Ipen na Mídia
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- 08/09/2015 - Novo centro de pesquisa busca inovação em gás naturalA Escola Politécnica (Poli) da USP é sede de um novo Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid)
A Escola Politécnica (Poli) da USP é sede de um novo Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid)
Fonte: Farol Comunitário
Denominado Centro de Pesquisa para a Inovação em Gás Natural (CIG), o projeto tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da BG Brasil (ligada ao BG Group, empresa da área de energia).
A apresentação do novo Cepid aconteceu no dia 13 de agosto, no auditório do Tanque de Provas Numérico (TPN) da (Poli).
Com a coordenação do professor Julio Meneghini, do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica, e de Alexandre Breda, gerente de Projetos Ambientais da BG Brasil, esse é o 18º Cepid da Fapesp. Durante os cinco primeiros anos, os recursos destinados ao novo Cepid totalizarão R$ 110 milhões – R$ 35 milhões da Fapesp, R$ 35 milhões da BG e R$ 40 milhões, em valores indiretos, da USP.
A equipe será formada por 174 pesquisadores, sendo 42 professores e 132 pós-graduandos. Os docentes são de diferentes unidades da USP e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), situado na Cidade Universitária. "Esse grupo é o início e o embrião de um grande projeto, porque um dos nossos objetivos é atrair outras empresas”, disse Meneghini.
Os trabalhos a serem desenvolvidos pelo CIG terão como foco as novas aplicações do gás natural e os estudos para a redução da intensidade de carbono no gás natural. "Alguns dos projetos deste Cepid visam a aumentar a eficiência dos processos de combustão utilizando gás natural. Temos um elenco de projetos que vão trabalhar com técnicas de otimização na fronteira do conhecimento”, acrescentou Meneghini.
O plano pretende desenvolver pesquisas científicas em três áreas: engenharia; físico-química; e política energética e economia. "A Fapesp cobra muito, cientificamente, os projetos que ela patrocina. Como ela está patrocinando 28 projetos, nós temos a expectativa de fazer com que as publicações tenham um impacto muito grande, sem esquecer de fazer transferência de tecnologia”, afirmou.
O evento no TPN também teve a presença da equipe técnica da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), uma empresa pública criada por lei em 2010, mas fundada por decreto somente em agosto de 2013. Entre seus objetivos estão gerenciar e fiscalizar os contratos de partilha de produção e comercialização de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos, além de representar a União em acordos de produção.
A equipe da PPSA esteve na USP com o objetivo de verificar as áreas de conhecimento da Universidade que podem contribuir com soluções científicas para os problemas enfrentados. "Nós vamos precisar de consultorias e procuraremos as universidades para alguns problemas estratégicos da PPSA, que incluem obter mais conhecimento sobre os recursos do pré-sal, fazer análise econômica e outros estudos estratégicos”, afirmou o diretor da empresa, Edson Yoshihito Nakagawa.
Convênio
O coordenador-geral do TPN, professor Kazuo Nishimoto, do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica, conta que resolveu organizar o evento para que os professores da Poli tivessem mais acesso a informações sobre a PPSA, já que se trata de uma nova empresa estatal que gerencia todos os campos do pré-sal.
O relacionamento entre a empresa e a Universidade está, por enquanto, somente em estudos. Por isso, poucas metas foram definidas. "Ainda teríamos que assinar um convênio e, dentro desse convênio, ter vários projetos mais específicos”, disse Nishimoto. Segundo ele, algumas propostas seriam consolidadas ainda em agosto. A Escola Politécnica poderá contribuir com o Tanque de Provas Numérico – laboratório pioneiro na área de petróleo, gás e sistemas marítimos – e com pesquisas produzidas pelo seu corpo docente.
Durante o evento, Edson Nakagawa ainda apresentou as diretrizes e atuações da PPSA, além de mostrar alguns números a respeito da exploração da camada do pré-sal. O diretor mencionou que se espera um investimento de US$ 108 bilhões no processo exploratório até 2019. No mês de maio deste ano, por exemplo, a produção nos 49 poços de extração do pré-sal foi de aproximadamente 900 mil barris de petróleo. "Isso significa uma produtividade muito alta. Temos poços hoje produzindo mais de 30 mil barris por dia”, explicou.
