Clipping de Notícias
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- 08/09/2023 - Licenciamento de dez candidatos da Marinha do Brasil a operador IPEN/IEA-R1Fonte: CNEN
Com o objetivo de aumentar o quantitativo de operadores no reator IPEN/IEA-R1, o IPEN solicitou à CNEN que a banca de licenciamento de operadores (BLOP) fosse formada para avaliar dez candidatos oriundos da Marinha do Brasil, dentre oficiais e praças. A prova prática oral foi aplicada entres os dias 30 de agosto e 01 de setembro, nas dependências do Reator IPEN/IEA-R1.
Temas relacionados à condução de operação do reator, plano de emergência, proteção radiológica e gerência de rejeitos, dentre outros, foram abordados. Cinco diferentes cenários de acidentes e situações operacionais foram apresentados, no intuito de aferir o conhecimento dos candidatos e sua aderência aos procedimentos e especificações técnicas.
A equipe do BLOP, liderada pelo Dr. Marco Antonio Bayout, foi composta por especialistas de diferentes áreas do conhecimento tais como engenheiros eletricistas e engenheiros mecânicos, com mestrado e/ou doutorado em Engenharia Nuclear e vasta experiência na área.
Com o reforço desses novos dez operadores licenciados espera-se que a produção de radioisótopos, principalmente de Lutécio (Lu) e Iodo (I) seja aumentada, incluindo a substituição de importação desses elementos com o licenciamento de novas turmas de operadores nos próximo anos.
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- 05/09/2023 - LAPOC da CNEN recebe prêmio internacionalFonte: LAPOC
Em agosto de 2023, o Laboratório de Poços de Caldas (LAPOC) conquistou a Medalha de Prata no Intranet & Digital Workplace Awards na categoria de Soluções Empresariais, Móveis e de Linha de Frente.O evento está em sua 17ª edição e reconhece e premia casos de empresas, sejam elas públicas ou privadas, de todo o mundo. Esta é a primeira vez que uma organização brasileira é agraciada com essa premiação.
O caso intitulado "Como os recursos digitais pré-existentes ou gratuitos contribuem para o Programa de Gestão do Conhecimento LAPOC/CNEN" apresentou como a unidade tem transformado seu ambiente, tornando-o mais propício ao conhecimento, utilizando recursos digitais já existentes ou disponíveis gratuitamente.
Assista o vídeo aqui
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- 02/09/2023 - Descobertas Brasileiras na Medicina Nuclear: Congresso Revela Inovações em RadiofármacosDestaque para trabalhos da AMAZUL e IPEN que prometem revolucionar o tratamento e diagnóstico de doenças.
Destaque para trabalhos da AMAZUL e IPEN que prometem revolucionar o tratamento e diagnóstico de doenças.
Fonte: Defesa em foco
A cidade de Porto de Galinhas, localizada no estado de Pernambuco, torna-se entre 21 e 23 de setembro o palco da inovação na área da saúde. Isso porque a cidade recebe o 37º Congresso Brasileiro de Medicina Nuclear, um evento que reúne grandes mentes da medicina, ciência e pesquisa para discutir os avanços mais recentes no setor. E o Brasil, representado pela AMAZUL e IPEN, tem lugar de destaque, com trabalhos pioneiros sobre radiofármacos que prometem revolucionar a maneira como encaramos o tratamento e diagnóstico de diversas doenças.
Radiofármaco Nacional para Câncer de Próstata
Um dos destaques do evento é o trabalho desenvolvido no Centro de Radiofarmácia do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) sobre um novo radiofármaco voltado para o tratamento docâncer de próstata. A pesquisa, sob coordenação da Dra. Elaine Bortoleti de Araújo, aborda um estudo sobre o peptídeo PSMA I&T associado ao radioisótopolutécio-177. O que torna esse estudo tão significativo é que, apesar de existirem radiofármacos com funções similares no mercado internacional, este é o primeiro do tipo desenvolvido em solo nacional com potencial para estudo clínico.
A meta da pesquisa é entender por quanto tempo o lutécio-177 se mantém eficazmente ligado a um peptídeo, garantindo suas propriedades terapêuticas desde sua produção até sua aplicação clínica. O químico Joel Mendes dos Santos, ligado à AMAZUL e atuante no IPEN desde 2018, tem este estudo como base de sua dissertação de mestrado, o que reforça a importância da pesquisa no cenário acadêmico e clínico.
Inovação em Diagnóstico por Imagem
O segundo trabalho a ser apresentado é igualmente impactante. Ele propõe uma forma inovadora de identificar a presença de estanho, elemento crucial no processo de produção dotecnécio-99m, um radiofármaco essencial para diagnósticos por imagem. A proposta é mudar o padrão atual, baseado no método europeu de colorometria, para um método mais preciso chamado espectrometria por emissão óptica com plasma indutivamente acoplado (ICP-OES). A Dra. Margareth M. N. Matsuda, que lidera essa pesquisa, destaca a precisão e a adequação desse novo método para garantir o controle de qualidade na produção do tecnécio-99m.
Brasil na Vanguarda da Medicina Nuclear
Os dois trabalhos, a serem apresentados por representantes da AMAZUL e IPEN, são mais do que estudos isolados: representam o comprometimento e a capacidade do Brasil de estar na vanguarda da medicina nuclear. Esse congresso é uma oportunidade não apenas de apresentar avanços, mas também de mostrar ao mundo que a ciência brasileira tem potencial para liderar descobertas e inovações.
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- 01/09/2023 - A radiação ionizante utilizada na preservação de bens culturaisFonte: [Informe) IEB
A edição nº 21 de setembro de 2023 do [Informe) IEB, publicação do Instituto de Estudos Brasileiros da USP, destaca a escolha da radiação ionizante como parte do processo de preservação de seu acervo e a importância da parceria com o IPEN-CNEN para garantir a segurança e integridade do patrimônio cultural brasileiro.O artigo de autoria de Mônica Aparecida Guilherme da Silva Bento, supervisora técnica do Laboratório de Conservação e Restauro do IEB, salienta ainda o uso do Irradiador Multipropósito de Cobalto-60, equipamento do Centro de Tecnologia das Radiações do IPEN, como um método eficiente e seguro para a preservação de bens culturais.
Link para a matéria completa aqui
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- 01/09/2023 - Sessão solene marca 67 anos do Instituto de Pesquisas Energéticas e NuclearesO Ipen foi fundado em 1956 como Instituto de Energia Atômica, por meio de um convênio entre o Conselho Nacional de Pesquisas, atual Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e a USP
O Ipen foi fundado em 1956 como Instituto de Energia Atômica, por meio de um convênio entre o Conselho Nacional de Pesquisas, atual Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e a USP
Fonte: Jornal da USP
Por Adriana Cruz
Uma sessão solene marcou a comemoração dos 67 anos do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). A cerimônia, realizada no auditório do instituto, reuniu autoridades de instituições federais e estaduais, além de docentes, pesquisadores e servidores, e teve início com uma apresentação da superintendente do instituto, Isolda Costa.
O Ipen foi fundado em 1956 como Instituto de Energia Atômica, por meio de um convênio entre o Conselho Nacional de Pesquisas, atual Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e a USP. Atualmente, é uma autarquia estadual gerida técnica e administrativamente pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) do governo federal.
O Ipen está localizado dentro da Cidade Universitária, em São Paulo, e tem atuação em vários setores da atividade nuclear, entre elas, nas aplicações das radiações e radioisótopos, em reatores nucleares, em materiais e no ciclo do combustível, em radioproteção e dosimetria. É uma entidade associada à USP para fins de ensino, sendo responsável, junto com a Universidade, pela condução de programas de pós-graduação em nível de mestrado e doutorado.
"Sou neurocirurgião e opero pacientes com epilepsia de difícil controle. Para localizar a área cerebral responsável pelo início das crises, o paciente fica monitorizado, fazendo eletroencefalograma contínuo e uma enfermeira fica ao lado dele para, a qualquer sinal de crise, elétrica ou clínica, injetar um radiofármaco [o Ipen é o maior produtor de radiofármacos para a medicina nuclear do País]. É feito um exame, identificado o local onde o radiofármaco está e é ali que se localiza o início da crise. Isso ajuda muito na cirurgia. Essa foi minha primeira relação com o Ipen: utilizando os radiofármacos para fazer diagnóstico para a prática clínica”, contou o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior.
"Na Universidade, eu reencontrei o Ipen na pós-graduação, quando era pró-reitor. E, depois como reitor, pude entender melhor essa parceria com a USP, que tem sido constante. Além da localização física do Ipen, durante todos esses anos, mantivemos a parceria no ensino e na pesquisa. Uma parceria viva e histórica”, considerou Carlotti.
O reitor também citou o vínculo da USP e do Ipen a partir da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de São Paulo, que sedia empresas que desenvolvem pesquisas para produtos e serviços com alto grau tecnológico, principalmente nas áreas de Biotecnologia, Biomedicina, Química, Materiais, Meio Ambiente, Técnicas Nucleares, Tecnologia da Informação e Softwares Especiais.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, que também participou da cerimônia, defendeu o papel vital do Ipen para o Complexo Industrial de Saúde, sua importância para o desenvolvimento do país e o domínio nacional de uma base produtiva em saúde.
