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- 11/08/2023 - Primeira planta de conversão de hidrogênio a partir do etanol do mundo será construída na USPFonte: Agência FAPESP
Foi lançado nesta quinta-feira (10/08) o projeto da primeira estação de abastecimento de hidrogênio renovável a partir do etanol do mundo. Quando finalizada, em julho de 2024, a estação vai produzir 4,5 quilos de hidrogênio por hora e será usada para o abastecimento de três ônibus que circularão pela Universidade de São Paulo (USP). O plano é avaliar por dez meses o funcionamento dos reformadores para então implantar uma fábrica que produzirá45,5 quilos (kg) de hidrogênio por hora.
"A grande vantagem dessa tecnologia está na pegada de carbono negativa e no ganho econômico. A logística de etanol – que inclusive já existe no país – é muito mais barata que a de hidrogênio. Com essa tecnologia, o etanol pode ser transformado em hidrogênio em reformadores instalados nos postos de abastecimento espalhados pelo país. Conseguimos que o quilo de hidrogênio custe de US$ 6 a US$ 8, o que é quase a metade do preço obtido por outras tecnologias. Além disso, a tecnologia permite capturar o CO2 do etanol, resultando em uma pegada de emissões negativas, em comparação ao hidrogênio produzido com energia solar, por exemplo”, afirmou Julio Meneghini, diretor do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI).
O posto de abastecimento é resultado de um projeto do RCGI, um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído por FAPESP e Shell na Escola Politécnica (Poli-USP). O RCGI é um dos 22 CPEs financiados pela Fundação em parcerias com empresas.
"O projeto da primeira planta de conversão de hidrogênio mostra que basta colocar uma semente nas mãos corretas para que tanto o apoio financeiro quanto a aplicação da inovação sejam ampliados. O investimento da FAPESP no RCGI foi de R$ 45 milhões até agora e o centro tem um investimento de R$ 465 milhões. Então se multiplicou por dez vezes. É desse tipo de empreendedores que precisamos. Portanto, espalhem a notícia de que a FAPESP, as universidades paulistas e as empresas tecnológicas estão fazendo inovação aqui no Estado de São Paulo”, comemorou Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP.
"O objetivo desse projeto inovador é tentar demonstrar que o etanol pode ser vetor para hidrogênio renovável, aproveitando a logística já existente da indústria. A tecnologia poderá ajudar a descarbonizar setores que consomem energia proveniente de combustíveis fósseis”, afirmou o presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa
Dos cerca de R$ 465 milhões investidos no RCGI nos últimos sete anos, R$ 270 milhões vieram da Shell – sendo R$ 50 milhões só para o projeto dos reformadores de etanol em hidrogênio – e R$ 45 milhões da FAPESP. Ao longo do projeto outras empresas foram se juntando: a Total Energies repassou um montante de R$ 80 milhões e a Petronas, R$ 57 milhões. Houve também apoio da Braskem(R$ 5 milhões), Repsol (R$ 3 milhões), Petrobras (R$ 2 milhões), Marco Polo em parceria com a Embrapii e USP (R$ 670 mil) e SRI (R$ 600 mil).
Legislação e marco regulatório
Na cerimônia de lançamento do projeto, no auditório da Escola Politécnica da USP, o governador Tarcísio de Freitas reforçou o compromisso do governo com a pesquisa e o desenvolvimento e com o incentivo a novas tecnologias de energia renovável.
"Fiquei com vontade de ter ônibus de hidrogênio no Estado de São Paulo todo. É um orgulho saber que o primeiro reformador de etanol em hidrogênio nessa escala do mundo está sendo feito aqui no Brasil, aqui em São Paulo. A gente tem todos os elementos para fazer uma transição energética. Temos cientistas qualificados, inovação e temos a FAPESP, que é esse patrimônio no Estado de São Paulo”, disse o governador.
Antes da cerimônia, em uma reunião no RCGI com cientistas, empresários e integrantes do projeto, o governador se mostrou animado com a novidade: "Tenho muitas perguntas. Posso disparar a minha metralhadora de perguntas? O que precisa para termos todos os ônibus do Estado movidos a hidrogênio?”, indagou.
A resposta foi: legislação e marcos regulatórios para transição da frota. Outra estratégia sugerida pelo grupo de participantes foi o governo do Estado dar o primeiro passo e introduzir uma frota movida a hidrogênio, estimulando a criação de demanda, já que a tecnologia existe e será testada comercialmente.
"Vamos estruturar a legislação, marcos regulatórios e fomentar essa produção para que a gente ganhe escala e São Paulo, de fato, seja líder na transição energética que vai diminuir nossa pegada de carbono e dar exemplo de sustentabilidade e economia circular. Estou muito feliz de ser testemunha do esforço, do talento e da criatividade do nosso pesquisador brasileiro, do nosso pesquisador paulista”, disse o governador.
"Agora o mundo se depara com mais incertezas trazidas pela COVID-19 e pela guerra na Ucrânia. O mundo vai procurar parceiros confiáveis, principalmente em energia. O Brasil é esse parceiro confiável e, obviamente, São Paulo pode liderar isso. O que o mundo precisa, nós temos”, comemorou, por fim, o governador.
Como funciona
Os reformadores utilizam etanol de segunda geração, que são hidrocarbonetos, portanto, constituídos por átomos de carbono e de hidrogênio. "A ideia é que dentro do reformador, no reator, ocorra uma reação de etanol e água e a quebra dessa molécula de hidrocarbonetos, resultando em hidrogênio e monóxido de carbono, que depois em uma reação com mais água vira CO2”, explicou Daniel Lopes, diretor comercial da Hytron, fabricante do reformador. A startup, criada em 2004, recebeu três apoios do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE).
"A máquina produz uma quantidade muito grande de hidrogênio ainda não purificado no primeiro estágio. Já no segundo estágio, o hidrogênio sai da nossa máquina com 99,999% de pureza”, concluiu.
A tecnologia difere do modelo mais tradicional de se obter hidrogênio, a partir da eletrólise da água. Nesse modelo, o hidrogênio é retirado das moléculas de água (H2O)a partir da eletricidade, o que é muito mais dispendioso.
No modelo da Hytron, e da primeira estação de abastecimento de hidrogênio renovável a partir do etanol do mundo, o hidrogênio obtido a partir dos reformadores abastecerá veículos elétricos. "Nesses casos, os veículos só vão emitir água”, explica Lopes.
O funcionamento da estação vai contar com o apoio e a parceria de várias empresas. Os equipamentos foram desenvolvidos e fabricados pela empresa Hytron. O etanol necessário para a produção de hidrogênio será fornecido pela Raízen, maior produtora global de etanol da cana-de-açúcar.
As simulações computacionais para tornar o equipamento mais eficiente, identificando oportunidades de aperfeiçoamento e aumentando a taxa de conversão do etanol em hidrogênio renovável, serão comandadas pelo Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos e Fibras.
O hidrogênio produzido na estação vai abastecer os ônibus cedidos pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU/SP). Para testar a performance do hidrogênio, a Toyota cedeu ao projeto o "Mirai"– primeiro veículo a hidrogênio do mundo comercializado em larga escala, cujas baterias são carregadas a partir da reação química entre hidrogênio e oxigênio na célula a combustível (fuel cell eletric vehicle).
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- 10/08/2023 - Eletronuclear anuncia exercício simulado de emergência; funcionários entraram em greve ontemFonte: Tania Malheiros - Jornalista
A Eletronuclear anunciou nesta quinta-feira (10/08) que cerca de 60 instituições com centenas de profissionais do município, Estado e Governo Federal, vão participar do exercício simulado de emergência nuclear em Angra dos Reis, de 15 a 18 deste mês. É uma operação complexa, que envolve várias entidades civis e militares. Mas os funcionários da companhia (exceto operadores das usinas nucleares) fizeram manifestação e entraram em greve ontem, quarta-feira. Eles querem o cumprimento de acordos trabalhistas firmados m 2020 e 2021. Segundo lideranças sindicais, a perda é de 4,18%."A Eletronuclear mantém diálogo com sindicatos para fechar acordo coletivo”, anunciou a companhia. E ressaltou: "em primeiro lugar, as negociações seguem em curso com os sindicatos representantes dos empregados para o fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2023-2024”. Ontem, a companhia reconheceu que em assembleia, os empregados da sede da Eletronuclear, no Rio de Janeiro, decidiram fazer uma paralisação de 48h, a partir desta quarta-feira (9), enquanto que os trabalhadores de Angra dos Reis resolveram parar por tempo indeterminado.
