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- 01/12/2017 - Ministro da Saúde visita estande do IPEN e ratifica apoio ao Reator Multipropósito BrasileiroRicardo Barros ficou pouco tempo, mas o suficiente para confirmar apoio do MS ao Projeto RMB e conhecer algumas tecnologias aplicadas à saúde com potencial para serem incorporadas ao SUS
Ricardo Barros ficou pouco tempo, mas o suficiente para confirmar apoio do MS ao Projeto RMB e conhecer algumas tecnologias aplicadas à saúde com potencial para serem incorporadas ao SUS
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, visitou nesta quinta-feira, 30, o estande do IPEN-CNEN/SP no evento "Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde – Conectando Pesquisas e Soluções”, que aconteceu no Hotel Transamérica Expo Center, em São Paulo. Na oportunidade, ratificou o apoio financeiro do Ministério da Saúde (MS) ao empreendimento Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), que dará ao Brasil autossuficiência para a produção de radiofármacos – atualmente, a principal matéria-prima, o molibidênio-99, é totalmente importada.
"O RMB é essencial para o Brasil, e o Ministério da Saúde tem todo o interesse em apoiar o financiamento desse projeto”, disse. Barros também ficou "impressionado” com as tecnologias apresentadas pelo IPEN. Os curativos avançados de hidrogel com nanopartículas de prata, para feridas com infecções locais, e a bioprótese confeccionada a partir do pericárdio bovino utilizando óxido de grafeno incorporado, para cardiopatas que utilizam prótese em substituição à válvula cardíaca, chamaram a atenção do ministro.
"Nós adotamos, como estratégia de ‘marketing’, falar sobre os produtos expostos no estande e em seguida apresentar vídeos com a explicação dos pesquisadores coordenadores dos projetos que geraram as tecnologias. Acredito que deu certo, porque os visitantes, inclusive o ministro, olhavam o resultado concreto e depois assistiam a um breve comentário sobre como se chegou àquele produto. Nossa participação, eu diria, foi muito proveitosa. Temos que fazer mais isso no Instituto”, afirmou Anderson Andrade, um dos expositores do IPEN.
O IPEN tem um portfólio de tecnologias bastante diversificado por área do conhecimento. Nessa exposição, foram mostradas apenas as relacionadas à saúde, foco do evento. Todas com grande potencial para incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS). Um pôster apresentando o novo mestrado profissional do Instituto, denominado "Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde”. A proposta já foi submetida à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e aguarda aprovação. Serão duas áreas de concentração: Processos de Radiação na Saúde e Radiofarmácia e Medicina Nuclear.
O evento foi organizado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do MS (Decit/SCTIE/MS), com o objetivo de debater os maiores avanços científicos de temas emergentes da agenda de saúde, visando a troca de conhecimento e o estímulo à inovação no país. "Nós desenvolvemos muitos produtos e processos inovadores, mas que ainda não são conhecidos do setor produtivo. Para isso estamos aqui”, afirmou Anderson Zanardi de Freitas, gerente do Núcleo de Inovação do IPEN.
Além de Anderson Andrade, Maria José Alves de Oliveira, do Centro de Química e Meio Ambiente (CQMA/IPEN), Letícia Henn Fereira – NIT/IPEN, e Mara De Mello Leite Munhoz, do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR/IPEN) participaram como expositores no estande do Instituto. O evento aconteceu nos dias 29 e 30 de novembro.
----Ana Paula Freire, Jornalista MTb 172/AMcolaboração Anderson AndradeAssessoria de Comunicação Institucional -
- 30/11/2017 - 'Vacinação' será tema de palestra na abertura do Seminário Anual de Iniciação Científica e TecnológicaCom o avanço de grupos contrários à imunização, debater o tema torna-se oportuno. Neste ano, o cientista homenageado no evento será o médico brasileiro Oswaldo Cruz.
Com o avanço de grupos contrários à imunização, debater o tema torna-se oportuno. Neste ano, o cientista homenageado no evento será o médico brasileiro Oswaldo Cruz.
A palestra "Os Programas de Imunização no Brasil: da Revolta das Vacinas ao Controle de Doenças”, a ser proferida pela pesquisadora Waldely de Oliveira Dias, do Instituto Butantan, abrirá o Seminário Anual de Avaliação dos Programas de Iniciação Científica e Tecnológica da CNEN – PIBIC/PROBIC/PIBITI, às 10h, no próximo dia 6 de dezembro, no prédio do Ensino localizado no campus do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), Cidade Universitária, São Paulo. Este ano, o cientista homenageado será o médico brasileiro Oswaldo Cruz (1972-1917). O evento vai até o dia 7.
A biografia de Oswaldo Cruz, pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil, dentre outras realizações, já possibilitaria uma conferência à parte. Contudo, o seu legado para os estudos, avanços e benefícios da imunização foi escolhido como tema da palestra devido ao alcance e resultados que colocam o Brasil em posição de protagonismo mundial – o país tem um dos mais reconhecidos programas públicos de vacinação do mundo, com os principais imunizantes disponíveis a todos gratuitamente.
Apesar desse protagonismo, grupos contrários à vacinação avançam no País, preocupando o Ministério da Saúde (MS). Em 2016, por exemplo, a cobertura da segunda dose da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, teve adesão de apenas 76,7% do público-alvo. Esses movimentos, que são mundiais, estão sendo apontados como um dos principais fatores responsáveis por um recente surto de sarampo na Europa, onde mais de 7 mil pessoas já foram contaminadas.
No Brasil, os grupos são impulsionados por meio de páginas temáticas na rede social Facebook que divulgam, sem base científica, supostos efeitos colaterais das vacinas. Nesse sentido, o tema da palestra é "bastante oportuno”, principalmente em um evento de iniciação científica, quando novos potenciais cientistas estão sendo formados e terão oportunidade de conhecer o legado de Oswaldo Cruz e também compreender que as vacinas ainda são um dos mecanismos mais eficazes na defesa do organismo humano contra agentes infecciosos e bacterianos.
"Num período em que várias doenças consideradas extintas estão reaparecendo de forma significativa, febre amarela, dengue, zica, dentre outras, pensamos em homenagear Oswaldo Cruz e trazer como palestrante a Dra. Waldely por sua experiência na área de epidemiologia”, diz Martha Marques Ferreira Vieira, gerente da Coordenação de Ensino e Informação Científica (CEI) do IPEN e coordenadora do Seminário.
No Centro de Biotecnologia do Instituto Butantan, Waldely Dias coordena e participa justamente de projetos de desenvolvimento de novas vacinas pertussis (para doenças como coqueluche e tosse convulsa, causadas pelas bactérias Gram-negativas Bordetella pertussisuma e parapertussis, altamente contagiosas e perigosas para as crianças). Seu grupo de pesquisa também estuda uma nova vacina pneumocócica celular e a elaboração de um kit para diagnóstico rápido de pneumococcos (infecções nos pulmões, no sangue ou na membrana que reveste o cérebro).
Avaliação externa
O Seminário foi organizado em apresentações orais, uma forma de o bolsista aprimorar a atuação acadêmica em relação ao domínio do conteúdo e desenvoltura para disseminá-lo. As sessões acontecerão no dia 6, período da tarde, e no dia 7, durante todo o dia. Serão concedidos prêmios para a melhor exposição em todas as sessões de apresentação oral.
Todos os anos, a avaliação dos trabalhos é feita por pesquisadores representando o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Neste ano, estão confirmados os professores doutores Cristiano Luís Pinto de Oliveira e Rafael Sá de Freitas, do Instituto de Física da USP – IFUSP; Daniel Carvalho Pimenta – Instituto Butantan; Maurício Yonamine, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas FCFUSP; e Denise de Oliveira Silva e Thiago Regis Longo César da Paixão, do Instituto de Química da USP – IQUSP.
Sobre a palestrante
Waldeli de Oliveira Dias é graduada em Ciências Biológicas Modalidade Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), onde também concluiu o mestrado e doutorado, na área de Microbiologia e Imunologia. Realizou estágios de Pós-doutorado no Institut Pasteur Paris, Laboratoire de Biotechnologies e no Food and Drug Administration (FDA), USA, Laboratory of Pertussis. Foi professora titular de Microbiologia e Imunologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie. É professora colaboradora do Instituto de Química da Universidade de São Paulo, na disciplina "Técnicas Aplicadas no Desenvolvimento de Processos Biotecnológicos”, para o curso de graduação em Química. É Pesquisadora Científica VI do Instituto Butantan e docente no Curso de Pós-graduação Interunidades Butantan/IPT/USP.
Mais informações sobre a programação e contatos podem ser feitos aqui
ServiçoO quê: Seminário Anual de Avaliação dos Programas de Iniciação Científica e Tecnológica da CNEN – PIBIC/PROBIC/PIBITIOnde: Prédio do Ensino do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), na Av. Prof. Lineu Prestes, 2242, Cidade Universitária – ButantãData / Horário:6 de dezembroManhã: 10h - Sessão de Abertura e palestraTarde – de 14h às 18h: Apresentações orais7 de dezembro – Das 8h às 12h30 e das 14h às 18h: Apresentações orais
-----Ana Paula Freire, jornalista MTb 172/AMAssessoria de Comunicação Institucional -
- 30/11/2017 - XVII Curso de Radioterapia de última Geração e Controle de Qualidade - Novas TendênciasA 17ª edição do curso Radioterapia e Controle de Qualidade do Hospital Sírio-Libanês tem o apoio do IPEN e da AIEA
A 17ª edição do curso Radioterapia e Controle de Qualidade do Hospital Sírio-Libanês tem o apoio do IPEN e da AIEA
O evento acontece de 30 de novembro a 2 de dezembro de 2017, no Instituto de Ensino do Hospital Sírio-Libanês, na Bela Vista, São Paulo. O curso é voltado para radio-oncologistas, físicos, residentes, técnicos em radioterapia, estudantes e profissionais relacionados com a especialidade.
