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- 10/05/2023 - Governo de SP reafirma importância de sinergia entre Institutos de Pesquisas, em visitas de secretáriosFinalidade é buscar convergência entre as instituições e poder avançar na integração e na busca por ciência e inovações para o desenvolvimento econômico e social do país.
Finalidade é buscar convergência entre as instituições e poder avançar na integração e na busca por ciência e inovações para o desenvolvimento econômico e social do país.
Com o objetivo de conhecer melhor as atividades em ciência, tecnologia e inovação e de promover mais integração e avanços, titulares e assessores de Secretarias de Estado têm realizado visitas às instituições estaduais que atuam nessas áreas de pesquisa e desenvolvimento. Nesta terça-feira, 9, foi a vez de Thiago Rodrigues Liporaci e Edson Cezar Wendland, da Secretária de Desenvolvimento Econômico (SDE), serem recepcionados no IPEN pelo superintendente Wilson Calvo e pela diretora substituta, Isolda Costa.
Respectivamente secretário executivo e coordenador de C,T&I da SDE, Liporaci e Wendland estiveram no Espaço Marcello Damy, onde ouviram explicações sobre a atuação e a diversidade de pesquisas do Instituto e sobre o Projeto Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), o maior empreendimento para a área nuclear do País. Depois, seguiram para visita ao Reator Nuclear de Pesquisas IEA-R1, onde foram recebidos pelo coordenador do Centro do Reator de Pesquisas (CERPq), Frederico Genezini.
Embora seja gerido técnica e administrativamente pela União Federal, por meio da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), o IPEN é uma autarquia estadual. Essa característica "híbrida” é o que permite, por exemplo, a participação em chamadas públicas pela Fapesp, para financiamento de projetos e pesquisas de instituições vinculadas ao Governo de São Paulo. "Por isso, é fundamental que os gestores do governo estadual conheçam o muito que se faz em P&D aqui”, avaliou Calvo.
O superintendente do IPEN mencionou o edital "Ciência para o Desenvolvimento” – Propostas para Núcleos de Pesquisa Orientada a Problemas em São Paulo (NPOP-SP), da Fapesp, voltado para P&D em colaboração entre universidades ou instituições de ensino superior e de pesquisa. O IPEN foi contemplado com a proposta "Programa multicêntrico utilizando radioligantes de PSMA para o diagnóstico e terapia de pacientes com câncer de próstata”, tendo o próprio Calvo como pesquisador responsável.
"Além desse projeto, também integramos um do IPT [Instituto de Pesquisas Tecnológicas] contemplado nesse mesmo edital. É uma somatória de expertises que só trarão benefícios para a população do Estado de São Paulo”, comentou Calvo. O projeto do IPT a que o superintendente se referiu é "Desenvolvimento da cadeia de produção de componentes metálicos por manufatura aditiva”, que conta com participação do pesquisador Maurício das Neves, do nosso Centro de Ciência e Tecnologia doa Materiais do IPEN.
Liporaci diz que é fundamental buscar sinergia entre as instituições. "A ideia é que possamos desenvolver parcerias e aprofundar as relações entre todos os integrantes do grande complexo de inovação que temos no Butantã: a USP, o Instituto Butantã, o IPEN, o IPT, a Marinha... a finalidade da Secretaria é buscar convergência entre todos esses atores de C,T&I e poder avançar na integração e na busca por ciência e inovações para o setor produtivo e para o desenvolvimento econômico e social do país”.
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- 27/04/2023 - IPEN apresenta projetos na área de biocombustíveis e novas energias a gestores do Estado de São PauloSecretário Lucas Ferraz manifestou entusiasmo com a possibilidade de produção do hidrogênio verde a partir do etanol, que é uma “vantagem comparativa”, uma vez que São Paulo é o maior produtor mundial de etanol.
Secretário Lucas Ferraz manifestou entusiasmo com a possibilidade de produção do hidrogênio verde a partir do etanol, que é uma “vantagem comparativa”, uma vez que São Paulo é o maior produtor mundial de etanol.
O Brasil pode se beneficiar do selo ‘Hidrogênio Verde’, e o Estado de São Paulo tem todas as condições de ser protagonista na indústria de biocombustíveis e novas energias, tendo a ciência como balizadora de políticas públicas. Quem afirma é o pesquisador Fábio Coral Fonseca, gerente do Centro de Células a Combustível e Hidrogênio (CECCO) do IPEN.
Nesta terça-feira, 24, Lucas Ferraz e Marisa Barros, respectivamente secretário de Negócios Internacionais e subsecretária de Energia e Mineração do Estado de São Paulo, visitaram o IPEN, e Fonseca fez uma apresentação sobre as pesquisas desenvolvidas no Instituto, desde que foi implementado o Programa Brasileiro de H2 e Células a Combustível, em 2002.
Célula a combustível é um dispositivo de conversão direta da energia química de um combustível em eletricidade. As chamadas SOFCs – do inglês Solid Oxide Fuel Cell (Célula a Combustível de Óxido Sólido) são as mais eficientes para essa conversão direta e, por isso, têm recebido atenção da comunidade científica e de vários desenvolvedores que têm investido no uso dessa tecnologia em diversas aplicações.
O IPEN pesquisa síntese, processamento, caracterização, fabricação e testes de SOFCs unitárias e materiais componentes. "Nossas foco principal é o uso de combustíveis alternativos ao hidrogênio, como o bioetanol e o gás natural”, diz Fonseca. Os estudos – acrescenta – são desenvolvidos em colaboração com instituições nacionais e estrangeiras, por meio de intercâmbio de pesquisadores e alunos de pós-graduação.
Fonseca apresentou o potencial do etanol na economia do hidrogênio e mencionou o acordo de parceria com a Nissan, firmado em 2019 e renovado em junho de 2022, visando o desenvolvimento de um veículo movido por SOFC que gera energia elétrica a partir da utilização do bioetanol. "A ideia é avaliar e viabilizar diferentes componentes e torná-los adequados para uso em possíveis projetos em escala comercial”.
Outra colaboração citada por Fonseca visa o desenvolvimento da nova geração de ônibus a hidrogênio aproveitando o H2 do sistema produtivo da Eletronuclear, basicamente do Parque Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis (RJ). Esse estudo tem a participação da Schwaben Engenharia, empresa do grupo alemão Lauer & Weiss, com mais de 15 anos de experiência no segmento automotivo.
Os principais resultados do Centro liderado por Fonseca, nos últimos cinco anos, estão nos 120 papers (artigos científicos) publicados em revistas de alto impacto, cinco patentes, na formação de 25 mestre e 20 doutores, orientados por pesquisadores do CECCO e no livro "O IPEN e a economia do Hidrogênio", com lançamento ainda este semestre. "Nós temos todas as condições para ser balizadores de políticas públicas em novas energias e estamos à disposição do Estado de São Paulo”, salientou.
Políticas públicas
De acordo com Marisa Barros, a visita ao IPEN foi ‘muito oportuna’ considerando que o Estado de São Paulo está estruturando o seu Plano Estadual de Energia, no horizonte de 2050. "Foi uma grata surpresa essa visita e a possibilidade de conhecer diversos projetos que coadunam e são aderentes à meta principal do Plano, que é alcançar emissões líquidas de carbono zero no horizonte programado”.
Conhecer as rotas de produção de H2 de baixo carbono a partir etanol é fundamental para os objetivos do Plano, uma vez que o etanol é importante vetor energético do Estado de São Paulo, avalia a subsecretária de Energia e Mineração, cuja pasta está vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL), tendo a procuradora federal Natália Resende como titular.
"É muito relevante que a comunidade científica e a sociedade em geral tenham conhecimento de que o hidrogênio de baixo carbono, incluindo aí o renovável, o verde, pode sim ser obtido a partir do etanol, que é um insumo importante no Estado de São Paulo, isso foi bastante positivo e isso se reflete como uma estratégia de mitigação no âmbito do Plano Estadual”, destacou Barros.
"Verde e amarelo”
Uma das questões levantadas pelo secretário Lucas Ferraz foi quanto a viabilidade e a necessidade de aumentar a escala do que já é oferecido no setor da economia do hidrogênio. "Vocês são a inteligência, nós somos os formuladores de políticas públicas e vamos viabilizar o que vocês sugerirem”, afirmou, dizendo-se "muito impressionado” com os projetos desenvolvidos pelo IPEN na área de energia renovável.
Ferraz comentou que o momento internacional está abrindo uma "nova janela de oportunidades” para atração de investimentos no Estado de São Paulo e que há um entusiasmo com a possibilidade de produção do hidrogênio verde a partir do etanol, que é uma "vantagem comparativa”, uma vez que São Paulo é o maior produtor mundial de etanol.
O secretário salientou o avanço das pesquisas no IPEN e adiantou a expectativa de parceria, "num futuro próximo”, entre as instituições de C&T, envolvendo "toda a capacidade científico-tecnológica do Estado e o Governo, na montagem de políticas públicas adequadas capazes de tornar realidade essas novas tecnologias em energia renovável”.
Fábio Coral Fonseca ressaltou que a visita da comitiva do Governo é "uma mudança de paradigma” e que é função do IPEN assumir protagonismo. "Essa aproximação com o Estado de São Paulo é muito importante, e ficamos muito contentes de saber que o poder público veio até o IPEN se informar para embasar suas decisões de políticas públicas nas opiniões científicas”.
O pesquisador destaca que uma parceria com o Estado pode trazer muitos benefícios. "Espero que percebam a qualidade dos projetos que a gente tem capacidade de desenvolver e que podem determinar rumos futuros para uma transição energética, descarbonização da indústria, de modo que São Paulo continue tendo protagonismo na indústria de biocombustíveis e novas energias. Temos todas as condições de criar e consolidar o selo ‘Verde e Amarelo’”, finalizou.
No IPEN
Lucas Ferraz e Marisa Barros foram recepcionados no IPEN pelo superintendente Wilson Calvo e pela diretora substituta Isolda Costa. Eles vieram acompanhados de Thiago Rodrigues São Marcos Nogueira e Carina Dolabella, assessor especial e assessora técnica da SENI, e de Jacqueline Faiolo Terto de Oliveira e Ricardo Cantarani, assessores da Subsecretaria de Energia e Mineração da SEMIL.
Os projetos desenvolvidos no CECCO contam com várias colaborações nacionais, entre elas a Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Instituto Nacional de Tecnologia (INT), e são financiados por diversos projetos de agências de fomento como a FAPESP, CNPq, CAPES e FINEP.
Estava prevista uma visita aos laboratórios do CECCO, mas, devido à agenda do secretário, ficou para outra oportunidade.
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- 05/04/2023 - Homenagem a Margarida Hamada, destaques do ano, resultados e preocupações dão a tônica do Plano Diretor 2023Indicadores mostram que o IPEN continua superando expectativas, apesar das limitações orçamentárias. Entre os desafios, a necessidade de recomposição do quadro de pessoal. Grandes projetos e publicações são as principais conquistas.
