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- 27/07/2022 - Técnica inovadora para consolidação de esculturas ganha primeiro teste em escala piloto no IPEN-CNENMétodo utiliza raios gama para curar (solidificar) resinas, que são impregnadas nas cavidades de peça em estado de deterioração
Método utiliza raios gama para curar (solidificar) resinas, que são impregnadas nas cavidades de peça em estado de deterioração
Técnica inovadora de consolidação para objetos de valor cultural que utiliza radiação ionizante a partir de uma resina radiocurável começa a ser testada no IPEN/CNEN de forma pioneira no Brasil. O teste "piloto” será em uma escultura de São Jerônimo, do acervo do Museu do Palácio dos Bandeirantes, uma peça de 1,20m, que está em processo de deterioração, com diversos "orifícios” em toda a sua extensão.
A consolidação consiste na impregnação ou preenchimento dos espaços vazios dentro de uma escultura por uma resina e posterior cura, processo que dá uma ‘segunda vida’ ao objeto. O que é inovador, na recuperação da imagem de São Jerônimo, é o uso de uma resina radiocurável, ou seja, catalisada ou sensível à radiação, de maneira que a peça possa ser totalmente preenchida e depois restaurada.
O processo inicia-se com a análise do objeto mediante técnicas nucleares não destrutivas como são a radiografia e a tomografia. Uma vez verificado o problema, a escultura é colocada dentro de reator que utiliza vácuo incialmente para impregnar os microporos da peça com a resina. Posteriormente, é aplicada pressão positiva utilizando nitrogênio gasoso por até 24 horas.
A etapa seguinte está relacionada à irradiação com raios gama no Irradiador Multipropósito de Cobalto-60, do Centro de Tecnologia das Radiações (CETER) do IPEN-CNEN, processo que cura resina, fazendo com que o líquido passe ao estado sólido, de modo que a escultura seja consolidada.
Na sequência, os pesquisadores utilizarão técnicas de caraterização analítica como o imageamento – raios-x e tomografia – para conferir a efetividade do processo, verificando se os poros foram totalmente preenchidos pela resina. Finalmente, mas não menos importante, vem a restauração propriamente dita, que conta com a utilização de técnicas tradicionais para restituir a parte exterior do objeto.
A pesquisa
Para que estas etapas pudessem ser concretizadas, participaram Maria Aparecida de Pereira e Anderson de Jesus, alunos do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear do IPEN, realizando uma série de pesquisas a fim garantir a produção de uma resina única e que atendesse todas as condições essenciais (processo reversível, caso necessário). O passo seguinte da equipe foi projetar o reator e utilizar as técnicas de imageamento para analisar o interior da escultura.
A equipe do IPEN-CNEN é composta pelo coordenador das atividades de pesquisa e aplicação relacionadas à preservação de objetos de patrimônio cultural com radiação ionizante e responsável pelo Irradiador Multipropósito de Cobalto-60, Pablo Vásquez, a pós-doutoranda Maria José Alves de Oliveira, os técnicos Vagner Fernandes, José Aparecido Nunes e Edmilson Carneiro, e o responsável pelo apoio administrativo, Juan Santos.
Também participa do projeto a restauradora-conservadora do Museu do Palácio dos Bandeirantes, Adriana Pires. Vásquez e Pires estão à frente da parceria de mais de 10 anos entre os dois órgãos, para restauro de obras e conta com o apoio da Curadora do Acervo Artístico – Cultural dos Palácios de Governo de São Paulo, Ana Cristina Carvalho. Eles discutiram a ideia dessa iniciativa, pela primeira vez, durante um simpósio realizado no IPEN-CNEN, em 2019.
"Eu vi essa técnica na França e então lembrei que tínhamos essa escultura. Já havíamos tido muitas perdas. Ela foi comprometida estruturalmente e não conseguíamos, através dos nossos métodos, consolidá-la, para então poder finalizar o restauro. Quando fui convidada pelo Pablo para o simpósio, falei sobre esse trabalho”, relembra Pires.
Vásquez disse que, na época, o projeto teve seu início impossibilitado pela falta de recursos e estudos de referência. "Os alunos estavam apenas iniciando os estudos materiais e ainda não tínhamos as ferramentas nem as condições necessárias”, conta o pesquisador, que também fez questão de ressaltar a importância da parceria com o Palácio dos Bandeirantes.
"Se não fosse pela peça providenciada pela Adriana, não poderíamos ter realizado o nosso primeiro estudo em um objeto real. Não seria possível iniciar a pesquisa aplicada, inovadora, com testes em escala piloto”, salientou o pesquisador.
A importância dessa técnica está fundamentada na possibilidade de proporcionar uma "segunda vida” a um objeto de patrimônio cultural tangível cuja estrutura foi comprometida integralmente. "Foi muito degradado, seja por insetos ou pelo tempo, e estava repleto de porosidades. Não era possível sequer manipular o mesmo devido ao seu grau de fragilidade, e, se não fossem os métodos que estamos aplicando, continuaria se deteriorando”, afirma Vásquez.
A escultura que está sendo trabalhada é de São Jerônimo, conhecido por traduzir os primeiros livros da bíblia, do Hebraico para o Latim, e tem uma importância histórica para o Palácio dos Bandeirantes.
Dos testes ao restauro
Os estudos sobre a melhor fórmula para as resinas constituíram o início do projeto. A equipe realizou os testes para garantir a melhor mistura, em condições laboratoriais, e chegou a uma composição que une um polímero comercial com outro natural. A fórmula química da substância foi desenvolvida por Oliveira."No período da pandemia, fizemos experimentos preliminares para saber se o resultado seria o esperado, quando a resina fosse impregnada na escultura. O Pablo foi testando as condições de irradiação, enquanto fomos fazendo as caracterizações e selecionamos as fórmulas mais adequadas. Agora, a expectativa é muito boa e tenho certeza de que vai dar certo, pois já realizamos várias provas bem-sucedidas”, disse a pós-doutoranda.
A resina desenvolvida é uma das grandes novidades do estudo e possui três características imprescindíveis para a realização da técnica empregada. O primeiro requisito é que a substância possa ser curada pela radiação ionizante – capaz de passar do estado líquido para o sólido com a radiação gama. Isso possibilita a utilização do Irradiador Multipropósito de Cobalto-60 para promover a consolidação, tendo a vantagem de empregar apenas a radiação ionizante, sem necessidade de catalisadores ou reagentes químicos.
A segunda característica desejada é que a resina pudesse ser removida com solvente caso necessário (processo reversível). A última premissa era a propriedade da permeabilidade – facilidade da resina de percorrer no vácuo – para penetrar em todos os microporos da escultura.
Antes da execução do método empregado, a caraterização do objeto com técnicas analíticas, como a tomografia e os raios x é fundamental, permitindo o imageamento do objeto e a localização de cavidades e poros. Estas caracterizações foram realizadas no Hospital Universitário (HU) da USP e no CECON-IPEN.
Em etapa posterior, a peça foi submetida ao pequeno reator, desenvolvido sob medida para o projeto. O reator é capaz de criar um vácuo que força a entrada da resina nos microporos da escultura, que fica submersa na substância, dentro da estrutura assim como a indução de uma pressão positiva. O processo leva arredor 24 horas para ocorrer.
"O reator consegue controlar o vácuo e manter a escultura fixa, durante um determinado tempo, para que a resina consiga impregnar os microporos. Trata-se do método mais eficaz, porque as condições da pressão permitem que a resina penetre o objeto por completo. Em outras técnicas, é comum injetar as resinas a olho nu apenas utilizando uma seringa. Mas, nesses casos, preencheria apenas os microporos da superfície”, diz Vásquez.
A etapa seguinte é tratar a peça com raios gama no Irradiador Multipropósito de Cobalto-60. A irradiação solidificará a resina e consolidará a escultura. O tempo estimado para a duração dessa fase do projeto é de dois dias. "Este processo deve ocorrer de forma lenta, uma vez que a escultura não poderá ser exposta a altas taxas de dose de radiação devido ao fato de que a reação de cura é exotérmica. Esse cuidado é necessário porque a escultura conta com partes de madeira, que podem ser dilatadas com a liberação de calor que ocorre no processo”, explica.
Após a consolidação, o pesquisador do CETER diz que a equipe utilizará novamente as técnicas de imagem para verificar se realmente todos os microporos foram preenchidos pela resina.
A última etapa, a do restauro, ficará a cargo de Pires, que utilizará as técnicas tradicionais para reconstituir a parte exterior da escultura. Ela explica que, para este procedimento, é necessário "dar algumas camadas de policromia, para completar alguns pedaços que estão faltando, e então a escultura estaria pronta para ser exposta novamente”. A restauradora diz que essa parte é um pouco mais demorada e deve levar cerca de três meses.
A equipe agradece a todos os envolvidos para que essa pesquisa pudesse ser realizada. Vásquez faz questão de nominar Claudio Campi de Castro, Wilma Monteiro Frésca, Antonio Carlos Gomes Junior, Marcelo Favero Fresqui, Elvis Aparecido de Camargo e Antonio Carlos Matioli, da Comissão de Ensino e Pesquisa do HU-USP /COMEP- Comite de ética em Pesquisa do HU, que viabilizaram a realização da tomografia digital.
Pela radiografia digital realizada no departamento CECON- IPEN, Vásquez destaca o apoio da equipe do pesquisador Michelangelo Durazzo, com suporte do Felipe Bonito J. Ferrufino. Os agradecimentos são extensivos à Empresa REICHHOLD, representada pelo Cristian Lorenzetto Campos Technician Assistance, no Brasil, patrocinador e doador das resinas, a Carlos Alberto Zeituni, Samir Somessari e Margarida M. Hamada, gerentes do CETER/IPEN, e à Agencia Internacional de Energia Atômica – AIEA.