Palestras e debates discutirão as perspectivas da Radioterapia. Tratamentos para câncer de próstata e braquiterapia também serão temas de destaque.
Participam palestrantes internacionais, como Patrick Kupelian, da UCLA Medical Center,EUA, David Jaffray, do Techna Institute Princess Margaret Cancer Centre, daUniversity Health, Canadá, Larry DeWerd, da UW-ADCL e Laurence Court, da University of Texas MD Anderson Cancer Center, EUA.
Os pesquisadores do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR), do IPEN, Maria Elisa C. M. Rostelato e Carlos Alberto Zeituni compõem a coordenação do evento que conta ainda com o Dr. João Luis Fernandes da Silva e a física Cecília Kalil Haddad.
Mais informações no site do Hospital Sírio-Libanês, tel.: 55 11 3394-0100
PROGRAMA (atualizado em 16/11/2017)
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- 29/11/2017 - Congresso de metrologia debate garantia da qualidade e homenageia Linda CaldasDurante o Congresso de Metrologia 2017, realizado em Fortaleza, CE, a pesquisadora Linda Caldas, do IPEN, foi homenageada
Durante o Congresso de Metrologia 2017, realizado em Fortaleza, CE, a pesquisadora Linda Caldas, do IPEN, foi homenageada
Profissionais e pesquisadores estiveram reunidos de 26 a 29 de novembro, em Fortaleza, para o Congresso Metrologia 2017, evento promovido pela Sociedade Brasileira de Metrologia, Inmetro e IRD, que tem como objetivo disseminar a cultura da metrologia e avaliação da conformidade como fatores essenciais ao desenvolvimento sustentável. Da mesa de abertura participaram o secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará, Inácio Arruda; o presidente do Inmetro, Carlos Augusto Azevedo; o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, Paulo Roberto Pertusi; o presidente da Sociedade Brasileira de Metrologia, João Carlos Guimarães Lerch; o diretor do Instituto de Radioproteção e Dosimetria, Renato Di Prinzio; o presidente do Congresso, Américo Tristão Bernardes.
O evento reuniu seis encontros científicos simultâneos, na área de metrologia, entre eles a quarta edição do Congresso Brasileiro de Metrologia das Radiações Ionizantes. Demanda por calibração, preço do produto e garantia da qualidade foram temas do CBMRI, já em sua quarta edição. O IRD levou à área de exposições do evento uma apresentação em realidade virtual dos laboratórios da área de metrologia.
Promovido pela Sociedade Brasileira de Metrologia, Inmetro e IRD, o congresso geral reuniu 300 trabalhos inscritos, sendo 273 aprovados para apresentação em 35 sessões paralelas e duas sessões pôster. Destes, 100 serão publicados em periódico internacional. Dos trabalhos apresentados no CBMRI, foram 59 em formato poster e sete em formato oral. Os melhores foram selecionados para publicação no Journal of Physics: Conference Series.
Homenagem
A pesquisadora do Ipen Linda Caldas foi a homenageada desta edição do CBMRI, que anualmente destaca personalidades importantes na área, por seu trabalho dedicado, pioneirismo e inovação na área de metrologia das radiações ionizantes no Brasil.
Desde o início dos anos 70, ainda como aluna de graduação de física da USP, Linda Caldas ingressou no grupo de dosimetria do Ipen e desde então vem atuando na área de metrologia das radiações. Nunca deixou de atuar como pesquisadora, mesmo assumindo atividades de direção. Foi chefe da divisão de calibração e dosimetria, gerente do centro de metrologia das radiações e diretora de segurança nuclear do instituto. Já orientou 59 alunos de pós graduação, sendo 27 de mestrado e 32 de doutorado, e outros 14 de pós-doutorado. Publicou 236 trabalhos científicos e coordenou 22 projetos nos editais Pro-engenharia, Pro-equipamentos, Procad, temáticos da Fapesp, entre outros. Em 2012 se tornou membro titular da Academia de Ciências do Estado de São Paulo
"Se olharmos o panorama nacional na área de calibração e dosimetria, vamos encontrar seus alunos, que hoje são orientadores e professores, em diversas instituições. Ela sempre se empenhou em apoiar instituições parceiras, principalmente da região Nordeste, por meio da coordenação de projetos multi-institucionais. O mais impactante talvez tenha sido o INCT, que beneficiou oito instituições públicas em todo o Brasil", frisou em discurso o coodenador do CBMRI, José Guilherme Pereira Peixoto. "Por trás da profissional competente há uma mulher extremamente sensível, humilde e disposta a ajudar sempre com educação e delicadeza características", acrescentou.
Texto e fotos: Lilian Bueno/ Ascom IRD
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- 29/11/2017 - Acidente com Césio-137 em Goiânia ainda comove, 30 anos depoisTécnico Ricardo Nunes de Carvalho, que participou da missão pelo IPEN/CNEN, prendeu a atenção dos participantes de evento internacional ao relatar histórias do maior acidente radiológico do mundo
Técnico Ricardo Nunes de Carvalho, que participou da missão pelo IPEN/CNEN, prendeu a atenção dos participantes de evento internacional ao relatar histórias do maior acidente radiológico do mundo
Um assunto sensível que ainda mexe com as emoções de quem se envolveu direta ou indiretamente com o acidente com o Césio-137, ocorrido em setembro de 1987, em Goiânia, foi assunto de palestra nesta quarta-feira, 30, às 16h, no "International Workshop on Utilization of Research Reactors”, evento que marca as comemorações dos 60 anos do Reator Nuclear de Pesquisas IEA-R1, do IPEN. Ricardo Nunes de Carvalho, um dos técnicos do Instituto que estiveram presentes nas operações em Goiânia, depois que foi detectado que se tratava de material radioativo, apresentou o tema "Histórias de Goiânia”.
Ele começou sua palestra trazendo dados anteriores ao acidente: foi ainda em maio daquele ano (1987) que Instituto Goiano de Radioterapia (IGR), onde estava a fonte selada com Cs-137 começou a ser desativado – ele estava abandonado desde 1985. Uma liminar determinou a interrupção dos trabalhos de desativação. No prédio, que estava abandonado, foi deixado o aparelho de radioterapia contendo a fonte com o material radioativo. Em 13 de setembro, o equipamento foi encontrado, desmonstado, e cápsula contendo o Cs-137 acabou indo parar num ferro velho. A partir daí, tudo o que se sabe sobre o maior acidente radiológico do mundo.
Ricardo apresentou números do acidente: 112.800 pessoas monitoradas, das quais 6.500 classificadas como vítimas (apresentavam alguma taxa de dose de radiação ionizante); dessas, 249 também estavam significativamente contaminadas interna e/ou externamente. Os mais graves foram hospitalizados no Hospital Estadual Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi (HGG) e no Hospital Naval Marcílio Dias (HNMD). Dos internados nesse último, quatro vieram a falecer.
"Os que estavam com um grau de contaminação externa transferível ficaram isolados em uma das instalações da Febem [Fundação do Bem-Estar do Menor] e outras foram alojadas no Albergue Bom Samaritano, apesar de estarem descontaminadas não podiam retornar as suas casas, pois estas estavam interditadas. E isso foi doloroso de assistir: as pessoas, de uma hora para outra, perderam tudo, tiveram que deixar para trás sua casa, seus objetos e sua história”, disse Ricardo, emocionado.
Ele destacou a participação de Maria Elizabeth Graciotti, a enfermeira Beth, cuja ajuda aos técnicos do IPEN/CNEN na organização dos radioacidentados no HGG foi essencial. "Ela fez uma grande diferença na minha vida e de muitos que estavam naquela situação”, disse Ricardo. Graciotti faleceu em 2010, vítima de câncer.
Medo e preconceito foram grandes empecilhos durante os trabalhos. Dentre as muitas histórias tristes – e inusitadas – Ricardo contou um colega do IPEN que estava no HGG – o qual ele foi "render” – protagonizou um episódio curioso. Ele já havia trabalhado mais de 12 horas de plantão, estava cansado e abatido, e enquanto conversa com Ricardo na troca do plantão, uma senhora abriu a porta, colocou apenas a cabeça para dentro e perguntou se teria algum problema limpar a área onde ambos estavam.
"Mesmo depois de explicar que aquele local era uma área controlada para que não houvesse contaminação, a senhora mantinha-se temerosa. Meu colega, não tendo mais argumentos para apresentar, num ato inesperado, sentou no chão e começou a arrastar-se, dizendo - Eu não estaria fazendo isso se tivesse algum problema aqui. Aquilo me pareceu um tanto insano, mas funcionou. Convencida, a senhora entrou, passou o pano no chão e recolheu o lixo. Situações ´insanas´ como esssa foram necessárias porque havia muita desinformação”, disse Ricardo.
Outras situações foram relatadas, e a cada lembrança, a emoção de Ricardo. Ele falou do esforço da equipe do IPEN/CNEN para resgatar objetos pessoais das casas interditadas – "aquelas pessoas haviam perdido tudo, qualquer lembrança era muito importante para elas” – uma "missão dolorosa”, também lembrou de episódios em que as pessoas se aproveitavam da notoriedade que o acidente teve para "aparecer” na mídia – "todo mundo achava que podia falar alguma coisa” – e, encerrando sua participação, salientou que o trabalho trouxe aprendizados pessoais e profissionais para toda a vida das pessoas que trabalharam na missão. "Alguns colegas retornaram antes porque não suportaram tanto sofrimento”, disse.