"A companhia respeita o direito de greve dos profissionais”, acrescentou a Eletronuclear. "É importante frisar que a paralisação não afeta a operação nem a segurança das usinas da central nuclear de Angra, visto que as atividades essenciais estão mantidas”., garantiu em nota. Mas manteve a informação sobre a realização do exercício nuclear simulado na próxima semana.
Com o nome oficial de Exercício Geral Integrado de Resposta à Emergência e Segurança Física Nuclear, visa avaliar a "eficácia da estrutura de resposta, validar planos, identificar aspectos a melhorar e consolidar os procedimentos previstos” no Plano de Emergência Externo do Estado do Rio de Janeiro (PEE/RJ) para a Central Nuclear. O exercício, segundo a Eletronuclear está voltado para "a proteção da população, do meio ambiente, das usinas nucleares e seus trabalhadores”.
O simulado começa na próxima terça-feira (15/8), às 10h, com cerimônia de abertura do exercício, na sede da Defesa Civil Municipal, seguida de outras atividades. Nos dias 16 e 17 serão realizadas atividades práticas simuladas, como ativação do sistema de alerta e alarme por sirenes; remoção aeromédica de radioacidentado para o Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro; distribuição de kits de iodeto de potássio; abrigagem de ilhéus; evacuação de parcela da população residente nas Zonas de Planejamento de Emergência 3 e 5; coleta de amostras de solo, ar, água e vegetação no Bracuí, na Vila Histórica de Mambucaba e em Tarituba; evacuação marítima na Praia Vermelha, entre outras."O cenário é composto por eventos que possibilitem atingir as diversas classificações de emergência e níveis de segurança física nuclear”, informou a companhia.
Ainda no dia 17, o general Marcos Antonio Amaro dos Santos, ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR), e sua comitiva estarão em Angra dos Reis para acompanhar o exercício. Estão previstas visitas aos hospitais de campanha, à central nuclear e ao Centro de Coordenação de Comando e Controle (CCCEN). À tarde, o ministro fará um sobrevoo de helicóptero na área de operação do exercício. No dia seguinte, haverá a avaliação do exercício. coordenado pelo GSI, que é o órgão central do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron).
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- 08/08/2023 - Um novo impulso para o RMB - Revista Brasil Nuclear n°55 - Julho de 2023A Revista Brasil Nuclear, n° 55, de julho de 2023, é dedicada ao projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB). Conta com o depoimento otimista do Presidente da ABEN, John M. Albuquerque Forman sobre os desafios existentes no Brasil "... podem ser enfrentados e vencidos, havendo determinação e persistência."
Nesta edição, há entrevista exclusiva do presidente da CNEN, Francisco Rondinelli, comentando sobre sua trajetória profissional e projetos com a Marinha e o IPEN, e os principais desafios que enfrenta no setor nuclear.
Patrícia Pagetti, coordenadora do projeto, traz detalhes sobre tudo que envolve o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) como a importância de sua construção para a sociedade, a produção de insumos para radiofármacos e a contribuição para o avanço de pesquisas e procedimentos em medicina nuclear.Aposentado, o idealizador e ex-coordenador técnico do RMB, José Augusto Perrotta que continua trabalhando no projeto, também foi entrevistado e ressalta as principais estruturas para o êxito do empreendimento.
Outros assuntos abordados na edição da Revista BN é energia nuclear e energias renováveis: descarbonização pela complementaridade, política energética: sítios nucleares e a expansão da energia nuclear no Brasil e meio ambiente: CENTENA - Um núcleo de segurança e sustentabilidade para o Brasil. -
- 07/08/2023 - Presidente da CNEN participa de reunião com representantes de instituições científicas do RJ.Fonte: CNEN
O presidente da CNEN, Francisco Rondinelli Jr., participou, no dia 4 de agosto, de reunião com representantes de instituições de C&T e universidades do Rio de Janeiro voltada a fortalecer ideias e projetos para alavancar a ciência do Estado. O encontro, no Centro de Tecnologia da UFRJ, foi convocado pelo presidente da Finep, Celso Pansera, e contou com 25 participantes, entre eles o reitor da FRJ, Roberto Medronho, e a deputada estadual Elika Takimoto (PT-RJ), presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Alerj.
A articulação dos projetos abrange ciência, educação e saúde, e a iniciativa foi elogiada por todos os presentes e considerada fundamental para a recuperação do Rio de Janeiro. Em sua fala, Rondinelli destacou a importância de projetos institucionais CNEN, como o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), e de uma parte importante do setor industrial nuclear no Rio de Janeiro. Sobre o projeto do repositório de rejeitos radioativos, enfatizou que o Centena pretende ser um centro tecnológico ambiental, e cujo local está sendo definido, dentro de critérios técnicos, com municípios listados como possíveis candidatos no Estado.
"Trata-se de um importante projeto na área nuclear e já estamos com pedido de recursos no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação”, acrescentou. Para a definição do local estão elencados municípios dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
Rondinelli também lembrou a importância fundamental da área nuclear nas aplicações médicas e de todo o conhecimento gerado pelo setor, com alcance no ensino, pesquisa e formação de recursos humanos, em unidades CNEN. Frisou o papel de destaque do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD/CNEN) em metrologia, dosimetria, na segurança das aplicações da tecnologia nuclear. Isso para citar apenas as unidades da autarquia no Estado, fora o papel de relevância dos outros institutos e centros CNEN, com grande potencial de colaboração.
Ainda na parte ambiental, Rondinelli complementou ressaltando o potencial da ciência nuclear para a preservação ambiental, em pesquisas, projetos e temas que pedem discussão. Entre esses, um que investiga o potencial da vegetação costeira na retirada de CO2 da atmosfera e das aplicações das radiações ionizantes para combater microplásticos poluentes em oceanos e mares. "Precisamos em todas as áreas apoiar iniciativas para atrair pesquisas e jovens pesquisadores”, afirmou.
O professor Aquilino Senra, presidente da Faperj, destacou que os institutos carecem de vagas e lembrou que eles perderam mais de 50% de seu pessoal, exemplificando com o caso do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN/CNEN), assim como outros no Estado. Para o reitor da UFRJ, professor Medronho, é fundamental reunir todas as condições, expertise e potência do Estado para que a ciência, a tecnologia e a inovação sejam prioridades, voltadas à soberania nacional. Como proposta final, finalizou Pansera, a partir do estabelecimento de um fórum, devem ser organizadas reuniões para se chegar a ações de um grupo de trabalho.
De acordo com a presidente da comissão de C&T na Alerj, Elika Takimoto, há uma grande densidade em instituições de pesquisa e é preciso conectar esses saberes. "São muitas instituições trabalhando e é necessária essa coordenação, como tem afirmado a ministra Luciana Santos, titular da Ciência e Tecnologia”, destacou a deputada.
Entre as instituições presentes, Fiocruz, UFF, UERJ, Colégio Pedro II, Cefet, Unirio, Coppe, UFRRJ, Uenf, Instituto Pereira Passos, Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá. Após a reunião, Rondinelli e os demais dirigentes participaram da cerimônia de transmissão do cargo de reitor e vice-reitora da UFRJ aos professores Roberto de Andrade Medronho e Cassia Curan Turci.