Indicadores mostram que o IPEN continua superando expectativas, apesar das limitações orçamentárias. Entre os desafios, a necessidade de recomposição do quadro de pessoal. Grandes projetos e publicações são as principais conquistas.
Os "Destaques do Ano” de 2022, anunciados no encerramento dos Seminários do Plano Diretor, nesta quarta-feira (5), contou com a participação presencial da ex-gerente do Centro de Tecnologia das Radiações (CETER), Margarida Mizue Hamada. Escolhida como "Pesquisadora Destaque”, Hamada foi homenageada pela "inestimável contribuição às pesquisas” durante sua gestão, segundo as palavras da diretora substituta do IPEN, Isolda Costa. "É uma honra estar aqui hoje para essa homenagem”, afirmou a pesquisadora, afastada de suas atividades para tratamento de saúde.
Também foram homenageados o Centro de Células a Combustível e Hidrogênio (CECCO), como "Destaque na Mídia”, João Ulrich (CEQMA) e Luis Alberto Pereira Dias (CECRF), "Servidores Destaque”, Priscila Cantão (SEGPE) e Diego Rocha (SEGRS), "Colaboradores Destaque”, e a própria Isolda Costa, "Destaque do Ano”, prêmio designado levando em conta o critério da métrica, ou seja, uma média entre número de publicações internacionais arbitradas no ano e sua qualidade, via Fator de Impacto normalizado por área – o FI é variado para cada área.
"As premiações anuais são um reconhecimento aos que se destacaram nos respectivos serviços. Mas não deixa de ser também uma maneira de destacar o setor como um todo, considerando que ninguém trabalha sozinho. E eu fico muito feliz de o IPEN poder dizer a essas pessoas o quanto elas são importantes para que o Instituto cumpra a sua missão, que é de levar qualidade de vida à população brasileira”, disse Costa, acrescentando que os Seminários do Plano Diretor "confirmam a pujança do IPEN, mesmo diante da redução de quadros e dos recursos limitados”.
Prêmios coletivos
O Centro de Lasers e Aplicações (CELAP) foi destaque nas categorias "P&D – Publicações”, cuja métrica são as publicações por doutor pro-rata conforme registro no Repositório Institucional do IPEN, e "Ensino”, mediante fórmula que leva em consideração índices de orientações concluídas por doutor pró-rata, com pesos diferentes para doutorado, mestrado e iniciação científica, e
de disciplinas ministradas por doutor pró-rata, com pesos diferentes para níveis de pós-graduação e graduação.Em relação ao número de publicações, o destaque foi o Centro de Ciência e Tecnologia dos Materiais (CECTM), com o total de publicações 62 em periódicos internacionais em 2022, conforme o Repositório Institucional IPEN. Na função "P&D – Projetos”, o vencedor foi o Centro de Engenharia Nuclear (CEENG), com o melhor desempenho em captação em agências de fomento (calculado pela somatória dos valores dos projetos novos aprovados em 2022), totalizando R$ 14.827.069,00. O CEENG também foi o que mais se destacou na "Função P&D – Relatório Técnico”, com 65 no total.
Na função "Produção – Produtos Cobrados”, o Centro de Radiofarmácia (CECRF) foi o destaque, por seu desempenho (recebeu R$ 102.776.795,75). Já o CETER levou na função "Serviços – Serviços Cobrados”, valor R$ 462.491,44.
"Pujança”
Os gerentes de Centros de Pesquisa foram unânimes em apontar os riscos de linhas de pesquisas deixarem de existir, caso o quadro de pessoal não seja reposto com certa urgência. Até mesmo o CECCO, considerado um "Centro mais novo”, no que se refere aos pesquisadores, técnicos e servidores, e com suas linhas "bombando” na mídia, está no limite. "Inclusive, essa visão, de que somos um Centro novo, é equivocada. Não só não somos, como estamos diminuindo cada vez mais, correndo sérios riscos de perder esse conhecimento”, afirmou Fábio Coral Fonseca.
Por outro lado, os resultados apresentados pelos gerentes demonstram a "pujança” do IPEN, diante de tantos desafios e falta de pessoal, segundo observou o superintendente do Instituto, Wilson Calvo. Ele ressaltou, como exemplo, a atuação do IPEN durante a pandemia da Covid-19, quando, apesar dos riscos e das limitações, a Rediofarmácia não parou a produção. "Nós não deixamos de fornecer os radiofármacos, mesmo enfrentando as dificuldades com logística e os riscos à saúde dos nossos servidores. Isso mostra a nossa força e a nossa importância”, acrescentou.
Problemas como a dificuldade de manutenção de prédios e de equipamentos foram mencionados, assim como outras possibilidades de contratação por tempo limitado, para suprir a falta de pessoal efetivo. Outras conquistas, relativas premiações de alunos de pós-graduação e pesquisadores em eventos científicos e a reportagens destaques na mídia, também foram mencionadas pelos gerentes, em suas apresentações, a conquista de novos projetos.
Entre os projetos, destaque para o INCT INTERAS– Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia das Radiações na Saúde, coordenado pela pesquisadora Denise Zezell, do CELAP. Dez dos 14 pesquisadores do IPEN participantes da proposta aprovada são docentes do Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde, do Instituto.Com duração de 60 meses, o INCT INTERAS terá o aporte de quase R$ 6 mi (R$ 3,8 mi para custeio, R$ 1,4 mi para capital e R$ 720 mil em bolsas).
Tendo como vice- coordenador o professor Emiliano H. Medei, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o INCT INTERAS conta com a participação de 11 instituições nacionais e 10 estrangeiras, nove empresas, e a colaboração de outras seis instituições, sendo três nacionais e três estrangeiras. "Mais uma enorme conquistas aos pesquisadores do CELAP e, além disso, um grande aporte ao Mestrado Profissional”, afirmou Calvo.
Os Seminários do Plano Diretor aconteceram entre os dias 27 de março e 5 de abril, todas as manhãs, nos respectivos Centro (conforme programação prévia), com encerramento na tarde do dia, após a apresentação da Coordenação de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino (COPDE) e, na sequência, a entrega das premiação. A coordenação dos Seminários é de responsabilidade de Fábio Lima, a quem, ao final, a direção manifestou agradecimentos e congratulações.
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- 24/03/2023 - Servidores do IPEN com mais de 45 anos de atividades são homenageados pelo MCTIA cerimônia de entrega de placas em homenagem aos 23 servidores atuantes no IPEN há mais de quatro décadas foi realizada no Espaço Marcello Damy na manhã de 24 de março
A cerimônia de entrega de placas em homenagem aos 23 servidores atuantes no IPEN há mais de quatro décadas foi realizada no Espaço Marcello Damy na manhã de 24 de março
Se somássemos o tempo de trabalho no IPEN dos 23 servidores ativos com mais de 45 anos na instituição, chegaríamos a 1.077 anos. Se retrocedêssemos no tempo, chegaríamos ao ano de 946, no século X. Essa é uma uma curiosidade, mas caso as histórias que cada um desses altruístas servidores fossem relatadas, teríamos um compêndio emocionante sobre o desenvolvimento da ciência, tecnologia e sociedade brasileira.
A homenagem, realizada no último dia 24, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para os servidores com mais tempo em atividade, fez parte das celebrações pelos 66 anos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), completados em 31 de outubro de 2022. Foram contemplados também servidores das demais unidades técnicas-científicas da CNEN.
Na cerimônia de entrega das placas confeccionadas pelo MCTI, realizado no Espaço Cultural Marcello Damy, a diretora substituta do IPEN, Isolda Costa e o superintendente da Instituição, Wilson Aparecido Parejo Calvo, destacaram a determinação, o apoio, a contribuição de todos os servidores homenageados à missão do Instituto em contribuir com a qualidade de vida da sociedade brasileira.
Homenageados:
Adimir dos Santos
45
Antonio Luiz Pires
45
Carlos Alexandre de J. Miranda
45
Maria Elisa Chuery M. Rostelato
45
Eliana Navarro dos S. Muccillo
46
Helio Takumi Massaki
46
Maria Antonia Ferreira dos Santos
46
Marina Fallone Koskinas
46
Mario Bernardo Rojo Leyton
46
Massao Kamonseki
46
Pedro Eiti Aoki
46
Washington de Carvalho Lopes
46
Alberto Saburo Todo
47
Goro Hiromoto
47
Hissae Miyamoto
47
Leonardo Gondim de A. e Silva
47
Linda Caldas
47
Luiz Carlos de Oliveira
47
Mauro da Silva Dias
47
Rogério Jerez, in memoriam
48
Valdemir Gutierrez Rodrigues
49
João Pereira de Almeida
50
Pedro Mariano
53
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- 24/01/2023 - Abluo, empresa de soluções sustentáveis para a saúde única, visita o IPEN em busca de parceriasApós encontro e reunião na Superintendência do IPEN, os representantes da Abluo visitaram laboratórios no Centro de Tecnologia das Radiações (CETER)
Após encontro e reunião na Superintendência do IPEN, os representantes da Abluo visitaram laboratórios no Centro de Tecnologia das Radiações (CETER)
O IPEN recebeu, em 24 de janeiro, terça-feira, os representantes da Abluo Leandro Fornasaro, gerente Geral, Ronise F. R. Depner, gerente de Produtos e as pesquisadoras Carla Daruich de Souza e Caroline Brambilla Aquino. O objetivo do encontro foi a troca de informações visando possíveis parcerias futuras.
Pelo IPEN, participaram da reunião, a diretora substituta do IPEN, Isolda Costa; o superintendente do Instituto, Wilson Calvo; Carlos Zeituni, gerente do Centro de Tecnologia das Radiações (CETER); os pesquisadores Maria Elisa C. Rostelato, Leonardo Gondim de A. Silva e Maria da Conceição C. Pereira, todos do CETER. Também estavam presentes Fernando J. F. Moreira, do Escritório Gestão de Projetos (SEEGP), Efraim Perini, da IBA, e Rodolfo Politano representando o Núcleo de Inovação do IPEN (SENIT)
Os representantes da ABLUO puderam conhecer as diversas atividades desenvolvidas pelo IPEN na exposição permanente "O IPEN e sua História", apresentada pelo superintendente do Instituto, Wilson Calvo.
As visitas técnicas se concentraram em laboratórios do CETER coordenados pelos pesquisadores Leonardo Gondim e Maria Elisa Rostelatto.
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- 17/01/2023 - Palestra orientou sobre programa para capacitação de startups pela Incubadora de Empresas USP-IPEN-CietecDurante o evento, foram elucidadas dúvidas e reforçou-se a possibilidade de inscrições para o Programa DNA até 31/01
Durante o evento, foram elucidadas dúvidas e reforçou-se a possibilidade de inscrições para o Programa DNA até 31/01
A Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de São Paulo – USP-IPEN-Cietec promoveu uma apresentação sobre o Programa DNA – Descoberta, Negócios e Aceleração – na tarde de 17 de janeiro no prédio de Ensino do Instituto.