"Temos a compreensão do papel estratégico do Ipen para o fortalecimento do Complexo Industrial da Saúde e a redução das desigualdades no acesso da população aos tratamentos e diagnósticos oferecidos pela medicina nuclear em nosso País”, afirmou a ministra. "Não temos dúvida do quanto o SUS é indutor de desenvolvimento e do quanto é decisivo para a qualidade de vida da população. É robusto, eficiente, e reduz a mortalidade no País”, completou.
No evento, foi anunciado o ganhador do Prêmio Shigueo Watanabe de Melhor Tese do Programa em Tecnologia Nuclear Ipen/USP a Fernando Gonçalves Morais, com a tese Estudo das propriedades de absorção de Brown Carbone Black Carbon utilizando sensoriamento remoto e medidas in situ na Amazônia, sob a orientação do pesquisador do Centro de Lasers e Aplicações do Ipen, Eduardo Landulfo.
Também foi revelada a vencedora do Prêmio Ipen de Inovação Tecnológica, a pesquisadora Monica Mathor, e outorgado o título de Pesquisadora Emérita a Letícia Lucente Campos Rodrigues.
Assista ao vídeo O IPEN e a Radiofarmácia
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- 01/09/2023 - Ministra Luciana Santos defende domínio nacional de uma base produtiva em saúdeRepresentantes do IPEN /CNEN pontuaram desafios a serem enfrentados, como a necessidade de investimentos em recursos humanos e modernização da infraestrutura
Representantes do IPEN /CNEN pontuaram desafios a serem enfrentados, como a necessidade de investimentos em recursos humanos e modernização da infraestrutura
Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou, nesta quinta-feira (31), em São Paulo (SP), de encontro com representantes do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN /CNEN), órgão vinculado ao MCTI que acaba de completar 67 anos. Durante a reunião, ouviu demandas sobre a necessidade de aumentar recursos humanos e financeiros para o instituto, defendeu o papel vital do IPEN para o Complexo Industrial de Saúde, sua importância para o desenvolvimento do país e o domínio nacional de uma base produtiva em saúde.
"Temos a compreensão do papel estratégico do IPEN para o fortalecimento do Complexo Industrial da Saúde e a redução das desigualdades no acesso da população aos tratamentos e diagnósticos oferecidos pela medicina nuclear em nosso País”, afirmou a ministra. "Não temos dúvida do quanto o SUS é indutor de desenvolvimento e do quanto é decisivo para a qualidade de vida da população. É robusto, eficiente, e reduz mortalidade no país”, completou.
A ministra lembrou ainda algumas ações adotadas recentemente, como a recriação, pelo presidente Lula, do Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde, do qual o MCTI faz parte, com a perspectiva de fortalecer o complexo produtivo e de inovação. Outra medida destacada pela ministra foi a inclusão do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e do laboratório de máxima contenção biológica NB4 no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. As iniciativas que buscam diminuir a dependência externa e garantir a autonomia brasileira no setor de medicina nuclear.
Demandas
Ao longo do encontro, representantes do IPEN pontuaram desafios a serem enfrentados, como a necessidade de investimentos em quadros pessoais. "Há mais de 10 anos não temos concursos públicos. Há uma grande demanda de recursos humanos para produção de radiofármacos”, avaliou Isolda Costa, diretora do IPEN. "Hoje temos 522 funcionários no total, mas 60% são aposentáveis imediatamente, e isso pode inviabilizar a questão de manter a produção e atender a demanda do país por radiofármacos”, acrescentou.
Outro ponto destacado foi a necessidade de investimentos para modernização da infraestrutura, que sofreu com a falta de investimentos nos últimos anos e com a chegada de alguns equipamentos ao fim da vida. "Sem instalações modernas, a Anvisa não vai autorizar a entrada dos radiofármacos, mesmo com produção do RMB”, alertou Wilson Calvo, Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
Além disso, Lorena Pozzo, chefe do Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde do IPEN, lembrou que 70% dos procedimentos de medicina nuclear são realizados no SUS, mas que a medicina nuclear convencional esbarra em dificuldades de expansão e enfrenta grandes iniquidades de acesso regional, sobretudo nas regiões Norte e Centro-Oeste.
Visita ao novo laboratório
Ao longo do dia, a ministra ainda visitou o Laboratório de Investigação e Produção de Lotes Piloto de Radiofármacos, no Centro de Radiofarmácia do Instituto.
Este subprojeto possibilitou ao IPEN desenvolver instalações destinadas à pesquisa e desenvolvimento de radiofármacos, de modo a criar um ambiente classificado, adequado para instalação de uma unidade blindada e certificada de produção de radiofármacos e módulo de síntese automatizado multipropósito, que possibilitará estudar o escalonamento dos métodos de radiomarcação utilizando diferentes radionuclídeos, da bancada de laboratório para o piloto de produção, e produzir lotes experimentais de novos radiofármacos, avaliados do ponto de vista de estabilidade e prazo de validade, destinados aos estudos clínicos de eficácia e segurança.
Radiofármacos são fármacos marcados com isótopos radioativos, utilizados para terapia e diagnóstico de diversas doenças. O IPEN/CNEN é o maior produtor de radiofármacos para a medicina nuclear do País.
Confira as fotos aqui
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- 31/08/2023 - Multifacetas da Energia NuclearPaís avança para ter o Reator Multipropósito Brasileiro, que vai atender a produção de radioisótopos, em especial para a medicina. Tecnologia nuclear é aplicada em cultivo de alimentos, piscicultura, irradiação de frutas, efluentes, sangue e até pneu de automóveis.
País avança para ter o Reator Multipropósito Brasileiro, que vai atender a produção de radioisótopos, em especial para a medicina. Tecnologia nuclear é aplicada em cultivo de alimentos, piscicultura, irradiação de frutas, efluentes, sangue e até pneu de automóveis.
Fonte: Revista Engenharia - edição 656
Editada desde 1942, a Revista Engenharia, edição nº 656, de agosto de 2023, é dedicada às múltiplas atividades nacionais na área da energia nuclear.
A publicação, órgão oficial do Instituto de Engenharia, abre com uma extensa entrevista com o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Francisco Rondinelli Jr., que reforça a necessidade do desenvolvimento do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).
Brasil se destaca na vanguarda da tecnologia nuclear na América Latina
A revista também destaca a vanguarda da tecnologia nuclear na América Latina reportando à instalação e operação do Reator Nuclear de Pesquisa IEA-R1, em operação desde 1957 e o pioneirismo na produção experimental, em 1959, de radiofármacos para medicina nuclear. Outras atividades de pesquisa e serviço prestados pelo IPEN mencionadas na edição estão a utilização de radiação ionizante para atenuação de de vírus da Covid-19 para as pesquisas com vacina no Instituto Butantan, as aplicações de análise por ativação com nêutrons para análise de cerâmicas pré-colonial na Amazônia e o uso de tecnologia nuclear para a preservação de patrimônio artístico e cultural.
Destaca-se também a importância da formação de recursos humanos pelo curso de Pós-Graduação no IPEN, em parceria com a USP.
A hora e a vez do setor nuclear
O projeto para a construção do RMB ganha novo impulso. A coordenadora técnica do projeto, Patrícia Pagetti de Oliveira comenta questões sobre segurança nuclear.
Capacitação e qualificação: porque a sociedade precisa de engenheiros nucleares
A formação acadêmica e a capacitação profissional com cursos de graduação em Engenharia Nuclear e Pós-Graduação são destacados. A gerente do Centro de Ensino do IPEN, Martha Marques Ferreira Vieira comenta sobre o Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear em parceria com a USP e a outorga, desde 1976, de mais de 3.200 títulos entre Mestres e Doutores.
A edição da Revista Engenharia proporciona um painel das atividades nucleares e entrevista gestores de outras instituições como a AMAZUL, Eletronuclear, Diretoria Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha e Nuclep, entre outras.
Para acesso à íntegra da Revista Engenharia, acesse o link:
Revista Engenharia, agosto 2023 – edição 656
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- 23/08/2023 - Associação Brasileira de Cerâmica premia projeto que busca mitigar a emissão de CO2 no setor industrialTrabalho premiado foi conduzido no Ipen e contou com apoio do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais da UFSCar
Trabalho premiado foi conduzido no Ipen e contou com apoio do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais da UFSCar
Fonte: Agência Fapesp
A Associação Brasileira de Cerâmica (ABC) concedeu o prêmio de melhor trabalho apresentado no 67º Congresso Brasileiro de Cerâmica ao "Projeto e validação de arranjo experimental para avaliação de permeação gasosa em membranas cerâmicas”.O trabalho foi desenvolvido por Sabrina G. M. Carvalho, pós-doutoranda no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), Eliana Navarro dos Santos Muccillo, pesquisadora do Ipen, e Reginaldo Muccillo, orientador do projeto no Ipen e integrante do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).O grupo projetou e construiu um sistema para medir a permeação de gases e a caracterização elétrica em membranas cerâmicas a diferentes temperaturas. O sistema tem sido utilizado para medir a eficiência de membranas para permeação de dióxido de carbono (CO2)."Essas membranas podem ser utilizadas na indústria para diminuir a quantidade de dióxido de carbono lançada na atmosfera [captura de CO2], diminuindo os impactos ambientais e contribuindo para a redução do efeito estufa”, explica Carvalho.* Com informações do CDMF, um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão da FAPESP.