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- 05/08/2023 - Veículos com fontes radioativas (Flúor-18) foram atacados por homens com pedaços de pau, pedras, pregos e entulhos. Depois, os bandidos desapareceram na mataFonte: Blog Tania Malheiros
Dois veículos Fiat Fiorino que transportavam material radioativo (radioisótopo Flúor-18, de baixa atividade), foram atacados por dois homens armados com pedaços de pau, pedras, pregos e entulhos, na madrugada de quinta-feira (3/8) no Arco Metropolitano, em Japeri. Com os vidros dos veículos quebrados e pneus furados, os motoristas foram obrigados a parar. No momento do ataque, os ladrões foram diretamente aos baús dos carros, retiraram dois embalados com as fontes, entraram na mata e desapareceram. As fontes saíram da R2 Soluções em Radiofármacia, em Xerém, município de Duque de Caxias, na baixada fluminense, com destino a cinco empresas em São Paulo.O caso "não rendeu muito holofote”, segundo especialistas, "porque as fontes estavam blindadas e tinham atividade de poucas horas”. Mas se fossem materiais de alto grau de atividade como Césio-137, que provocou o acidente de Goiânia, em 1987, ou até mesmo combustível nuclear, "poderiam contaminar pessoas e o meio ambiente”. Questionaram também por que os veículos não estavam sendo acompanhados por nenhuma equipe de seguranças. "Quanta fragilidade na segurança e fiscalização", comentaram ao BLOG.
Até o início da noite deste sábado, o mistério continuava: nem os ladrões, nem os embalados foram encontrados. Segundo a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), a ocorrência foi registrada na Delegacia de Polícia Regional."A meia-vida do radioisótopo Flúor-18 é de 109 minutos. Segundo a CNEN, isto significa que, em poucas horas, a radioatividade do radiofármaco fica bastante reduzida, não havendo potencial para causar efeitos adversos à saúde. Ainda assim, esclarecemos que deve ser evitada a abertura do embalado, bem como qualquer contato desnecessário com o material radioativo”, observam técnicos da CNEN.
A Comissão informou que o roubo foi comunicado de imediato pelos responsáveis técnicos do laboratório produtor de radioisótopos, que é rotineiramente inspecionado e autorizado pela CNEN. Os embalados roubados seriam entregues às instituições Einstein Morumbi e BPS Joaquim. Após o conserto dos veículos, os demais foram entregues intactos às instituições Hermes Pardino, AC Camargo, HCOR e Plani SJC.
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- 04/08/2023 - Dois pacotes com o radioisótopo Flúor-18 (material radioativo) foram roubados no Rio a caminho de SPFONTE: Tania Malheiros Blog
Dois pacotes com fontes radioativas (radiofármacos produzidos com o radioisótopo Flúor-18) foram roubados na madrugada de quinta-feira (3/8), de um veículo, que se dirigia para serem entregues em centros médicos em São Paulo. O material é de propriedade do R2 Soluções em Radiofarmácia, sediado em Duque de Caxias, na baixada fluminense. A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) foi informada pelo Supervisor de Proteção Radiológica do laboratório produtor R2. A polícia está investigando o caso.A meia-vida do radioisótopo Flúor-18 é de 109 minutos. Segundo a CNEN, isto significa que, em poucas horas, a radioatividade do radiofármaco composto por Flúor-18 fica bastante reduzida, não havendo potencial para causar efeitos adversos à saúde. "Ainda assim, esclarecemos que deve ser evitada a abertura do embalado, bem como qualquer contato desnecessário com o material radioativo”, observam os técnicos da CNEN.
A Comissão informou que o roubo foi comunicado de imediato pelos responsáveis técnicos do laboratório produtor de radioisótopos, que é rotineiramente inspecionado e autorizado pela CNEN. A CNEN segue acompanhando a investigação pelas autoridades policiais. Qualquer informação sobre a localização dos embalados pode ser comunicada através do celular (21) 98368-0763.
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- 03/08/2023 - Patrícia Pagetti, pesquisadora do IPEN e coordenadora técnica do Projeto RMB, participa do programa Nova Economia da TV GGNPatrícia Pagetti apresentou o Projeto RMB e destacou sua importância estratégica para o Programa Nuclear Brasileiro, a produção dos radioisótopos utilizados na Medicina Nuclear e o desenvolvimento tecnológico do país.
Participaram também do programa Cláudio Geraldo Schön, coordenador do grupo que criou o curso de Engenharia Nuclear da Escola Politécnica da USP em parceria com o IPEN, e a jornalista Tania Malheiros.
Assista aqui o programa
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- 03/08/2023 - Roubo de dois embalados com radiofármacos produzidos no Rio em transporte para SP não traz riscos à saúdeFonte: CNEN
A CNEN foi informada pelo Supervisor de Proteção Radiológica do laboratório produtor de radioisótopos R2 Soluções em Radiofarmácia, sediado em Duque de Caxias/RJ, que na madrugada desta quinta-feira, 03/08/2023, dois embalados com radiofármacos produzidos com o radioisótopo Flúor-18 foram roubados de um veículo que se dirigia a São Paulo para a entrega do material em centros médicos.
A meia-vida do radioisótopo Flúor-18 é de 109 minutos. Isto significa que, em poucas horas, a radioatividade do radiofármaco composto por Flúor-18 fica bastante reduzida, não havendo potencial para causar efeitos adversos à saúde. Ainda assim, esclarecemos que deve ser evitada a abertura do embalado, bem como qualquer contato desnecessário com o material radioativo.
Qualquer informação sobre a localização dos embalados pode ser comunicada através do celular (21) 98368-0763.Esclarecemos que o evento foi prontamente comunicado pelos responsáveis técnicos do laboratório produtor de radioisótopos, que é rotineiramente inspecionado e autorizado pela CNEN, demonstrando uma interação eficaz e transparente entre órgão regulatório e regulado.
A CNEN segue acompanhando a investigação deste ocorrido pelas autoridades policiais.
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- 02/08/2023 - Exposição lembra os 100 anos de criação da Rádio Sociedade, pioneira na divulgação científica no BrasilFonte: Casa de Oswaldo Cruz
"Caro radioescuta, ajuste o seu galena nas ondas da PRA2 e aproveite!” No ar a partir de 1923, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, uma das primeiras emissoras criadas no mundo, chamava a atenção dos ouvintes pela programação diversificada, pensada para levar informações educativas, culturais e científicas à população. Para marcar os 100 anos de criação da emissora, o Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT), a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), a Casa da Ciência da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Rádio MEC e a Folguedo inauguram a exposição Rádio Sociedade: 100 anos de rádio no Brasil.
A mostra entra cartaz em 15 de agosto de 2023, às 18h, na Casa da Ciência, em Botafogo, no Rio de Janeiro (Rua Lauro Müller, 3).
Fundada em abril de 1923 por um grupo de cientistas e intelectuais, a Rádio Sociedade foi pioneira no rádio e na divulgação científica no Brasil. Teve como principal entusiasta o educador e antropólogo Edgard Roquette-Pinto, que viu nos avanços tecnológicos da época a possibilidade de democratizar a informação através das ondas do rádio.
"A Rádio Sociedade foi criada em um momento em que a comunidade científica estava se consolidando no Brasil. Com caráter educativo e de divulgação científica, expressou um momento marcado pela preocupação desses poucos cientistas em manter um diálogo com a sociedade brasileira”, destaca Luisa Massarani, pesquisadora da COC/Fiocruz e coordenadora do INCT-CPCT, curadora da exposição ao lado de Ildeu de Castro Moreira, da UFRJ.
Com imagens e objetos históricos, a mostra é uma viagem pela história da rádio, com atividades educativas e interativas. De grande relevância para o patrimônio científico e histórico do país, o acervo da Rádio Sociedade, organizado pela COC/Fiocruz em parceria com a Rádio MEC, será explorado na mostra, que está dividida em módulos.
As diferentes seções – No ar, a pioneira Rádio Sociedade; Por dentro da Rádio; Com a palavra, o público!; Programa Quarto de Hora Infantil; Pelas ondas da Rádio Sociedade; O fim da Rádio Sociedade?; Rádio MEC; e Estúdio – vão abordar diversos aspectos da criação e da trajetória da emissora, incluindo sua programação.
