Ipen na Mídia
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- 06/06/2018 - É preciso buscar parcerias para investir em inovação, especialmente na crise (Agência FAPESP)Diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz afirma que unir centros de pesquisa, universidades e empresas levanta capital para a pesquisa e inovação mesmo na crise
Diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz afirma que unir centros de pesquisa, universidades e empresas levanta capital para a pesquisa e inovação mesmo na crise
Fonte: Agência FAPESP
Maria Fernanda Ziegler
O Estado de São Paulo conta com os três ingredientes necessários para a inovação: centros de pesquisa, universidades e empresas dispostas a investir. Essa é a avaliação do diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, que proferiu palestra no dia 24/05 na Hospitalar, considerada o principal evento da cadeia da saúde das Américas."Em momentos de crise, como o que estamos vivendo agora, é por meio de parcerias que conseguimos multiplicar os recursos para a pesquisa em ciência, tecnologia e inovação. Não é por acaso que a nossa joia da coroa na FAPESP seja o programa de Centros de Pesquisa em Engenharia”, disse Brito Cruz.
Ao mesmo tempo que possibilitam o avanço científico, os Centros de Pesquisa em Engenharia (CPE) permitem multiplicar recursos. Isso porque, de modo geral, nesses projetos a divisão de recursos é feita da seguinte maneira: a FAPESP entra com uma parte, a empresa parceira com outra parte e as universidades com duas partes, sendo que para as universidades esses recursos já são destinados para sua própria atividade.
"O programa começou em 2014 e mesmo em um período de crise conseguimos criar novos Centros de Pesquisa. Com parcerias, conseguimos transformar cada R$ 1 investido em R$ 4. É interessante para todos”, disse.
Por um período de até 10 anos, os recursos investidos nos Centros de Pesquisa em Engenharia são divididos entre a FAPESP, a empresa ou consórcio de empresas e as universidades e institutos participantes.
O programa tem como objetivo desafios de pesquisa de médio e longo prazos com alto impacto científico e tecnológico. A FAPESP apoia Centros de Pesquisa em Engenharia em parceria com as empresas GSK, com sedes na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e no Instituto Butantan; dois com a Shell, um instalado na Escola Politécnica da USP, e outro com sedes na Unicamp, USP e no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen); com a Peugeot Citroën, na Unicamp; e mais um com a Natura, na USP.
Estão em vias de serem constituídos outros centros em parceria com: Embrapa, em mudanças climáticas; Statoil, em gerenciamento de reservatórios e produção de petróleo e gás; Usina São Martinho, em medidas sustentáveis para o controle de doenças que afetam a cana-de-açúcar; Koppert, em controle biológico de pragas.
PIPE
Brito Cruz também mencionou o Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), voltado a projetos com pequenas empresas. "Esse programa é voltado para pequenas empresas, ou até startups formadas por uma pessoa só, que querem transformar uma ideia em um produto ou processo que vai beneficiar as pessoas”, disse Brito Cruz.
O PIPE financia projetos de até R$ 200 mil na fase 1, de realização de pesquisas sobre a viabilidade técnica da pesquisa proposta. E financia projetos de até R$ 1 milhão, com duração de até dois anos, na fase 2, que se destina ao desenvolvimento da proposta de pesquisa propriamente dita.
"Em 2017, foram aprovadas 254 novas propostas submetidas por startups, pequenas e médias empresas, em um valor total de R$ 84,2 milhões”, disse Brito Cruz.
Para exemplificar a força econômica da inovação amparada nas universidades, Brito Cruz mostrou os resultados da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
"Todos os anos a Unicamp apresenta um relatório sobre empresas criadas por seu alunos e professores. Até 2017 havia 485 empresas que mantiveram 29 mil empregos e faturaram R$ 3 bilhões – montante maior que o orçamento da própria Unicamp”, disse.
O diretor científico da FAPESP também apresentou dados que mostram a situação peculiar do Estado de São Paulo, em que há uma tradição das empresas de investirem em ciência e tecnologia.
"Normalmente, pensa-se que a participação das empresas em financiamento de pesquisa é baixa, mas isso não é verdade. Aqui no Estado de São Paulo, em 2015, 57,2% do montante total de R$ 27,5 bilhões aplicados em pesquisa e desenvolvimento vem das empresas”, disse.
O governo estadual responde por 22,7%, o federal, por 17,7% e Instituições de Ensino Superior Particulares respondem por 2,4%.
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- 30/05/2018 - A Marinha do Brasil e a engenharia nuclearFonte: Jornal do Brasil
Francis Bogossian*A Academia Nacional de Engenharia e o Clube de Engenharia – Brasil, entidades que tenho e tive, respectivamente, a honra de presidir, receberam o almirante de esquadra Bento Albuquerque, diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, que está à frente do Programa Nuclear da Marinha e do Programa de Construção do Submarino Brasileiro à Propulsão Nuclear, para mostrar à sociedade civil os esforços da Marinha para encarar desafios tecnológicos com tenacidade e patriotismo de profissionais de Marinha de Guerra em defesa da soberania nacional.
A diretoria-geral de Desenvolvimento Nuclear da Marinha agrega o Centro Tecnológico da Marinha, no Rio, e alguns institutos de ciência e tecnologia na área de simulação, tecnologia da informação, estudos do mar e sensores além da COGESN, criada para o desenvolvimento do Programa de Desenvolvimento de Submarinos.
O Brasil é o sexto país em extensão territorial, o que significa grandes reservas naturais e fronteiras com 10 países. Nossa economia está entre as dez maiores do mundo e é totalmente dependente do comércio, do qual 95% é feito pelo mar, sendo que 10% de carga mundial passam por portos brasileiros.
No que se refere à defesa vale lembrar que a Marinha, desde o início dos anos 2000, passou a mostrar a importância de nossas águas territoriais, batizando-as de Amazônia Azul, região vital para o futuro do país, por suas riquezas, linhas de comunicação marítima e por ser parte de nosso território.
A melhor defesa dessa área é através do emprego de submarinos, mas os convencionais têm limitações que só são superadas pelo uso da propulsão nuclear, que permite uma geração de energia de maneira independente do ar, a manutenção de maiores velocidades com uma mobilidade estratégica impressionante e permite que essa arma possa cobrir extensas áreas de operações, ou seja, o submarino de propulsão nuclear é uma arma de dissuasão notável.
O plano estratégico da Marinha, já na década de 70, indicava a necessidade de capacitação para projetar e construir submarinos de propulsão nuclear. Em 1979 foi iniciado o programa nuclear em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, a fim de dominar o ciclo do combustível e o projeto de reatores.
Mas o programa nuclear da Marinha não é apenas militar, mas de benefícios para a sociedade brasileira. Ele desenvolveu a capacidade de projetar e construir reatores e seus combustíveis, capazes de gerar energia, que é a base de desenvolvimento, embora, no Brasil, 76% da matriz energética advenham de hidrelétricas e apenas 2,2% sejam da energia nuclear. Isso parece um paradoxo, pois num país com a sétima reserva de urânio do mundo, a geração nuclear poderia ter papel importante na nossa matriz energética, provendo energia por 100 anos, ressaltou o almirante Bento, frisando entender que investimento em tecnologia nuclear é um compromisso com as gerações futuras, pois a diversificação da nossa matriz energética significa também segurança.
Outros impactos tecnológicos que o programa da Marinha trouxe ao país, nos últimos 10 anos, envolveu cerca de 700 empresas nacionais, 18 universidades e institutos de pesquisa e, pasmem, 5 mil empregos diretos e 12.500 indiretos.
Vale destacar o trabalho da Marinha junto às indústrias nucleares do Brasil em uma parceria de quase 20 anos, tendo sido já entregue à INB mais de seis cascatas que enriquecem o combustível para as nossasusinas nucleares de Angra dos Reis, sem falar na recente parceria com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, bem como o Ministério da Saúde, mais recentemente, para o desenvolvimento de reator nuclear de pesquisa e produção de radiofármacos.
Para dar força ao programa, a atual prioridade da Marinha é construir a planta de propulsão em terra, o chamado Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica, com o início de operações previsto para 2020, cujo primeiro teste foi em 2018.