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Leonardo Novaes, estagiário
(Com supervisão) -
- 19/07/2022 - Estudantes de Instituto Militar de Engenharia visitam Centros de Pesquisa do IPEN-CNENUma das atividades corriqueiras do IME, a visitação tem como objetivo apresentar aos alunos aspectos relacionados à parte prática dos conteúdos vistos em sala de aula
Uma das atividades corriqueiras do IME, a visitação tem como objetivo apresentar aos alunos aspectos relacionados à parte prática dos conteúdos vistos em sala de aula
O IPEN-CNEN recebeu 31 visitantes do Instituto Militar de Engenharia (IME), entre professores e alunos, nos dias 18 e 19. Os mestrandos conheceram alguns dos Centros de Pesquisa do Instituto, como o de Engenharia Nuclear (CEENG), o de Tecnologia das Radiações (CETER) e o do Reator de Pesquisas (CRPQ), além da Gestão de Rejeitos Radioativos (SEGRR). A excursão faz parte de um programa de visitações proposto aos alunos do IME para que possam observar, na prática, os assuntos tratados em sala de aula.
A comitiva foi liderada pelo chefe da Seção de Engenharia Nuclear, coronel Avelino dos Santos, e pelo coordenador do curso de mestrado, Wallace Valory Nunes. Ambos entendem que a visita é muito proveitosa por servir de complemento aos estudos realizados.
No primeiro dia, a diretora substituta do IPEN-CNEN, Isolda Costa, recepcionou os visitantes no Espaço Cultural Marcello Damy, no prédio da Superintendência, onde acompanharam a exposição "O IPEN e sua História”. O pesquisador do CEENG, Antônio de Souza, fez uma apresentação introduzindo conceitos sobre o projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), principal empreendimento do País para a área nuclear, cuja Coordenação Técnica está no Instituto.
O primeiro centro visitado pela comitiva foi o CEENG. O gerente, Marcelo da Silva Rocha, acompanhou a visita e fez uma apresentação sobre as instalações, pesquisadores e linhas de pesquisa desenvolvidas. Na sequência, Souza fez novamente uma explanação sobre o RMB, apresentando mais detalhes referentes ao empreendimento, e então os visitantes seguiram para conhecer o Reator IPEN/MB-01, localizado no próprio CEENG.
No segundo dia, o titular da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD) da CNEN, Madison Almeida, fez questão de vir ao IPEN e recepcionou a comitiva, novamente no prédio da Superintendência, acompanhado de Isolda Costa. Almeida conduziu uma apresentação sobre o Instituto na Sala do Conselho Superior, mencionou os Centros de Pesquisa e projetos em curso, ressaltando os benefícios oferecidos à sociedade pela energia nuclear.
Na sequência, Costa fez apresentação sobre o programa de mestrado do Instituto e passou a palavra para o coronel Avelino dos Santos. O visitante destacou a grandiosidade do IPEN-CNEN e entregou a Costa, em nome do IME, um certificado com agradecimentos pela recepção.
No CETER, o gerente adjunto de Produtos e Serviços em Tecnologia das Radiações, Samir Somessari, conduziu a comitiva ao Acelerador de Elétrons. Pablo Vasquez foi quem apresentou o Irradiador Multipropósito de Cobalto-60. Em visita ao CERPq, os integrantes do IME foram recepcionados por Alberto de Jesus Fernando, responsável pela operação do Reator IEA-R1, que lhes explicou sobre o funcionamento e os acompanhou pelas instalações. Por fim, o chefe substituto e tecnologista do SEGRR, Ricardo Nunes de Carvalho, e o gerente do setor, Julio Marumo, apresentaram o setor de Gestão dos Rejeitos Radioativos.
Conhecimento prático
Avelino considera os institutos da CNEN como um "forte parâmetro” de aprendizagem aos alunos e por isso considerou a visita como "muito proveitosa”. Segundo ele, o intuito é "demonstrar aos alunos, para além do banco escolar, o lado funcional das atividades desenvolvidas na área nuclear”. As expectativas – acrescentou – eram fortalecer o clico de aprendizagem dos alunos ao acompanharem de maneira prática os conteúdos vistos em sala de aula.
Wallace Nunes também avalia que a excursão aos Centros de Pesquisas é de grande importância para a formação dos mestrandos. Para ele, a possibilidade de os estudantes conhecerem as aplicações da engenharia nuclear favorece a formação por possibilitar vislumbrar a atuação e esclarecer sobre possíveis áreas de estudo para desenvolvimento da dissertação de mestrado.
Sobre o IME: Instituição de ensino do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), o IME é responsável, no âmbito do Exército Brasileiro, pelo ensino superior de Engenharia e pela pesquisa básica. Ministra cursos de graduação, pós-graduação e extensão universitária para militares e civis. Insere-se no Sistema de Ciência e Tecnologia do Exército, cooperando com os demais órgãos, por meio da prestação de serviços e pela execução de atividades de natureza técnico-científicas. Pelo ensino e pela pesquisa, também é importante ator para o desenvolvimento científico-tecnológico do País.-----
Leonardo Novaes, estagiário
(com supervisão) -
- 13/07/2022 - IPEN-CNEN recebe visita de diretores da Idaho National Laboratory para firmar parceriaPesquisadores do laboratório estadunidense visitaram o Instituto e também discutiram sobre novas colaborações
Pesquisadores do laboratório estadunidense visitaram o Instituto e também discutiram sobre novas colaborações
O IPEN-CNEN recebeu, entre os dias 11 e 13 de julho, a vista de dois diretores do Idaho National Laboratory (INL). O encontro foi um desdobramento da parceria firmada com a Batelle, rede de laboratórios estadunidense, em 2021 e que já havia resultado na vinda do pesquisador Aaron Craft para firmar colaboração entre o IPEN e a INL no âmbito do imageamento de nêutrons.
Os encarregados pelo projeto RMB receberam os diretores Ronald A. Crone, do complexo de teste de materiais e combustíveis e Sean O’Kelly, do complexo de teste de reatores avançados. Também foi feita uma apresentação sobre o INL Sala do Conselho Superior.
Durante o período no Instituto, os diretores da INL também visitaram as instalações do Reator Nuclear de Pesquisa IEA-R1 , no Centro do Reator Nuclear de Pesquisa (CERPQ), do Reator IPEN/MB-01, no Centro de Engenharia Nuclear (CEENG), além do Centro do Combustível Nuclear (CECON) e do Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CCTM).
Segundo Frederico Genezini, gerente do CRPQ , além das discussões sobre o aprofundamento da colaboração, também houve discussões no âmbito de novas oportunidades de interações para além do foco inicial, como segurança cibernética ou danos de radiação em materiais. Ele destaca que novas parcerias entre os centros de pesquisa do IPEN-CNEN e a INL podem ser firmadas.
Leonardo de Novaes, estagiário
(com supervisão) -
- 13/07/2022 - Diretora geral adjunta na área de ciências e aplicações da AIEA visita o IPEN-CNENNajat Mokhtar, diretora geral adjunta e chefe do Departamento de Ciências Nucleares da AIEA, cumpriu extensa agenda no Pais visitando institutos da CNEN, empresas e instalações da Marinha
Najat Mokhtar, diretora geral adjunta e chefe do Departamento de Ciências Nucleares da AIEA, cumpriu extensa agenda no Pais visitando institutos da CNEN, empresas e instalações da Marinha
O IPEN-CNEN recebeu na tarde da última quarta-feira (14) a visita de Najat Mokhtar, diretora geral adjunta e chefe do Departamento de Ciências e Aplicações Nucleares da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), acompanhada de Raul Ramirez Garcia, responsável pela Divisão para América Latina e Caribe do Departamento de Cooperação Técnica da AIEA. Aldo Malavasi Filho, pesquisador da Amazul e ex-vice-diretor geral do Departamento de Ciências e Aplicações Nucleares da AIEA também acompanhava as autoridades internacionais.
O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Paulo Roberto Pertusi, o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD/CNEN), Madison Almeida e a diretora substituta do IPEN, Isolda Costa, receberam a comitiva no espaço cultural Marcello Damy, onde apresentaram a exposição "O IPEN e sua História”. Patrícia da Silva Pagetti de Oliveira, coordenadora técnica do projeto do Reator Multipropósito (RMB) apresentou informações sobre o empreendimento.
Na sala do Conselho Superior, os representantes do IPEN e da CNEN apresentaram aspectos da história, e contribuição do instituto para o desenvolvimento de pesquisas e tecnologias para o País ao longo das últimas seis décadas.
Por parte do IPEN, também estiveram presentes Katia Cristina Santos, coordenadora de Administração e Infraestrutura (COADM), os gerentes adjuntos do Centro de Tecnologia das Radiações (CETER), Samir Somessari e Margarida Hamada, Italo Henrique Alves, como representante da Coordenadoria de Planejamento e Gestão (COPLG) e o gerente do Centro de Radiofarmácia (CECFR), Emerson Bernardes.
A visita técnica teve início no Centro do Reator Nuclear de Pesquisas (CERPQ) onde a comitiva foi recebida pelo gerente do centro, Frederico Genezini, que mostrou o funcionamento do Reator Nuclear de Pesquisa, IEA-R1.
Na sequência, a comitiva visitou a unidade móvel na qual será instalado um acelerador de elétrons para aplicações no tratamento de efluentes industriais, que podem ser reutilizados ou descartados após irradiação. Trata-se de um projeto do IPEN-CNEN com apoio financeiro da AIEA. Somessari e Hamada ofereceram informações sobre o projeto.
Outra atividade desenvolvida pelo CETER, visitada pela comitiva da AIEA, foi a instalação que abriga os dois aceleradores de elétrons do Instituto, utilizados para aplicações industriais e pesquisa.