Ainda foi comentada a criação do regime de partilha, em 2010, para a exploração do Campo de Libra, a maior reserva de petróleo conhecida no Brasil, que será o processo utilizado nas futuras negociações. Nesse caso, a União recebe uma parte do excedente em óleo, que é convertida em investimentos em educação e saúde. "A nossa finalidade é sempre maximizar os resultados econômicos dos contratos de partilha e na comercialização de petróleo e gás da União”, disse Nakagawa.
André Meirelles, do Jornal da USP via Agência USP
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- 25/08/2015 - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares comemora 59 anos de fundaçãoFonte: Blog da USPNo dia 28 de agosto, às 14h, o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) realiza uma sessão solene para comemorar os seus 59 anos, com a outorga de título de pesquisador emérito e a entrega 2º Prêmio Ipen de Inovação Tecnológica.
O título de pesquisador emérito do Ipen-2015 será entregue ao professor Francisco Ambrózio Filho. O professor possui graduação, mestrado e doutorado em Engenharia Metalúrgica pela USP. Ele foi professor do Departamento de Engenharia de Materiais do Centro Universitário da Faculdade de Engenharia Industrial (FEI) e colaborador da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Tem experiência na área de Engenharia de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em processamento por técnicas de Metalurgia de Pó e Técnicas de caracterização de materiais, atuando principalmente nos seguintes temas: processamento de metais e ligas por técnicas de metalurgia do pó, sinterização de ligas metálicas e sua caracterização.
O evento faz arte da Semana de Ciência e Tecnologia do Ipen, que acontece de 24 a 28 de agosto, com a realização de atividades culturais e de divulgação científica.
O Instituto é uma autarquia vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo e gerida técnica e administrativamente pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Governo Federal. A autarquia está localizado dentro da Cidade Universitária "Armando de Salles Oliveira” (Cuaso), no Butantã, ocupando uma área de 500 mil metros quadrados.
O Ipen tem uma destacada atuação em vários setores da atividade nuclear, entre elas nas aplicações das radiações e radioisótopos, em reatores nucleares, em materiais e no ciclo do combustível, em radioproteção e dosimetria. Os resultados desta atuação vêm proporcionando avanços significativos no domínio de tecnologias, na produção de materiais e na prestação de serviços de valor econômico e estratégico para o país, possibilitando estender os benefícios da energia nuclear à segmentos maiores de nossa população.
Mais informações sobre a sessão solene pelo telefone: (11) 3133-9100 / 8889
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- 19/08/2015 - Greve no IPEN busca não prejudicar atividades ligadas à sociedadeParalisação teve início no segundo semestre e faz parte do movimento nacional de servidores federais contra o ajuste salarial
Paralisação teve início no segundo semestre e faz parte do movimento nacional de servidores federais contra o ajuste salarial
Fonte: Jornal do Campus
Em greve desde o dia 4 de agosto, os trabalhadores do Instituto de de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) estão mantendo suas principais atividades, apesar da situação atípica causada pela paralisação de parte da categoria. Pontos críticos, como a produção de radiofármacos, e outros que são relacionados à universidade, como as aulas para pós-graduação, não sofreram paralisações por decisão dos funcionários, acordada em assembleia.
Apesar de ocupar meio quilômetro quadrado dentro da Cidade Universitária, o Instituto éuma autarquia gerida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), o que significa na prática uma independência em relação à Universidade e ao governo estadual. Além disso, o local não é aberto à comunidade uspiana por conta do manuseio de materiais nucleares, fazendo com que o potencial de integração entre os locais seja diminuído pelo acesso controlado. Contudo, existe uma relação entre o IPEN e a USP que se dá, em sua maior parte, através da pesquisa e das aulas de pós-graduação ministrada pelos pesquisadores do Instituto.
Essas aulas estão acontecendo normalmente e, até o momento, não houve queixa por parte dos alunos sobre paralisações, segundo a representante discente Juliana Pereira de Souza: "Até agora nenhum aluno veio me procurar para reclamar, mas imagino que se a greve persistir comecem a acontecer alguns problemas”. A questão da manutenção das aulas é explicada por Luis Genova, funcionário atuante no movimento grevista e secretário-geral da Associação dos servidores do IPEN (ASSIPEN): "Em relação a universidade é diferente. Nossa atividade fim aqui é a pesquisa, mas muita gente dá aula também. Foi decidido em assembleia que não valia a pena prejudicar os alunos”.
