security Education Network" (INSEN) sediado no país e em língua portuguesa. Estudantes relatam suas experiências.
Participantes da Escola Nacional Brasileira de Segurança Física e Nuclear (ENBSFN) falam sobre a experiência no curso e apontam oportunidade para aprofundar conhecimentos, "ampliar relações” e até utilizar os conhecimentos nas atividades acadêmicas no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP. Pela primeira vez no Brasil, a ENBSFN teve início no dia 20 e encerrou-se nesta quinta-feira, 30, reunindo, no IPEN-CNEN, 40 estudantes de diferentes faixas etárias, de 14 estados brasileiros. Destinado a jovens profissionais com interesse na área nuclear, o curso teve como objetivo construir uma cultura de segurança.
Stephanie Rodrigues Pavão, 30, formou-se em psicologia na Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul) e atualmente é mestranda em Tecnologia Nuclear, desenvolvendo pesquisa no Centro de Engenharia Nuclear (CEENG), além de ser bolsista do Programa de Bolsas Marie Sklodowska-Curie, da Agência Internacional de Energia Atômica-AIEA. Selecionada para a ENBSFN, ela diz ser o primeiro evento de que participa dentro da área de segurança física.
Pavão utiliza o curso como matéria no âmbito do seu mestrado no IPEN. "Nós, mestrandos, temos a oportunidade de contar créditos para o nosso programa de mestrado”, conta. Para ela, por ser a primeira vez que a ENBSFN é sediada no Brasil, e em português, trata-se de uma "grande oportunidade para ter o primeiro contato com esse tipo de cooperação entre e IPEN e a Agência Internacional”. Além disso, a mestranda destaca a possibilidade de interagir outras pessoas da área, trocar informações e conhecimento.
Pavão conhece o IPEN/CNEN desde a época em que trabalhou na Marinha do Brasil (de 2011 a 2021). Atualmente, está afastada para concluir o mestrado. Sua área de atuação é a de performance humana, voltada para a mitigação de risco de erro humano. Na avaliação da psicóloga, todo o aprendizado acumulado durante o período do curso poderá ajudá-la em sua área de atuação.
"Auto-observação”
Engenheiro de Materiais, Rafael Leal da Costa também é mestrando em Tecnologia Nuclear, na área de Compostos, desde 2021. Conhecendo o Instituto desde os tempos de graduação na USP, o estudante relembra já ter participado de outros cursos de segurança física, sendo a maioria de forma on-line.
Apesar de o ramo da engenharia em que trabalha não ser diretamente relacionado à rede de segurança física, ele diz que os conhecimentos obtidos durante o curso serão de grande valor. "Vou usar todo esse conhecimento para conduzir as minhas pesquisas. Para nós, que trabalhamos na área nuclear, é um conhecimento de que todos necessitamos”, afirma.
Costa diz que fazer parte da ENBSFN representa "uma grande oportunidade de se qualificar, ter uma auto-observação dos comportamentos e contribuir como um todo para a melhoria das seguranças”. "Achei um evento bem bacana. Reforça o que já sabemos, cita cases e também ensina o que não sabemos também. Estou achando bem proveitoso”, finaliza.
"Curso mais profundo”
Ducan Alejandro Castellanos Gonzalez, 33, tem formação como engenheiro mecânico, atividade na qual permanece atuando. Pela Universidade Federal do ABC (UFABC), realizou mestrado e doutorado em energia, trabalhando principalmente na área de termo-hidráulica de reatores. Seu estágio de pós-doutorado, no IPEN/CNEN, é no campo da análise de acidentes de termo-hidráulica para reatores de potência.
Já tendo feito outro curso próximo à área de segurança física nuclear pelo próprio Instituto, em 2018, Gonzalez comentou que a oportunidade atual está sendo mais proveitosa do que a anterior. "Acho que agora está sendo bem específico e tem umas coisas bem interessantes, que eu não sabia. Antes, não tinha sido tão profundo”, destacou.