Por fim, Pablo Vasquez, coordenador das atividades do irradiador multipropósito de Cobalto-60, apresentou a instalação e as atividades desenvolvidas na área, principalmente voltadas para a conservação de patrimônio histórico e artístico.
Isolda Costa falou sobre a importância da visita de Mokhtar e Garcia ao IPEN-CNEN, apontando a tendência de um estreitamento das relações entre o Instituto e a AIEA. Segundo Costa, foi de grande "honra e satisfação receber a visita da Dra. Najat e do Dr. Raul”. Com a promessa de breve retorno, as expectativas apontam para a realização de novas iniciativas em conjunto com a AIEA. Durante a visita, a comitiva teve a oportunidade de conhecer parte da infraestrutura, expertise e da tecnologia desenvolvida pelo Instituto. Para a diretora substituta, também foi possível reconhecer afinidades entre as instituições - como o interesse em contribuir para a propagação do conhecimento da tecnologia nuclear e para a melhoria da qualidade de vida da população.
Mokhtar ainda demonstrou proximidade com muitos dos temas de pesquisa que vêm sendo realizados em colaboração com a AIEA, além de apresentar-se como vetor de facilitação para eventuais assistências da Agência na solução de problemas.
Sobre Najat Mokhtar
Nascida no Marrocos, Najat Mokhtar é doutora em Nutrição e Saúde Pública pela Laval University, no Canadá, e doutora em ciências dos alimentos pela Universidade de Dijon, na França. Realizou estágio de pós-doutorado na John Hopkins University, EUA e trabalhou como professora universitária e diretora de pesquisa na Universidade Ibn Tofail em Marrocos por mais de 20 anos.
Na AIEA, foi diretora técnica da AIEA em Viena, Áustria (2001-2007). De 2008 à 2012, foi diretora de ciência e tecnologia da Hassan II Academy of Science and Technology em Marrocos, onde coordenou a estratégia nacional de Educação e Pesquisa.
Entre 2011 e 2019, foi mandatada pelo governo marroquino como coordenadora nacional para desenvolver a "Estratégia Nacional de Nutrição no Marrocos 2011-2019" e, em março de 2011, foi eleita Presidente da Sociedade Marroquina de Nutrição.
Antes de tornar-se diretora geral adjunta e chefe do departamento de ciências nucleares da AIEA, Mokhtar foi diretora da Divisão para Ásia e Pacífico no Departamento de Cooperação Técnica.
Leonardo Novaes
Estagiário
(com supervisão) -
- 01/07/2022 - Primeiro encontro presencial de projeto sobre fontes radioativas seladas é sediado pelo IPEN-CNENInstituto foi palco para discussões sobre modelos de armazenamentos de fontes seladas para representantes de mais de 30 países
Instituto foi palco para discussões sobre modelos de armazenamentos de fontes seladas para representantes de mais de 30 países
O IPEN-CNEN sediou, de 27 de junho a 1º de julho, a "Reunião sobre o estabelecimento e manutenção de um Inventário Nacional de Fontes Radioativas Seladas (SRS, sigla em inglês) - INT9186”. O evento reuniu presencialmente, pela primeira vez, os participantes do projeto. Estiveram presentes membros da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) além de representantes internacionais de mais de 30 países, das Américas, da África, da Ásia e de parte da Europa.
Com discussões sobre o armazenamento de fontes seladas e seu controle, o evento teve organização local por conta de Ítalo Henrique Alves, da Coordenação de Planejamento e Gestão (COPLG), Roberto Vicente, pesquisador do Serviço de Gestão de Rejeitos Radioativos (SEGRR) e Julio Takehiro Marumo, gerente do SEGRR. Foram recebidos pelo instituto os técnicos da AIEA, Vivian Pereira Campos e Walter Truppa, além dos cerca de 50 representantes internacionais. Campos, do Chile, é engenheira ambiental com pós-graduação em proteção radiológica e segurança das fontes seladas de radiação. O argentino Truppa, expert convidado da AIEA, é subgerente do Sistema de Intervenção em Emergências Radiológicas e Nucleares da Autoridade Regulatória Nuclear (ARN).
O evento consistiu na troca de informações sobre a situação do controle de fontes seladas em cada um dos países representados. As apresentações possibilitaram o intercâmbio de ideias e discussões sobre o controle regulatório dessas fontes.
Com a troca de experiências, a expectativa é de que todos os países sejam favorecidos a partir do conhecimento compartilhado de práticas, sistemas e marcos regulatórios. Os técnicos da AIEA avaliam que é de grande importância o compartilhamento das experiências entre os países para que as metodologias apresentadas possam ser replicadas.
"O encontro foi muito importante para conhecer a realidade dos outros países e também tomar como exemplo o que fazem, para poder ser implementado”, disseram Truppa e Campos.
Iniciado na segunda-feira, com abertura oficial de Wilson Calvo, superintendente do IPEN-CNEN, o evento também contou com outros atrativos. Houve uma apresentação sobre o RAIS - Sistema para Controle Regulatório que inclui os processos para controle de fontes seladas disponibilizado pela AIEA aos países membros -, além de discussões sobre os melhores caminhos para o controle destas fontes e uma apresentação do acervo de fontes seladas e da radiofarmácia do IPEN-CNEN.
No decorrer da semana, a busca foi por fornecer modelos e caminhos para a gestão de fontes seladas nos diferentes países visando mapear as diferenças e semelhanças entre os modelos e seguir aqueles utilizados pelos países mais desenvolvidos nesse aspecto. Segundo Alves, os principais países que podem servir de espelho para os demais são os que já usam sistemas informatizados próprios ou o RAIS – que atualmente está em sua versão RAIS+.
Na avaliação dos organizadores do evento, os objetivos deste encontro foram atendidos e a perspectiva é que haja ganhos para todos os países a partir das experiências trocadas.
Leonardo Novaes
Estagiário
(com supervisão) -
- 20/06/2022 - IPEN sedia primeira Escola Brasileira de Segurança Física Nuclear com chancela da AIEAForam selecionados 40 candidatos, de 14 estados diferentes. A expectativa futura é que possa haver outras edições para contemplar os candidatos que ficaram de fora.
Foram selecionados 40 candidatos, de 14 estados diferentes. A expectativa futura é que possa haver outras edições para contemplar os candidatos que ficaram de fora.
Pela primeira vez, acontece, no país, e em língua portuguesa, a Escola Nacional Brasileira de Segurança Física Nuclear (ENBSFN), desenvolvida pelo programa "International Nuclear Security Education Network" (INSEN) da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, da sigla em inglês). Destinado a jovens profissionais, o evento teve início nesta segunda-feira, 20, no auditório "Prof. Rômulo Ribeiro Pieroni", no bloco A do IPEN/CNEN, na Cidade Universitária.
A coordenação local da ENBSFN está a cargo dos pesquisadores Jorge Eduardo de Souza Sarkis, do Centro de Lasers e Aplicações (CELAP), e de Delvonei Alves de Andrade, do Centro de Engenharia Nuclear (CEENG). Apesar de prioritariamente destinado a quem está em início de carreira, o curso também abrange amplo espectro de pessoas envolvidas na área nuclear, como alunos, profissionais da área e jovens profissionais militares.
Foram selecionados 40 candidatos, de 14 estados diferentes. A expectativa futura é que possa haver outras edições para contemplar os candidatos que ficaram de fora.
Na abertura do evento, Andrade deu as boas-vindas aos participantes e na sequência apresentou os demais componentes da mesa. Ricardo Fraga Gutterres, diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear da CNEN, Antônio Teixeira, pesquisador do Centro de Engenharia Nuclear do IPEN/CNEN, e Oum Hakam, diretora científica da IAEA, por parte do INSEN.
Em seguida, foram exibidos três vídeos com mensagens do presidente da CNEN, Paulo Roberto Pertusi, do diretor de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD/CNEN), Madison Almeida, e da diretora substituta do IPEN/CNEN, Isolda Costa. Almeida também deus as boas-vindas e comentou que "a iniciativa traz protagonismo ao IPEN”.
O titular da DPD lembrou que todos os as unidades técnico-científicas da CNEN são partícipes em atividades de segurança física e nuclear e também de segurança radiológica. "E segurança física nuclear é um campo muito rico para várias orientações e trabalhos acadêmicos de forma que todas as iniciativas na área são muito bem-vindas”, completou.
Costa saudou a todos em nome do IPEN/CNEN e ressaltou "o interesse da instituição em celebrar a cooperação que envolva projetos e parcerias, sejam nacionais ou internacionais, e o grande potencial que temos para concretizar esstas colaborações”. "Temos as portas abertas e estamos dispostos a estimular e apoiar todos os tipos de colaboração, sejam científica, tecnológica ou regulatória”, finalizou.
Na sequência, Andrade passou a palavra a Sarkis, que deu um panorama geral do programa. Segundo ele, os objetivos do curso são apresentar aos alunos a segurança física nuclear como uma questão cultural. "Tão importante quanto você ter um núcleo técnico, objetivo, de infraestrutura, é ter a chamada cultura de segurança nuclear. Ou seja, não adianta ter uma ferramenta se você não sabe usá-la. Então, não adianta eu fornecer segurança se nós não tivermos uma cultura nuclear”, disse Sarkis.
Segundo ele, é o que a escola veio oferecer: a questão técnica muito forte, "mas também como traduzir essa questão técnica numa questão cultural”, afirmou. Ainda de acordo com Sarkis, há 54 módulos dentro do curso, os quais abordarão importantes aspectos da segurança nuclear. "O objetivo é não aprofundarmos muito, mas que os participantes conheçam todo o leque”, explica. Encerrando a abertura, Hakam fez uma breve apresentação da IAEA.