"Para se aproximar da população, a programação da emissora era variada. Além de música clássica e popular, havia programas para o público infantil e inúmeros cursos e palestras: ciência, inglês, francês, história do Brasil, literatura portuguesa, radiotelefonia e telegrafia”, explica Luisa Massarani.
A visita do cientista alemão Albert Einstein dois anos após a criação da Rádio Sociedade, em 1925, é destaque no módulo Pelas ondas da Rádio Sociedade. Ao conhecer a sede da emissora, Einstein transmitiu de viva voz suas impressões positivas: "Após minha visita a esta Rádio Sociedade, não posso deixar de mais uma vez admirar os esplêndidos resultados a que chegou à ciência aliada à técnica [...]”, disse empolgado. O discurso foi traduzido pelo químico Mario Saraiva.
A exposição conta com recursos de acessibilidade para pessoas surdas ou que não enxergam, como audiodescrição e caderno em braile. Os painéis e vídeos serão acessíveis por meio de Libras, sendo possível agendar visitas mediadas para pessoas com deficiência visual.
A mostra fica em cartaz até 8 de outubro de 2023, com visitação gratuita de terça a sexta, das 9h às 20h, e sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h, na Casa da Ciência.
Uma realização do Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT), da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), da Casa da Ciência, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, da Rádio MEC e da Folguedo, a mostra conta com o apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
Exposição ‘Rádio Sociedade: 100 anos de rádio no Brasil’
Datas e horários de visitação: terça a sexta, das 9h às 20h, sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h, até 8 de outubro de 2023
Local: Casa da Ciência (Rua Lauro Müller, 3, Botafogo, Rio de Janeiro).
Informações e agendamento: casadaciencia@casadaciencia.ufrj.br
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- 02/08/2023 - Governo veta aumento na pensão de vítimas do césio-137Projeto propunha reajuste por causa do valor atual do salário mínimo. Governo estadual afirmou que há ausência de estudo de impacto orçamentário.
Projeto propunha reajuste por causa do valor atual do salário mínimo. Governo estadual afirmou que há ausência de estudo de impacto orçamentário.
Fonte: G1
O Governo de Goiás vetou o aumento na pensão das vítimas do césio-137. O projeto propunha que os valores passassem para R$ 1, 3 mil e R$ 2, 6 mil, a depender do grupo afetado. O projeto justifica que reajuste acompanharia aumento do salário mínimo.A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) divulgou a informação na segunda-feira (31). Os valores atuais das pensões são de R$ 954 e R$ 1,9 mil.
Em nota, o Governo de Goiás informou que o projeto foi vetado por recomendação da Procuradoria Geral do Estado (PGE), devido à ausência de estudo de impacto orçamentário e financeiro referente aos valores previstos(confira nota na íntegra no final do texto).
Além disso, segundo o governo, as Secretarias de Estado da Saúde (SES), da Administração e da Economia também se posicionaram de forma contrária ao reajuste. O governo estadual informou que atualmente são contemplados 561 pensionistas.
Autor do projeto, o deputado Major Araújo (PL) afirmou que o veto será analisado na Alego.
"Eu lamento muito o tratamento do governo com as vítimas do césio. A pensão está defasada, vai fazer cinco anos que não tem reajuste", disse o parlamentar.
Segundo a Alego, a matéria foi encaminhada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) onde foi distribuída ao deputado Coronel Adailton (Solidariedade) para análise e relatoria.
Relembre a tragédia
O maior acidente radiológico do mundo começou quando dois catadores de recicláveis acharam um aparelho de radioterapia abandonado, desmontaram e o venderam a um ferro-velho. Eles não tinham noção de que se tratava do Césio-137.
Ao notar que todos que tiveram contato com o material estavam se sentindo mal, a esposa do dono do ferro-velho levou a peça para a sede da Vigilância Sanitária Estadual, onde se descobriu do que se tratava.
Foi constatada a contaminação pelo Césio-137 em 249 pessoas. Neste grupo, 129 tinham rastros da substância interna e externa ao organismo. A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) calculou ainda que 49 pessoas foram hospitalizadas, sendo que 20 necessitaram de cuidados médicos intensivos.
A primeira das quatro vítimas foi Leide, de 6 anos, que morreu em 23 de outubro de 1987. Naquele mesmo 23 de outubro, morreu Maria Gabriela Ferreira, de 37 anos, tia da menina e mulher do dono do ferro-velho. Naquela mesma semana, morreram Israel Batista dos Santo, de 22 anos, e Admilson Alves de Souza, de 18.
Nota do Governo de Goiás:
O veto total ao autógrafo de Lei nº 292, de 2023, foi motivado por recomendação da Procuradoria Geral do Estado (PGE), devido à ausência de estudo de impacto orçamentário e financeiro referente aos valores previstos. Além disso, a proposta de autoria parlamentar é considerada contrária à Lei Complementar federal nº 101 (Lei de Responsabilidade Fiscal) e às Leis Complementares federais nº 156 e nº 159, pois gera expectativa de descumprimento do teto de gastos.
Além da PGE, as Secretarias de Estado da Saúde (SES), da Administração e da Economia também se posicionaram de forma contrária ao reajuste. Atualmente são contemplados 561 pensionistas e o valor correspondente dessa despesa na folha de pagamento do mês de maio deste ano foi de R$ 563.326,68.
Já que a Lei que rege as pensões especiais não prevê reajustes anuais, tal concessão está sendo avaliada por meio de estudos que levam em conta a capacidade fiscal do Estado e as restrições determinadas pelo Regime de Recuperação Fiscal (RRF).Por Thauany Melo, G1 Goiás -
- 01/08/2023 - Deputado garante fábrica de submarinos no Rio e extensão das atividades nucleares no estado“Sou um defensor ferrenho do uso da energia nuclear em todos os setores, principalmente na saúde, alimentos e na defesa do país”, dispara o deputado Júlio Lopes (PP)
“Sou um defensor ferrenho do uso da energia nuclear em todos os setores, principalmente na saúde, alimentos e na defesa do país”, dispara o deputado Júlio Lopes (PP)
Fonte: Rádio Tupi FM
Durante almoço no Arsenal de Marinha com o Almirante Petrônio Siqueira de Aguiar, diretor geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, o presidente da Frente Parlamentar de Energia Nuclear do Congresso, deputado Júlio Lopes (PP), questionou o motivo da mudança da autoridade naval do Rio de Janeiro para São Paulo. Segundo o parlamentar, o almirante explicou que sendo carioca entendia a preocupação do deputado, mas por ser um almirante de 4 estrelas e fazer parte do alto comando da força, além fato do Rio de Janeiro já ter hoje em seu quadro um total de quatro almirantes de 4 estrelas e o Centro de Aramar, responsável pelo processo de enriquecimento de urânio e onde está concentrado todo o desenvolvimento do Polo Nuclear da Marinha está localizado em São Paulo, essa mudança estaria sendo feita mais por uma questão logística de divisão dos almirantes de 4 estrelas, pois em São Paulo existem apenas dois almirantes com essa patente, sendo ele agora o terceiro a integrar o grupo.
"Sou um defensor ferrenho do uso da energia nuclear em todos os setores, principalmente na saúde, alimentos e na defesa do país. O almirante foi enfático em afirmar que essa é mais uma visão do alto comando do que propriamente uma questão da divisão da diretoria de engenharia da força; mas que em contrapartida eles já estão fazendo estudos para aumentar a fábrica de submarinos aqui no Rio, localizada no Parque Industrial do Complexo Naval de Itaguaí, onde será realizada uma enorme ampliação que irá superar, e muito, a questão da mudança da diretoria de desenvolvimento tecnológico para São Paulo, pois a base operacional e o estaleiro continuarão no Rio e terão suas atividades expandidas”, explicou.
Júlio lembrou ainda que a Frente Parlamentar de Energia Nuclear e a Marinha estão trabalhando em conjunto para a ampliação do convênio com a França para a realização da segunda etapa para a produção de submarinos nucleares no Brasil, e que acreditam profundamente na concretização desse acordo.