A criação e a efetivação da nova Agência de Segurança Nuclear e Qualidade, em fevereiro, foi marcante para o licenciamento das nossas instalações e de nosso submarino.
Em 2008 foi assinado acordo com a França para a construção dos quatro submarinos convencionais e um à propulsão nuclear (cujo projeto básico foi certificado em 2017). Esse acordo permitiu à Marinha retomar o projeto e construção de submarinos no país, além de formar e treinar técnicos e engenheiros no exterior, constituindo um patrimônio intangível, pois temos hoje na Marinha 1.140 funcionários altamente qualificados.
Nosso programa nuclear, que teve início em 1988, está dentro dos preceitos legal e constitucional. Já fomos sujeitos a mais de 300 inspeções anunciadas e não anunciadas de Agência Internacional de Energia Atômica e de Agência Brasil Argentina de Contabilidade e Controle, sem nenhum incidente.
A palestra do almirante Bento Albuquerque, que estou tentando reproduzir, retrata que a Marinha do Brasil busca o desenvolvimento da nação, um Brasil melhor para as futuras gerações e de forma transparente, mostra o cumprimento de nossas responsabilidades perante a comunidade internacional.
* Presidente da Academia Nacional de Engenharia
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- 26/05/2018 - Novo reator nuclear brasileiro será arma contra o câncer; entenda como (Olhar Digital)O Reator Multipropósito Brasileiro e sua importância para a medicina nuclear é tema de reportagem do Olhar Digital
O Reator Multipropósito Brasileiro e sua importância para a medicina nuclear é tema de reportagem do Olhar Digital
Fonte: Olhar Digital
Depois de 60 anos produzindo conhecimento e elementos radioativos para aplicação na medicina, o reator nuclear do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares está com os dias contados. E, por incrível que pareça, a notícia é animadora. Não só para cientistas como para toda a sociedade. O reator de pesquisa que fica aqui no campus da Universidade de São Paulo será substituído por um novo; maior, mais moderno e mais potente: o RMB - Reator Multipropósito Brasileiro.O principal pilar de um reator de pesquisa é a produção de elementos radioativos. Entre diversas aplicações dos chamados radioisótopos, a mais importante e que reflete na nossa vida é na medicina nuclear. Ao associar esses elementos radioativos a fármacos, o composto é injetado no corpo do paciente e o sinal radioativo é analisado por equipamentos grandes e modernos como estes. Centenas de exames são feitos através da medicina nuclear, incluindo estudos cerebrais, diagnósticos e tratamento de tumores, avaliação das condições pulmonares e coração, rins…
O uso do iodo radioativo é um dos mais eficientes tratamentos no câncer de tireóide. Hoje, todo material radioativo para utilização na medicina nuclear processado aqui em São Paulo é importado! São cerca de dois milhões de procedimentos anuais. O novo reator promete tornar o país independente na produção de radiofármacos na medicina nuclear. Essa autonomia significa muito mais do que qualquer economia financeira.
Com o novo reator multipropósito, além de 100% do iodo radioativo, outra substância recém-descoberta para o tratamento do câncer de próstata e outra caríssima para o câncer de fígados passarão a ser produzidas no Brasil.
A previsão é que o Reator Multipropósito Brasileiro fique pronto em 2022. A construção ficará em Iperó, próximo a Sorocaba, no interior de São Paulo. O local foi escolhido por ser uma região onde já existe um grande trabalho de desenvolvimento nuclear feito pela Marinha. A região também é próxima a centros como São Paulo e Campinas e deve se tornar um grande laboratório nacional próximo às grandes universidades do país.
O Brasil possui a quinta maior reserva de urânio do mundo. O urânio é um elemento químico capaz de se partir em dois fragmentos quando bombardeado por partículas nucleares sem carga atômica, os nêutrons. O fenômeno é conhecido como "fissão nuclear"; uma espécie de reação em cadeia que libera energia, radiação e calor. E é exatamente isso que acontece no fundo da piscina, dentro de um reator de pesquisa.
Quando o assunto é dinheiro, há quem torça o nariz para o novo reator nuclear, cuja construção é avaliada em 500 milhões de dólares.
A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear defende que a especialidade precisa ser democratizada no país. Com produtos importados, ainda é muito cara e restrita, especialmente para a rede pública de saúde. A medicina nuclear no Sistema Único de Saúde ainda é de muito difícil acesso. A autorização de um exame pode levar até três meses - tempo demais para um paciente com câncer esperar…
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- 25/05/2018 - Fapesp, USP e Unicamp participam de projeto inovador no setor energéticoFonte: O Dia - S. Paulo
Fapesp, USP e Unicamp participam de projeto inovador no setor energético O território paulista sediará atividades do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE), iniciativa que envolve a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), as universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e de São Paulo (USP), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (lpen) e a Shell Brasil.
O projeto foi lançado oficialmente nesta quarta-feira (23), em um evento na sede da Fapesp. O centro receberá investimento de RS 110 milhões em cinco anos, no âmbito do Programa Fapesp Centros de Pesquisa em Engenharia.
O objetivo da iniciativa é desenvolver novos dispositivos de armazenamento de energia com emissão zero (ou próximo de zero) de gases de efeito estufa e que empreguem como combustível fontes renováveis. Outras vertentes são as novas rotas tecnológicas para converter metano em produtos químicos.
Investimentos Ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado, a Fapesp reservou recursos da ordem de R$ 23,14 milhões para o projeto. A parcela de R$ 53 milhões virá da Unicamp, USP e lpen, como contrapartida econômica, na forma de salários de pesquisadores e de pessoal de apoio, infraestrutura e instalações. Já a Shell realizará o aporte de até R$ 34,7 milhões no novo centro.
O CINE abrigará quatro divisões de pesquisa e terá sedes na Unicamp (Armazenamento Avançado de Energia e Portadores Densos de Energia), na USP (Ciência de Materiais e Químicas Computacionais) e no lpen (Rota Sustentável para a Conversão de Metano com Tecnologias Químicas Avançadas). Ao todo, as unidades desenvolverão 20 projetos. "O que diferencia o projeto é que os pesquisadores ligados a ele não pretendem fazer avanços incrementais, mas realizar pesquisas avançadas que possam ter impacto no mundo”, afirma o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz.
Parcerias A iniciativa tem a missão de produzir conhecimento na fronteira da pesquisa e, paralelamente, transferir tecnologia ao setor empresarial. As pesquisas poderão gerar resultados que serão usados pela Shell para gerar startups ou firmar parcerias com outras empresas.
O Centro de Inovação em Novas Energias foi concebido a partir de uma chamada de propostas lançada pela Fapesp, em parceria com a Shell, em abril de 2017. A seleção aprovou as propostas dos pesquisadores Rubens Maciel Filho, da Faculdade de Engenharia Química da Unicamp, Ana Flávia Nogueira, do Instituto de Química da Unicamp, Fábio Coral Fonseca, do lpen, e Juarez Lopes Ferreira da Silva, do Instituto de Química de São Carlos, da USP. O acordo de ctxiperação entre a Fapesp e a Shell foi assinado em 2013. A parceria resultou, em 2015, na criação do Centro de Pesquisa para Inovação em Gás, sediado na Escola Politécnica da USP.
"O lançamento do CINE faz parte de uma fantástica jornada, iniciada exatamente em maio do ano passado. Como organização, falamos muito nos últimos anos sobre transição energética, vemos que este momento está chegando e deve se tomar realidade em breve”, explica o presidente da Shell Brasil, André Araújo.
Projeções Segundo estimativas do líder da Divisão de Pesquisa e Tecnologia de Novas Energias da Shell, Joep Huijsmans, estima-se que a população mundial será composta por cerca de 10 bilhões de pessoas em 2050, com 50% dos cidadãos em áreas urbanas. Por isso, a demanda global de energia provavelmente será quase 60% maior em 2060 do que hoje, com 2 bilhões de veículos em circulação no mundo, contra a frota atual de 800 milhões.
"A produção de energia renovável poderá triplicar até 2050, mas ainda precisaremos de grandes quantidades de petróleo e gás para fornecer toda a gama de produtos energéticos de que o mundo precisa”, projeta Joep Huijsmans.