Segundo ele, participar da ENBSFN é importante para ampliar seu repertório de conhecimentos, apresentando-o a novas questões. "Eu sempre estive na parte de segurança, porém mais focado no núcleo do reator, especificamente de análises de acidentes. Não tinha tanto conhecimento sobre segurança física”. Pensando na área como um todo, Gonzalez afirma que "tudo está relacionado e, por isso, é necessário atentar também para outros aspectos dentro desse conjunto”.
"Ampliar horizontes”
Guilherme Bonifácio, 26, é formado em física pelo Instituto Federal de São Paulo (IFSP) e está iniciando seu mestrado, desenvolvendo pesquisas no Centro de Radiofarmácia (CECRF) do IPEN/CNEN. O curso ENBSFN é o primeiro que realiza na área de segurança física nuclear e está sendo usado para obter créditos.
Apesar de ter ingressado recentemente no Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP, ele conta que conhece o Instituto desde 2018, quando ainda estava na graduação. "Foi quando fiz uma visita. Uma das minhas professoras, que já havia cursado o mestrado e o doutorado aqui, me recomendou, e eu vim”, relembra.
Para Bonifácio, a oportunidade de participar do curso o ajudará para ampliar os horizontes e contatos. Atualmente, ele trabalha com dosimetria de imagens, mas, a partir de outros temas semelhantes apresentados no curso, diz que "estaria disposto a adotar uma linha de pesquisas diferente, para seguir por novos caminhos”.
"No curso, uma das áreas que me surpreenderam foi a dosimetria, que tem um pouco a ver com proteção radiológica. Também trato disso, mas, no caso, foi apresentado um estudo ainda mais específico. Não é uma área que inicialmente pensei em me especializar, porém, se eu tivesse uma oportunidade dessas no exterior, acho que seguiria para frente. Pode ser que eu até mude minha linha de pesquisa”, afirma.
"Troca de experiências”
Tayane Tanure França, 26, é uma das estudantes que vêm de fora do Estado de São Paulo para acompanhar o curso. Residente no Rio de Janeiro, é sua primeira vez na capital paulista. Ela já conhecia os eventos do IPEN/CNEN, entretanto, nunca havia tido a possibilidade de participar e aprofundar-se na área da segurança física nuclear e ampliar seus conhecimentos, o que a motivou para a ENBSFN.
"Apesar de não ser um curso específico para a minha área, eu achei que seria uma ótima oportunidade de expandir mesmo a minha área de conhecimento, fazer novos contatos e até ter ideias para novos projetos e colaborações”, conta.
Atualmente, França desenvolve pesquisas com dosimetria de radiação ionizante e também trabalha com experimentos em laboratório cíclotron, com amostras biológicas. As duas áreas não se relacionam diretamente com a segurança física nuclear, mas, segundo ela, as experiências na ENBSFN estão estimulando novas ideias de aplicações no seu campo de atuação.
"Desde que fiz a inscrição, já sabia que seria importante para minha formação, mas eu não fazia ideia do quanto seria. Está sendo muito interessante a troca de experiências não só com os alunos, mas também com os outros professores”, conclui.
"Brasil prestigiado”
Um dos momentos do ENBSFN contou com a participação do presidente da CNEN, Paulo Roberto Pertusi, que fez questão de cumprimentar os alunos. Ele e a palestrante Oum Hakam, diretora científica da AIEA, falaram sobre a importância do evento. Pertusi iniciou fazendo agradecimentos especiais, em nome da CNEN, à professora Hakam, à Agencia, e ao IPEN e seus representantes. Na sequência, destacou a importância de que seja mantida uma cultura de segurança, premissa do curso.
"Nós estamos muito felizes pelo fato de o Brasil estar sendo prestigiado pela AIEA com essa deferência de trazer o curso para cá, e espero que esse possa ser primeiro de muitos a serem realizados”, finalizou.
Em seguida, foi a vez de Hakam fazer seus agradecimentos ao IPEN/CNEN pela realização do evento, destacando a importância da cooperação com a IAEA. "Estou muito honrada de estar aqui em São Paulo, ajudar nesse grande evento da Escola de Segurança Nuclear, com jovens estudantes e todos os participantes muito engajados. Também estou apreciada com a hospitalidade do IPEN assim como da CNEN e da USP, por todo o suporte nesse evento”, disse.
