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- 19/05/2018 - Atividades no Parque Ibirapuera celebram o Dia Internacional da LuzCoincidindo com a Virada Cultural, o Parque Ibirapuera recebe nos dias 19 e 20 de maio atividades de divulgação científica em comemoração do Dia Internacional da Luz
Coincidindo com a Virada Cultural, o Parque Ibirapuera recebe nos dias 19 e 20 de maio atividades de divulgação científica em comemoração do Dia Internacional da Luz
Fonte: Prefeitura da Cidade de São Paulo
A Escola Municipal de Astrofísica (EMA) e os planetários municipais elaboraram variada programação para os dias 19 e 20, em comemoração ao Dia Internacional da Luz. A data, celebrado em 16 de maio, é uma alusão ao dia em que ocorreu a primeira emissão de raios laser, em 1960, e foi instituída pela UNESCO para difundir a contínua valorização do papel que a luz desempenha nas artes, ciência, educação, cultura e desenvolvimento sustentável.
Os espaços, pertencentes à Divisão de Astrofísica da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), foram indicados pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) para compor o primeiro centro de divulgação científica parceira do Brasil para o evento, ao lado de outras instituições relacionadas à pesquisa científica, como o grupo Arte e Ciência (coordenado pelo Prof. Mikiya Muramatsu - IFUSP) e SPIE & OSA (The International Society for Optics and Photonics & The American Optical Society).
Vocação
Essa escolha parece natura, pois a astronomia, além de ser uma ciência dependente da luz, traduz o caráter cultural-educativo das atividades desenvolvidas nos Planetários, cruzando facilmente a fronteira entre arte e ciência. O complexo integra a Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAPAZ), departamento de educação ambiental da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA).O apoio da comunidade científica é essencial para o tema. Tecnologias baseadas em radiação eletromagnética das quais a luz visível é apenas um aspecto, como lasers, rádio e fibras ópticas, são cada vez mais indispensáveis para o mundo moderno. Encontram emprego em áreas que vão das telecomunicações à medicina e às artes. Como fenômeno natural, a luz está por trás da fotossíntese que torna possível a vida na Terra.
Agenda
O Dia Internacional da Luz ganhou comemoração oficial nos dias 19 e 20, coincidindo com a tradicional Virada Cultural da cidade. Fotografia, lasers, cinema e atividades interativas, como jogos de lógica e raciocínio, são algumas das atrações previstas. Também serão lançados os PlaneTalks, palestras rápidas e em linguagem acessível, realizadas na cúpula de projeção do Ibirapuera. Os temas tratados neste lançamento irão da relação entre luz ultravioleta e câncer de pele à "nova astronomia” de ondas gravitacionais e neutrinos, passando ainda por questões de arte, biologia, saúde e história.Confira a programação!
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- 17/05/2018 - Câmara conclui votação da regulamentação da profissão de físicoDeputados aprovaram emendas de senadores à proposta que já pode ir à sanção presidencial
Deputados aprovaram emendas de senadores à proposta que já pode ir à sanção presidencial
Fonte: Site da Câmara dos DeputadosA Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados concluiu a votação da proposta que regulamenta a profissão de físico. Os deputados aprovaram em caráter conclusivo as emendas do Senado ao PL 1025/11, que vai direto para a sanção presidencial, a não ser que haja recurso.
A principal mudança dos senadores diz respeito ao conselho profissional dos físicos. Enquanto o texto original transferia para o Executivo a regulamentação de um órgão competente, a versão aprovada pelas duas Casas define que este órgão será um Conselho. Também foi retirado do texto o prazo de 180 dias para a exigência do registro no Conselho como requisito para a atuação profissional.
De acordo com a proposta, poderão atuar como físicos:
- os diplomados em Física por estabelecimentos de ensino superior, oficiais ou reconhecidos;
- os diplomados em curso superior similar, no exterior, após a revalidação do diploma, nos termos da legislação em vigor;
- os que, até a data da publicação da nova lei, obtiveram o diploma de mestrado em Física, em estabelecimentos de pós-graduação, oficiais ou reconhecidos, permitindo-se ao portador de diploma de doutorado em Física, obtido a qualquer tempo, o direito pleno do exercício da profissão;
- os que, à data da publicação da lei, embora não diplomados nas condições anteriores, venham exercendo efetivamente, há mais de quatro anos, atividades atribuídas ao físico.
Atribuições
O texto do projeto também determina as atribuições do físico, entre as quais:
- realizar pesquisas científicas e tecnológicas nos vários setores da Física ou a ela relacionados;
- aplicar princípios, conceitos e métodos da Física em atividades específicas envolvendo radiação ionizante e não ionizante, estudos ambientais, análise de sistemas ecológicos e estudos na área financeira;
- desenvolver programas e softwares para computadores baseados em modelos físicos.Íntegra da proposta:
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- 17/05/2018 - Planejado há 40 anos, entrega de submarino nuclear brasileiro é adiada para 2028Projeto emperrou em trocas de governo, crise econômica e falência de fornecedores
Projeto emperrou em trocas de governo, crise econômica e falência de fornecedores
Fonte: Defesanet
Rafael Ciscati
SÃO PAULO - Diretor de desenvolvimento nuclear da Marinha, Almirante André Luis Ferreira Marques ri enquanto encaixa um capacete na cabeça. Alguns metros atrás dele, um grupo de operários serra, solda e encaixa componentes em um imenso tubo metálico, com 10 metros de diâmetro. O canteiro de obras fica no Centro Experimental ARAMAR, uma instalação de pesquisa e desenvolvimento da Marinha em Iperó, no interior de São Paulo.— Eu brinco que a gente devia chamar isso aqui de operação Lázaro — diz.
Ali, aos poucos, ganha forma o protótipo daquele que será o primeiro submarino nuclear brasileiro.É ele que a equipe do almirante diz trazer dos mortos, como Lázaro, o personagem bíblico. Um projeto acalentado pela Marinha há pelo menos 40 anos e que, garante o governo, deve estar pronto até 2028.
Depois de uma sucessão de atrasos e crises, o ritmo das obras em Aramar dá certa impressão de urgência. Numa espécie de galpão ainda em construção, cerca de 700 homens se revezam na montagem do protótipo, em tamanho real, que vai testar o sistema de propulsão do submarino. Um submarino nuclear funciona como uma espécie de navio a vapor sofisticado. Nessas máquinas, um reator nuclear — alimentado com urânio — aquece a água que, transformada em vapor, vai movimentar turbinas que geram eletricidade e colocam o barco em movimento.
Uma das atribuições de Marques e sua equipe é assegurar que todas as peças desse sistema se encaixem perfeitamente:— A gente monta esse protótipo para garantir, por exemplo, que o reator vai caber dentro do casco do submarino — diz — Há casos, fora do Brasil, em que aconteceu de essas peças não encaixarem.
PERCALÇOS PELO CAMINHO
Erros desse tipo nem passam pela cabeça de quem trabalha no projeto brasileiro, que já sofreu com percalços suficientes desde que começou a ser pensado. As primeiras discussões sobre a necessidade de o Brasil possuir um submarino nuclear começaram em 1978. O equipamento era considerado essencial para garantir a defesa da costa nacional.
— A função de qualquer submarino é ser um elemento de dissuasão. Como não é visto da superfície, quem pensar em invadir as águas nacionais vai ficar em dúvida quanto a se há um submarino na região ou não — explica Sérgio Miranda, capitão de Mar e Guerra.
A vantagem da variante nuclear é o tempo de autonomia. Submarinos convencionais precisam vir à tona mensalmente, recarregar as baterias. Os nucleares podem ficar até três meses submersos. Desde a década de 1970, o Programa Nuclear da Marinha se dedica a pesquisar e desenvolver tecnologias que viabilizem o projeto. Foi ele que desenvolveu o reator que equipará a máquina. Foi a Marinha quem dominou o ciclo de enriquecimento do urânio — o combustível usado nessas máquinas.