As questões relativas à energia elétrica também fizeram parte das análises dos especialistas no evento. Maciel Filho, coordenador de transferência tecnológica do Centro, destacou que, em 2050, a demanda passe dos atuais 18% para 50%. "O futuro sustentável demandará mais energia renovável, de modo a diminuir as emissões de gases de efeito estufa”, avalia.
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- 24/05/2018 - Shell e Fapesp anunciam investimento de R$ 110 milhões para criação de Centro de Inovação em Novas EnergiasCINE terá pesquisadores da USP, Unicamp e IPEN dedicados a explorar armazenamento de energia e sistemas de conversão de energia solar em produtos químicos
CINE terá pesquisadores da USP, Unicamp e IPEN dedicados a explorar armazenamento de energia e sistemas de conversão de energia solar em produtos químicos
Fonte: Canal Energia
Visando garantir o desenvolvimento de pesquisas avançadas sobre conversão de energia solar em produtos químicos e armazenamento de energia, a Shell Brasil em parceria com a Fapesp, Unicamp, USP e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), anunciaram nesta quarta-feira, 23 de maio, um investimento recorde de R$ 110 milhões destinado para criação do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE).O investimento acontecerá ao longo de cinco anos e representa o maior aporte já feito no Estado de São Paulo no âmbito do Programa Fapesp Centros de Pesquisa em Engenharia. A Shell aplicará um total de até R$ 34,7 milhões e a Fundação já reservou um aporte de R$ 23,14 milhões. Outra parcela, de R$ 53 milhões, virá da Unicamp, USP e IPEN, financiando pessoal e infraestrutura.
Segundo a Fapesp, a iniciativa pretende produzir conhecimento na fronteira da pesquisa, alinhando-se ao esforço internacional para ampliar a participação de fontes renováveis na matriz energética mundial, reduzindo a dependência dos combustíveis fósseis e moderando o ritmo das mudanças climáticas.
O CINE terá quatro divisões de pesquisa, com sedes na Unicamp (as divisões Armazenamento Avançado de Energia e Portadores Densos de Energia), na USP (Ciência de Materiais e Química Computacionais) e no IPEN (Rota sustentável para a conversão de metano com tecnologias eletroquímicas avançadas). Além de abordar a questão dos sistemas de conversões e armazenamento da energia fotovoltaica, outros estudos irão abordar a transformação de gás natural em combustíveis que produzam menos gases do efeito estufa ao gerar energia.
Paralelamente, o novo Centro de Pesquisa em Engenharia deverá transferir tecnologia para o setor empresarial. Para tal, poderá alcançar resultados que serão usados pela Shell, gerar startups e firmar parcerias com outras empresas, contribuindo para manter a liderança do Brasil no desenvolvimento e na exploração de fontes alternativas de energia:
"Esse investimento da Shell mostra nossa seriedade e compromisso com pesquisas que trarão avanços em direção à transição energética. Nossa participação no CINE reflete nosso entendimento de que o mercado de energia precisa buscar novas soluções”, afirmou o presidente da Shell Brasil, André Araujo.
Para Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp, o novo Centro de Inovação reúne excelentes pesquisadores da USP, Unicamp e IPEN, engajados em estudos com grande potencial para impacto científico e tecnológico em nível internacional. "As pesquisas que serão feitas se alinham ao interesse do Brasil e trarão resultados que ajudarão o país a se manter como um dos mais intensivos em uso de energia renovável no mundo, expandindo a capacitação nacional e o leque de possibilidades acessíveis ao país”, comentou.
Ele apontou a parceria com a Shell como um trabalho gratificante, visto a instituição valorizar a pesquisa avançada e reconhecer a capacidade científica existente no Estado de São Paulo. "A empresa traz para a pauta temas de pesquisa de natureza radical em vez de incremental”, avaliou.
A história de concepção do Centro começou a partir de uma chamada de propostas anunciada conjuntamente, resultado de uma parceria entre a Fapesp e a Shell. A seleção, concluída no início deste ano, acabou aprovando então as propostas dos pesquisadores Rubens Maciel Filho, da Faculdade de Engenharia Química da Unicamp, Ana Flávia Nogueira, do Instituto de Química da Unicamp, Fábio Coral Fonseca, do IPEN, e Juarez Lopes Ferreira da Silva, do Instituto de Química de São Carlos, da USP.
O acordo de cooperação foi assinado pela Fapesp e pela Shell em 2013. A parceria já rendeu, em 2015, a criação do Centro de Pesquisa em Inovação em Gás, com sede na Escola Politécnica da USP.
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- 24/05/2018 - Centro de Inovação em Novas Energias é criado em São Paulo (Site Inovação Tecnológica)Fonte: Site Inovação Tecnológica
Com informações da Agência Fapesp
Uma nova parceria anunciada nesta semana pretende colocar o Brasil entre a vanguarda das pesquisas em novas fontes de armazenamento de energia e conversão de energia limpa.A criação do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) é resultado de uma parceria que envolve as universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e de São Paulo (USP), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e a empresa Shell.
O objetivo do CINE é desenvolver novos dispositivos de armazenamento de energia com emissão zero de gases de efeito estufa (ou próximo de zero) e que utilizem como combustível fontes renováveis, além de novas rotas tecnológicas para converter metano em produtos químicos, entre outros objetivos.
O centro receberá investimento de R$ 110 milhões em cinco anos. A Unicamp, USP e Ipen aportarão R$ 53 milhões como contrapartida econômica, na forma de salários de pesquisadores e de pessoal de apoio, infraestrutura e instalações. A Shell aportará um total de até R$ 34,7 milhões, enquanto a FAPESP reservou um investimento de R$ 23,14 milhões.
Transferência de tecnologia
O CINE terá quatro divisões de pesquisa, com sedes na Unicamp (Armazenamento Avançado de Energia e Portadores Densos de Energia), na USP (Ciência de Materiais e Químicas Computacionais) e no Ipen (Rota Sustentável para a Conversão de Metano com Tecnologias Químicas Avançadas), e que desenvolverão, ao todo, 20 projetos.
A missão do centro será produzir conhecimento na fronteira da pesquisa e, paralelamente, transferir tecnologia para o setor empresarial. As pesquisas poderão gerar resultados que serão usados pela Shell para gerarstartupsou firmar parcerias com outras empresas.
A FAPESP já apoia Centros de Pesquisa em Engenharia em parceria com as empresas GSK, com sedes na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e no Instituto Butantan; outro com a Shell, instalado na Escola Politécnica da USP; com a Peugeot Citroën, na Unicamp; e mais um com a Natura, na USP.
Estão em vias de serem constituídos outros centros em parceria com: Embrapa, em mudanças climáticas; Statoil, em gerenciamento de reservatórios e produção de petróleo e gás; Usina São Martinho, em medidas sustentáveis para o controle de doenças que afetam a cana-de-açúcar; Koppert, no controle biológico de pragas.
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- 24/05/2018 - Centro de pesquisa em energia é anunciado por Fapesp e ShellEsforço conjunto com Unicamp, USP e Ipen tem a criação de alternativas menos danosas ao meio ambiente entre seus objetivos; investimento será de R$ 110 mi
Esforço conjunto com Unicamp, USP e Ipen tem a criação de alternativas menos danosas ao meio ambiente entre seus objetivos; investimento será de R$ 110 mi
Fonte: Portal DCI São Paulo
Renato Ghelfi - São Paulo
A criação do Centro de Inovação em Novas Energias (Cine) foi anunciada ontem (23) pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O projeto contará com investimento de R$ 110 milhões em cinco anos.
Além da Fapesp, também fazem parte da empreitada a empresa Shell Brasil, o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) e as universidades de São Paulo (USP) e Estadual de Campinas (Unicamp).
De acordo com nota divulgada ontem pela fundação paulista, o objetivo do Cine é produzir pesquisas com foco na conversão de energia solar em produtos químicos e no armazenamento de energia. Outra meta do centro é desenvolver uma forma menos danosa ao meio ambiente de transformar gás natural em combustível.
Ainda segundo a Fapesp, o Cine deverá transferir tecnologia para o setor empresarial. "[O centro] poderá alcançar resultados que serão usados pela Shell, gerar startups e firmar parcerias com outras empresas”, aponta a fundação.
