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- 21/02/2024 - IPEN-CNEN e Instituto de Engenharia (IE) assinam termo de cooperação para ampliar divulgação de pesquisas e ações que envolvam tecnologia nuclearA assinatura foi nesta terça-feira, 20, na sede do Instituto de Engenharia em São Paulo e contou com a presença de representantes das duas instituições e de setores com interesse no tema.
A assinatura foi nesta terça-feira, 20, na sede do Instituto de Engenharia em São Paulo e contou com a presença de representantes das duas instituições e de setores com interesse no tema.
Desmistificar a radiação, as tecnologias nucleares e difundir o potencial benéfico da energia nuclear para a sociedade, este foi o tom da cerimônia de assinatura do termo de compromisso entre o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares IPEN-CNEN e o Instituto de Engenharia, nesta terça-feira, 20, em São Paulo.
Na prática, o termo de cooperação, que envolverá os docentes, pesquisadores e tecnologistas do IPEN e profissionais do setor de engenharia, visa promover e divulgar as atividades das áreas da tecnologia nuclear para a cidade de São Paulo e para o Brasil, de forma que os interessados participem de eventos em diferentes mídias e promovam a produção de materiais didáticos e de divulgação sobre o uso da tecnologia nuclear para fins pacíficos a para a melhoria da qualidade de vida da população.
De acordo com a diretora superintendente do IPEN, Isolda Costa, em quase 70 anos de atuação o Instituto vem acumulando uma grande quantidade de informações, conhecimentos e tecnologias que precisam chegar à sociedade. Ela citou o que já vem sendo feito como as ações da Radiofarmácia, que abastece mais de 430 clínicas e hospitais no Brasil com produtos utilizados na medicina nuclear, sendo o IPEN responsável, atualmente por, pelo menos, 80% dos radiofármacos produzidos no Brasil utilizados em terapias e diagnósticos de doenças diversas.
Isolda citou ainda o potencial dos programas de pós-graduação mantidos pelo IPEN-USP, sendo um acadêmico, com mais de duas mil teses e mais de mil dissertações defendidas, e o outro, um mestrado profissionalizante, voltado para capacitação de profissionais para o mercado de trabalho, com mais de 40 dissertações de mestrado já defendidas.
"Este acordo de cooperação envolve várias ações que serão muito úteis para ambas as instituições. Visa a promover a ciência, a engenharia e a trazer mais alunos e pessoas interessados nas áreas de atuação do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares. Esta parceria deverá unir forças para divulgar a sua missão e a sua função e, junto com o Instituto de Engenharia, promover a colaboração com outras instituições representantes de vários setores da engenharia no País”, destacou Isolda Costa.
Para o presidente do IE, José Eduardo Jardim, a ideia, a partir de agora, é intensificar os trabalhos para desmistificar a preocupação da população com a energia nuclear e mostrar os pontos positivos e produtivos para a transição energética e para o bem da sociedade.
"Vamos dar continuidade a um plano de colaboração conjunta entre o IPEN e o IE, a fim de divulgar os benefícios, a importância e as responsabilidades destas duas instituições. Contar com o IPEN hoje é um orgulho e uma honra para o nosso país, e isso precisa ser divulgado adequadamente”, destacou o presidente do IE.
Durante a cerimônia, três desafios iniciais foram lançados: o primeiro, mostrar que a radiação é um bem para a sociedade por meio de ações de divulgação. O segundo é a realização de um evento a ser realizado no IE para desmistificar a irradiação de alimentos, e o terceiro, uma visita técnica ao IPEN para conhecer as áreas de atuação do Instituto por meio dos 11 centros de pesquisas e o setor de ensino.
O IPEN é uma unidade técnico-científica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, tecnologia e Inovação (MCTI).Ulysses Varela
Bolsista BGE-DA/IPEN-CNEN -
- 09/02/2024 - Alunos da Pós-Graduação do IPEN-USP conquistam diploma de mestrado na RússiaDe volta ao Brasil com diploma na mão, três estudantes relatam experiências e ganhos após aceitar o desafio de estudar sobre tecnologia nuclear em outro país por meio de intercâmbio
De volta ao Brasil com diploma na mão, três estudantes relatam experiências e ganhos após aceitar o desafio de estudar sobre tecnologia nuclear em outro país por meio de intercâmbio
Os resultados de uma parceria firmada pela Internacionalização do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) envolvendo o intercâmbio de estudantes brasileiros do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear do IPEN-USP com o Instituto de Física de Moscou (MEPhI) – Universidade de Engenharia Nuclear, na Rússia, já são uma realidade.
Três alunos da Pós-Graduação, João Vitor Soares, orientado por Almir Oliveira Neto, do Centro de Células a Combustível e Hidrogênio (CECCO); Júlio de Oliveira, orientado por Roberto Vicente, do Serviço de Gestão de Rejeitos Radioativos (SEGRR) e Levy Scalise, orientado por Artur Wilson Carbonari, do Centro do Reator de Pesquisa (CERPQ), todos do IPEN, retornaram ao Brasil trazendo na bagagem, além da experiência única de estudar sobre as tecnologias nucleares na Rússia, um diploma de mestrado internacional para enriquecer os currículos.
Para diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino (COPDE) do IPEN-CNEN, Niklaus Wetter, que acompanhou o processo de implantação do mestrado sanduiche desde 2019, enquanto era gerente de Internacionalização, esta foi uma oportunidade que certamente estes estudantes souberam aproveitar.
"A ideia inicial era que os estudantes ficassem apenas um ano estudando fora do Brasil, mas a partir de um acordo, eles conseguiram renovar as bolsas por mais um ano o que lhes garantiu obter o diploma de mestrado da Universidade de MEPhI, independente do diploma deles da Pós-Graduação no IPEN. Isso, certamente, facilitará na hora em que forem buscar empregos nacionais ou internacionais. Além de mostrar que eles têm um conhecimento um pouco maior em tecnologia nuclear e do mundo”, afirma Niklaus Wetter.
Para ficarem dois anos fora do Brasil os estudantes contaram com bolsas de estudos integrais oferecidas pela Companhia Estatal de Energia Nuclear da Rússia (ROSATOM). Eles fazem questão de destacar o quanto esta experiência foi benéfica para cada um deles tanto na área acadêmica quanto na área cultural.
Novas experiências
Aluno do programa de doutorado direto do IPEN na área de Aplicações de Tecnologia Nuclear, Júlio de Oliveira destaca que aceitou o desafio porque a Rússia é um país referência em tecnologias de bateria nuclear, que é parte do tema do seu projeto de doutorado aqui no Brasil.
"Apesar de, na Rússia, eu não poder trabalhar com bateria nuclear, por ser um assunto restrito e estratégico deles, eu desenvolvi uma pesquisa sobre os reatores espaciais que usam um sistema de baterias parecido. Boa parte dos sistemas são os mesmos usados na bateria nuclear, então consegui tirar proveito para me aprofundar na aplicação da tecnologia em si, o que já me ajudou muito”, destaca Júlio de Oliveira.
O estudante defende ainda que agora ele tem um leque mais amplo de temas em que pode atuar, pois aprendeu mais sobre reatores, tendo contato com os processos que trabalham com os rejeitos dos reatores. Agora ele se sente apto para trabalhar em usinas nucleares.
O outro estudante, Levy Scalise, explica que ter ido estudar na Rússia foi uma experiência muito boa, porque mesmo nunca tendo saído do Brasil, sabia que estudar fora daria a ele a oportunidade de enriquecer seu currículo enquanto pesquisador com experiência internacional, sem falar no ganho cultural.
"Ver como funciona a cultura de outro país serve para valorizarmos o que aqui no Brasil é melhor. Ter conhecido pessoas de várias nacionalidades foi uma troca tão boa quanto o conhecimento técnico e científico adquirido. Percebi que a nossa formação aqui no Brasil também é muito boa e isso deu um upgrade na minha formação. Agora, tenho certeza que com esta experiência internacional no currículo eu posso fazer a diferença no mercado de trabalho cada vez mais globalizado”, afirmou Levy Scalise.
O estudante destaca ainda que a Rússia é referência mundial na área nuclear e isso tornou a experiência muito proveitosa, pois lá existem profissionais muito bem preparados, com o know-how na área nuclear tanto na academia quanto nas organizações particulares.
Ele explica que lá na universidade russa pesquisou os impactos da radiação no meio ambiente com destaque para o controle e o monitoramento constante de áreas onde existem instalações nucleares, sendo esta, segundo ele, uma área de estudo essencial por estarem expansão no Brasil.
