Ipen na Mídia
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- 01/09/2023 - Ministra Luciana Santos defende domínio nacional de uma base produtiva em saúdeRepresentantes do IPEN /CNEN pontuaram desafios a serem enfrentados, como a necessidade de investimentos em recursos humanos e modernização da infraestrutura
Representantes do IPEN /CNEN pontuaram desafios a serem enfrentados, como a necessidade de investimentos em recursos humanos e modernização da infraestrutura
Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou, nesta quinta-feira (31), em São Paulo (SP), de encontro com representantes do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN /CNEN), órgão vinculado ao MCTI que acaba de completar 67 anos. Durante a reunião, ouviu demandas sobre a necessidade de aumentar recursos humanos e financeiros para o instituto, defendeu o papel vital do IPEN para o Complexo Industrial de Saúde, sua importância para o desenvolvimento do país e o domínio nacional de uma base produtiva em saúde.
"Temos a compreensão do papel estratégico do IPEN para o fortalecimento do Complexo Industrial da Saúde e a redução das desigualdades no acesso da população aos tratamentos e diagnósticos oferecidos pela medicina nuclear em nosso País”, afirmou a ministra. "Não temos dúvida do quanto o SUS é indutor de desenvolvimento e do quanto é decisivo para a qualidade de vida da população. É robusto, eficiente, e reduz mortalidade no país”, completou.
A ministra lembrou ainda algumas ações adotadas recentemente, como a recriação, pelo presidente Lula, do Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde, do qual o MCTI faz parte, com a perspectiva de fortalecer o complexo produtivo e de inovação. Outra medida destacada pela ministra foi a inclusão do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e do laboratório de máxima contenção biológica NB4 no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. As iniciativas que buscam diminuir a dependência externa e garantir a autonomia brasileira no setor de medicina nuclear.
Demandas
Ao longo do encontro, representantes do IPEN pontuaram desafios a serem enfrentados, como a necessidade de investimentos em quadros pessoais. "Há mais de 10 anos não temos concursos públicos. Há uma grande demanda de recursos humanos para produção de radiofármacos”, avaliou Isolda Costa, diretora do IPEN. "Hoje temos 522 funcionários no total, mas 60% são aposentáveis imediatamente, e isso pode inviabilizar a questão de manter a produção e atender a demanda do país por radiofármacos”, acrescentou.
Outro ponto destacado foi a necessidade de investimentos para modernização da infraestrutura, que sofreu com a falta de investimentos nos últimos anos e com a chegada de alguns equipamentos ao fim da vida. "Sem instalações modernas, a Anvisa não vai autorizar a entrada dos radiofármacos, mesmo com produção do RMB”, alertou Wilson Calvo, Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
Além disso, Lorena Pozzo, chefe do Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde do IPEN, lembrou que 70% dos procedimentos de medicina nuclear são realizados no SUS, mas que a medicina nuclear convencional esbarra em dificuldades de expansão e enfrenta grandes iniquidades de acesso regional, sobretudo nas regiões Norte e Centro-Oeste.
Visita ao novo laboratório
Ao longo do dia, a ministra ainda visitou o Laboratório de Investigação e Produção de Lotes Piloto de Radiofármacos, no Centro de Radiofarmácia do Instituto.
Este subprojeto possibilitou ao IPEN desenvolver instalações destinadas à pesquisa e desenvolvimento de radiofármacos, de modo a criar um ambiente classificado, adequado para instalação de uma unidade blindada e certificada de produção de radiofármacos e módulo de síntese automatizado multipropósito, que possibilitará estudar o escalonamento dos métodos de radiomarcação utilizando diferentes radionuclídeos, da bancada de laboratório para o piloto de produção, e produzir lotes experimentais de novos radiofármacos, avaliados do ponto de vista de estabilidade e prazo de validade, destinados aos estudos clínicos de eficácia e segurança.
Radiofármacos são fármacos marcados com isótopos radioativos, utilizados para terapia e diagnóstico de diversas doenças. O IPEN/CNEN é o maior produtor de radiofármacos para a medicina nuclear do País.
Confira as fotos aqui
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- 31/08/2023 - Multifacetas da Energia NuclearPaís avança para ter o Reator Multipropósito Brasileiro, que vai atender a produção de radioisótopos, em especial para a medicina. Tecnologia nuclear é aplicada em cultivo de alimentos, piscicultura, irradiação de frutas, efluentes, sangue e até pneu de automóveis.
País avança para ter o Reator Multipropósito Brasileiro, que vai atender a produção de radioisótopos, em especial para a medicina. Tecnologia nuclear é aplicada em cultivo de alimentos, piscicultura, irradiação de frutas, efluentes, sangue e até pneu de automóveis.
Fonte: Revista Engenharia - edição 656
Editada desde 1942, a Revista Engenharia, edição nº 656, de agosto de 2023, é dedicada às múltiplas atividades nacionais na área da energia nuclear.
A publicação, órgão oficial do Instituto de Engenharia, abre com uma extensa entrevista com o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Francisco Rondinelli Jr., que reforça a necessidade do desenvolvimento do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).
Brasil se destaca na vanguarda da tecnologia nuclear na América Latina
A revista também destaca a vanguarda da tecnologia nuclear na América Latina reportando à instalação e operação do Reator Nuclear de Pesquisa IEA-R1, em operação desde 1957 e o pioneirismo na produção experimental, em 1959, de radiofármacos para medicina nuclear. Outras atividades de pesquisa e serviço prestados pelo IPEN mencionadas na edição estão a utilização de radiação ionizante para atenuação de de vírus da Covid-19 para as pesquisas com vacina no Instituto Butantan, as aplicações de análise por ativação com nêutrons para análise de cerâmicas pré-colonial na Amazônia e o uso de tecnologia nuclear para a preservação de patrimônio artístico e cultural.
Destaca-se também a importância da formação de recursos humanos pelo curso de Pós-Graduação no IPEN, em parceria com a USP.
A hora e a vez do setor nuclear
O projeto para a construção do RMB ganha novo impulso. A coordenadora técnica do projeto, Patrícia Pagetti de Oliveira comenta questões sobre segurança nuclear.
Capacitação e qualificação: porque a sociedade precisa de engenheiros nucleares
A formação acadêmica e a capacitação profissional com cursos de graduação em Engenharia Nuclear e Pós-Graduação são destacados. A gerente do Centro de Ensino do IPEN, Martha Marques Ferreira Vieira comenta sobre o Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear em parceria com a USP e a outorga, desde 1976, de mais de 3.200 títulos entre Mestres e Doutores.
A edição da Revista Engenharia proporciona um painel das atividades nucleares e entrevista gestores de outras instituições como a AMAZUL, Eletronuclear, Diretoria Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha e Nuclep, entre outras.
Para acesso à íntegra da Revista Engenharia, acesse o link:
Revista Engenharia, agosto 2023 – edição 656
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- 23/08/2023 - Associação Brasileira de Cerâmica premia projeto que busca mitigar a emissão de CO2 no setor industrialTrabalho premiado foi conduzido no Ipen e contou com apoio do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais da UFSCar
Trabalho premiado foi conduzido no Ipen e contou com apoio do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais da UFSCar
Fonte: Agência Fapesp
A Associação Brasileira de Cerâmica (ABC) concedeu o prêmio de melhor trabalho apresentado no 67º Congresso Brasileiro de Cerâmica ao "Projeto e validação de arranjo experimental para avaliação de permeação gasosa em membranas cerâmicas”.O trabalho foi desenvolvido por Sabrina G. M. Carvalho, pós-doutoranda no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), Eliana Navarro dos Santos Muccillo, pesquisadora do Ipen, e Reginaldo Muccillo, orientador do projeto no Ipen e integrante do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).O grupo projetou e construiu um sistema para medir a permeação de gases e a caracterização elétrica em membranas cerâmicas a diferentes temperaturas. O sistema tem sido utilizado para medir a eficiência de membranas para permeação de dióxido de carbono (CO2)."Essas membranas podem ser utilizadas na indústria para diminuir a quantidade de dióxido de carbono lançada na atmosfera [captura de CO2], diminuindo os impactos ambientais e contribuindo para a redução do efeito estufa”, explica Carvalho.* Com informações do CDMF, um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão da FAPESP.