------
Leonardo Novaes, estagiário
(com supervisão) -
- 01/07/2022 - Primeiro encontro presencial de projeto sobre fontes radioativas seladas é sediado pelo IPEN-CNENInstituto foi palco para discussões sobre modelos de armazenamentos de fontes seladas para representantes de mais de 30 países
Instituto foi palco para discussões sobre modelos de armazenamentos de fontes seladas para representantes de mais de 30 países
O IPEN-CNEN sediou, de 27 de junho a 1º de julho, a "Reunião sobre o estabelecimento e manutenção de um Inventário Nacional de Fontes Radioativas Seladas (SRS, sigla em inglês) - INT9186”. O evento reuniu presencialmente, pela primeira vez, os participantes do projeto. Estiveram presentes membros da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) além de representantes internacionais de mais de 30 países, das Américas, da África, da Ásia e de parte da Europa.
Com discussões sobre o armazenamento de fontes seladas e seu controle, o evento teve organização local por conta de Ítalo Henrique Alves, da Coordenação de Planejamento e Gestão (COPLG), Roberto Vicente, pesquisador do Serviço de Gestão de Rejeitos Radioativos (SEGRR) e Julio Takehiro Marumo, gerente do SEGRR. Foram recebidos pelo instituto os técnicos da AIEA, Vivian Pereira Campos e Walter Truppa, além dos cerca de 50 representantes internacionais. Campos, do Chile, é engenheira ambiental com pós-graduação em proteção radiológica e segurança das fontes seladas de radiação. O argentino Truppa, expert convidado da AIEA, é subgerente do Sistema de Intervenção em Emergências Radiológicas e Nucleares da Autoridade Regulatória Nuclear (ARN).
O evento consistiu na troca de informações sobre a situação do controle de fontes seladas em cada um dos países representados. As apresentações possibilitaram o intercâmbio de ideias e discussões sobre o controle regulatório dessas fontes.
Com a troca de experiências, a expectativa é de que todos os países sejam favorecidos a partir do conhecimento compartilhado de práticas, sistemas e marcos regulatórios. Os técnicos da AIEA avaliam que é de grande importância o compartilhamento das experiências entre os países para que as metodologias apresentadas possam ser replicadas.
"O encontro foi muito importante para conhecer a realidade dos outros países e também tomar como exemplo o que fazem, para poder ser implementado”, disseram Truppa e Campos.
Iniciado na segunda-feira, com abertura oficial de Wilson Calvo, superintendente do IPEN-CNEN, o evento também contou com outros atrativos. Houve uma apresentação sobre o RAIS - Sistema para Controle Regulatório que inclui os processos para controle de fontes seladas disponibilizado pela AIEA aos países membros -, além de discussões sobre os melhores caminhos para o controle destas fontes e uma apresentação do acervo de fontes seladas e da radiofarmácia do IPEN-CNEN.
No decorrer da semana, a busca foi por fornecer modelos e caminhos para a gestão de fontes seladas nos diferentes países visando mapear as diferenças e semelhanças entre os modelos e seguir aqueles utilizados pelos países mais desenvolvidos nesse aspecto. Segundo Alves, os principais países que podem servir de espelho para os demais são os que já usam sistemas informatizados próprios ou o RAIS – que atualmente está em sua versão RAIS+.
Na avaliação dos organizadores do evento, os objetivos deste encontro foram atendidos e a perspectiva é que haja ganhos para todos os países a partir das experiências trocadas.
Leonardo Novaes
Estagiário
(com supervisão) -
- 01/07/2022 - Oportunidade de bolsa de Mestrado nas áreas de Radioquímica e Física Nuclear no IPEN-CNENPodem se inscrever candidatos com graduação em Química, Física, Engenharia. A bolsa de Mestrado será para atividades no Centro do Reator de Pesquisas (CERPQ) do Instituto
Podem se inscrever candidatos com graduação em Química, Física, Engenharia. A bolsa de Mestrado será para atividades no Centro do Reator de Pesquisas (CERPQ) do Instituto
O IPEN-CNEN informa sobre o oferecimento de duas bolsas de Mestrado inseridas no projeto "Determinação da Composição Isotópica dos Rejeitos Radioativos de Baixo e Médio Nível de Radiação da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto", ambas com apoio da Eletronuclear.