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- 20/06/2022 - Pioneira na produção de radiofarmácos no Brasil, Constância Pagano ganha homenagem no IPENPlaca com nome da pesquisadora foi descerrada no Centro de Radiofarmácia do Instituto. cerimônia contou com a presença do titular da DPD/CNEN, Madison Almeida.
Placa com nome da pesquisadora foi descerrada no Centro de Radiofarmácia do Instituto. cerimônia contou com a presença do titular da DPD/CNEN, Madison Almeida.
Ousadia e determinação. Palavras que marcaram a trajetória profissional da pesquisadora Constância Pagano Gonçalves da Silva, pioneira no desenvolvimento de radiofármacos no IPEN/CNEN com importante contribuição para a medicina nuclear no Brasil. Foi ela quem, na década de 60, atuou de forma decisiva na produção de Iodo-131. Na quarta-feira, 15, às 11h30, a Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD) da CNEN prestou-lhe homenagem, descerrando placa com seu nome no Centro de Radiofarmácia (CECRF) do Instituto.
A cerimônia contou com a presença da homenageada, do titular da DPD, Madison Almeida, da diretora substituta do IPEN/CNEN, Isolda Costa, do filho de Constância, Sergio Pagano Gonçalves da Silva, do gerente do CECRF, Emerson Soares Bernardes, e da pesquisadora Maria Elisa Rostelato, além de outros pesquisadores e técnicos do Instituto que tiveram a oportunidade de trabalhar com a homenageada. Profissionalismo, rigor, ética foram alguns dos adjetivos apontados pelos presentes, em seus depoimentos.
Almeida começou apresentando Constância e falando da satisfação em recebê-la no IPEN/CNEN. "Para nós, realmente é um momento muito rico. Vamos inaugurar esta placa onde está realmente registrada a importância da Dra. Constância. Ela representa, para o IPEN/CNEN, mais de 60 anos de produção de radiofármacos, sendo a pioneira no País. Acadêmica na década de 1950, nos anos 60 começou a fazer todas as entregas científicas que resultaram no protagonismo do IPEN/CNEN. Por conta disso, tem o Brasil hoje uma medicina nuclear tão extensa”, afirmou.
Pesquisadora emérita do IPEN/CNEN, Constância foi fundamental no desenvolvimento da radiofarmácia nacional e soma contribuições a partir de seus conhecimentos e experiências obtidas ainda na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). "Comecei no centro de medicina nuclear da Faculdade de medicina, onde importavam radioisótopos. Chegou o momento em que falei: – temos um reator nuclear em São Paulo, então, por que não vamos fazer os radioisótopos lá?”, costumava declarar Constância.
A pesquisadora seguiu questionando o porquê de se importar radioisótopos se o IPEN já tinha um reator nuclear de pesquisas capaz de produzir radiofármacos. Obstinada, foi para a França, onde fez estágio a fim de aprender os caminhos para concretizar seu objetivo. Na sua volta, produziu o Iodo-131 no Reator Nuclear de Pesquisa IEA-R1. De acordo com Sérgio Pagano, Constância sempre foi muito exigente. "Disso eu sei, porque sou o filho único dela”, brincou, acrescentando que frequentou o Instituto desde quando tinha apenas um ano de idade.
Para ele, a mãe é um "padrão de referência”. "Ela trabalhou no IPEN de 1958 até 1995 e depois ainda voltou em 1997, 1998, ficando até 2012. Até esse ano lembro dela vindo aqui todos os dias. E é engraçado que quando a gente fala do IPEN ela muda. É muito bom ver a forma como até hoje as pessoas lembram dela. Não só na placa, mas a presença vai estar sempre aqui. Então, eu gostaria de agradecer por tudo o que vocês fizeram e estão fazendo por ela. Muito obrigado”.
Isolda Costa destacou o papel feminino de liderança exercido por Constância, em uma época de predominância masculina. "Pesquisadora, mulher, pioneira, incentivadora, que soube honrar a confiança que o ex-superintendente, na época, o Dr. [Romulo Ribeiro] Pieroni, e o IPEN depositaram nela – incentivando-a a estagiar na França –, ao voltar e criar e estruturar toda a área da Radiofarmácia no Instituto”, afirmou a diretora substituta.
A pesquisadora Maria Elisa Rostelato, do Centro de Tecnologia das Radiações (CETER), falou de sua relação acadêmica com Constância Pagano e destacou seu papel como orientadora. Ela fez seu mestrado e doutorado estudando fontes radioativas para braquiterapia voltadas ao tratamento de diferentes tipos de câncer e comentou sobre a influência de Constância na formação de novos pesquisadores. "As pessoas ressaltam muito a pesquisadora e a gestora que a Dra. Constância foi, mas é importante também falar de seu papel na orientação de mestrandos e doutorandos”.
De acordo com Rostelato, Constância era "fantástica”, "rigorosa”. "E era também incentivadora, isso que deu certo. Com ela aprendi a levar muito a sério a responsabilidade da saúde das pessoas”.
Emerson Bernardes comentou que Constância "foi uma pessoa que estabeleceu um padrão de exigência que continua até hoje, no Centro de Radiofarmácia”. "Foi justamente o profissionalismo e a excelência estabelecidos o que mais me marcou. Não cheguei a trabalhar com ela, mas isso é o que posso dizer, diante de tudo o que ouvi”, acrescentou.
Na sequência, todos os presentes se dirigiram ao local do descerramento da placa, com Almeida, Isolda, Constância e seu filho removendo a capa. "Doutora Constância, aqui ficará seu nome gravado para sempre”, concluiu o titular da DPD/CNEN.
Sobre a homenageada
Constância Pagano Gonçalves da Silva bacharelou-se em química, em 1951, e licenciou-se na área em 1965. Pela Escola Politécnica da USP, concluiu seu mestrado em Tecnologia Nuclear (1970) e, no instituto de Química (IQ-USP), defendeu seu doutorado em química inorgânica (1974). Iniciou sua carreira na Divisão de Radioquímica do então Instituto de Energia Nuclear - IEA/USP, atual IPEN, no prédio do Reator IEA-R1. Logo em seus trabalhos iniciais, obteve destaque com a produção de Iodo-131, a partir da técnica de destilação úmida, utilizando-se o Reator Nuclear de Pesquisa IEA-R1 – operante no Instituto desde 1957. O radioisótopo Iodo-131 era usado para estudos da tireoide. Nos anos seguintes, Constância geriu a condução das pesquisas e a construção de um complexo de prédios, inaugurado em 1974, para produzir radiofármacos rotineiramente. Nascia a primeira radiofarmácia pública do Brasil.
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- 30/05/2022 - Alunos da Escola Superior de Bombeiros visitam o IPENO IPEN recebeu no dia 30 de maio 27 integrantes do Curso de Atendimento a Emergências com Produtos Perigosos, da Escola Superior de Bombeiros. Os visitantes assistiram uma palestra proferida pelo Sr. Eduardo Gerulis, do Serviço de Radioproteção do IPEN, e a seguir visitaram as instalações do Reator IEA-R1. -
- 29/04/2022 - 'Biotério Nanci do Nascimento': emoção e boas histórias marcam a homenagem à pesquisadoraReconhecida pelo seu trabalho na revitalização do Biotério e adorada por seu espírito festeiro e agregador, Nanci do Nascimento é lembrada com carinho pelos amigos
Reconhecida pelo seu trabalho na revitalização do Biotério e adorada por seu espírito festeiro e agregador, Nanci do Nascimento é lembrada com carinho pelos amigos
Depoimentos emocionados marcaram a homenagem do IPEN à pesquisadora Nanci do Nascimento dando seu nome ao Biotério, vinculado ao Centro de Biotecnologia (CEBIO) do Instituto. Biomédica e pesquisadora do Instituto desde 1995, Nanci faleceu em março de 2017. Seu espírito divertido e agregador, e sua generosidade, foram destacados por todos os colegas presentes na solenidade de descerramento da placa, que ocorreu nesta quinta-feira, 28.
"Nanci tinha um coração enorme. Era muito sempre muito solícita quando os alunos a procuravam pedindo orientação. Exemplo de profissional competente e muito dedicada às pesquisas e, particularmente, ao Biotério. Foi ela quem mais trabalhou para a revitalização do Biotério. Nada mais justo do que batizá-lo com seu nome. Todos reconhecem o mérito dessa homenagem”, comentou Carlos Roberto Soares, atual gerente do CEBIO.
Soares lembra de quando assumiu pela primeira vez a gerência do Centro e Nanci tocava o Biotério, o que era uma "preocupação a menos”. "Ela resolvia todos os problemas, não sobrava nada. Nanci tinha uma habilidade incrível de lidar com pessoas e buscar soluções. Sempre me ajudava com sua experiência como gerente. Faz cinco anos que ela morreu e parece que foi ontem. Foi uma perda grande para o IPEN, Nanci faz muita falta. Precisamos de cinco para substitui-la”.
Wilson Calvo, superintendente do IPEN, mencionou a boa relação que Nanci tinha com seus orientandos e destacou seu caráter afetuoso. "Nanci abraçava todo mundo. Os alunos iam junto com ela para os congressos, ela fazia questão que todos se apresentassem. Importante ressaltar a sua contribuição para a democratização das pesquisas na área de efeitos biológicos da radiação orientando alunos de todo o país, além de ter sido muito atuante na Sociedade Brasileira de Ciências Nucleares”.
Calvo lembrou que Nanci já havia sido homenageada por ocasião do aniversário do IPEN, em 2021, e parabenizou os membros do CTA – Conselho Técnico Administrativo, presentes na solenidade, pela decisão de dar seu nome ao Biotério, divulgando e eternizando o reconhecimento ao seu legado, deixando uma "marca, um registro, para as próximas gerações: o Biotério Nanci do Nascimento”.