No debate, foram feitas três perguntas: a primeira, se a imprensa ajudou mais ou atrapalhou a missão; a segunda, qual o momento mais doloroso para ele; e a terceira, se houve um plano de gestão de informação, depois que perceberam o desencontro das informações. Ricardo respondeu na sequência: "A imprensa estava no papel dela, a questão eram as pessoas que queriam aparecer a qualquer custo. No balanço geral, acho que ajudou sim. O momento mais difícil para mim [nesse momento, se emociona de novo] foi ver que, de uma hora para outra, aquelas pessoas perderam tudo, parte das suas vidas se foi com o acidente. Quanto à gestão da informação, sim, nós percebemos as falhas e organizamos para que apenas determinadas pessoas falasse a respeito”, finalizou.
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Ana Paula Freire, Jornalista MTb 172-AMAssessoria de Comunicação Institucional -
- 29/11/2017 - Homenagem emociona o físico Carlos Parente em inauguração do Espaço que leva seu nomePesquisador foi pioneiro em pesquisas com difratômetro de nêutrons no Brasil, ainda na década de 60. Nas comemorações dos 60 anos Reator IEA-R1, é homenageado pelos colegas.
Pesquisador foi pioneiro em pesquisas com difratômetro de nêutrons no Brasil, ainda na década de 60. Nas comemorações dos 60 anos Reator IEA-R1, é homenageado pelos colegas.
"Gostaria de agradecer por esta homenagem, que me deixa muito comovido. Acho que fiz o meu trabalho, tive acertos, cometi erros, mas procurei, de toda forma, contribuir para o desenvolvimento da instituição”. Com essas palavras, e visivelmente emocionado, o pesquisador Carlos Benedicto Ramos Parente inaugurou o Espaço de Memória que leva o seu nome, no prédio do Centro do Reator de Pesquisas (CRPq) do IPEN. A inauguração, ocorrida na manhã desta terça-feira, 28, marcou o primeiro dia das comemorações pelos 60 anos de operação do Reator Nuclear de Pesquisas IEA-R1, o pioneiro no Brasil.
A homenagem a Parente, como é carinhosamente chamado pelos colegas, foi iniciativa dos operadores do IEA-R1, com o total apoio do Centro e da direção do IPEN, em reconhecimento à "inestimável contribuição” que o físico deu ao longo de 52 anos – ele ingressou oficialmente no Instituto como pesquisador em 1965. Neste mesmo ano, foi o responsável pelo projeto e pela construção do difratômetro de nêutrons (denominado "Neutron Diffractometry") do IPEN, financiado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Este, aliás, foi o seu "maior legado”, segundo ele próprio.
"Eu penso que uma das formas de contribuir para o desenvolvimento científico é viabilizar instrumentos de pesquisas. Eu consegui o primeiro difratômetro de nêutrons para o IPEN e desse primeiro, fiz um upgrade, como se fala, do instrumento, de maneira a torná-lo mais moderno. Esse instrumento possibilitou contribuirmos para uma parte da pesquisa do Instituto, que foi desenvolvida por nós, também publiquei alguma coisa... é isso. Não teria muito mais a dizer. Apenas procurei fazer o meu trabalho. O que eu acertei, nessa trajetória, está aí, para que outros aproveitem”, disse Parente.
O upgrade a que se referiu diz respeito ao difratômetro de nêutrons equipado com detector sensível à posição, obtido por projeto financiado pela Fapesp, com o nome "Aperfeiçoamento das Condições de Difratometria de Nêutrons do IPEN", em 2005.
"Ele está sendo modesto. Desenvolveu excelentes pesquisas na área de cristalografia, tendo sido inclusive presidente da Sociedade Brasileira de Cristalografia, foi um dos primeiros pesquisadores a trabalhar com difratômetro de nêutrons no mundo e é reconhecido internacionalmente na área. Imagine que os reatores são da década de 50, e já na década de 60 ele iniciou pesquisas com difratômetro de nêutrons no Brasil. O significado disso para nós é muito maior do que o que sua modéstia coloca”, declarou Frederico Genezini, gerente do CNPq.
Cristalografia é o ramo da ciência que lida tanto com as formas geométricas de cristais quanto com suas estruturas internas e propriedades. Parente tem larga experiência em cristalografia aplicada à área de engenharia de materiais e metalúrgica, com ênfase em estrutura dos metais e ligas, atuando principalmente nas linhas de difração múltipla, difração de nêutrons, textura cristalina, análise quantitativa de fases por Rietveld e estruturas magnéticas. "Ele não diz, mas é um notável cristalógrafo”, acrescenta Genezini, destacando também o espírito "pioneiro” de Parente.
A opinião é compartilhada por quem trabalha com ele há quase quatro décadas, como a pesquisadora Vera Lucia Mazzocchi, responsável pelo Laboratório de Difratometria de Nêutrons do IPEN. "Como pesquisador, ele sempre procurou desenvolver pesquisas pioneiras, publicando-as em revistas de impacto e desenvolvendo, quando necessário, a instrumentação para a resoluçāo dos problemas”.
Mazzocchi se emociona ao descrever o perfil de Parente como pesquisador e considera a homenagem um reconhecimento à sua história no Instituto. "Falar sobre o Parente é sempre muito emocionante. Nesses 37 anos em que trabalhei a seu lado, sempre vi um homem e um profissional bastante sério e competente, um verdadeiro mestre: bastante rigoroso, mas sempre disposto a passar todo o seu conhecimento. Trabalhar a seu lado foi uma grande honra. Das homenagens já recebidas, acredito que essa foi para ele a mais emocionante, porque veio de colegas que conviveram com ele todos esses anos. Não tenho dúvidas que foi bastante merecida”, disse.
Apesar da dificuldade de locomoção, Parente ainda está em atividade. Fez questão de ressaltar o acolhimento que recebe dos colegas do IPEN e diz que, enquanto puder, continuará contribuindo com a Instituição. "Infelizmente, estou numa condição meio difícil de continuar aproveitando como gostaria, mas a gente faz o possível, né?”, brincou. Sua dedicação é reconhecida pelos pares. "Como gerente do Centro, me sinto muito feliz com essa justa homenagem ao Parente, por tudo o que ele fez e ainda faz, nestes seus quase 80 anos, pela ciência brasileira”, salientou Genezini.
"Mestre" – O professor Luiz Carlos de Campos, do Departamento de Física da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, foi aluno de doutorado do professor Parente, no Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP. O "mestre”, como ele se refere ao ex-orientador, foi "o grande responsável” pelo seu crescimento acadêmico e profissional. "Existem pessoas que conhecemos em nossas vidas e que nos marcam definitivamente. O professor Parente foi meu mestre, meu orientador no doutorado e o grande responsável pelo meu crescimento acadêmico e profissional. Essa homenagem que ficará para sempre na memória dos pesquisadores do IPEN", disse.
Sobre o homenageado – Carlos Benedicto Ramos Parente é bacharel e licenciado em Física (1966) e doutor em Ciências (1973) pela Universidade de São Paulo. Em 1973, realizou Pós-Doutorado no Brookhaven National Laboratory (B.N.L.), nos Estados Unidos e em 1980 no Kernforschungsanlage (KFA), na Alemanha. Também atuou como professor de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP.
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Ana Paula Freire, jornalista MTb 172/AMAssessoria de Comunicação Institucional -
- 28/11/2017 - Professor da Universidade de Nebraska-Lincoln visita IPEN para consolidar acordo de cooperação científicaSudeep Banerjee proferiu palestras e participou de experimento no Laboratório de Laser de Altíssima Intensidade do Centro de Lasers e Aplicações, a convite do pesquisador Nilson Dias
Sudeep Banerjee proferiu palestras e participou de experimento no Laboratório de Laser de Altíssima Intensidade do Centro de Lasers e Aplicações, a convite do pesquisador Nilson Dias
O professor Sudeep Banerjee, da University of Nebraska–Lincoln (UNL), que desde o dia 20 está em visita ao IPEN a convite do pesquisador Nilson Dias Vieira Junior, do Centro de Lasers e Aplicações (CLA), encerra sua agenda de atividades nesta quarta-feira, 29, com participação em experimento no Laboratório de Laser de Altíssima Intensidade do Instituto. Trata-se de um projeto de cooperação científica que tem como objetivo viabilizar a aceleração de elétrons por laser e a geração de raios X para aplicações oncológicas.
A vantagem de se acelerar elétrons por laser está principalmente na compactação destes aceleradores. "Aceleradores lineares ocupam uma dimensão enorme, principalmente para altas energias, o que pode ser reduzido por um fator de 100 a 1000, além de eliminar a necessidade de blindagens para o laser de aceleração”, explica Nilson Dias.
A visita foi planejada por ocasião da FAPESP Week Nebraska-Texas, realizada no período de 18 a 22 de setembro, na UNL. "Tive o privilégio de proferir uma palestra sobre nossas atividades em lasers de alta intensidade aqui no IPEN – temos o laser mais intenso do hemisfério sul – e quando fomos ciceroneados pelo professor Banerjee em visita ao laboratório dele, cujo laser é um dos mais potentes do mundo, combinamos sua vinda ao IPEN para iniciarmos a cooperação científica”, relatou Nilson Dias.
Após cumprir extensa agenda científica, que incluíram palestras no próprio IPEN, no Instituto de Física da USP (IFUSP) e no Instituto de Física da Unicamp, Banerjee tem participado das atividades com aceleração de elétrons pelo laser de TW (terawatts) do Instituto, utilizando alvos gasosos e a técnica de Laser Wakefield Acceleration. "Ele já está nos ajudando, discutindo nosso arranjo experimental, e vai trazer plásticos cintiladores para a detecção de elétrons. Além disso, participará na definição do alvo gasoso que iremos utilizar no experimento”, acrescenta Nilson Dias.