"Inclusive no próximo dia 7, segunda-feira, estaremos nos reunindo às 11h30 no Arsenal de Marinha, com o presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN), John Albuquerque; com o secretário estadual de Energia, Hugo Leal e com o Eduardo Eugênio, presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) para discutirmos o avanço da política industrial nuclear no Rio de Janeiro”, finaliza.
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- 26/07/2023 - CNS Brings Together Women in STEM from Latin America and the Caribbean to Discuss Nonproliferation, Nuclear Security, and DEI InitiativesFonte: Middlebury Institute of International Studies at Monterey
On June 19-23, CNS and the Nuclear and Energy Research Institute (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, IPEN) conducted a week-long symposium titled "Nuclear Nonproliferation and Security for Women in STEM in Latin America and the Caribbean” in São Paulo, Brazil. To make it an all-inclusive event, organizers opened applications to all genders, and provided Portuguese and Spanish interpretation to accommodate all participants with different levels of English-language skills. IPEN hosted the symposium on its campus at the University of São Paulo. Drawing from the experience of its flagship capacity building and outreach programs for women technical experts and scientists from Africa and Black Sea, CNS invigorated discussion of gender equality, diversity, equity, and inclusion in the nonproliferation and nuclear security field in Latin America and the Caribbean.The purpose of the symposium was to provide women in STEM with a broader understanding of nonproliferation and nuclear security policies, as well as the various institutions, tools, and mechanisms necessary to address current nonproliferation and nuclear security challenges. CNS and IPEN partnered to support worldwide efforts in promoting women in the nuclear field in general, and in the areas of nuclear nonproliferation, peaceful uses, and nuclear security in particular. Led by Margarita Kalinina-Pohl, Jean duPreez, and Giovana Rodrigues Marfin of CNS and Dr. Jorge Sarkis of IPEN, the symposium gathered nearly 40 participants from seven counties, including Argentina, Brazil, the Bahamas, Costa Rica, Guatemala, Mexico, and Peru. Symposium participants represented government, industry, research, and academia from nuclear and other related sectors.
The symposium was opened by Dr. Wilson Calvo from the National Nuclear Energy Commission of Brazil (Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) and the IPEN Director Dr. Isolda Costa. Both speakers recognized the importance and relevance of the symposium for women in STEM to Brazil’s overall policies to promote diversity, equity, and inclusion in workplaces. Dr. Costa noted that as a woman and as the IPEN director she is very proud to support this event and welcome experts from Latin America and the Caribbean at her institution.
The program was offered in a hybrid format allowing virtual participation of senior officials and prominent experts from international organizations, nongovernmental organizations, and national laboratories. Mr. Rafael Grossi, Director General of the International Atomic Energy Agency, delivered a recorded welcome address and Ambassador Elayne Whyte (Costa Rica) joined virtually as a keynote speaker and a panelist.
In his video address, Grossi stated that theobjectives of promoting women in STEM are in line with IAEA objectives and gave some examples of theinitiativestaken by his office to promote women in the field, including Marie Sklodowska Curie Fellowship and Lise Meitner Programme. He noted the importance of engineers, scientists, and diplomats in the field of nonproliferation and their essential role in promoting peace and security. In her keynote speech, Ambassador Whyte noted that participation in the symposium for women in STEM from Latin America and the Caribbean is of a personal significance to her. Latin American and Caribbean countries played an important role in negotiating the Treaty on the Prohibition of Nuclear Weapons (TPNW) and they have been vocal and consistent supporters of the treaty. Being the chief TPNW negotiator, Ambassador Whyte observed that there is still more work to be done in supporting and fostering stronger representation of women in leadership positions during the negotiation and decision-making processes.
The symposium’s program was comprised of:
- Technical panels on nuclear weapons, nuclear nonproliferation and nuclear security mechanisms, and the nexus between science and technology and nuclear security. Presentations were delivered by a cohort of leading international and regional experts from the Agency for the Prohibition of Nuclear Weapons in Latin America and the Caribbean (OPANAL), Brazilian Nuclear Industries (INB), CNS, IPEN, Military Institute of Engineering (IME, Brazil), National Security Cabinet of the Presidency of the Republic (Brazil), Nuclear Regulatory Authority of Argentina,Nuclear Threat Initiative (USA), Office of Naval Research (ONR Global) and Vienna Center for Disarmament and Non-Proliferation.
- Panels devoted to the discussion of DEI policies and practices. The panel titled "Promoting Peace and Security Through Diversity, Equity, Inclusion, and Accessibility (DEIA)” had an illustrious line up of speakers including Dr. Renata Hessmann Dalaqua from the United Nations Institute for Disarmament Research (UNIDIR), former CNS visiting fellows from Mexico and the Bahamas – Ms. Martha Mariana Mendoza Basulto of OPANAL and Ms. Rolanda Davis, Ministry of Foreign Affairs – as well as Ms. Nomsa Michelle Ndongwe, CNS. Male speakers from Brazil, Türkiye and the United States joined the discussion on how men could be better allies to women in nuclear fields. Of a particular interest was a panel on DEI hiring policies organized with and attended by leading representatives from Brazil’s industry and government.
- Briefings on nonproliferation and nuclear security capacity building programs and initiatives aimed at supporting women in STEM. The session on education and training included programs offered by IME, the Federal University of Rio de Janeiro, and CNS. DEI initiatives were presented during the final day by speakers from the IAEA, WiN Brazil, the World Institute for Nuclear Security (WINS), Los Alamos and Oak Ridge National Laboratory, and INMM.
- Tours of three IPEN facilities including the Radiation Technologies Center, the Radiopharmaceutical Center, and the Research Reactor.
Several participants observed that the symposium was a first-of-its-kind event which they had attended wherein they could discuss gender issues while simultaneously increasing their professional understanding of the policies and practices related to nuclear nonproliferation and nuclear security. They also called for continuing engagement as a community through social media and the compiling of a document on best practices in DEI policies, and ways to address challenges for women in STEM. Camila Araujo, a radiation protection officer from Brazil, who originally proposed this idea, explained that "this document could serve as an inspirational guide, motivating [women] to join forces to strengthen nuclear non-proliferation and promote security. This initiative would help disseminate valuable information and encourage the active participation of women in STEM, contributing to building a more inclusive and engaged community.” To some participants, the symposium was an opportunity to share their experiences and challenges as black women working and studying in nuclear fields.
Below are some reflections and feedback provided by participants anonymously (original style and grammar are preserved).
"I felt at home. I could express my ideas without limitations. I learned a lot about the field and its connections with women’s issues and contributions. I was introduced to many opportunities that I will share with my students and professional networking. I am waiting for the next edition.”
"Enriching experience of empowering women to work in the area of non-proliferation of nuclear weapons.”
"The symposium provided an enriching experience, bringing women together to discuss strategies to prevent nuclear proliferation. Participants’ engagement resulted in valuable insights and an inspiring environment to promote greater female representation, contributing to a safer world.”
"I found the symposium super interesting, enriching and, above all, it allowed me to see other issues that I did not observe on a day-to-day basis, such as the struggle of women in different areas of work.”
"From the technical and informational point of view, it helped me a lot to understand the context of the region in terms of security and non-proliferation. The visits to the IPEN centers were very interesting. I liked knowing that women are not alone, that what happens to one in one part of the world also happens to another in a different country. The experience was very enriching, motivating and inspiring in general.”
Symposium organizers express their gratitude to the Norwegian Ministry of Foreign Affairs, the Carnegie Corporation of New York, and the U.S. Department of State’s Bureau of International Security and Nonproliferation for their financial support that ensured the successful outcome of this event."Participating in the first symposium on nuclear non-proliferation and safety for women in STEM in Latin America and the Caribbean, was a transformative experience. The event highlighted the importance of female participation in areas traditionally dominated by men, promoting diversity and gender equality in those strategic spheres. The symposium provided a unique environment to share knowledge, experiences and good practices among the women of the region. Meeting and interacting with inspiring women from the sector, who shared their journeys and challenges in the area of nuclear non-proliferation and safety, was a source of motivation. This was found to strengthen the collaboration networks and drive the advancement and female leadership in STEM.”