A palestra foi proferida por Jonathan Souza, coordenador de Incubação do Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), organização responsável pela gerência da Incubadora. O objetivo do encontro foi apresentar o Programa DNA aos interessados em capacitar startups nas áreas da Saúde, Ciências da Vida, Tecnologias Verdes, Tecnologia da Informação, Indústria 4.0 e Educação.
Um dos destaques do Programa DNA é a política de inclusão, na qual 50% das vagas para empreendedores serão destinadas a mulheres, pessoas negras, pardas, de povos originários, com deficiência e LGBTQIA+. Outra facilidade é para participar do Edital é o fato de não ser necessário ao interessado possuir CNPJ.
Um fator que chancela o Programa DNA é o fato de a Incubadora USP/IPEN ter recebido o CERNE 4 - o mais alto nível de reconhecimento pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).
A palestra de Souza foi antecedida pelas boas-vindas do superintendente do IPEN, Wilson Aparecido Parejo Calvo, e uma breve introdução sobre a Incubadora proferida pela diretora-presidente do CIETC, Paula Helena Ortiz Lima.
Informações e inscrições para o Programa DNA no link:
https://inscricoes.cietec.org.br/incubadora-usp-ipen/Prazo de inscrição: 31 de janeiro de 2023
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- 17/01/2023 - IPEN e INB fortalecem parceria para futuros projetos na área nuclearAcordo de confidencialidade assinado entre as instituições foi o primeiro passo para o desenvolvimento de pesquisas conjuntas em várias áreas relacionadas ao ciclo do combustível nuclear
Acordo de confidencialidade assinado entre as instituições foi o primeiro passo para o desenvolvimento de pesquisas conjuntas em várias áreas relacionadas ao ciclo do combustível nuclear
O IPEN e a Indústrias Nucleares do Brasil (INB) realizaram, na manhã de 17 de janeiro, uma cerimônia para assinatura de Acordo de Confidencialidade entre ambas as instituições. O objetivo é fortalecer a parceria existente com o desenvolvimento de pesquisas científicas e tecnológicas nas áreas de Engenharia Nuclear, produção de elementos combustíveis, gestão de rejeitos radioativos e apoio ao projeto do Reator Multipropósito Brasileiro.
Participaram da cerimônia a diretora substituta do IPEN, Isolda Costa, o superintendente do Instituto, Wilson Calvo, o presidente da INB, Carlos Freire Moreira, o vice-almirante Newton de Almeida Costa Neto, diretor-presidente da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (AMAZUL).
Nos pronunciamentos dos participantes da cerimônia o denominador comum foi o entusiasmo pelas pesquisas e atividades que a sinergia entre as instituições gerará para o Programa Nuclear Brasileiro.
Pelo IPEN, estiveram presentes Michelângelo Durazzo, do Centro do Combustível Nuclear (CECON); Marcelo Rocha, gerente do Centro de Engenharia Nuclear (CEENG), Júlio Marumo, gerente do Serviço de Gestão de Rejeitos Radioativos (SEGRR); Maria Helena Sampa, gerente do Núcleo de Inovação Tecnológica (SENIT), Patrícia da Silva Pagetti de Oliveira, coordenadora técnica do Projeto RMB e José Augusto Perrotta, Pesquisador Emérito do IPEN e atualmente colaborador voluntário no Projeto do RMB.
Representando a INB, além de seu presidente, compareceram César Gustavo Silveira da Costa e Edmundo de Aquino Ribeiro Filho, assessores; João da Silva Gonçalves, superintendente de Engenharia do Combustível; Márcio Adriano Coelho da Silva, diretor de Produção do Combustível Nuclear e Renato Vieira da Costa, da Diretoria de Produção do Combustível Nuclear.
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- 16/12/2022 - IPEN realiza o 4º Workshop Anual do Reator de Pesquisa - WARP 4O evento foi realizado no dia 16/12 no Prédio de Ensino do Instituto
O evento foi realizado no dia 16/12 no Prédio de Ensino do Instituto
Na quarta edição do WARP, coordenado pelo Centro do Reator de Pesquisa (CERPQ) do IPEN, pesquisadores destacaram a utilização do Reator IEA-R1 - em operação desde 1957 - em seus vários campos de pesquisa, como a saúde, a indústria, o meio ambiente e a física nuclear.
O objetivo do encontro foi divulgar as atividades realizadas no CERPQ, possibilitando maior interação e colaboração entre os grupos de pesquisa do Instituto.
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- 07/12/2022 - IPEN sedia encontro internacional sobre uso de radiação ionizante e recuperação de resíduos plásticosRepresentantes dos Estados Membros da AIEA na região da América Latina e do Caribe estiveram reunidos para debater spectos técnicos e a viabilidade econômica de projeto
Representantes dos Estados Membros da AIEA na região da América Latina e do Caribe estiveram reunidos para debater spectos técnicos e a viabilidade econômica de projeto
Com a participação de Enrico Mazzoli, como expert da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o IPEN/CNEN sediou, no período de 21 a 25 de novembro, o "Regional Training Course on Scale-Up of Radiation”. O encontro teve como objetivo de apresentar os aspectos técnicos e a viabilidade econômica do Projeto ARCAL CLXXIX (RLA1020) – "Promoting Radiation Technology in Natural and Synthetic Polymers for the Development of New Products, with Emphasis on Waste Recovery”.
O projeto, que em português significa "Promovendo a Tecnologia da Radiação em Polímeros Naturais e Sintéticos para o Desenvolvimento de Novos Produtos, com Ênfase na Valorização de Resíduos”, é coordenado pelo pesquisador Wilson Calvo, do Centro de Tecnologia das Radiações (CETER), superintendente do IPEN e anfitrião do evento.
"A reunião foi excelente, tivemos tempo de abordar temas relacionados à tecnologia, os conceitos teóricos de irradiação e modificação de polímeros, mas, ao mesmo tempo, discutimos a parte mais econômica, mais difícil para os experts técnicos entenderem como ela se insere no conceito de desenvolvimento de uma ideia, de negócio, propriamente”, disse Mazzoli.
Para ele, o fato de a reunião ter sido realizada no IPEN deu a oportunidade aos participantes de visitarem os Centros de Pesquisa e conhecer o que se faz no Instituto. "Isso foi excelente porque, muitas vezes, em vários países, eles têm uma estrutura, uma tecnologia, mas faltam outras. E o Brasil tem um Instituto excelente porque tem muita tecnologia, diferentes aplicações, tem uma incubadora de empresas aqui dentro, que faz exatamente o que a gente tentou falar aqui, de conectar o mercado com os provedores da tecnologia. Então, foi, de verdade, muito bom”, acrescentou Mazzoli.
Calvo fez uma apresentação do projeto, mostrando a expertise do Brasil na área, as instalações do IPEN para a promoção dos objetivos do ARCAL, entre elas o Irradiador Multipropósito de Cobalto-60 e os Aceleradores Industriais de Elétrons, ambos localizados no CETER, e ressaltou que os propósitos do projeto estão relacionados ao escopo do Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), no âmbito do Plano Plurianual- PPA (2020-2023) – Desenvolvimento, Produtividade e Inclusão Social.
No PPA 2020-2023, os desafios do projeto são endereçados no Programa de Política Nuclear (Programa 2206), conduzido por Diretrizes Estratégicas, cuja premissa é promover ciência, tecnologia e inovação e estimular o desenvolvimento, aumentando a produtividade, a competitividade e o sustentabilidade da economia.
Calvo abordou ainda as ações no IPEN, tais como a irradiação por feixes de elétrons na degradação de compostos farmacêuticos e têxteis, e sua a eficácia na remoção de resíduos orgânicos, e apresentou potencialidades econômicas da reciclagem e na modificação de polímeros por radiação gama, feixe de elétrons e raios X, os resultados que se espera alcançar e os novos produtos esperados, em acordo aos objetivos do projeto. Por fim, falou da Unidade Móvel com um acelerador de feixe de elétrons para tratar efluentes industriais e sua reutilização.
De acordo com Calvo, visando ampliar a capacidade nacional de tratar efluentes industriais usando aceleradores de feixe de elétrons, a unidade móvel, adequada a locais a partir de 1m3/h até 1000m3/dia, ou seja, em escala piloto, pode ser eficaz e estratégica nas plantas industrias em grande escala. "Nosso objetivo é difundir e demonstrar essa capacidade e transferir a tecnologia”.
Reunião na Coreia
Ainda no escopo do Projeto ARCAL CLXXIX (RLA1020), Calvo participou do Workshop de Lançamento da Diretriz para Integração da Tecnologia por Feixe de Elétrons na Reciclagem de Polímeros, na cidade de Jeongeup, na República da Coreia, de 17 a 21 de outubro. Na ocasião, fez visitas técnicas ao "Advanced Radiation Technology Institute (ARTI)”, à "Korean Society of Radiation Industry (KSRI)” e ao "Korea Institute of Radiological & Medical Sciences (KIRAMS)”.
"O Workshop apresentou as informações mais recentes relacionadas ao uso da tecnologia por feixe de elétrons na reciclagem de plásticos, com o propósito de lançar uma Diretriz para Integração da Tecnologia por Feixe de Elétrons na Reciclagem de Polímeros Naturais e Sintéticos, a ser adotada nos projetos P&D e Inovação, com a participação da Sociedade Civil, Empresa, das Universidades/ICT's e dos Governos Federal/Estadual, no IPEN-CNEN”, relatou Calvo.
Integração
O ARCAL – Acuerdo Regional de Cooperación para la Promoción de la Ciencia y Tecnologia Nucleares en América Latina y el Caribe é o acordo entre a maioria dos Estados Membros da AIEA na região da América Latina e do Caribe para cooperação técnica e econômica para promover o uso de técnicas nucleares para a paz e o desenvolvimento.
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- 29/11/2022 - CNEN leva aplicações da energia nuclear para a SNCTFonte: CNEN
Acontece de 28 de novembro a 04 de dezembro, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade em Brasília, a 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). O evento, que anualmente é organizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), tem como tema este ano "Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil”.
A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN/MCTI) e 5 de suas unidades – Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD) e o Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste (CRCN-NE) – apresentam diversas aplicações da energia nuclear em benefício da sociedade.
Produção de radiofármacos para diagnóstico e tratamento de vários tipos de câncer, realidade virtual aplicada ao setor nuclear, monitoramento e proteção radiológicos, radiação de gemas voltada para a alteração da coloração e aumento do seu valor comercial são alguns dos usos benéficos da energia nuclear demonstrados no estande da Comissão.