O mineral é abundante no país. Mas sua variante mais comum, o urânio-238, não é adequado para gerar energia. Para esse fim, é usado o urânio-235, e o processo de enriquecimento consiste em aumentar as concentrações dessa variante em uma amostra do mineral. É algo complexo.
— Nós desenvolvemos a tecnologia necessária para isso. E isso foi bom para a sociedade — diz Marques.
Esses esforços trouxeram benefícios para o setor energético. Hoje, essa tecnologia de enriquecimento de urânio é usada para produzir o combustível utilizado nas usinas nucleares de Angra do Reis. O projeto de submarino propriamente, por outro lado, avançou a passos lentos. Pesaram contra ele as mudanças de prioridade para o setor, que variaram conforme mudaram os governos.
— Entre 1997 e 2007, o projeto vegetou — diz Miranda.
A situação melhoraria em 2008, quando o governo Lula criou o Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (Prosub). A construção do reator continuou a cargo do programa Nuclear da Marinha (PNM). Mas o restante passou para o bojo do PROSUB.
Além de viabilizar o submarino nuclear, o novo programa envolvia um acordo de transferência de tecnologia com a França, para a construção de quatro submarinos convencionais. Eles deveriam ser montados, através de uma parceria entre uma empresa francesa e o braço de defesa da Odebrecht, em um estaleiro em Itaguaí, no Rio de Janeiro. Na ocasião, o cronograma previa que o protótipo de Aramar ficasse pronto em 2019 e que o submarino completo fosse ao mar em 2025.
O calendário precisou se ajustar à crise econômica que assolaria o país a partir de 2014.
— Continuamos a construção do protótipo, mas em ritmo mais lento. Em 2015 e 2016, tivemos que dispensar muitos profissionais.Mesmo a empresa que fabricou o casco do nosso protótipo foi à falência — diz Marques.
Nesse meio tempo, em Itaguaí, o Prosub também assistiu a lances dignos de novela. Em 2016, virou alvo da Lava-Jato, quando um dos delatores da Odebrecht, Benedicto Júnior, afirmou que a empreiteira repassara R$ 17 milhões ao PT saídos do orçamento do programa. Naquele mesmo ano, o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, um dos pais do programa nuclear da Marinha (mas que já não tinha vínculos com ele), foi preso, acusado de receber propina das empreiteiras envolvidas na construção da usina de Angra 3. Segundo delatores, ele teria recebido dinheiro do Prosub também.
A Marinha negou envolvimento nas irregularidades. Hoje, o governo garante que os problemas financeiros foram superados. Marques conta que os dois reatores, que devem equipar o protótipo e o submarino final, já foram fabricados e só aguardam o momento de ser montados e testados. O governo espera investir R$ 2,2 bilhões nessa etapa do processo até 2021. Em Itaguaí, o governo já investiu R$16 bi no Prosub e espera que o investimento total fique na faixa dos R$30 bilhões.
— Parece muito dinheiro mas, em comparação ao que outros países gastaram, sai barato — diz Marques.
Protótipo do primeiro submarino nuclear brasileiro tinha previsão de ficar pronto em 2019 - Edilson Dantas/O Globo
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- 17/05/2018 - Submarino nuclear 'terrestre' ficará pronto em 3 anos, diz MarinhaProtótipo em terra de equipamento está sendo montado no interior paulista; projeto consumiu cerca de R$ 10 bilhões em 4 décadas
Protótipo em terra de equipamento está sendo montado no interior paulista; projeto consumiu cerca de R$ 10 bilhões em 4 décadas
Fonte: O Estado de S. Paulo
José Maria Tomazela, ENVIADO ESPECIAL, O Estado de S.Paulo
IPERÓ (SP) -O protótipo em terra do submarino nuclear brasileiro projetado pela Marinha ficará pronto em pouco mais de três anos. As obras do prédio onde o modelo em tamanho natural está sendo montado foram apresentadas nesta quarta-feira, 16, a jornalistas pelo almirante André Luis Ferreira Marques, diretor de Desenvolvimento Nuclear da Marinha, em Iperó, no interior de São Paulo.
O projeto consumiu US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões) nos últimos 40 anos. Outros R$ 2,2 bilhões serão investidos até dezembro de 2021, quando o submarino "terrestre”, equipado com o reator nuclear, entra em funcionamento a 200 quilômetros do mar. A versão definitiva, que vai para o oceano, no Rio de Janeiro, só ficará pronta entre 2028 e 2030.
Na avaliação do almirante, as crises econômicas vividas pelo País afetaram mais o projeto do que a Operação Lava Jato, que levou à prisão um dos idealizadores do programa, o ex-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, por denúncia de corrupção na Eletronuclear, que ele dirigiu após passar para a reserva na Marinha, em 2005. Othon, que sempre negou as acusações, foi libertado em 2017, graças a um habeas corpus."O TCU (Tribunal de Contas da União) acompanha o projeto desde o início e nunca tivemos problema desse tipo aqui. Quando vimos algo errado, abrimos sindicância e até inquérito militar, mas não deixamos avançar”, afirmou Marques.
As obras do estaleiro da Marinha em Itaguaí (RJ) também têm participação da Odebrecht, uma das empresas que foram alvo da Lava Jato. A empreiteira, no entanto, não realizou obras em Iperó.
De acordo com Marques, o programa sofreu grande contingenciamento financeiro entre 1997 e 2007, mas nunca parou. Na época, houve redução de 50% no número de funcionários. No ano passado, o projeto foi afetado indiretamente pela crise, que levou à insolvência muitas empresas fornecedoras de equipamentos e insumos.
Avanço
A conclusão do modelo em terra do submarino equipado com reator nuclear construído no Brasil será o segundo grande avanço do programa nuclear da Marinha. O primeiro ocorreu na década de 1980, com o domínio do enriquecimento de urânio – o combustível do submarino.
O marco foi a inauguração, em abril de 1988, da Usina Almirante Álvaro Alberto, pelo então presidente José Sarney, na presença do presidente da Argentina na época, Raúl Alfonsín. Os 30 anos da inauguração da usina de enriquecimento de urânio serão lembrados no dia 8 de junho, com uma visita dos presidentes atuais dos dois países, Michel Temer e Mauricio Macri, ao Centro Tecnológico da Marinha, em Iperó.
Os chefes de governo irão conhecer as obras do Laboratório de Geração de Energia Núcleo Elétrica (Labgene), onde o modelo padrão do submarino está sendo montado em ritmo acelerado. "Estamos tocando ao mesmo tempo as obras civis e a montagem do protótipo com o reator. O Labgene tem de ficar pronto primeiro, para que possamos qualificar o projeto do submarino que será construído no complexo naval de Itaguaí ”, disse o almirante.
O prédio tem paredes com 33 metros de altura e já abriga parte do casco do submarino – um cilindro de aço com 10 metros de diâmetro que terá cerca de 70 metros de comprimento. A escala do protótipo é de um metro por um, ou seja, o modelo em terra será similar ao que vai navegar.
O compartimento que abrigará o reator é considerado instalação nuclear e segue normas para licenciamento pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). O conjunto de turbinas e o freio dinamométrico já estão instalados. A base para o motor elétrico de propulsão, de 7,4 megawatts, também está pronta. O próprio equipamento está em testes em laboratório vizinho.
Conforme o almirante, todos os componentes do reator nuclear já foram testados individualmente. O início da montagem está previsto para este ano. "É similar ao que vai equipar o submarino e será testado aqui antes.”