- Technical panels on nuclear weapons, nuclear nonproliferation and nuclear security mechanisms, and the nexus between science and technology and nuclear security. Presentations were delivered by a cohort of leading international and regional experts from the Agency for the Prohibition of Nuclear Weapons in Latin America and the Caribbean (OPANAL), Brazilian Nuclear Industries (INB), CNS, IPEN, Military Institute of Engineering (IME, Brazil), National Security Cabinet of the Presidency of the Republic (Brazil), Nuclear Regulatory Authority of Argentina,Nuclear Threat Initiative (USA), Office of Naval Research (ONR Global) and Vienna Center for Disarmament and Non-Proliferation.
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- 25/07/2023 - Brasil pode ser um dos maiores produtores de combustíveis nucleares no mundoCom a duplicação de Caetité e com o projeto Santa Quitéria, a INB passaria a produzir cerca de 3.100 t/ano de Yellow Cake, se tornando um player no mercado mundial de urânio.
Com a duplicação de Caetité e com o projeto Santa Quitéria, a INB passaria a produzir cerca de 3.100 t/ano de Yellow Cake, se tornando um player no mercado mundial de urânio.
Fonte: Energia Hoje
O Brasil tem um futuro promissor no que diz respeito ao desenvolvimento das atividades nucleares a partir da flexibilização da mineração e do potencial de venda de combustível para outros países em função do crescimento mundial. O país pode se tornar o principal produtor mundial de combustíveis para as usinas nucleares do mundo.
O planeta precisa de combustível, e esta demanda pode resultar em muitos ganhos para o Brasil, inclusive parar de importar. Há uma necessidade americana de ter este item essencial para suas usinas, além do momento com a guerra da Ucrânia.
O caminho que o Brasil tem construído até aqui pode ser responsável por levar o país a outro patamar. Precisamos dar continuidade ao que foi conquistado com muito trabalho, esforço e dedicação, conforme vem sendo feito nos últimos anos.
A Indústrias Nucleares do Brasil passa por um momento único, em que se juntam a sua independência financeira, a flexibilização do monopólio e a sua elevação ao status de Empresa Estratégica de Defesa (EED).
Além disso, os grandes projetos em andamento na INB se somam ao potencial de realização de parcerias nas atividades do Ciclo do Combustível, altamente promissoras. Com a duplicação de Caetité e com o projeto Santa Quitéria, a INB passaria a produzir cerca de 3.100 t/ano de U3O8 (Yellow Cake), tornando-se um player no mercado mundial de urânio, produzindo algo em torno de 4,5% desse mercado.
Tudo isso requer uma gestão comprometida com os resultados, com a sustentabilidade financeira da empresa, com o meio ambiente e com a geração de empregos em benefício de toda a sociedade.
Apesar do desejo do setor em dar segmento nas ações realizadas até o momento, atualmente estão sendo avaliadas pelo MME/Planalto as substituições nas diretorias das empresas vinculadas ao Ministério, dentre elas a INB. Ainda não se sabe se haverá alguma mudança. Além disso, esse é o primeiro ano fora do orçamento da União e da flexibilização do monopólio.
Retrospectiva
Nos últimos anos, o setor nuclear no Brasil deu um salto significativo, com destaque para as operações da INB, principalmente com a retomada da produção de urânio em Caetité, que havia sido paralisada desde 2015. Além disso, a empresa alcançou importantes marcos, concluindo a 1ª fase de implantação da fábrica de enriquecimento de urânio com a inauguração das Cascatas 8ª (2019), 9ª (2020) e 10ª (2022). Essas realizações permitiram que a Indústrias Nucleares do Brasil se tornasse independente do Orçamento Fiscal da União em novembro de 2022, sinalizando um novo patamar de autonomia.
Outro ponto relevante foi a homologação da INB como uma Empresa Estratégica de Defesa – EED. Esse reconhecimento veio em razão da produção do combustível para o reator do Protótipo em Terra da Planta de Propulsão do Submarino Nuclear da Marinha – LABGENE, abrindo caminho para o fornecimento desse combustível ao submarino à propulsão nuclear. Essa conquista impulsionou a companhia para uma posição ainda mais importante no cenário estratégico.
Além disso, a INB reativou o projeto Santa Quitéria, no Ceará, em parceria com a FOSNOR-GALVANI. A iniciativa é voltada para a produção de fosfato e urânio, e atualmente está em fase de licenciamento ambiental e nuclear. Os investimentos previstos alcançam R$ 2,3 bilhões e trarão consigo a geração significativa de empregos diretos e indiretos, estimados em 6.000 durante a fase de implantação e 2.800 na fase de operação.
No âmbito de suas atividades já estabelecidas, a INB também avançou no projeto de duplicação da unidade de Caetité, visando produzir 800 toneladas de Yellow Cake, quantidade suficiente para abastecer as 3 usinas de Angra. Além disso a empresa retomou – de forma planejada e alinhada com as demandas do MPF e dos órgãos de controle (CNEN e IBAMA) – as ações de descomissionamento da unidade Caldas. Nesse sentido, a INB tem atuado de forma responsável e consciente no gerenciamento de seus recursos e processos.
Internacionalmente, a empresa também expandiu seus serviços nos EUA, atuando em reatores e estabelecendo parcerias com a Westinghouse, fortalecendo sua presença global e reforçando seu compromisso com a indústria nuclear. Um momento de destaque também foi a participação ativa na regulamentação da flexibilização do monopólio de urânio, consolidada na Lei 14.524/2022, o que demonstra sua contribuição para o desenvolvimento do setor e do país como um todo.
Olhando para o futuro, 2023 reserva importantes entregas para a Indústrias Nucleares do Brasil. Está previsto o primeiro Transporte de Yellow Cake produzido em Caetité, algo que não acontecia desde 2014, reforçando o avanço nas atividades de produção de urânio. A companhia renovará também o memorando de entendimento com o governo do Ceará, assegurando contrapartidas do estado para Santa Quitéria.
Outra medida que impactará positivamente os colaboradores da empresa é a implantação da participação nos lucros e resultados da empresa, decorrente da saída da INB do Orçamento da União, valorizando o trabalho e o comprometimento dos funcionários.
Por fim, a instituição pretende continuar suas parcerias e ações previstas nos memorandos de entendimento assinados com importantes instituições como o IPEN, Marinha do Brasil e CDTN, entre outras. Essas parcerias consolidam a posição da empresa no cenário nacional e reforçam sua relevância no campo da tecnologia nuclear.
Dessa forma, a INB segue em um caminho de crescimento, avanço tecnológico e contribuição estratégica para o Brasil, impulsionada por suas conquistas recentes e seus planos ambiciosos para o futuro.
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- 24/07/2023 - Doutorado em manufatura aditiva de metaisFonte: Agência FAPESP
Uma vaga de doutorado em manufatura aditiva de metais com bolsa da FAPESP está disponível pelo projeto "Desenvolvimento da cadeia de produção de produção de componentes metálicos por manufatura aditiva”. O prazo de inscrição acaba na sexta-feira (28/07).
O projeto é realizado no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e tem como objetivo estudar a influência da microestrutura sobre o comportamento tribológico e eletroquímico do aço 17-4 PH modificado com nióbio, consolidado pelo processo de deposição por energia direcionada e submetido ao tratamento térmico de envelhecimento.
O bolsista participará de pesquisa que analisa a resistência à corrosão por ensaios de polarização, potenciostático e potenciodinâmico e pela técnica Scanning Vibrating Electrode Technique, que detecta processos eletroquímicos como gradientes de potencial na microestrutura.
Os candidatos devem enviar e-mail para mdneves@ipen.br.
Mais informações sobre a vaga em: www.fapesp.br/oportunidades/
6188 .A bolsa de Doutorado fornecida pela FAPESP tem duração de até 48 meses e valor mensal de R$ 3.694,80 no primeiro ano e R$ 4.572,90 no segundo. Um auxílio financeiro equivalente a 30% do valor anual da bolsa será concedido para despesas diretamente relacionadas às atividades de pesquisa. Os requisitos e benefícios estão disponíveis em fapesp.br/bolsas/dr.