Este ano também está sendo apresentada uma novidade, o Informama, um aplicativo cujos objetivos, dentre outros, são oferecer informações fidedignas de testes de controle de qualidade em mamografias, disponibilizando para profissionais e público em geral, dados sobre fatores de risco, principais sintomas e sinais radiológicos do câncer de mama, diagnóstico precoce, além de serviços de análise da qualidade da imagem da mamografia.
O objetivo da SNCT é estimular a curiosidade e o gosto pela pesquisa, divulgando os resultados e a produção científica do país.
Fotos: Monica Viana, Walber Castro e Ricardo Fernandes
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- 23/11/2022 - IPEN realiza Simulado de Emergência RadiológicaO exercício ocorreu nas instalações do Centro do Combustível Nuclear
O exercício ocorreu nas instalações do Centro do Combustível Nuclear
No dia 23 de novembro, o IPEN realizou um Simulado de Emergência Radiológica nas instalações do Centro do Combustível Nuclear. O objetivo do exercício foi o treinamento de indivíduos ocupacionalmente expostos a eventos inesperados durante a hidrólise do hexafluoreto de urânio enriquecido.
Acompanharam o simulado 3 observadores externos: Eduardo Toyoda e Fábio Suzuki, Supervisores de Radioproteção do IPEN, e Fábio Rinaldi, do Centro Industrial Nuclear de Aramar.
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- 17/11/2022 - IPEN recebe comitiva da FAMBRAS - Federação das Associações Muçulmanas do BrasilNo dia 17 de novembro, o IPEN recebeu a visita do Dr. Mohamed El Zoghbi, Vice-Presidente da FAMBRAS (Federação das Associações Muçulmanas do Brasil) e sua comitiva. Os visitantes foram recepcionados pelo Superintendente do IPEN, Dr. Wilson Aparecido Parejo Calvo, Katia Cristina Iunes Minasian Santos, Coordenadora de Administração e Infraestrutura e representante da Diretora do IPEN, Dra. Isolda Costa, e demais coordenadores do Instituto.
A visita iniciou-se no Espaço Cultural Marcello Damy e seguiu para as instalações do Acelerador de Elétrons e Irradiador Multipropósito de Cobalto-60.
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- 19/10/2022 - Equipe do IPEN vence a primeira edição do HackAtom, competição científica promovida com apoio da RosatomAtividade fez parte do acordo bilaterial IPEN/MEPhI. Próxima etapa é viabilizar a dupla titulação para impulsionar carreira de futuros pesquisadores
Atividade fez parte do acordo bilaterial IPEN/MEPhI. Próxima etapa é viabilizar a dupla titulação para impulsionar carreira de futuros pesquisadores
A equipe HackIPEN, do IPEN, foi a vencedora do Brazil HackAtom, competição científica por equipes com a finalidade de desenvolver ideias sobre um tema relacionado à energia nuclear. Promovida pelo Instituto, em parceria com o Instituto de Engenharia Física (MEPhI) de Moscou e Corporação Estadual de Energia Atômica Rosatom, a disputa envolveu nove equipes de até cinco participantes para a realização de duas tarefas e aconteceu de forma híbrida, nos dias 18 e 19.
Noé Gabriel Pinheiro Machado, Sandro Minarrine Cotrim Schott, Priscila Santos Rodrigues e Maria Eduarda Zaganin Rigo, do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP, e Jabison Rafael de Aguiar Bezerra, graduando de engenharia nuclear e bolsista de inicação científica, foram os vencedores. Em segundo lugar, veio a equipe Hackerspace, com estudantes do Instituto de Física da USP (IFUSP) e também do IPEN, e em terceiro, a Nuclear, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A primeira tarefa foi mais simples. As equipes receberam vários dados brutos de consumo de energia de uma usina nuclear e precisavam analisar esses dados e elaborar um algoritmo que previsse o futuro da usina (em relação ao consumo, não à geração), com escala temporal definida pelos próprios estudantes, desde que coerentes com a proposta. As três primeiras colocadas concluíram o trabalho com êxito, de acordo com Julian Shorto, pesquisador do IPEN e um dos coordenadores do HackAtom.
O desafio maior, segundo Shorto, foi na segunda tarefa, em que as equipes receberam dados brutos de temperatura e pressão uma usina nuclear, durante um período de tempo, e também alguns sinais na instrumentação, como detetores de vibração, e teriam que encontrar a correlação entre esses dados e elaborar uma previsão. "Foi mais difícil, porque, aparentemente, não havia correlação. Eles tentaram, usaram técnicas de inteligência artificial, mas nenhum conseguiu resolver totalmente”.
Shorto atribui a dois fatores: o tempo de 24h para a resolução do desafio – muito curto, na avaliação dele, e o fato de os participantes não terem vivência de uma usina, o que torna missão quase impossível correlacionar dados "sem a prática da vida real”, o que, conforme o pesquisador, "naturalmente indicaria pistas para eles atuarem”. "Para quem não conhece nada de uma usina, ter apenas 24 horas é bem difícil. Eles foram até surpreendentes nos resultados obtidos”, avaliou.
Na reta final, das nove equipes inscritas, apenas quatro se mantiveram na disputa. Shorto acredita que, apesar do pouco tempo para o grau de complexidade dos desafios, o Brazil HackAtom cumpriu seu objetivo, de incentivar o interesse de alunos da física nuclear e de outras ciências exatas e tecnologias pela área nuclear. "O que podemos melhorar, em edições futuras, é o contato com as equipes, talvez oferecendo um tutor para cada uma, por exemplo, e também trabalhar com um pouco mais tempo, antes do evento, sobre questões gerais”.
A equipe de professores foi composta por oito membros, sendo três do IPEN – Shorto, Delvonei Andrade e Luis Antonio Albiac Terremoto. Da Rússia, participaram Dmitry Samokhin, Alex Nakhabov, Dmitry Raspopov, Alla Udalova, Dmitry Savkin. Cada avaliador deu duas notas, uma para o resultado em si e outra para a apresentação da equipe. Ao final, a equipe vencedora obteve maior pontuação com sete dos oito avaliadores.
Parceria promissora
Niklaus Ursus Vetter, gerente de Internacionalização do IPEN, comentou sobre "o estreitamento dos laços acadêmicos entre MEPhI e IPEN”, que, por meio de um acordo bilateral, propiciou intercâmbio de vários alunos de pós e de cursos de pós-graduação da USP ministrados por professores russos em colaboração com docentes do IPEN. "Com a realização do evento HackAtom no IPEN, esse acordo chega a outro patamar. Estamos visando, agora, a dupla titulação IPEN – MEPhI, para oferecer aos alunos um mestrado internacional que possa resultar em um aumento de suas oportunidades de carreira”.
"Para nós, o HackAtom não é apenas um evento para promover a tecnologia nuclear, é uma possibilidade de interagir com os jovens talentosos capazes de apresentar soluções realmente interessantes e inovadoras. Estamos realizando este evento no Brasil pela primeira vez em conjunto com nosso parceiro IPEN e esperamos que o HackAtom se torne nosso evento anual comum e atraia o maior número possível de participantes de diferentes universidades e institutos”, disse Valery Karezin, diretor de Projetos do Escritório de Projetos para o Desenvolvimento da Educação e Cooperação Internacional da Rosatom, após o anúncio dos vencedores.
Ruan Nunes, vice-diretor do Centro Regional da Rosatom para a América Latina, falou sobre a "grande satisfação” de poder promover e acompanhar a primeira edição do HackAtom e destacou a disposição e a participação "notáveis” das equipes. "A capacidade de resolver problemas complexos em 24 horas demonstra o quão preparados são os cientistas e estudantes da área. Nada resta além da dar os parabéns aos participantes, ao IPEN e a MEphi. Vamos aguardar ansiosos a próxima edição no ano que vem”.
Wetter, Karezin, Nunes e Dmitry Savkin, vice-reitor de Relações Internacionais do MEPhI participaram do anúncio dos vencedores. Está programada para o final do mês uma cerimônia de premiação. O HackAtom é realizado fora da Rússia desde 2021, a primeira competição foi organizada na Bulgária e depois em outros países, entre eles, Hungria e Argentina.
Equipes
1o lugar: HackIPEN – Noé Gabriel Pinheiro Machado, Sandro Minarrine Cotrim Schott, Jabison Rafael de Aguiar Bezerra Priscila Santos Rodrigues, Maria Eduarda Zaganin Rigo.
2o lugar: Hackerspace (FUSP/IPEN): Victor Keichi Tsutsumiuchi, Cristhian Ferreira Talacimon, Ícaro Vaz Freire, Ricardo Laranjeira Couro Pitta e Júlio de Oliveira Júnior.
3o lugar: Nuclear (UFRJ): João Victor Faria de Souza, João Victor Sigaud Andrade Guimarães, Gabriel Faria Beserra, William Luna Salgado e Vinícius Souza Pinheiro Silva
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- 17/10/2022 - XXI Workshop da pós em Tecnologia Nuclear debate temas inéditos e homenageia Shigueo WatanabeEvento, que teve transmissão em tempo real, foi considerado 'um sucesso' pelos participantes, com uma programação 'enriquecedora e diversificada', segundo a diretora Isolda Costa.
Evento, que teve transmissão em tempo real, foi considerado 'um sucesso' pelos participantes, com uma programação 'enriquecedora e diversificada', segundo a diretora Isolda Costa.
O XXI Workshop da Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP, realizado na manhã de sexta-feira, 14, mostrou por que continua sendo a principal referência na área nuclear, no Brasil. "Os números indicam o tamanho do Programa”, afirmou o professor Reinaldo Giudici, da Escola Politécnica da USP (Poli-USP), convidado para apresentar o colóquio "Área de Engenharias II: Desafios e Futuros”. De fato, alguns indicadores impressionam: só de alunos ativos são 428, e o total de 91 docentes credenciados.
De acordo com o presidente da Comissão de Pós-Graduação (CPG), Eduardo Landulfo, em termos de metas para o próximos anos, o Programa vai apoiar a participação de alunos e docentes em eventos científicos nacionais e internacionais, a publicação de artigos em periódicos e os trabalhos de campo, além de promover a manutenção de laboratórios e de seu funcionamento interno. Para isso, conta com uma equipe multidisciplinar, cujos integrantes foram citados nominalmente como forma de agradecimento.
"São eles que tocam o dia a dia de toda a área de ensino do IPEN, e eu quero aqui apresenta-los e fazer um agradecimento especial a cada um”, disse Landulfo. Além dele, fazem parte da equipe os pesquisadores Martha Marques Vieira, coordenadora do Centro de Ensino, e Almir Oliveira Neto, vice-presidente da CPG, Elsa Papp, Ilze Puglia, Andressa Santos, Bruna Roque, Érika Martins, Nathalia Kodama, Paula Oliveira, Thiago Hossaka, Paulo Balan, José Paulo Cupertino.