ANÁLISE:
Meta do programa nuclear brasileiro é expandir conhecimentoProjeto, talvez, seja única iniciativa do gênero no mundo operada por uma organização militar que é submetida às inspeções de entidades civis
Roberto Godoy, O Estado de S.Paulo
O programa nuclear da Marinha do Brasil é mais antigo que os 30 anos comemorados a partir da inauguração oficial do Centro Aramar, em Iperó, interior de São Paulo. O projeto começa bem antes, nos anos 70, ainda na sombra dos selos de "paralelo” e "secreto”, sob os quais se abrigava a pesquisa, ainda de viés estritamente militar. Alternativa ao caro e ineficiente acordo bilateral firmado em 1975 com o governo da Alemanha pelo então presidente Ernesto Geisel, o empreendimento, feito oficial e público pelo ex-presidente José Sarney, tem sido bem-sucedido. A rigor, acumula conhecimento sensível suficiente para dar ao País a capacidade de produzir armas nucleares – das quais o Estado brasileiro abdicou na Constituição de 1988 por meio de uma cláusula pétrea (artigo 21, inciso XXIII) – em tempo relativamente curto, coisa de um ou dois anos a contar de um eventual sinal verde.As tecnologias que o Brasil adota permitiram o controle de todo o complexo ciclo do enriquecimento de urânio, uma forma de separar partículas atômicas usando máquinas de ultracentrifugação avançadas, criadas por especialistas da Marinha. A meta do programa, além de suprir a demanda dos futuros submarinos de propulsão nuclear da frota naval, é expandir a investigação científica independente nesse campo, facilitando o fornecimento de isótopos para uso em medicina e a construção das ultracentrífugas empregadas na produção de combustível para os reatores das usinas geradoras de energia.
O projeto, talvez, seja a única iniciativa do gênero no mundo operada por uma organização militar que é submetida às inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), de Viena, e da Comissão Nacional de Energia Atômica (CNEN), ambas entidades civis.
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- 15/05/2018 - Acordo de Desenvolvimento traz Centro de Irradiação ao BrasilFonte: Portal do Governo do Estado de S. Paulo
A agência de promoção de investimentos e competitividade do Governo do Estado, Investe São Paulo, responsável pela interlocução com entidades governamentais, informações estratégicas e questões de licenciamento ambiental, tributação e infraestrutura, teve participação importante no Acordo de Desenvolvimento de Projeto (ADP) para a implementação e operação conjunta de um Centro de Irradiação no Brasil.O documento foi assinado pela Corporação Estatal de Energia Nuclear "Rosatom”, através de sua subsidiária, Rosatom Healthcare” (RHC), e a empresa brasileira CK3 – do lado russo, pelo diretor geral da RHC, Denis Cherednichenko, e do lado brasileiro, pelo diretor da CK3, Raphael Guiguer.
Durante meses, ambas as empresas estudaram as necessidades do mercado, os regulamentos, as alternativas tecnológicas, entre outros aspectos fundamentais para desenvolver as soluções mais avançadas para os clientes locais.
O ADP é o fio condutor da formação de uma empresa conjunta voltada à oferta de serviços de irradiação para o mercado brasileiro, usando tecnologias russas baseadas em aceleradores de elétrons e raios X para a esterilização de produtos farmacêuticos, cosméticos e de saúde, entre outras aplicações industriais.
O projeto combina o conhecimento russo na área das tecnologias de radiação e a experiência brasileira com o mercado local. As experiências da RHC e da CK3 têm como objetivo oferecer serviços de alta qualidade aos clientes, seguindo a estratégia da Rosatom de aumentar sua participação no mercado latino-americano.
"Nossa joint venture está trazendo uma alternativa atraente para o mercado brasileiro com uma solução ambientalmente correta”, explica Raphael Guiguer, diretor de projetos da CK3. Ao contrário de outros métodos de esterilização, os aceleradores de elétrons e de raios X não liberam gases tóxicos nem geram resíduos. "Estamos ansiosos para os próximos passos para começar a oferecer serviços aos clientes.”
"Nós vemos grande potencial no mercado brasileiro de esterilização de produtos médicos por radiação. O uso de tecnologias de radiação na área da saúde do Brasil pode melhorar significativamente a segurança e qualidade dos bens e serviços. Produtos médicos hermeticamente embalados podem ser efetivamente esterilizados, o que reduz o risco de contaminação na fase de produção. Produtos tratados com o método de esterilização por radiação também aumentarão o potencial de exportação das empresas brasileiras que se dedicam à produção de produtos para a medicina”, fala Cherednichenko.
"Nós temos estudado o mercado de irradiação há algum tempo e, apesar de relevante no mundo, ele tem pouco investimento em nosso país. O potencial desse setor nos levou à decisão de investir para diversificar nosso portfólio”, complementa Rodrigo Cherkezian, diretor de relações com investidores da CK3.
Sobre as empresas
A JSC Rusatom Healthcare foi criada pela subsidiária da Corporação Estatal "ROSATOM” – a empresa JSC "ATOMENERGOPROM” para fins de desenvolvimento e produção de equipamentos e produtos de radionuclídeos para medicina nuclear e radiologia médica, bem como equipamentos industriais e soluções de esterilização para o processamento de diferentes tipos de produtos com radiação ionizante com base em instalações de feixe de elétrons e raios gama.
A CK3 é uma empresa brasileira de consultoria e participações, com experiência no desenvolvimento de projetos em diversos setores, com foco em infraestrutura e negociações internacionais. A empresa faz parte do grupo Cherkezian, fundado nos anos 70. Suas controladoras têm atividades no desenvolvimento imobiliário e no comércio varejista.
A Investe São Paulo
Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade é a porta de entrada das empresas que pretendem se instalar no Estado ou expandir seus empreendimentos.
A Agência fornece, gratuitamente, informações estratégicas que ajudam os investidores a encontrar os melhores locais para seus negócios, prestando assessoria ambiental, tributária e de infraestrutura, facilitando o relacionamento das empresas com instituições governamentais e concessionárias de serviços públicos. Tudo isso com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e a inovação em São Paulo.
Outra importante missão da Investe SP é incentivar as exportações de pequenas e médias empresas, também de forma gratuita. Ainda estão sob as atribuições da Agência prospectar novos negócios para o Estado ao redor do mundo, recepcionar delegações estrangeiras e promover a imagem de São Paulo no Brasil e no exterior como principal destino de empresas na América Latina.
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- 15/05/2018 - Eletronuclear: alta na tarifa de Angra 3 não impactará conta de luzFonte: EBCO aumento nas tarifas da usina nuclear de Angra 3 não deve ter impacto no custo da tarifa elétrica aos consumidores. A afirmação consta de estudo elaborado pela Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN) e divulgado pela Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras responsável pela usina nuclear.
O estudo compara o custo atual da geração elétrica no país com usinas térmicas a gás ou diesel, e substitui parte dessa energia pela que será gerada por Angra 3, se o empreendimento estivesse funcionando.
O tema causou polêmica. A Agência Nacional de Energias Elétrica (Aneel) disse em parecer encaminhado ao colegiado que as emendas teriam efeito direto na conta do consumidor.
A questão veio à tona durante os debates em torno da Medida Provisória 814/17, voltada para destravar a privatização das distribuidoras da Eletrobras e permitir a inclusão da holding e das empresas de geração e transmissão no Programa Nacional de Desestatização (PND).
O relatório do deputado Júlio Lopes (PP-RJ), aprovado na semana passada, incluiu no texto uma emenda ao projeto que permite ao Poder Executivo, por meio do Ministério de Minas e Energia, reajustar o preço de Angra 3 para atingir a média internacional.
Atualmente, o valor estimado da tarifa de Angra 3 está em torno de R$ 240 por Megawatt-hora (MWh). A Eletronuclear pleiteia que este valor seja reajustado para R$ 400/MWh.