O terceiro aluno a retornar com o título de mestrado, João Vítor Soares, é formado em Engenharia de Controle e Automação e agora tem também um mestrado em Engenharia Nuclear e Física Térmica. Ele destaca a forma e os métodos como os professores russos ensinam.
"Os professores russos foram essenciais para o meu aprendizado, até porque eles têm uma metodologia muito diferente dos professores brasileiros para ensinar. Eles fazem o aluno pesquisar e aprender de fato. Posso afirmar que comecei a aprender a pesquisar mais por conta deles. De forma geral, ter um mestrado internacional me permitiu tomar um rumo enquanto pesquisador, porque eu aprendi russo, fiquei fluente em inglês e treinei o alemão, então isso foi muito bom para mim”, enfatiza João Vitor.
Em termos acadêmicos o estudante pretende continuar a pesquisar a área de Engenharia de Controle e Automação. Na prática, ele pretende se especializar em equipamentos como os geradores de vapor que necessitam de monitoramento e controle constante para evitar danos e também melhorar a performance. "O controlador pode permitir uma eficiência melhor. Diferentes de sistemas automatizados, trabalhamos com a ideia de um controle mais humanizado, não apenas com lógica de 0 e 1 ou baixo e alto ou quente e frio, sempre existe um meio termo. Um controlador experiente pode ter respostas variadas, mais rápidas e mais humanas, isso permite uma eficiência melhor e não deixa acontecer o estresse mecânico”, explicou João Vitor.
Continuidade
Segundo Niklaus Wetter é grande a possibilidade dessa parceria continuar, pois há um claro desejo do Itamarati e Brasília, a continuação das parcerias com a Rússia. "A previsão é que haja a seleção de novos alunos em outubro de 2024. Desta vez os alunos podem conquistar um diploma com dupla nacionalidade, terminando um curso no IPEN com dois mestrados e sem ter que ficar os dois anos na Rússia. Com esta facilidade esperamos conseguir mais alunos se dispondo a participar desta experiência”, finalizou.
Ouça a entrevista dos alunos na seção de podcasts da Rádio IPEN
Ulysses Varela
Bolsista BGE-DA/IPEN-CNEN
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- 23/01/2024 - Reitor da USP conhece infraestrutura e atividades do IPEN-CNEN e destaca a importância de parceriasA visita de Carlos Gilberto Carlotti Junior ao IPEN serviu para estreitar os laços entre as duas instituições responsáveis por pesquisas e formação de pessoal em São Paulo
A visita de Carlos Gilberto Carlotti Junior ao IPEN serviu para estreitar os laços entre as duas instituições responsáveis por pesquisas e formação de pessoal em São Paulo
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), que é uma unidade técnico-científica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), recebeu no último dia 23 de janeiro o Reitor da Universidade de São Paulo, Carlos Gilberto Carlotti Junior.
Ele foi recebido pela diretora superintendente, Isolda Costa, e pelo diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, Wilson Aparecido Parejo Calvo, no Espaço Cultural Marcello Dami, na Superintendência do Instituto, onde eles conversaram sobre as atividades que o IPEN-CNEN desempenha no campo das pesquisas energéticas e nucleares por meio dos seus 11 centros de pesquisas e o de ensino.
Por meio da exposição permanente "O IPEN e sua História”, o reitor conheceu os principais destaques das atividades desenvolvidas no Instituto ao longo dos anos, como a unidade móvel para aceleradores de elétrons, uma estação móvel de radiação de materiais que será útil às indústrias, e o projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) que será instalado em Iperó, no interior de São Paulo. Outro ponto de destaque foi o programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear oferecido pelo IPEN em parceria com a USP, desde 1976 e que resulta em mais de 3 mil titulações.
Questões internas ligadas à infraestrutura do IPEN além de outros assuntos foram tratados durante a visita, que terminou nas instalações do Centro de Radiofarmácia do IPEN, um setor que é responsável por produzir e distribuir radiofármacos para clínicas e hospitais que atuam com medicina nuclear no Brasil. No local, ele foi recebido pela gerente de garantia da qualidade do centro, a farmacêutica Elaine Bortoleti de Araújo e pelo gerente de produção, o químico Luís Alberto Pereira Dias. O físico Niklaus Wetter, diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino do IPEN, participou da visita.
O reitor conheceu de perto as instalações onde são preparados alguns produtos utilizados essencialmente para diagnósticos, tratamentos e terapias de várias doenças que são objeto da medicina nuclear.
Sendo da área de saúde ele se surpreendeu com a importância das atividades desenvolvidas pelo Instituto e destacou a relevância do IPEN campo da tecnologia nuclear brasileira.
"A USP tem uma parceria de muitos anos com o IPEN. A visita de hoje estabelece uma nova fase entre as instituições para que nos próximos anos nós possamos trabalhar ainda mais em conjunto para poder servir ao estado de São Paulo e ao Brasil”, destacou o reitor.
Ulysses Varela
Bolsista BGE-DA/IPEN-CNEN
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- 22/01/2024 - Visita de alunos de universidade americana a centros de pesquisas do IPEN-CNEN é marcada por novas experiênciasPor meio da Internacionalização do IPEN-CNEN, delegação de alunos estrangeiros fez experimentos para extrair moléculas benéficas à saúde a partir de veneno de serpentes
Por meio da Internacionalização do IPEN-CNEN, delegação de alunos estrangeiros fez experimentos para extrair moléculas benéficas à saúde a partir de veneno de serpentes
Entre os dias 15 e 24 de janeiro, um grupo de doze estudantes da Universidade SOKA, localizada na Califórnia, participaram de atividades de ensino e pesquisa no IPEN-CNEN e no Instituto Butantan.
Sob a supervisão da professora do departamento de Biologia da Universidade de SOKA, a bioquímica Susan Walsh e do pesquisador e biólogo Patrick Spencer, do Centro de Biotecnologia (CEBIO) do IPEN, responsável pela área de Internacionalização do IPEN, eles realizaram um treinamento básico em química de proteínas nos laboratórios da Instituição conjuntamente com o Laboratório de Bioquímica e Biofísica do Instituto Butantã.
O intercâmbio serviu para que os alunos realizassem experimentos nos laboratórios do CEBIO do IPEN a fim de isolar e caracterizar moléculas com atividade antimicrobiana a partir de veneno de serpentes. Para isso eles receberam aulas e treinamentos em laboratórios específicos.
A partir desta interação os estudantes tiveram a oportunidade de se familiarizar com algumas técnicas de purificação, screening in vitro, espectrometria de massas e bioinformática. Para a estudante brasileira que cursa ciências neurobiológicas na Universidade de SOKA, Beatriz Ulian, tanto ela quanto os demais colegas tiveram uma nova experiência.
"Lá na Universidade de Soka nós não temos a oportunidade de conhecer tudo isso que estamos vendo aqui. Tenho certeza que na área de neurobiologia eu poderei no futuro aplicar conhecimentos com radiação para fazer marcação de órgãos durante exames”. Explicou a estudante.
Segundo Spencer, esta visita foi importante para a Internacionalização do IPEN, mas também para estes acadêmicos e a professora que os acompanha, pois no Instituto eles puderam observar como se faz pesquisas em outros países, no caso, aqui no Brasil.
"Esta troca de experiências contribui para incrementar a Internacionalização do IPEN por meio do intercâmbio de alunos, professores e de profissionais para a troca de conhecimentos e a divulgação do nosso Instituto como um todo”, finalizou Patrick.
O Centro de Biotecnologia do IPEN tem forte tradição em pesquisas na área de biofármacos e hormônios, além de contribuir para a formação de profissionais e estudantes tanto na graduação quanto na pós-graduação.
Visitas a Centros de Pesquisas
Além de atividades laboratoriais e salas de aula, os estudantes visitaram outras instalações do IPEN como Centro de Tecnologia das Radiações (CETER) onde foram recebidos pelo gerente de Produtos e Serviços, Samir Luiz Somessari, que explicou o funcionamento do Centro e as principais atividades voltadas para aplicações da tecnologia das radiações no país direcionadas para a indústria, a saúde e ao meio ambiente.
Durante outra visita, ao Centro de Lasers e Aplicações (CELAP), o grupo foi recebido pelo pesquisador Anderson de Freitas e outros pesquisadores. Os visitantes estrangeiros conheceram alguns laboratórios e equipamentos de última geração, além de diversas pesquisas de ponta que utilizam a aplicação de laser na área de saúde, processamento de materiais, monitoração ambiental e na área nuclear.