Landulfo também apresentou a prestação de contas dos recursos da CPG, relacionando as demandas e a utilização, o edital de credenciamento 2022, o calendário 2023 e as mudanças encaminhadas para apreciação e avaliação, tais como extensão do prazo de credenciamento para quatro anos, depósito digital de teses e dissertações, artigos como trabalho de conclusão e critérios de credenciamento e recredenciamento.
Colóquios e Prêmio
O professor Ricardo Teixeira, da Faculdade de Medicina da USP (FM-USP), abriu a programação do XXI Workshop apresentando o colóquio "Saúde Mental e Aprendizado”. Ele é o coordenador da Diretoria de Saúde Mental e Bem-Estar Social, vinculada à recém-criada Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP) da USP. Sanitarista com larga experiência no Sistema Único de Saúde (SUS), Teixeira apresentou dados alarmantes: 25% da comunidade faz uso de medicamento psiquiátrico e 50% referiu ter tido problemas de saúde mental no último ano.
Na sequência, o professor Cláudio Schön, da Poli-USP, apresentou o colóquio "A Graduação em Engenharia Nuclear”, que conta com a expertise do IPEN e a disponibilização de seus laboratórios e instalações nucleares. Aprovado em 2020 pelo Conselho Universitário da USP, com 89 votos favoráveis, nenhum contrário e apenas duas abstenções, o curso teve início em 2021, como habilitação do Departamento de Engenharia de Materiais, Metalúrgica e Nuclear.
Falando sobre os desafios e as perspectivas futuras para a área de Engenharias II, Reinaldo Giudici (Poli-USP) começou seu colóquio falando sobre o sistema nacional de pós-graduação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que possui 49 áreas avaliação organizadas em três grandes campos: ciências da vida, exatas e humanidades.
Um dos momentos mais emocionantes do evento foi o anúncio da criação do Prêmio Shigueo Watanabe de Melhor Tese IPEN, com a presença do homenageado, que fez questão de falar, mesmo com sua limitação auditiva. Antes, Isolda Costa, fez um breve relato sobre sua trajetória acadêmica e científica, e destacou a "inestimável” contribuição do professor Shigueo ao ensino e à pesquisa no IPEN. "Eu fico muito contente quando vejo alunos que depois fizeram o curso comigo e continuaram suas carreiras. Muito obrigado a todos vocês”, disse Shigueo Watanabe, antes da foto com seus ex-alunos presentes.
O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, Madison Almeida, também participou do XXI Workshop, compondo a mesa ao lado da diretora substituta do IPEN, Isolda Costa, dos palestrantes convidados e da coordenadora de Ensino, Martha Vieira. O evento, que teve transmissão em tempo real, foi considerado "um sucesso” pelos participantes, com uma programação "enriquecedora e diversificada”, segundo as palavras de Costa.
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- 30/09/2022 - Com apoio da Agência Internacional de Energia Atômica, IPEN promove curso sobre Segurança CibernéticaParticipantes abordaram a eficácia dos sistemas de segurança computacional e de medidas que fornecem proteção às instalações, essencial para a área nuclear no Brasil.
Participantes abordaram a eficácia dos sistemas de segurança computacional e de medidas que fornecem proteção às instalações, essencial para a área nuclear no Brasil.
A resposta a incidentes de segurança computacional é um aspecto importante da Segurança Nuclear, especialmente se considerarmos que os sistemas computacionais estão cada vez mais suscetíveis a ataques cibernéticos. Foi com a proposta de aprimorar os processos de gestão de incidentes cibernéticos nas organizações da área nuclear que o IPEN/CNEN solicitou à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) o CyberSecurity Incident Response Team (CSIRT), encerrado nesta sexta-feira, 30.
Durante toda a semana, 23 participantes representando sete instituições participaram do treinamento técnico, que teve como focos os guias da AIEA e as boas práticas internacionais de resposta a incidentes de segurança computacional, voltados às instalações nucleares e radiativas, vitais para desenvolver e aprimorar as práticas de gestão. O curso foi baseado no documento intitulado Computer Security Incident Response Planning at Nuclear Facilities e incluiu conceitos da Nuclear Security Series (NSS), ambos da AIEA.
De acordo com Paulo Henrique Bianchi, chefe Serviço de Gestão de Redes e Suporte Técnico e coordenador pelo IPEN/CNEN, a iniciativa de promover o treinamento partiu do superintendente do Instituto, Wilson Calvo, por meio de tratativas iniciadas ainda em 2021 com Rodney Busquim e Silva, da Divisão de Segurança Nuclear da AIEA. "É um tema de extrema relevância para a área nuclear no Brasil, visto que os ataques cibernéticos estão aumentando cada vez mais, inclusive tendo como alvo órgãos governamentais”, disse.
Bianchi ressaltou o interesse do IPEN/CNEN, ao buscar essa parceria com a AIEA, de proporcionar a formação de recursos humanos especializados em Segurança Computacional "para termos condições de nos defender destas ameaças”. As expectativas se confirmaram: os participantes abordaram, no treinamento, a eficácia dos sistemas de segurança computacional e de medidas que fornecem proteção às instalações. Além disso, aprenderam como avaliar a capacidade de responder a incidentes de segurança computacional.
"Esperamos, com o término do curso, que os participantes estejam capacitados a aprimorar os processos de gestão de incidentes cibernéticos dos seus órgãos, com base nas melhores práticas sugeridas pela AIEA. Além disso, a realização do curso promoveu a cultura de segurança cibernética, reforçando aos participantes a grande importância da segurança computacional, que podem se tornar multiplicadores desta cultura em seus órgãos de origem”. Afirmou Bianchi.
Para Rodney Busquim e Silva, um dos instrutores, chamou a atenção o engajamento dos alunos, segundo ele "foi muito acima do esperado”. "Eles tiveram a oportunidade de assistir a aulas de instrutores internacionais e também de realizarem exercícios práticos em dois ambientes distintos: o ambiente hospitalar e uma planta nuclear. O ponto alto do treinamento foi no penúltimo dia [quinta-feira, 29], quando fizemos um exercício realista e imersivo durante todo o dia, onde puderam aplicar o conhecimento obtido no período do curso”, salientou.
Silva também mencionou o "fantástico apoio” do IPEN na execução do exercício, "inclusive permitindo que os alunos tivesses oportunidade de visitar o reator [IEA-R1] do Instituto e conversar a respeito de como uma instalação nuclear opera”. Além dele, também foram instrutores Ricardo Paulino Marques, da Escola Politécnica da Universidade de SãoPaulo (Poli/USP), Francesca Soro, do Austrian Institute of Technology (Áustria), Christophe Martin, da Électricité de France (França), e Gustavo Berman, da Comisión Nacional de Energía Atómica (Argentina).
Outro aspecto interessante do curso foi o fato de os participantes terem formações diversas. Não houve restrições quanto ao tipo de vinculação com o órgão de origem, isto é, puderam participar servidores, terceirizados e alunos da pós-graduação, que atuam ou possuem interesse no tema.
"Consideramos que a cultura de segurança cibernética, para ser efetiva, deve ser promovida para todos os colaboradores da empresa, sem distinção”, argumentou Bianchi. Para ele, durante o curso, ficou evidente a necessidade de envolver mais profissionais das áreas de Instrumentação e Controle e de Tecnologia Operacional (TO) nas atividades e treinamentos relacionados à Segurança Computacional, tendo em vista que cada vez mais dispositivos considerados críticos para a operação de instalações nucleares e radiativas estão se tornando digitais e conectados a dispositivos de Tecnologia da Informação (TI).
"Sempre vigilantes”
O analista em ciência e tecnologia do IPEN/CNEN e profissional de TI, Anderson Andrade, foi um dos participantes e destacou a importância do CSIRT devido ao aumento da presença das empresas no meio digital, que por consequência, acabam sendo alvos e podem sofrer incidentes de segurança Digital. "Além, é claro, do ganho de consciência e maturidade por parte das organizações quanto às necessidades de práticas de gerenciamento de riscos nessa área”, afirmou.
Andrade mencionou novas leis que têm surgido, como a Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD 13709/2018, a fim de nortear a maneira como as organizações passam a tratar e proteger suas informações e de seus clientes. "Um CSIRT pode exercer tanto funções reativas, quanto proativas, auxiliando na proteção e segurança das organizações. Para os serviços reativos, podemos citar alertas de segurança, tratamento de vulnerabilidades, de incidentes de segurança e de artefatos, como worms, vírus, trojans, ransonwares, entre outros”.
No caso do Risco de Incidente de CyberSegurança Nuclear, Andrade avalia que há um risco maior relacionado aos ambientes de OT Operational Tecnology, "que podem ser afetados indiretamente por ações maliciosas e criminosas como hacker-ativismo, sabotagem, espionagem industrial e por aí vai. Também podem gerar falhas em sistemas críticos dos reatores de pesquisa e potência, além de causar diversos problemas similares em hospitais e clínicas que utilizam terapias nucleares. Por isso, temos que estar sempre vigilantes, atentos”.
Ele cita que o treinamento ofereceu a possibilidade de se trabalhar com um caso que pode se enquadrar em uma situação real. "Nos deparamos com uma circunstância em que um simples pen-drive causou um impacto de alguns milhões de dólares, além de criar riscos nucleares e contra a vida de diversos funcionário da Usina Nuclear estudada”, ressaltou. Para Andrade, ao oferecer o curso, "o IPEN demonstra seu protagonismo e antecipação de ocorrências, se preocupando sempre com o bem-estar de seus colaboradores e com a população em geral”.
Paulo Bianchi mencionou o "apoio essencial” da Fundação de Apoio e Fomento à Inovação Tecnlógica Pesquisa e Ensino – FAFITPE, "sem a qual o evento não teria sido possível”. Ao final, em nome da organização do evento, por parte do IPEN e da AIEA, agradeceu também à equipe da Comunicação Social, à Diretoria do Instituto e à Superintendência, bem como às suas secretarias, à COPLG e aos colaboradores do SEGRS que tanto nos ajudaram na organização do evento.
Ao final, o gurpo teve a oportunidade de conhecer o Reator Nuclerar de Pesquisas IEA-R1, do IPEN, em operação desde 1957, quando atingiu sua primeira criticalidade.
"Memorável oportunidade"
Nas boas-vindas aos instrutores e participantes, a diretora substituta do IPEN, Isolda Costa, e o superintendente Wilson Calvo comentaram brevemente sobre o Instituto, seu pioneirismo e liderança em pesquisas nucleares no Brasil. Costa disse que era "um prazer recebê-los" e "uma honra" para o Instituto proporcionar um curso tão importante com apoio da AIEA.
Calvo mencionou alguns indicadores, destacando os mais de 3 mil titulados no Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP e a consolidação de pesquisas e de tecnologias nucleares aplicadas à saúde, indústria, agricultura e meio ambiente. "É uma oportunidade memorável de troca de experiências e conhecimento na área de segurança computacional para instituições nucleares".