Festeira
"Eu só tenho a agradecer por ter convivido 30 anos com a Nanci. Era uma festa. Quem conviveu com ela, sabe que era uma festa. Todos trabalhavam, não havia dificuldade, tudo era resolvido. O seu jeito de tocar o mundo era muito promissor. Nunca me esqueço de uma noite em que uma pessoa de um congresso ligou para mim e para a Nanci dizendo que não conseguiria realizar o evento. Ela disse: – Deixa comigo, que na próxima semana eu digo onde será. E o congresso foi aqui, no IPEN, maravilhoso”, comentou o médico Heitor Franco de Andrade Júnior, marido de Nanci.
Professor e pesquisador da Faculdade de Medicina da USP (FM-USP), Andrade agradeceu pelo reconhecimento do IPEN e comentou que todos os que conviveram com Nanci devem agradecer pela parceira que ela sempre foi. "E eu agradeço por vocês lembrarem dela, em nome da família. Mas ela sempre será lembrada porque era intensa demais. Sejam felizes”, concluiu.
Isolda Costa, diretora substituta do IPEN, salientou a participação de Nanci em comitês na área de ensino da instituição. "Além de tudo o que ela fazia, ainda participava de comitês, fossem eles de iniciação científica, de seleção de bolsas de mestrado e outros, e foi essa a minha convivência com ela. Reforçando as palavras do Heitor, eram dias muito agradáveis. Era um trabalho que fazíamos com prazer, pela presença da Nanci, ela contagiava com seu bom humor”.
Por fim, Fernando Moreira, gerente do Escritório de Gestão de Projetos, prestou homenagem destacando a "Nanci professora”. "Quando a gente saía para os eventos acadêmicos, a Nanci chegava, e era uma festa. Festa mesmo. Chegou a ter uma festa à fantasia, com ela presente. Os alunos adoravam a Nanci, e ela, muito sabiamente, como era a primeira a dar aula, já escolhia previamente os melhores para seus orientandos. E eles certamente estão orgulhosos de ela receber essa homenagem”, contou.
Segundo Moreira, havia um grupo de WhatsApp que se chamava Nanci’s children, "porque ela os tratava realmente como se fossem filhos dela, e todos queriam ser seus alunos. Nanci animava até velório, sempre com aquele bom humor que contagiava todo mundo. É um orgulho para o IPEN ter tido a Nanci, e é um orgulho para mim, pessoalmente, ter tido sua amizade”.
Do Borá para São Paulo
A morte de Nanci saiu no Jornal Folha de São Paulo, em coluna assinada por Paulo Gomes. Nascida e criada na Penha, bairro da zona leste de São Paulo, Nanci partiu nova, com 56 anos. Seus pais vieram do Borá, pequeno distrito rural na região de São José do Rio Preto (SP), e era lá para onde ia com frequência, segundo depoimento de Heitor para o jornalista. "Ia pra Rio Preto umas dez vezes por ano”. Numa das mais célebres, a dos "200 anos", comemorou os 50 anos e contratou até passistas de uma escola de samba para uma festa com 400 convidados.
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- 09/03/2022 - Diretora do Idaho Laboratory visita IPEN para discutir pesquisas em colaboração na área nuclearMarianne Walck afirmou que o investimento na área nuclear, nos EUA, é o mais alto nos últimos 20 anos.
Marianne Walck afirmou que o investimento na área nuclear, nos EUA, é o mais alto nos últimos 20 anos.
O IPEN/CNEN recebeu nesta terça-feira, 8, a visita de Marianne Walck, diretora adjunta do Laboratório de Ciência e Tecnologia do Idaho National Laboratory – INL (Idaho Falls, EUA), em mais uma iniciativa do Programa de Internacionalização do Instituto, gerenciado por Niklaus Wetter. Walck foi recepcionada pelo titular da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, Madison Almeida, e pela diretora substituta do IPEN, Isolda Costa, além de Wetter.
O INL é vinculado ao Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE, da sigla em inglês), gerenciado pela Battelle Energy Alliance (BEA). Em janeiro de 2021, IPEN e Battelle assinaram um Memorando de Entendimento (MoU, do inglês Memorandum of Understanding), que mais ampla colaboração acadêmica do IPEN/CNEN, delineando políticas para o intercâmbio de pesquisadores, tecnologistas, pós-graduandos e, pela primeira vez, de pessoal administrativo.
Almeida comentou brevemente sobre a estrutura do IPEN e ressaltou a importância da cooperação com o sistema BEA, salientando o "papel preponderante da Dra Isolda, como coordenadora de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino, e Dr Niklaus, como Internacionalização do IPEN”. O titular da DPD destacou ainda o "valor integrativo” dos projetos, como, por exemplo, o "Cybersecurity", aderente à proposta do Estado Brasileiro em cibersegurança.
Em sua apresentação do INL, Walck explicou que o Laboratório tem dedicado muita atenção a pesquisas de micro reatores, os chamados SMR, do inglês Small Module Reactor. Segundo ela, o financiamento para todos laboratórios nacionais dos Estados Unidos, geridos pela Battelle Alliance, são oriundos do próprio DoE, o que agiliza a liberação dos recursos.
Uma das empresas parceiras do INL é a TerraPower, que pretende instalar uma usina nuclear experimental na cidade de Kemmerer, no estado de Wyoming (oeste dos EUA). Fundada por Bill Gates, a empresa tem como objetivo gerar energia limpa e renovável e, para isso, estuda a aplicação de uma nova tecnologia de reator nuclear mais eficiente e seguro.
Walck também falou sobre a ideia de remanejar trabalhadores de usinas movidas a carvão para trabalhar nos reatores SMR. "Assim, resolvemos dois problemas, o emprego dessas pessoas e a questão ambiental”, disse. Cerca de US$ 1,5 bilhão de dólares foram destinados às pesquisas. "Nunca vi tanto financiamento para a área nuclear nos últimos 20 anos, nos Estados Unidos”, acrescentou a diretora do INL.
Em relação à parceria com o IPEN, já houve um primeiro encontro técnico em março de 2021 – o 1st Technical Meeting Battelle – IPEN/CNEN, na modalidade virtual, para apresentação entre pesquisadores que possam atuar em colaboração nas áreas científicas de interesse comum. Em maio, o Instituto receberá um pesquisador do INL para trabalhar com radiografia de nêutrons, segundo comentou Frederico Genezini, gerente do Centro do Reator de Pesquisas (CRPq).
Na sequência, o pesquisador Rafael Garcia, do Centro do Combustível Nuclear (CECON), mencionou as pesquisas desenvolvidas no Instituto e no próprio CECON, além de apresentar uma proposta de estudo na área de caracterização de combustíveis após a irradiação, uma das linhas de atuação do INL.
De acordo com Garcia, essa linha de pesquisa está prevista para o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e não há mão de obra com essa formação no Brasil. "Por isso, uma colaboração com o INL é fundamental, para a formação de pesquisadores nessa área”, comentou.
Também presente, o pesquisador Jesualdo Rossi, do Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CECTM), mencionou colaboração em pesquisas sobre danos em materiais provocados por radiação. Isolda Costa destacou a necessidade de se buscar colaboração em áreas em que o IPEN já atua com excelência e não estão contempladas pelo INL, o que facilitaria na busca por recursos financeiros.
O pesquisador Eduardo Landulfo, do Centro de Lasers e Aplicações (CELAP) e presidente da Comissão de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP, levantou questões sobre possíveis intercâmbios de alunos de pós-graduação.
Também participaram da reunião com Walcke a diretora de Administração e Infraestrutura, Katia Iunes, e o diretor substituto de Segurança Nuclear, Radiológica e Física, Demerval Rodrigues. Após as apresentações, Walck fez uma visita ao Reator Nuclear de Pesquisas IEA-R1.
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- 15/12/2021 - Gestão do RMB promove plantio de árvores na área e visita ao Centro de InformaçõesPesquisadores, engenheiros e demais representantes de instituições parceiras participaram de evento onde será construído o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) no dia 15/12
Pesquisadores, engenheiros e demais representantes de instituições parceiras participaram de evento onde será construído o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) no dia 15/12
O plantio de árvores nativas e uma visita ao Centro de Informações Espaço Dr. Afonso Rodrigues de Aquino marcaram evento organizado pelo coordenador técnico do RMB, José Augusto Perrotta.
Aproximadamente 150 pesquisadores, engenheiros e técnicos do IPEN-CNEN, do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) e da Amazul se deslocaram em caravana de São Paulo a Iperó, a cerca de 110km da capital paulista, na manhã de 15 de dezembro, para participar do plantio de árvores nativas e de uma visita às instalações do futuro Centro de Informações sobre o RMB.
O espaço, com exposição permanente sobre o histórico do empreendimento, informações técnicas sobre o RMB e suas aplicações científicas e sociais, recebe o nome do químico Afonso Rodrigues de Aquino, pesquisador colaborador do Instituto e docente do curso de Pós-Graduação do IPEN-USP. Aquino, que faleceu em 12 de julho de 2021, participou ativamente das atividades de divulgação do RMB, em audiências públicas, na concepção do novo espaço para visitantes e na produção de material informativo sobre o empreendimento.
Emocionado, Perrotta relembrou as ações de Aquino, que também exerceu a coordenação da área de Comunicação do IPEN-CNEN até 2016. O Espaço para visitantes dedica algumas salas a informações sobre a produção de radiofármacos no Brasil e seus usos em Medicina Nuclear para o diagnóstico e terapia. Perrotta também agradeceu diversos parceiros do empreendimento, dentre eles, a Fundação Pátria.
O RMB tem como um de seus objetivos tornar o País autossuficiente na produção de matéria prima para radiofármacos gerados em reatores. Há também salas que exibem infográficos sobre as instalações do RMB, seu funcionamento e demais aplicações. O Centro pretende ser um espaço de divulgação científica e de informações sobre o RMB.