A professora Susan Walsh destacou a satisfação com a experiência dela e de seus alunos no IPEN. "A visita foi além do que esperávamos. Não é possível fazer isso em qualquer lugar e isso fez valer a pena vir até o Brasil. Os alunos tiveram uma experiência rica tanto nos laboratórios quanto trabalhando e conversando com cientistas incríveis e suas pesquisas extraordinárias, isso sem falar no ganho cultural, de comer comidas típicas conhecer são Paulo e a avenida Paulista onde até dançaram samba na chuva”, finalizou.
Ulysses Varela
Bolsista BGE-DA/IPEN-CNEN
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- 12/01/2024 - Resultado de pesquisa sobre radiofármacos desenvolvida pelo IPEN-CNEN recebe prêmio internacionalO trabalho premiado reúne profissionais de dois centros de pesquisa do Instituto e é inovador ao utilizar microusinagem com laser de femtosegundo para sistema microfluídico na produção de radiofármacos
O trabalho premiado reúne profissionais de dois centros de pesquisa do Instituto e é inovador ao utilizar microusinagem com laser de femtosegundo para sistema microfluídico na produção de radiofármacos
O trabalho "Circuito microfluídico aplicado à concentração de 18F (Flúor-18) para produção de radiofármacos”, que é parte da pesquisa de doutorado em andamento, desenvolvida pelo aluno da pós-graduação do IPEN, Antonio Arleques Gomes, conquistou o 1º lugar com a láurea "Marcos Pinotti Barbosa”, concedida à melhor pesquisa estudantil apresentada durante o XII Congresso Latino-Americano de Órgãos Artificiais e Biomateriais (COLAOB/2023) realizado no período de 12 a 15 de dezembro de 2023 em Mar del Plata, Argentina.
O prêmio, inédito para o programa de pós-graduação do IPEN, é considerado um dos mais importantes para a comunidade científica da Sociedade Latino-Americana de Biomateriais e Órgãos Artificiais (SLABO), organizadora do evento, e presta homenagem ao professor Marcos Pinotti (1965-2016) reconhecido como um dos principais cientistas brasileiros nas áreas de Biomimética e Bioengenharia e cofundador da SLABO.
A pesquisa, escolhida entre 69 trabalhos apresentados durante o congresso, está sob a orientação do professor Dr. Wagner de Rossi, gerente do Centro de Lasers e Aplicações (CELAP) e coorientada pelo farmacêutico Dr. Emerson S. Bernardes, gerente do Centro de Radiofarmácia (CECRF) do IPEN. Também contou com a importante participação do radioquímico Dr. Arian Pérez Nario, bolsista de pós-doutorado do IPEN e do físico Dr. André Luis Lapolli, responsável pelo Serviço de Operação de Aceleradores Cíclotron do instituto.
Na prática, a pesquisa visa desenvolver um sistema microfluídico por meio de técnica de microusinagem com laser de pulsos ultracurtos para a produção de radiofármacos a partir de Flúor-18. No trabalho, foi produzido um circuito microfluídico dedicado chamado de "Microcartucho de troca aniônica” destinado ao primeiro estágio de obtenção de qualquer radiofármaco; um produto utilizado essencialmente para diagnósticos, tratamentos e terapias de várias doenças que são objeto da medicina nuclear.
O processo compreende duas fases distintas. Na primeira, o Flúor-18 obtido em cíclotron fica retido no microcartucho. Na segunda, de eluição, o Flúor-18 é extraído resultando em um eluente líquido com uma concentração significativamente elevada do radionuclídeo.
Além de inédito no Brasil, o resultado da pesquisa desenvolvida no IPEN-CNEN pode ser considerado significativo uma vez que conseguiu uma concentração do eluente com Flúor-18 de seis a dez vezes maior que a obtida por meio de outros processos convencionais na primeira etapa de produção de radiofármaco, como, por exemplo, o Fluordexogliocose (FDG).
"Ter sido premiado com o trabalho de maior importância e relevância científica em um congresso desse nível é, sem dúvida, uma grande satisfação para mim e acredito, de grande importância para o IPEN”, destacou o doutorando Antonio Gomes, o qual enfatiza a dedicação do prêmio ao seu grupo de pesquisa e, em especial, a seu orientador pelo apoio incondicional.
O doutorando explicou ainda que os resultados apresentados, bem como o desenvolvimento da técnica de microusinagem com laser de pulsos ultracurtos, posicionam o IPEN como uma instituição de destaque na inovação tecnológica e científica nesta área do conhecimento.
Uma das principais missões do IPEN é tornar a medicina nuclear cada vez mais acessível à sociedade brasileira e o Flúor-18 tem destaque em exames que se utilizam de equipamentos de tomografia por emissão de pósitrons (PET/CT).
"O próximo passo após a conclusão da pesquisa é buscar parcerias no setor produtivo para disponibilizar para a sociedade radiofármacos mais eficazes para a medicina nuclear”, finaliza Gomes.
Para o físico Dr. Wagner de Rossi este prêmio coroa um trabalho que iniciou há alguns anos a partir de uma sugestão de Dr. Jair Mengatti, gerente da Radiofarmácia na época.
"Nós encaramos a sugestão como um desafio para produzir radiofármacos com microfluídica. O trabalho ainda não está concluído, pois o prêmio se refere apenas a uma parte já desenvolvida, mas demonstra que estamos num bom caminho para conseguir produzir radiofármacos a partir de um sistema inovador que vai trazer inúmeras vantagens para o processo”, conclui Rossi.
Ulysses Varela
Bolsista BGE-DA
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- 05/01/2024 - Pesquisadores do IPEN-CNEN desenvolvem bateria nuclearA pesquisa, inédita no País, demonstra a capacidade técnica de reciclar rejeitos radioativos de baixa intensidade, utilizando-os como fonte de energia.
A pesquisa, inédita no País, demonstra a capacidade técnica de reciclar rejeitos radioativos de baixa intensidade, utilizando-os como fonte de energia.
Equipe multidisciplinar de pesquisadores do IPEN-CNEN realizou estudo pioneiro para o desenvolvimento de uma bateria nuclear utilizando Amerício-241.
A pesquisa foi conduzida nos Centros de Engenharia Nuclear (CEENG) e de Tecnologia das Radiações (CETER) do IPEN-CNEN com objetivo de encontrar uma alternativa energética para locais de difícil acesso ou em que haja necessidade de um fluxo ininterrupto de energia.
O projeto foi desenvolvido pelo CEENG e a bateria foi montada pelos pesquisadores do CETER, usando como combustível pastilhas de Amerício-241 que se encontravam no Serviço de Gestão de Rejeitos Radioativos (SEGRR).
O pesquisador Eduardo Cabral, do CEENG, explica que a bateria nuclear é um dispositivo que utiliza o calor produzido pelo decaimento radioativo para gerar energia elétrica. Entretanto, para que o calor originado seja utilizado. é necessário um sistema de conversão de energia que, neste caso, são pastilhas termelétricas que geram energia elétrica quando submetidas a um gradiente de temperatura.
Embora o conceito seja simples e baterias nucleares sejam conhecidas desde no início do século XIX, a execução é complexa por razões que envolvem danos de materiais e proteção radiológica.
Carlos Alberto Zeituni, gerente e pesquisador do CETER, comenta que diversos radionuclídeos podem ser utilizados em uma bateria nuclear, dependendo do tempo de duração e potência desejados. Entre os mais utilizados, encontram-se o Estrôncio-90, o Plutônio-238 e o Amerício-241, que são materiais obtidos por meio do reprocessamento de combustível nuclear utilizado em reatores. Essa etapa do ciclo do combustível nuclear não é realizada no país.
Nessa bateria foram utilizadas 11 fontes de Amerício 241, que estavam armazenadas no SEGRR como rejeitos radioativos. Com autorização do Serviço de Radioproteção (SERAP) do IPEN, essas fontes, com cerca de 2,9 Ci, seguiram para os laboratórios do CETER após análise de estanqueidade efetuada no SEGRR.
No CETER, foi realizada a análise dimensional e de atividade das fontes. Com essas informações, pesquisadores do CEENG definiram os termelétricos e projetaram um invólucro para transformar. de forma eficiente, a energia do decaimento radioativo das fontes em energia elétrica.
De posse de todos os materiais, foi construída a primeira bateria nuclear do Brasil. Em razão da limitação da quantidade de material radioativo, o aumento de temperatura gerado nesse protótipo é pequeno, sendo de cerca de 6º C, que em conjunto com o material termoelétrico utilizado, gera uma tensão elétrica de 20 milivolt. Como a meia vida do Amerício 241 é de 416 anos, após um ano ligada, a bateria mantém o desempenho inicial, produzindo quase a mesma quantidade de energia por centenas de anos.