Instituições participantes
Além do IPEN, o treinamento contou com a presença de representantes da própria Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD/CNEN), das Indústrias Nucleares do Brasil S.A. (INB), da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (Amazul), da Eletronuclear e do Centro Tecnológico da Marinha de São Paulo (CTMSP).
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- 19/09/2022 - Participação do IPEN na Campanha do Agasalho 2022O último lote de agasalhos doados pela comunidade do Instituto foi entregue em 02 de setembro na Cruz Vermelha
O último lote de agasalhos doados pela comunidade do Instituto foi entregue em 02 de setembro na Cruz Vermelha
O IPEN-CNEN, em parceria com a Cruz Vermelha São Paulo, participou ativamente da Campanha do Agasalho 2022.
Foram enviados ao todo 4 lotes de roupas e cobertores no âmbito do Instituto que a Cruz Vermelha distribuiu pessoas em situação de vulnerabilidade.
A organização da campanha, no âmbito institucional, ficou por conta de Fabio Menani, da Coordenação de Planejamento e Gestão (COPLG) que disponibilizou 10 pontos de coletas distribuídos pelo Instituto.
A ação teve como objetivo a arrecadação de roupas como calças, camisetas e, principalmente, agasalhos, além de cobertores em bom estado que foram doados às famílias necessitadas. A organização da campanha no IPEN-CNEN agradece atodos que colaboraram.
Segundo Menani, "O frio desse ano foi muito intenso e a contribuição da comunidade IPEN em conjunto com a colaboração das equipes do Protocolo e de Transportes foram essenciais para o êxito da ação. Gostaria de agradecer à
todos pelo espírito solidário, juntos fomos capazes de ajudar a amenizar o frio de pessoas e famílias mais necessitadas”.Segundo a Cruz Vermelha, foram arrecadadas mais de 90 toneladas em doações que beneficiaram uma população de aproximadamente 46 mil pessoas.
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- 01/09/2022 - 'Pertencimento, parceria e propósito são os pilares que melhor representam o IPEN', diz ministro Paulo AlvimSessão solene comemorativa, com a presença de autoridades, ocorreu nesta última quarta-feira (31), no Auditório Prof. Dr. Rômulo Ribeiro Pieroni
Sessão solene comemorativa, com a presença de autoridades, ocorreu nesta última quarta-feira (31), no Auditório Prof. Dr. Rômulo Ribeiro Pieroni
Pertencimento, parceria e propósito. Foram esses os três pilares que mais representam o IPEN-CNEN, na visão do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim. Na cerimônia pelo 66º aniversário do Instituto, após assistir à apresentação da linha do tempo do Instituto – sua fundação, conquistas e as perspectivas para o futuro –, Alvim destacou a contribuição "inestimável” do IPEN para ciência brasileira na área nuclear e reafirmou o compromisso com a continuidade do empreendimento do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).
"Esses momentos de celebração e reconhecimento nos dão muito orgulho. Os nossos heróis da ciência precisam ser reconhecidos. O que se faz, num espaço como o IPEN, são trabalhos que não têm hora nem dia e cuja contribuição fica para a posteridade. São 66 anos de muita contribuição”, declarou o ministro, pontuando os três pilares que fazem do IPEN a instituição de referência que é para o Brasil. "Todas as pessoas que passam por aqui têm o conceito de pertencimento, por isso se dedicam, contribuem e continuam trabalhando como voluntários”.
O segundo "p” elencado por Alvim é de parceria: "Essa é uma instituição que pratica parcerias. Aqui, parceria é a palavra-chave”, acrescentou o ministro, em alusão aos projetos de arraste que o IPEN desenvolve em colaborações nacionais e internacionais. O ministro foi enfático ao mencionar o terceiro pilar: "propósito”. "Essa é uma instituição que tem um propósito. Não apenas de avanço, é mais do que isso. Quando vemos os cinco pontos de pesquisa do IPEN, vemos como a sociedade evoluiu”, completou.
Alvim se referia aos cinco focos de atuação do IPEN mencionados pela diretora substituta, Isolda Costa, em sua apresentação "Passado, Presente e Futuro”. Por fim, o ministro se dirigiu a José Augusto Perrotta – pesquisador emérito do IPEN e engenheiro que concebeu o projeto do RMB, garantindo os esforços para assegurar o fluxo estável e permanente de recursos, visando a implementação do empreendimento, que, segundo ele, é fundamental para o País.
"É uma estrutura de conhecimento do Estado, e precisa ser tratado como tal. E estamos nessa missão. O RMB não é relevante apenas para o IPEN, é para a pesquisa do País. É uma infraestrutura que vai transbordar conhecimento”, disse o ministro, lembrando que, atualmente, há uma posição favorável da comunidade científica brasileira em favor dos investimentos para o projeto – a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) aprovou, em sua última Assembleia Geral (no mês de julho), a Moção "Independência tecnológica e soberania nacional na área de radiofármacos e a finalização do RMB”.
Linha do Tempo – Passado
Para iniciar a cerimônia, Isolda Costa fez apresentação sobre a história do IPEN-CNEN, destacando as pesquisas e tecnologias desenvolvidas durante os 66 anos do Instituto. Também mencionou os 60 anos da então Divisão de Metalurgia Nuclear, hoje Centros de Tecnologia dos Materiais (CECTM), e Divisão de Engenharia Química, atual Centro de Química e Meio Ambiente (CEQMA).A tônica foram as conquistas nas seis décadas, até o momento atual, começando pela criação da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), em 1956, do Instituto de Energia Atômica (IEA), em 1957, até sua mudança para IPEN, em 1970. Entre as conquistas da década de 60, destaque para o início dos estudos de purificação do urânio (1960), da produção de radiofármacos de forma rotineira (1962) e da fabricação de elementos combustíveis para todos os reatores nacionais (1964).
Na década de 70, Costa mencionou o estabelecimento de novas linhas de pesquisa
sob a liderança do professor Shigueo Watanabe (1972), o início do programa das aplicações das radiações na indústria e engenharia (1972), a criação do Centro de Processamento de dados do Instituto (1974) e da Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear em associação com a USP (1976).Nos anos 80, começou o projeto de conversão de urânio (1980), início da produção dos geradores de Tecnécio-99 (1982), atuação no acidente radiológico com o Césio-137 em Goiânia (1987) – o IPEN foi o primeiro ator presente no local e a inauguração do Reator de potência zero, IPEN/MB-01 (1988).
Na década seguinte, houve uma "mudança de paradigma”, com destaque para a Integração das atividades de pesquisas ambientais, marco do atual Programa de Meio Ambiente do Instituto (1996), a irradiação na agricultura (1996), a conclusão do projeto de modernização do IEA-R1, que chegava a 40 anos de atividade (1997) e a instalação do Cíclotron de alta energia (1999), dentre outros.
Os anos 2000 foram marcados pelo início do programa de células a combustível (2000), a inauguração do Irradiador Multipropósito de Cobalto-60, uma tecnologia 100% nacional (2004), e do Laboratório de Laser de Altíssima Potência (2005), a marca de 1 mil teses e dissertações defendidas (2009) na pós-graduação e a inauguração do Espaço Marcello Damy (2010).
De 2011 a 2018, o IPEN foi muito longe: chegou à marca do 100º elemento combustível produzido para o Reator IEA-R1 (2011), criou o Prêmio de Inovação Tecnológica (2014) e a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de São
Paulo IPEN/USP consolida-se com 109 empresas incubadas e 264 patentes e
marcas protocoladas (2014).Em 2016, os 37 radiofármacos do IPEN são protocolados na Anvisa. Em 2018, o Instituto desenvolveu a arquitetura do Projeto da Unidade Móvel de Radiação, foi contemplado em Edital da FAPESP para a modernização institucional e aquisição do SNOM e teve seu Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde aprovado na CAPES.
De 2019 a 2022
Em 2019, o IPEN produz 19 elementos combustíveis para o Reator IPEN/MB-01, um feito inédito. O ano de 2020, quando foi decretada a pandemia da Covid-19, o Instituto protagonizou uma série de ações de enfrentamento, entre eles, a esterilização de equipamentos de proteção individual (EPIs), em colaboração com outros órgãos e entidades, e a inativação do SARS-CoV-2 por radiação ionizante para a fabricação de soro anti-Covid-19, em parceria com o Instituto Butantã.Neste ano, chegou ao Centro de Lasers e Aplicações o equipamento SNOM, o que há de mais avançado em microscopia sub-nano a laser. Em colaboração com a Poli-USP, foi aprovada a Graduação em Engenharia Nuclear. Além desses feitos, foi firmado acordo com a Nissan para desenvolvimento de um veículo movido por Célula a Combustível de Óxido Sólido (SOFC). Em 2021, a incrível marca de 3 mil teses e dissertações defendidas no Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear.
O futuro
Ao projetar o futuro do Instituto, Costa seguiu com a temática do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), tema do colóquio e razão da homenagem a José Augusto Perrotta, com sua indicação como Pesquisador Emérito, no primeiro dia de comemoração ao 66º aniversário do IPEN-CNEN, terça-feira, 30."Acreditamos que o RMB é o futuro e queremos dar continuidade a esse projeto, que possibilitará a produção de radioisótopos para mais de 30 tipos diferentes de radiofármacos, vai dobrar, imediatamente, o número de procedimentos anuais em medicina nuclear e garantir a estabilidade do fornecimento de radioisótopos no País, além de contribuir para a ampliação do número de clínicas e hospitais que oferecem serviços em medicina nuclear e promover economia de mais de 15 milhões de dólares por ano com custos de importação”, pontuou a diretora substituta.
Costa acrescentou que tanto o projeto RMB quanto os trabalhos anteriores do Instituto têm sido realizados "tendo em vista a missão do IPEN”. "É o compromisso com a melhoria da qualidade de vida da população brasileira: produzindo conhecimentos científicos, desenvolvendo tecnologias, gerando produtos de maneira segura e formando recursos humanos para a área nuclear”, destacou.
Antes da sessão solene, Costa e o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, Madison Almeida, representando o presidente Paulo Pertusi, receberam o ministro Alvim, sua comitiva e demais convidados no espaço cultural Marcelo Dammy. Na sequência, para conhecer as instalações do Reator IEA-R1, no Centro do Reator de Pesquisas (CRPq), onde foram recebidos pelo gerente da área, Frederico Genezini.
Após a visita ao Reator, foi dado início à sessão solene, com execução do hino nacional brasileiro e a formação da mesa de honra, com a presença de Costa, Alvim, Almeida, e da professora Maria Arminda do Nascimento Arruda, vice-reitora da USP, Zeina Latif, secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, vice-Almirante (EN) Guilherme Dionízio Alves, diretor do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), vice-almirante Newton de Almeida Costa Neto, diretor-Presidente da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S. A. (AMAZUL), e Sergio Freitas de Almeida, secretário Executivo do MCTI.