O plantio de árvores ocorreu a cerca de um quilômetro do Centro de Informações e o local receberá o nome de "Bosque dos Pioneiros”, uma homenagem aos profissionais que vêm se dedicando ao projeto desde seu início, em 2008. Cada árvore nativa plantada, jequitibás, paus ferro, ipês, paineiras entre outras espécies, poderá ter seu desenvolvimento acompanhado pelos participantes do evento.
A gerente do Centro do Combustível Nuclear (CECON) Elita Fontenele Urano de Carvalho participa do projeto do RMB desde o início e comenta que a ação fortalece as iniciativas de preservação do meio ambiente. "O RMB organizando uma teia de plantio de árvores nativas soma forças para preservar o meio ambiente", conclui. -
- 08/12/2021 - IPEN-CNEN realizou o III Workshop do Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da SaúdeO primeiro evento presencial do IPEN-CNEN contou com o encontro dos alunos das turmas 1 e 2 do curso e teve palestra e apresentação de pôsteres
O primeiro evento presencial do IPEN-CNEN contou com o encontro dos alunos das turmas 1 e 2 do curso e teve palestra e apresentação de pôsteres
A terceira edição do Workshop do Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde realizou-se na tarde de 8 de dezembro de 2021, no saguão do Centro de Ensino do IPEN. O evento contou em sua cerimônia de abertura com a participação do diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Madison Coelho de Almeida, o superintendente do IPEN, Wilson Aparecido Parejo Calvo e da diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino do IPEN-CNEN, Isolda Costa.
A condução do evento foi realizada pela coordenadora do Curso de Mestrado Profissional e pesquisadora do Centro de Lasers e Aplicações (CELAP) do Instituto Denise Zezell. Em seguida, o professor Roberto Sakuraba, coordenador da FM Radioterapia, Centro de Oncologia e Hematologia Família Dayan – Daycoval – SIBIBAE Hospital Albert Einstein, proferiu a palestra "Estado da Arte da Radioterapia na Medicina Nuclear”. Sakuraba é aluno egresso do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear do IPEN-USP.
Os trabalhos dos alunos das Turmas 1 e 2 do Mestrado Profissional foram apresentados na forma de pôster no saguão do prédio de Ensino avaliados por uma comissão de professores. Ao final, foram anunciados os vencedores.
Henrique Viccari Cabete, orientado pelo Prof. Dr. Renato Semmler e co-orientado pelo Prof. Dr. Orlando Rodrigues Junior, obteve o primeiro lugar com o pôster "Avaliação da razão contraste-ruído em mamógrafos”. A segunda colocação foi para Gabriela Scalco Munro, orientada pelo Prof. Dr. Orlando Rodrigues Junior com o pôster "Manual de boas práticas em cultura de segurança nos serviços de radioterapia no Brasil”. O pôster intitulado "Análise de acerto de tratamento para pacientes com diagnóstico de câncer de próstata em primeira recidiva bioquímica submetido ao (68Ga) PSMA-PET-CT”, apresentado por Márcia Maria Diniz Pontes Paiva, orientada pela Dra. Lorena Pozzo, ficou com a terceira colocação.
Visitas aos Centros de Pesquisa
Antecedendo o Workshop, durante a manhã, as duas turmas tiveram a oportunidade de visitarem as instalações dos Centros do Reator de Pesquisa (CERPQ) e de Radiofarmácia (CECRF).
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- 16/08/2021 - Novo protocolo para radioterapia é apresentado na primeira defesa do Mestrado Profissional do IPEN/CNENFísico Rodrigo Rodrigues Hattori foi o primeiro mestre formado pelo Programa em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde. Defesa ocorreu na sexta-feira, 13, em sessão virtual.
Físico Rodrigo Rodrigues Hattori foi o primeiro mestre formado pelo Programa em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde. Defesa ocorreu na sexta-feira, 13, em sessão virtual.
Uma história iniciada há cinco anos com a aprovação, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), do Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde (MP-TRCS) do IPEN/CNEN entra em nova fase com a defesa das primeiras dissertações por alunos da turma pioneira, que ingressou em 2019.
O físico Rodrigo Rodrigues Hattori, especialista em Física da Radioterapia pela Associação Brasileira de Física Médica (ABFM) e com atuação em hospitais de clínicas do Estado de S. Paulo, defendeu sua dissertação intitulada "Estudos das variações das estruturas de Cabeça e Pescoço no tratamento de Radioterapia”, sob a orientação do físico Hélio Yoriyaz, pesquisador do Centro de Engenharia Nuclear (CEENG).
Abrindo a sessão solene de defesa, realizada de forma virtual, a coordenadora do Programa, a física Denise Zezell, também pesquisadora do Centro de Lasers e Aplicações (CELAP) do IPEN/CNEN, comentou sobre o processo de criação do MPTRCS e agradeceu o esforço e apoio de vários setores do Instituto, alunos e docentes o êxito do curso que iniciou em agosto sua terceira turma.
Zezell explicou que o Mestrado Profissional difere do Acadêmico, sobretudo após as últimas orientações da CAPES. O aluno de programas profissionais deve contribuir, por meio de sua pesquisa, com o desenvolvimento de soluções para questões diretamente voltadas à sua atividade profissional. "É um passo além de um mestrado acadêmico. Hattori desenvolveu um protocolo que contribui para o tratamento de pacientes com câncer”, ressaltou.
A coordenadora de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino do IPEN/CNEN, Isolda Costa destacou, na abertura da solenidade, o momento histórico para o Programa. "Parabenizo a todos, na figura da Dra. Denise Zezell, pela atuação na construção, proposta, submissão, aprovação e coordenação do Curso de Mestrado Profissional”, comentou.
Costa agradeceu também ao professor Helio Yoriyaz, por ter orientado o trabalho de Hattori com eficiência. Ressaltou que Yoriyaz teve grande parte de sua carreira acadêmica desenvolvida com o mestrado e doutorado pelo Programa de Tecnologia Nuclear do IPEN-USP. Costa considera que "a orientação é uma prova da alta qualidade da formação de recursos humanos da pós-graduação do IPEN/CNEN” e destacou a excelência técnica e a relevância social dos Programas de Pós-Graduação do Instituto.
Novo protocolo para radioterapia
Na sequência, a defesa propriamente dita. Hattori iniciou sua apresentação comentando sobre as formas de tratamento do câncer e especificando sua área de estudo na radioterapia e suas especificidades. Na maioria dos protocolos para câncer de cabeça e pescoço, é realizada, no início do tratamento, uma tomografia que orienta o planejamento das fases subsequentes do processo. Entretanto, o paciente continua o tratamento com a mesma aquisição de imagem, sem levar em consideração as suas alterações físicas durante o processo terapêutico.
A sugestão do estudo de Hattori é acrescentar um novo protocolo com a aquisição de outra imagem ao final da primeira fase, ou seja, antes de iniciar a segunda, a fim de se obter um novo planejamento, considerando as alterações encontradas. Assim, eventuais ocorrências são observadas, analisadas e podem orientar melhor a etapa seguinte da radioterapia.
Na primeira tomografia, será feito o planejamento para ambas as fases. Entretanto, a segunda fase planejada com aquele exame inicial não será aplicada no paciente, servirá apenas para efeitos de comparação com o planejamento na segunda tomografia. A repetição das imagens de CT e o replanejamento da segunda fase na radioterapia ajudam a garantir doses adequadas para volumes alvo e doses seguras para estruturas normais para pacientes que identificaram clinicamente alterações anatômicas durante o curso do tratamento.
As principais conclusões desta investigação estão relacionadas às mudanças dosimétricas que foram observadas sem o replanejamento da segunda fase.
A banca foi formada pelos professores Carla Daruich de Souza, do IPEN/CNEN e atualmente no Instituto de Energia Nuclear da Coreia (KAERI), e Joel Mesa Hormaza, do Departamento de Física e Biofísica do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Botucatu, SP.
Após a apresentação, os membros da banca iniciaram a arguição, com suas considerações e diversas sugestões para o aprimoramento do estudo. Seguiu-se uma reunião virtual em sala reservada entre os membros da banca e o anúncio, feito pelo orientador, Yoriyaz, da aprovação do candidato.
O novo mestre agradeceu emocionado a todos. Tendo uma intensa atividade de trabalho em diversas clínicas, Hattori muitas vezes enviava mensagens durante a madrugada para seu orientador e, surpreso, logo pela manhã, já recebia uma resposta. "Me sentia acolhido, tendo alguém ao lado dando suporte quase 24 horas por dia”. Agradeceu também pelas sugestões apresentadas que serão incorporadas na versão final de sua dissertação.
A próxima dissertação do MPTRCS já está agendada e acontecerá em 17 de agosto, terça-feria, às 10h, de forma on-line, com a aluna Ana Paula Soares da Silva orientada pelo farmacêutico e bioquímico José Roberto Rogero, doutor pela USP e que atuou como diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino do IPEN/CNEN. O título da dissertação é " Desenvolvimento de cartilha para o uso dos equipamentos móveis de Raios X em Unidades de Terapia Intensiva”.
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- 13/08/2021 - Representantes do GSI visitam o IPEN-CNENA visita realizada em 13 de agosto permitiu aos representantes do GSI conhecerem atividades do IPEN-CNEN nas áreas de pesquisa, desenvolvimento tecnológico, prestação de serviço para de saúde, indústria, preservação do patrimônio histórico e cultural e o empreendimento do Reator Multirpropósito Brasileiro (RMB)
A visita realizada em 13 de agosto permitiu aos representantes do GSI conhecerem atividades do IPEN-CNEN nas áreas de pesquisa, desenvolvimento tecnológico, prestação de serviço para de saúde, indústria, preservação do patrimônio histórico e cultural e o empreendimento do Reator Multirpropósito Brasileiro (RMB)
O Contra-Almirante Carlos André Coronha Macedo, secretário de Coordenação de Sistemas e o Capitão de Mar e Guerra Alexandre Itiro Villela Assano, diretor do Departamento de Coordenação do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro, ambos do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, visitaram o IPEN-CNEN em 13 de agosto, sexta-feira.
