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Itataia: Consórcio Galvani-INB já tem plano logístico

O recebimento de matérias-primas e o envio de produtos acabados serão realizados com apoio da infraestrutura portuária cearense e de centros de distribuição a serem localizados em pontos estratégicos.

Fonte: Diário do Nordeste

Já está desenhado o projeto logístico de distribuição dos fertilizantes e do fosfato bicálcico que serão produzidos no complexo industrial a ser construído ao lado da mina de urânio de Itataia, no município de Santa Quitéria, no sertão do Ceará, cuja exploração e beneficiamento serão feitos pelo consórcio integrado pelas empresas Galvani Fertilizantes e Indústrias Nucleares do Brasil (INB).

Tanto a exploração mineral quanto a industrialização do urânio fosfatado de Itataia deverão começar no próximo ano, logo após a emissão do licenciamento ambiental. Os investimentos previstos para o Projeto Santa Quitéria superam os US$ 400 milhões.

A logística de transporte prevê a utilização dos modais rodoviário e hidroviário, o que livra o consórcio de uma dependência de um ramal da Ferrovia Transnordestina, em construção, que ligaria a futura planta industrial de Itataia aos portos do Pecém e Mucuripe. Esta informação foi transmitida á coluna pela Galvani Fertilizantes.

Segundo a empresa, "a rota via Arco Norte (que utilizará hidrovias) será utilizada para a distribuição nos estados da região Norte e Centro-Oeste; as entregas para a região Nordeste serão feitas por caminhões”.

Ainda de acordo com a Galvani, o recebimento de matérias-primas e o envio de produtos acabados serão realizados com apoio da infraestrutura portuária cearense e de centros de distribuição a serem localizados em pontos estratégicos.

O concentrado de urânio será embalado em tambores especiais e transportado, por rodovias, até os portos de Mucuripe e Pecém, de onde seguirá para outro país para passar pela etapa conhecida como conversão, em que o concentrado será transformado em gás (hexafluoreto de urânio) e, posteriormente, enriquecido em isótopos 235, processo que poderá ser feito, em parte, no Brasil, na Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio da INB, em Resende (RJ).

Esse transporte será realizado até quatro vezes ao ano, obedecendo a medidas especiais de segurança, que incluirão um aparato de apoio da Polícia Federal e uma equipe de Proteção Física da INB, com o objetivo de garantir a integridade desse insumo energético de alto valor.

O Projeto Santa Quitéria – denominação oficial do empreendimento – está localizado na Fazenda Itataia, uma área de 4.042 hectares onde o consórcio instalará um complexo minero-industrial próximo à jazida de urânio e fosfato.

A fazenda está a 210 quilômetros a sudoeste de Fortaleza, no Centro-Norte do Estado.

O início da construção do complexo está previsto para 2022 e sua operação assistida, em 2024, condicionados à liberação das licenças ambientais pelos órgãos responsáveis (Ibama e CNEN).

A Galvani informa que não é possível, agora, determinar uma data exata para o início das obras e da operação minero-industrial, mas a expectativa é de que o projeto estará em funcionamento em 2024.

Ainda de acordo com o consórcio Galvani-INB, o Projeto Santa Quitéria foi idealizado para atender à demanda brasileira de fertilizantes e de geração de energia, o que revela a importância estratégica para o País, servindo também como atração de novos investimentos, gerando mais oportunidades de emprego e renda no interior.

O investimento para o Projeto Santa Quitéria é de US$ 315 milhões. Além desse valor, a Galvani investirá US$ 85 milhões em centros de distribuição, operações portuárias, unidades de mineração e beneficiamento e plantas químicas nas regiões Norte e Nordeste.

O consórcio informa que há investidores interessados em participar do empreendimento, que é altamente competitivo.

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