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- 18/08/2023 - IPEN comemora 67 anos de fundação lançando o livro sobre a economia do hidrogênioFonte: Tania Malheiros - JornalistaO Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN-CNEN), em São Paulo, inicia as comemorações pelos seus 67 anos de fundação nesta sexta-feira (18/8), com o workshop "O IPEN e a Economia do Hidrogênio”, título de livro que será lançado, de autoria do engenheiro químico Marcelo Linardi, pela editora SENAI, de São Paulo. Com 288 páginas é um importante trabalho sobre o tema, que no momento está sendo debatido no Brasil e no mundo. As mudanças climáticas apontam para a relevância do estudo da utilização do hidrogênio, considerado o pilar da descarbonização e, desde fevereiro de 2021, foram anunciados em todo o mundo 131 projetos de grande escala, em um total de 359, com investimentos estimados em cerca de US$ 500 bilhões até 2050.Segundo Marcelo Linardi, mais de 30 países possuem estratégias para o hidrogênio e a capacidade de sua produção pode ultrapassar 10 milhões de toneladas/ano, em 2030. Até 2050, a demanda por hidrogênio verde (de origem renovável) deverá chegar de 300 milhões de toneladas, segundo as previsões mais pessimistas, e a 800 milhões de toneladas, no cenário mais otimista, promovendo o desenvolvimento socioeconômico, tecnológico, a sustentabilidade e a proteção do meio ambiente.Internamente, entre as maiores riquezas do Brasil estão as inúmeras fontes de produção de hidrogênio, em sua maioria renovável, de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Temos sol, vento, água, biomassa, energia geotérmica, energia dos oceanos, biocombustíveis, e ainda vários tios de resíduos”, comenta Linardi.Para a diretora de Relações Institucionais da Associação da Associação Brasileira de Hidrogênio, Monica Saraiva Panik, o hidrogênio já está entre as mais importantes fontes de energia no futuro. "Vislumbramos o sonho do hidrogênio tornando-se realidade, quando tantos pesquisadores e especialistas do IPEN e de outros institutos de ensino e pesquisa têm trabalhado, incansavelmente, durante os últimos 30 anos, nesse tema, no Brasil. De fato, considerando a imensa porta de oportunidades que se abriu em 2021, o que importa que tenha demorado tanto tempo? As experiências bem sucedidas serviram de legado e as experiências frustradas, de aprendizado. E agora, é preciso aproveitar esse momento do nascer do sol do hidrogênio, pelo qual todos nós espetávamos e que é tão maravilhoso que parece que ainda estamos sonhando. Mas não estamos”, escreveu a diretora da Associação, ao prefaciar o livro.Hoje, segundo os pesquisadores, já está garantido que o hidrogênio passou a ser finalmente considerado veto energético importante e a sua demanda mundial está vinculada às metas de descarbonização. "Não se trata de mais uma onda ou moda, e sim de um processo sem volta”, afirmaram os pesquisadores”. Em fevereiro de 2021, segundo eles, o governo do Estado do Ceará lançou o primeiro hub de hidrogênio verde, atraindo outros estados.Para a presidente da ABH2, a obra de Marcelo Linardi, além de promover um resgate histórico, tem o mérito de demonstrar o legado cientifico, tecnológico e de formação de recursos humanos especializados que o IPEN deixou em áreas da economia do hidrogênio para o Brasil. Ela espera que o trabalho "estimule instituições de pesquisa e desenvolvimento do País a continuar contribuindo para a realizado do sonho, em parceria com órgãos do governo responsáveis”.No Brasil, segundo ela, o hidrogênio pode combinar a rota da eletrificação com a de biocombustíveis e o sonho brasileiro de ter um veículo a hidrogênio movido a etanol pode virar, finalmente, realidade, conforma descrito no livro, que contou com a coautoria de uma equipe formada por 27 pesquisadores. Entre os temas estão a infraestrutura e ensino, as células a combustível, o programa brasileiro, os resultados institucionais das pesquisas nos últimos 20 anos, publicações de estaque e patentes, os grandes projetos entre outros.MARCELO LINARDI – PERFILPesquisador emérito do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Marcelo Linardi, é graduado em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas (1983), com mestrado em Ciências Nucleares pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (1987), doutorado em Engenharia Química - Universitat Karlsruhe (1992) e Pós-Doc pela Universidade de Darmstadt, Alemanha em 1998. Na área da Química, tem experiência em Eletroquímica, atuando principalmente nos seguintes temas: célula a combustível, eletroquímica, eletrocatálise, hidrogênio e etanol. Orientou 10 teses de doutorado, 10 dissertações de mestrado, 15 trabalhos de iniciação científica, 7 estágios e 5 pós-doc, na CPG USP/IPEN. Atuou no Programa Brasileiro de Células a Combustível e Hidrogênio do Ministério de Ciência e Tecnologia. Escreveu o primeiro livro em língua portuguesa sobre ciência e tecnologia de células a combustível. Possui atualmente mais de 100 publicações internacionais arbitradas, incluindo uma publicação na Advanced Materials, revista mais prestigiada na área de materiais do mundo. Participou de mais de 100 eventos científicos nacionais e internacionais e ministrou vária palestras e conferências como convidado. Ocupou o cargo de Diretor de P&D e Ensino do IPEN de 2013 a 2019, onde atuou em Inovação, Ensino, Projeto Institucionais e Gestão de Tecnologias. Coordena projetos institucionais na FAPESP, chamada da Secretaria do Estado de SP, na área de radiofarmácia e nanotecnologia; e na FINEP, de equipamentos multiusuários. É responsável por várias ações de Internacionalização do instituto, como o livro sobre o passado, presente e futuro da inovação tecnológica no IPEN; e o livro sobre o IPEN, entre outros. -
- 16/08/2023 - AMAZUL completa 10 anos hoje, revelando avanços no desenvolvimento do submarino nuclear e planos de expansãoFonte: PetroNotícias
O Petronotícias abre o noticiário desta quarta-feira com uma entrevista especial. Hoje (16), a empresa estatal Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (Amazul) está completando 10 anos de existência. A companhia foi criada para absorver, promover, desenvolver, transferir e manter atividades sensíveis do Programa Nuclear da Marinha, do Programa de Desenvolvimento de Submarinos e do Programa Nuclear Brasileiro. Criada em 2013, a estatal já foi presidida por Ney Zanella (entre 2013 e 2019) e Antônio Guerreiro (entre 2019 e 2022). Para tratar das conquistas alcançadas até aqui e dos próximos desafios, conversaremos hoje com o atual diretor-presidente da Amazul, vice-almirante Newton Costa Neto (foto). Em relação ao submarino nuclear brasileiro, o entrevistado avalia que o projeto está chegando a um grande nível de maturidade – e, por isso, novos funcionários da companhia serão convocados para atuarem nesse desenvolvimento. A propósito, Costa prevê que cerca de 200 pessoas que participaram do último concurso da Amazul poderão ser convocadas até 2024. Paralelamente, a empresa também avança na construção do LABGENE – que será o protótipo em terra e em escala real do submarino com propulsão nuclear. "No início de agosto, a Amazul assinou contratos com empresas francesas. Tratam-se de acordos muito importantes na evolução da maturidade do projeto do LABGENE”, revelou. O diretor-presidente falou ainda sobre a participação da empresa no projeto de extensão da vida útil de Angra 1 e revelou o interesse da companhia em desenvolver uma tecnologia nacional de Pequenos Reatores Modulares (SMR). Por fim, Costa falou das expectativas de participação no projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e comentou sobre o aspecto social da Amazul – que trabalha no desenvolvimento de um dispositivo inovador para pacientes com insuficiência cardíaca.
Para começar, como o senhor e os demais funcionários avaliam esses dez primeiros anos de existência da Amazul? Qual o balanço até aqui?
Ver a empresa ser criada e evoluir ao longo destes dez anos é um orgulho imenso, e me sinto muito satisfeito por estar, neste momento tão especial, na presidência da Amazul. A nossa empresa é muito interessante, pois apesar de possuir 10 anos de existência, alguns dos funcionários já estão trabalhando há mais de 30 anos em diversos projetos do Programa Nuclear da Marinha, pois trabalhavam anteriormente na EMGEPRON. Esses funcionários simbolizam, de forma significativa, as conquistas alcançadas até aqui. A empresa conta com um corpo técnico altamente capacitado e experiente.
A Amazul é uma empresa que participa de quase todos os projetos na área nuclear brasileira, englobando os três programas desse setor: o Programa Nuclear Brasileiro, o Programa Nuclear da Marinha e o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB). Nós somos capacitadores dessa mão de obra e do conhecimento que trabalha nas atividades-fim desses três programas.
O nosso maior patrimônio são as pessoas e o nosso conhecimento. Nossos funcionários fazem a diferença. São poucos os países no mundo que possuem uma empresa com quadro tão qualificado como o da Amazul. São pessoas que dedicam parte de suas vidas aos nossos projetos e que fazem a diferença para o país.
A Amazul possui quantos funcionários? Existem planos para expandir esse número?
Atualmente, a Amazul possui cerca de 1.800 funcionários. Com base na disponibilidade orçamentária, planejamos atingir a marca de 2 mil pessoas até o próximo ano. Esse aumento no número de colaboradores é essencial, pois todos os projetos da Amazul atingiram um nível de maturidade que demanda um considerável contingente de profissionais altamente qualificados. O último concurso da Amazul abrangeu 58 profissões, com fila de espera e cadastro de reserva. Temos até 2026 para seguir contratando pessoas dentro do âmbito desse concurso.
Aproveitando que o senhor já mencionou anteriormente o Programa Nuclear da Marinha, gostaria de detalhar mais esse tema. Poderia atualizar os nossos leitores sobre o desenvolvimento do LABGENE, em Iperó (SP)?
No início de 2022, foi atribuída à Amazul uma maior participação no Programa Nuclear da Marinha e no PROSUB. Com o amadurecimento dos projetos, cresceu a curva de carga de necessidade de pessoal para as atividades-fim. A Amazul conta com profissionais altamente qualificados, o que a Marinha começou a considerar, solicitando à nossa empresa que também participasse das contratações de serviços e materiais relacionados ao LABGENE.
Atualmente, estamos focados no chamado Bloco 40 – que será o "coração” do LABGENE. Este projeto é altamente tecnológico e exige componentes especiais, uma vez que o LABGENE será a referência para o futuro reator do submarino de propulsão nuclear.
Devido a isso, o sistema de garantia da qualidade nuclear aplicado ao projeto e às empresas envolvidas no Bloco 40 é robusto e rigoroso. A Amazul desempenha um papel inédito no país, atuando como empresa de gestão de projetos na área nuclear. Até o momento, os resultados obtidos pela empresa têm sido extremamente positivos.
Quais são as novidades mais recentes relacionadas ao desenvolvimento do LABGENE?
No início de agosto, a Amazul assinou contratos com empresas francesas. Tratam-se de acordos muito importantes na evolução da maturidade do projeto do LABGENE.
Para facilitar o licenciamento do projeto dentro da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), serão necessárias diversas comprovações e demonstrações. Por isso, precisaremos de empresas que tenham experiência e conhecimento comprovado nisso. No Brasil, ainda não existem empresas que possam atuar dessa forma. Mas, no futuro, a Amazul será capacitada para fazer algo semelhante. No entanto, hoje, precisaremos do apoio dessas empresas para uma série de atividades integradas ao Bloco 40.
Poderia também fazer uma atualização sobre a participação da Amazul no desenvolvimento do submarino de propulsão nuclear?
O projeto está chegando a um grande nível de maturidade, caminhando em sintonia com o LABGENE. A Marinha está definindo o que a Amazul irá assumir dentro do programa do submarino de propulsão nuclear. Uma grande parcela do pessoal que trabalha dentro do projeto do submarino é formada por empregados da Amazul que trabalham no Centro de Projetos de Sistemas Navais (CPSN), que está sendo transferido para Itaguaí (RJ).