Palestra – Os "progressos espetaculares” alcançados ao longo da última década na geração de feixes de elétrons de alta energia pelo processo de aceleração do laser wakefield foi apresentado por Banerjee na palestra "Generation of MeV-GeV Energy electron beams using ultraintense lasers”, proferida no IPEN, no IFUSP e no IF-Unicamp. Segundo ele, a primeira demonstração começou em 2004 e hoje ficou demonstrado que os feixes de elétrons de energia multi-GeV podem ser usando pulsos ultracurtos, de pico de potência de PW (milhões de bilhões de Watts).
"Foi discutido o nosso trabalho nesta área nos últimos anos, que inclui a demonstração obtenção de feixes de elétrons com energia sintonizáveis, abrangendo desde 10 MeV a 800 MeV usando uma gama de condições de laser e plasma. Utilizamos alvos únicos e estruturados para controlar o processo de injeção e aceleração e determinamos a influência dos parâmetros do laser na estabilidade e controle do acelerador de elétrons”, afirmou Banerjee.
Segundo ele, os detalhes do mecanismo de aceleração podem ser entendidos pelo uso de simulações com código de partículas em células (PIC). Banerjee explica que o objetivo principal no desenvolvimento do acelerador de elétrons era usá-lo para dirigir uma fonte de raios-X pelo espalhamento do laser pelos elétrons usando o efeito de Compton (fonte que produz feixes altamente colimados de raios X de alta energia), mas, ao mesmo tempo, foram exploradas, de forma independente, outras facetas do processo de aceleração, em particular os mecanismos de injeção para limitar a propagação da energia.
"A primeira medida da emitância [energia emitida pela superfície de um corpo, por segundo e por unidade de área] intrínseca do feixe de elétrons foi realizada usando a dispersão inversa de Compton e mostrou que esse parâmetro está entre os mais baixos já medidos para um feixe de elétrons de alta energia”, explicou Banerjee, que é professor de pesquisa associado no Departamento de Física e Astronomia da UNL.
Antes de ingressar na UNL, Banerjee realizou pesquisa no Center for Ultrafast Optical Sciences, da Universidade de Michigan, onde estudou a interação de elétrons livres com a luz e a geração de raios-x de alta energia usando o sistema laser table-top-terawatt.
"O professor Banerjee tem 20 anos de experiência no assunto e nesta cooperação nos ajudará a superar as dificuldades existentes no estabelecimento, pela primeira vez no Brasil e na America Latina, desta tecnologia e ciência de ponta, que poderá viabilizar aplicações na área oncológica com redução de custo e de espaço, para benefício dos pacientes”, concluiu Nilson Dias.
No IPEN, a palestra ocorreu no dia 22 de novembro e foi transmitida pela web e está disponível aqui.
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- 28/11/2017 - Workshop internacional celebra os 60 anos de operação do reator IEA-R1De 28 de novembro a 1º de dezembro, o IPEN celebra com um encontro internacional os 60 anos de operação do reator nuclear de pesquisa IEA-R1
De 28 de novembro a 1º de dezembro, o IPEN celebra com um encontro internacional os 60 anos de operação do reator nuclear de pesquisa IEA-R1
O Reator Nuclear IEA-R1 teve sua primeira operação em 16 de setembro de 1957, um ano após o início de sua construção no campus da USP em Sã Paulo. Marco tecnológico e considerado o primeiro reator nuclear de pesquisa da América Latina, o IEA-R1 completa 60 anos de operação segura e como ferramenta essencial para a comunidade científica em diversos ramos da pesquisa.
Para celebrar a data, o IPEN, por meio de seu Centro do Reator de Pesquisa (CRPq), promove o "International Workshop on Utilization of Research Reactors” durante o período de 28 de novembro a 1º de dezembro, em seu auditório. O evento reunirá pesquisadores nacionais e internacionais, estudantes e interessados para trocarem informações e conhecimento relacionados aos diversos estudos realizados em reatores nucleares de pesquisa e sua segurança nuclear.
Durante a abertura do evento, em 28 de novembro, está prevista a inauguração do Espaço de Memória do Reator Nuclear IEA-R1 – Carlos Benedicto Ramos Parente – com réplica da primeira mesa de operação do reator exibindo instrumentos originais. Parente, físico nuclear que ingressou no IPEN ainda em 1965 após conclusão do curso no Instituto de Física e que permaneceu na instituição até completar 70 anos, será homenageado dando seu nome ao novo espaço expositivo do instituto.
O workshop contará com painéis, mesas redondas, palestras e sessão de paineis. Dentre os temas a serem apresentados no workshop, destacam-se segurança nuclear e a diversidade de pesquisas e serviços prestados por reatores de pesquisa, desde aplicações na saúde, pesquisa básica e arqueologia, entre outros campos.
As inscrições são gratuitas e aos alunos de iniciação científica, mestrado ou doutorado será possível a apresentação de pôsteres para divulgação de suas pesquisas.
Informações e inscrições:
https://sites.google.com/view/iear1-60y/general-information
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- 27/11/2017 - “Espaço de Memória” e workshop internacional marcam os 60 anos do IEA-R1, o primeiro reator nuclear de pesquisas o BrasilEntre as atrações do novo "museu",a reconstituição da primeira mesa de operação, exibindo instrumentos originais, inclusive as cadeiras dos primeiros operadores
Entre as atrações do novo "museu",a reconstituição da primeira mesa de operação, exibindo instrumentos originais, inclusive as cadeiras dos primeiros operadores
A inauguração do novo Espaço de Memória do Reator Nuclear IEA-R1, que vai contar a história do primeiro reator nuclear de pesquisas do Brasil – o IEA-R1, do IPEN – e o "International Workshop on Utilization of Research Reactors”, com a participação de pessoas que partilharam dessa trajetória, como os pesquisadores Shigueo Watanabe e Laercio Vinhas, são as grandes atrações da celebração dos 60 anos do IEA-R1. As comemorações se iniciam nesta terça-feira, 28, às 9h, com sessão solene no Auditório Rômulo Ribeiro Pieroni, do IPEN.
O novo Espaço de Memória do Reator Nuclear IEA-R1, que levará o nome do pesquisador Carlos Benedicto Ramos Parente, é, na verdade, um incremento ao que há havia, mas em uma instalação mais moderna e fora do prédio do Reator IEA-R1, que é uma área controlada. Essa era uma reivindicação antiga do pessoal que trabalha na proteção radiológica, segundo Frederico Genezini, gerente do Centro do Reator de Pesquisas (CRPq), onde está localizado o IEA-R1. "Fora da área ‘quente’ [controlada], será possível aos visitantes ficarem por mais tempo no museu, conhecendo a história, os detalhes do funcionamento”.
Genezini se refere à maior novidade do Espaço: a reconstituição da primeira mesa de operação, exibindo instrumentos originais, inclusive as cadeiras dos primeiros operadores. Os visitantes terão uma ideia de como o IEA-R1 era operado no final da década de 50, um acontecimento marcante para a época. O gerente do CRPq também comentou sobre a escolha do físico Carlos Benedicto Ramos Parente para dar nome ao museu: "Ele é o mais antigo pesquisador em atividade aqui no Centro e ainda não havia sido homenageado pela casa. Então, o pessoal da operação quis prestar essa merecida homenagem”.
Para Genezini, a trajetória do IEA-R1 é muito bonita e todo o IPEN deve se orgulhar dela, "pois ele foi ‘a semente’ desse instituto”. Há dois aspectos que serão evidenciados durante o workshop, segundo ele. O primeiro é que, mesmo com o enorme pioneirismo, todas as equipes que trabalharam operando e usando o IEA-R1 sempre primaram pela segurança, nunca sendo registrado nenhum acidente, o que é muito significativo em se tratando de um reator nuclear.
O outro aspecto apontado por Genezini é que, apesar dos seus 60 anos e de ser um dos reatores de pesquisa mais antigos em operação no mundo, o programa permanente de modernização, com forte apoio da direção do IPEN, mantém o reator em ótimas condições de uso. "Esse programa permite que o IEA-R1 continue dando sua contribuição para a sociedade com segurança, por pelo menos mais dez anos e preparando uma nova geração de operadores e cientistas para nosso futuro reator, o RMB [Reator Multipropósito Brasileiro]”, acrescenta.
Passado, presente e futuro
Para o primeiro dia do Workshop estão programadas três sessões: histórica – quando serão apresentados os primórdios do IEA-R1. Participarão os pesquisadores Laércio Vinhas, Rajendra Saxena eRoberto Frajndlich; atual - sobre a utilização de reatores de pesquisa nos dias atuais, essa será feita pelo chefe da seção de física da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Danas Ridikas; e futura – sobre as perspectivas com a entrada em operação do RMB, mencionado por Genezini.
O RMB é a mais importante iniciativa para a pesquisa nuclear no Brasil, na atualidade, e a apresentação desse mega projeto caberá ao coordenador técnico, José Augusto Perrotta. Também nesse primeiro dia haverá uma explanação sobre "Colaboração IEA-R1 – Universidade de São Paulo (USP)”, pelo professor Shigueo Watanabe, do Instituto de Física da USP.