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- 22/08/2023 - Japão iniciará despejo de água radioativa de Fukushima no oceano; entendaÁguas usadas para resfriar usina devem ser liberadas no oceano Pacífico na quinta-feira (24), após tratamento
Águas usadas para resfriar usina devem ser liberadas no oceano Pacífico na quinta-feira (24), após tratamento
Fonte: CNN
Após meses de controvérsia e expectativa, o Japão deverá começar a liberar águas residuais radioativas tratadas da usina nuclear de Fukushima no final desta semana, apesar das fortes objeções de alguns países.
O plano está em andamento há anos. As autoridades alertaram em 2019 que o espaço para armazenar o material estava se esgotando e que "não tinham outra opção” a não ser liberá-lo.
Embora alguns governos tenham manifestado apoio ao Japão, outros opuseram-se fortemente à libertação de águas residuais. Muitos consumidores na Ásia estocaram sal e frutos-do-mar com receio de uma contaminação futura.
Quando e como a água será lançada?
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse nesta terça-feira (22) que o governo decidiu formalmente começar a liberar a água já na quinta-feira (24), "se não encontrar obstáculos”.
Ao longo dos anos, as águas residuais foram continuamente tratadas para filtrar todos os elementos nocivos removíveis e depois armazenadas em tanques. Grande parte da água é tratada uma segunda vez, segundo a distribuidora de energia estatal Tokyo Electric Power Company (TEPCO).
Quando as águas residuais forem finalmente liberadas, serão fortemente diluídas com água limpa e terão concentrações muito baixas de material radioativo. Ele viajará por um túnel submarino a cerca de 1 quilômetro da costa, no Oceano Pacífico.
Terceiros irão monitorizar o processo durante e após a liberação - incluindo o órgão de vigilância nuclear das Nações Unidas, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA). A AIEA tem funcionários locados em um escritório recém-inaugurado em Fukushima e vai monitorar a situação nos próximos anos, afirmou.
Por que o Japão está fazendo isso?
O terremoto e tsunami devastadores de 2011 danificaram o fornecimento de energia e os sistemas de arrefecimento da central nuclear de Fukushima, causando o sobreaquecimento dos núcleos do reator e a contaminação da água na central com material altamente radioativo.
Desde então, novas águas foram bombeadas para resfriar os restos de combustível nos reatores. Ao mesmo tempo, águas subterrâneas e pluviais vazaram, criando mais águas residuais radioativas que agora precisam ser armazenadas e tratadas.
A TEPCO construiu enormes tanques para conter as águas residuais, mas o espaço está diminuindo rapidamente. A empresa diz que construir mais tanques não é uma opção e precisa liberar espaço para desativar a usina com segurança.
O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, disse à CNN em julho que o Japão havia considerado cinco opções para se livrar da água, incluindo a liberação de vapor, que poderia ter feito as águas residuais ferverem e serem lançadas na atmosfera.
Mas a maioria dessas opções é "considerada industrialmente imatura”, disse ele. Por exemplo, a liberação de vapor pode ser mais difícil de controlar devido a fatores ambientais como o vento e a chuva, que poderiam trazer os resíduos de volta à Terra, disse ele. Isso levou a uma liberação controlada de água para o mar, procedimento frequentemente feito em centrais nucleares em todo o mundo, incluindo as dos Estados Unidos.
Quais são os riscos?
Embora as águas residuais radioativas contenham alguns elementos perigosos, a maioria deles pode ser removida por vários processos de tratamento, segundo a TEPCO.
A verdadeira questão é que não há tecnologia disponível para remover um isótopo de hidrogênio chamado trítio radioativo. Autoridades e especialistas estão divididos sobre o risco que isso representa.
A TEPCO, o governo do Japão e a AIEA argumentam que o trítio aparece naturalmente no ambiente, incluindo na chuva e na água da torneira, o que torna as águas residuais seguras, especialmente porque serão liberadas lentamente ao longo de décadas.
Mas alguns cientistas temem que as águas residuais, mesmo diluídas, possam prejudicar a vida marinha e os poluentes possam se acumular no já frágil ecossistema.
Um especialista que ajudou as nações das ilhas do Pacífico a revisar e avaliar o plano de liberação de águas residuais disse à CNN que era "imprudente” e prematuro.
Outros argumentam que simplesmente não temos estudos ou dados suficientes sobre os efeitos biológicos de longo prazo da exposição ao trítio.
O que outros governos disseram?
O plano encontrou uma reação mista, com apoio de alguns cantos e ceticismo de outros.
Os EUA apoiaram o Japão e Taiwan concordou que a quantidade de trítio liberada deve ter um impacto "mínimo”.
Mas a China e as ilhas do Pacífico se opuseram veementemente, argumentando que a liberação poderia ter um amplo impacto regional e internacional e potencialmente ameaçar a saúde humana e o ambiente marinho. Alguns governos até proibiram a importação de alimentos de partes do Japão, incluindo Fukushima.
Embora os líderes sul-coreanos tenham apoiado amplamente o plano, os políticos da oposição expressaram seu alarme e os manifestantes pediram que ele fosse interrompido.
A ansiedade do público também aumentou, com os amantes de frutos-do-mar na China continental, Hong Kong e em outros lugares prometendo parar de comer produtos japoneses assim que as águas residuais forem liberadas. Alguns compradores estocaram sal marinho e itens como algas marinhas ou anchovas, por medo de que esses produtos possam ser afetados.
A reação preocupou as comunidades pesqueiras no Japão e na Coreia do Sul, que dizem que isso pode significar o fim de seus meios de subsistência - especialmente aqueles em Fukushima, onde a indústria pesqueira agora vale apenas uma fração do que era antes do desastre de 2011.
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- 18/08/2023 - IPEN comemora 67 anos de fundação lançando o livro sobre a economia do hidrogênioFonte: Tania Malheiros - JornalistaO Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN-CNEN), em São Paulo, inicia as comemorações pelos seus 67 anos de fundação nesta sexta-feira (18/8), com o workshop "O IPEN e a Economia do Hidrogênio”, título de livro que será lançado, de autoria do engenheiro químico Marcelo Linardi, pela editora SENAI, de São Paulo. Com 288 páginas é um importante trabalho sobre o tema, que no momento está sendo debatido no Brasil e no mundo. As mudanças climáticas apontam para a relevância do estudo da utilização do hidrogênio, considerado o pilar da descarbonização e, desde fevereiro de 2021, foram anunciados em todo o mundo 131 projetos de grande escala, em um total de 359, com investimentos estimados em cerca de US$ 500 bilhões até 2050.Segundo Marcelo Linardi, mais de 30 países possuem estratégias para o hidrogênio e a capacidade de sua produção pode ultrapassar 10 milhões de toneladas/ano, em 2030. Até 2050, a demanda por hidrogênio verde (de origem renovável) deverá chegar de 300 milhões de toneladas, segundo as previsões mais pessimistas, e a 800 milhões de toneladas, no cenário mais otimista, promovendo o desenvolvimento socioeconômico, tecnológico, a sustentabilidade e a proteção do meio ambiente.Internamente, entre as maiores riquezas do Brasil estão as inúmeras fontes de produção de hidrogênio, em sua maioria renovável, de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Temos sol, vento, água, biomassa, energia geotérmica, energia dos oceanos, biocombustíveis, e ainda vários tios de resíduos”, comenta Linardi.Para a diretora de Relações Institucionais da Associação da Associação Brasileira de Hidrogênio, Monica Saraiva Panik, o hidrogênio já está entre as mais importantes fontes de energia no futuro. "Vislumbramos o sonho do hidrogênio tornando-se realidade, quando tantos pesquisadores e especialistas do IPEN e de outros institutos de ensino e pesquisa têm trabalhado, incansavelmente, durante os últimos 30 anos, nesse tema, no Brasil. De fato, considerando a imensa porta de oportunidades que se abriu em 2021, o que importa que tenha demorado tanto tempo? As experiências bem sucedidas serviram de legado e as experiências frustradas, de aprendizado. E agora, é preciso aproveitar esse momento do nascer do sol do hidrogênio, pelo qual todos nós espetávamos e que é tão maravilhoso que parece que ainda estamos sonhando. Mas não estamos”, escreveu a diretora da Associação, ao prefaciar o livro.Hoje, segundo os pesquisadores, já está garantido que o hidrogênio passou a ser finalmente considerado veto energético importante e a sua demanda mundial está vinculada às metas de descarbonização. "Não se trata de mais uma onda ou moda, e sim de um processo sem volta”, afirmaram os pesquisadores”. Em fevereiro de 2021, segundo eles, o governo do Estado do Ceará lançou o primeiro hub de hidrogênio verde, atraindo outros estados.Para a presidente da ABH2, a obra de Marcelo Linardi, além de promover um resgate histórico, tem o mérito de demonstrar o legado cientifico, tecnológico e de formação de recursos humanos especializados que o IPEN deixou em áreas da economia do hidrogênio para o Brasil. Ela espera que o trabalho "estimule instituições de pesquisa e desenvolvimento do País a continuar contribuindo para a realizado