De acordo com o levantamento, na comparação entre os valores pagos na operação das usinas térmicas que estão em atividade no Brasil e o valor do custo da energia produzida por Angra 3, ao longo de 11 meses, haveria uma economia de R$ 900 milhões.
O custo das térmicas despachadas dentro da ordem de mérito em 2017 girou em torno de R$ 5,9 bilhões. Se Angra 3 estivesse operando, o custo total seria de R$ 5 bilhões.
"Ou seja, mesmo com uma tarifa de R$ 400, a economia seria de R$ 900 milhões no custo total da energia gerada no SIN [Sistema Integrado Nacional] pela simples substituição das térmicas mais caras por Angra 3”, diz a Eletronuclear.
Obras paradas
Entretanto, o estudo aponta ser necessário investir na conclusão do empreendimento, paralisado desde 2015. Estimativas do Tribunal de Contas da União (TCU), divulgadas em agosto do ano passado, indicam que são necessários até R$ 25 bilhões para a conclusão da obra, considerando os valores já investidos. Para tanto, de acordo com o órgão, ainda será necessário investir R$ 17 bilhões na obra.
O documento indica que a não conclusão de Angra 3 é que representa aumento de custos para o consumidor, uma vez que o sistema continuará usando térmicas de custo mais elevado: "afirmar que há um aumento de custos para consumidor exclusivamente pelo fato da tarifa revisada ser superior à tarifa atual significa esquecer que essa tarifa atual torna o empreendimento inviável, ou seja, nunca seria efetivamente construído.”
De acordo com o parecer aprovado no Congresso Nacional, o Ministério de Minas e Energia deverá autorizar a celebração de termo aditivo ao Contrato de Energia de Reserva da usina nuclear Angra 3, considerando novo preço para a referida energia a ser estabelecido pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
O texto traz o ano de 2026 para o início da operação comercial de Angra 3 e autoriza ainda a realização de licitação para incluir participação privada, inclusive societária, na conclusão da usina nuclear.
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- 15/05/2018 - INB desenvolve nova tecnologia resultando no Mini Elemento CombustívelFonte: Último MinutoA Indústrias Nucleares do Brasil (INB) acaba de desenvolver mais uma tecnologia para a produção do combustível nuclear que abastece as usinas nucleares brasileiras. Desta vez, a inovação foi a construção de um Elemento Combustível em proporções reduzidas, capaz de garantir a alta precisão na calibragem dos chamados Colares de Nêutrons – equipamentos utilizados na medição da quantidade de urânio nos Elementos Combustíveis que compõem as recargas das usinas de Angra 1 e 2. O projeto e a montagem do Mini Elemento Combustível foram finalizados no segundo semestre de 2017. Em março de 2018, o Elemento Reduzido foi testado pelo Departamento de Energia dos EUA (DOE) e pelo Laboratório de Salvaguardas Nucleares da CNEN. Os resultados foram animadores.
Antes da produção do Elemento Combustível reduzido, os Colares de Nêutrons eram calibrados diretamente no Elemento Combustível, o que resultava em análises com imprecisão de até 5%. Com a calibragem feita pelo Elemento Reduzido, o índice caiu para cerca de 1%. Outra vantagem desta inovação, é que possibilita a remoção das varetas dos Elementos Combustíveis, viabilizando a sua reconfiguração e a realização de simulações. Suas características são similares ao Elemento Combustível tipo HTP, produzido para Angra 2, porém em escala reduzida.
Segundo o diretor de Produção do Combustível Nuclear (DPN), Marcelo Xavier, a tecnologia produziu importantes avanços na atividade de salvaguardas nucleares. "Cada vareta contêm 375 pastilhas. Cada pastilha pesa aproximadamente 10 gramas. Cada vareta dá mais de 3 quilos de urânio. Então, cinco varetas de urânio são mais de 15 quilos de urânio, que podem ser desviados. Com essa calibragem, não tem como ocorrer desvio de material nuclear. É possível ver exatamente o quanto de material e o grau de enriquecimento há no combustível”, declara.
Segundo o técnico da DPN, Luiz Antonio da Silva, o novo Elemento reduzido trará benefícios para o corpo técnico da INB: "principalmente no treinamento de pessoal de salvaguardas e de neutrônica da engenharia de combustível, no conhecimento e aperfeiçoamento nesse tipo de medida, que é uma das mais refinadas em escala mundial”, afirma. Para ele, o projeto ainda abre oportunidades de especialização no campo acadêmico. É mais uma porta que se abre para os técnicos da INB se formarem mestres e doutores nesse campo de pesquisa”.
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- 11/05/2018 - Acordo de Parceria entre CNEN e SBRTFonte: Site da SBRT
Aconteceu, nesta quinta-feira, 10 de maio de 2018, no IPEN (Instituto de Pesquisa Energéticas Nucleares), a assinatura do Termo de Cooperação Institucional entre a Sociedade Brasileira de Radioterapia – SBRT e a Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN. O termo assinado pelo Presidente da SBRT, Dr. Arthur Accioly Rosa e pelo Presidente da CNEN, Dr. Paulo Pertusi, formaliza um processo de colaboração de longa data, que tem como objetivo o fomento de segurança radiológica e radioproteção
Trata-se de um momento histórico, no qual ambas as instituições se mostram entusiasmadas com o trabalho bilateral em novas frentes na busca de uma Radioterapia de qualidade e principalmente segura.
A SBRT gostaria de deixar registrado o agradecimento pessoal ao ex Presidente da SBRT, Dr. Eduardo Weltman e ao Coordenador Geral da Coordenação de Instalações Radioativas da CNEN, Dr. Alessandro Facure, pelo engajamento e dedicação na formalização desse acordo e, a a presença do Sr. Homero Lavieri Martins, Presidente da Associação Brasileira de Física Médica – ABFM, pelo seu contínuo apoio à SBRT.
Como iniciativas, a seguir teremos a participação formalizada da CNEN na Banca de Certificação para Título de Especialista em Radioterapia de 2018 e o engajamento no grupo de trabalho para desenvolvimento do Selo de Qualidade em Radioterapia.
A SBRT continua trabalhando em busca da melhoria da radioterapia nacional.
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- 09/05/2018 - Aiea reitera que Irã está cumprindo determinações do acordo nuclearFonte: Agência Brasil
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou nesta quarta-feira (9) que o Irã continua cumprindo as determinações do acordo nuclear assinado com os países do G5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, França, mais Alemanha) e do qual o presidente americano, Donald Trump, anunciou ontem a retirada de seu país.
"Até a data de hoje, a AIEA pode confirmar que os compromissos nucleares estão sendo implementados pelo Irã", indicou em comunicado o diretor-geral da AIEA, o japonês Yukiya Amano.
"O Irã está submetido ao regime de verificação nuclear mais rígido do mundo sob o Plano Integral de Ação Conjunta (JCPOA, o nome oficial do acordo nuclear na sigla em inglês), que é uma grande contribuição para a verificação (nuclear)", acrescentou o japonês.
"A AIEA está acompanhando de perto as evoluções relacionadas com o JCPOA. Tal como solicitou o Conselho de Segurança da Organização das Naçoes Unidas (ONU) e foi autorizado pela Junta de Governadores da AIEA em 2015, a agência está verificando e supervisionando o cumprimento dos compromissos nucleares do Irã sob o JCPOA", afirmou Amano.
Trump anunciou ontem na Casa Branca que estava retirando os Estados Unidos do acordo nuclear e que voltará a impor "o nível mais alto de sanções econômicas" contra o Irã.
O tratado, negociado durante quase dois anos entre o Irã e o G5+1, prevê grandes limitações ao programa nuclear iraniano para evitar o desenvolvimento de armamento atômico.