A coordenadora do projeto, Maria Alice Morato Ribeiro, pesquisadora do CEENG, ressalta ainda que embora o material utilizado tenha baixa atividade, o experimento comprovou a viabilidade do conceito. Com materiais de maior atividade, seria possível construir uma bateria com capacidade suficiente para energizar, por exemplo, uma estação meteorológica remota.
Este desenvolvimento foi resultado de um projeto de pesquisa financiado por uma grande empresa nacional e seu êxito permitiu que o IPEN fosse agraciado com sua continuidade no intuito de produzir uma bateria nuclear para utilização em locais de difícil acesso.
É importante ressaltar que graças ao esforço conjunto dos pesquisadores de vários centros do IPEN-CNEN e do reaproveitamento de material radioativo armazenado, foi possível desenvolver e construir um protótipo de bateria nuclear, demonstrando a capacidade técnica de produzir esse tipo de equipamento no país.
Esse projeto abre a possibilidade de desenvolvimento de diferentes tipos de baterias nucleares, específicas para diferentes tipos de uso. O trabalho para viabilizar o licenciamento dessas baterias já foi iniciado.
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- 13/12/2023 - Mestrado Profissional do IPEN na área de Tecnologia das Radiações em Saúde realizou seu 5º WorkshopCom palestras e sessão de pôsteres, o evento reuniu alunos, professores e interessados em 13/12, no prédio do Ensino do IPEN
Com palestras e sessão de pôsteres, o evento reuniu alunos, professores e interessados em 13/12, no prédio do Ensino do IPEN
O 5º Workshop do Mestrado Profissional Stricto Sensu em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde foi realizado na tarde de 13 de dezembro, quarta-feira, com uma programação que contemplou palestras e sessão de pôsteres seguida de premiação.
O evento foi aberto pela física Denise Zezell, coordenadora do Programa do Mestrado Profissional e pesquisadora do Centro de Lasers e Aplicações (CELAP) do IPEN que conduziu todo o evento. Participaram da abertura a diretora do IPEN, Isolda Costa e o Pesquisador Emérito do Instituto, Marcelo Linardi que atuou como diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino do Instituto de 2014 a 2018.
Após a abertura do evento, seguiram-se duas palestras relacionadas à área da Saúde e do desenvolvimento científico e tecnológico. A física médica com pós-doutorado e docente do Programa de Mestrado Profissional, Carla Daruich de Souza, apresentou o tema "A ABLUO e o desafio da inovação na indústria”. A empresa da qual Souza é responsável pela área de pesquisa e desenvolvimento, atua na área da Saúde com destaque no campo de nanopartículas e teranóstica. Em seguida, o farmacêutico Emerson Soares Bernardes, docente do Programa e responsável pelas atividades do Centro de Radiofarmácia (CECRF) do IPEN, apresentou a palestra "Situação da Medicina Nuclear no País”.
Sessão de Pôsteres
Após um breve intervalo, iniciou-se a sessão de pôsteres com a apresentação de trabalhos desenvolvidos pelos alunos do Programa de Mestrado Profissional. Durante duas horas, os alunos puderam apresentar seus trabalhos e serem avaliados por uma comissão formada por orientadores do Programa.
A premiação contou com o apoio da OPTICA – IPEN Student Chapter São Paulo e encerrou o 5º Workshop com o anúncio dos melhores trabalhos apresentados:
1º - "Termal, morphological and optical enamel after removal of ceramic laminates with Er:YAG laser”, apresentado pelo aluno Mateus Cóstola Windlin, orientado pela física Denise Zezell, pesquisadora do Centro de Lasers e Aplicações (CELAP)
2º - "Desenvolvimento e implementação de um sistema piloto automatizado para gestão de biotérios de roedores”, apresentado pelo aluno Alex Alves Rodrigues, orientado pelo biólogo Daniel Perez Vieira, do Centro de Biotecnologia (CEBIO) do IPEN
3º - "Uso da radiação ultravioleta na desinfecção de polímeros acrílicos impressos em 3D”, apresentado por Marcelo Toshio Tadeu Caliman Sato, orientado pela física Martha Simões Ribeiro, do CELAP
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- 12/12/2023 - Divulgação da ciência e entretenimento no IPEN de Portas AbertasEstimular o interesse pela ciência e fortalecer os vínculos sociais entre seus diversos públicos foram dois objetivos alcançados durante o evento realizado no campus do IPEN em 12 de dezembro
Estimular o interesse pela ciência e fortalecer os vínculos sociais entre seus diversos públicos foram dois objetivos alcançados durante o evento realizado no campus do IPEN em 12 de dezembro
A 15º edição do IPEN de Portas Abertas aconteceu no dia 12 de dezembro após 4 anos de intervalo e recebeu 411 visitantes que se somaram aos cerca de 1.700 servidores, colaboradores e alunos do Instituto. A programação com destaque para atividades de divulgação científica ganhou um forte sentimento de confraternização com a proximidade do Natal e Ano Novo.
Desde suas primeiras edições, o IPEN de Portas Abertas recebe o público com o Show da Física, programa do Instituto de Física da USP (IFUSP) que apresenta de forma participativa e didática princípios científicos. Os monitores Isabella Yumi Hirosue, João Pedro Benites Orlandelli, Laura Leão Borges e Rafael Masatomo Matsuda interagiram com uma plateia entusiasmada de aproximadamente trezentas pessoas, a maioria infanto-juvenil. O programa é coordenado pelos professores Fuad Daher Saad e Paulo Yamamura.
Equipes do Serviço de Proteção Radiológica e do Setor de Transportes apresentaram as viaturas e equipamentos utilizados nos atendimentos a emergências radiológicas e primeiros socorros. Os socorristas e técnicos de radioproteção demonstraram como são utilizados detectores de radiação portáteis e noções de resgaste a acidentados.
No acesso ao bloco de Administração, uma árvore de Natal recebeu mensagens escritas pelo visitantes enquanto o salão de leitura da Biblioteca Terezine Arantes Ferraz, uma das mais especializadas do país na área nuclear, estava aberto à visitação.
As Maravilhas da Luz - ciência e arte
Novidade na programação de 2023, a mostra "Maravilhas da Luz: exposição de fenômenos ópticos" foi uma iniciativa do IPEN Student Chapter, grupo formado por alunos de Pós-graduação do Instituto, notadamente do Centro de Lasers e Aplicações (CELAP), com apoio da OPTICA, Optical Society of America.
Instalada no primeiro andar do prédio de Ensino, a exposição recebeu muitos visitantes que conheceram várias aplicações de lasers e noções de óptica. Participaram como monitores da atividade Felipe Maia Prado, atual presidente do IPEN Student Chapter, Ariel dos Reis, Daniella Lúmara Peres, Marcus Vinicius Catarina, Pedro Nonino e Vitória Macedo C. Brandão.
O músico Fábio Martinele Neto apresentou uma instalação interativa e sonora formada por diversos feixes de laser. A interação dos gestos dos visitantes dos feixes de laser produziam diferentes sons aproximando a ciência da arte.
Ricardo Mendes Leal Neto, pesquisador do Centro de Ciência e Tecnologia dos Materiais (CECTM), orientou o público em uma demonstração de realidade aumentada, técnica utilizada em estudos de Cristalografia, entre outras aplicações.
O "Nuclespaço", mostra didática sobre energia nuclear e suas aplicações, teve monitoria de Antonio Fernando Rodriguez Alvarez, do Serviço de Comunicação Institucional (SECOI). Na exposição, maquetes de reatores de pesquisa e potência, radiofármacos e demais equipamentos que ilustram o uso da energia nuclear no cotidiano.
Informações sobre a história do IPEN e suas atividades estavam concentradas no Espaço Cultural Marcello Damy, no 4º andar do Bloco da Administração. Destaque para a maquete do empreendimento do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).
Para completar o evento, o tradicional passeio de trenzinho pelas alamedas do IPEN e a distribuição de pipoca e algodão doce no hall do prédio da Administração.
O evento teve o apoio da Tokio Marine Seguradora, da Clear IT, do IPEN Student Chapter e do Grêmio dos Funcionários do IPEN-CTMSP.
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- 10/12/2023 - Workshop da Pós-Graduação do IPEN-USP e 1º Encontro Científico Interdisciplinar mobilizam alunos e orientadoresOs dois eventos estimularam a interação entre alunos de diversas áreas de pesquisa e seus orientadores para discussão de temas da Pós-Graduação e divulgação de pesquisas realizadas no Instituto.