do sonho, em parceria com órgãos do governo responsáveis”.No Brasil, segundo ela, o hidrogênio pode combinar a rota da eletrificação com a de biocombustíveis e o sonho brasileiro de ter um veículo a hidrogênio movido a etanol pode virar, finalmente, realidade, conforma descrito no livro, que contou com a coautoria de uma equipe formada por 27 pesquisadores. Entre os temas estão a infraestrutura e ensino, as células a combustível, o programa brasileiro, os resultados institucionais das pesquisas nos últimos 20 anos, publicações de estaque e patentes, os grandes projetos entre outros.MARCELO LINARDI – PERFILPesquisador emérito do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Marcelo Linardi, é graduado em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas (1983), com mestrado em Ciências Nucleares pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (1987), doutorado em Engenharia Química - Universitat Karlsruhe (1992) e Pós-Doc pela Universidade de Darmstadt, Alemanha em 1998. Na área da Química, tem experiência em Eletroquímica, atuando principalmente nos seguintes temas: célula a combustível, eletroquímica, eletrocatálise, hidrogênio e etanol. Orientou 10 teses de doutorado, 10 dissertações de mestrado, 15 trabalhos de iniciação científica, 7 estágios e 5 pós-doc, na CPG USP/IPEN. Atuou no Programa Brasileiro de Células a Combustível e Hidrogênio do Ministério de Ciência e Tecnologia. Escreveu o primeiro livro em língua portuguesa sobre ciência e tecnologia de células a combustível. Possui atualmente mais de 100 publicações internacionais arbitradas, incluindo uma publicação na Advanced Materials, revista mais prestigiada na área de materiais do mundo. Participou de mais de 100 eventos científicos nacionais e internacionais e ministrou vária palestras e conferências como convidado. Ocupou o cargo de Diretor de P&D e Ensino do IPEN de 2013 a 2019, onde atuou em Inovação, Ensino, Projeto Institucionais e Gestão de Tecnologias. Coordena projetos institucionais na FAPESP, chamada da Secretaria do Estado de SP, na área de radiofarmácia e nanotecnologia; e na FINEP, de equipamentos multiusuários. É responsável por várias ações de Internacionalização do instituto, como o livro sobre o passado, presente e futuro da inovação tecnológica no IPEN; e o livro sobre o IPEN, entre outros. -
- 17/08/2023 - Ampolas com urânio enriquecido continuam desaparecidas. CNEN quer explicações da INB, mas não pode multar a empresaFonte: Tania Malheiros - Jornalista
Continua o mistério sobre o desaparecimento de duas ampolas com 8 gramas cada de urânio enriquecido armazenadas em uma sala sem condições de segurança, na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), no município de Resende (RJ), conforme o BLOG divulgou ontem (16/8) com exclusividade. A sala de origem onde estavam inicialmente um total de 17 ampolas, é totalmente inapropriada: não possui câmeras, nem sistema de segurança para monitorar o ambiente, facilitando a ação criminosa. O desaparecimento foi constatado por um empregado da empresa no momento da transferência para outro local.Nesta quinta-feira (17/8), a direção da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), se reuniu com técnicos da INB, exigiu uma série de explicações, mas a Comissão não pode multar a empresa, pois não tem esta atribuição legal. A atribuição caberá à Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), criada em 2021, que não saiu do papel. A INB tenta amenizar o problema do desaparecimento das ampolas, mas especialistas do setor criticaram a empresa que visa expandir o enriquecimento de urânio e a abertura de minas "numa desorganização constante como esta do sumiço de material tão importante”, comentaram.
A INB divulgou nota sobre o caso, com informações já divulgadas ontem pelo BLOG.
Eis a nota:
"Em referência ao noticiário recente veiculado na imprensa, a Indústrias Nucleares do Brasil – INB esclarece que, após uma transferência interna entre áreas de armazenamento na Fábrica de Combustível Nuclear – FCN, em Resende/RJ, realizada em julho, foi detectada pela inspetoria residente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) a ausência de dois tubos contendo amostras testemunho de hexafluoreto de urânio (UF6). A empresa destaca que os tubos possuem massa de aproximadamente 8 gramas de UF6 cada um e que, em relação aos riscos radiológicos, a liberação parcial ou total do conteúdo dos dois tubos não acarreta danos à saúde de um indivíduo do público em geral ou de um indivíduo ocupacionalmente exposto. Seguindo os protocolos de salvaguarda, a CNEN foi formalmente comunicada e acompanha as ações em andamento no âmbito da empresa. A INB vem concentrando todos os seus esforços para a localização das amostras, com atuação das equipes de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares, Proteção Física, Proteção Radiológica e Operação e Manutenção da Planta Química. A INB informou o evento ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI-PR) e à Polícia Federal. A empresa instaurou processo administrativo e busca identificar melhorias para que eventos como este não voltem a ocorrer.
Sobre as amostras -Cada cilindro de urânio utilizado na produção dos elementos combustíveis para as recargas das usinas de Angra tem armazenada uma amostra, denominada amostra testemunho. Esta amostra passa a integrar o inventário físico de material nuclear, verificado durante inspeções das agências internacionais (Agência Internacional de Energia Atômica - AIEA e Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares - ABACC).
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- 17/08/2023 - Nota de Esclarecimento - INBFonte: INB - Indústrias Nucleares do Brasil
Em referência ao noticiário recente veiculado na imprensa, a Indústrias Nucleares do Brasil – INB esclarece que, após uma transferência interna entre áreas de armazenamento na Fábrica de Combustível Nuclear – FCN, em Resende/RJ, realizada em julho, foi detectada pela inspetoria residente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) a ausência de dois tubos contendo amostras testemunho de hexafluoreto de urânio (UF6). A empresa destaca que os tubos possuem massa de aproximadamente 8 gramas de UF6 cada um e que, em relação aos riscos radiológicos, a liberação parcial ou total do conteúdo dos dois tubos não acarreta danos à saúde de um indivíduo do público em geral ou de um indivíduo ocupacionalmente exposto.
Seguindo os protocolos de salvaguarda, a CNEN foi formalmente comunicada e acompanha as ações em andamento no âmbito da empresa. A INB vem concentrando todos os seus esforços para a localização das amostras, com atuação das equipes de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares, Proteção Física, Proteção Radiológica e Operação e Manutenção da Planta Química.
A INB informou o evento ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI-PR) e à Polícia Federal. A empresa instaurou processo administrativo e busca identificar melhorias para que eventos como este não voltem a ocorrer.
*Sobre as amostras
Cada cilindro de urânio utilizado na produção dos elementos combustíveis para as recargas das usinas de Angra tem armazenada uma amostra, denominada amostra testemunho. Esta amostra passa a integrar o inventário físico de material nuclear, verificado durante inspeções das agências internacionais (Agência Internacional de Energia Atômica - AIEA e Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares - ABACC). -
- 16/08/2023 - Ampolas com urânio enriquecido somem da INB em Resende (RJ). Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e PF foram comunicadosFonte: Tania Malheiros - Jornalista
Duas ampolas "testemunhas de um cilindro" cada uma com oito gramas de urânio enriquecido (material altamente radioativo), desapareceram das instalações da estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Resende, município de Rio de Janeiro. O urânio procedente da Urenco (consórcio de empresas da Alemanha, Inglaterra e Holanda) seria utilizado na produção de elementos combustíveis para a usina Angra 2. O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e a Policia Federal foram comunicados.Os cilindros com as ampolas estavam sendo armazenados numa sala comum, segundo fontes. A constatação do sumiço ocorreu quando houve a transferência para outra local, durante a contabilidade no dia 17 de julho. Segundo fontes, a descoberta foi feita pela INB e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN0, que teriam aberto sindicância para apurar o caso, considerado grave. Há pouco, a INB divulgou nota interna confirmando o desaparecimento do material radioativo, que seria parte da produção do combustível para a usina nuclear Angra 2.
Eis a nota: "A Indústrias Nucleares do Brasil – INB informa que, após uma transferência interna entre áreas de armazenamento na Fábrica de Combustível Nuclear – FCN, em Resende/RJ, realizada em julho, foi detectada a ausência de dois tubos contendo amostras* testemunho de UF6 (hexafluoreto de urânio) enriquecido. Os recipientes contêm pequena quantidade do material utilizado na produção de combustível para Angra II. Com 8 cm de comprimento, cada tubo possui massa de aproximadamente 8 gramas de UF6 enriquecido. A empresa ressalta que, em relação aos riscos radiológicos, a liberação do conteúdo, caso ocorra, não acarreta danos à saúde de um indivíduo”.