A bolsa, voltada para alunos de graduação em Química, Física ou Engenharia, terá atividades desenvolvidas na área de Radioquímica e Física Nuclear do Centro do Reator de Pesquisa (CERPQ) do IPEN-CNEN por um período de 30 meses.
Os candidatos interessados na área de Radioquímica devem enviar currículo para o Dr. Paulo Sergio Cardoso da Silva pelo e-mail pscilva@ipen.br. Os interessados na área de Física Nuclear devem enviar currículo para o Dr. Frederico Antônio Genezini pelo e-mail fredzine@ipen.br. As inscrições serão aceitas até 13 de julho de 2022, quarta-feira.
Para concorrer à bolsa, o candidato deve estar matricula do no curso de Mestrado em Tecnologia Nuclear - Aplicações. A seleção será por meio de análise do currículo e entrevista agendada após análise da documentação enviada.
O valor da bolsa será de R$ 2.168,70.
Pré- requisitos:
- Graduação em Química, Física ou Engenharia;
- Ser aluno regular no Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear - Aplicações
-
- 30/06/2022 - Edital de vagas remanescentes para Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da SaúdeA Comissão de Pós-Graduação do Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde, MP-TRCS, torna público o presente Edital de Vagas Remanescentes para seleção de candidatos para ingresso em Agosto/2022.
As inscrições se encerram em 15/07/2022 e o início das aulas será em03/08/2022.
Edital de Vagas Remanescentes - 2022- pdf
Edital de Vagas Remanescentes - 2022 - docx (formulários)
Telefone de contato e WhatsApp: (011) 2810-1572.
-
- 22/06/2022 - IPEN-CNEN participa da Campanha do Agasalho promovida pela Cruz VermelhaSão seis pontos de coleta de doações de agasalhos no IPEN, cuja ação é organizada internamente pela Coordenadoria de Planejamento e Gestão (COPLG)
São seis pontos de coleta de doações de agasalhos no IPEN, cuja ação é organizada internamente pela Coordenadoria de Planejamento e Gestão (COPLG)
O IPEN-CNEN, em parceria com a Cruz Vermelha São Paulo, deu início essa semana à Campanha do Agasalho 2022. No âmbito institucional, a organização conta com a colaboração de Fabio Menani, servidor da COPLG, que disponibilizou seis pontos de coleta de doações em locais de grande circulação no IPEN (Portaria Sul, Portaria Norte (Geral), Prédio do Ensino, Restaurante, Bloco A e Centro de Química e Meio Ambiente - CEQMA). Segundo Menani, o pessoal do Setor de Transportes está dando todo o apoio necessário para o sucesso da iniciativa e a comunidade IPEN pode contribuir ajudando pessoas em situação de vulnerabilidade social ou em situação de rua a enfrentar o período de inverno. "A comunidade IPEN pode e deve colaborar levando roupas e cobertores em bom estado até um dos pontos de coletas espalhados pelo Instituto, contribuindo para amenizar o frio dessas pessoas e famílias mais necessitadas”, comenta Menani.
Realizada desde 2009, a Campanha do Agasalho liderada pela Cruz Vermelha São Paulo é uma iniciativa em apoio a milhares de pessoas de comunidades vulneráveis que sofrem com as baixas temperaturas no período do inverno. A ação tem como objetivo a arrecadação de roupas como calças, camisetas e, principalmente, agasalhos, além de cobertores em bom estado que serão doados às famílias necessitadas. Esse ano a população em situação de rua será o principal público atendido pela campanha do agasalho. Segundo o último censo divulgado pela prefeitura de São Paulo, houve um aumento expressivo de pessoas que vivem essa realidade (32% nos últimos 2 anos).