Os dois eventos estimularam a interação entre alunos de diversas áreas de pesquisa e seus orientadores para discussão de temas da Pós-Graduação e divulgação de pesquisas realizadas no Instituto.
A Comissão de Pós-Graduação do IPEN-USP promoveu o XXII Workshop do Programa em Tecnologia Nuclear em 10 de novembro, durante o período da manhã. O presidente da Comissão de Pós-Graduação, o físico Eduardo Landulfo, pesquisador do Centro de Laser e Aplicações (CELAP), abriu o evento discorrendo sobre os resultados obtidos durante o ano e apresentando temas para reflexão aos orientadores e alunos.
O biólogo Patrick Spencer, atual responsável pela área de Internacionalização do IPEN e pesquisador do Centro de Biotecnologia (CEBIO) do Instituto relacionou as atividades desenvolvidas na área e as perspectivas para 2024. Spencer destacou o intercâmbio entre o IPEN e o Instituto de Engenharia Física de Moscou (MEPhI, com sigla em Inglês), onde cinco alunos oriundos da Instituição estão desenvolvendo atividades. Citou a realização da maratona científica HackATOM Brazil 2023, realizada em novembro e com o apoio da Empresa Estatal Russa na área nuclear, ROSATOM.
O tema "Movimentos anti proliferação de armas nucleares em Hiroshima” foi apresentado pela aluna de Pós-Graduação Isadora Spadrezano, química de formação e que exerce atividades no Centro de Química e Meio Ambiente (CEQMA). Spadrezano comentou sobre a importância da educação para uma conscientização antiarmamentista.
O professor Luiz Antonio Pessan, do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e atual responsável pela Coordenação da Área de Engenharia II da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), apresentará o tema "Novo Ciclo Avaliativo da Engenharia II”.
Programa DNA
No início da tarde, Bruno Brigida, coordenador de Projetos e Programas de Aceleração na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica USP-IPEN, gerida pelo Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (CIETEC) apresentou o Programa DNA (Descoberta, Negócio e Aceleração), para estímulo e capacitação a empreendedores de base tecnológica. O Programa DNA oferece um metodologia que inclui mentorias coletivas e individuais e atividades como workshops e aulas entre outras.
I Encontro Científico Interdisciplinar do IPEN
Organizado pelo IPEN Student Chapter, com apoio da Optical Society of America, a primeira edição do Encontro Científico Interdisciplinar do IPEN atingiu seu objetivo de facilitar a interação entre os alunos dos onze centros de pesquisa do Instituto.
Inscreveram-se para apresentar pôsteres relativos a suas pesquisas 38 alunos, sendo 18 da área de concentração em Aplicações de Técnicas Nucleares, seguida pela área de Materiais, com 14. A área de Reatores, pelo menor número de orientadores, resultou em seis inscritos.
Participaram da comissão organizadora Felipe Maia Prado (presidente), Daniella Lúmara Peres (vice-presidente), Vitória Macedo Costa Brandão (seretária) e Marcus Vinicius Catarina (tesoureiro).
Segundo Felipe Maia Prado, o maior desafio enfrentado foi o gerenciamento do tempo e a mobilização dos alunos para se inscreverem.
Prado destaca a importância do aprendizado na organização de eventos científicos e da interação com as diversas áreas do IPEN além da importância do trabalho em equipe. "Com o retorno das atividades do Student Chapter, interrompidas em 2019 em decorrência da pandemia, nos alegramos em poder contribuir com uma maior interação do corpo discente, englobando as três áreas de concentração da Pós-Graduação do IPEN-USP”, conclui.
Ao final do evento foram anunciados os vencedores por área de concentração:
Tecnologia Nuclear – Materiais (TNM):
1° Ana Paula Curcio - Produção de microesferas de acetilacetonato de hólmio destinadas ao tratamento do carcinoma hepatocelular via radioembolização
2° Omar Santiago Lakis Santos -Validação do método de análises de exalação de 222rn em solo de floresta tropical3A° Mayara Santana Pinto - Photobiomodulation therapy combined with radioactive gold nanoparticles in breast cancer-bearing mice
3B° Vanessa Moredo Alonso - Avaliação do fluxo sanguíneo pulpar utilizando análise de speckle no sinal de Tomografia de Coerência Óptica: Inovação do Diagnóstico Pulpar
Tecnologia Nuclear – Aplicações (TNA):
1° Ilca Marli Moitinho Amaral Medeiros - Cálculo da Contaminação do Iodo-126 na produção do Iodo-1252° Viviane de Fátima Benedetti - Avaliação da estabilidade de peito de peru fatiado submetido ao processamento por radiação ionizante
3° Priscila Santos Rodrigues - Caracterização de dosímetros com FXG com nanopartículas de ouro para aplicações em braquiterapia
Tecnologia Nuclear – Reatores (TNR):
1° Clayton Henrique de Souza - Análise da fluência de fótons de um feixe direto para construção de um modelo de fonte virtual de um acelerador linear clínico em Monte Carlo
2° Gabriel Fuitem Martins - Use of Calcium Alginate Composites in the Removal of Thorium-234 from Aqueous Solutions
3° Amanda Cristina Mazer - Quantificação da movimentação de órgãos em imagens 4D através de pontos identificados manualmente e automaticamente -
- 08/12/2023 - IPEN sediou curso internacional sobre segurança computacional para a área nuclearA Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA na sigla em Português) promoveu o curso no IPEN para fortalecer a cultura de segurança computacional na área de Segurança Física Nuclear
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA na sigla em Português) promoveu o curso no IPEN para fortalecer a cultura de segurança computacional na área de Segurança Física Nuclear
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN-CNEN) sediou o "Regional Training Course on Computer Fundamentals for Nuclear Security” (Curso Regional sobre Fundamentos de Segurança Computacional para Segurança Física Nuclear, em tradução para o Português) durante o período de 4 a 8 de dezembro de 2023.
Segundo Paulo Henrique Bianchi, coordenador do curso pelo Brasil e responsável pelo Serviço de Gestão de Redes e Suporte Técnico (SEGRS) do IPEN, o objetivo do curso foi introduzir a aplicação e o conceito de segurança computacional por meio dos elementos fundamentais de um regime de segurança nuclear. Ele se baseia no documento "Objective and Essential Elements of a State's Nuclear Security Regime" - Nuclear Security Series (NSS) No. 20 - e nas publicações de Segurança da Informação e Computacional, que fazem parte da NSS e de publicações não serializadas da AIEA. A intenção do curso foi aumentar a conscientização sobre a importância das interfaces de segurança da informação e da computação com outros elementos de segurança, e auxiliar os profissionais a identificar ameaças e riscos associados aos sistemas de informação e computação relevantes para instalações nucleares e associadas.
Representantes da Argentina, Bolívia, Brasil, Jamaica, Peru e República Dominicana participaram do curso.
Atuaram como monitores e palestrantes do curso o oficial de Segurança de Tecnologia da Informação, Mitchell Hewes, do Departamento de Segurança e Proteção Nuclear da AIEA; o engenheiro e profissional em Tecnologia da Informação, Ryan Beeby, da HULD, Finlândia; Muhammad Awais, da Comissão de Energia Atômica do Paquistão (PAEC); Constantin Alex Sumanariu, da Comissão Nacional de Controle de Atividades Nucleares (CNCAN), da Romênia e a pesquisadora Yasko Kodama, do Centro de Tecnologia das Radiações (CETER) do IPEN.
A dinâmica do curso intercalou apresentações teóricas com ênfase em conceitos e exercícios participativos para fixação dos conceitos apresentados. Bianchi comenta que o penúltimo dia foi o mais intenso em atividades que incluíram dinâmicas de grupo para estímulo de discussões e colaboração em temas relacionados à Segurança Computacional .
Ainda de acordo com Bianchi, ficou claro aos participantes que a Segurança Computacional não é apenas um tema técnico, mas também administrativo. As organizações, empresas e instituições controladoras de instalações nucleares precisam considerar a Segurança Computacional como um tema estratégico, inserindo-a desde o projeto inicial até o descomissionamento. Já ficou comprovado com casos exemplares, como o Stuxnet (uma espécie de vírus de propagação rápida projetado para atacar centrífugas de enriquecimento de urânio iranianas), que um incidente computacional não é apenas virtual, mas tem potencial de afetar o mundo físico e comprometer a segurança dos trabalhadores e da sociedade como um todo.
"A Segurança Computacional de instalações nucleares precisa ser levada a sério por todos os níveis gerenciais, desde o supervisor técnico até a mais alta gestão, não somente por questões de segurança física, mas também para preservar a imagem da energia nuclear como uma alternativa segura e viável” comenta Bianchi.