A INB afirma na mesma nota que a Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN foi comunicada e acompanha as ações tomadas. "A empresa vem concentrando todos os seus esforços para a localização das amostras, com atuação das equipes de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares, Proteção Física, Proteção Radiológica e Operação e Manutenção da Planta Química. As buscas foram iniciadas assim que foi detectada a ausência dos tubos, sendo realizadas no interior das áreas supervisionadas e controladas, escritórios e, principalmente, no trajeto percorrido para transferência dos recipientes, além de outras áreas da Unidade”. Como os dois tubos não foram localizados no interior da FCN, a INB informou o "evento ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI-PR) e à Polícia Federal”.
A empresa abriu um processo administrativo e procura identificar melhorias para que eventos como este não voltem a ocorrer. Sobre as amostras: Cada cilindro de urânio enriquecido utilizado na produção dos elementos combustíveis para as recargas das usinas de Angra tem armazenada uma amostra, denominada amostra testemunho. Esta amostra passa a integrar o inventário físico de material nuclear, verificado durante inspeções das agências internacionais (Agência Internacional de Energia Atômica - AIEA e Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares - ABACC).
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- 16/08/2023 - AMAZUL completa 10 anos hoje, revelando avanços no desenvolvimento do submarino nuclear e planos de expansãoFonte: PetroNotícias
O Petronotícias abre o noticiário desta quarta-feira com uma entrevista especial. Hoje (16), a empresa estatal Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (Amazul) está completando 10 anos de existência. A companhia foi criada para absorver, promover, desenvolver, transferir e manter atividades sensíveis do Programa Nuclear da Marinha, do Programa de Desenvolvimento de Submarinos e do Programa Nuclear Brasileiro. Criada em 2013, a estatal já foi presidida por Ney Zanella (entre 2013 e 2019) e Antônio Guerreiro (entre 2019 e 2022). Para tratar das conquistas alcançadas até aqui e dos próximos desafios, conversaremos hoje com o atual diretor-presidente da Amazul, vice-almirante Newton Costa Neto (foto). Em relação ao submarino nuclear brasileiro, o entrevistado avalia que o projeto está chegando a um grande nível de maturidade – e, por isso, novos funcionários da companhia serão convocados para atuarem nesse desenvolvimento. A propósito, Costa prevê que cerca de 200 pessoas que participaram do último concurso da Amazul poderão ser convocadas até 2024. Paralelamente, a empresa também avança na construção do LABGENE – que será o protótipo em terra e em escala real do submarino com propulsão nuclear. "No início de agosto, a Amazul assinou contratos com empresas francesas. Tratam-se de acordos muito importantes na evolução da maturidade do projeto do LABGENE”, revelou. O diretor-presidente falou ainda sobre a participação da empresa no projeto de extensão da vida útil de Angra 1 e revelou o interesse da companhia em desenvolver uma tecnologia nacional de Pequenos Reatores Modulares (SMR). Por fim, Costa falou das expectativas de participação no projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e comentou sobre o aspecto social da Amazul – que trabalha no desenvolvimento de um dispositivo inovador para pacientes com insuficiência cardíaca.
Para começar, como o senhor e os demais funcionários avaliam esses dez primeiros anos de existência da Amazul? Qual o balanço até aqui?
Ver a empresa ser criada e evoluir ao longo destes dez anos é um orgulho imenso, e me sinto muito satisfeito por estar, neste momento tão especial, na presidência da Amazul. A nossa empresa é muito interessante, pois apesar de possuir 10 anos de existência, alguns dos funcionários já estão trabalhando há mais de 30 anos em diversos projetos do Programa Nuclear da Marinha, pois trabalhavam anteriormente na EMGEPRON. Esses funcionários simbolizam, de forma significativa, as conquistas alcançadas até aqui. A empresa conta com um corpo técnico altamente capacitado e experiente.
A Amazul é uma empresa que participa de quase todos os projetos na área nuclear brasileira, englobando os três programas desse setor: o Programa Nuclear Brasileiro, o Programa Nuclear da Marinha e o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB). Nós somos capacitadores dessa mão de obra e do conhecimento que trabalha nas atividades-fim desses três programas.
O nosso maior patrimônio são as pessoas e o nosso conhecimento. Nossos funcionários fazem a diferença. São poucos os países no mundo que possuem uma empresa com quadro tão qualificado como o da Amazul. São pessoas que dedicam parte de suas vidas aos nossos projetos e que fazem a diferença para o país.
A Amazul possui quantos funcionários? Existem planos para expandir esse número?
Atualmente, a Amazul possui cerca de 1.800 funcionários. Com base na disponibilidade orçamentária, planejamos atingir a marca de 2 mil pessoas até o próximo ano. Esse aumento no número de colaboradores é essencial, pois todos os projetos da Amazul atingiram um nível de maturidade que demanda um considerável contingente de profissionais altamente qualificados. O último concurso da Amazul abrangeu 58 profissões, com fila de espera e cadastro de reserva. Temos até 2026 para seguir contratando pessoas dentro do âmbito desse concurso.
Aproveitando que o senhor já mencionou anteriormente o Programa Nuclear da Marinha, gostaria de detalhar mais esse tema. Poderia atualizar os nossos leitores sobre o desenvolvimento do LABGENE, em Iperó (SP)?
No início de 2022, foi atribuída à Amazul uma maior participação no Programa Nuclear da Marinha e no PROSUB. Com o amadurecimento dos projetos, cresceu a curva de carga de necessidade de pessoal para as atividades-fim. A Amazul conta com profissionais altamente qualificados, o que a Marinha começou a considerar, solicitando à nossa empresa que também participasse das contratações de serviços e materiais relacionados ao LABGENE.
Atualmente, estamos focados no chamado Bloco 40 – que será o "coração” do LABGENE. Este projeto é altamente tecnológico e exige componentes especiais, uma vez que o LABGENE será a referência para o futuro reator do submarino de propulsão nuclear.
Devido a isso, o sistema de garantia da qualidade nuclear aplicado ao projeto e às empresas envolvidas no Bloco 40 é robusto e rigoroso. A Amazul desempenha um papel inédito no país, atuando como empresa de gestão de projetos na área nuclear. Até o momento, os resultados obtidos pela empresa têm sido extremamente positivos.
Quais são as novidades mais recentes relacionadas ao desenvolvimento do LABGENE?
No início de agosto, a Amazul assinou contratos com empresas francesas. Tratam-se de acordos muito importantes na evolução da maturidade do projeto do LABGENE.
Para facilitar o licenciamento do projeto dentro da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), serão necessárias diversas comprovações e demonstrações. Por isso, precisaremos de empresas que tenham experiência e conhecimento comprovado nisso. No Brasil, ainda não existem empresas que possam atuar dessa forma. Mas, no futuro, a Amazul será capacitada para fazer algo semelhante. No entanto, hoje, precisaremos do apoio dessas empresas para uma série de atividades integradas ao Bloco 40.
Poderia também fazer uma atualização sobre a participação da Amazul no desenvolvimento do submarino de propulsão nuclear?
O projeto está chegando a um grande nível de maturidade, caminhando em sintonia com o LABGENE. A Marinha está definindo o que a Amazul irá assumir dentro do programa do submarino de propulsão nuclear. Uma grande parcela do pessoal que trabalha dentro do projeto do submarino é formada por empregados da Amazul que trabalham no Centro de Projetos de Sistemas Navais (CPSN), que está sendo transferido para Itaguaí (RJ).
Por conta do nível de maturidade alcançado no projeto, estamos contratando mais pessoas, que participaram do último concurso da empresa, para complementar o quadro de funcionários que irá atuar em Itaguaí. A Marinha possui um novo prédio específico para esses profissionais que acompanharão a finalização do projeto e a construção e a fiscalização do submarino.
A Amazul também vários de seus empregados na Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN). Então, de maneira geral, a companhia está muito integrada ao projeto e, provavelmente, será cada vez mais inserida dentro dos contratos que a Marinha possui com a França e com a Odebrecht.
Agora, gostaria de detalhar alguns dos vários projetos da Amazul dentro do Programa Nuclear Brasileiro. Vamos começar pela participação da empresa nos trabalhos para extensão da vida útil de Angra 1. Quais são os movimentos mais recentes dentro dessa iniciativa?
Esse projeto é muito importante tanto para a Eletronuclear quanto para a Amazul. Cerca de 20 funcionários da nossa empresa participam da equipe que está preparando Angra 1 para entrar dentro dos requisitos necessários para a extensão da vida útil da usina por mais 20 anos. O nosso pessoal também está participando de uma série de atividades dentro da usina – incluindo a troca de combustível, que é uma tarefa bastante sensível. Isso trará experiência para a Amazul, que poderá no futuro atuar na troca de combustível do LABGENE, do submarino de propulsão nuclear e do RMB.
