Menu Principal
Portal do Governo Brasileiro
Logotipo do IPEN - Retornar à página principal

Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares

Ciência e Tecnologia a serviço da vida

 
Portal > Institucional > Notícias > Ipen na Mídia

Especialistas debatem irradiação de alimentos como futuro para a agricultura no INAC 2021

MAPA idealiza plano de negócio para aumentar exportações

Fonte: ABEN

Na tarde desta terça-feira, 30, a aplicação da tecnologia nuclear no setor agrícola foi debatido por pesquisadores e especialista no XV Encontro de Aplicações Nucleares (XV ENAN), realizado dentro da décima edição da Conferência Internacional Nuclear do Atlântico - International Nuclear Atlantic Conference (INAC 2021), promovida pela Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN).

O encontro promoveu um debate em torno do fomento de planos de negócios e da desmistificação do consumo e do custo para promover a irradiação de alimentos, técnica que expõe os produtos agrícolas a uma quantidade de radiação controlada e que pode colaborar com a conservar alimentos para exportação, o controle biológico e erradicação de pragas e insetos.

Conforme apresentado, a energia nuclear vem sendo utilizada em diversas partes do mundo na desinfestação de larvas em frutas.

A mesa foi coordenada por Anna Lucia Villavicencio, pesquisadora do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) e da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), e Valter Arthur do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA). Entre os debatedores, estiveram Luis Rangel, diretor de Estudos e Prospecção da Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura (MAPA); Tiago Rusin, Assessor Técnico no Departamento de Coordenação do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI); e Roberto Betancourt, diretor titular de Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).

Luiz Rangel apresentou alguns pontos do plano de negócios para irradiação na agropecuária desenvolvido pelo MAPA. Segundo ele, até 2050 a demanda por alimentos no mundo crescerá 33%, sendo necessário que o Brasil se prepare para superar as barreiras sanitárias envolvendo a exportação de alimentos e atenda à demanda necessária no futuro.

Roberto Betancourt, da Fiesp, destacou a prioridade em se pensar e criar estratégias para implementação da irradiação de alimentos, para ele "essa técnica vai contribuir com redução de perdas e do desperdício de alimentos, reduzindo os custos da operação de produção e transporte”, ressalta. Ao exemplificar a cadeia de produção do amendoim, Betancout, sugere que a adoção da irradiação pode possibilitar uma redução de 15% de perdas e aumentar o dobro das exportações no País.

"O país tem técnicas altamente qualificadas, falta desmistificar a utilização da irradiação e partir para ação. Precisamos deixar de utilizar produtos químicos que deixam resíduos e produzir produtos de valor agregado” revela Betancout.

Por fim, Tiago Rusin fez uma apresentação da estrutura organizacional e das estratégias do governo brasileiro para promover a técnica de irradiação de alimentos no País. Para Rusin, o intuito é ampliar a durabilidade de forma segura, reduzindo o desperdício e expandindo o mercado exportador. "O projeto piloto de irradiação de mangas mostrou que elas duram em médida três vezes mais depois da exposição à energia nuclear. A irradiação elimina parasitas e reduz o brotamento em muitos vegetais” explicou.

A programação completa está no site www.inac2021.com.br

Contato imprensa whatsapp 21.979368737 - Gloria Alvarez

Eventos