A visita técnica às instalações do Reator IEA-R1, no Centro do Reator de Pesquisa (CERPQ), foi um dos destaques do evento e oportunidade na qual temas discutidos em aula foram observados.
Outro destaque foi a participação da pesquisadora Yasko Kodama, do CETER, como instrutora em virtude de seus treinamentos recentes relacionados ao tema promovidos pelo IPEN.
Bianchi ressalta que o intercâmbio técnico e científico com a AIEA e com outras instituições de excelência, viabilizados pela Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD), pela Diretoria do IPEN (DIPEN) e pela Coordenação de Segurança (COSEG), permitem ao IPEN a formação de recursos humanos para que possa enfrentar os desafios presentes e futuros na área da Segurança Computacional.
Outras atividades como o Exercício do Guardião Cibernético, que acontece anualmente e o IPEN participa desde a sua segunda edição por convite do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI/PR), são exemplos de iniciativas que têm gerado resultados concretos por gerar conscientização em pessoas chave das organizações nucleares do Brasil, destaca Bianchi.
Para finalizar, Bianchi lista resultados importantes no setor da Segurança Computacional: a formação da Equipe de Tratamento e Resposta a Incidentes Cibernéticos (ETIR) da CNEN, da qual ele e Eduardo Alves Maria, do SEGRS fazem parte; a recente criação do SECIB, um setor dedicado à Segurança Cibernética na CNEN; e a sinalização do CTA do IPEN, em votação unânime, para a readequação do SEGRS como um setor dedicado à Infraestrutura e Segurança Computacional, subordinado à COSEG. "Todas estas ações, que são administrativas, complementam os esforços das nossas equipes técnicas que batalham no dia a dia, mesmo em condições adversas, para manter nossas instalações protegidas.", conclui.
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- 23/11/2023 - Assinatura do convênio entre o IPEN e o Instituto ECOFAXINAO acordo é estratégico para o projeto "Metodologia de caracterização de microplásticos e avaliação integrada de microplásticos no sistema estuarino de Santos e São Vicente, litoral de São Paulo, Brasil" da pesquisadora do IPEN, Duclerc Fernandes Parra, bem como de interesse para o Instituto ECOFAXINA e à sociedade
O acordo é estratégico para o projeto "Metodologia de caracterização de microplásticos e avaliação integrada de microplásticos no sistema estuarino de Santos e São Vicente, litoral de São Paulo, Brasil" da pesquisadora do IPEN, Duclerc Fernandes Parra, bem como de interesse para o Instituto ECOFAXINA e à sociedade
No dia 23 de novembro foi assinado o convênio de cooperação acadêmica e técnico-científica entre o IPEN e o Instituto ECOFAXINA visando o desenvolvimento conjunto de projetos de pesquisa e de divulgação das respectivas áreas de atuação junto à sociedade, em especial nos campos da engenharia, sustentabilidade, e meio ambiente.
Também se objetiva a realização conjunta de eventos relacionados às áreas desta cooperação, os intercâmbios de profissionais e a realização de estágios no IPEN e nas áreas de atuação da ONG para profissionais, alunos, pesquisadores e colaboradores.
Após a assinatura, os representantes do Instituto ECOFAXINA visitaram os laboratórios do Centro de Química e Meio Ambiente acompanhados pelas Dras. Marycel Barboza Cotrim e Duclerc Fernandes Parra, respectivamente gerente e pesquisadora do Centro.
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- 10/11/2023 - IPEN-CNEN sediou encontro internacional sobre tecnologia das radiações para polímeros na indústriaO evento, com apoio da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) reuniu pesquisadores de vários países da América Latina no período de 6 a 10 de novembro de 2023
O evento, com apoio da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) reuniu pesquisadores de vários países da América Latina no período de 6 a 10 de novembro de 2023
A Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA em sua sigla em Inglês) e o IPEN-CNEN organizaram o Regional Training Course on Radiation Technology for Polymer Industry, no período de 6 a 10 de novembro de 2023. as apresentações técnicas e discussões ocorreram no Salão de Leitura da Biblioteca Terezine Arantes Ferraz, localizada no Instituto.
Os coordenadores do evento foram o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, Wilson Aparecido Parejo Calvo, e a gerente do Serviço do Núcleo de Inovação Tecnológica (SENIT) do IPEN, Maria Helena de Oliveira Sampa. A argentina Maria Verônica Vogy, coordenadora do projeto ME-RLA1020 - Promoting Radiation Technology in Natural and Synthetic Polymers for the Development of New Products, with emphasis on Innovationan Entreoreneurship (ARCAL CLXXIX), da qual o curso é parte integrante, esteve presente durante o evento.
Participaram do curso representantes da Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Cuba, Equador, México, Panamá, Peru, Uruguai e Venezuela perfazendo um total de quinze participantes internacionais.
As apresentações teóricas foram complementadas com visitas técnicas e testes no Centro de Tecnologia das Radiações (CETER) do IPEN, na acelerador de elétrons, irradiador multipropósito e na unidade móvel. Outra visita de destaque foi na Incubadora de Empresas Tecnológicas IPEN-USP, gerida pelo Cietec.
Dentre os palestrantes do IPEN-CNEN, participaram Adriana Magalhães, do SENIT e Rodolfo Politano, do Centro de Ciência e Tecnologia dos Materiais (CECTM) que discorreram sobre experiências de Inovação e Transferência de Tecnologia pelo IPEN. No encerramento, participaram o coordenador de Planejamento e Gestão do IPEN, Celso Gimenes e Leonardo Gondim de Andrade e Silva, este também presente em demais atividades, pesquisador colaborador do CETER.
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- 07/11/2023 - IPEN recebe participantes do 26º SemeAd FEA/USPNo dia 7 de novembro, o IPEN recebeu 7 congressistas participantes do 26º Seminário em Administração da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo (SemeAd FEA/USP), evento que reúne pesquisadores de vários países e Estados brasileiros nas 15 áreas da administração.
Os visitantes foram recebidos no Espaço Cultural Marcello Damy por Wilson Calvo, diretor de Pesquisa & Desenvolvimento da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e pelos membros do Conselho Superior do IPEN: Katia Iunes Minasian Santos, coordenadora de Administração e Infraestrutura; Niklaus Wetter, coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino; Demerval Leônidas Rodrigues, coordenador de Segurança; e Celso Huerta Gimenes, coordenador de Planejamento e Gestão.
Em seguida, os visitantes conheceram as instalações do Reator IEA-R1, Irradiador Multipropósito de Cobalto-60 e Acelerador de Elétrons.
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- 01/11/2023 - Equipe formada por representantes de quatro universidades venceu a 2ª edição do HackATOM BrazilO evento fortaleceu o intercâmbio entre alunos brasileiros e professores do MEPhI
O evento fortaleceu o intercâmbio entre alunos brasileiros e professores do MEPhI
A equipe Druzya ("Amigos” em russo) sagrou-se a campeã no HackATOM Brazil realizado em sua segunda edição entre os dias 31 de outubro e 1º de novembro de 2023. O grupo vencedor foi formado pelas alunas de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Nuclear do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ), Isabella Souza e Juliana Sanchez, pelo mestrando do Programa em Tecnologia Nuclear do IPEN-USP, Roberto Blatt, pelo servidor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), André Luiz Queiroga Reis e pelo aluno de graduação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP-USP), Eduardo Lopes Dias.
Participaram da maratona científica onze equipes que apresentaram soluções para um desafio relacionado à energia nuclear proposto por um grupo de pesquisadores do IPEN-CNEN e do Instituto de Engenharia Física de Moscou (MEPhI), organizadores da competição. No primeiro dia do evento o desafio foi lançado e os participantes tiveram 24 horas para elaborarem soluções que foram apresentadas para a banca de pesquisadores de ambas as instituições no segundo dia.
Na atual edição, as equipes deveriam desenvolver uma solução, fosse software, aplicativo ou plataforma web, que permitisse ao usuário auxílio na tomada de decisões relacionadas à produção de radioisótopos no Brasil.
Os coordenadores do evento, pelo lado brasileiro, foram Niklaus Wetter, responsável pela Coordenadoria de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino do IPEN, Patrick Jack Spencer, do Centro de Biotecnologia (CEBIO) e Julian Shorto, do Centro de Engenharia Nuclear (CEENG). Completando a equipe de monitores e juízes, participaram os pesquisadores e professores Delvonei Andrade e Luis Antônio Albiac Terremoto, ambos do CEENG e Frederico Genezini, gerente do Centro do Reator de Pesquisa (CERPQ). Pelo MEPhI, a coordenação coube a Dmitry Samokin, chefe do Departamento de Desenvolvimento e Design de Reatores e aos professores Alla Udalova, Aleksander Nakhabov e Roman Fomin.