Diretor científico da instituição, Carlos Henrique de Brito Cruz se mostrou otimista com o potencial do projeto. "O Cine reúne excelentes pesquisadores da USP, Unicamp e Ipen, em torno de um plano de pesquisas com grande potencial para impacto científico e tecnológico no nível internacional”, afirmou ele.
Já André Araujo, presidente da Shell Brasil, destacou a importância do desenvolvimento de alternativas sustentáveis no setor, que busca se adequar às novas tendências internacionais. "Esse investimento da Shell mostra nossa seriedade e compromisso com pesquisas que trarão avanços em direção à transição energética. Nossa participação no Cine reflete nosso entendimento de que o mercado de energia precisa buscar novas soluções.”
Investimento
A Fapesp será responsável pelo aporte de R$ 23,1 milhões nos próximos cinco anos. Já a Shell investirá R$ 34,7 milhões no período, enquanto USP, Unicamp e Ipen serão responsáveis pelo dispêndio de R$ 53 milhões. O gasto previsto para a fundação paulista é pequeno se comparado ao orçamento da instituição. Como foi mostrado pelo DCI em reportagem publicada no começo do ano, a Fapesp tem orçamento previsto de R$ 1,166 bilhão só para 2018, uma alta nominal de 5% em relação ao planejamento de 2017.Sedes do Cine
O Cine terá quatro divisões de pesquisa, com sedes na Unicamp, na USP e no Ipen. Na universidade de Campinas, ficarão as divisões responsáveis pelo armazenamento avançado de energia e por portadores densos de energia. Na USP, estará o grupo para estudo de ciência de materiais e química computacionais. Já o Ipen ficará com a rota sustentável para a conversão de metano com tecnologias eletroquímicas avançadas. O Cine foi composto a partir de uma chamada de propostas, resultado de uma parceria entre a Fapesp e a Shell.
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- 24/05/2018 - FAPESP e Shell lançam Centro de Inovação em Novas Energias - Agência FapespCom participação de pesquisadores da USP, Unicamp e Ipen, centro desenvolverá dispositivos de armazenamento de energia com emissão próxima de zero de gases estufa e que utilizam como combustível fontes renováveis
Com participação de pesquisadores da USP, Unicamp e Ipen, centro desenvolverá dispositivos de armazenamento de energia com emissão próxima de zero de gases estufa e que utilizam como combustível fontes renováveis
Fonte: Agência FapespElton Alisson
A FAPESP, a Shell Brasil, as universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e de São Paulo (USP) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), lançaram nesta quarta-feira (23/05), em um evento na sede da Fundação, o Centro de Inovação em Novas Energias (CINE).
O centro receberá investimento de R$ 110 milhões em cinco anos, no âmbito do Programa FAPESP Centros de Pesquisa em Engenharia, para desenvolver novos dispositivos de armazenamento de energia com emissão zero (ou próximo de zero) de gases de efeito estufa e que utilizem como combustível fontes renováveis, além de novas rotas tecnológicas para converter metano em produtos químicos, entre outros objetivos.
A Shell aportará um total de até R$ 34,7 milhões no novo centro, enquanto a FAPESP reservou um investimento de R$ 23,14 milhões. Outra parcela, de R$ 53 milhões, virá da Unicamp, USP e Ipen como contrapartida econômica, na forma de salários de pesquisadores e de pessoal de apoio, infraestrutura e instalações.
"Estou muito contente em participar desse evento de lançamento do Centro de Inovação em Novas Energias porque ele abre novas fronteiras e combina as necessidades da FAPESP e da Shell em apoiar o desenvolvimento científico e tecnológico com o virtuosismo de cientistas, que querem expandir as fronteiras do conhecimento”, disse José Goldemberg, presidente da FAPESP.
"Fiquei muito satisfeito ao olhar as áreas de pesquisa que serão apoiadas no âmbito desse novo Centro nas quais tenho interesse pessoal”, afirmou Goldemberg, que é reconhecido como um dos maiores especialistas mundiais em energia.
O CINE terá quatro divisões de pesquisa, com sedes na Unicamp (Armazenamento Avançado de Energia e Portadores Densos de Energia), na USP (Ciência de Materiais e Químicas Computacionais) e no Ipen (Rota Sustentável para a Conversão de Metano com Tecnologias Químicas Avançadas), e que desenvolverão, ao todo, 20 projetos.
A missão do centro será produzir conhecimento na fronteira da pesquisa e, paralelamente, transferir tecnologia para o setor empresarial. As pesquisas poderão gerar resultados que serão usados pela Shell para gerar startups ou firmar parcerias com outras empresas.
"Uma das coisas que diferencia esse novo centro é que os pesquisadores ligados a ele não pretendem fazer avanços incrementais, mas realizar pesquisas avançadas que possam ter impacto no mundo”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.
"Tem sido um prazer trabalhar na criação do CINE com a Shell, uma companhia que tem cientistas e entende a importância de se fazer boa ciência”, disse.
A FAPESP apoia Centros de Pesquisa em Engenharia em parceria com as empresas GSK, com sedes na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e no Instituto Butantan; outro com a Shell, instalado na Escola Politécnica da USP; com a Peugeot Citroën, na Unicamp; e mais um com a Natura, na USP.
Estão em vias de serem constituídos outros centros em parceria com: Embrapa, em mudanças climáticas; Statoil, em gerenciamento de reservatórios e produção de petróleo e gás; Usina São Martinho, em medidas sustentáveis para o controle de doenças que afetam a cana-de-açúcar; Koppert, em tema controle biológico de pragas.
Transição energética
O Centro de Inovação em Novas Energias foi composto a partir de uma chamada de propostas lançada pela FAPESP em parceria com a Shell em abril de 2017.
A seleção, concluída no início de 2018, aprovou as propostas dos pesquisadores Rubens Maciel Filho, da Faculdade de Engenharia Química da Unicamp, Ana Flávia Nogueira, do Instituto de Química da Unicamp, Fábio Coral Fonseca, do Ipen, e Juarez Lopes Ferreira da Silva, do Instituto de Química de São Carlos, da USP.
O acordo de cooperação entre a FAPESP e a Shell foi assinado em 2013. A parceria resultou, em 2015, na criação do Centro de Pesquisa para Inovação em Gás (RCGI, na sigla em inglês), sediado na Escola Politécnica da USP.
"Para mim, especificamente, este evento de lançamento do Centro de Inovação em Novas Energias faz parte de uma fantástica jornada, iniciada exatamente em maio do ano passado [quando a FAPESP e a Shell lançaram uma chamada para criação do novo Centro]”, disse André Araújo, presidente da Shell Brasil.
"Como organização, temos falado muito nos últimos anos sobre transição energética e vemos que este momento está chegando e deve se tornar realidade em breve”, disse.
De acordo com projeções apresentadas por Joep Huijsmans, líder da divisão de pesquisa e tecnologia de novas energias da Shell, estima-se que, em 2050, a população mundial será composta por, aproximadamente, 10 bilhões de pessoas, das quais 50% deverão morar em cidades.
A demanda global de energia provavelmente será quase 60% maior em 2060 do que hoje, com 2 bilhões de veículos em circulação no mundo, contra a frota atual de 800 milhões.
"A produção de energia renovável poderá triplicar até 2050, mas ainda precisaremos de grandes quantidades de petróleo e gás para fornecer toda a gama de produtos energéticos de que o mundo precisa”, estimou Huijsmans.
Maciel Filho, coordenador de transferência tecnológica do Centro, também destacou que, em 2050, estima-se que a demanda por energia elétrica passe dos atuais 18% para 50%. "O futuro sustentável demandará mais energia renovável, afim de diminuir as emissões de gases de efeito estufa”, avaliou.
Também participou da abertura do evento Jane Zheng, gerente-geral de Pesquisa e Desenvolvimento da Shell no Brasil
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- 23/05/2018 - Shell e Fapesp anunciam investimento de R$ 110 milhões em centro de pesquisaFonte: Portos e Navios
A Shell Brasil, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), as universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e de São Paulo (USP) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) anunciaram nesta quarta-feira (23) investimento recorde de R$ 110 milhões, em cinco anos, na criação do Centro de Inovação em Novas Energias (Cine).