Por conta do nível de maturidade alcançado no projeto, estamos contratando mais pessoas, que participaram do último concurso da empresa, para complementar o quadro de funcionários que irá atuar em Itaguaí. A Marinha possui um novo prédio específico para esses profissionais que acompanharão a finalização do projeto e a construção e a fiscalização do submarino.
A Amazul também vários de seus empregados na Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN). Então, de maneira geral, a companhia está muito integrada ao projeto e, provavelmente, será cada vez mais inserida dentro dos contratos que a Marinha possui com a França e com a Odebrecht.
Agora, gostaria de detalhar alguns dos vários projetos da Amazul dentro do Programa Nuclear Brasileiro. Vamos começar pela participação da empresa nos trabalhos para extensão da vida útil de Angra 1. Quais são os movimentos mais recentes dentro dessa iniciativa?
Esse projeto é muito importante tanto para a Eletronuclear quanto para a Amazul. Cerca de 20 funcionários da nossa empresa participam da equipe que está preparando Angra 1 para entrar dentro dos requisitos necessários para a extensão da vida útil da usina por mais 20 anos. O nosso pessoal também está participando de uma série de atividades dentro da usina – incluindo a troca de combustível, que é uma tarefa bastante sensível. Isso trará experiência para a Amazul, que poderá no futuro atuar na troca de combustível do LABGENE, do submarino de propulsão nuclear e do RMB.
Por fim, esperamos que, até o final do ano, possamos assinar um novo contrato com a Eletronuclear para prestação de apoio ao programa de gestão do envelhecimento da usina nuclear de Angra 2.
De que forma a empresa está preparando-se para participar de projetos dos pequenos reatores modulares, que são apontados como a tecnologia do futuro da indústria nuclear mundial?
O Brasil precisa preparar-se para esse futuro. Existem mais de 80 projetos de SMR no mundo, com tecnologias e finalidades diferentes. Por isso, o Brasil precisa definir qual será a tecnologia que será utilizada no país. O SMR pode ser aplicado em diferentes situações – dessalinização, produção de hidrogênio, geração de energia em locais remotos, propulsão naval, entre outras. O país também precisa decidir qual será a aplicação dessa tecnologia em nosso território.
O que eu posso dizer é que já existem pessoas dentro da Amazul focadas no estudo sobre SMR, para que o Brasil tenha uma tecnologia autóctone. A Amazul está capacitando-se internamente para que, a depender da escolha brasileira, estejamos prontos para participar de projetos de SMR. Estaremos dentro de qualquer projeto do tipo no país. Mas, ao meu ver, é uma prioridade que o Brasil preserve o seu conhecimento.
O nosso país tem o domínio do ciclo de combustível nuclear e desenvolve um reator como o LABGNE. Então, devemos aproveitar essa experiência. Temos muitas empresas nacionais que podem ser beneficiadas dentro de um projeto nacional de SMR. Em breve, a Amazul, a Marinha e a Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN) realizarão um workshop sobre a capacidade brasileira para o desenvolvimento do SMR nacional.
A Amazul também já desenvolve há alguns anos uma parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). Quais são os frutos mais recentes dessa ligação entre as empresas?
A Amazul e o IPEN são parceiros há mais de três anos na operação do Centro de Radiofarmácia, em São Paulo, onde ocorre a maior parte da produção brasileira de radiofármacos. Atualmente, cerca de 20 funcionários da Amazul estão quase que constantemente trabalhando com o IPEN. Em paralelo, estamos prospectando uma nova parceria com o instituto para a modernização do Centro de Radiofarmácia. As conversas sobre esse projeto estão bem avançadas e devemos assinar, entre setembro e outubro, os contratos de serviços para esse trabalho de modernização.
Adicionalmente, temos um segundo projeto com o IPEN para o desenvolvimento de Centros de Irradiação de Alimentos no Brasil. No momento, estamos prospectando possíveis usuários nos setores de agronegócio, aeroportos e portos para montar esses centros de irradiação, que darão maior tempo de vida útil aos alimentos produzidos no Brasil.
Já que o senhor mencionou a questão dos radiofármacos, gostaria de falar também sobre o Reator Multipropósito Brasileiro. A Amazul também atua nesse empreendimento. Como estão as perspectivas para que, enfim, as obras desse importante projeto sejam iniciadas?
O RMB é um projeto de extrema importância para a Amazul e é de caráter estratégico para o Brasil. A nação está cada vez mais ciente da relevância desse empreendimento. Naturalmente, a Amazul nutre grandes expectativas em relação à sua participação nesse projeto. O RMB é um empreendimento liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), com enfoque na pesquisa e produção de radioisótopos, os quais têm aplicações na medicina, agricultura, indústria e testes de materiais. A empresa argentina Invap foi contratada para desenvolver o projeto detalhado do reator, ao passo que à Amazul cabe a responsabilidade de complementar e fiscalizar esse projeto.
No momento, estamos subsidiando o MCTI desde o final do ano passado com informações sobre o RMB que foram produzidas pelos nossos funcionários. Estamos na expectativa pelos próximos passos da CNEN e do MCTI daqui em diante. Inclusive, o secretário executivo do MCTI, Luis Fernandes, é membro do Conselho de Administração da Amazul. Apresentamos a ele uma grande quantidade de dados e os encaminhamentos necessários para, de fato, viabilizar a construção do reator.
Por fim, ainda dentro da temática da saúde, poderia falar aos nossos leitores em que fase está o desenvolvimento do Dispositivo de Assistência Ventricular?
Um dos nossos projetos em prospecção é uma parceria com o Instituto do Coração (InCor) para o desenvolvimento de um dispositivo de assistência ventricular (DAV), destinado a auxiliar o bombeamento sanguíneo em pacientes com insuficiência cardíaca. A Amazul está atualmente trabalhando no desenvolvimento de protótipos de motores que serão empregados no dispositivo.
O motor das ultra centrífugas desenvolvidas pela Marinha é singular. Trata-se de um equipamento de baixo consumo energético, que não aquece e demonstra alta confiabilidade. Essas características são essenciais para o desenvolvimento do DAV, uma vez que as células sanguíneas não podem ser sujeitas a variações consideráveis de temperatura ou pressão. Os profissionais da Amazul, com habilidades no desenvolvimento das ultra centrífugas, já criaram cinco protótipos desse motor para o DAV. O propósito é criar esse dispositivo de modo a disponibilizá-lo no âmbito do SUS, para atender à parcela da população que aguarda um transplante.
Atualmente, estamos fazendo diversos testes e trabalhando com os cientistas para chegar ao desenvolvimento de um modelo que possa ser testado e, no futuro, ser aprovado para implantação em seres humanos.
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br)
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- 08/08/2023 - Um novo impulso para o RMB - Revista Brasil Nuclear n°55 - Julho de 2023A Revista Brasil Nuclear, n° 55, de julho de 2023, é dedicada ao projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB). Conta com o depoimento otimista do Presidente da ABEN, John M. Albuquerque Forman sobre os desafios existentes no Brasil "... podem ser enfrentados e vencidos, havendo determinação e persistência."
Nesta edição, há entrevista exclusiva do presidente da CNEN, Francisco Rondinelli, comentando sobre sua trajetória profissional e projetos com a Marinha e o IPEN, e os principais desafios que enfrenta no setor nuclear.
Patrícia Pagetti, coordenadora do projeto, traz detalhes sobre tudo que envolve o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) como a importância de sua construção para a sociedade, a produção de insumos para radiofármacos e a contribuição para o avanço de pesquisas e procedimentos em medicina nuclear.Aposentado, o idealizador e ex-coordenador técnico do RMB, José Augusto Perrotta que continua trabalhando no projeto, também foi entrevistado e ressalta as principais estruturas para o êxito do empreendimento.
Outros assuntos abordados na edição da Revista BN é energia nuclear e energias renováveis: descarbonização pela complementaridade, política energética: sítios nucleares e a expansão da energia nuclear no Brasil e meio ambiente: CENTENA - Um núcleo de segurança e sustentabilidade para o Brasil. -
- 03/08/2023 - Patrícia Pagetti, pesquisadora do IPEN e coordenadora técnica do Projeto RMB, participa do programa Nova Economia da TV GGNPatrícia Pagetti apresentou o Projeto RMB e destacou sua importância estratégica para o Programa Nuclear Brasileiro, a produção dos radioisótopos utilizados na Medicina Nuclear e o desenvolvimento tecnológico do país.
Participaram também do programa Cláudio Geraldo Schön, coordenador do grupo que criou o curso de Engenharia Nuclear da Escola Politécnica da USP em parceria com o IPEN, e a jornalista Tania Malheiros.
Assista aqui o programa
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- 26/07/2023 - CNS Brings Together Women in STEM from Latin America and the Caribbean to Discuss Nonproliferation, Nuclear Security, and DEI InitiativesFonte: Middlebury Institute of International Studies at Monterey
On June 19-23, CNS and the Nuclear and Energy Research Institute (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, IPEN) conducted a week-long symposium titled "Nuclear Nonproliferation and Security for Women in STEM in Latin America and the Caribbean” in São Paulo, Brazil. To make it an all-inclusive event, organizers opened applications to all genders, and provided Portuguese and Spanish interpretation to accommodate all participants with different levels of English-language skills. IPEN hosted the symposium on its campus at the University of São Paulo. Drawing from the experience of its flagship capacity building and outreach programs for women technical experts and scientists from Africa and Black Sea, CNS invigorated discussion of gender equality, diversity, equity, and inclusion in the nonproliferation and nuclear security field in Latin America and the Caribbean.The purpose of the symposium was to provide women in STEM with a broader understanding of nonproliferation and nuclear security policies, as well as the various institutions, tools, and mechanisms necessary to address current nonproliferation and nuclear security challenges. CNS and IPEN partnered to support worldwide efforts in promoting women in the nuclear field in general, and in the areas of nuclear nonproliferation, peaceful uses, and nuclear security in particular. Led by Margarita Kalinina-Pohl, Jean duPreez, and Giovana Rodrigues Marfin of CNS and Dr. Jorge Sarkis of IPEN, the symposium gathered nearly 40 participants from seven counties, including Argentina, Brazil, the Bahamas, Costa Rica, Guatemala, Mexico, and Peru. Symposium participants represented government, industry, research, and academia from nuclear and other related sectors.