A cerimônia de entrega das premiações, contará com representantes da Companhia Estatal de Energia Nuclear (Rosatom), patrocinadora do evento e uma das maiores produtoras de radioisótopos do planeta, responsável pelo complexo energético nuclear russo. O evento acontecerá no dia 22 de novembro, quarta-feira, às 10h, no salão de leitura da Biblioteca Terezine Arantes Ferraz, no IPEN-CNEN.
Equipes
1ª colocada: Druzya: André Luiz Queiroga Reis, Juliana de Sá Sanchez, Izabella Soares de Souza, Roberto Blatt e Eduardo Lopes Dias.
2ª colocada: Hackerspace IPEN: Christian Talacimon, Ícaro Freire, Julio de Oliveira Jr., Victor Keichi Tsutsumiuchi e Ricardo Pitta.
3ª colocada: AdaLise: Larissa Cunha Pinheiro, Ricardo Fernandes de Araújo, Iago de Oliveira Gomes, João Victor Gioseffi e Maciel Alegrio Lopes.
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- 31/10/2023 - Pesquisador do ELI-ALPS ministrou palestra no IPEN sobre oportunidade de pesquisas com fontes de luz de attossegundosA visita e apresentação do Subhendu Kahaly, chefe da Divisão de Fontes Secundárias do ELI-ALPS foi realizada em 31/10 e contou com a participação de pesquisadores de outras instituições
A visita e apresentação do Subhendu Kahaly, chefe da Divisão de Fontes Secundárias do ELI-ALPS foi realizada em 31/10 e contou com a participação de pesquisadores de outras instituições
O físico Subhendu Kahaly, chefe da Divisão de Fontes Secundárias do Laboratório Extreme Light Infrastructure- Attosecond Light Pulse Source (ELI-ALPS), Szeged, Hungria, visitou o IPEN-CNEN em31 de outubro de 2023 acompanhado pela consulesa de Ciência e Tecnologia da Hungria em São Paulo, Júlia Morován. Ambos foram recebidos no Espaço Cultural Marcello Dami pela diretora do IPEN, Isolda Costa, pelo gerente do Centro de Lasers e Aplicações (CELAP), Wagner de Rossi e pelo pesquisador Ricardo Samad, do mesmo centro de pesquisa.
Após uma visita à exposição permanente "O IPEN e sua História" e breve reunião, a comitiva se deslocou para o CELAP onde vários pesquisadores do Instituto e de outras instituições, além de alunos e bolsistas, aguardavam para a palestra "High field ultrafast science and technology at ELI-ALPS: the opportunities”. Antes, porém, os pesquisadores Wagner de Rossi e Ricardo Samad apresentaram as linhas de pesquisa desenvolvidas com lasers de pulsos ultracurtos no local. A palestra teve transmissão online.
O objetivo do encontro foi apresentar a cientistas brasileiros o potencial de pesquisas que poderão ser desenvolvidas pelo ELI-ALPS, integrante de uma rede de institutos europeus especializada em estudos com lasers de alta potência, alta intensidade e de pulsos curtos. O ELI-ALPS é dedicado à dinâmica extremamente rápida, gerando imagens na escala de attossegundos (um bilionésimo de bilionésimo de segundo) da dinâmica dos elétrons em átomos, moléculas, plasmas e sólidos, tema que recebeu o prêmio Nobel de Física em 2023.
Os institutos que formam o ELI compõem a mais avançada infraestrutura mundial de laser de alta potência do mundo, sendo líderes globais em sistemas de laser de alta potência, alta intensidade e pulsos curtos.
Kahaly obteve seu PhD em Física pelo Tata Institute of Fundamental Research (TIFR), Mumbai e posteriormente ocupou cargos no Laboratoire d'Optique Appliquée (LOA) e no Commissariat à l'Énergie Atomique (CEA), Saclay, França. Seu atual interesse de pesquisa está nas aplicações fotônicas e na dinâmica de materiais, tema no qual é autor de mais de 65 publicações, artigos de revisão e capítulos de livros, além de deter 3 patentes internacionais. Seu grupo de pesquisa investiga os aspectos fundamentais e aplicados da interação de pulsos laser ultracurtos de alta intensidade com sistemas baseados em gases, líquidos, sólidos e plasmas em experimentos com foco em ciência de attossegundos, aceleração de partículas e metrologia ultrarrápida.
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- 25/10/2023 - Alunos e docentes do IF-USP, IPEN-CNEN e POLI-USP propõem projetos de tecnologia nuclear em workshopCerca de 80 alunos e docentes das três instituições propuseram projetos de pesquisa em tecnologia nuclear durante workshop realizado no IPEN-CNEN. A atividade fortaleceu o vínculo entre as instituições e alunos
Cerca de 80 alunos e docentes das três instituições propuseram projetos de pesquisa em tecnologia nuclear durante workshop realizado no IPEN-CNEN. A atividade fortaleceu o vínculo entre as instituições e alunos
O IPEN-CNEN sediou o Workshop Oportunidades de Pesquisa em Tecnologia Nuclear em 25 de outubro de 2023 no qual foram apresentados projetos de pesquisa desenvolvidos pela Escola Politécnica (POLI-USP), Instituto de Física (IF-USP) e Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN-CNEN) voltados para pesquisas na área da tecnologia nuclear.
O workshop foi organizado pelos professores Cláudio Geraldo Schön, coordenador do curso de Engenharia Nuclear da Poli-USP, Gustavo Paganini Canal, docente do IF-USP e Paulo Sergio Cardoso da Silva, da área de Radioquímica do Centro do Reator de Pesquisa (CERPQ) do IPEN e docente do curso de Pós-Graduação do IPEN-USP. Participaram também apresentando projetos em desenvolvimento na área nuclear a gerente do Centro do Combustível Nuclear (CECON), Elita Fontenele Urano de Carvalho, o pesquisador do Centro de Engenharia Nuclear (CEENG) do IPEN, Pedro Ernesto Umbehaun e o gerente do CERPQ, Frederico Gianezini.
A diretora do IPEN-CNEN, Isolda Costa, abriu o evento dando as boas-vindas e comentando sobre a importância do intercâmbio entre as instituições.
Os cerca de 80 alunos de graduação e pós-graduação das três instituições assistiram às apresentações durante o período da manhã no auditório Prof. Rui Ribeiro Franco, no prédio de Ensino do IPEN. Como última atividade antes do almoço, os participantes visitaram as instalações do Reator Nuclear de Pesquisa IEA-R1 onde tiveram oportunidade de conhecerem as atividades realizadas no setor.
O período vespertino foi reservado para debates e apresentação de propostas com potencial para projetos de pesquisa na área nuclear a serem submetidos à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
Dentre a variedade de propostas apresentadas, relacionadas a fusão nuclear, lasers e ciclo do combustível, foram escolhidos quatro temas para desenvolvimento de projetos: produção e separação de Trítio a partir de Lítio-6, obtenção de alvos de Urânio para produção de Molibdênio-99, laser de alta-potência para aplicações nucleares e sistemas com Urânio para aplicações nucleares.
A avaliação dos organizadores foi extremamente positiva e os objetivos alcançados além da expectativa. Para Paulo Sergio Cardoso da Silva, do IPEN, o ponto mais relevante do evento foi fortalecer as parcerias entre as três instituições para a elaboração de projetos na área de tecnologia nuclear. "O Brasil precisa urgentemente se engajar no avanço de pesquisas tecnológicas dado o interesse internacional nos temas levantados e que ainda possuem uma tímida atuação no país”, comenta Silva.
O próximo workshop sobre o tema será agendado para março de 2024, ocasião em que os tópicos levantados serão aprofundados e apresentados o estágio dos projetos, a busca de parcerias e a expectativa por recursos.
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- 25/10/2023 - Integrantes do GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais) visitam o IPENNo dia 25 de outubro, 26 integrantes do Esquadrão Antibombas do GATE assistiram a palestra "Atendimento a Emergências Radiológicas" proferida pelo Prof. Fábio Suzuki, Supervisor de Radioproteção do IPEN.
Após a palestra, os visitantes foram recebidos pelo Dr. José Roberto Berretta, Supervisor de Operação do Reator IEA-R1, para conheceram as instalações do reator.