O segundo dia das comemorações terá como foco a "segurança nuclear”, "um tema em evidência no mundo de hoje”, salienta Genezini. Estão programadas mesas-redondas enfatizando o tema "Desafios para a Segurança Nuclear em Reatores de Pesquisas”. Dentre os assuntos, "Natureza transnacional dos incidentes nucleares”, "Riscos, ameaças e conseqüências de segurança nuclear”, "Treinamento para pessoal de segurança nuclear em Reator de Pesquisas”. "Técnicas Analíticas Nucleares” e "Controle do material de fissão” (programação completa no link abaixo).
No terceiro e quarto dias, as sessões serão focadas nos usuários internos e externos do IEA-R1. "Proteção Física de Materiais e Instalações Nucleares Brasileiras: Desafios e Ações”, "Oportunidades de educação em segurança nuclear no Brasil”, "Análise por Ativação de Nêutrons em Arqueologia”,"Radiação de nêutrons aplicada à geocronologia: análise de trilha de fissão”, "O projeto ISOLDE no CERN - De um pequeno experimento a uma grande instalação” e "Difração de nêutrons” serão alguns dos temas apresentados.
"O workshop comemorativo de 60 anos da primeira operação do IEA-R1 é um evento muito importante, pois com ele homenageamos os nomes que fizeram esse empreendimento virar realidade e o conduziram com sucesso até aqui e motivamos as pessoas que estão hoje trabalhando nele a seguir adiante com a mesma qualidade. A sessão solene de abertura contará com a presença de pessoas importantes de nossa comunidade e autoridades ligadas à área nuclear, e o workshop terá importantes pesquisadores e parceiros nacionais e internacionais”, salientou Genezini.
O ministro de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab, será representado por Paulo Roberto Pertusi, presidente da Comissão nacional de Energia Nuclear. Como palestrantes brasileiros, estão confirmados Edson Moreira, José Berretta e Frederico Genezini, do IPEN, Renato Tavares (CNEN), Luis Carlos Machado da Silva (ABACC), Eduardo Goes Neves (Museu de Arqueologia e Etnologia - MAE), Michel Bessa (TRACERCO), Elisabete A. N. Fernandes (Centro de Energia Nuclear na Agricultura/USP-Piracicaba - CENA).
Entre os participantes estrangeiros, além de Danas Ridikas, da AIEA, estão confirmados Togzhan Kassenove (Carnegie Endowment for International Peace), Craig Marianno (Texas A&M University), Patrick Lynch (Oak Ridge National Lab), Craig Moss (Oak Ridge National Laboratory - ORNL), Rita Plá (Comisión Nacional de Energía Atómica - CNEA), Heinz Haas e Juliana Schell (European Organization for Nuclear Research - CERN) e Jeffrey Lynn (National Institute for Standards and Technology - NIST). Haverá tradução simultânea para as apresentações em línguas estrangeiras.
Mais informações sobre o Workshop e a programação completa aqui
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- 27/11/2017 - First Pan American Conference of NanotechnologyO PANNANO acontecerá no período de 27 a 30 de novembro de 2017, em no Guarujá, SP
O PANNANO acontecerá no período de 27 a 30 de novembro de 2017, em no Guarujá, SP
O "First Pan American Conference of Nanotechnology, Fundamentals and Application to Shape the Future" acontecerá
no Hotel Casa Grande ,no Guarujá, SP. Será a primeira conferência nas Américas, sob uma visão sustentável, da nanotecnologia em sistemas biológicos, químicos e ambientais.Também será a primeira e melhor oportunidade de encontrar expertise da área dos principais Centros de Pesquisa, Universidades, Indústrias e Agências Reguladoras da América do Norte, do Sul e Central.
A programação científica conta com a presença de palestrantes de renome internacional e nacional, sendo compostas por plenárias, sessões temáticas sobre interações nano-biológicas, nano-químicas, nano-ecológicas, nano-manufaturas, aspectos legais, econômicos, sociais e educacionais, mesas redondas, apresentações de trabalhos técnicos-científicos na forma oral ou pôster, oportunidade de parcerias científica e indústria.
Concomitante ao Congresso serão realizadas sessões com mesas redondas de pequenas empresas de nanotecnologia incubadas em bases tecnológicas.
Os pesquisadores Solange Kazumi Sakata do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR) e o Ademar Benévolo Lugão do Centro de Química e Meio Ambiente (CQMA) fazem parte da Comissão Organizadora do evento.
Mais informações no site http://www.panamericannano2017.com -
- 26/11/2017 - Diretor da AIEA visita o IPENChristophe Xerri, diretor de Ciclo do Combustível e Tecnologia de Rejeito da AIEA, visitou o IPEN em 26/10
Christophe Xerri, diretor de Ciclo do Combustível e Tecnologia de Rejeito da AIEA, visitou o IPEN em 26/10
A recepção a Chistophe Xerri, diretor de Ciclo do Combustível e Tecnologia de Rejeito - NEFW - da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA em sua sigla traduzida para o Português), foi realizada na Superintendência do IPEN pelo coordenador técnico do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), José Augusto Perrotta. Participaram desse primeiro encontro com o representante da AIEA os diretores e pesquisadores do instituto: Willy Hope de Sousa, diretor de Planejamento e Gestão (DPG); Frederico A. Genezini, gerente do Centro do Reator de Pesquisa (CRPq); Demerval L. Rodrigues, gerente de Radioproteção (CRP); Júllio T. Marumo, gerente de Rejeitos Radioativos (GRR), o pesquisador do Centro do Combustível Nuclear (CCN), Giovanni de Lima C. Conturbia e os pesquisadores do Centro de Engenharia Nuclear (CEN) Ulysses D'Utra Bitelli e Patrícia da Silva P. de Oliveira. A reunião tratou de cooperações técnicas da AIEA ao IPEN.
Após conhecer a exposição permanente sobre a história do IPEN no Espaço Cultural Marcello Damy, Xerry participou de uma reunião com os pesquisadores presentes. Logo após, o diretor da AIEA conheceu as instalações do Reator IEA-R1, no CRPq, do Reator nuclear de Pesquisa IPEN-MB/01, no CEN, e os Centros de Radiofarmácia (CR) e do Combustível Nuclear (CNN). A visita se encerrou com uma reunião com o superintendente do IPEN, Wilson Calvo.
Xerri esteve no Brasil participando da International Nuclear Atlantic Conference (INAC-2017), em 23 de outubro e de visitas ao Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), em Belo Horizonte, MG e na CNEN, Rio de Janeiro.
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- 24/11/2017 - Workshop no IPEN esclarece sobre o TáxiGovWorkshop sobre Transporte de Servidores (TáxiGov), promovido pelo Ministério do Planejamento, apresentará o novo sistema no IPEN em 24/11, às 9h30
Workshop sobre Transporte de Servidores (TáxiGov), promovido pelo Ministério do Planejamento, apresentará o novo sistema no IPEN em 24/11, às 9h30
A Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP) realizará o "Workshop sobre Transporte de Servidores (Projeto TáxiGoV)", no dia 24 de novembro, das 9h30 às 12h30, no auditório Rômulo Ribeiro Pieroni, anexo ao Bloco A do IPEN.
O objetivo do encontro é apresentar o novo modelo de transporte administrativo para servidores federais criado no Distrito Federal e discutir sua expansão para outros órgãos e entidades localizados no Rio de Janeiro e em São Paulo.
No Rio, o evento será no Auditório Carneiro Felippe, da CNEN, dia 23 de novembro às 9h30.
Os interessados deverão confirmar presença até o dia 17 de novembro, pelo e-mail: central.servicos@planejamento.gov.br
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- 23/11/2017 - IPEN apresenta tecnologias inovadoras em evento do Ministério da SaúdeInstituto tem um portfólio de tecnologias bastante diversificado por área do conhecimento e vai mostrar três highlights que teriam aplicação em saúde, foco do evento.
Instituto tem um portfólio de tecnologias bastante diversificado por área do conhecimento e vai mostrar três highlights que teriam aplicação em saúde, foco do evento.
Uma bioprótese confeccionada a partir do pericárdio bovino utilizando óxido de grafeno incorporado, um espectrômetro portátil de fluorescência de Raios X para realização de exames clínicos e amostras de curativos avançados de hidrogel com nanopartículas de prata, três produtos desenvolvidos por pesquisadores do IPEN, serão apresentados no evento "Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde – Conectando Pesquisas e Soluções”, nos dias 29 e 30 de novembro, no Hotel Transamérica Expo Center, em São Paulo. O Instituto terá um estande de 9m2 para expor esses e outros materiais relativos às suas pesquisas em saúde.
De acordo com Anderson Zanardi de Freitas, gerente do Núcleo de Inovação (NIT) do IPEN, a proposta do estande é mostrar tecnologias que já se encontram à disposição do setor industrial para serem produzidas em larga escala e oferecer mais qualidade de vida e saúde à população. "Nós desenvolvemos muitos produtos e processos inovadores, mas que ainda não são conhecidos do setor produtivo. Nossa ideia, com essa exposição, é divulgá-los, na expectativa de que possam surgir empresas interessadas na transferência de tecnologia”, afirmou Zanardi.
Organizado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (Decit/SCTIE/MS), o evento tem como objetivo debater os maiores avanços científicos de temas emergentes da agenda de saúde, visando a troca de conhecimento e o estímulo à inovação no país. "Será um espaço para interlocuções e trocas de experiências e oportunidades de forma a conectar os resultados de pesquisas à geração de soluções em saúde”, segundo divulgação do Decit.
Zanardi ressalta que o IPEN tem um portfólio de tecnologias bastante diversificado por área do conhecimento. Porém, como o foco do evento é saúde, foram selecionados três highliths que teriam grande abrangência para a saúde coletiva (ver box) e a custos relativamente baixos para incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS). "Para os que quiserem conhecer mais do nosso portfólio, teremos material de divulgação disponível no estande. Também apresentaremos radiofármacos produzidos no IPEN e pôster do nosso novo programa de Pós-Graduação”, disse.