Por fim, esperamos que, até o final do ano, possamos assinar um novo contrato com a Eletronuclear para prestação de apoio ao programa de gestão do envelhecimento da usina nuclear de Angra 2.
De que forma a empresa está preparando-se para participar de projetos dos pequenos reatores modulares, que são apontados como a tecnologia do futuro da indústria nuclear mundial?
O Brasil precisa preparar-se para esse futuro. Existem mais de 80 projetos de SMR no mundo, com tecnologias e finalidades diferentes. Por isso, o Brasil precisa definir qual será a tecnologia que será utilizada no país. O SMR pode ser aplicado em diferentes situações – dessalinização, produção de hidrogênio, geração de energia em locais remotos, propulsão naval, entre outras. O país também precisa decidir qual será a aplicação dessa tecnologia em nosso território.
O que eu posso dizer é que já existem pessoas dentro da Amazul focadas no estudo sobre SMR, para que o Brasil tenha uma tecnologia autóctone. A Amazul está capacitando-se internamente para que, a depender da escolha brasileira, estejamos prontos para participar de projetos de SMR. Estaremos dentro de qualquer projeto do tipo no país. Mas, ao meu ver, é uma prioridade que o Brasil preserve o seu conhecimento.
O nosso país tem o domínio do ciclo de combustível nuclear e desenvolve um reator como o LABGNE. Então, devemos aproveitar essa experiência. Temos muitas empresas nacionais que podem ser beneficiadas dentro de um projeto nacional de SMR. Em breve, a Amazul, a Marinha e a Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN) realizarão um workshop sobre a capacidade brasileira para o desenvolvimento do SMR nacional.
A Amazul também já desenvolve há alguns anos uma parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). Quais são os frutos mais recentes dessa ligação entre as empresas?
A Amazul e o IPEN são parceiros há mais de três anos na operação do Centro de Radiofarmácia, em São Paulo, onde ocorre a maior parte da produção brasileira de radiofármacos. Atualmente, cerca de 20 funcionários da Amazul estão quase que constantemente trabalhando com o IPEN. Em paralelo, estamos prospectando uma nova parceria com o instituto para a modernização do Centro de Radiofarmácia. As conversas sobre esse projeto estão bem avançadas e devemos assinar, entre setembro e outubro, os contratos de serviços para esse trabalho de modernização.
Adicionalmente, temos um segundo projeto com o IPEN para o desenvolvimento de Centros de Irradiação de Alimentos no Brasil. No momento, estamos prospectando possíveis usuários nos setores de agronegócio, aeroportos e portos para montar esses centros de irradiação, que darão maior tempo de vida útil aos alimentos produzidos no Brasil.
Já que o senhor mencionou a questão dos radiofármacos, gostaria de falar também sobre o Reator Multipropósito Brasileiro. A Amazul também atua nesse empreendimento. Como estão as perspectivas para que, enfim, as obras desse importante projeto sejam iniciadas?
O RMB é um projeto de extrema importância para a Amazul e é de caráter estratégico para o Brasil. A nação está cada vez mais ciente da relevância desse empreendimento. Naturalmente, a Amazul nutre grandes expectativas em relação à sua participação nesse projeto. O RMB é um empreendimento liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), com enfoque na pesquisa e produção de radioisótopos, os quais têm aplicações na medicina, agricultura, indústria e testes de materiais. A empresa argentina Invap foi contratada para desenvolver o projeto detalhado do reator, ao passo que à Amazul cabe a responsabilidade de complementar e fiscalizar esse projeto.
No momento, estamos subsidiando o MCTI desde o final do ano passado com informações sobre o RMB que foram produzidas pelos nossos funcionários. Estamos na expectativa pelos próximos passos da CNEN e do MCTI daqui em diante. Inclusive, o secretário executivo do MCTI, Luis Fernandes, é membro do Conselho de Administração da Amazul. Apresentamos a ele uma grande quantidade de dados e os encaminhamentos necessários para, de fato, viabilizar a construção do reator.
Por fim, ainda dentro da temática da saúde, poderia falar aos nossos leitores em que fase está o desenvolvimento do Dispositivo de Assistência Ventricular?
Um dos nossos projetos em prospecção é uma parceria com o Instituto do Coração (InCor) para o desenvolvimento de um dispositivo de assistência ventricular (DAV), destinado a auxiliar o bombeamento sanguíneo em pacientes com insuficiência cardíaca. A Amazul está atualmente trabalhando no desenvolvimento de protótipos de motores que serão empregados no dispositivo.
O motor das ultra centrífugas desenvolvidas pela Marinha é singular. Trata-se de um equipamento de baixo consumo energético, que não aquece e demonstra alta confiabilidade. Essas características são essenciais para o desenvolvimento do DAV, uma vez que as células sanguíneas não podem ser sujeitas a variações consideráveis de temperatura ou pressão. Os profissionais da Amazul, com habilidades no desenvolvimento das ultra centrífugas, já criaram cinco protótipos desse motor para o DAV. O propósito é criar esse dispositivo de modo a disponibilizá-lo no âmbito do SUS, para atender à parcela da população que aguarda um transplante.
Atualmente, estamos fazendo diversos testes e trabalhando com os cientistas para chegar ao desenvolvimento de um modelo que possa ser testado e, no futuro, ser aprovado para implantação em seres humanos.
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br)
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- 15/08/2023 - Eletronuclear faz simulado do plano de emergência das usinas de Angra dos ReisObjetivo é avaliar a eficácia da estrutura de resposta a acidentes nucleares, validar planos e identificar possíveis melhorias. Exercício Geral Integrado vai até quinta-feira.
Objetivo é avaliar a eficácia da estrutura de resposta a acidentes nucleares, validar planos e identificar possíveis melhorias. Exercício Geral Integrado vai até quinta-feira.
Fonte: G1
A Eletronuclear começa nesta terça-feira (15) o exercício do plano de emergência das usinas nucleares de Angra dos Reis (RJ).O objetivo do Exercício Geral Integrado de Resposta à Emergência e Segurança Física Nuclear é avaliar a eficácia da estrutura de resposta a acidentes nucleares, validar planos e identificar possíveis melhorias.
O exercício vai até esta quinta-feira (18). Nesta terça-feira, às 14h, o Colégio Naval vai receber uma exposição de materiais, equipamentos, viaturas e embarcações que serão utilizados durante o simulado. A mostra é aberta ao público e tem entrada gratuita.
Na quarta e quinta-feira, serão realizadas as atividades práticas de simulação, como ativação do sistema de alerta e alarme por sirenes, remoção aeromédica de radioacidentados, distribuição de kits de iodeto de potássio, abrigagem de ilhéus, evacuação de parte dos moradores das Zonas de Planejamento de Emergência 3 e 5, coleta de amostras de solo, ar, água e vegetação e evacuação marítima na Praia Vermelha.
De acordo com a Eletronuclear, todas as atividades buscam dar uma resposta às diversas classificações de emergência e níveis de segurança física nuclear.
Centenas de profissionais das esferas municipal, estadual e federal de diversas entidades civis e militares participarão do simulado, entre elas a Comissão Nacional de Energia Nuclear, Defesa Civil, Marinha, Exército, Aeronáutica, polícias Militar e Rodoviária Federal e Ministério da Saúde.
Rodovia Rio-Santos
As atividades vão impactar no tráfego da principal rodovia que passa pela cidade, a BR-101 (Rio-Santos). Na quarta e quinta-feira, a Polícia Rodoviária Federal vai fazer uma abordagem programada com apoio de colaboradores da CCR RioSP nos seguintes quilômetros: 469, 478, 480, 484, 491, 524,5 e no 507. Todos os pontos serão devidamente sinalizados.
Segundo a concessionária, o objetivo é orientar os motoristas que estão em viagem sobre o treinamento e a sua importância.
Hospitais de campanha
Durante o exercício, dois hospitais de campanha montados pela Marinha e pelo Exército vão oferecer diversos serviços de saúde à população de graça.
Uma das unidades vai funcionar no Estádio Municipal Jair Toscano de Brito, na Rua Comandante Castelo Branco, no Balneário. Já a outra será no Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet/RJ) do Parque Mambucaba, localizado na Rua do Areal, n° 522.
Confira os serviços ofertados:
- Estádio Municipal Jair Toscano: dermatologia, pediatria, clínica geral e odontologia
- Cefet: ginecologia, pediatria, clínica geral e odontologia.
Nos três dias de exercício, o atendimento será realizado de 8h às 17h, por ordem de chegada.
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- 14/08/2023 - CNEN atua no Exercício Itaorna 2023 para avaliar capacidade de resposta a emergências da Central NuclearFonte: CNEN
Começou nesta quarta-feira, 16, o Exercício Geral Integrado de Resposta à Emergência e Segurança Física Nuclear na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) - Exercício Itaorna 2023, em Angra dos Reis (RJ). A CNEN participa com servidores de diferentes diretorias (DGI, DRS e DPD). Ao todo, aproximadamente, 60 entidades das esferas federal, estadual e municipal – cerca de 1.200 profissionais – participam da operação, que se estende até as 17h de quinta-feira, 17.