O Esquadrão Antibombas do GATE é responsável pelo atendimento a incidentes envolvendo bombas e explosivos no Estado de São Paulo e tem como atribuições a identificação de objetos suspeitos, a remoção e destruição de explosivos e a realização de perícias técnicas.
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- 23/10/2023 - CNEN avança no RMB com workshop para equipe da TRACTEBEL, empresa contratada para consultoria ao planejamento da implantação do projetoFonte: CNEN
Com o objetivo de proporcionar uma compreensão detalhada do projeto Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), abordando suas características e especificidades, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) promove, a partir desta segunda-feira, 23, um workshop para 16 profissionais da TRACTEBEL, empresa contratada para prestar serviços de consultoria para planejamento da implantação do empreendimento. O evento será realizado ao longo da semana, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN), na Cidade Universitária, em São Paulo.
O RMB, projeto estruturante do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), coordenado e executado pela CNEN, é o maior empreendimento para a área nuclear do país, na atualidade. De acordo com Patrícia Pagetti, coordenadora técnica do RMB, os profissionais da TRACTEBEL possuem expertise em gerenciamento de projetos de grande vulto na área nuclear, além de dominarem diversas disciplinas técnicas fundamentais para o sucesso do RMB, que será construído no município de Iperó, a 127 quilômetros da capital paulista.
Durante o workshop, a equipe da TRACTEBEL terá a oportunidade de se aprofundar nas características e especificidades do projeto, a partir das apresentações da equipe de coordenação do RMB/CNEN, ao longo da semana. "A ideia é que eles se familiarizem com o projeto do RMB e conheçam todas as características e especificidades da planta. Além disso, o evento proporcionará um espaço para discussões estratégicas e o desenvolvimento de planos detalhados para as próximas etapas de implantação do empreendimento”, acrescenta Pagetti.
Visando a uma interação mais direta entre os profissionais da TRACTEBEL Engie e da CNEN, ao longo da execução do contrato, a coordenação do RMB disponibilizou um escritório de apoio à empresa nas instalações do IPEN/CNEN. "Este workshop promete ser um marco na preparação da equipe da TRACTEBEL para um papel importante no apoio ao planejamento e detalhamento da implantação do RMB, mais um passo em direção a um futuro promissor no setor de tecnologia nuclear”, afirma José Augusto Perrotta, que coordenou o projeto ao longo de14 anos.
O contrato entre a Fundação Pátria e a empresa TRACTEBEL, para apoio à CNEN na elaboração de Plano Estratégico de Gestão de Engenharia para Implantação do Empreendimento RMB – uma das principais metas do Convênio Finep RMB172 – foi firmado em 21 de setembro de 2023, quando também foi realizado, no IPEN/CNEN, o kick off meeting(reunião inicial) entre a coordenação do RMB/CNEN e os gerentes de projeto da Tractebel.
Entre os serviços que serão desenvolvidos nesse contrato, que tem duração de nove meses, estão a definição do modelo de organização para implantação do RMB, o estudo do inventário atual de documentação do projeto, o detalhamento do cronograma de execução da obra, o respectivo planejamento orçamentário detalhado, o escopo de contratação das empresas executoras, assim como os modelos e critérios de seleção e de contrato das mesmas, a estrutura organizacional necessária, incluindo recursos humanos, as ferramentas para a gestão do empreendimento e as licenças, permissões e autorizações.
"Prioridade nacional”
O Convênio Finep RMB172 foi assinado em dezembro de 2022, entre a Finep, a Fundação Pátria e a CNEN (Convênio Finep/PATRIA/CNEN 01.22.0592.00). Espécie de "guarda-chuva” para os demais contratos que viabilizarão o empreendimento RMB, o Finep RMB172 tem o valor total de R$ 172,13 milhões, e o prazo para execução é de 36 meses. Os recursos são oriundos da fonte "Ações Transversais”, e serão desembolsados no período de2022 a 2024, correspondente à atual fase de implantação do projeto, contemplando as metas a serem cumpridas pela CNEN.
Conforme detalhou Pagetti, estão planejadas, também, a execução de serviço inicial de terraplenagem, a construção da ponte sobre o Ribeirão do Ferro e a execução de planos ambientais associados às obras iniciais de infraestrutura.
Embora o Convênio Finep RMB172tenha sido firmado em 2022, foi neste ano, após a mudança de governo, que o RMB passou a ser considerado prioritário para o MCTI. Em todos os pronunciamentos sobre projetos e desafios de sua pasta, a ministra Luciana Santos tem destacado o papel estratégico do RMB. No último dia 6, ela participou da assinatura do Memorando de Entendimento (MoU), entre os presidentes da CNEN e da CNEA — Comissão de Energia Atômica da Argentina (CNEA), em Buenos Aires.
O documento foi assinado por Francisco Rondinelli Júnior, pela CNEN, e Adriana Serquis, pela CNEA. "O governo brasileiro e o MCTI abraçaram o RMB, que é estratégico para o avanço do setor nuclear no país”, disse Rondinelli. O MoU estabelece possibilidade de parceria com a empresa de engenharia que executou o projeto da planta argentina no projeto da planta de processamento de radioisótopos que será construída no RMB.
"Esta ação está associada à meta de elaboração do Projeto Detalhado de Engenharia do Laboratório de Processamento de Radioisótopos (Prédio N04) do convênio Finep RMB172”, explica Pagetti. Entre outras finalidades, o RMB vai garantir ao Brasil autossuficiência em insumos para a produção de radiofármacos, usados no diagnóstico e tratamento de diversas doenças. "Mas sua importância vai muito além”, observa Pagetti, acrescentando que "o RMB não é um apenas o projeto de um reator, é um novo instituto de tecnologia nuclear, com pesquisa, ensino e inovação”.
Apoio da Amazul
Ainda no âmbito do Finep RMB172, no último dia 17 foi firmado um contrato entre a Fundação Pátria e a empresa Amazul visando à prestação de serviço de engenharia para apoio à CNEN no cumprimento de algumas das metas estabelecidas em 2022, no Finep RMB172.O kick off meeting entre a coordenação do RMB/CNEN e os representantes da AMAZUL foi realizado na última sexta-feira, 20, no IPEN/CNEN.
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- 02/10/2023 - Pesquisador do IPEN participa de entrevista com alunos do Ensino MédioA atividade, realizada no Colégio Sion do Ipiranga, São Paulo, permitiu desmistificar a imagem da energia nuclear junto a alunos e professores
A atividade, realizada no Colégio Sion do Ipiranga, São Paulo, permitiu desmistificar a imagem da energia nuclear junto a alunos e professores
O físico Luis Antonio Albiac Terremoto, do Centro de Engenharia Nuclear (CEENG) do IPEN participou, em 2 de outubro, de uma entrevista com alunos do Ensino Médio do Colégio São José – Sion, no Ipiranga, zona Sul de São Paulo, capital.
A atividade, organizada pelo professor Luis Kosminsky, consistia em promover uma entrevista entre o pesquisador do IPEN e os alunos do Ensino Médio após assistirem ao filme "Oppenheimer” (2023) e a série "Chernobyl” (2019). Professores de outras disciplinas também participaram do encontro que se estendeu por mais de duas horas.
Segundo Terremoto, o diálogo com os professores e alunos permitiu descontruir mitos acerca da energia nuclear e ampliar o conhecimento sobre suas aplicações pacíficas. "Foi excelente conversar com alunos e professores interessados no tema e dirimir dúvidas sobre a tecnologia e a segurança nucleares.”
O professor Kosminsky avaliou a atividade de forma extremamente positiva. "Todos gostaram muito e ficaram admirados com a cultura e conhecimento do Prof. Luis Terremoto”, concluiu.
IPEN vai às Escolas
O IPEN promove há mais de quatro décadas atividades de divulgação científica em escolas de níveis Médio e Superior na cidade de São Paulo com palestras e debates sobre temas relacionados à energia nuclear e ciências correlatas. As apresentações são atividade voluntária dos pesquisadores do Instituto e sem ônus para as instituições de ensino. Os interessados podem enviar mensagem para o e-mail:pergunta@ipen.br
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- 02/10/2023 - IPEN recebe Escola Superior de BombeirosNo dia 2 de outubro, o IPEN recebeu 22 alunos e um instrutor do curso "Atendimento a emergências com produtos perigosos" da Escola Superior de Bombeiros do Estado de São Paulo.
No período da manhã, os alunos assistiram a palestra "Atendimento a emergências radiológicas" proferida pelo Prof. Fábio Suzuki, da área de Radioproteção do IPEN, e no período da tarde visitaram as instalações do Reator IEA-R1 e da Gestão de Rejeitos Radioativos.