Zanardi se refere ao mestrado profissional em "Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde”, com áreas de concentração em: Processos de Radiação na Saúde e Radiofarmácia e Medicina Nuclear. A proposta institucional foi enviada à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em outubro deste ano, para avaliação e aprovação, e o resultado será divulgado no final de 2018. "É oportuno divulgar o novo programa num evento cujo foco é saúde”, diz.
Negócios e premiação - Durante o evento, será oferecido um espaço para uma Feira de Oportunidades e Rodas de Conversas, que permitirá aos pesquisadores apresentarem seus produtos/processos diretamente a empresas e a gestores como estratégia de investimento no desenvolvimento tecnológico. Também haverá espaço para órgãos reguladores, a fim de facilitar o acesso e a interlocução dos grupos pertencentes ao setor saúde às entidades relacionadas à inovação (Anvisa, Conep, INPI, CGEN, CTNBIO, Concea, Conitec, etc).
O evento terá como ponto alto a cerimônia de entrega do Prêmio de Incentivo à Ciência e Tecnologia e Inovação para o SUS 2017, cuja finalidade é valorizar a comunidade científica que contribui para o desenvolvimento das políticas públicas de saúde no país. O prêmio está na décima sexta edição e contabilizou 522 projetos inscritos em cinco categorias: Trabalho Científico Publicado; Tese de Doutorado; Dissertação de Mestrado; Produtos e Inovação em Saúde e Experiência Exitosa do Programa Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde – PPSUS.
Estão confirmados grandes nomes nacionais e internacionais, entre eles Christoph Thuemmler, da Edinburgh Napier University, Robert Negrin, da Stanford Medical School e Department of Chemistry, e Richard Frackowiak, da École Polytechnique Fédérale de Lausanne. A programação completa neste link.
Tecnologias a serviço da vida
Um produto que vai beneficiar diretamente pessoas cardiopatas que utilizam prótese em substituição à válvula cardíaca. Trata-se da bioprótese confeccionada a partir do pericárdio bovino utilizando nanocompósito a base de óxido de grafeno incorporado funcionalizado com Amino-PEG à bioprótese, que tem a capacidade de aumentar a resistência mecânica do material e minimizar o processo de calcificação, tornando o material biocompatível e diminuindo a sua toxicidade.
Essa maior durabilidade permite reduzir os gastos na área da saúde, com a diminuição das trocas das biopróteses. Outra vantagem é o que o paciente não necessita de outra cirurgia e a continuará com as suas atividades normais por um período maior. Uma terceira característica importante é a eficiência do uso da radiação ionizante para esterilizar os nanomateriais, não sendo necessário o uso de compostos tóxicos para o mesmo fim.
Espectômetro portátil – Na medicina preventiva, de diagnóstico ou de controle de tratamento de disfunções diversas, são usualmente empregados testes bioquímicos, realizados em soro. Contudo, em regiões de difícil acesso, o caso da Amazônia, por exemplo, onde o transporte ocorre em parte por barco e leva dias, é praticamente impossível esse procedimento convencional. Como alternativa, pesquisadores do Laboratório de Espectroscopia e Espectrometria das Radiações (LEER/CRPq) do IPEN desenvolveram um procedimento alternativo utilizando espectrômetro portátil de Fluorescência de Raios X.
Trata-se de um sistema portátil de fácil transporte, associado a um procedimento eficaz, rápido e de baixo custo, para prática clínica. Segundo estimativa do último Programa Nacional da Qualidade, ProEx/2017, cerca de 50 milhões de exames bioquímicos podem ser realizados por esse procedimento, cujo equipamento cabe em uma mala pequena. Outras vantagens são maior eficiência no pré-diagnostico e possibilidade de realizar análises clínicas com micro amostra, um benefício ao se considerar a utilização em recém-nascidos e prematuros.
Hidrogel – Todos os anos, milhões de pessoas morrem de queimaduras graves e a maioria dessas mortes é devido à perda da integridade da pele e à invasão microbiana. Feridas crônicas requerem cuidados constantes e por períodos prolongados. Nos últimos anos, é crescente o uso de hidrogéis como curativos para queimaduras e úlceras de pele, tendo em vista que ajudam na cicatrização e proporcionam conforto ao paciente por meio do alívio da dor. Para feridas com infecções locais, o IPEN testou a incorporação da prata, agente antimicrobiano de amplo espectro contra muitos patógenos.
No mercado internacional, esse curativos antimicrobianos baseados em NPAg já estão disponíveis. Porém, não há tecnologia nacional competitiva. Além disso, são curativos de baixo custo e altamente absorventes. Em 2015, a empresa de consultoria LABGRAF estimou o custo de produção piloto em apenas R$ 2 por curativo de 100 cm2 contendo nanopartículas de prata. "Fica a expectativa de que alguma empresa se interesse em produzir o material em larga escala. Temos muito a oferecer", conclui Zanardi.
-----Ana Paula Freire, Jornalista - MTb 172/AMda Assessoria de Comunicação Institucional (ACI) -
- 22/11/2017 - Consulado Geral da Alemanha promove 'visita cultural' ao Reator IEA-R1 do IPENNa tradição alemã, em vez de "festa" para celebrar o fim do ano, as empresas promovem algum evento cultural para seus funcionários. Neste dia, Consulado parou suas atividades para visitar o IPEN
Na tradição alemã, em vez de "festa" para celebrar o fim do ano, as empresas promovem algum evento cultural para seus funcionários. Neste dia, Consulado parou suas atividades para visitar o IPEN
O IPEN recebeu na manhã desta terça-feira, 21, a visita do cônsul geral da Alemanha, Alex Zeidler, e sua comitiva, composta de 30 pessoas, na Betriebsausflug2017 ("excursão de trabalho”, em português), uma tradição alemã equivalente à confraternização de fim de ano no Brasil. A diferença é que, em vez de "festa”, as empresas promovem algum evento cultural para os seus funcionários. Neste ano, a proposta do Consulado Geral da Alemanha foi de conhecer o Reator Nuclear de Pesquisas IEA-R1 do Instituto.
A comitiva foi recepcionada pelo diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino (DPDE), Marcelo Linardi, que apresentou o "IPEN em números”, com os principais indicadores do Instituto no âmbito da pesquisa, da inovação e do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/UPS. Linardi também mencionou o novo mestrado profissional – Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde, cuja proposta institucional foi submetida à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em outubro deste ano, para avaliação.
Antes da visita ao Reator, o grupo conheceu o Espaço Cultural Prof. Marcello Damy, onde aprendeu um pouco sobre a história e as realizações do IPEN ao longo de seis décadas. Em seguida, a comitiva se dirigiu ao Centro do Reator de Pesquisas (CRPq) para conhecer Reator IEA-R1, que este ano celebra seis décadas de operação. Durante todas as etapas da visita, os alemães faziam muitas perguntas, inclusive sobre os benefícios da energia nuclear para diversas áreas do conhecimento e a contribuição do IPEN nesse campo.
"Eles não faziam ideia de que tínhamos essa expertise no Brasil”, comentou Linardi, acrescentando que a maioria dos visitantes ficou muito bem impressionada com o Instituto e se disse surpreendida pela beleza do Campus. "Foi muito esclarecedor para nós”, afirmou o cônsul Alex Zeidler, que é físico de formação. Para ele, conhecer as atividades do IPEN, na área nuclear, foi bastante oportuno, sobretudo num momento em que a Alemanha vive um dilema quanto ao uso da energia nuclear no país.
"Há um debate político muito intenso lá [na Alemanha] sobre o que fazer com a energia nuclear no país. Alguns reatores estão sendo desativados, mas eles ainda estão avaliando se serão todos, ou se uma parte continuará em atividade”, explicou Linardi, que morou na Alemanha em dois períodos distintos: de 1988 a 1992 em Karlsruhe, onde cursou o doutorado no Karlsruher Institut für Technologie, e de 1996 a 1997 em Darmstadt, para estágio de pós-doutorado no Technische Universität Darmstadt.
Outro aspecto que chamou a atenção dos alemães foi o campus do IPEN, pois não imaginava uma estrutura tão grande e tão bem preservada. "Eles ficaram muito impressionados com a beleza do nosso campus, essa paisagem privilegiada que temos aqui”, disse Linardi. "Foi uma satisfação recebê-los no IPEN, inclusive salientando os frutos da colaboração passada entre Brasil e Alemanha, que originou o CCCH”, acrescentou o diretor da DPDE, referindo-se ao Centro de Células a Combustível e Hidrogênio, do qual foi gerente e é pesquisador.
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Ana Paula Freire, jornalista - MTb 172/AMda Assessoria de Comunicação Institucional -
- 22/11/2017 - Show do trio ´Última Inspiração' encerra a temporada 2017 de apresentações musicais no IPENEspetáculo do trio 'Última Inspiração' será em 22/11, às 12h30, no auditório do IPEN
Espetáculo do trio 'Última Inspiração' será em 22/11, às 12h30, no auditório do IPEN
O amor e a paixão nunca saem de moda. Foram e são fonte de inspiração para as mais belas canções da música popular brasileira. O trio "Última Inspiração" reuniu algumas dessas canções em um espetáculo que promove uma antologia poética e musica sobre as diversas emoções que envolvem o amor. As músicas percorrem um período que vais dos anos 1930 a 1960 destacando compositores como Noel Rosa, Lupicínio Rodrigues, Herivelto Martins e Vinícius de Mores, entre outros.Integram o "Última Inspiração" a cantora e compositora Rita Maria, a violoncelista Luciana Rosa e o pianista José Vieira. O grupo já se apresentou na Biblioteca Brasiliana José Mindlin, Casa das Rosas, Casa da Dona Yaya entre outros espaços culturais.A apresentação, que encerra a temporada 2017 das Quartas Musicais no IPEN, é resultado de uma parceria com o Laboratório de Música de Câmara (LAMUC) do Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP.