O investimento, o maior já feito no estado de São Paulo no âmbito do Programa Fapesp Centros de Pesquisa em Engenharia, garantirá o desenvolvimento de pesquisas avançadas com foco na conversão de energia solar em produtos químicos e no armazenamento de energia, além da transformação de gás natural em combustíveis que produzam menos gases do efeito estufa ao gerar energia.
O Cine se alinha ao esforço internacional para ampliar a participação de fontes renováveis na matriz energética mundial, reduzir a dependência de combustíveis fósseis e moderar o ritmo das mudanças climáticas globais. A missão do novo Centro será produzir conhecimento na fronteira da pesquisa.
Paralelamente, o novo Centro de Pesquisa em Engenharia deverá transferir tecnologia para o setor empresarial. Para isso, ele poderá alcançar resultados que serão usados pela Shell, gerar startups e firmar parcerias com outras empresas. O projeto contribui para manter a liderança do Brasil no desenvolvimento e na exploração de fontes alternativas de energia.
"Esse investimento da Shell mostra nossa seriedade e compromisso com pesquisas que trarão avanços em direção à transição energética. Nossa participação no CINE reflete nosso entendimento de que o mercado de energia precisa buscar novas soluções”, afirmou o presidente da Shell Brasil, André Araujo.
"O Cine reúne excelentes pesquisadores da USP, Unicamp e Ipen, em torno de um plano de pesquisas com grande potencial para impacto científico e tecnológico no nível internacional. As pesquisas que serão feitas se alinham ao interesse do Brasil e trarão resultados que ajudarão o país a se manter como um dos mais intensivos em uso de energia renovável no mundo, expandindo a capacitação nacional e o leque de possibilidades acessíveis ao país”, disse o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz.
Ele apontou a parceria com a Shell como um trabalho gratificante, pois a empresa valoriza a pesquisa avançada e reconhece a capacidade científica existente no Estado de São Paulo. "A empresa traz para a pauta temas de pesquisa de natureza radical em vez de incremental”, avaliou.
Linhas de pesquisa
O Cine terá quatro divisões de pesquisa, com sedes na Unicamp (as divisões Armazenamento Avançado de Energia e Portadores Densos de Energia), na USP (Ciência de Materiais e Química Computacionais) e no Ipen (Rota sustentável para a conversão de metano com tecnologias eletroquímicas avançadas).
O Centro foi composto a partir de uma chamada de propostas anunciada conjuntamente, resultado de uma parceria entre a Fapesp e a Shell. A seleção, concluída no início deste ano, aprovou as propostas dos pesquisadores Rubens Maciel Filho, da Faculdade de Engenharia Química da Unicamp, Ana Flávia Nogueira, do Instituto de Química da Unicamp, Fábio Coral Fonseca, do Ipen, e Juarez Lopes Ferreira da Silva, do Instituto de Química de São Carlos, da USP.
O acordo de cooperação foi assinado pela Fapesp e pela Shell em 2013. A parceria já rendeu, em 2015, a criação do Centro de Pesquisa em Inovação em Gás, com sede na Escola Politécnica da USP.
No novo Centro de Inovação em Novas Energias, a Shell aportará um total de até R$ 34,7 milhões, enquanto a Fapesp reservou um investimento de R$ 23,14 milhões. Outra parcela, de R$ 53 milhões, virá da Unicamp, USP e IPEN, financiando pessoal e infraestrutura.
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- 11/05/2018 - Acordo de Parceria entre CNEN e SBRTFonte: Site da SBRT
Aconteceu, nesta quinta-feira, 10 de maio de 2018, no IPEN (Instituto de Pesquisa Energéticas Nucleares), a assinatura do Termo de Cooperação Institucional entre a Sociedade Brasileira de Radioterapia – SBRT e a Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN. O termo assinado pelo Presidente da SBRT, Dr. Arthur Accioly Rosa e pelo Presidente da CNEN, Dr. Paulo Pertusi, formaliza um processo de colaboração de longa data, que tem como objetivo o fomento de segurança radiológica e radioproteção
Trata-se de um momento histórico, no qual ambas as instituições se mostram entusiasmadas com o trabalho bilateral em novas frentes na busca de uma Radioterapia de qualidade e principalmente segura.
A SBRT gostaria de deixar registrado o agradecimento pessoal ao ex Presidente da SBRT, Dr. Eduardo Weltman e ao Coordenador Geral da Coordenação de Instalações Radioativas da CNEN, Dr. Alessandro Facure, pelo engajamento e dedicação na formalização desse acordo e, a a presença do Sr. Homero Lavieri Martins, Presidente da Associação Brasileira de Física Médica – ABFM, pelo seu contínuo apoio à SBRT.
Como iniciativas, a seguir teremos a participação formalizada da CNEN na Banca de Certificação para Título de Especialista em Radioterapia de 2018 e o engajamento no grupo de trabalho para desenvolvimento do Selo de Qualidade em Radioterapia.
A SBRT continua trabalhando em busca da melhoria da radioterapia nacional.
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- 08/05/2018 - Acordo de parceria entre CNEN e SBRTFonte: Site da SBRT
A Sociedade Brasileira de Radioterapia tem a honra de convidar a todos os Radio-oncologistas a participar da cerimônia de assinatura do acordo de parceria entre a CNEN e a SBRT.O convênio fortalecerá ainda mais as relações da SBRT junto a Comissão, estimulando uma permanente melhoria na qualidade e na segurança dos processos de Radioterapia em território Nacional.
A cerimônia acontecerá em 10 de maio de 2018, às 14h00 no IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), localizado no campus da Universidade de São Paulo (USP), cujo endereço segue abaixo:
IPEN – USP– Av. Prof. Lineu Prestes, 2242 – Butantã, São Paulo – SP.O acesso pode ser feito pela:
• Portaria Principal, instalada na Av. Prof. Lineu Prestes, 2242 – Cidade Universitária;
• Portaria Norte, instalada na Travessa R, 400 – Cidade Universitária.
Ficaremos honrados com a sua presença.
Arthur Accioly Rosa
Presidente Gestão 2017-2020
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- 27/04/2018 - Programa Conexão, do Canal Futura, especial sobre Energia Nuclear no BrasilRepresentantes da área nuclear são entrevistados no programa Conexão, do Canal Futura
Representantes da área nuclear são entrevistados no programa Conexão, do Canal Futura
Fonte: Canal Futura
O programa Conexão, apresentado por Karen Souza, recebeu para entrevista, no dia 27 de abril de 2018, Celso Cunha, presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN); Wilson Aparecido Parejo Calvo, superintendente do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) ligado à Comissão de Energia Nuclear (CNEN); Sergio Luis de Carvalho Miranda, capitão da Marinha do Brasil; Rafael Lopes, primeiro-secretário da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN). Durante o programa são apresentadas questões sobre energia nuclear e o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).
O programa pode ser assistido no perfil do Canal Futura no Youtube. -
- 25/04/2018 - Crise afeta órgão produtor de dispositivo que reduz cirurgia de câncer - Telejornal Repórter Brasil - EBCInstituto que desenvolve a tecnologia sofre de falta de mão de obra
Instituto que desenvolve a tecnologia sofre de falta de mão de obra
Fonte: Telejornal Repórter Brasil - EBC
O dispositivo chamado semente de iodo, auxiliar na cirurgia para tratamento de câncer, poderá ser produzido em breve no Brasil. Esse dispositivo marca a área afetada, facilitando uma intervenção menos invasiva, o que melhora a qualidade de vida dos pacientes. Atualmente, cerca de quatro mil sementes de iodo são usadas por mês para tratamentos de vários tipos de câncer, como de mama e próstata. Hoje, esse material é importado e custa cerca de 34 dólares. Se fosse produzido aqui, seria 40% mais barato. Mas o instituto que desenvolve a tecnologia sofre de falta de mão de obra especializada.