Em troca dessas restrições, que duram entre 10 e 25 anos, os países do G5+1 suspenderam parte das sanções contra o Irã.
Trump, que era contrário ao JCPOA desde um princípio, até mesmo antes de ser presidente, garante que o Irã é um regime terrorista que, no fundo, nunca renunciou a seu desejo de possuir armas nucleares.
Alguns especialistas acreditam que a ruptura do JCPOA por parte dos EUA e a restauração das sanções têm como objetivo prejudicar a economia iraniana para forçar uma mudança de regime no país.
A AIEA investiga e supervisiona o programa nuclear do Irã de forma minuciosa desde 2003, e mantém desde 2016 - quando entrou em vigor o JCPOA - um amplo dispositivo de vigilância para verificar o cumprimento do acordo.
O próximo relatório da AIEA sobre o cumprimento do acordo da parte iraniana está previsto para ser divulgado dentro de duas semanas.
Além disso, na primeira semana de junho, acontecerá a próxima reunião da Junta de Governadores da AIEA, o órgão executivo da agência nuclear da ONU, que será dominado por este tema.
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- 08/05/2018 - Presidente do Irã diz que manterá acordo nuclearFonte: Agência Brasil
O presidente do Irã, Hassan Rouhani, determinou hoje (8) ao Ministério de Relações Exteriores que intensifique as consultas à França, à Alemanha, ao Reino Unido, à Rússia e à China no esforço de manter o acordo nuclear, assinado em 2015. Pelo acordo, o Irã ficaria impedido de fabricar a bomba atômica.
Em discurso, Hassan Rouhani afirmou que o Irã poderá permanecer no acordo, se os interesses do país forem preservados. Ele demonstrou que espera apoio dos cinco países ao JCPOA (sigla em inglês de Plano de Ação Conjunto Global), que se refere diretamente ao acordo nuclear iraniano.
"Se, após a conclusão das negociações, pudermos trabalhar com esses cinco países [França, Alemanha, Reino Unido, China e Rússia] nos compromissos delineados no JCPOA que beneficiam a nação iraniana, então permaneceremos no acordo.”
Rouhari disse ainda que o tempo de negociação deve ser curto e que em breve o país poderá voltar a enriquecer urânio. Segundo ele, foram solicitados à Organização de Energia Atômica do Irã (cuja sigla em inglês é AEOI) planejamentos para enriquecimento nuclear em nível industrial.
A reação do iraniano foi uma resposta à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que oficializou a saída do pacto. Em transmissão na emissora oficial de televisão do Irã, a PressTV, Rouhani reagiu: "A decisão de Trump foi o início de uma guerra psicológica contra o Irã, nosso povo heroico não será afetado por esse ataque psicológico".
*Com informações da emissora oficial de televisão do Irã, PressTV.
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- 08/05/2018 - Donald Trump retira Estados Unidos do acordo nuclear com IrãFonte: Agência Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje (8) sua decisão de retirar o país do acordo nuclear com o Irã. O alívio das sanções não será retirado de maneira imediata, mas em até 90 dias, podendo demorar mais que esse período- no total de 180 dias, prazo em que o país poderá negociar um novo acordo. Com a medida, ele cumpre uma promessa de campanha e isola os Estados Unidos no posicionamento contrário à manutenção do compromisso.
O pacto em 2015 foi celebrado após um compromisso do Irã em limitar suas atividades nucleares em troca do alívio nas sanções internacionais. Ao anunciar a decisão, Trump chamou o acordo de desastroso e disse que o "pacto celebrado jamais deveria ter sido firmado", porque não provê garantias que o Irã tenha abandonado mísseis balísticos.
Trump afirmou ter conversado com França, Alemanha e Reino Unido sobre a decisão. Para ele, os recursos liberados ao Irã em virtude do acordo - cerca de U$ 100 bilhões, em ativos internacionais, teriam sido usados para produção de armas e opressão no Oriente Médio, na Síria e no Iêmen. Chamado de Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, sigla em inglês), o acordo foi firmado pelo então presidente Barack Obama e o chamado P5+1 - grupo formado pelos cinco países-membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, além da Alemanha com o Irã).
O texto final foi alcançado depois de muita negociação entre as partes, e determinava um patamar máximo de urânio enriquecido do Irã - matéria usada para energia ou armas nucleares.Trump já havia dito que o pacto era "o pior negócio do mundo".
Durante a manhã, antes do anúncio, altos funcionários do governo Trump avisaram os principais líderes do Congresso dos Estados Unidos para explicar a decisão.
O Irã havia se comprometido a alterar sua matriz de produção nuclear para inviabilizar a produção de plutônio, produto que pode ser usado na fabricação de bombas nucleares, assim como o urânio.
Dentre os vários termos acordados à época, o pacto previa o limite de centrífugas para enriquecer o plutônio. Após a celebração do acordo, a Agência Internacional de Energia Atômica (Iaea) afirmou em janeiro de 2016 que o Irã estava cumprindo sua parte no acordo.
Donald Trump disse que o acordo tinha falhas "desastrosas" que precisam ser corrigidas. Ele afirmou que o texto em vigor restringe as atividades nucleares do Irã somente de maneira limitada - por um período limitado e afirma que a documento firmado não deteve o desenvolvimento de mísseis balísticos pelo Irã.
A proposta que Trump tinha como princípio reativar as sanções, a menos que o Congresso aprovasse uma complementação para que o acordo em vigor seja ampliado. O presidente americano pedia ainda inspeções imediatas pela Agência Internacional de Energia Atômica, e que o Irã não se aproxime da marca estipulada como "máxima capacidade" de material para produção de uma arma nuclear.
Na prática, segundo fontes ouvidas pela imprensa nos Estados Unidos, isso imporia ao Irã o break-out time, que representa uma pausa para impedir que uma bomba seja produzida, um valor estimado em um ano de produção.
Posição do Irã
O Irã afirma que seu programa nuclear não fere os princípios da paz e que os termos firmados em 2015, seriam "inegociáveis". No domingo (6), o presidente iraniano, Hassan Rouhani, afirmou em um pronunciamento transmitido pela TV estatal, que uma ruptura pelos Estados Unidos poderia provocar um "arrependimento histórico".
Ele reafirmou que haveria "consequências severas" se Washington decidir retomar as sanções. O país afirma que pode voltar a enriquecer o urânio em um curto espaço de tempo e poderia abandonar o Tratado de Não Proliferação Nuclear.
Posição da União Europeia
Os países da Europa defendem a manutenção do acordo e que os termos precisam ser preservados. França e Alemanha tentaram dissuadir o presidente Donald Trump no mês passado. O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou durante uma visita a Washington.
Para a França, o acordo é de extrema importância para a manutenção do equilíbrio mundial e pela paz entre os países.
A Rússia também já afirmou que gostaria que o acordo fosse mantido e que não existiria uma "alternativa mais viável".
A chanceler alemã, Angela Merkel, também visitou Trump em Washington e disse que não estava totalmente satisfeita com o acordo, mas era o pacto "possível" e que deveria ser mantido.
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- 08/05/2018 - Acordo de parceria entre CNEN e SBRTFonte: Site da SBRT
A Sociedade Brasileira de Radioterapia tem a honra de convidar a todos os Radio-oncologistas a participar da cerimônia de assinatura do acordo de parceria entre a CNEN e a SBRT.O convênio fortalecerá ainda mais as relações da SBRT junto a Comissão, estimulando uma permanente melhoria na qualidade e na segurança dos processos de Radioterapia em território Nacional.