The symposium was opened by Dr. Wilson Calvo from the National Nuclear Energy Commission of Brazil (Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) and the IPEN Director Dr. Isolda Costa. Both speakers recognized the importance and relevance of the symposium for women in STEM to Brazil’s overall policies to promote diversity, equity, and inclusion in workplaces. Dr. Costa noted that as a woman and as the IPEN director she is very proud to support this event and welcome experts from Latin America and the Caribbean at her institution.
The program was offered in a hybrid format allowing virtual participation of senior officials and prominent experts from international organizations, nongovernmental organizations, and national laboratories. Mr. Rafael Grossi, Director General of the International Atomic Energy Agency, delivered a recorded welcome address and Ambassador Elayne Whyte (Costa Rica) joined virtually as a keynote speaker and a panelist.
In his video address, Grossi stated that theobjectives of promoting women in STEM are in line with IAEA objectives and gave some examples of theinitiativestaken by his office to promote women in the field, including Marie Sklodowska Curie Fellowship and Lise Meitner Programme. He noted the importance of engineers, scientists, and diplomats in the field of nonproliferation and their essential role in promoting peace and security. In her keynote speech, Ambassador Whyte noted that participation in the symposium for women in STEM from Latin America and the Caribbean is of a personal significance to her. Latin American and Caribbean countries played an important role in negotiating the Treaty on the Prohibition of Nuclear Weapons (TPNW) and they have been vocal and consistent supporters of the treaty. Being the chief TPNW negotiator, Ambassador Whyte observed that there is still more work to be done in supporting and fostering stronger representation of women in leadership positions during the negotiation and decision-making processes.
The symposium’s program was comprised of:
- Technical panels on nuclear weapons, nuclear nonproliferation and nuclear security mechanisms, and the nexus between science and technology and nuclear security. Presentations were delivered by a cohort of leading international and regional experts from the Agency for the Prohibition of Nuclear Weapons in Latin America and the Caribbean (OPANAL), Brazilian Nuclear Industries (INB), CNS, IPEN, Military Institute of Engineering (IME, Brazil), National Security Cabinet of the Presidency of the Republic (Brazil), Nuclear Regulatory Authority of Argentina,Nuclear Threat Initiative (USA), Office of Naval Research (ONR Global) and Vienna Center for Disarmament and Non-Proliferation.
- Panels devoted to the discussion of DEI policies and practices. The panel titled "Promoting Peace and Security Through Diversity, Equity, Inclusion, and Accessibility (DEIA)” had an illustrious line up of speakers including Dr. Renata Hessmann Dalaqua from the United Nations Institute for Disarmament Research (UNIDIR), former CNS visiting fellows from Mexico and the Bahamas – Ms. Martha Mariana Mendoza Basulto of OPANAL and Ms. Rolanda Davis, Ministry of Foreign Affairs – as well as Ms. Nomsa Michelle Ndongwe, CNS. Male speakers from Brazil, Türkiye and the United States joined the discussion on how men could be better allies to women in nuclear fields. Of a particular interest was a panel on DEI hiring policies organized with and attended by leading representatives from Brazil’s industry and government.
- Briefings on nonproliferation and nuclear security capacity building programs and initiatives aimed at supporting women in STEM. The session on education and training included programs offered by IME, the Federal University of Rio de Janeiro, and CNS. DEI initiatives were presented during the final day by speakers from the IAEA, WiN Brazil, the World Institute for Nuclear Security (WINS), Los Alamos and Oak Ridge National Laboratory, and INMM.
- Tours of three IPEN facilities including the Radiation Technologies Center, the Radiopharmaceutical Center, and the Research Reactor.
Several participants observed that the symposium was a first-of-its-kind event which they had attended wherein they could discuss gender issues while simultaneously increasing their professional understanding of the policies and practices related to nuclear nonproliferation and nuclear security. They also called for continuing engagement as a community through social media and the compiling of a document on best practices in DEI policies, and ways to address challenges for women in STEM. Camila Araujo, a radiation protection officer from Brazil, who originally proposed this idea, explained that "this document could serve as an inspirational guide, motivating [women] to join forces to strengthen nuclear non-proliferation and promote security. This initiative would help disseminate valuable information and encourage the active participation of women in STEM, contributing to building a more inclusive and engaged community.” To some participants, the symposium was an opportunity to share their experiences and challenges as black women working and studying in nuclear fields.
Below are some reflections and feedback provided by participants anonymously (original style and grammar are preserved).
"I felt at home. I could express my ideas without limitations. I learned a lot about the field and its connections with women’s issues and contributions. I was introduced to many opportunities that I will share with my students and professional networking. I am waiting for the next edition.”
"Enriching experience of empowering women to work in the area of non-proliferation of nuclear weapons.”
"The symposium provided an enriching experience, bringing women together to discuss strategies to prevent nuclear proliferation. Participants’ engagement resulted in valuable insights and an inspiring environment to promote greater female representation, contributing to a safer world.”
"I found the symposium super interesting, enriching and, above all, it allowed me to see other issues that I did not observe on a day-to-day basis, such as the struggle of women in different areas of work.”
"From the technical and informational point of view, it helped me a lot to understand the context of the region in terms of security and non-proliferation. The visits to the IPEN centers were very interesting. I liked knowing that women are not alone, that what happens to one in one part of the world also happens to another in a different country. The experience was very enriching, motivating and inspiring in general.”
Symposium organizers express their gratitude to the Norwegian Ministry of Foreign Affairs, the Carnegie Corporation of New York, and the U.S. Department of State’s Bureau of International Security and Nonproliferation for their financial support that ensured the successful outcome of this event."Participating in the first symposium on nuclear non-proliferation and safety for women in STEM in Latin America and the Caribbean, was a transformative experience. The event highlighted the importance of female participation in areas traditionally dominated by men, promoting diversity and gender equality in those strategic spheres. The symposium provided a unique environment to share knowledge, experiences and good practices among the women of the region. Meeting and interacting with inspiring women from the sector, who shared their journeys and challenges in the area of nuclear non-proliferation and safety, was a source of motivation. This was found to strengthen the collaboration networks and drive the advancement and female leadership in STEM.”
- Technical panels on nuclear weapons, nuclear nonproliferation and nuclear security mechanisms, and the nexus between science and technology and nuclear security. Presentations were delivered by a cohort of leading international and regional experts from the Agency for the Prohibition of Nuclear Weapons in Latin America and the Caribbean (OPANAL), Brazilian Nuclear Industries (INB), CNS, IPEN, Military Institute of Engineering (IME, Brazil), National Security Cabinet of the Presidency of the Republic (Brazil), Nuclear Regulatory Authority of Argentina,Nuclear Threat Initiative (USA), Office of Naval Research (ONR Global) and Vienna Center for Disarmament and Non-Proliferation.
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- 25/07/2023 - Brasil pode ser um dos maiores produtores de combustíveis nucleares no mundoCom a duplicação de Caetité e com o projeto Santa Quitéria, a INB passaria a produzir cerca de 3.100 t/ano de Yellow Cake, se tornando um player no mercado mundial de urânio.
Com a duplicação de Caetité e com o projeto Santa Quitéria, a INB passaria a produzir cerca de 3.100 t/ano de Yellow Cake, se tornando um player no mercado mundial de urânio.
Fonte: Energia Hoje
O Brasil tem um futuro promissor no que diz respeito ao desenvolvimento das atividades nucleares a partir da flexibilização da mineração e do potencial de venda de combustível para outros países em função do crescimento mundial. O país pode se tornar o principal produtor mundial de combustíveis para as usinas nucleares do mundo.
O planeta precisa de combustível, e esta demanda pode resultar em muitos ganhos para o Brasil, inclusive parar de importar. Há uma necessidade americana de ter este item essencial para suas usinas, além do momento com a guerra da Ucrânia.
O caminho que o Brasil tem construído até aqui pode ser responsável por levar o país a outro patamar. Precisamos dar continuidade ao que foi conquistado com muito trabalho, esforço e dedicação, conforme vem sendo feito nos últimos anos.
A Indústrias Nucleares do Brasil passa por um momento único, em que se juntam a sua independência financeira, a flexibilização do monopólio e a sua elevação ao status de Empresa Estratégica de Defesa (EED).
Além disso, os grandes projetos em andamento na INB se somam ao potencial de realização de parcerias nas atividades do Ciclo do Combustível, altamente promissoras. Com a duplicação de Caetité e com o projeto Santa Quitéria, a INB passaria a produzir cerca de 3.100 t/ano de U3O8 (Yellow Cake), tornando-se um player no mercado mundial de urânio, produzindo algo em torno de 4,5% desse mercado.
Tudo isso requer uma gestão comprometida com os resultados, com a sustentabilidade financeira da empresa, com o meio ambiente e com a geração de empregos em benefício de toda a sociedade.
Apesar do desejo do setor em dar segmento nas ações realizadas até o momento, atualmente estão sendo avaliadas pelo MME/Planalto as substituições nas diretorias das empresas vinculadas ao Ministério, dentre elas a INB. Ainda não se sabe se haverá alguma mudança. Além disso, esse é o primeiro ano fora do orçamento da União e da flexibilização do monopólio.
Retrospectiva
Nos últimos anos, o setor nuclear no Brasil deu um salto significativo, com destaque para as operações da INB, principalmente com a retomada da produção de urânio em Caetité, que havia sido paralisada desde 2015. Além disso, a empresa alcançou importantes marcos, concluindo a 1ª fase de implantação da fábrica de enriquecimento de urânio com a inauguração das Cascatas 8ª (2019), 9ª (2020) e 10ª (2022). Essas realizações permitiram que a Indústrias Nucleares do Brasil se tornasse independente do Orçamento Fiscal da União em novembro de 2022, sinalizando um novo patamar de autonomia.