(Entrevista com a pesquisadora Maria Elisa C. M. Rostelato, do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR) do IPEN)
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- 16/04/2018 - Servidora do Ipen exposta à radiação ganha na Justiça redução de jornada e horas extrasDecisão é da 8.ª Vara Federal Cível de São Paulo, que acolheu argumentos da autora da ação, funcionária do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares
Decisão é da 8.ª Vara Federal Cível de São Paulo, que acolheu argumentos da autora da ação, funcionária do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares
Fonte: O Estado de S. PauloLuiz Vassallo
A 8.ª Vara Federal Cível de São Paulo concedeu a redução de jornada semanal de trabalho, de 40 horas para 24 horas, a uma servidora do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), por trabalhar exposta à radiação.
A autora alegou que durante suas atividades laborais, ‘fica exposta a radiações ionizantes’, motivo pelo qual recebe mensalmente gratificação por trabalho com raio-X ou substâncias radioativas e tem direito a férias semestrais de 20 dias.
Ela requereu que fosse concedida a redução de jornada de trabalho de 40 para 24 horas semanais e pagamentos de horas extras praticadas nos últimos cinco anos contados da propositura da ação.
As informações foram divulgadas pelo Núcleo de Comunicação Social da Justiça Federal de São Paulo – Processo nº. 5004012-87.2017.4.03.6100
A União alegou que ‘a autora (da ação) não se enquadra na lei que determina a redução’ e afirmou que ‘tal lei foi revogada pela Lei do Funcionário Público, à qual a autora se enquadra’.
Além disso, a União pediu que, caso fosse concedida a redução de jornada, que fossem diminuídos os vencimentos proporcionalmente.
O juiz da 8.ª Vara Cível Federal reconhece, na decisão, que a servidora do Ipen desenvolve atividade que a expõe à radiação e que a própria Administração paga à servidora a gratificação, ‘o que reforça que ela está sujeita ao trabalho nessas condições’.
Além da redução de jornada, o juiz determinou o pagamento de horas extras retroativas a cinco anos, pelo tempo de trabalho excedente à jornada semanal.
COM A PALAVRA, A ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
A Advocacia-Geral da União ainda não tomou conhecimento formal da sentença. Assim que for intimada da decisão, o órgão analisará se é caso de recurso. Em caso positivo, a medida será adotada dentro do prazo.
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- 02/04/2018 - Chip brasileiro integrará nova estrutura do Grande Colisor de HádronsCircuitos eletrônicos do LHC serão atualizados e ganharão 88 mil novos chips: mais rápidos, compactos e completamente projetados no Brasil
Circuitos eletrônicos do LHC serão atualizados e ganharão 88 mil novos chips: mais rápidos, compactos e completamente projetados no Brasil
Fonte: GalileuCompacto, funcional e resistente à radiação. Este é o chip Sampa, desenvolvido por pesquisadores da USP e da Unicamp para substituir os circuitos eletrônicos do experimento Alice, parte do Grande Colisor de Hádrons (LHC), localizado na sede suíça da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern).Atualmente, o Cern está passando por uma série de atualizações no seu sistema para otimizar a performance das suas pesquisas. Por isso, uma equipe de físicos e engenheiros brasileiros foi procurada para produzir uma nova versão dos chips usados nos sistemas Time Projection Chamber (TPC) e Muon Chamber (MHC), do Alice."Entre 2019 e 2020, o LHC vai passar por um upgrade que vai aumentar o número de colisões por segundo que o acelerador é capaz de gerar, o que é muito importante para que consigamos medir eventos mais raros da física de partículas,” explica Marcelo Gameiro Munhoz, professor do Instituto de Física da USP e um dos coordenadores do projeto brasileiro.Para se ter uma ideia da magnitude da atualização que está sendo feita no LHC, hoje, o experimento Alice opera com 500 colisões entre núcleos de chumbo por segundo. Já para 2020, os cientistas esperam gerar 50 mil colisões por segundo.Para alcançar esse nível de performance, os pesquisadores tiveram que projetar um chip compacto e que abrangesse dois sistemas eletrônicos: um analógico e outro digital. Atualmente, o Time Projection Chamber tem dois tipos de chip para realizar essas funções. O primeiro recebe o pulso de carga e o transforma num pulso de tensão, transferindo-o para um segundo chip, que digitaliza o pulso e faz o pré-processamento digital.Os cientistas não só conseguiram concluir essa missão, como também aumentaram o sistema de 16 canais para 32, a potência — diminuindo o consumo de energia — e garantiram um material resistente à radiação. Tudo isso em uma área de aproximadamente 0,82 cm²."O principal desafio foi combinar um chip compacto, com funcionalidades analógicas e digitais e com baixo consumo de potência”, afirma Munhoz.O chip foi aprovado por uma comissão de especialistas em microeletrônica e agora está sendo fabricado em Taiwan, pela empresa Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC). As 88 mil unidades do chip devem ficar prontas no segundo semestre deste ano, quando passarão por mais testes para que, então, sejam instaladas no experimento Alice a partir de 2019.Aplicações no BrasilAlém do chip desenvolvido para o Cern, a tecnologia criada no processo também poderá ter aplicações em outras áreas da tecnologia e, em especial, aqui no Brasil."Em paralelo, nós desenvolvemos várias propostas de sensores acoplados ao chip Sampa para projetos que estão sendo feitos no país,” conta Munhoz. "Estamos, por exemplo, desenvolvendo um medidor de nêutrons para os reatores nucleares do IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), aqui na Cidade Universitária da USP, e também para o futuro Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) que será construído em Iperó, no interior de São Paulo.”Esses mesmos sensores acoplados ao chip poderão realizar medidas de raio X. Eles serão úteis, por exemplo, para um outro grupo de pesquisa do Instituto de Física da USP, que estuda a preservação de patrimônios históricos através de radiografias.Para o engenheiro Wilhelmus Van Noije, professor da Escola Politécnica da USP e também coordenador do projeto, a tecnologia desenvolvida no percurso da pesquisa poderá ajudar sua área de pesquisa também. Van Noije estuda meios de detecção do câncer de mama e do colo uterino para a medicina nuclear. "Como projetamos um chip tolerante à radiação, esse aspecto pode ser muito útil para a pesquisa em circuitos integrados aplicados na área da saúde”, afirma o professor.Lute pela ciênciaCada etapa da pesquisa exigiu dos pesquisadores muito mais do que uma ideia genial: a falta de recursos e a instabilidade na equipe foram as principais dificuldades que tiraram o sono dos cientistas brasileiros."Foi bastante desafiador conseguir montar uma equipe de engenheiros porque normalmente nos laboratórios internacionais há uma equipe técnica grande e bastante qualificada à sua disposição, caso você tenha um projeto interessante como esse”, exemplifica Munhoz. Mas no Brasil não é assim. "Tivemos que caçar engenheiros e pagá-los com bolsa ou prestação de serviço com recursos da Fapesp. O que sempre é muito instável, já que você os contrata por um tempo curto e eles não podem ter vínculo empregatício. Se aparece uma oportunidade de emprego, a pessoa obviamente sai do projeto.”Os pesquisadores também tiveram dificuldade para encontrar uma empresa brasileira com "know-how" para fabricar os sistemas que ainda seriam testados. Por isso, vários equipamentos mais avançados tiveram que ser importados, o que prolongava o tempo de pesquisa."Realmente, está muito difícil fazer pesquisa em tecnologia no país. E, em um país sem tecnologia, infelizmente é muito difícil que haja avanço econômico”, pontua Van Noije, que também critica os recentes cortes à Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e aos fundos de financiamento à pesquisa do BNDES e do CNPq. "O governo precisava se preocupar mais em investir na tecnologia para, então, garantir o desenvolvimento social e econômico”, avalia o engenheiro.*Com supervisão de Isabela Moreira -