As apresentações têm a curadoria do Prof. Michael Alpert.
Informações: Assessoria de Comunicação Institucional (ACI) do IPEN: tel. 11 3133-9092, 9095, e-mail pergunta@ipen.br .
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- 13/11/2017 - Com apenas três anos em operação, Laboratório Multiusuário do CCN chega à 1000ª amostra analisadaPesquisadores e técnicos comemoram duplamente: a marca em si e o fato de a amostra, coincidentemente, ter sido de pesquisa realizada no próprio Centro.
Pesquisadores e técnicos comemoram duplamente: a marca em si e o fato de a amostra, coincidentemente, ter sido de pesquisa realizada no próprio Centro.
O Laboratório Multiusuário de Análises por Difração de Raios X (DRX), do Centro do Combustível Nuclear (CCN), registrou, no final de outubro, a milésima amostra analisada, um marco importante para a unidade e para o IPEN, considerando que o equipamento é relativamente novo – foi adquirido em 2014, por meio de projeto Finep. Por uma oportuna coincidência, o material analisado é de uma pesquisa do próprio Instituto, razão para que o fato fosse duplamente comemorado.
A difração de raios X é uma das técnicas analíticas mais poderosas para caracterização de materiais sólidos (que são materiais cristalinos em sua maioria). Além de não destrutiva, a análise é rápida e utiliza pouca quantidade de amostra, normalmente sem muitos requisitos de preparação. Assim, é muito empregada na análise de polímeros, metais, semicondutores, minerais, fármacos e até obras de arte. É por meio da análise por DRX que os pesquisadores obtêm informações qualitativas e quantitativas das fases cristalinas presentes no material, do teor de cristalinidade e de sua a estrutura cristalina.
"Como a própria definição da técnica, é uma análise que se baseia na aplicação de raios X no material. Com o fenômeno da difração, que acontece no interior desse material, nós conseguimos analisar a distâncias dos planos cristalinos que o compõem. É como se fosse a 'impressão digital' do material, porque cada um possui um padrão de difração específico”, explica o químico Rafael Henrique Lazzari Garcia, pesquisador do CCN e coordenador do Laboratório.
Essa "impressão digital”, que é o padrão de difração virtualmente único para cada material quando submetido a raios X, é importante para caracterização de qualquer estrutura sólida. Mesmo em uma mistura de substâncias, cada uma produz seu padrão independentemente da outra. Rafael explica que parâmetros de síntese e processamento dos materiais também modificam o padrão de difração. Assim, a DRX é uma ferramenta não só de controle de qualidade, mas também para identificação, pesquisa e desenvolvimento de novos materiais.
"Um dos nossos focos principais é o controle de qualidade. Porque na etapa de produção do material físsil que vai dentro do combustível nuclear, é preciso ter controle das fases cristalinas que estão sendo produzidas. No combustível do Reator IEA-R1, é utilizado siliceto de urânio. Na etapa de fusão do urânio com silício, realizada no CCN, várias fases cristalinas de siliceto de urânio podem ser formadas, e cada uma delas possui comportamento diferente sob irradiação, no reator. Assim, esse controle de qualidade é fundamental para a segurança da operação do reator”, diz Rafael.
Para o pesquisador, chegar a essa marca traz a sensação de que o grupo está realizando um "trabalho valioso”, não apenas para o CCN, mas para o IPEN como um todo. "Diversos pesquisadores do Instituto e também de fora nos procuram buscando soluções para seus projetos. Então, ficamos muito felizes de poder contribuir com as pesquisas de todos os que vêm aqui e de fazer com que o valor investido no equipamento – mais de US$ 100 mil – esteja dando retorno”, afirma Rafael.
Segundo ele, o caráter multiusuário também é importante porque possibilita novas parcerias e resultados de maior impacto. O trabalho em colaboração, destaca Rafael, é fundamental para o avanço de qualquer pesquisa, e é um dos conceitos que se busca no Laboratório de Análises por DRX. Essa opinião é compartilhada pelo técnico José Marcos, especialista em gestão de produção industrial, que foi o responsável pela milésima análise. "Nós trabalhos de forma cooperativa. O CCN tem várias atividades, inclusive a produção, então, dar esse apoio técnico é fundamental para o Centro, mas também para mim, pela possibilidade de aprender e de contribuir para a pesquisa do setor e do Brasil”.
O que caracteriza um laboratório multiusuário é a sua utilização não apenas por pesquisadores do setor ou da instituição onde está alocado, mas, também, para profissionais de outras, desde que as análises sejam para fins acadêmicos. Ele salienta que o Laboratório de Análise por DRX está à disposição de professores, pesquisadores e pós-graduandos e, para utilizá-lo, basta seguir o passo a passo descrito neste link. "Está tudo on-line, o que facilita bastante. Existe uma fila, pois damos prioridade à produção do CCN, mas todos os que requisitam são atendidos. O equipamento não fica parado, inclusive nos fins de semana”, diz.
A pesquisa – A milésima amostra foi alumineto de urânio, um material que está sendo estudado para utilização como alvo de urânio para a produção de molibidênio-99 no Reator Multipropósito Brasileiro (RMB). O 99Mo é principal matéria-prima para o radioisótopo tecnécio-99m, que serve como base para mais de 30 outros radioisótopos utilizados em 80% dos procedimentos de medicina nuclear. Atualmente, é importado da Argentina, Rússia e África do Sul, e a expectativa é de que, com o RMB em operação, o Brasil adquira autossuficiência na produção.
"Minha pesquisa visa desenvolver a tecnologia de fabricação de alvos de irradiação, que são miniplacas de aluminetos de urânio destinadas à produção de 99Mo em reatores produtores de radioisótopos. Para isso, são necessárias as análises de difração de raios X para se conhecer e quantificar as fases cristalinas dos aluminetos de urânio presentes nessas miniplacas. Dessa forma, é fundamental termos esse equipamento disponível, pois permite garantir um controle de qualidade em toda cadeia produtiva das miniplacas”, afirma Giovanni Romeiro Conturbia, servidor e doutorando em Tecnologia Nuclear (IPEN/USP).
Essas miniplacas, ressalta, serão, no futuro, irradiadas no RMB, para a produção de Mo-99/Tc99m, "possibilitando ao país a nacionalização e a autossuficiência na produção de molibdênio-99”, acrescenta Giovanni, que é orientado pelo pesquisador Michelangelo Durazzo, gerente de pesquisa do CCN.
Contatos:Centro do Comustível Nuclear: ccn@ipen.br – Fone: (11) 3133-9269MSc. Rafael Lazzari: rlgarcia@ipen.brMSc. Giovanni Conturbia: gconturbia@ipen.br---------------------------------
Ana Paula Freire, da Assessoria de Comunicação InstitucionalJornalista - MTb 172-AM -
- 09/11/2017 - IPEN participa de publicação pioneira sobre uso da radiação para preservação de bens culturaisPor seu protagonismo, Instituto é o único da América Latina a integrar essa obra essencial, editada pela Agência Internacional de Energia Atômica
Por seu protagonismo, Instituto é o único da América Latina a integrar essa obra essencial, editada pela Agência Internacional de Energia Atômica
O IPEN é o único Instituto da América Latina a participar do livro "Uses of Ionizing Radiation for Conservation for Tangible Cultural Heritage” (Usos de Radiação Ionizante para Conservação para Patrimônio Cultural Tangível, em tradução livre). É a primeira publicação do gênero no mundo, editado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), e já está disponível tanto na versão on-line quanto impressa (ISBN 978-92-0-103316-1 - STI/PUB/1747), ao preço de €50. Três dos 26 capítulos são de autoria do pesquisador Pablo Vasquez, coordenador do Irradiador Multipropósito de Cobalto-60, do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR).
A obra destaca a aplicação da radiação ionizante para desinfecção e restauração de objetos do patrimônio cultural e fornece orientações e diretrizes para tecnólogos de radiação que pretendem colaborar com curadores de arte, restauradores, historiadores e arqueólogos sobre o uso desta avançada tecnologia. Para se ter uma dimensão da importância dessa publicação, basta dizer que ela vem sendo discutida desde 2012, quando a AIEA convocou especialistas das principais instituições internacionais para diversas reuniões com o objetivo de compilar as informações e organizá-las em capítulos.
A conservação do patrimônio cultural é um dever para todos países, "por razões de ética”, segundo John Havermans, que assina a Introdução. Ele diz, no entanto, que os "tomadores de decisão” começaram a perceber "muito lentamente” a importância de se conservar obras e objetos de arte, especialmente coleções de museus, bibliotecas e arquivos, e que se trata de "um investimento valioso a longo prazo para a cultura dos cidadãos e para a economia”. O autor salienta que a acessibilidade de um patrimônio cultural depende das condições em que ele é apresentado ao público.
Essas condições dependem de ações de conservação preventiva e de longo prazo, e de possíveis restaurações. "Materiais sensíveis exibidos em um ambiente agressivo podem sofrer ataques químicos (de poluentes, umidade relativa inadequada, luz excessiva, etc.), levando a dano irreversível em apenas algumas semanas”, diz Havermans, que é cientista técnico e consultor do TNO Environmental Chemistry, organização holandesa independente de pesquisa sediada que tem como missão "conectar pessoas e conhecimentos para criar inovações que promovam a força competitiva da indústria e o bem-estar da sociedade de forma sustentável”.