Outro ponto relevante foi a homologação da INB como uma Empresa Estratégica de Defesa – EED. Esse reconhecimento veio em razão da produção do combustível para o reator do Protótipo em Terra da Planta de Propulsão do Submarino Nuclear da Marinha – LABGENE, abrindo caminho para o fornecimento desse combustível ao submarino à propulsão nuclear. Essa conquista impulsionou a companhia para uma posição ainda mais importante no cenário estratégico.
Além disso, a INB reativou o projeto Santa Quitéria, no Ceará, em parceria com a FOSNOR-GALVANI. A iniciativa é voltada para a produção de fosfato e urânio, e atualmente está em fase de licenciamento ambiental e nuclear. Os investimentos previstos alcançam R$ 2,3 bilhões e trarão consigo a geração significativa de empregos diretos e indiretos, estimados em 6.000 durante a fase de implantação e 2.800 na fase de operação.
No âmbito de suas atividades já estabelecidas, a INB também avançou no projeto de duplicação da unidade de Caetité, visando produzir 800 toneladas de Yellow Cake, quantidade suficiente para abastecer as 3 usinas de Angra. Além disso a empresa retomou – de forma planejada e alinhada com as demandas do MPF e dos órgãos de controle (CNEN e IBAMA) – as ações de descomissionamento da unidade Caldas. Nesse sentido, a INB tem atuado de forma responsável e consciente no gerenciamento de seus recursos e processos.
Internacionalmente, a empresa também expandiu seus serviços nos EUA, atuando em reatores e estabelecendo parcerias com a Westinghouse, fortalecendo sua presença global e reforçando seu compromisso com a indústria nuclear. Um momento de destaque também foi a participação ativa na regulamentação da flexibilização do monopólio de urânio, consolidada na Lei 14.524/2022, o que demonstra sua contribuição para o desenvolvimento do setor e do país como um todo.
Olhando para o futuro, 2023 reserva importantes entregas para a Indústrias Nucleares do Brasil. Está previsto o primeiro Transporte de Yellow Cake produzido em Caetité, algo que não acontecia desde 2014, reforçando o avanço nas atividades de produção de urânio. A companhia renovará também o memorando de entendimento com o governo do Ceará, assegurando contrapartidas do estado para Santa Quitéria.
Outra medida que impactará positivamente os colaboradores da empresa é a implantação da participação nos lucros e resultados da empresa, decorrente da saída da INB do Orçamento da União, valorizando o trabalho e o comprometimento dos funcionários.
Por fim, a instituição pretende continuar suas parcerias e ações previstas nos memorandos de entendimento assinados com importantes instituições como o IPEN, Marinha do Brasil e CDTN, entre outras. Essas parcerias consolidam a posição da empresa no cenário nacional e reforçam sua relevância no campo da tecnologia nuclear.
Dessa forma, a INB segue em um caminho de crescimento, avanço tecnológico e contribuição estratégica para o Brasil, impulsionada por suas conquistas recentes e seus planos ambiciosos para o futuro.
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- 24/07/2023 - Doutorado em manufatura aditiva de metaisFonte: Agência FAPESP
Uma vaga de doutorado em manufatura aditiva de metais com bolsa da FAPESP está disponível pelo projeto "Desenvolvimento da cadeia de produção de produção de componentes metálicos por manufatura aditiva”. O prazo de inscrição acaba na sexta-feira (28/07).
O projeto é realizado no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e tem como objetivo estudar a influência da microestrutura sobre o comportamento tribológico e eletroquímico do aço 17-4 PH modificado com nióbio, consolidado pelo processo de deposição por energia direcionada e submetido ao tratamento térmico de envelhecimento.
O bolsista participará de pesquisa que analisa a resistência à corrosão por ensaios de polarização, potenciostático e potenciodinâmico e pela técnica Scanning Vibrating Electrode Technique, que detecta processos eletroquímicos como gradientes de potencial na microestrutura.
Os candidatos devem enviar e-mail para mdneves@ipen.br.
Mais informações sobre a vaga em: www.fapesp.br/oportunidades/
6188 .A bolsa de Doutorado fornecida pela FAPESP tem duração de até 48 meses e valor mensal de R$ 3.694,80 no primeiro ano e R$ 4.572,90 no segundo. Um auxílio financeiro equivalente a 30% do valor anual da bolsa será concedido para despesas diretamente relacionadas às atividades de pesquisa. Os requisitos e benefícios estão disponíveis em fapesp.br/bolsas/dr.
Outras vagas de bolsas, em diversas áreas do conhecimento, estão no site FAPESP-Oportunidades, em www.fapesp.br/oportunidades.
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- 19/07/2023 - Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde no IpenEstá aberto processo seletivo para preenchimento de vagas remanescentes ao curso. Público-alvo é formado por profissionais graduados em medicina, farmácia, bioquímica, biomedicina, entre outras áreas
Está aberto processo seletivo para preenchimento de vagas remanescentes ao curso. Público-alvo é formado por profissionais graduados em medicina, farmácia, bioquímica, biomedicina, entre outras áreas
Fonte: Agência FAPESP
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), por meio da Pró-Reitoria de Pós-Graduação Stricto Sensu e da Coordenação do Programa de Mestrado Profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde (MP-TRCS), está com processo seletivo aberto para preenchimento de vagas remanescentes ao curso. O período de inscrições se encerra na sexta-feira (21/07).
O público-alvo é formado por profissionais graduados em medicina, farmácia, bioquímica, biomedicina, medicina veterinária, odontologia, radiologia, física, física médica, biologia, química, engenharias ou tecnólogos.
Um dos objetivos é tornar seus participantes aptos para o desenvolvimento, uso e implementação de técnicas ou processos inovadores que utilizem as radiações ionizantes e não ionizantes para diagnóstico, terapia e aplicações diversas na área da Saúde.
O MP-TRCS tem duração de 24 meses, com aulas no Ipen às quartas e quintas-feiras, das 14h às 19h30, e sextas-feiras das 14h às 16h30, durante o primeiro ano e, posteriormente, por período compatível com o tema da dissertação.
O número total de vagas do programa é de 25 vagas. As inscrições devem ser feitas se cadastrando no site do Programa de Pós-Graduação. Para a inscrição, o candidato deve enviar os seguintes documentos em formato PDF: formulário de inscrição preenchido e assinado eletronicamente, foto colorida 3x4, diploma do curso de graduação registrado, histórico escolar da graduação, documento de identificação, CPF, termo de compromisso de dedicação ao curso, proposta de pré-projeto, autoavaliação do currículo e link para o currículo Lattes.
O processo seletivo será composto de prova de proficiência em línguas, análise de currículo e entrevista. A lista de candidatos aprovados no processo seletivo será divulgada até dia 3 de agosto.
Mais informações:https://tinyurl.com/fsh4aw75, pelo telefone (11) 2810-1572 ou pelo e-mail: smp@ipen.br.
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- 10/07/2023 - Global learning collaboration: Internacional researchers, visitors connect at INLFonte: INL
Idaho National Laboratory’s International Researcher and Visitor Program drives cross-cultural exchange and promotes collaboration with worldwide scientists and academia inspiring creativity within INL’s scientific community. This program has enabled INL to bring several distinguished researchers and scientists to the lab to participate in vital programs and projects.
For several years, Idaho National Laboratory has partnered with Oak Ridge National Laboratory to bring nuclear doctoral students and their professors from United Kingdom universities to the U.S. for professional development and networking. After a pause due to COVID, visits restarted last September, with 17 students and faculty from Bangor University, Imperial College London, University of Bristol and University of Cambridge. The second group visited INL May 8 and 9 and had 20 members from five British universities: University of Liverpool, University of Manchester, Lancaster University, University of Sheffield and University of Leeds.
These visits provide information about U.S. programs, capabilities and facilities, and help the students develop their professional networks and identify opportunities for collaboration with American organizations. Those organizations include the Department of Energy Nuclear Energy University Programs, Nuclear Science User Facilities, INL’s internships and postdoctoral programs and more.
William Beaven, a doctoral student at University of Manchester, had the opportunity to see research fields not directly related to his doctoral studies and got insight into areas, equipment and techniques that he was unaware of. "The highlight for me was seeing the working hot cells (at the Materials and Fuels Complex) and looking down on to the spent fuel in the canal at the (Advanced Test Reactor) site. Additionally, the countless discussions with staff members were highly valuable networking and learning opportunities,” Beaven said.
"Visiting Idaho National Laboratory has profoundly changed my view of laboratories in the United States and my perspective on my future career,” said Federico Peruzzini, a doctoral student at University of Liverpool. "The vastness of the facilities, the impressive scientific research underway, and the level of commitment and dedication from the staff have opened my eyes to the extraordinary potential of this laboratory promoting technological innovation and scientific advancement. This has inspired me to consider career paths that can have a significant impact on society,” Peruzzini said.
Andrew Worrall, U.K. country coordinator for DOE’s Office of Nuclear Energy and section head of the Integrated Fuel Cycle at Oak Ridge, is the liaison between the two U.S. labs and U.K. universities. He organized and escorted both groups of visitors. INL will welcome the next cohort of British scholars in September.
The U.K. visits were one of many international collaborations at INL. The Department of Energy’s Visitor Program provides value to INL’s scientific community by encouraging research from diverse perspectives and fostering collaboration with researchers around the world. For over 40 years, this program has enabled DOE to bring researchers and scientists to the U.S. to participate in programs and projects at the national laboratories and DOE program offices.
The exchange visitor program is part of the Mutual Educational and Cultural Exchange Act of 1961, also known as the Fulbright-Hayes Act. The purpose of the Fulbright-Hayes Act is to increase communal understanding between the people of the United States and other countries through educational and cultural exchanges.
One of the international researchers who recently visited INL was Rafael Garcia, a Brazilian nuclear fuel postdoctoral researcher at the Nuclear and Energy Research Institute in São Paulo, Brazil. Garcia was awarded a grant from the Brazilian National Council for Scientific and Technological Development to come to INL as part of the lab’s International Researcher program. Garcia has a doctorate degree in nuclear technology from University of São Paulo and is working with the Advanced Characterization group at the Materials and Fuels Complex. "The lab is fully equipped. State-of-the-art facilities. And the maintenance work is incomparable to Brazil, where it takes more time to get the equipment repaired,” Garcia said.