- 29/03/2018 - Por que o Brasil está construindo um reator nuclear de US$ 280 milhõesPessoas em tratamento de câncer podem se beneficiar do Programa Nuclear do pais
Pessoas em tratamento de câncer podem se beneficiar do Programa Nuclear do pais
Fonte: Revista GalileuEnquanto os líderes Donald Trump e Kim Jong-un trocam ofensas e competem para saber quem tem o botão maior, a questão nuclear continua sendo importante para definir o futuro do planeta. E o Brasil não está de fora dela.Por aqui, o Programa Nuclear começou ainda na década de 1950. Em 1979, a marinha começou a desenvolver seu próprio programa com a ideia de dominar o ciclo do combustível nuclear, ou seja: conseguir transformar o urânio bruto em combustível - seja para o uso em usinas ou em submarinos. E, apesar das dificuldades como a falta de investimento do governo em novas tecnologias, sobrevive até hoje.Vale lembrar que, por lei, o Brasil não pode desenvolver nenhuma tecnologia nuclear para fins não pacíficos - bombas estão fora de questão.Segundo o Boletim de Energia Nuclear Brasil e Mundo 2016, o país possui a quinta maior reserva de urânio do mundo. São 309 mil toneladas, que representam 5,3% do total mundial, perdendo apenas para Austrália (28,7%), Cazaquistão (11,2), Canadá e Rússia (8,3% cada).O Brasil tem hoje quatro reatores nucleares em funcionamento. O mais antigo, inaugurado em 1957, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em São Paulo, é o mais potente, com 5 megawatts. Por isso, muitos cientistas, militares e agentes da sociedade civil depositam esperança na construção do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), previsto para 2022, que está sendo desenvolvido no Centro Tecnológico da Marinha, em Iperó, próximo a Sorocaba, no interior de São Paulo, e terá potência de 30 megawatts.A questão é: depois de acidentes históricos como o de Chernobyl e Fukushima, para quê o Brasil precisa de um reator nuclear avaliado em 500 milhões de dólares?"O que estamos construindo não é apenas um reator, mas todo um polo tecnológico que vai nos ajudar a desenvolver inúmeras pesquisas nucleares”, afirma José Augusto Perrotta, coordenador técnico do RMB na Comissão Nacional de Energia Nuclear, que cita ainda a parceria com o Sirius, o acelerador de partículas brasileiro que está em construção em Campinas. "Vamos abrir aqui uma torneirinha de nêutrons que vão ser muito usados.”Além do propósito militar - a marinha planeja a construção do primeiro submarino nuclear brasileiro -, o reator também vai tornar o país independente na produção de radiofármacos que são usados na medicina nuclear, fundamental para o diagnóstico e tratamento de várias doenças, como o câncer."Essa autonomia é superimportante, porque se amanhã ou depois o preço do dólar aumenta não ficamos escravos deste recurso para sustentar o nosso desenvolvimento”, explica a médica nuclear Evelinda Trindade, da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. "Só produzindo esse conhecimento o Brasil vai ser autônomo, senão vai ficar sempre na promessa.”Para o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), Juliano Cerci, a especialidade precisa ser democratizada, já que, por contar com produtos importados, ainda é muito cara. "Existe a medicina nuclear no SUS, mas ele é de difícil acesso. Às vezes, demoram três meses para autorizar um exame. E um paciente com câncer não pode esperar esse tempo”, explica o médico.Cerci lembra que o projeto do RMB previa um desenvolvimento em conjunto com um reator gêmeo na Argentina. Mas, com a falta de investimento do governo brasileiro, o hermano acabou despontando na frente e já está em funcionamento - enquanto o nosso nem saiu do papel."Nosso projeto foi muito sucateado. Agora, ironicamente, o reator argentino está vendendo gerador para o Brasil. Ou seja, temos um conflito: se antes os reatores iriam nascer juntos, qual é agora o benefício da argentino na construção de um reator brasileiro? Nenhum. Na verdade, ela vai perder um comprador”, diz Cerci.O presidente da SBMN chama atenção para a contradição do governo, que mesmo investindo lentamente na construção do reator - que tem previsão de conclusão para 2022 -, corta verbas de bolsas e de pesquisas, e não investe em mão de obra qualificada."O que a gente precisa é de uma visão estratégica. Se é importante produzir ciência no Brasil, então precisamos fomentar esse setor", afirma Cersi.No dia 27 de março, no entando, o jogo parece ter virado. Um convênio assinado com a Amazul, empresa pública coordenada pela Marinha, fechou um orçamento de US$ 280 milhões. O valor, de US$ 280 milhões a menos, vai ser bancado pelo Ministério da Saúde.O presidente da SBMN comemora: "É a melhor notícia para a medicina nuclear nos últimos anos. Mas esse é só um passo, as coisas não podem parar por aí." Com a mudança de governo nos próximos meses, o projeto corre o risco de sofrer mais alterações. "Precisamos continuar nesse processo de notícias boas." -
- 28/03/2018 - FAPESP apoiará a modernização de 12 Institutos Estaduais de Pesquisa (Agência Fapesp)Fonte: Agência Fapesp
A FAPESP finalizou o processo de seleção da chamada "Desenvolvimento Institucional de Pesquisa dos Institutos Estaduais de Pesquisa no Estado de São Paulo”. Serão contratadas 12 propostas, apresentadas por 12 institutos de pesquisa, às quais serão disponibilizados R$ 120 milhões, conforme previsto no edital.
Além de recursos de capital e custeio (material permanente e de consumo, serviços de terceiros, entre outros), esse valor inclui apoio da FAPESP por meio de bolsas de Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE) e de Pesquisa no Exterior (BPE), Auxílio à Pesquisa – Pesquisador Visitante, além de recursos dos programas Equipamento Multiusuário (EMU), Políticas Públicas, Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) e Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes.
"O objetivo é modernizar os institutos de pesquisa do estado. Além de contemplar a aquisição de equipamentos modernos, o edital deu grande ênfase à capacitação de pessoal de alto nível científico e tecnológico, capaz de utilizar esses equipamentos adequadamente”, disse José Goldemberg, presidente da FAPESP.O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), por exemplo, teve aprovado seu plano de desenvolvimento institucional na área de transformação digital: manufatura avançada e cidades inteligentes.
"O IPT pretende usar essa oportunidade de ter um projeto com recursos FAPESP para reforçar competências associadas à transformação digital que a sociedade atravessa, no século 21, em tantas direções”, disse Fernando Landgraf, diretor-presidente do IPT.
"Como a missão do IPT é aumentar a competitividade das empresas e promover a qualidade de vida da nossa sociedade, faz todo o sentido aplicar a transformação digital ao desafio de conduzir duas linhas de pesquisa focadas na sustentabilidade das cidades inteligentes, a gestão ambiental e os sistemas inerciais autônomos, e aplicá-la também à manufatura avançada, com linhas de pesquisa em manufatura aditiva, metrologia avançada e processos bio-físico-químicos”, disse Landgraf.
Entre os projetos selecionados está o do Instituto Agronômico (IAC), "Do básico ao aplicado: modernização da infraestrutura institucional para o fomento, da pesquisa e da inovação do agronegócio”.
"O apoio da FAPESP vem em boa hora. Há 131 anos o IAC tem a missão de transferir ciência e tecnologia inovadoras para a produção agrícola. Para tanto, as pesquisas básicas e aplicadas são fundamentais. Precisamos de investimento em infraestrutura de pesquisa – genômica, inclusive – para multiplicá-la e transferir tecnologia para a produção, observando padrões de sustentabilidade e qualidade, além de formar recursos humanos”, disse Sérgio Augusto Morais Carbonell, diretor-geral do IAC.
Dezenove instituições responderam ao edital lançado em 25 de maio de 2017. As propostas submetidas foram analisadas segundo procedimentos e sistemática adotados pela FAPESP na avaliação de projetos. Mas, por tratar-se do primeiro edital institucional da Fundação, voltado para a modernização de instituições de pesquisa, as propostas foram também submetidas a um Comitê Especial formado por pesquisadores de São Paulo e de outros estados que já ocuparam função de direção em institutos de pesquisa.