Tecnologia segura
Havermans destaca ainda que, embora a tecnologia de radiação venha sendo utilizada com sucesso nos últimos anos, inclusive com a participação efetiva de museus e bibliotecas, sua maior aceitação dependerá de uma atuação "cientificamente convincente” para os usuários finais. Ou seja, o público não especializado precisa estar convicto de que a irradiação é uma tecnologia segura e não provoca mudanças nas propriedades funcionais ou decorativas do material irradiado, bem como não compromete a sua autenticidade. Para isso, é fundamental uma postura científica adequada.
"Os profissionais que atuam em instalações de irradiação devem ter uma profunda compreensão dos efeitos da radiação sobre os materiais básicos tipicamente utilizados nos artefatos e devem proceder as abordagens científicas corretas necessárias para garantir segurança e longevidade do material”, diz, acrescentando que também são fundamentais estudos documentados prévios para orientar esses profissionais na concepção de metodologias de tratamento adequadas para quaisquer novos aplicativos.
Nesse sentido, conclui Havermans, o livro traz informações essenciais relacionadas aos efeitos de radiação ionizante nas propriedades físicas dos artefatos, às características de fontes de radiação que podem ser usadas no tratamento, procedimentos de controle de processo e algumas das aplicações bem-sucedidas da tecnologia de radiação para preservação e consolidação do patrimônio cultural. "Informações essenciais para melhorar a interação entre as partes interessadas na maior aceitação e uso dessas técnicas de processamento aplicadas a bens culturais”.
Protagonismo do IPEN
A relevante contribuição do IPEN na preservação do patrimônio cultural utilizando radiação resultou em três capítulos no livro, todos de autoria de Pablo Vasquez. No capítulo 5, "Fundamentals of Radiation Processing Technology” (Fundamentos de Tecnologia de Processamentos de Radiação), são abordados aspectos técnicos do processo de irradiação ionizante, tais como determinação correta dos padrões de distribuição de dose. "O sucesso da tecnologia depende principalmente da capacidade de controlar com precisão a dose absorvida especificada para o produto e validá-lo através de uma dosimetria confiável”, explica Vasquez.
No capítulo 6, "Sources and Equipment in Radiation Technologies" (Fontes e Equipamentos em Tecnologias de Radiação), o pesquisador apresenta tipos de instalações usadas para aplicações regulares de processamento de radiação que pode ser usado para irradiar bens do patrimônio cultural. São basicamente duas categorias: instalações de irradiação gama utilizando fontes seladas contendo radionuclídeos como 60Co ou 137Cs e instalações que usam geradores de radiação, como aceleradores de elétrons (EB) com energias até 10 MeV e geradores de raios X com energias até 5 MeV.
Vasquez explica que a maior capacidade de penetração de raios gama e raios-X permite processamento de produtos relativamente grandes e densos, enquanto os EBs são adequados para irradiar materiais finos, mas fornecem um rendimento mais alto a um custo menor por unidade de produto quando grandes quantidades são processadas. "A distribuição uniforme de dose de radiação para os produtos é um parâmetro crítico nas aplicações de processamento de radiação, incluindo desinfestação ou consolidação de artefatos patrimoniais culturais, que podem às vezes ser volumosos ou de forma irregular.
"Isso requer metodologias de tratamento adequadas usando irradiadores industriais gama e instalações EB que podem fornecer campos de radiação uniformes cobrindo grandes áreas”, explica Vasquez. O capítulo é ilustrado com modelos de instalações, sendo uma industrial de radiação gama, uma de processamento de EB projetada para processar um alto volume de produtos e outra um irradiador com conversor de raios-x. O pesquisador explica as características e o funcionamento de cada uma.
No capítulo 23, "The State of the Art in Radiation Processing for Cultural Heritage in Brazil” (O Estado da Arte no Processamento de Radiação para o Patrimônio Cultural no Brasil), Vasquez destaca a contribuição do IPEN no uso da radiação gama para a preservação de bens culturais. As obras são processadas no Irradiador Multipropósito de Cobalto-60, uma tecnologia 100% brasileira, pioneira no País. Em atividade desde 2004, essa instalação tem sido utilizada para desinfestação, desinfecção e esterilização de diversos tipos de patrimônio cultural, materiais arquivados, madeira, couro, têxteis e outros diversos.
"Essas atividades tiveram um impacto social significativo, e museus, bibliotecas, colecionadores, conservadores e outros se beneficiaram desse uso de tecnologia de radiação”, diz Vasquez. Em seguida, o autor apresenta alguns dos principais acervos que passaram pelo processo de descontaminação, tais como o acervo cultural do município colonial de São Luiz de Paraitinga, que sofreu inundação e teve seu patrimônio coberto de lama, a coleção particular de incunábulos (livros produzidos entre 1450 e 1500) de Juan Carlos Repucci, e uma pintura peruana do século XVII.
Para Vasquez, todo esse trabalho realizado no IPEN ao longo de quase duas décadas foi decisivo para a sua participação no livro. "Estudar o efeito da radiação gama em acervos e bens culturais foi um trabalho pioneiro, e esse pioneirismo é reconhecido pela Agência [Internacional de Energia Atômica], que sempre nos apoiou em nossas atividades. Nosso Irradiador tornou-se um modelo de referência para o processamento por radiação não apenas no Brasil, mas também em nível mundial”, destaca o pesquisador, acrescentando que todos os autores presentes no livro se ajudaram mutuamente, em todos os tópicos. "É um trabalho realmente coletivo”, conclui.
Para acessar a versão on-line, clique aqui
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Ana Paula Freire, da Assessoria de Comunicação InstitucionalJornalista - MTb 172-AM -
- 08/11/2017 - Pesquisador do IPEN profere palestra no SENACPalestra sobre Proteção Radiológica em unidade do SENAC esclarece dúvidas sobre o tema
Palestra sobre Proteção Radiológica em unidade do SENAC esclarece dúvidas sobre o tema
O pesquisador Roberto Vicente, da Gerência de Rejeitos Radioativos (GRR), proferiu palestra sobre Energia Nuclear, com foco em Proteção Radiológica para alunos do SENAC, unidade Tiradentes da capital paulista. A palestra aconteceu em 8 de novembro para um público de aproximadamente 100 pessoas.
Christina de Lima, representante da unidade do SENAC Tiradentes, destacou a importância da palestra que, segundo ela, "atingiu o objetivo de conscientizar e fortalecer a cultua de prevenção de acidentes radiológicos".
As palestras são oferecidas gratuitamente de acordo com a disponibilidade dos pesquisadores voluntários e podem ser agendadas por intermédio da Assessoria de Comunicação Institucional (ACI) mediante envio de mensagem ao e-mail pergunta@ipen.br
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- 06/11/2017 - Aplicações e novas tecnologias para aceleradores de elétrons serão tema de workshop no IPENO workshop internacional AcEL será realizado no IPEN nos dias 6 e 7/11 com apoio do Instituto Fraunhofer (FEP) da Alemanha
O workshop internacional AcEL será realizado no IPEN nos dias 6 e 7/11 com apoio do Instituto Fraunhofer (FEP) da Alemanha
O Centro de Tecnologia das Radiações (CTR) do IPEN, em parceria com o Instituto Fraunhofer, (FEP), Alemanha, e o Centro Alemão de Ciência e Inovação (DWIH) promovem oworkshop"AcEL – Accelerated Electrons for Life”, entre os dias 6 e 7 de novembro de 2017.
O objetivo do evento será reunir especialistas, representantes de empresas e instituições de pesquisa para discutir as principais aplicações e novas tecnologias com aceleradores de elétrons. Dentre as aplicações possíveis, encontram-se o tratamento de efluentes, produção de vacinas, desinfecção de sementes e esterilização de alimentos e embalagens.
O evento tem coordenação do pesquisador Samir Luiz Somessari e conta com a participação no Comitê Científico de Anna Lucia Casanas H. Villavicencio, Margarida Mizue Hamada e Mônica Beatriz Mathor Todos pesquiadores do CTR.
Mais informações:
https://www.fep.fraunhofer.de/en/events/AcEL.html#tabpanel-2
Inscrições:
https://www.fep.fraunhofer.de/en/events/reg-AcEL-por.html
Contato no IPEN:
Dra. Solange Kazumi Sakata, do CTR. Tel. (11) 3133-9864 - e-mail:sksakata@ipen.br. -
- 27/10/2017 - World Nuclear University - School on Radiation Technologies 2017O evento, realizado de 16 a 27/10, foi sediado pela primeira vez no Brasil e contou com participantes de mais de uma quinzena de países
O evento, realizado de 16 a 27/10, foi sediado pela primeira vez no Brasil e contou com participantes de mais de uma quinzena de países
O IPEN sediou, durante o período de 16 a 27 de outubro de 2017, a World Nuclear University(WNU) que tem entre seus apoiadores a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O objetivo da WNU é desenvolver a educação internacional e liderança na área das aplicações pacíficas da energia nuclear por meio de treinamento para líderes nucleares. A 4ª edição da WNU School on Radiation Technologies Field contou com palestras, sessão de pôsteres, trabalhos interativos e visitas técnicas. O evento é voltado para profissionais que atuam na área de tecnologia das radiações ionizantes. Dentre os objetivos da 4ª da WNU estavam o oferecimento de uma visão ampla do cenário de produção de radioisótopos e tecnologias da radiação, desafios na área de comunicação e desenvolvimento de habilidades de liderança.O evento foi coordenado por Patricia Wieland e contou com a participação de renomados pesquisadores internacionais.