INL has partnered with the Korea Nuclear International Cooperation Foundation (KONICOF) for many years to bring students from South Korea to the lab to complete this internship. The KONICOF internship provides a wide range of opportunities for students to develop their professional skills and acquire practical work experience in an international environment. INL’s current KONICOF international researcher is Jisuk Kim, who works at in the Human Factors and Reliability Department.
KONICOF provides global internships, scholarships and postdoctoral fellowships, giving nuclear experts valuable opportunities to gain experience at overseas institutions. Kim feels fortunate to receive support through the Global Postdoctoral Fellowships. "It’s fascinating that in the United States there is a strong emphasis on not only safety but also economic viability within the nuclear industry. This aspect has broadened my thinking and exposed me to new ideas. I look forward to embracing these experiences and leveraging them to enhance my understanding of the nuclear field,” Kim said.
"INL is impacting the world’s energy future through these international partnerships,” said Monica Towner, INL Visiting Scholar and International Researchers liaison. "Collaborating with and learning from our international partners is beneficial on all fronts. We look forward to both new and continued strategic partnerships with other global entities.”
The lab wasn’t the only highlight of the visit. "The area surrounding Idaho Falls is a breathtaking display of natural beauty. From the majestic snowy mountains to the rivers and clear lakes, the landscape is a paradise for nature enthusiasts,” Peruzzini said.
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- 10/07/2023 - Fontes radioativas de Césio-137 são localizadas em empresa de sucatas na capital paulistaA perícia, feita pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, constatou que as fontes estão íntegras. Os equipamentos tinham desaparecido no dia 29 de junho. Até agora, nenhum suspeito foi preso.
A perícia, feita pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, constatou que as fontes estão íntegras. Os equipamentos tinham desaparecido no dia 29 de junho. Até agora, nenhum suspeito foi preso.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo
Por Jornal Nacional
A Comissão Nacional de Energia Nuclear localizou, nesta segunda-feira (10), as duas fontes radioativas de Césio-137 que sumiram de uma mineradora em Nazareno, Minas Gerais.
As caixas, classificadas como de baixo risco, estavam em uma empresa de sucatas da capital paulista.
A perícia, feita pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, constatou que as fontes estão íntegras. Elas tinham desaparecido no dia 29 de junho.
Até agora, nenhum suspeito foi preso.
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- 08/07/2023 - Vídeo da FAPESP homenageia pesquisadores no Dia Nacional da CiênciaA FAPESP divulga vídeo no Dia Nacional da Ciência com depoimentos de diversos pesquisadores oriundos de várias instituições de pesquisa e áreas do conhecimento criando um painel sobre os desafios e êxitos da carreira científica. Entre os participantes, estão Maria da Penha A. Potiens, gerente do Centro de Metrologia Nuclear das Radiações do IPEN e Niklaus Wetter, pesquisador do Centro de Lasers e Aplicações e responsável pela área de Internacionalização.
Assista o vídeo no link:
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- 16/06/2023 - Documentário russo que trata sobre as relações entre Brasil e Rússia entrevista pesquisadores do IPENO segundo episódio da série Novo Mundo do canal russo Life.Doc trata das relações culturais, econômicas e científicas entre a Rússia e o Brasil. Na esfera científica e tecnológica são apresentados os intercâmbios no fornecimento de radioisótopos para produção de radiofármacos no IPEN para uso em medicina Nuclear e o convênio do Instituto com o Moscow Engineering Physics Institute (MEPhI), da National Research Nuclear University. São entrevistados, respectivamente, o gerente do Centro de Radiofarmácia do IPEN, Emerson Soares Bernardes e o responsável pela Internacionalização do Instituto, Niklaus Wetter.
A duração do documentário é de 47 minutos e a participação do IPEN se inicia aos 19 minutos e 16 segundos.
O programa mostra também as relações na área da cultura como dança e Carnaval.
Link para o episódio no canal do Life.Doc no YouTube
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- 16/06/2023 - Obras de artistas consagrados passam pelo processo de desinfeção por irradiação no Instituto de Pesquisas Energéticas e NuclearesFonte: Blog de Tânia Malheiros
Obras de artistas consagrados como Carmela Gross, Siron Franco, Claudio Tozzi, Leda Catunda, entre outros, acabam de passar pelo processo de desinfeção por ionização gama do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). A tecnologia, que consiste no uso de Cobalto-60,material radioativo, para descontaminar acervos e bens culturais de forma rápida e segura, tem sido cada vez mais utilizada mundialmente, e o IPEN é pioneiro na pesquisa e no desenvolvimento dessa área, no Brasil. As obras irradiadas pertencem ao acervo da Fundação Padre Anchieta – TV Cultura. De acordo com Lígia da Silva Farias, gerente de Documentação, elas haviam sido retiradas a fim de evitar a contaminação de outras peças.
A obra desta matéria é "Expansões Orgânicas", de Claudio Tozzi.
"O tratamento por irradiação possibilitará, incialmente, que sejam colocadas de volta na Reserva Técnica e, em um futuro próximo, integrem exposições ou eventos destinados ao público, cenários de programas da própria TV, garantindo o cumprimento da missão institucional da FPA”, anunciou. No IPEN, esse trabalho é desenvolvido no Irradiador Multipropósito de Cobalto-60, coordenado pelo pesquisador Pablo Vasquez, do Centro de Tecnologia das Radiações (CETER).Ele conta que esse trabalho é realizado em colaboração principalmente com instituições públicas. A Biblioteca Mario de Andrade, o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), o Museu Afro Brasil, do Instituto Lina Bo & Prieto Maria Bardi, foram algumas das beneficiadas, além de diversos acervos da Universidade de São Paulo (USP).
No caso da FPA-TV Cultura, 78 obras, cerca de 30 metros cúbicos passaram pelo processo, que levou apenas quatro dias (precisamente 32 horas), um trabalho que levaria meses para ser concluído em processo químico, com a vantagem de que o material poder ser manuseado tranquilamente, sem risco para o usuário e sem a necessidade de "quarentena", informou Vasquez. Outro benefício da técnica de irradiação, segundo ele, é que, dependendo da característica das obras, elas podem ser processadas dentro das caixas utilizadas como embalagem para transporte, evitando assim possíveis acidentes na sua movimentação.
Processo seguro
Vasquez garante que o procedimento é seguro. A explicação é simples: a radiação gama proveniente do Cobalto-60 não possui energia suficiente para desestabilizar o núcleo do átomo, ou seja, é uma radiação cuja energia está abaixo do limiar de ativação da maior parte dos elementos, diferentemente do que ocorre, por exemplo, no bombardeamento por nêutrons no interior de um reator nuclear, que pode deixar traços de radioatividade no material.
Segundo ele, a dose absorvida pelos produtos é o parâmetro fundamental a ser controlado. No caso de livros, por exemplo, geralmente, é utilizada dose muito baixa, mas suficiente para eliminar qualquer tipo de insetos como traças, cupins e outros microrganismos que causam danos. Para outras obras, os pesquisadores estudam as condições do objeto a ser irradiado (propriedades, dimensões, estado etc.) para definir a dose e o tempo de permanência na câmara de Cobalto-60. "Para cada benefício desejado, decide-se a dose mínima e a dose máxima aplicável ao produto, e a viabilidade de aplicação no irradiador. Toda obra ou produto que chega ao IPEN para ser desinfestado é devidamente embalado e não tem contato com material radiativo”, explica Vasquez.
O pesquisador ressalta a importância de transferir tecnologia e divulgar o procedimento para a sociedade, principalmente porque as instituições governamentais – acervos públicos – podem usufruir da colaboração com o IPEN de forma gratuita. "A excelência do trabalho realizado pelo IPEN e seu impacto na preservação do patrimônio cultural brasileiro e nas outras áreas de atuação é motivo de orgulho de todos. Sua manutenção deve ser apoiada por toda a sociedade, que se beneficia direta ou indiretamente das ações aí realizadas”, afirmou Lígia Farias.
Sobre o irradiador
O Irradiador Multipropósito de Cobalto-60 com tecnologia 100% nacional, desenvolvido e implantado pela equipe técnica do CETER, está em operação há quase 20 anos. Foi idealizado para o desenvolvimento de novas aplicações utilizando a radiação ionizante gerada por fontes de Cobalto 60,dentre elas a redução da carga microbiana ou no combate a pragas em alimentos, a esterilização de produtos médicos-descartáveis e farmacêuticos, como os geradores de tecnécio-99m processados no Centro de Radiofarmácia do IPEN, e a indução de cor em pedras e gemas preciosas.
Fonte e fotos: IPEN
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- 12/06/2023 - Medicina Nuclear: país deve criar complexo econômico-industrial; quer reduzir a desigualdade na oferta do tratamento contra o câncerFonte: Blog da jornalista Tânia Malheiros
O Brasil deve criar um complexo econômico-industrial em saúde 4.0, para alavancar e integrar muitas áreas da medicina nuclear, como a radiofarmácia pública, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O assunto está sendo discutido entre o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Francisco Rondinelli Júnior, o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN Wilson Parejo Calvo, representantes de unidades técnico-científicas da CNEN e da Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear e o coordenador-geral de Serviços, Informação e Conectividade do Ministério da Saúde, Rodrigo Leite, em reunião recente. Reduzir as desigualdades na oferta do tratamento contra doenças como o câncer é uma das metas.
"O conceito advindo da indústria 4.0 trata de conectividade, automação e sistemas inteligentes”, afirmou Rodrigo Leite. Ele lembrou que 80% da população brasileira tem no SUS o único recurso para cuidar da saúde, destacando ainda "a importância do projeto de governo de uma neoindustrialização, com visão de futuro”.
Para Rondinelli, há oportunidade de cooperação em diversas áreas, como insumos, regulação, controle, tecnologia, a partir das atividades de produção dos radiofármacos, elementos radioativos essenciais no diagnóstico e tratamento de diversas doenças, nas áreas de oncologia, neurologia, cardiologia, entre outras.
No governo passado, o desabastecimento de radiofármacos(medicamentos que utilizam radiação)levou à crise diversas clínicas do SUS responsáveis pelo tratamento e diagnostico de pacientes com câncer e outras doenças.