A cerimônia acontecerá em 10 de maio de 2018, às 14h00 no IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), localizado no campus da Universidade de São Paulo (USP), cujo endereço segue abaixo:
IPEN – USP– Av. Prof. Lineu Prestes, 2242 – Butantã, São Paulo – SP.O acesso pode ser feito pela:
• Portaria Principal, instalada na Av. Prof. Lineu Prestes, 2242 – Cidade Universitária;
• Portaria Norte, instalada na Travessa R, 400 – Cidade Universitária.
Ficaremos honrados com a sua presença.
Arthur Accioly Rosa
Presidente Gestão 2017-2020
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- 07/05/2018 - Amazul abre seleções com 21 vagas e salários de até R$ 18 milOs aprovados serão lotados no Rio de Janeiro e São Paulo
Os aprovados serão lotados no Rio de Janeiro e São Paulo
Fonte: Correio Web
A Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A (Amazul) lançou três editais de processos seletivos simplificados, no Diário Oficial da União desta segunda-feira (7/5). São, ao todo, 21 oportunidades temporárias de nível superior, além de formação de cadastro reserva. Os salários dos postos variam de R$ 6.171,09 a R$ 18.635,45 e os aprovados serão lotados no Rio de Janeiro e São Paulo. Todos os candidatos serão avaliados por análise documental e defesa de memorial.
O primeiro edital abriu duas vagas imediatas e cadastro reserva para analista em desenvolvimento de tecnologia nuclear e defesa (pesquisador em historia e pesquisador em ciências sociais e humanas). É exigida ainda experiência de cinco anos na área pretendida. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas até 25 de maio. Os cadastros podem ser feitos via postal (com aviso de recebimento - AR - para a Rua Conselheiro Saraiva, 8, 3º andar, CEP: 20091-030 - Rio de Janeiro/RJ, aos cuidados do Escritório de apoio da Amazul) ou pessoalmente das 10h às 12h e das 14h às 16h. A taxa custa R$ 100.
Já o segundo edital oferta 18 oportunidades e cadastro reserva para especialista em desenvolvimento de tecnologia nuclear e defesa (nas áreas de física, tecnologia em radiologia, engenharia civil, engenharia elétrica, engenharia mecânica e engenharia química). As inscrições também estão abertas e podem ser feitas até 25 de maio via postal (com aviso de recebimento – AR - para Av. Eusebio Matoso, 1.375 - 3 andar - Pinheiros, São Paulo-SP, CEP:05423-180, aos cuidados da Coordenadoria de Desenvolvimento de RH) ou pessoalmente das 10h às 12h e das 14h às 16h. A taxa custa R$ 100.
E o terceiro regulamento abriu uma vaga para analista em desenvolvimento de tecnologia nuclear e defesa (médico do trabalho). As inscrições poderão ser feitas de 14 a 30 de maio via postal (com aviso de recebimento – AR - para Av. Eusebio Matoso, 1.375 - 3 andar - Pinheiros, São Paulo-SP, CEP:05423-180, aos cuidados da Coordenadoria de Desenvolvimento de RH) ou pessoalmente das 10h às 12h e das 14h às 16h. A taxa custa R$ 100.
Concursos de tribunais
Concursos públicos de tribunais em São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul estão com o período de inscrições abertas para 457 vagas de provimento imediato e formação de cadastro reserva. O órgão que mais oferece oportunidades é o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, com 320 vagas. Mas o órgão que mais pagará os novos servidores, de acordo com remuneração divulgada no edital do concurso, é o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que oferta até R$ 11.073,34 para analistas judiciários.
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- 03/05/2018 - Comunicado - Cnen deixa de ser membro dos Conselhos de Administração de INB e NuclepFonte: CnenA Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) comunica que deixa de compor os Conselhos de Administração das Indústrias Nucleares do Brasil S.A. (INB) e da Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. (Nuclep). A nova composição daqueles Conselhos decorre da aprovação dos novos Estatutos Sociais nas Assembleias Gerais Extraordinárias (AGE) tanto da Nuclep quanto da INB, realizadas, respectivamente, em 19 e 27 de abril deste ano.
A Presidência da Cnen coordenou, nos últimos meses, os entendimentos entre o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) do Ministério de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG), a INB e a Nuclep para promover a alteração dos Estatutos Sociais das duas empresas, visando contemplar as disposições contidas na Lei nº 13.303/17 e no seu decreto de regulamentação.
Assim, o Presidente da Cnen, que até então também atuava como Presidente do Conselho de Administração das duas instituições, deixa a função, que passa a ser desempenhada por representantes indicados diretamente pelo MCTIC.
Paulo Roberto Pertusi
PresidenteComissão Nacional de Energia Nuclear
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- 03/05/2018 - Controle de caos em aceleradores de partículasFonte: Agência Fapesp
José Tadeu Arantes
O uso de aceleradores de partículas não se restringe à pesquisa fundamental em física de altas energias. Equipamentos de grande porte ou até mesmo gigantescos, como o Large Hadron Collider (LHC), são empregados com essa finalidade. Mas também existem aceleradores relativamente pequenos, utilizados em medicina (exames por imagem ou tratamento de tumores), na indústria (esterilização de alimentos, inspeção de cargas, engenharia eletrônica) ou em vários tipos de investigação (prospecção de petróleo, pesquisa arqueológica, estudo de obras de arte).
Qualquer que seja o objetivo, controlar o caos e aumentar a eficiência do fluxo de partículas são alvos da comunidade científica mobilizada na área.Uma nova contribuição nesse sentido está em estudo feito por Meirielen Caetano de Sousa, pós-doutoranda no Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFUSP) com Bolsa da FAPESP, e seu orientador Iberê Luiz Caldas, professor titular do IFUSP. Resultados do trabalho foram publicados na revista Physics of Plasmas.
"O que fizemos foi um estudo teórico, com modelagem e simulação numérica, visando controlar o caos no interior de aceleradores e aumentar a velocidade máxima das partículas aceleradas”, disse Sousa à Agência FAPESP.
O mecanismo idealizado baseou-se na utilização de uma barreira de transporte, que confina as partículas, impedindo que passem de uma região do acelerador para outra. Esse procedimento, ainda não efetivado em aceleradores comuns, já foi observado em tokamaks (reatores de formato toroidal utilizados em fusão nuclear), nos quais o confinamento das partículas impede que o plasma superaquecido entre em contato com as paredes do equipamento.
"Nos tokamaks, a barreira de transporte é obtida por meio de eletrodos, aplicados nas bordas do plasma, que alteram o campo elétrico. Em aceleradores, isso ainda não foi realizado. O que já se fez foi adicionar uma onda eletrostática com parâmetros bem definidos ao sistema”, disse Sousa.
"Ao interagir com as partículas, a onda consegue controlar o caos mas gera múltiplas barreiras, que não vedam a região de forma tão precisa. Trata-se de uma solução menos robusta. Em nosso estudo, modelamos um sistema com uma única barreira, a exemplo do que ocorre em tokamaks”, disse.
Essa barreira única robusta seria produzida por meio de uma perturbação magnética ressonante. Ao responder à perturbação, o plasma fica confinado em uma só região.
"Criamos o modelo, o descrevemos matematicamente e as simulações numéricas mostraram que ele funciona. Cabe agora levar a proposta aos físicos experimentais, para que a solução seja testada na prática”, disse a pesquisadora.
As partículas são geradas por um canhão de elétrons, devido à diferença de potencial entre o ânodo e o cátodo, ou pela aplicação de um pulso de laser ao plasma. E são aceleradas por meio de ondas eletromagnéticas, que lhes fornecem sucessivos aportes de energia. Mas é justamente a interação entre as ondas e as partículas que gera o caos. Uma solução, testada experimentalmente em aceleradores, é acrescentar outra onda, com parâmetros ajustados para compensar o processo caótico.