O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD) da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Madison Coelho de Almeida acompanhou a visita que se iniciou no Espaço Cultural Marcello Damy. No local, os visitantes foram recepcionados pelo diretor do IPEN-CNEN, Wilson Aparecido Parejo Calvo, coordenadores e gerentes de centros de pesquisa do Instituto.
Após acompanharem o circuito da exposição "O IPEN e sua História”, os representantes do GSI assistiram apresentações sobre a CNEN e o empreendimento Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), proferidas, respectivamente, pelo diretor da DPD, Almeida e pelo coordenador técnico do RMB, José Augusto Perrotta.
A visita às instalações do IPEN-CNEN destacaram três centros de pesquisa: o Centro do Reator de Pesquisa (CERPQ), de Radiofarmácia (CECRF) e de Tecnologia das Radiações (CETER). Em cada local, a comitiva foi acompanhada pelos respectivos gerentes que ofereceram informações sobre as atividades desenvolvidas em pesquisa, serviços e inovação.
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- 20/07/2021 - Em programação oficial no Brasil, diretor-geral da AIEA visita MCTI e unidades da CNENVISITA DIRETOR-GERAL AIEA
VISITA DIRETOR-GERAL AIEA
Fonte: CNEN
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), embaixador Rafael Mariano Grossi, esteve em missão oficial no Brasil entre os dias 14 e 21 de julho. O programa incluiu reunião com o ministro da Ciência Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, além de visita a três unidades da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN): a sede, no Rio de Janeiro, o Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste (CRCN-NE) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN).
A programação iniciou no dia 15, quando, junto com sua comitiva, o diretor-geral da AIEA conheceu alguns dos projetos em desenvolvimento pelo CRCN-NE, como a robô Aurora (de combate à Covid-19) e a produção de radiofármacos, que atende a Região Nordeste do Brasil. No encontro, foi mencionada a importância de parcerias entre o CRCN-NE/CNEN e a AIEA por meio dos projetos Arcal (Acordo Regional de Cooperação para a Promoção da Ciência e Tecnologia Nucleares na América Latina e Caribe).
Grossi foi o primeiro mandatário da Agência a estar presente nas instalações do CRCN-NE. Ao descerrar uma placa alusiva à visita histórica ao Centro destacou: "O envolvimento do CRCN-NE/CNEN é muito importante na promoção de técnicas nucleares para a paz e o desenvolvimento. Trabalharemos para aumentar a cooperação entre o Centro Regional e a AIEA”. Para o diretor do Centro, Carlos Alberto Brayner de Oliveira Lira, a parceria com a Agência é de suma importância para o Brasil e deve ser ampliada. "O CRCN-NE/AIEA agradece a cooperação da AIEA e coloca todo o seu potencial em pesquisa, desenvolvimento e inovação a serviço dessa cooperação com a finalidade de promover o uso seguro e pacífico da energia nuclear”.
Ainda em Recife, Grossi e sua comitiva participaram da soltura de mosquitos estéreis. Trata-se de aplicação da radiação ionizante para esterilização destes insetos com vistas à diminuição de sua população. O projeto foi desenvolvido pela empresa Moscamed e conta com apoio da CNEN através de sua unidade em Recife, o CRCN-NE/CNEN.
Visita ao IPEN
Rafael Grossi esteve em visita ao IPEN na manhã do sábado, 17/7/2021. Após breve recepção, o presidente da CNEN, Paulo Roberto Pertusi, fez uma apresentação sobre a estrutura do setor nuclear brasileiro, a CNEN e suas unidades técnico-científicas, os principais projetos desenvolvidos pela instituição, as atividades regulatórias, a futura autoridade de segurança nuclear, além dos mecanismos de cooperação técnica com a AIEA.
A visita teve continuidade percorrendo o Espaço Cultural Marcello Damy, descerrando uma placa alusiva à visita e posterior apresentação da unidade móvel com acelerador de elétrons e um tour pelas alamedas do IPEN e seus centros de pesquisa.
Pertusi, o diretor de pesquisa e desenvolvimento, Madison Almeida, e o diretor do IPEN, Wilson Calvo, também apresentaram os principais projetos estratégicos na área nuclear, com destaque para o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB). Grossi ressaltou a importância histórica da participação dos pesquisadores do IPEN/CNEN em projetos desenvolvidos com a AIEA e ressaltou que o Instituto "é um exemplo de excelência em congregar capacidade em pesquisa, ensino e inovação com o compromisso de serviço à sociedade”.
No mesmo dia, a comitiva foi ao Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), em Iperó, que tem o desenvolvimento de tecnologias nucleares como uma de suas principais linhas de atuação. Ele visitou as instalações do Centro Industrial Nuclear de Aramar e sobrevoou o local do empreendimento Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).
Visita à Sede da CNEN
No Rio de Janeiro, Grossi e comitiva participaram, no dia 19 de julho, das atividades comemorativas aos 30 anos da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais (ABACC). Na tarde deste dia, estiveram na sede da CNEN. No Salão Nobre foi realizada uma reunião com o presidente, diretores e assessores, na qual o Grossi destacou a parceria privilegiada da AIEA com a CNEN e o especial apoio da Agência nos projetos futuros e de separação das atuais funções da Autarquia. O diretor de radioproteção e segurança, Ricardo Gutterres, destacou a complexidade e dimensão da ação regulatória que vem sendo executada pela CNEN, destacando os desafios frente às inúmeras instalações ativas e à franca expansão do setor nuclear brasileiro.
Na ocasião, o diretor-geral da AIEA gravou uma mensagem lembrando pontos de destaque desta sua primeira visita oficial no cargo, durante a qual teve oportunidade de conhecer melhor as abrangentes e diversificadas atividades da CNEN. Também falou do futuro, pois para ele esse é "o começo de uma era de cooperação renovada e dinamizada”. Para Grossi, juntos – a Agência, o Brasil, a CNEN e todas as instituições do complexo nuclear brasileiro – "poderão enfrentar todos os desafios ligados ao clima, a pandemia e a transição energética e, em tudo isso, a CNEN tem um papel central”.
Após esse momento, o presidente Pertusi presenteou o diretor-geral Grossi com uma placa agradecendo a visita e, junto com coordenadores gerais da sede e assessores, também foi descerrada uma placa ao lado da galeria dos ex-presidentes da instituição.
Visita a outras importantes instalações
Rafael Grossi esteve ainda em outras importantes instalações nucleares do Brasil: visitou a Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), unidade da Indústrias Nucleares do Brasil (INB) em Resende (RJ); a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis (RJ), onde estão localizadas as usinas nucleares Angra 1, Angra 2 e o canteiro de obras de Angra 3. Foi ainda ao estaleiro em Itaguaí (RJ) onde está sendo construído o primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear, na Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares(ABDAN).
No dia 20, a programação incluiu reuniões com ministros de três pastas: Marcos Pontes - do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Bento Albuquerque - do Ministério de Minas e Energia (MME) e Carlos Alberto Franco França – do Ministério das Relações Exteriores (MRE). No dia 21, Grossi e comitiva partiram do Brasil.
Fontes: CRCN-NE, IPEN e Sede CNEN.
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- 17/07/2021 - IPEN é exemplo de excelência em pesquisa e desenvolvimento na América Latina, diz diretor-geral da AIEAA visita de Rafael Mariano Grossi e comitiva, em 17 de julho, fortaleceu histórico de parceria com a AIEA em projetos nas áreas de saúde, meio ambiente e indústria
A visita de Rafael Mariano Grossi e comitiva, em 17 de julho, fortaleceu histórico de parceria com a AIEA em projetos nas áreas de saúde, meio ambiente e indústria
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, IPEN-CNEN, recebeu a visita do diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, na manhã de 17 de julho de 2021. Prevista inicialmente para 2020, a vinda de Grossi ao Brasil integra uma intensa agenda de encontros em diversas instituições de pesquisa e instalações nucleares do país, mas acabou sendo adiada devido à pandemia da Covid-19.
No IPEN, Grossi foi recepcionado pelo presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Paulo Roberto Pertusi, pelo diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da autarquia, Madison Coelho de Almeida, e pelo diretor do Instituto, Wilson Calvo. Para o diretor-geral da AIEA, o Instituto "é um exemplo de excelência em congregar capacidade em pesquisa, ensino e inovação com o compromisso de serviço à sociedade”.
Grossi ressaltou a importância histórica da participação dos pesquisadores do IPEN/CNEN em projetos desenvolvidos com a AIEA e a necessidade de superação de novos desafios. "Estou convencido de que o IPEN-CNEN tem um lugar privilegiado que necessita ocupar junto à Agência. Temos que pensar no futuro e articular, juntos, o trabalho do IPEN na nova agenda nuclear mundial, mais abrangente e desafiadora”, afirmou.
Pertusi e Almeida apresentaram os principais projetos estratégicos na área nuclear, com destaque para o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), "imprescindível para a autonomia nacional da produção de radiofármacos e democratizar seu uso para a população brasileira”, o Centro Tecnológico Nuclear e Ambiental (CENTENA), repositório de rejeitos radioativos de baixa e média intensidade, e o Laboratório de Fusão Nuclear (LFN), que ficará no complexo do RMB.
Também foi enfatizada a contribuição da CNEN para a formação de recursos humanos qualificados, por meio dos programas de pós-graduação oferecidos por quatro de sete unidades técnico-científicas da autarquia. Dentre eles, o Programa de Tecnologia Nuclear do IPEN com a Universidade de São Paulo (USP), que em 45 anos de existência formou mais de três mil titulados (mil doutores e dois mil mestres) e é considerado de excelência pela Capes.