Tratamento
O diretor de P&D da CNEN apresentou os diversos produtos desenvolvidos pelas unidades de pesquisa e frisou o quanto os institutos e centros da CNEN podem contribuir com a saúde pública. Citou estudos clínicos em curso e produtos essenciais para diagnóstico e terapia. Ao mesmo tempo, o uso de tratamentos como radioterapia, braquiterapia, o trabalho em metrologia das radiações, o licenciamento e controle, a radioproteção de trabalhadores, do público e do meio ambiente foram destacados em sua importância em saúde.
"Um dos grandes objetivos nossos é que os laboratórios façam parte do complexo industrial de saúde pública e já temos experiências bem-sucedidas, como o IPEN (Instituto de Pesquisas Energética e Nucleares), no Estado de São Paulo”, enfatizou Calvo, ex-diretor geral do órgão.
Recursos Humanos
O diretor lembrou que nas quatro unidades produtoras de radiofármacos da CNEN há infraestrutura essencial para propiciar produção e atendimento público e há necessidade de investimentos em recursos humanos, com recomposição de pessoal, e materiais, para que seja ampliada a escala de oferta desses insumos essenciais à saúde. O presidente da CNEN pontuou que já houve aporte do Fundo Nacional da Saúde em equipamentos e que com mais investimentos será possível ampliar a oferta para a população usuária da rede SUS.
Acesso aos radioisótopos
O IPEN foi pioneiro na oferta de vários produtos, os institutos têm expertise e desenvolvem pesquisas de grande importância e alcance. Alguns dos produtos são exclusivos, como é o caso do fluoroestradiol (¹⁸F) - ¹⁸FES, nome comercial Radiofes, radiofármaco desenvolvido pelo Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear para detectar câncer de mama.
População mais carente
Alguns dos temas apontados na reunião como de destaque foram a atuação CNEN em medicina nuclear; participação das discussões que possibilitem que os radiofármacos sejam mais disponíveis e acessíveis à sociedade, especialmente para a população mais carente. Na pauta também, a integração de informações que permitam sistema mais completo de informações para a segurança radiológica de trabalhadores e pacientes; modernização para ampliar o potencial de participação das diversas regiões brasileiras no uso dos radiofármacos.
Para isso, o presidente da CNEN frisou a importância do Reator Multipropósito Brasileiro, projeto de arraste que trará autonomia no uso dos radiofármacos, estabilidade no fornecimento, já que o país se tornará autossuficiente com potencial inclusive para exportação de radioisótopos.
Desigualdade de oferta
Na reunião, eles concordaram que a aproximação entre todos os agentes da cadeia produtiva e os Ministérios da Ciência e Tecnologia e da Saúde trarão ganhos para quem mais importa: o cidadão, que demanda por cuidados de saúde de qualidade. Nesse sentido, está sendo organizado um workshop pelo IPEN, que contará com a participação de todas as unidades técnico-científicas - sobre a radiofarmácia pública, sua importância e como as tecnologias podem ser cada vez mais acessíveis. O gerente do Centro de Radiofarmácia do IPEN, Emerson Bernardes, lembrou que a desigualdade na oferta e distribuição dos radiofármacos nas diferentes regiões do país e como isso precisa e pode ser aperfeiçoado para o acesso cada vez mais universal.
Leite parabenizou a nova gestão da CNEN por reativar o assunto. Afirmou que o momento é muito desafiador, mas que a reconstrução e a revalorização das instituições implicam na ampliação e fortalecimento do complexo industrial da saúde, e que há potencial também deste setor na geração de emprego. Rondinelli destacou a importância de todas as unidades CNEN na formação de recursos humanos para a saúde e como o RMB, projeto estruturante, trará fornecimento regular dos radiofármacos para o mercado nacional. A instalação a ser construída em Iperó, no interior de São Paulo, em área de dois milhões de metros quadrados, envolve também um acelerador de alta energia, um Laboratório de Fusão e vai alavancar o país em diversas áreas de pesquisa, desenvolvimento e inovação, elevando-o a um outro patamar.
Leia no Blog diversas reportagens sobre a crise do desabastecimento de radioisótopos na rede pública, corte de verbas, durante o governo de Jair Bolsonaro. Lei também toda a história do projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).
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- 09/06/2023 - Nuclear-Powered Cargo Ships Are Trying to Stage a ComebackFaced with the difficult task of decarbonizing, some shipping companies are taking another look at a polarizing solution—nuclear fission.
Faced with the difficult task of decarbonizing, some shipping companies are taking another look at a polarizing solution—nuclear fission.
Fonte: Wired
Chris Baraniuk
President Eisenhower had a simple dream. While the US military was busy expanding its young arsenal of nuclear weapons and launching, in 1954, the world’s first nuclear submarine, Eisenhower dreamed up a ship that would symbolize peace. Propelled by the superlative power of the atom, this vessel would travel the world under the stars and stripes, carrying nothing but a few US officials and goodwill.
But his aides weren’t buying it. Why couldn’t this floating ego trip at least try to make a buck or two? In the end, Eisenhower agreed to authorize a nuclear-powered merchant ship that would carry both cargo and passengers. As well as goodwill, naturally.
The nuclear ship Savannah, capable of hauling 14,000 tons of cargo, entered service in 1962. Its reactor was encased behind 4 feet of concrete, as well as thick layers of steel and lead. In the glitzy passenger lounge stood an 8-foot-long table topped with white marble—and an early CCTV system so passengers could keep an eye on the reactor while sipping martinis.
A zero-emissions cargo ship is a dream that might seem even more potent today, in an age when decarbonization is crucial to addressing the climate crisis. Shipping currently accounts for 3 percent of all greenhouse gas emissions and is viewed as a particularly difficult industry to decarbonize. Nuclear energy, at the point of use, produces zero emissions.
But heed this cautionary tale of nuclear hubris. The NSSavannahwas a failure. During its first year at sea, the ship dumped 115,000 gallons of radioactive waste into the ocean. It had inadequate cranes and poorly designed cargo hatches. Egregiously expensive to run, the vessel carried passengers for a mere three years, and cargo alone for another five, before retiring.
Other countries also tried—and struggled—to make nuclear merchant ships work during the 20th century. West Germany’s demonstration nuclear cargo ship, theOtto Hahn, was refused entry to some ports and the Suez Cana lon safety grounds. TheMutsu, a Japanese vessel, suffered a minor failure in its reactor’s radiation shielding in 1974, causing outcry. Indignant fishers blocked the ship’s return to port for several weeks.
As of 2023, there is only one active nuclear-powered merchant ship in the world, the Russian-built container-carrying NS Sevmorput. It is tiny compared to most fossil-fuel-powered container ships andhas been plagued by breakdowns.
These four boondoggles handily illustrate why giant merchant ships still generally run on oil. And yet, for well over half a century, nuclear-powered submarines and aircraft carriers, as well as icebreakers, have been sailing the oceans with relatively little fuss. Hundreds of nuclear reactors have operated at sea and, given the urgency of reducing emissions now, one could argue that it is time to finally embrace nuclear cargo ships.
In February, a gaggle of organizations based in South Korea, including those behind multiple shipping lines, signed a memorandum of understanding with this in mind. The group aims to develop nuclear-powered merchant ships equipped with small modular reactors. But they won’t say much else about the project.
"We believe it is too early to mention details on the tangible results of this partnership,” Hojoon Lee, a spokesperson for HMM, one of the shipping lines involved, tells WIRED. "We still have a long way to go to achieve the commercial viability of nuclear energy sources.”
There is another project afoot, in Norway, called NuProShip (Nuclear Propulsion of Merchant Ships). The team behind it has come up with a short list of six possible reactor designs that could work in a demonstrator vessel, says project manager Jan Emblemsvåg of the Norwegian University of Science and Technology. "The progress is quite OK,” he adds, via email. He and colleagues plan to convert a liquefied natural gas tanker called theCadiz Knutsento run on nuclear power.
Both the South Korean and Norwegian efforts are considering molten salt reactors. Instead of solid fuel rods, the nuclear fuel in these devices is dissolved into, for example, molten fluoride salts. Such reactors first operated in the 1960s and are nothing new, but technical issues, including corrosion occurring inside the reactors, have hampered their widespread rollout. Despite concerns from some over the viability of this technology, multiple countries are pursuing it. Proponents say that, in principle, such reactors could have serious safety and efficiency advantages over other types, such as pressurized water reactors, which are used in the majority of nuclear power stations worldwide. Meltdowns—where reactions in the solid nuclear fuel get out of control, causing it to overheat, melt, and risk breaching the containment of the reactor—are made effectively impossible in a molten salt design because the fuel is already in a molten state and can be drained to prevent a runaway reaction.
Nuclear fuel is incredibly energy dense, stresses Luciano Ondir Freire of the Nuclear and Energy Research Institute in Brazil. Despite the significant upfront cost of building a new reactor, for the largest container ships, he estimates that switching from dirty fossil fuels to nuclear would be cost-effective in the long run.
Nuclear reactors can operate for many decades—take the one at Nine Mile Point in New York, which has been running since 1969. That sounds good, but for ship owners it could actually be a problem. A large container ship might only have a service life of around 20 years, which means you wouldn’t get much use out of the expensive new reactor specially made for it. Plus, you would be left with the headache of removing the nuclear power plant components and making the vessel safe so that it could be scrapped—the NSSavannah, now essentially a museum piece, has yet to be fully decontaminated, more than half a century after it ended commercial operations.
Ondir Freire and Delvonei Alves de Andrade, who also works at Brazil’s Nuclear and Energy Research Institute, have published multiple papers on the history and possible future of nuclear-powered merchant shipping—and they have a solution in mind: small reactors that can be detached from one ship and installed in another, or in some other kind of facility.
But figuring out what to do with a ship’s reactor is far from the only hurdle. People need to be convinced of the safety of nuclear energy and technology, says Alves de Andrade. Despite excellent safety records at many nuclear sites around the world, public perceptions remain understandably dominated by the Chernobyl and Fukushima disasters, as well as by concerns around what to do with radioactive waste.