"Tratamos disso em artigo anterior, publicado em 2012 em Physical Review E. Esse método funciona, mas, como já falei, cria múltiplas barreiras de transporte que são suscetíveis a perturbações, e isso torna o confinamento das partículas menos efetivo. O que modelamos agora foi uma solução baseada em uma única barreira robusta, que continua existindo mesmo na presença de perturbações elevadas”, disse Sousa.
Substituir radioisótopos
A barreira de transporte controla o caos e possibilita que a velocidade máxima alcançada pelas partículas aumente e que a velocidade inicial necessária diminua. Para uma onda de baixa amplitude, a velocidade final simulada aumentou 7% e a velocidade inicial diminuiu 73%.
Para uma onda de amplitude mais elevada, o comportamento, sem barreira, mostrou-se bastante caótico. Com a introdução da barreira, ele foi regularizado. A velocidade final subiu 3% e a velocidade inicial baixou cerca de 98%. Isso mostra que a principal contribuição da barreira de transporte é a redução na velocidade inicial que as partículas devem ter ao serem injetadas no acelerador.
"O que se espera de um acelerador é que todas as partículas cheguem juntas no final, sem se desviar no caminho, e mais ou menos com a mesma energia e velocidade. Se elas se comportam de forma caótica, isso não acontece. E o feixe deixa de servir para qualquer aplicação”, disse Caldas.
"Hoje em dia, a emissão de partículas, para uso médico ou industrial, ainda é muito baseada no emprego de materiais radioativos. Decorrem disso vários problemas, como poluição, decaimento do material emissor com necessidade de reposição e altos custos. Os aceleradores evitam esses problemas. A utilização de radioisótopos está sendo parcialmente substituída por aceleradores. Daí o grande interesse em otimizar o funcionamento desses equipamentos”, disse o professor do IFUSP.
O artigo Improving particle beam acceleration in plasmas (https://doi.org/10.1063/1.5017508), de Meirielen Caetano de Sousa e Iberê Luiz Caldas, está publicado em https://aip.scitation.org/doi/10.1063/1.5017508.
A figura à esquerda mostra as trajetórias originais das partículas sem a barreira de transporte. A figura à direita, as trajetórias modificadas pela presença da barreira de transporte. O eixo vertical é proporcional à energia das partículas no acelerador. Na figura à esquerda, os pontos azuis representam algumas trajetórias possíveis das partículas. A energia aumenta e diminui de forma irregular ou caótica. Isso faz com que cada partícula no acelerador apresente uma energia diferente e que a eficiência do feixe de partículas se torne bastante reduzida. Além disso, as partículas com comportamento caótico podem atingir e danificar as paredes do equipamento. Quando é introduzida a barreira de transporte, todas as trajetórias se tornam regulares (linhas roxas, vermelhas e verdes na figura da direita). É possível fazer com que as partículas ganhem energia de forma consistente, e que todas as partículas no acelerador tenham energia semelhante, aumentando a eficiência do feixe de partículas. No início, as partículas estão com velocidade próxima de zero. E são aceleradas até atingirem cerca de 43% da velocidade da luz.
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- 02/05/2018 - Relator da MP 814 fala em risco de calote da EletronuclearJulio Lopes defende correção da tarifa de Angra 3 para permitir conclusão da usina. Estatal deve R$ 11 bi, segundo o deputado
Julio Lopes defende correção da tarifa de Angra 3 para permitir conclusão da usina. Estatal deve R$ 11 bi, segundo o deputado
Fonte: Canal Energia
Sueli Montenegro, da Agência CanalEnergia, de BrasíliaO relator da Medida Provisória 814, deputado Júlio Lopes (PP-RJ), afirmou na Câmara que se não for dada um solução para a tarifa de Angra 3 esse mês "o sistema entra em default” porque a Eletronuclear não tem dinheiro para pagar a dívida com o BNDES. Em caso de calote, o banco é obrigado por lei a declarar a inadimplência da estatal, e o contrato de financiamento de R$ 7,5 bilhões terá seu vencimento antecipado. Com isso, o indexador da divida passa da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) para Taxa de Longo Prazo (TLP), que tem cust0 20% maior.
"A Eletronuclear, que está quebrada hoje, quebra de vez, e aí não se terá uma solução possível”, justificou o relator nesta quarta-feira, 2 de maio. A divida total da Eletronuclear, segundo Lopes, está em torno de R$ 11 bilhões.
O parlamentar explicou que se o preço da energia for ajustado na média do custo internacional, se encontra um fórmula em que os financiadores darão um prazo de três meses para a companhia se reestruturar. Ela recontrata a divida pela TJLP, sem ser declarada inadimplente junto ao BNDES, à Caixa Economica Federal e aos demais credores.
Lopes incluiu no projeto de conversão da MP uma emenda que autoriza o governo a reajustar o preço da energia da usina, para atrair um novo parceiro que possa garantir a conclusão do empreendimento. Ele negou, porém, ser o autor da ideia, e disse que "apenas acatou sugestão do conjunto de credores e da própria companhia.”
"O que eu posso te adiantar é o seguinte: não fui eu que sugeri assim. Foi Leonam [Guimarães], que é o presidente da Eletronuclear; junto com o presidente da Caixa [Gilberto Occhi], que hoje é ministro da Saúde; e com Paulo [Rabello de Castro], que é candidato à Presidência da Republica e era presidente do BNDES. Paulo foi quem primeiro sugeriu isso na diretoria do BNDES”, relatou o deputado, acrescentando que a ideia foi sugerida pelo economista em reunião realizada em outubro do ano passado.
O relator defende a correção da tarifa da usina, que hoje é de R$ 240/MWh, para um valor que pelo câmbio atual ficaria acima de R$ 500/MWh. Ele afirma, porém, que a proposta incluída no projeto de conversão não é determinativa, pois apenas autoriza a atualização do valor da tarifa. "Estamos dizendo que é uma sugestão. Mas [o governo] tem liberdade de interpretar se deve ou não corrigir no patamar que ela acha que deva ser corrigido.”
Lopes participou de reunião nesta quarta no Ministério de Minas e Energia para discutir o texto final do projeto. Na próxima segunda-feira, 7, ele deve se encontrar novamente com o ministro Moreira Franco e com representantes de empresas do setor nuclear da França, China, Russia e Estados Unidos. Angra 3 teve suas obras paralisadas em 2015 por problemas com o consórcio construtor, após os desdobramentos da Operação Lava jato. -
- 01/05/2018 - Irã nega programa nuclear secreto após denúncia de Israel; Agência da ONU diz que avalia informaçõesFonte: G1
Em meio a denúncias sobre um programa nuclear secreto, o Irã negou as acusações israelenses nesta terça-feira (1) e disse que as declarações só buscam apresentar o país como uma ameaça em uma série de "julgamentos não profissionais", informa a agência Efe. Na segunda-feira (30), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o Irã mentiu sobre não buscar armas nucleares.
"Os líderes do regime sionista de Israel sobrevivem no uso de charlatanismo para mostrar outros países como uma ameaça", disse Bahram Qasemi, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, em um comunicado.
Após chamar a imprensa na segunda para apresentar as denúncias, o primeiro-ministro de Israel disse à CNN nesta terça-feira (1) que não busca uma guerra com o Irã.
"Ninguém está buscando esse tipo de desenvolvimento. O Irã é que está mudando as regras na região", afirmou o premiê israelense.
Enquanto isso, o Organismo Internacional de Energia Atômica (OIEA), agência da ONU para energia atômica, disse nesta terça que avalia os documentos apresentados por Israel.
Um porta-voz da agência lembrou, no entanto, que a OIEA concluiu uma investigação em 2015 sobre o programa nuclear iraniano. O relatório apontava que o país pesquisava sobre uma bomba nuclear até 2003, mas que a pesquisa não passou de estudos científicos e viabilidade técnica -- e não chegou a uma aplicação prática.