Outras vagas de bolsas, em diversas áreas do conhecimento, estão no site FAPESP-Oportunidades, em www.fapesp.br/oportunidades.
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- 21/07/2023 - Brasil assume a presidência do Grupo de Supridores NuclearesFonte: CNEN
A Embaixadora brasileira Claudia Vieira Santos foi eleita por unanimidade para presidência do Grupo de Supridores Nucleares (NSG, em inglês).
Esta é a segunda vez que o Brasil assume a presidência do NSG. Em julho de 2024, quando se encerra o atual mandato, será realizada, no Brasil, a 33ª Reunião Plenária do NSG.
O país, portanto, tem reconhecida pela comunidade internacional, sua competência no controle de exportações de bens sensíveis, atuando para a não proliferação de armas de destruição em massa.
Conheça o NSG
O Grupo de Supridores Nucleares, criado em 1974, é um organismo internacional de divulgação, aberto a governos, países de trânsito e transbordo de materiais e bens sensíveis, a fóruns multilaterais e regionais, e à indústria envolvida com o desenvolvimento e comercialização das tecnologias consideradas sensíveis na área nuclear. Desde 1978 a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) publica e revisa as Diretrizes NSG para transferências de bens e serviços para fins pacíficos e ajudar a garantir que tais transferências não sejam desviadas para utilização em um combustível nuclear não salvaguardado ou uso não pacífico.
Hoje o Grupo conta com 48 Estados-Membros e o Brasil o integra de maneira efetiva desde 1996.
Conforme o site do NSG (https://www.nuclearsuppliersgroup.org/en/) diversos fatores são levados em consideração para a participação de um governo no Grupo, dentre os quais: ter em vigor um sistema de controle de exportação nacional com base legal que efetive o compromisso de agir de acordo com as Diretrizes NSG; ser aderente ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), dos Tratados de Tlatelolco, Rarotonga, Pelindaba, Bangkok ou Semipalatinsk, ou de um acordo internacional equivalente; e apoiar os esforços internacionais para a não proliferação de armas de destruição em massa e de seus veículos de entrega.
No Brasil, as listas de controle de bens sensíveis da AIEA são internalizadas por meio de Resoluções da Comissão Interministerial de Controle de Exportação de Bens Sensíveis. Nesta Comissão há ainda o Grupo de Especialistas Técnicos Brasileiros (TEG-BR-NSG) cujas reuniões contam com a participação de representantes do Ministério das Relações Exteriores (MRE); Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Ministério das Minas e Energia (MME), Ministério da Defesa (MD); Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI); e Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), dentre outros.
A missão do TEG-BR-NSG é analisar e gerar subsídios para a discussão das propostas técnicas que visam atualizar as listas de controle da AIEA. Cabe à CNEN indicar técnicos, na cota de representação do MCTI, para as reuniões periódicas desse grupo de especialistas. Lá são analisadas as propostas apresentadas e definido o posicionamento institucional da CNEN frente aos temas em pauta, visando salvaguardar os interesses de seus institutos de pesquisa; avaliado possíveis impactos tecnológicos, operacionais e do desenvolvimento nacional no âmbito da área nuclear, bem como é prestado assessoramento técnico ao Ministério das Relações Exteriores.
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- 19/07/2023 - Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde no IpenEstá aberto processo seletivo para preenchimento de vagas remanescentes ao curso. Público-alvo é formado por profissionais graduados em medicina, farmácia, bioquímica, biomedicina, entre outras áreas
Está aberto processo seletivo para preenchimento de vagas remanescentes ao curso. Público-alvo é formado por profissionais graduados em medicina, farmácia, bioquímica, biomedicina, entre outras áreas
Fonte: Agência FAPESP
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), por meio da Pró-Reitoria de Pós-Graduação Stricto Sensu e da Coordenação do Programa de Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde (MP-TRCS), está com processo seletivo aberto para preenchimento de vagas remanescentes ao curso. O período de inscrições se encerra na sexta-feira (21/07).
O público-alvo é formado por profissionais graduados em medicina, farmácia, bioquímica, biomedicina, medicina veterinária, odontologia, radiologia, física, física médica, biologia, química, engenharias ou tecnólogos.
Um dos objetivos é tornar seus participantes aptos para o desenvolvimento, uso e implementação de técnicas ou processos inovadores que utilizem as radiações ionizantes e não ionizantes para diagnóstico, terapia e aplicações diversas na área da Saúde.
O MP-TRCS tem duração de 24 meses, com aulas no Ipen às quartas e quintas-feiras, das 14h às 19h30, e sextas-feiras das 14h às 16h30, durante o primeiro ano e, posteriormente, por período compatível com o tema da dissertação.
O número total de vagas do programa é de 25 vagas. As inscrições devem ser feitas se cadastrando no site do Programa de Pós-Graduação. Para a inscrição, o candidato deve enviar os seguintes documentos em formato PDF: formulário de inscrição preenchido e assinado eletronicamente, foto colorida 3x4, diploma do curso de graduação registrado, histórico escolar da graduação, documento de identificação, CPF, termo de compromisso de dedicação ao curso, proposta de pré-projeto, autoavaliação do currículo e link para o currículo Lattes.
O processo seletivo será composto de prova de proficiência em línguas, análise de currículo e entrevista. A lista de candidatos aprovados no processo seletivo será divulgada até dia 3 de agosto.
Mais informações:https://tinyurl.com/fsh4aw75, pelo telefone (11) 2810-1572 ou pelo e-mail: smp@ipen.br.
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- 17/07/2023 - Brasil debate Responsabilidade Civil para Danos NuclearesFonte: Blog Tania Malheiros
O Brasil está se preparando para receber mais um evento da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) voltado para discussões sobre o Direito Nuclear. Trata-se de um Workshop sobre o tema da Responsabilidade Civil para Danos Nucleares – ou, simplesmente, "Civil Liability”, e está previsto para acontecer no período de 6 a 10 de novembro. O evento será realizado conforme parceria estabelecida no ano passado, em Viena, Áustria, entre a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e a IAEA. Esse acordo tem por escopo o fortalecimento do trato da disciplina do Direito Nuclear no Brasil, sendo que a Agência se comprometeu a apoiar as iniciativas aqui realizadas”, informou a Comissão. "O tema da Responsabilidade Civil para Danos Nucleares é de suma importância internacional, havendo várias Convenções Internacionais sobre a matéria. No Brasil, o tema é de relevância constitucional”Segundo a direção da Comissão, esse tema específico de estudos está inserido no âmbito da disciplina do Direito Nuclear, o que corrobora o caminho que vem sendo trilhado pelo Brasil no que diz respeito a um projeto de consolidação dessa disciplina no país. Nesse sentido, o Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), unidade técnico-científica da CNEN apontada como executor do convênio firmado pela CNEN e pela AIEA em 2022, promoveu, em parceria com a Agência, entre maio e junho deste ano, o Curso de Introdução ao Direito Nuclear, que teve surpreendente procura por profissionais da área jurídica e de áreas correlatas, chegando a receber quase 140 pedidos de inscrição (para 70 vagas disponibilizadas). Considerando o elevado número de interessados, a organização foi obrigada a limitar o número de participantes. "Porém, para compensar essa ação e com o objetivo de satisfazer o interesse daqueles que não puderam participar da primeira sessão do Curso, já está em estudo a realização de mais uma sessão do curso no segundo semestre de 2023”, informou a entidade.
Além dessa iniciativa, o Instituto de Engenharia Nuclear da CNEN já prepara um curso pioneiro na América Latina de pós-graduação lato sensu em Direito Nuclear, com previsão para iniciar no primeiro semestre do ano de 2024. O procurador-chefe da CNEN, Rômulo Lima comentou: "Se a CNEN já representa o Brasil intensamente junto à AIEA em matéria de regulação do setor nuclear brasileiro e de aplicação de tecnologias nucleares, o país agora segue a passos largos no sentido de fortalecer a disciplina do Direito Nuclear, quer para formar profissionais nessa área, quer para ampliar a literatura nacional sobre esse específico ramo do Direito, quer para oferecer capacitação no país”.