O IPEN/CNEN também se destaca pelo seu Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde, o único stricto sensu nessa modalidade, no Brasil. Iniciado em 2019, oferece duas áreas de concentração: Medicina Nuclear e Radiofarmácia e Processos de Radiação na Saúde. Os primeiros mestres do programa serão formados neste ano de 2021, e a terceira turma começa no mês de agosto.
Para o diretor do IPEN/CNEN, Wilson Calvo, a visita técnica de Grossi ao Instituto demonstra a importância dos investimentos da AIEA em projetos nacionais, regionais e coordenados de pesquisa. "O compromisso institucional, ao receber esses recursos, e também de outras agências de fomento, é transformá-los em ciência que se reverta em inovação, capacitação e produtos tecnológicos que atendam a políticas públicas com utilização da energia nuclear”.
Vice-diretor geral do Departamento de Ciências Nucleares e Aplicações da AIEA por anos, Aldo Malavasi Filho, professor aposentado do Departamento de Genética da USP e fundador da Biofábrica Moscamed Brasil, ressaltou a importância do IPEN/CNEN como repositório de quadros na Agência. Citou vários pesquisadores do Instituto "que ofereceram valiosa contribuição com suas atividades para a AIEA”.
Desde os anos 1980, Grossi é o terceiro diretor-geral da AIEA a visitar o IPEN-CNEN. Hans Blix (1981-1997) e Mohamed ElBaradei (1997-2009) estiveram em visita às instalações do Instituto.
Tour pelo Campus
Acompanhado de Pertusi, Almeida e Calvo, Grossi conheceu o Espaço Cultural Marcello Damy, onde foi descerrada uma placa alusiva à sua visita ao Instituto. Em seguida, a comitiva se dirigiu à exposição "O IPEN e sua História”, ocasião em foram apresentados marcos científicos e tecnológicos realizados pelo IPEN/CNEN. Também estavam presentes coordenadores e gerentes dos Centros de Pesquisa do IPEN/CNEN.
Na sequência, os visitantes conheceram a unidade móvel de radiação, na qual será instalado um acelerador com feixe de elétrons para tratamento de efluentes, projeto apoiado pela AIEA, FAPESP, CNPq, FINEP e NUCLEP. Marcos Rodrigues, engenheiro da Truckvan e responsável pelo projeto, acompanhou a comitiva. A visita se encerrou com um tour pelo campus do IPEN-CNEN. Durante o trajeto, Wilson Calvo apresentou as principais linhas de atuação de cada um dos 11 Centros de Pesquisa e as parcerias com a AIEA.
Grossi conclui sua agenda no Brasil nesta segunda-feira, 19, no Rio de Janeiro, visitando a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC) e a sede da CNEN.
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- 10/06/2021 - Campanha IPEN Solidário realiza a entrega do primeiro lote de doaçõesIniciativa de servidores do IPEN, a ação permanece ativa e arrecadou cestas básicas que atenderam a 36 famílias da comunidade 1010, no Rio Pequeno
Iniciativa de servidores do IPEN, a ação permanece ativa e arrecadou cestas básicas que atenderam a 36 famílias da comunidade 1010, no Rio Pequeno
A campanha IPEN Solidário realizou a entrega do primeiro lote de doações no último dia 10 de junho, quinta-feira, na sede da Associação Comunidade 1010, Rio Pequeno, São Paulo. Na ocasião, Marcos Bulula, responsável pela associação e Murilo Mascarenhas, representante da Central Única de Favelas (CUFA), receberam as doações entregues pelos colaboradores do Setor de Transportes da Divisão de Infraestrutura do IPEN (DINFR).
As doações arrecadadas permitiram o atendimento a 36 famílias cadastradas pela Associação que receberam as cestas na mesma data.
Os responsáveis pela campanha IPEN Solidário esperam que os demais servidores se sensibilizem e fortaleçam a campanha que permanecerá arrecadando até setembro. "A fome tem urgência e nós podemos fazer a diferença”, comentou a diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino do IPEN, Isolda Costa, uma das mais atuantes participantes do grupo.
A equipe do IPEN Solidário agradece a colaboração imprescindível para o êxito da ação aos colaboradores terceirizados e ao gerente do Setor de Transportes, Marcos Silveira, pela colaboração no recebimento, acondicionamento e entrega das doações.
Como participar
Todos podem colaborar na ação: servidores, colaboradores e simpatizantes. Os interessados participam doando cestas básicas padronizadas para a campanhano link IPEN Solidário, no site da empresa QualyCestas, após avaliação de preços e qualidade dos produtos pelo Grupo de Trabalho no Instituto.
Atenção: ao fazer a aquisição da cesta, é necessário confirmar como local para entrega o endereço do IPEN/CNEN:
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN) - Av. Prof. Lineu Prestes, 2242 – Cidade Universitária – São Paulo/SP – CEP: 05508-000.
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- 18/12/2020 - Divulgação científica foi destaque na edição virtual do IPEN de Portas AbertasO IPEN de Portas abertas se reinventou em sua 14a. edição e tornou-se um evento on-line. O diretor do Instituto, Wilson Calvo, deu as boas-vindas, comentou sobre linhas de pesquisas que contribuem para o combate à Covid-19.
O IPEN de Portas abertas se reinventou em sua 14a. edição e tornou-se um evento on-line. O diretor do Instituto, Wilson Calvo, deu as boas-vindas, comentou sobre linhas de pesquisas que contribuem para o combate à Covid-19.
A primeira atividade foi um tour comentado às instalações do Reator Nuclear IEA-R1 conduzida por Ana Bonassa e Laura de Freitas, do canal Nunca Vi 1 Cientista. Frederico Genezini, físico responsável pelo Centro do Reator de Pesquisa, conduziu a visita gravada e, ao vivo, fazia novos comentários e esclarecia o público.Link para o vídeo do canal Nunca Vi 1 Cientista:A segunda atividade programada foi um bate-papo mediado por Rafael 'Teo' Garcia, do Centro de Combustível Nuclear. O tema foi uma sequência de pesquisas desenvolvidas e serviços do IPEN utilizando radiação e luz na área da Saúde. Participaram Daniel Perez Vieira, do Centro de Biotecnologia, Emerson Soares Bernardes, do Centro de Radiofarmácia, Martha Simões, do Centro de Lasers e Aplicações e Pablo Vásquez Salvador, do Centro de Tecnologia das Radiações.No encerramento, o diretor Wilson Calvo lançou o primeiro vídeo, "IPEN com N de Nuclear", da série "IPEN em Foco", resultado de bolsa FAPESP no Programa José Reis de Jornalismo Científico (Mídia Ciência) da física Adriana Miranda e produzido pela Via TV.Link para o vídeo IPEN com "N" de Nuclear -
- 16/12/2020 - Exposição de desenhos infantis 'O IPEN que eu imagino'A exposição virtual “O IPEN que eu imagino” é uma da 14ª. edição do IPEN de Portas Abertas, evento realizado pela primeira vez de forma virtual em 18 de dezembro de 2020
A exposição virtual “O IPEN que eu imagino” é uma da 14ª. edição do IPEN de Portas Abertas, evento realizado pela primeira vez de forma virtual em 18 de dezembro de 2020
Criatividade é essencial para a arte e para a ciência. Ambas necessitam de estímulo, de curiosidade, de ir além ao que já foi realizado. E estimular a imaginação e associá-la ao mundo da ciência e tecnologia foi um dos objetivos da realização da exposição virtual "O IPEN que eu imagino”.
Crianças até 12 anos, a maioria do universo familiar de servidores e colaboradores do Instituto, enviaram seus desenhos até 14/12. O resultado expomos nessa singela galeria. Que seja estímulo a jovens artistas e cientistas. Que a sensibilidade faça parte de suas vidas.
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- 30/11/2020 - ENQUALAB 2020 tem como tema tecnologias virtuais para gestão e operação de laboratórios metrológicosO evento on-line acontece de 30/11 a 2/12 e contará com exposição virtual, painel sobre metrologia das radiações ionizantes e seminário sobre metrologia legal
O evento on-line acontece de 30/11 a 2/12 e contará com exposição virtual, painel sobre metrologia das radiações ionizantes e seminário sobre metrologia legal
A 17ª edição do ENQUALAB 2020, Congresso de Qualidade em Metrologia, Laboratórios e Indústria, tem como principal tema as tecnologias virtuais aplicadas às práticas de gestão e operação de laboratórios metrológicos e processos de medição industriais. O evento, uma iniciativa da Rede Metrológica do Estado de São Paulo (REMESP) conta com 5 painéis com participação de representantes de institutos de metrologia, diversas palestras e uma inovadora feira virtual em que os participantes poderão interagir com realidade aumentada.
A física Maria da Penha Albuquerque Potiens, gerente do Centro de Metrologia das Radiações (SEGMR) do IPEN participa da comissão organizadora e do comitê científico do ENQUALAB 2020. Organizou o painel "Metrologia das Radiações Ionizantes: Ensaio de Proficiência no Brasil”, que acontece em 2 de novembro, às 10h com a participação de representantes do Laboratório Nacional de Metrologia das Radiações Ionizantes (LANMRI), Laboratório de Calibração de Dosímetros do Centro do Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN/CNEN), Laboratório de Metrologia das Radiações Ionizantes da Universidade Federal de Pernambuco (LMRI-DEN/UFPE), Laboratório de Produtos para a Saúde da Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Metrobras.
Informações e inscrições no link: https://www.enqualab.net/
Inscrições para a exposição virtual são gratuitas.
Concomitante ao ENQUALAB 2020, acontece o 3º Seminário de Metrologia Legal, em 3 de novembro e de forma virtual.