A coordenação do Exercício cabe ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR), órgão central do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron). A organização detalhada das ações foi realizada pelo Comitê de Planejamento de Resposta a Situações de Emergência Nuclear no Município de Angra dos Reis (Copren/AR) e pelo Comitê de Planejamento de Resposta a Evento de Segurança Física (Copresf/AR), que reúnem representantes de diferentes instituições (ver boxe).
O Exercício tem início com a simulação de falhas técnicas que geram risco de acidente nuclear, no caso deste ano, nas bombas do sistema de fluído e controle da turbina de Angra 2. Por conta deste hipotético cenário, uma série de ações são adotadas: acionamento das sirenes; evacuação da central nuclear, com fechamento da BR-101 por cerca de 30 minutos; transporte de radioacidentado para o Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro.
Além dessas, outras ações serão adotadas com a finalidade de garantir a segurança da população, como por exemplo a distribuição de kits de iodeto de potássio no bairro do Frade e na Vila Histórica de Mambucaba. A substância ameniza efeitos da radiação sobre o organismo humano. Haverá ainda embarque da população em ônibus rumo aos abrigos, de acordo com as zonas de planejamento de emergência.
Enquanto são realizadas ações dos órgãos envolvidos na evacuação da população, equipes de campo formadas por especialistas do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD), uma das unidades da CNEN no Rio de Janeiro – RJ, realizam coleta de amostras ambientais na região e varreduras aéreas com veículos. Na simulação, estas equipes ficam de prontidão para medir a radioatividade na região e monitorar pessoas que possam ter recebido doses de radiação. O veículo de rastreamento do IRD percorre a região para realizar a detecção da taxa de dose no meio ambiente.
A CNEN também está presente em todos os centros de decisão montados em caso de acidente nuclear: Centro Nacional para Gerenciamento de Emergência Nuclear (Cenagen), Centro Estadual para Gerenciamento de Emergência Nuclear (Cestgen) e Centro de Coordenação e Controle de Emergência Nuclear (CCCEN). Em outra frente de ação, inspetores residentes, observadores e avaliadores da CNEN acompanham as atividades.
Na sede da CNEN, centros de ação são ativados para atuar na resposta à emergência. A Coordenação de Resposta a Acidente Nuclear (Coran) utiliza o software Argos para simular eventual pluma radioativa e estimar doses, possibilitando a recomendação de ações protetivas à população. A Coordenação de Resposta à Emergência (Core) avalia o cenário do acidente e toma decisões relacionadas à radioproteção e segurança nuclear. Coran e Core já estão de prontidão na Sede da Autarquia, na cidade do Rio de Janeiro.
O IRD utiliza seus profissionais e infraestrutura técnica e operacional para levantar dados e realizar análises dosimétricas e ambientais que auxiliam na tomada de decisões. Servidores do setor de Comunicação Social da sede da CNEN e de suas unidades atuam no Centro de Informações de Emergência Nuclear (CIEN).
"Compromisso do Brasil”
O coordenador técnico da Emergência da CNEN e chefe do Serviço de Proteção Radiológica da Coordenação de Reatores (Codre) da Comissão, Nilo Garcia da Silva, destaca que o exercício é também um compromisso do Brasil com organismos internacionais e demais países membros da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
"O Brasil é signatário da Convenção sobre Pronta Notificação de Acidente Nuclear e da Convenção sobre Assistência no caso de Acidente Nuclear ou Emergência Radiológica da AIEA. Estados-membros devem cooperar entre si e com a AIEA para facilitar a assistência imediata em caso de acidente nuclear ou emergência radiológica. Como parte destes compromissos, autoridades brasileiras publicarão informações sobre o andamento do Exercício Itaorna 2023 no site da AIEA”, afirma.
No Brasil, nunca houve o registro de acidentes relevantes em usinas nucleares. Os exercícios do plano de emergência são uma evidência do cuidado extremo que a área nuclear possui em todas as suas ações. As atividades são resultado, justamente, da preocupação em saber o que fazer, com competência e precisão, na remota hipótese de um acidente real. Desde 1996, são realizados, anualmente, exercícios de resposta à emergência nuclear na CNAAA. Apenas em 2020, em razão da pandemia, não houve este tipo de simulação.
"Espírito colaborativo”
A abertura oficial foi na manhã desta terça-feira, 15, no auditório do Centro de Gerenciamento de Operações da Defesa Civil de Angra. Estiveram presentes autoridades e demais integrantes das várias entidades envolvidas nas atividades, que serão realizadas nos dias 16 e 17 de agosto. Nos breves discursos realizados pelos representantes institucionais, ficou evidenciada a importância do espírito colaborativo e do entrosamento entre diferentes equipes, além da oportunidade de testar e aprimorar as ações de atendimento à emergência nuclear na CNAAA. À tarde, foi realizada exposição de equipamentos das instituições participantes do Exercício, no Colégio Naval de Angra dos Reis, aberta ao público.
A retomada dos exercícios, em 2021, voltou a contar com a participação de peritos e observadores nacionais e estrangeiros, incluindo integrantes da AIEA. Essa troca de experiências já resultou na revisão de legislação do setor e tem permitido um aperfeiçoamento contínuo do plano de emergência, o que se espera também desta atividade de 2023.
O presidente da CNEN, Francisco Rondinelli Jr., explica que "os exercícios fazem parte de um planejamento conjunto realizado pela CNEN, em parceria com o Sipron, com a superveniência do MCTI e do GSI, com mobilização das instituições envolvidas no atendimento a eventuais situações de emergência nuclear”.
De acordo com Rondinelli, o objetivo é testar vários aspectos operacionais do Sipron, "além de possibilitar a revisão e o aperfeiçoamento dos procedimentos técnicos e administrativos envolvidos, juntamente com o treinamento contínuo das diversas equipes técnicas que compõem esse importante arcabouço institucional.”
Copren/AR e Copresf/AR
Participam do Comitê de Planejamento de Resposta a Situações de Emergência Nuclear no Município de Angra dos Reis (Copren/AR) e do Comitê de Planejamento de Resposta a Evento de Segurança Física (Copresf/AR) profissionais da Eletronuclear; da CNEN; das polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar do Estado do Rio de Janeiro; da Secretaria Nacional de Defesa Civil; das defesas civis do Estado do Rio de Janeiro e dos municípios de Angra dos Reis e Paraty; do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ); da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); e do Ministério da Saúde, entre outros órgãos.
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- 14/08/2023 - A partir do dia 14 de agosto, a solicitação para obter Registros (e renovações) para Operador de Radiografia Industrial será pelo Portal de Serviços da CNENFonte: CNEN
A partir do dia 14 de agosto, os Registros e Renovações de Registros para Operador de Radiografia Industrial I e II serão solicitados exclusivamente pelo Portal de Serviços da CNEN e não mais pelo Portal de Elaboração de Requerimentos (Licenciamento, Requerimentos e taxa-TLC).
A solicitação poderá ser feita diretamente pelo cidadão interessado, dispensando a necessidade de a instalação radiativa encaminhar o requerimento. Para obter o registro ou a renovação, o cidadão deverá ter uma conta no gov.br (https://www.gov.br/pt-br/servicos/criar-sua-conta-gov.br).
Os requerimentos enviados até o dia 14 de agosto pelo Portal de Elaboração de Requerimentos (Licenciamento, Requerimentos e taxa-TLC) serão analisados por este canal.
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- 14/08/2023 - CNEN propõe ao MCTI elaborar Programa Nuclear BrasileiroFonte: Tania Malheiros - Jornalista
"Garantir o uso seguro e pacífico da energia nuclear; desenvolver e disponibilizar tecnologias nuclear e correlatas, visando ao bem-estar da população." Esta é a missão da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), autarquia federal vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCT). Mas não se sabe o motivo, a CNEN está propondo ao governo a elaboração de um novo Programa Nuclear Brasileiro, enquanto enfrenta sérios problemas como déficit de pessoal, entre outros.A CNEN foi criada em 1956 e estruturada pela Lei 4.118, de 27 de agosto de 1962, para desenvolver a política nacional de energia nuclear. Órgão superior de planejamento, orientação, supervisão e fiscalização, a CNEN estabelece normas e regulamentos em radioproteção e é responsável por regular, licenciar e fiscalizar a produção e o uso da energia nuclear no Brasil. Desde 2021, passaria por diversas mudanças na área de fiscalização, com a criação da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), que não saiu do papel até hoje. O próprio presidente da Comissão, Francisco Rondinelli, experiente profissional, reconhecido e respeitado no setor, ainda não teve a sua nomeação definitiva publicada no Diário Oficial.
O Blog tentou ouvir a CNEN sobre a proposta feita na quinta-feira passada (10/8) ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para a elaboração de um Programa Nuclear Brasileiro. Mas não houve retorno. O anúncio foi feito durante a visita do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Marcos Antônio Amaro dos Santos, em reunião na sede da Comissão em Botafogo, Zona Sul do Rio.