Missão e parcerias
Representando o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior, Arminda ressaltou a missão do Instituto e o notável "respeito em relação ao IPEN, por cumprir uma importantíssima missão que engrandece esse país”. "É a aplicação generosa dos resultados da pesquisa, na área da saúde, do meio ambiente e, ao mesmo tempo, sem se descurar da importância da ciência para a mudança e o desenvolvimento do país”, acrescentou.A secretária Zeina Latif ressaltou dois fatores do Instituto que chamaram a atenção. O primeiro foi "a clareza da missão do IPEN. Segundo ela, "isso não é tão presente nesse chamado ecossistema de inovação”, mas é um fator fundamental.O segundo fator é as parcerias: "tenho convicção que essas parcerias são essenciais.Quanto mais aprofundarmos essas parcerias, mais eficiente vai ser todo o investimento feito”
Latif também disse que o objetivo é aumentar essas parcerias e que espera que a visita seja o início de uma jornada de estreitamento das relações com o IPEN-CNEN. Por último, ressaltou o caráter inovador das pesquisas do instituto e disse pretender "usar da melhor forma o serviço público” e "trazer o setor privado” para atuar em conjunto.
Também falando sobre as parcerias, Almeida Costa destaca o vínculo com o IPEN-CNEN, como uma das formas de "superar uma série de dificuldades da cultura do país, para que a população entenda a importância das pesquisas realizadas no instituto”. "A história do IPEN sempre foi focada no limite da ciência e da tecnologia, daquilo que é o avanço, que não tem de onde tirar”, acrescentou.
Dionízio Alves ressaltou a importância da parceria existente entre a Marinha e o IPEN, que vem de "mais de quatro décadas”. Também destacou as qualidades e importância das competências do Instituto, como o domínio dos ciclos do combustível e do urânio. "Poucos têm, no mundo”, enalteceu
Madison Almeida mencionou que o IPEN é o maior instituto da América Latina edestacou todas as atividades do Instituto, que atribuiu ao legado do professor Marcelo Dammy."Hoje todos estão em prol da missão e, mais do que isso, da visão do IPEN. A CNEN é muito grata ao IPEN. Sempre lembramos e passamos para a sociedade e demais autoridades que o IPEN tem o seu famoso núcleo, seus 11 centros de pesquisa. Se o IPEN tem hoje os reatores nucleares, os aceleradores de partículas de elétrons e seus irradiadores gama, também tem as tecnologias correlatas intermediando a área nuclear. São inúmeras possibilidades”, disse.
Homenagens
Dando sequência ao evento, foi realizada uma "homenagem in memoriam” aos 19 servidores falecidos entreagosto de 2021 e agosto de 2022. Em seguida, o ministro Alvin entregou certificado de menção honrosa ao pesquisador Lalgudi Ramanathan, em nome dos aposentados, e a Mitiko Saiki e Rajendra Narain Saxena, representando os colaboradores voluntários após a aposentadoria. Após o pronunciamento do ministro, a solenidade foi encerrada.-------
Leonardo Novaes, estagiário
(Com supervisão) -
- 31/08/2022 - 'Não desisti da minha missão na área nuclear e não abandonei o RMB', diz Perrotta, em celebração no IPENAposentado recentemente, ex-coordenador técnico do empreendimento é homenageado com o título de Pesquisador Emérito do IPEN no primeiro dia de ecelebração dos 66 anos de fundação do Instituto
Aposentado recentemente, ex-coordenador técnico do empreendimento é homenageado com o título de Pesquisador Emérito do IPEN no primeiro dia de ecelebração dos 66 anos de fundação do Instituto
"Não desisti da minha missão na área nuclear, não renunciei ao meu conhecimento adquirido e não abandonei a implantação do Empreendimento RMB. É uma forma de mudança de atitude para uma busca de soluções. Penso que devo me posicionar em defesa dos nossos ideais, das nossas instituições, da preservação da ética, da competência e da meritocracia nessa nossa área estratégica e importante da tecnologia nuclear.”
A afirmação é do engenheiro José Augusto Perrotta, a propósito de sua aposentadoria "não programada” e a consequente saída da coordenação técnica do Projeto Reator Multipropósito Brsileiro (RMB). Homenageado pelo IPEN/CNEN como "Pesquisador Emérito” no primeiro dia de celebrações do 66º aniversário do Instituto, terça-feira, 30, Perrotta fez um discurso emocionado e contundente sobre sua carreira e a importância do empreendimento para o Brasil.
Dizendo-se preocupado com "o futuro da instituição, do projeto RMB e da área de tecnologia nuclear do País", Perrotta mostrou os "números superlativos” do empreendimento: o investimento necessário de US$ 500 milhões, o terreno de 2 milhões de m2 com uma área de proteção ambiental de 730 mil m2, um reator de pesquisa de 30 MW e laboratórios de processamento e manuseio de radioisótopos, de feixe de nêutrons, de análise por ativação neutrônica e de análise pós-irradiação de combustíveis e materiais.
"São mais de 20 instalações suporte, mais de 60 mil m2 de construções e 10 Km de vias internas”, ressaltou Perrotta. E os números superlativos não param por aí. De acordo com Perrotta, já foram produzidos mais de 16 mil documentos de engenharia, com mais de 2 milhões de homens-hora de engenharia, mais de 2.500 reuniões técnicas realizadas e quatro projetos de encomenda do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e um total investido de R$ 280 milhões.
O pesquisador também mencionou as 10 mil mudas de árvores nativas plantadas para recomposição de mata ciliar do Ribeirão do Ferro, que corta o sítio do RMB, ratificando a preocupação para que o empreendimento seja "ambientalmente correto”, um dos pilares de sustentabilidade do projeto. Perrotta destacou a "grande missão” do RMB, de ser nuclear em dois sentidos, o de embrionário de um grande centro de pesquisas e tecnologia, na área nuclear.
"O RMB não é apenas o projeto de construção de um reator de pesquisa, mas sim, a exemplo do que ocorreu com a implantação do reator IEA-R1 para o IPEN, é o estabelecimento de um grande centro de tecnologia nuclear que nasce com a construção do reator de pesquisa e instalações associadas. Ele é efetivamente um projeto de arraste e estruturante para o Programa Nuclear Brasileiro. Ao redor do reator se expandirão laboratórios, conhecimento, desenvolvimento tecnológico, formação de recursos humanos, inovação e suprimento da sociedade com os produtos e serviços que trazem consigo os benefícios da utilização pacífica da energia nuclear”.
Em seu discurso, Perrotta fez um retrospecto da carreira e comentou que o interesse pela área nuclear surgiu quando ainda era criança, aos 10 anos. "Me lembro, ainda criança, talvez uns 10 anos, moleque de rua – eu vivia na rua jogando bola, soltando pipa –, no bairro do Engenho Novo, no Rio de Janeiro, que, numa dessas resenhas da molecada, veio a pergunta "o que eu seria quando crescesse”. Lembro, perfeitamente, até hoje, essa cena, e eu disse sem hesitar ENGENHEIRO NUCLEAR!!”, exclamou.
Vocação predestinada
Prestes a completar 69 anos (28 de outubro), Perrotta nasceu no "Dia do Funcionário Público” e dia de São Judas Tadeu, o santo das causas impossíveis, no mesmo ano do lançamento do Programa Átomos para a PAZ (8 de dezembro de 1953). Três anos depois, em 1956, veio a criação da CNEN, e, em 1957, a fundação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e do Instituto de Energia Atômica (IEA), atual IPEN. "Portanto, nasci na era da aplicação da energia nuclear para fins pacíficos em benefício da sociedade”, brincou.O pesquisador acredita ter nascido com a missão de atuar na área nuclear e de contribuir para esse fim. "A vida sempre me encaminhou nesse caminho. Vários foram os sinais de estímulos a perseverar, não desanimar, e os apoios e cuidados recebidos para que isso ocorresse foram muitos”, afirmou. Perrotta fez questão de mencionar que sempre estudou em escolas públicas, do então primário à faculdade, tendo se formado em dezembro de 1977 como engenheiro civil, no Instituto Militar de Engenharia (IME – Rio de Janeiro).
Em janeiro de 1978, casou-se com Rosângela, presente na cerimônia, e brincou que nem teve tempo de curtir o momento. "Nem tivemos lua de mel, pois já estava fazendo o mobralzinho do PRONUCLEAR para mestrado em Engenharia Nuclear no próprio IME. Ganhei a bolsa e fiz o mestrado especial que dava o direito de ir fazer doutorado nos Estados Unidos, mas preferi concluir no País”. Perrotta dedicou um agradecimento especial à esposa, a quem "deve grande parte do sucesso da carreira”.
Carreira de sucesso
O pesquisador mencionou sua passagem pelo Departamento do Combustível Nuclear de Furnas, onde acredita ter feito um trabalho "marcante” e "fantástico”, que se tornou metodologia padrão de Furnas para as curvas operacionais de valores de reatividade de barras de controle do reator. Gostava do trabalho, mas, após a morte do pai, a quem ajudava na função de jornaleiro, aceitou mudar para São Paulo e trabalhar no Programa Autônomo de Tecnologia Nuclear (PATN) e no IPEN.Com os dois filhos ainda pequenos – Gabriela tinha 3 anos e o André ainda não havia completado um ano – e sabendo que seria uma dificuldade maior para a esposa Rosangela, tinha consciência do grande desafio que lhe esperava, no auge de seus 29 anos. "Era para trabalhar no desenvolvimento autônomo da tecnologia nuclear nacional. Hoje tenho certeza de que esse era meu destino e foi uma decisão acertada”, disse, referindo-se à tarefa de projetar o combustível e o núcleo do reator de propulsão naval.
Foi na metade dos anos 90, em decorrência da famosa "pá de cal” no PATN, que passou a se dedicar à Divisão de Engenharia do Núcleo do Departamento de Reatores do IPEN (RT) e concluiu seu doutorado, sob a orientação de José Rubens Maiorino. "E convidamos, não por acaso, o Dr. Rex Nazareth, principal responsável do PATN, a fazer parte da banca da minha defesa”, afirmou. No final da década, ajudou na criação do Centro de Engenharia Nuclear, tendo sido o primeiro gerente eleito pelos pares no IPEN.
Em 2002, foi convidado a trabalhar na Seção de Segurança de Reatores de Pesquisa da AIEA, em Viena, onde atuou no esforço inicial do trabalho conjunto dos Departamentos de Segurança, de Energia e de Aplicações para organização de guias, documentos técnicos e serviços sobre os reatores de pesquisa para suporte aos países membros da Agência. "Hoje existem mais de cem documentos emitidos e vários serviços disponíveis aos países membros. O RMB também utiliza alguns desses documentos da IAEA”.