And while there are lots of nuclear reactors operating at sea right now, they tend to be on vessels with some of the highest security in the world. Commercial ships are occasionally subject to piracy and accidents, including large fires and explosions—the thought of adding nuclear fuel to such scenarios is unlikely to be met with enthusiasm.
The task of switching to a world in which nuclear-powered vessels are commonly welcomed at commercial ports is "not trivial,” says Stephen Turnock, professor of maritime fluid dynamics at the University of Southampton. "You have to have protocols in place to say what would happen in the event of an emergency associated with a nuclear-powered vessel,” he explains.
Simon Bullock, a shipping researcher at the University of Manchester, says that there is not enough of a regulatory framework to define how nuclear ships would operate globally in the commercial sector, including detail on who would bear responsibility for any mishaps. Would it be the ship owner, the ship operator, the manufacturer of the nuclear reactor, or the country where the ship is registered, known as the flag state? There are six "decade-long problems” of this kind regarding nuclear vessels that the International Maritime Organization (IMO) and other agencies would have to sort out if nuclear-powered commercial ships were ever to become widespread, he says.
Liz Shaw, an IMO spokesperson, says that "there is a long history of IMO cooperating and coordinating with other entities where necessary.” There are guidelines for how member states may submit proposals to update existing regulations, she adds.
The crews on nuclear ships would also require special training and expertise, which raises the cost of running such vessels. Is it worth dealing with all these challenges, given the need to decarbonize right now? Probably not, says Bullock. "The critical thing here is the next 10 years,” he says, referring to the urgency of tackling emissions and climate change right now. "Nuclear can do nothing about that.”
Even the Norwegian NuProShip project won’t convert its first demonstrator ship until at least 2035. Meanwhile, there are other low- or zero-emissions fuels already being deployed in vessels—from methanol to ammonia, electric batteries, and hydrogen. None of these is perfect, and all will jostle for supremacy in the coming years. Nuclear, with its many complications, is "possibly a dangerous distraction” from the main horse race, says Bullock.
For what it’s worth, Turnock’s money is on hydrogen. Last month, sportswear brand Nike launched a hydrogen-powered barge in Europe, and there are various other hydrogen-powered vessels of a similar size already sailing.
Looking further ahead, however, perhaps ship owners will eventually adopt nuclear technology in earnest. Here’s a fun fact. The originalSavannah, a steamship, was also a technological pioneer. Built in 1818 in the US, it was the first steam-propelled vessel to cross the Atlantic. But its huge engines meant it could carry hardly any cargo and so was deemed unprofitable. Yet within decades, steam ruled the waves.
So while the NSSavannahmay appear a tantalizingly short-lived experiment, swathed in the long-faded atomic idealism of the 1950s, perhaps nuclear-powered merchant ships will somehow come to dominate after all. As President Eisenhower found out, dreams are one thing. Then there’s the future.
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- 07/06/2023 - Pós-doutorado em materiais óxidos para energia no IPENBolsista participará de projeto que busca desenvolver uma rota sustentável para a conversão de metano com uso de tecnologias eletroquímicas avançadas
Bolsista participará de projeto que busca desenvolver uma rota sustentável para a conversão de metano com uso de tecnologias eletroquímicas avançadas
Fonte: Agência FAPESP
Uma Bolsa FAPESP de Pós-Doutorado está disponível pelo projeto "Rota sustentável para a conversão de metano com tecnologias eletroquímicas avançadas”, desenvolvido no Centro de Células a Combustível e Hidrogênio do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). O prazo de inscrição se encerra na sexta-feira (09/06).
Coordenado pelo pesquisador Fabio Coral Fonseca, o projeto está vinculado ao Centro de Inovação em Novas Energias (CINE), um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) apoiado por FAPESP e Shell.
O projeto se concentra nas áreas de eletroquímica de estado sólido e catálise, sendo necessária experiência em cerâmica, nanopartículas, deposição e caracterização de filmes finos, técnicas de síncrotron, cromatografia gasosa e materiais de alta temperatura.
O bolsista terá a oportunidade de fazer contribuições significativas para o avanço da pesquisa em eletroquímica de estado sólido e catálise.
Os candidatos devem enviar currículo e carta de interesse para o e-mail cecco@ipen.br.
Mais informações sobre a vaga em: www.fapesp.br/oportunidades/6057/.
A oportunidade de pós-doutorado está aberta a brasileiros e estrangeiros. O selecionado receberá Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP no valor de R$ 9.047,40 mensais e Reserva Técnica equivalente a 10% do valor anual da bolsa para atender a despesas imprevistas e diretamente relacionadas à atividade de pesquisa.
Caso o bolsista de PD resida em domicílio fora da cidade na qual se localiza a instituição-sede da pesquisa e precise se mudar, poderá ter direito a um auxílio-instalação. Mais informações sobre a Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP estão disponíveis em: www.fapesp.br/bolsas/pd.
Outras vagas de bolsas, em diversas áreas do conhecimento, estão no site FAPESP-Oportunidades, em: www.fapesp.br/oportunidades.
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- 02/06/2023 - Radiofarmácia pública é tema de reunião entre representantes da CNEN e do Ministério da SaúdeFonte: CNEN
O presidente da CNEN Francisco Rondinelli Júnior, o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN Wilson Parejo Calvo, representantes de unidades técnico-científicas da CNEN e da Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear se reuniram com o coordenador-geral de Serviços, Informação e Conectividade do Ministério da Saúde, Rodrigo Souza Leite, para discutir sobre a importância da radiofarmácia pública no SUS. Para Rondinelli, há oportunidade de cooperação em diversas áreas, como insumos, regulação, controle, tecnologia, a partir das atividades de produção dos radiofármacos, elementos radioativos essenciais no diagnóstico e tratamento de diversas doenças, nas áreas de oncologia, neurologia, cardiologia, entre outras.
O coordenador-geral afirmou que vê uma possibilidade de parceria de trabalho muito profícua com a autarquia e destacou a importância de um complexo econômico-industrial em saúde 4.0, que se pretende alavancar e que integra muitas áreas. O conceito advindo da indústria 4.0 trata de conectividade, automação e sistemas inteligentes. Afirmou ainda que 80% da população brasileira tem no SUS o único recurso para cuidar da saúde, destacando ainda "a importância do projeto de governo de uma neoindustrialização, com visão de futuro”.
O diretor de P&D da CNEN apresentou os diversos produtos desenvolvidos pelas unidades de pesquisa e frisou o quanto os institutos e centros da CNEN podem contribuir com a saúde pública. Citou estudos clínicos em curso e produtos essenciais para diagnóstico e terapia. Ao mesmo tempo, o uso de tratamentos como radioterapia, braquiterapia, o trabalho em metrologia das radiações, o licenciamento e controle, a radioproteção de trabalhadores, do público e do meio ambiente foram destacados em sua importância em saúde. "Um dos grandes objetivos nossos é que os laboratórios façam parte do complexo industrial de saúde pública e já temos experiências bem-sucedidas, como o Ipen, no Estado de São Paulo”, enfatizou Calvo.
O diretor lembrou que nas quatro unidades produtoras de radiofármacos CNEN há infraestrutura essencial para propiciar produção e atendimento público e há necessidade de investimentos em recursos humanos, com recomposição de pessoal, e materiais, para que seja ampliada a escala de oferta desses insumos essenciais à saúde. O presidente da CNEN pontuou que já houve aporte do Fundo Nacional da Saúde em equipamentos e que com mais investimentos será possível ampliar a oferta para a população usuária da rede SUS.
Acesso aos radiofármacos
O Ipen foi pioneiro na oferta de vários produtos, os institutos têm expertise e desenvolvem pesquisas de grande importância e alcance. Alguns dos produtos são exclusivos, como é o caso do fluoroestradiol (¹⁸F) - ¹⁸FES, nome comercial Radiofes, radiofármaco desenvolvido pelo Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear para detectar câncer de mama.
Alguns dos temas apontados na reunião como de destaque foram a atuação CNEN em medicina nuclear; participação das discussões que possibilitem que os radiofármacos sejam mais disponíveis e acessíveis à sociedade, especialmente para a população mais carente; integração de informações que permitam sistema mais completo de informações para a segurança radiológica de trabalhadores e pacientes; modernização para ampliar o potencial de participação das diversas regiões brasileiras no uso dos radiofármacos. Para isso, o presidente da CNEN frisou a importância do Reator Multipropósito Brasileiro, projeto de arraste que trará autonomia no uso dos radiofármacos, estabilidade no fornecimento, já que o país se tornará autossuficiente com potencial inclusive para exportação de radioisótopos.
Todos os participantes entenderam que aproximação entre todos os agentes da cadeia produtiva e os Ministérios da Ciência e Tecnologia e da Saúde trarão ganhos para quem mais importa: o cidadão, que demanda por cuidados de saúde de qualidade. Nesse sentido, está sendo organizado um workshop pelo Ipen - e que contará com a participação de todas as unidades técnico-científicas - sobre a radiofarmácia pública, sua importância e como as tecnologias podem ser cada vez mais acessíveis. Foi frisada, ainda, pelo gerente do Centro de Radiofarmácia do Ipen, Emerson Bernardes, a desigualdade na oferta e distribuição dos radiofármacos nas diferentes regiões do país e como isso precisa e pode ser aperfeiçoado para o acesso cada vez mais universal.
Souza Leite parabenizou pelo trabalho CNEN, afirmou que o momento é muito desafiador, mas que a reconstrução e a revalorização das instituições implicam na ampliação e fortalecimento do complexo industrial da saúde, e que há potencial também deste setor na geração de emprego. Rondinelli destacou a importância de todas as unidades CNEN na formação de recursos humanos para a saúde e como o RMB, projeto estruturante, trará fornecimento regular dos radiofármacos para o mercado nacional. A instalação a ser construída em Iperó, no interior de São Paulo, em área de dois milhões de metros quadrados, envolve também um acelerador de alta energia, um Laboratório de Fusão e vai alavancar o país em diversas áreas de pesquisa, desenvolvimento e inovação, elevando-o a um outro patamar.
Lilian Bueno - IRD/CNEN