Inscrições para o Mestrado Profissional do IPEN bate a casa dos 100; 97 são homologadas
Grande procura neste segundo processo seletivo é comemorado no Instituto. Entre os candidatos, uma radiofarmacêutica de origem boliviana e um quilombola
O Mestrado Profissional Stricto SensuTecnologia das Radiaçõesem Ciências da Saúde (MP-TRCS), do IPEN/CNEN-SP, registrou um número significativo de inscrições homologadas em seu segundo processo seletivo, cujo prazo encerrou-se na quinta-feira, 25. Estão na disputa 97 candidatos, entre eles uma radiofarmacêutica de origem boliviana e um quilombola. A internacionalização e a diversidades são requisitos importantes para a avaliação dos programas de pós-graduação.
"O IPEN é um apoiador da diversidade em todos os segmentos, entretanto, ainda segue em estudo, por parte do MEC, a implementação de ações afirmativas, como cotas étnicas, nos Programas de Pós-Graduação. No Instituto, estamos trabalhando para que o próximo edital, em 2021 com ingresso em 2022, possa contemplar essas ações”, adiantou Denise Maria Zezell, pesquisadora do Centro de Lasers e Aplicações do IPEN e coordenadora do Programa.
O curso é direcionado a graduados em medicina, farmácia, bioquímica, biomedicina, radiologia, física médica, biologia, medicina veterinária e áreas afins. Dos 97, 52 são tecnólogos, 15 biomédicos, 14 físicos, quatro engenheiros, três médicos, dois dentistas, duas biólogas, dois matemáticos, uma enfermeira, um farmacêutico/bioquímico e um economista. O total de inscritos bateu a casa de 100, mas alguns não entregaram a documentação completa.
"Estão todos de parabéns! O número de candidatos reflete a credibilidade ao Programa já em seu segundo ano de seleção. É o reconhecimento da ótima infraestrutura que o IPEN oferece e professores qualificados, além de a área Saúde ser de extrema importância com grandes investimentos, principalmente nesses tempos de pandemia no Brasil e suas consequências”, afirmou Wilson Calvo, superintendente do IPEN/CNEN-SP.
O desafio, agora, é continuar o processo de avaliação e seleção dos candidatos mediante procedimentos totalmente on-line. De acordo com Zezell, um conjunto de questões/alertas e instruções com links para entrevistas (que também serão on-line) foi enviado aos candidatos nesta sexta-feira, 26. O número de vagas será definido após a conclusão dos trabalhos. Na primeira turma, iniciada em 2019, foram matriculados 26 alunos.
O Exame de Proficiência em Inglês estará disponível a partir das 8h até às 14h da próxima segunda-feira, 29, na plataforma Moodle (de Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment), um software livre de apoio à aprendizagem, executado em ambiente virtual. Os candidatos terão três horas para concluir a prova, após o primeiro acesso. "Conseguimos disponibilizar no Moodle graças ao trabalho incansável do Mário Menezes e do Orlando Rodrigues, nossos webmasters, que são muito dedicados ao programa”, ressaltou Zezell.
Para as entrevistas, que também serão na segunda-feira 29 via Google Meets, serão formados cinco grupos de docentes, cada um vai avaliar até 20 candidatos. Pelas regras do Programa, havendo estrangeiros, estes terão que comprovar proficiência também em português, além do inglês. O resultado final será divulgado no dia 8 de julho, no site do IPEN/CNEN-SP.
Com duração de 24 meses, o MP-TRCS, aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES/MEC) em 2018, conta com 21 docentes. O período letivo é semestral, de quartas-feiras às sextas-feiras, das 14h às 20h. A Comissão de Pós-Graduação do MP-TRCS definirá a cada ano o número de vagas disponíveis.
Novidade – Este ano, o IPEN/CNEN-SP anunciou a concessão de duas bolsas, por meio de edital interno, para os alunos aprovados que tenham dedicação integral ao programa. Vinte e cinco dos 97 inscritos não têm vinculação profissional e são potenciais candidatos às bolsas. Os demais 75 ou têm vínculo empregatício – três, inclusive, são servidores do IPEN, ou são autônomos trabalhando.
"Nosso compromisso institucional, agora, é buscar as três bolsas de Mestrado (CNEN/IPEN), sendo uma para cota étnica (afrodescendente, quilombola), conforme sugestão da professora doutora Denise Zezell. Nossa diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino, Isolda Costa, está também muito engajada nesse propósito", adiantou Wilson Calvo.