INSTITUIÇÕES DE PESQUISA, PROJETOS E VALORES CONTRATADOS:
Instituição
Projeto
Valor contratado (R$)
Instituto Adolfo Lutz
Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa
10,839 milhões
Instituto Agronômico
Do básico ao aplicado: modernização da infraestrutura institucional para o fomento, da pesquisa e da inovação do agronegócio
13,205 milhões
Instituto Biológico
Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa: modernização e adequação de unidades multiusuárias estratégicas
11,731 milhões
Instituto Butantan
Criação do Centro de Recursos Biológicos
9,060 milhões
Instituto Dante Pazzanese
Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa
7,912 milhões
Instituto de Botânica
Desafios para a conservação da biodiversidade frente a mudanças climáticas, poluição e uso e ocupação do solo
8,786 milhões
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen)
Capacitação científica, tecnológica e em infraestrutura de radiofármacos, radiações e empreendedorismo a serviço da Saúde
13,599 milhões
Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT)
Plano de Desenvolvimento Institucional na área de transformação digital: manufatura avançada e cidades inteligentes
12,476 milhões
Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital)
Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa
13,164 milhões
Instituto de Zootecnia
Plano de Desenvolvimento Institucional de Pesquisa
11,665 milhões
Instituto Geológico
Modernização e ampliação da infraestrutura de pesquisa científica para subsidiar políticas públicas na área de meio ambiente
2,876 milhões
Superintendência de Controle de Endemias (Sucen)
Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa e Tecnologia para a vigilância e o controle de vetores
4,680 milhões
Total
120 milhões
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- 27/03/2018 - Ministério da Saúde destinará R$ 750 milhões para o RMBAcordo foi assinado entre a Amazul e o ministério
Acordo foi assinado entre a Amazul e o ministério
Fonte: AmazulSão Paulo, 27 de março de 2018 - A Amazul – Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. e o Ministério da Saúde assinaram, nesta terça-feira (27/3), acordo de cooperação técnica para o desenvolvimento do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), plataforma que visa, entre outros objetivos, produzir radioisótopos para a fabricação de radiofármacos usados na prevenção e tratamento de câncer. O empreendimento tornará o Brasil autossuficiente na produção de radioisótopos e o repasse de radiofármacos para o SUS a preço de custo.
O acordo garante investimento de R$ 750 milhões, que serão repassados pelo Ministério da Saúde até 2022. Ainda este ano, o ministério fará um aporte de R$ 30 milhões para o desenvolvimento do projeto. O acordo foi assinado pelo ministro Ricardo Barros e o presidente da Amazul, Ney Zanella dos Santos.
A Amazul é co-empreendedora do RMB junto com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen). O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) participará do projeto na parte nuclear. A empresa argentina Invap está desenvolvendo o projeto detalhado do RMB, com fiscalização da Amazul e da Cnen.
"Este reator será fundamental para o tratamento das pessoas. Hoje, nós importamos muito desse medicamento e queremos produzir no Brasil, barateando os custos. Esta decisão tem interface com vários outros ministérios, mas agora ele irá priorizar a área da saúde”, afirma o ministro Ricardo Barros.
Os radiofármacos são de grande importância para o tratamento de doenças no Sistema Único de Saúde, pois auxiliam no tratamento de diversas áreas como a cardiologia, oncologia, hematologia e neurologia. Com eles, é possível realizar diagnósticos de doenças e complicações como embolia pulmonar, infecções agudas, infarto do miocárdio, obstruções renais e demências. Além disso, esses produtos são os mais eficientes na detecção de câncer, pois definem qual o tipo e tamanho do tumor e qual o tratamento mais adequado para o paciente.
Para o presidente da Amazul, Ney Zanella dos Santos, o país dispõe de tecnologia para fazer todo o ciclo do radioisótopos. "Temos matéria-prima, tecnologia e pessoal capacitado para esse empreendimento que nos livrará da dependência externa na produção desses insumos estratégicos.”
Desde 2009, o Brasil tem dificuldade no abastecimento de radioisótopos, utilizado em cerca de 80% dos procedimentos adotados pela medicina nuclear. Isso se deve à paralisação do reator canadense que abastecia todo o mercado brasileiro e 40% do mundo. Desde então, o país busca outros fornecedores importados, já que, com demanda reprimida, apenas cerca de 2 milhões de procedimentos médicos utilizam os radiofármacos.
Segundo Zanella, o RMB terá outras aplicações além da medicina nuclear. A plataforma disponibilizará tecnologias que poderão ser aplicadas na agricultura, no meio ambiente e na indústria. Essas tecnologias permitem, por exemplo, testar materiais, localizar fissuras em superfícies como asas de avião ou verificar a quantidade de agrotóxicos contida em alimentos.
O reator nuclear dará ao país autossuficiência, tornando-o referência em medicina nuclear. Também pode tornar o Brasil exportador, já que o número de reatores deste porte é pequeno em todo o mundo, indo na contramão da crescente demanda do produto.
O Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) será desenvolvido na cidade de Iperó (SP), junto ao Centro Industrial Nuclear de Aramar, da Marinha do Brasil, que cedeu parte do terreno.
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- 20/03/2018 - Diretor de Agência Internacional de Energia Atômica visita IRDFonte: IRDTexto: Lilian Bueno/Ascom IRDO Diretor Geral Adjunto de Cooperação Técnica da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Dazhu Yang, visitou o IRD no último dia 19 de março, acompanhado do chefe da Seção de Cooperação Técnica para a América Latina da AIEA Raul Ramirez Garcia. A comitiva foi acompanhada pela coordenadora-geral de assuntos internacionais da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Viviane Simões, e pelo assessor Chao Tsu Chia. Foram visitadas as áreas de metrologia de raio-X e nêutrons e as instalações do laboratório de indústria.
O diretor do IRD, Renato Di Prinzio, apresentou as atividades desenvolvidas em radioproteção e segurança, emergência, dosimetria, física médica, metrologia e estudos ambientais, além das atividades de apoio ao organismo regulador brasileiro na área nuclear (CNEN). A formação desde o mestrado e doutorado stricto sensu e a pós-graduação lato sensu foram enfatizados pelo gestor. Participaram do encontro os chefes de divisão e de serviços tecnológicos do IRD.
Yang mostrou interesse na atividade institucional de capacitação que proporciona aos profissionais de países da África cursarem o mestrado lato sensu em radioproteção e segurança de fontes radioativas. O curso realizado no IRD é resultado de uma parceria com a AIEA. "É importante essa atividade, assim como a ida de experts brasileiros a esses países”, afirma. Nas áreas técnicas pode acompanhar laboratórios que tiveram aporte de recursos do organismo internacional.
A comitiva segue em visita para conhecer atividades relacionadas à tecnologia nuclear e ao programa nuclear brasileiro. Os compromissos oficiais incluem visitas ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicaçõe e ao Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, dia 20. Na quarta, 21, visitam o projeto de uso de radiação ionizante para controle do mosquito Aedes aegypt, no Recife. Na quinta, conhecerão o Centro Industrial Nuclear de Aramar, em Iperó (SP), instalação da Marinha do Brasil, e o local onde será construído o Reator Multipropósito Brasileiro, projeto voltado à produção radioisótopos, matéria-prima para os radiofármacos empregados na área médica. Dia 23, sexta, visitam a área de radioterapia do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), instituto vinculado à CNEN.
A visita finaliza com um encontro com o presidente da CNEN Paulo Roberto Pertusi para a assinatura de um acordo de cooperação técnica entre o Brasil e a AIEA, ainda no Ipen, em São Paulo.
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- 14/03/2018 - Falta de Mo-99 deve ser normalizada nos próximos dias, segundo IpenDesde novembro de 2017, a África do Sul interrompeu a produção de Mo-99, retomando a atividade somente nos últimos dias. Outros fornecedores para o Brasil também enfrentaram problemas. O Ipen confirmou novos embarques e a perspectiva de normalização dos próximos dias.
Desde novembro de 2017, a África do Sul interrompeu a produção de Mo-99, retomando a atividade somente nos últimos dias. Outros fornecedores para o Brasil também enfrentaram problemas. O Ipen confirmou novos embarques e a perspectiva de normalização dos próximos dias.
Fonte: Boletim da SBMNBrasil recebeu 30% a menos do Molibidenio-Tecnecio previsto na semana passada. Desde novembro de 2017, a África do Sul interrompeu a produção de Mo-99, retomando a atividade preliminarmente nos últimos dias. Somado a isso, outros três fornecedores brasileiros, Argentina, Rússia e Holanda, enfrentaram problemas para sua fabricação e distribuição.
Jair Mengatti, diretor de Produtos e Serviços do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), afirma que nenhuma região brasileira deixou de ter acesso ao Mo-99, contudo, menos material foi entregue graças aos problemas pontuais que afetaram os quatro países responsáveis pelo fornecimento ao Brasil.
"Recebemos as confirmações de embarque e essa situação será normalizada nos próximos dias”, adianta.