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- 17/07/2023 - Instituto de Física da USP oferece curso gratuito sobre princípios da tecnologia do vácuoCapacitação tem como público-alvo pessoas ligadas a empresas, indústrias e laboratórios que utilizam essa tecnologia; inscrições até 25 de julho
Capacitação tem como público-alvo pessoas ligadas a empresas, indústrias e laboratórios que utilizam essa tecnologia; inscrições até 25 de julho
Fonte: Agência FAPESP
O Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) oferece, entre os meses de agosto e novembro, um curso sobre princípios da tecnologia do vácuo. O público-alvo inclui pessoas ligadas a empresas, indústrias e laboratórios que utilizam essa tecnologia.
O programa abrange aulas teóricas, seminários e atividades práticas. Serão apresentados alguns aspectos da teoria cinética dos gases necessários para o estudo de sistemas de vácuo, conceitos de velocidade de bombeamento, condutâncias, escoamento de gases nos regimes molecular, viscoso e intermediário.
Serão discutidos nas aulas os mecanismos de operação de medidores de pressão, bombas de vácuo, vazamentos reais e virtuais, componentes, materiais e fontes de gases associadas com seus respectivos modelos, tais como: gás do volume, desorpção térmica, difusão, permeação, vaporização etc.
As aulas teóricas serão complementadas por experimentos específicos, importantes para a interação dos participantes com sistemas de vácuo e o aprendizado de tomada de atitudes durante o processo de escoamento de gases nos diferentes regimes.
As aulas serão ministradas no IF-USP às segundas-feiras e terças-feiras, das 19h30 às 22h30. O início está previsto para 7 de agosto. O endereço é rua do Matão, 1.371, Cidade Universitária, São Paulo.
As inscrições estão abertas até 25 de julho e devem ser feitas pelo Sistema Apolo da USP.
Mais informações: http://portal.if.usp.br/tecvac/.
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- 14/07/2023 - Nota falecimentoFonte: CNEN
É com profundo pesar que informamos o falecimento do servidor Gustavo
Henrique Flores Caldas, na tarde de ontem, 13 de julho de 2023.
Gustavo era servidor da Diretoria de Radioproteção e Segurança (DRS)
da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e sofreu um acidente
automobilístico, enquanto se dirigia para uma inspeção de rotina na
cidade de Maracás/BA, em 04/07/2023 e estava em estado grave no
hospital da cidade de Jequié/BA.
A CNEN está prestando total assistência aos familiares, já tendo
deslocado uma equipe ao local para tomar todas as providências que se
fazem necessárias para maior conforto da família. -
- 12/07/2023 - Presidente Lula e ministra Luciana Santos entregam Ordem Nacional do Mérito Científico a pesquisadores e entidades de ciência e tecnologiaSolenidade no Palácio do Planalto marca a retomada do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e a assinatura do decreto que convoca a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação
Solenidade no Palácio do Planalto marca a retomada do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e a assinatura do decreto que convoca a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação
Fonte: MCTI
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, entregaram, nesta quarta-feira (12), no Palácio do Planalto, as medalhas da Ordem Nacional do Mérito Científico a entidades e pesquisadores, incluindo a médica sanitarista Adele Benzaken e o infectologista Marcus Vinícius Guimarães de Lacerda. Os dois cientistas tiveram a honraria revogada pelo governo Bolsonaro em 2021. Outros 21 cientistas que renunciaram à indicação em solidariedade também foram agraciados nesta quarta-feira. O evento foi ainda marcado pela retomada do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e a assinatura do decreto que convoca a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
"Não há como pensar em crescer, em retomar indústria e produzir mais no campo, sem ciência. Não há como reduzir desigualdade sem ciência. A verdade é que o desenvolvimento sustentável e o desenvolvimento cientifico andam de mãos dadas”, afirmou o presidente Lula durante a cerimônia.
"Esta solenidade se reveste de muitos significados. É um ato de desagravo à ciência e de reparação histórica aos cientistas, professores, médicos, pesquisadores – brasileiras e brasileiros que foram injustamente perseguidos e ameaçados por um governo anti-ciência e anti-vida”, afirmou a ministra Luciana Santos. "Hoje, celebramos a volta da ciência e podemos dizer que o tempo do negacionismo, do desprezo pelos instrumentos de participação social e de ameaça à democracia acabou”, acrescentou.
A médica Adele Benzaken, que teve sua premiação revogada, era diretora do Departamento de HIV/Aids do Ministério da Saúde quando foi demitida após a publicação de uma cartilha sobre prevenção de doenças destinada a homens trans. "Esta cerimônia é um reencontro com a democracia, com o SUS pelo que lutamos tanto desde 1988, com os outros agraciados que foram solidários, mas, sobretudo, um reencontro com um Brasil plural, que é chave para conseguir controle das infecções”, afirmou Adele.
Já o infectologista especializado em doenças emergentes, Marcus Vinícius Guimarães Lacerda foi responsável por um dos primeiros estudos que apontaram a ineficácia da cloroquina contra a Covid-19 em 2020, e também teve sua premiação revogada em 2021. "É um resgate justo. A ciência do Brasil é forte, pujante e precisa ser conservada. A única forma de o Brasil crescer de forma sustentável é acreditando no que a Ciência produz”, avaliou Lacerda.
Para Renato Janine Ribeiro, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a cerimônia é marco importante para o setor. "Hoje é dia de festa muito importante para ciência e o Brasil, finalmente temos de volta um governo que dá valor ao conhecimento científico e vai utilizá-lo para melhorar a vida de todos, que é um dos grandes papéis da ciência”, comentou.
Novo Conselho
A solenidade no Palácio do Planalto marcou também a retomada do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), após cinco anos sem funcionamento. "O CCT é o principal fórum de debate com a comunidade científica, a sociedade e o setor produtivo e contaremos com a participação do Presidente Lula nas discussões sobre as políticas de ciência, tecnologia e inovação que vão contribuir para a retomada do desenvolvimento econômico e social do Brasil”, contou a ministra. "Neste governo, a ciência não é programa de um Ministério. Ela integra a agenda de todo o governo como pilar do desenvolvimento em suas múltiplas dimensões”, completou.
O Conselho foi reformulado para ampliar a participação de representantes do governo e da sociedade civil. A nova proposta recuperou o ambiente plural e democrático e restabeleceu a função de instância estratégica de formulação das políticas de ciência, tecnologia e inovação.
O presidente Lula preside o CCT, enquanto o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) exerce a Secretaria-Executiva. A ministra Luciana Santos ocupa a vice-presidência.
Composto por 34 membros, conta com a participação de 16 ministros de Estado, 8 membros entre produtores e usuários de ciência e tecnologia e 9 representantes de entidades dos setores de ensino, pesquisa, ciência e tecnologia.
Entre as atribuições estão as de propor: a política de ciência e tecnologia do País, como fonte e parte da política nacional de desenvolvimento; planos, metas e prioridades de governo referentes à ciência e à tecnologia, com as especificações de instrumentos e de recursos; avaliações relacionadas à execução da política nacional de ciência e tecnologia; e opiniões sobre propostas ou programas que possam causar impactos à política nacional de desenvolvimento científico e tecnológico, e sobre atos normativos de qualquer natureza que objetivem regulamentá-la.
5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação
Durante a cerimônia, também foi assinado o decreto que convoca a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Com isso, haverá ampla mobilização no País para etapas regionais e setoriais que culminarão com encontro nacional, previsto para ocorrer em Brasília, no primeiro semestre de 2024. "Quero enaltecer o papel estratégico da Conferência Nacional como espaço de participação social, de contribuição para as políticas de ciência e tecnologia e para o exercício e a consolidação da democracia nas organizações do nosso setor”, explicou a ministra.