Em 2003, voltou ao Brasil para contribuir na estruturação do Programa de Células a Combustível, aglutinando os vários grupos técnicos que estavam se desenvolvendo na área. "Ganhamos projeção nacional e, através do MCTI, fomos indicados coordenadores do Programa Nacional de Células a Combustível (PROCAC) em projeto de encomenda através da FINEP”, contou.
Perrotta também falou de sua passagem pela Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Material Nuclear (ABACC), onde coordenou o desenvolvimento e a qualificação do método inovador de amostragem de UF6 em plantas de enriquecimento para determinação de teor isotópico. "Denominamos esse método de ABACC-Cristallini em homenagem ao Dr. Osvaldo Cristallini que trabalhava conosco. Esse é um fato relevante para a ABACC”.
No seu retorno ao IPEN, passou a dirigir projetos especiais. Segundo Perrotta, a cronologia dos fatos de certa forma o empurrou para o que considera o grande projeto de sua carreira profissional e talvez a grande missão que teria a realizar e para a qual foi preparado ao longo dos vários anos de trabalho: o Projeto RMB. No Programa de Ação Em Ciência Tecnologia e Inovação (PACTI 2007-2010) do então MCT, havia destaque para a área nuclear com a recomendação de construir um reator para autonomia nacional na produção dos radioisótopos para a medicina nuclear.
Liderado pela Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD) da CNEN, o projeto seria tocado por líderes e executores oriundos dos institutos da CNEN e a parceria do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP). Perrotta foi designado como coordenador de gestão e coordenava os trabalhos dos vários especialistas. Chegou a ser titular da DPD de julho de 2011 a outubro de 2012, concomitantemente, e, pela função de direção, tornou-se membro do Conselho Superior do IPEN.
"Como diretor da DPD fui designado Membro do Conselho Superior do IPEN e contribuí para a renovação do convênio CNEN-IPEN-SDE-SP-USP que é de grande importância à CNEN, ao IPEN e ao RMB”, disse Perrotta. Para ele, "muito foi realizado no projeto RMB, mas, ainda, aquém do que foi inicialmente planejado”. Essa realização – COMPLEMENTA – existiu por vontade dos muitos que apoiaram o projeto desde seu início,” como é o caso do IPEN, instituição líder do projeto”.
Antes de encerrar seu discurso com os agradecimentos, Perrotta mencionou a expansão do acordo de parceria com a empresa de engenharia Amazônia Azul (AMAZUL), também da Marinha, em 2017, para apoio na implantação de engenharia do empreendimento. Citando algumas das realizações do empreendimento, afirmou que, nos últimos sete anos, a falta de recursos financeiros e a falta de apoio efetivo e político contribuíram para que a construção do RMB não fosse iniciada.
Por fim, agradeceu os pares, afirmando que "todos os trabalhos e realizações se devem ao grupo de pessoas, técnicos, e especialistas que comigo trabalharam”. Perrotta lembrou de apoiadores do projeto "que nos deixaram ao longo do caminho”, entre eles, Afonso Aquino, que foi colaborador na área de comunicação do RMB, fez uma saudação especial ao atual superintendente do IPEN, Wilson Calvo, e agradeceu à diretora substituta, Isolda Costa, e aos ex-superintendentes Claudio Rodrigues e Spero Morato, "entre outros de igual importância”.
Emocionado, dirigiu-se à espoca Rosângela, com quem está casado há 44 anos, dizendo que tudo que fez ou pode fazer profissionalmente foi porque teve o seu incentivo e suporte. "Toda vez que decidi mudar de serviço e cidade, viajar por longos períodos e me dedicar à minha profissão tive seu apoio e compreensão. Eu ficava tranquilo sabendo que ela realizava todo o necessário para cuidar de nossa família. Grande parte do sucesso da minha carreira se deve a você Rosangela. Muito Obrigado! Beijo”.
Também foram citados os filhos Maria Gabriela e André e as netas Isabella e Valentina, presentes na cerimônia, "por nos dar brilho nos olhos”. Fez um agradecimento à mãe, dona Maria, ainda viva, 99 anos) e à irmã Carmen, que sempre o ajudaram e o acolheram nas idas de trabalho ao Rio de Janeiro. "Casa da mamãe é hotel 10 estrelas”, brincou.
Encerrou com uma dedicatória especial: "Gostaria também de dedicar essa homenagem de pesquisador emérito ao meu pai. Imigrante italiano, na década de 30, ainda jovem, foi de verdade um grande brasiliano que criou raízes, constituiu família e contribuiu para o crescimento do país através do seu trabalho honesto e dedicado, e na criação e educação da geração que o sucedeu. Meu orgulho e admiração por ele, a quem dedico essa homenagem”.
"Perrotta é Multipropósito”
Antes de Perrotta receber o diploma de Pesquisador Emérito, coube ao amigo e testemunha de sua dedicação ao RMB e à área nuclear brasileira, Francisco Rondinelli Júnior apresentar o homenageado aos presentes. Atual coordenador geral de Aplicações das Radiações Ionizantes da CNEN, Rondinelli mencionou aspectos da carreira de Perrotta e ressaltou o fato de ele ser oriundo da rede pública de ensino, um exemplo "do mérito do ensino público brasileiro”.Enquanto elencava os trabalhos realizados por Perrotta, Rondinelli brincou dizendo que "Perrotta é multipropósito”, levando a plateia ao riso. Destacou que o homenageado foi o engenheiro que concebeu o RMB e que "o desenho do seu pensamento” está preservado em um quadro e deve ser guardado para a posteridade. Mencionou ainda outros prêmios e honrarias concedidos a Perrotta e encerrou dizendo que ainda "faltam 30 páginas a serem preenchidas com coisas a fazer”, elogiando a "forma humana com a qual Perrotta dedicou ao País”.
A celebração do 66o aniversário do IPEN continua na quarta-feira, 31, com a presença do ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, da secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo (SDE/SP), Zeina Latif, do diretor-Presidente da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S. A. (AMAZUL), vice-almirante (EN) Newton de Almeida Costa Neto, do secretário Executivo do MCTI, Sergio Freitas de Almeida, do titular da DPD/NEN, Madison Coelho de Almeida, do diretor do CTMSP, vice-almirante (EN) Guilherme Dionízio Alves e da vice-reitora da USP, professora Maria Arminda do Nascimento Arruda.
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Texto: Ana Paula Freire
Colaborou Leonardo Novaes, estagiário -
- 03/08/2022 - Curso de Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde inicia sua 4ª turmaA recepção aos novos alunos se deu na tarde de 3 de outubro, no prédio de Ensino e marcou a retomada das aulas presenciais do curso
A recepção aos novos alunos se deu na tarde de 3 de outubro, no prédio de Ensino e marcou a retomada das aulas presenciais do curso
A física Denise Zezell, coordenadora do Curso de Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde e pesquisadora do Centro de Lasers e Aplicações do IPEN, abriu a cerimônia de abertura para a quarta turma informando sobre a retomada das aulas presenciais após o período mais agudo da pandemia de Covid-19. Ofereceu, também, orientações sobre o funcionamento do curso e seu regimento.
Isolda Costa, diretora substituta do IPEN-CNEN deu as boas-vindas aos novos alunos estimulando-os no desenvolvimento de atividades que proporcionem o fortalecimento de suas carreiras no mercado de trabalho. Wilson Aparecido Parejo Calvo, superintendente do IPEN, complementou as informações citando as possibilidades do Instituto em parcerias e oportunidades na carreira acadêmica.
A pesquisadora do Centro de Ciência e Tecnologia das Radiações (CETER), e vice-coordenadora do Curso de Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde, Maria Elisa Chuery M. Rostelato estava visivelmente emocionada ao receber os alunos da 4ª. Turma e com a possibilidade da retomada das aulas presenciais.
A aula inaugural do curso foi proferida pela pesquisadora do Centro de Radiofarmácia (CECRF) do IPEN e professora do Curso de Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde, Elaine Bortoleti de Araújo.
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- 28/07/2022 - CEO da Nissan Brasil visita o IPEN/CNEN para acelerar pesquisa do veículo híbrido a etanolAirton Cousseau conheceu o laboratório onde está sendo desenvolvida a Célula a Combustível de Óxido Sólido (SOFC) e participou de reunião técnica com pesquisadores
Airton Cousseau conheceu o laboratório onde está sendo desenvolvida a Célula a Combustível de Óxido Sólido (SOFC) e participou de reunião técnica com pesquisadores
Diretores da Nissan estiveram no IPEN/CNEN, na manhã desta quarta-feira (27), para avaliar projetos em andamento e discutir novos caminhos. A visita é mais um capítulo de uma parceria firmada em 2019 e renovada em 2021. O acordo prevê o desenvolvimento de um veículo movido a Célula a Combustível de Óxido Sólido (SOFC), que gera energia elétrica a partir da utilização do bioetanol.
Estiveram presentes no Instituto Airton Cousseau, presidente da Nissan Mercosul e diretor geral da Nissan do Brasil, Ricardo Abe, gerente de Engenharia de Produto da montadora, e Nathalia Boareto, chefe de gabinete. O gerente de Internacionalização do IPEN-CNEN, Nicklaus Wetter, recepcionou os visitantes, representando a diretora substituta Isolda Costa.
A visita foi articulada pelo pesquisador Fabio Coral Fonseca, gerente do Centro de Células a Combustível e Hidrogênio (CECCO) e responsável pelo projeto. A recepção institucional aos visitantes ocorreu no Espaço Cultural Marcelo Dammy, onde é possível acompanhar uma "linha do tempo” da história e das pesquisas do Instituto.
Na sequência, a comitiva visitou o CECCO, onde juntaram-se outros dois pesquisadores encarregados pelo projeto, Estevam Spinace e Francisco Tabuti, para conhecer os laboratórios e discutir o andamento das pesquisas. Coral fez uma breve apresentação sobre as atividades do CECCO e, em seguida, deu início à reunião técnica, cujo objetivo é viabilizar comercialmente o uso de SOFC.
Caberá aos pesquisadores do IPEN/CNEN otimizar a engenharia do dispositivo eletroquímico. As células desenvolvidas seriam capazes de fornecer autonomia superior a 600 quilômetros utilizando apenas 30 litros de etanol. A parceria da Nissan com o IPEN/CNEN está inserida no conceito da Nissan Intelligent Mobility, visão da marca para transformar a maneira como os carros são conduzidos, impulsionados e integrados na sociedade.
"Vemos uma oportunidade fantástica nesta parceria. Para o Brasil, é o momento ideal [de investir nesse projeto]. E sabemos da competência do IPEN para dar seguimento às pesquisas”, afirmou Cousseau.
"Nissan e IPEN buscam agora acelerar a continuidade da pesquisa para que a opção do híbrido a etanol seja realidade de mercado atendendo às novas legislações ambientais que preveem cortes de emissões por motores a combustão e que entrarão em vigência na próxima década em vários países”, concluiu Fonseca.
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Leonardo Novaes, estagiário
(com supervisão)