Até o início da noite de hoje (14/8) a Comissão não divulgou informações sobre novo PNB. Mas relacionou prioridades, como a construção do Reator Multipropósito (RMB), para a produção de radioisótopos, projeto parado há anos por falta de recursos, que foi contemplado com R$ 1 bilhão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) anunciado pelo Presidente Lula na semana passada.
Segundo Rondinelli, prioridade também a construção do Laboratório de Fusão Nuclear, do Centro Tecnológico Ambiental para abrigar rejeitos radioativos (Centena) e projetos para Reatores Modulares (pequenas instalações), por exemplo. O Laboratório de Fusão Nuclear, Centena, projetado para funcionar no sítio do RMB, é um centro tecnológico ambiental destinado ao armazenamento de rejeitos radioativos, também destinada a produzir e disseminar conhecimento científico, com pesquisas avançadas.
Sobre os reatores modulares (SMR), Rondinelli informou que hoje totalizam 86 projetos pelo mundo."Os SMR têm uma série de vantagens: representam uma solução econômica, com menor custo de implantação. Sua utilização no Brasil poderia beneficiar regiões remotas”, comentou.
O ministro Marcos Santos destacou que o GSI, órgão de coordenação do Programa Nuclear Brasileiro, pretende auxiliar as deliberações que promovam maior desenvolvimento do Programa em todas as suas esferas de atuação. Acrescentou que "o RMB realmente é um objetivo a ser alcançado. Tenho procurado promover a implementação desse reator multipropósito. Assim como o Centena, é outro objetivo que vamos contribuir para sua implementação”.
Outro assunto que ganhou destaque na reunião foram os desafios em segurança cibernética e como o governo federal está atento a essa discussão. Pela CNEN, o titular da DGI/CNEN, Pedro Maffia, disse que a instituição tem participado de discussões e fóruns importantes nessa área, como o Encontro Guardião Cibernético (já em sua quinta edição em outubro de 2023), buscando um grande avanço em segurança da informação.
Também tratando da segurança cibernética, Alessandro Facure, diretor da DRS/CNEN, exemplificou como os prejuízos nessa área podem não ser apenas financeiros, mas, também, para a saúde da população. "Na área médica exigimos certos registros para credenciar as instalações; ataques à segurança desses dados podem significar um imenso impacto”. Também participaram do encontro o assessor do Ministério, Agnaldo Vasconcelos, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento, Wilson Calvo; diretor de Gestão Institucional, Pedro Maffia; coordenador-geral de Planejamento e Avaliação, Roberto Xavier, e procurador-geral, Rômulo Lima.
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- 11/08/2023 - Comando do exercício simulado do plano de emergência da central nuclear de Angra aceita voluntários; greve de trabalhadores continuaFonte: Tania Malheiro - Jornalista
Embora as imagens possam lembrar acidentes com radiação, são apenas simulações que fazem parte de exercícios do plano de emergência nuclear em Angra dos Reis, onde operam duas centrais atômicas, Angra 1 e Angra 2. O exercício será realizado da próxima terça-feira (15/8) até 18/8. Quem quiser participar como voluntário deve entrar em contato com os departamentos de Comunicação da Defesa Civil de Angra dos Reis e Paraty, por meio dos telefones informados pela Eletronuclear, gestora de Angra 1 e Angra 2: Defesa Civil de Angra dos Reis: (24) 3377-6016, (24) 3377-1134 ou (24) 3377-7991. Defesa Civil de Paraty: (24) 3371-1168 ou (24) 3371-1566. As informações são da Eletronuclear, que enfrenta greve de trabalhadores iniciada na quarta-feira (9/8), conforme reportagem publicada pelo Blog nesta quinta-feira (10/8). Os grevistas querem o cumprimento de acordos coletivos de 2020 e 2021.O Exercício Geral Integrado de Resposta à Emergência e Segurança Física Nuclear, nome oficial do evento, objetiva "avaliar a eficácia da estrutura de resposta, validar planos, identificar aspectos a melhorar e consolidar os procedimentos previstos” no Plano de Emergência Externo do Estado do Rio de Janeiro (PEE/RJ) para a Central Nuclear, "voltados para a proteção da população, do meio ambiente, das usinas nucleares e seus trabalhadores”, informou a companhia.
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- 11/08/2023 - Elaboração do Programa Nuclear Brasileiro é anunciado em encontro CNEN e GSIFonte: CNEN
A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) propôs ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) a elaboração de um Programa Nuclear Brasileiro. O anúncio foi feito durante a visita do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Marcos Antonio Amaro dos Santos, na sede da autarquia, no Rio de Janeiro, no último dia 10 de agosto. Na ocasião, os principais projetos estruturantes e estratégicos da Comissão foram a pauta do encontro, com especial destaque para o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).
A instalação, que está sendo construída em Iperó, na região de Sorocaba, em São Paulo, vai impulsionar a medicina nuclear nacional e para a área de saúde vai significar a autossuficiência na produção de radiofármacos, elementos radioativos empregados em medicina nuclear para diagnóstico e tratamento de diversas doenças, em oncologia, cardiologia, entre outras áreas.
O ministro e seu assessor, Agnaldo Vasconcelos, foram recebidos pelo presidente da CNEN, Francisco Rondinelli Jr.; pelo diretor de Pesquisa e Desenvolvimento, Wilson Calvo; pelo diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear, Alessandro Facure; pelo diretor de Gestão Institucional, Pedro Maffia; pelo coordenador-geral de Planejamento e Avaliação, Roberto Xavier, e pelo procurador-geral, Rômulo Lima. Também foi ressaltada nessa reunião entre o GSI e dirigentes CNEN a necessidade de efetiva criação da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear.
As diferentes aplicações da tecnologia nuclear com alcance social, impacto econômico e de desenvolvimento para a sociedade brasileira foram elencadas pelo presidente da CNEN e pelo diretor de P&D. O presidente Rondinelli lembrou dos grandes temas de pesquisas apoiados pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e da grande cooperação Brasil-Argentina para a construção do RMB.
O Laboratório de Fusão Nuclear, projetado para funcionar no sítio do RMB foi explicitado pelo dirigente. Ele destacou ainda o projeto Centena, um centro tecnológico ambiental para abrigar rejeitos radioativos, que vai também ser uma instalação para produzir e disseminar conhecimento científico, com pesquisas avançadas.
Sobre os reatores modulares (SMR), Rondinelli discorreu em linhas gerais sobre a tecnologia, que hoje totalizam 86 projetos pelo mundo. Os SMR têm uma série de vantagens: representam uma solução econômica, com menor custo de implantação. Ele destacou que sua utilização no Brasil poderia beneficiar regiões remotas.
Seja com a produção dos radiofármacos, com pesquisas ambientais, nas aplicações industriais, as ações da autarquia em pesquisa, ensino, inovação, regulação da área têm resultado em maiores desafios e demandam ações integradas, de acordo com avaliação unânime dos dirigentes CNEN. Rondinelli destacou ainda a grande capacidade de produção de urânio no país, suficiente para abastecer um parque nuclear com 10 a 12 usinas. O ministro se disse satisfeito com as informações recebidas e disposto a contribuir com as ações pertinentes à sua pasta.
O ministro Marcos Santos destacou que o GSI, órgão de coordenação do Programa Nuclear Brasileiro, pretende auxiliar as deliberações que promovam maior desenvolvimento do Programa em todas as suas esferas de atuação. Acrescentou que "o RMB realmente é um objetivo a ser alcançado. Tenho procurado promover a implementação desse reator multipropósito. Assim como o Centena, é outro objetivo que vamos contribuir para sua implementação”.
Na função ensino, as iniciativas CNEN têm procurado apoiar os cursos de graduação em engenharia nuclear, já existentes em universidades como a UFRJ e a USP, e daquelas instituições com interesse em estruturar, como o Instituto Militar de Engenharia. Esse compromisso com a formação de jovens profissionais, com a educação e com a possibilidade fortalecer a cadeia produtiva nacional são fundamentais, na avaliação do diretor de P&D, Wilson Calvo.
Outro assunto que ganhou destaque na reunião foram os desafios em segurança cibernética e como o governo federal está atento a essa discussão. Pela CNEN, o titular da DGI/CNEN, Pedro Maffia, disse que a instituição tem participado de discussões e fóruns importantes nessa área, como o Encontro Guardião Cibernético (já em sua quinta edição em outubro de 2023), buscando um grande avanço em segurança da informação.
Também tratando da segurança cibernética, Alessandro Facure, diretor da DRS/CNEN, exemplificou como os prejuízos nessa área podem não ser apenas financeiros, mas, também, para a saúde da população. "Na área médica exigimos certos registros para credenciar as instalações; ataques à segurança desses dados podem significar um imenso impacto”.
Ao final do encontro, ficou acertada uma nova reunião em Brasília para sistematizar as próximas etapas rumo ao fortalecimento da política nuclear e ao alcance de um programa nuclear que atenda as expectativas e anseios da sociedade brasileira rumo à justiça social, equidade, desenvolvimento e bem-estar social.