A agência informou também que o Irã abandonou seus intentos de construir uma bomba nuclear em 2009. As informações são da agência Efe e Reuters.
Para tentar minar os intentos do Irã sobre uma possível bomba, potências mundiais assinaram um acordo nuclear com o país em julho de 2015. O pacto permitia que o Irã continuasse com o desenvolvimento de seu programa nuclear para fins comerciais, médicos e industriais, desde que não usasse esse conhecimento para a produção de armas nucleares.
Em troca, bilhões de dólares de bens congelados de iranianos foram liberados.
Os Estados Unidos agora sob o comando de Trump, entretanto, criticam duramente esse acordo assinado e estão apoiando as denúncias apresentadas por Israel.
Com isso, também nesta terça-feira (1), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, disse que o novo relatório de inteligência de Israel sobre o programa de armas nucleares iraniano é autêntico e boa parte dele é novidade para especialistas americanos, informa a agência France Presse.
Pompeo se reuniu com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, no último domingo em um quartel militar de Israel, e foi informado sobre o material, que foi divulgado quando o novo secretário das Relações Exteriores de Washington voltou para casa.
"Posso confirmar para você que esses documentos são reais e autênticos", disse Pompeo a repórteres em seu avião, segundo a France Presse.
Segundo Netanyahu, depois de assinar o acordo nuclear em 2015, o Irã intensificou esforços para esconder seus arquivos secretos. "Em 2017, o Irã transferiu seus arquivos de armas nucleares para um local altamente secreto em Teerã", afirmou.
"Os líderes do Irã negam repetidamente a busca por armas nucleares", disse Netanyahu. "Hoje à noite eu estou aqui para dizer uma coisa: o Irã mentiu."
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- 30/04/2018 - Rússia inaugura primeira usina nuclear flutuante do mundoFonte: Olhar Digital
Gustavo Sumares
No último sábado, a Rosatom (empresa estatal russa de energia nuclear) lançou ao mar a primeira usina nuclear flutuante do mundo. Chamada de "Academik Lomonosov", a usina marítima foi construída em São Petersburgo, mas operará na cidade de Pevek, no extremo oriente russo, fornecendo 70 megawatts de energia para cerca de 200 mil pessoas.Como a usina não tem nenhum mecanismo de propulsão próprio, ela está sendo rebocada por dois outros barcos. Eles a levarão até a cidade de Murmansk, onde ela será abastecida e ligada (o que deve acontecer ainda neste ano). Em seguida, ela seguirá até Pevek. De acordo com o jornal alemão Deutsche Welle, a expectativa é que ela comece a funcionar em 2019, oferecendo energia para os 100 mil habitantes da cidade e para uma usina de dessalinização de água e usinas de extração de petróleo.
Em Pevek, a "Academik Lomonosov" substituirá duas outras usinas que atualmente geram energia para a cidade: uma termoelétrica com mais de 70 anos de idade e outra usina nuclear, que oferecia apenas 48 megawatts de energia. Quando estiver em operação, ela será a usina nuclear ativa localizada mais ao norte do mundo.
Enquanto ela não chega lá, as cidades de Pevek e Murmansk estão realizando obras para permitir que a usina fique estacionada em segurança em seus portos. Segundoo Ars Technica, a ideia de criar uma "usina barco" provavelmente foi motivada pelo fato de que Pevek fica numa região muito distante. Sendo assim, transportar o equipamento necessário até lá custaria ainda mais caro.
Problemas
A construção da "Academik Lomonosov" sofreu os atrasos que poderia se esperar de uma usina nuclear. Em 2015, um noticiário norueguês chegou a afirmar que ela iniciaria seus testes até o final do ano - o que não aconteceu. Em parte, esses atrasos estão relacionados a preocupações ambientais relacionadas à ideia de ter uma usina nuclear boiando por aí.
Segundo o Greenpeace, a ideia inicial da estatal russa era testar a usina flutuante já em São Petersburgo. No entanto, em julho de 2017, graças a uma petição da ONG e a pressão política dos países bálticos, a empresa mudou de plano. "Testar um reator nuclear em uma área densamente povoada como o centro de São Petersburgo é irresponsável para dizer o mínimo", considera o Greenpeace.
Mas a mudança não significa que a ideia agora é segura. "Reatores nucleares vagando pelo oceano Ártico serão uma ameaça terrivelmente óbvia a um ambiente frágil que já se encontra sob enorme pressão por conta da mudança climática", disse a ONG. O Greenpeace chegou a chamar o "Academik Lomonosov" de "Chernobyl flutuante", em referência à usina russa que em 1986 entrou em colapso, provocando a evacuação de diversos centros urbanos e criando uma região até hoje inabitável.
Mais problemas
Para a Russia, segundo o Engadget, a saúde do oceano Ártico não parece ser uma preocupação. Afinal, o derretimento das calotas polares acaba abrindo novas rotas comerciais na região norte do país. Além disso, segundo o Greenpeace, a Rosatom estaria planejando uma "linha de produção" de usinas nucleares flutuantes, e quinze países já teriam demonstrado interesse.
A empresa russa garante que tais usinas são perfeitamente seguras e resistentes a qualquer tipo de incidente marítimo. No entanto, segundo o especialista em energia nuclear do Greenpeace Jan Haverkamp, "a falta de propulsão autônoma e o casco plano da usina flutuante a tornam particularmente vulnerável a tsunamis e ciclones, ao contrário das alegações da empresa".
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- 28/04/2018 - Central nuclear na Bélgica registra vazamento de água contaminadaFonte: Sputnik
Devido ao aumento do nível de radiação no bloco danificado, os trabalhos de manutenção no reator estão em risco, mas a empresa de manutenção diz que não há necessidade de se preocupar.
O sistema de resfriamento do reator na usina nuclear de Doel sofreu um vazamento, embora não represente nenhum perigo para a equipe de trabalho ou para o meio ambiente, informou a empresa operacional Engie-Electrabel neste sábado.
"Um efluxo de água menor foi detectado em uma linha de tubulação de reserva do sistema de resfriamento. O efluxo é bastante pequeno, ainda estamos bem abaixo da marca que causaria um desligamento automático do reator. Isso não afeta a segurança", o representante da empresa observou.
De acordo com a agência de notícias Belga, o vazamento emergiu na parte nuclear do primeiro bloco de energia da usina nuclear Doel, que foi desativada em 23 de abril para manutenção de rotina do sistema de resfriamento.
Dado o alto nível de radiação nesta parte do reator, os trabalhos de manutenção estão dificultados. O reator da usina nuclear permanecerá desconectado pelo menos até 1º de outubro, concluiu a agência.A Bélgica abriga sete reatores nucleares. Duas usinas nucleares belgas— a Doel, uma das usinas mais antigas da Europa, e o Tihange, que apresentam quatro e três reatores, respectivamente, são capazes de produzir cerca de 6 MW de eletricidade, suprindo asnecessidades de 55% da população do país.
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- 27/04/2018 - Programa Conexão, do Canal Futura, especial sobre Energia Nuclear no BrasilRepresentantes da área nuclear são entrevistados no programa Conexão, do Canal Futura
Representantes da área nuclear são entrevistados no programa Conexão, do Canal Futura
Fonte: Canal Futura
O programa Conexão, apresentado por Karen Souza, recebeu para entrevista, no dia 27 de abril de 2018, Celso Cunha, presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN); Wilson Aparecido Parejo Calvo, superintendente do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) ligado à Comissão de Energia Nuclear (CNEN); Sergio Luis de Carvalho Miranda, capitão da Marinha do Brasil; Rafael Lopes, primeiro-secretário da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN). Durante o programa são apresentadas questões sobre energia nuclear e o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).
O programa pode ser assistido no perfil do Canal Futura no Youtube.