Genova ressalta que a categoria dos pesquisadores é a menos presente no movimento ainda que alguns tenham aderido à greve. A maioria dos paralisados são, em sua maioria, técnicos dos diversos laboratórios e funcionários administrativos. "Os laboratórios não ficam fechados, mas o complicado é que muitas vezes o pesquisador não sabe manusear o equipamento. A pesquisa não está totalmente parada, mas a situação também não está normal, caso contrário não haveria sentido em fazer greve”, aponta o secretário.
A paralisação faz parte do movimento de servidores federais contra o ajuste salarial de 21,3% parcelado em quatro anos, que foi proposto pelo governo. De acordo com a categoria, a medida é extremamente prejudicial para os trabalhadores, pois dilui o ajuste em um longo período de tempo e em porcentagem menor do que a inflação anual. A proposta da greve é pressionar o governo a oferecer um acordo que seja mais proveitoso para os servidores federais até o fim do mês, quando a proposta de reajuste será apresentada. "Nós somos parte do ajuste fiscal. A política do governo é jogar a crise em cima dos trabalhadores. Não existe nenhuma medida do governo que tenha repassado a crise pra quem tem dinheiro de fato”, completa Genova.
Mesmo com cerca de 37% dos trabalhadores aderentes ao movimento grevista, o Diretor de Planejamento e Gestão do IPEN, Dr. Willy Hope de Sousa, afirma que nenhuma atividade do Instituto está sendo comprometida com a paralisação. Para Genova, essa avaliação da diretoria se refere majoritariamente à fabricação de radiofármacos, uma vez que a produção do material foi mantida mesmo com a redução da mão de obra. Contudo, até mesmo operações mais emergenciais como essa podem ser afetadas caso a greve persista.
Por Beatriz Quesada
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- 06/08/2015 - Feira Tecnológica Ipen-Cnen/SPFonte: Agência Fapesp
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) realizará, no dia 11 de agosto de 2015, a Feira Tecnológica Ipen-Cnen/SP. O evento faz parte da programação do 3º Workshop de Inovação Tecnológica, que será realizado de 10 a 12 de agosto.
Os objetivos da feira são apresentar tecnologias com lasers e suas aplicações e estabelecer novas parcerias entre o Ipen e o setor produtivo industrial por meio da transferência de tecnologia. Cinco apresentações e uma rodada de negociações estão programadas para o evento.
O pesquisador Wagner de Rossi apresentará o processo de "Funcionalização de superfícies com laser”, que poderá gerar parcerias para o desenvolvimento de aplicativos específicos. "Lasers de estado sólido” é o tema que será abordado por Niklaus Ursus Wetter.
A organização do evento é do Núcleo de Inovação Tecnológica do Ipen (NIT-Ipen). Treze empresas já confirmaram presença.
As atividades ocorrerão no Auditório Rômulo Ribeiro Pieroni, bloco A, no Ipen, localizado na Av. Prof. Lineu Prestes, 2242, Cidade Universitária, em São Paulo.
Inscrições e mais informações: https://sites.google.com/site/nitipensp/home e nit@ipen.br.
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- 04/08/2015 - Startups de não alunos faturam até R$ 9 milhões em incubadoras de universidades públicasAcesso a laboratórios, consultorias e proximidade com grandes empresas são algumas das vantagens desses centros de desenvolvimento empresarial
Acesso a laboratórios, consultorias e proximidade com grandes empresas são algumas das vantagens desses centros de desenvolvimento empresarial
Fonte: DCI
SÃO PAULO - Muitas instituições de ensino superior públicas mantêm incubadoras de negócios que aceitam projetos de quem não é aluno. O caminho para ingressar nesses centros de desenvolvimento empresarial normalmente é por meio de edital. Mas há universidades que têm processos seletivos contínuos. Projetos de base tecnológica e inovadores são prioridades nas escolhas.
Esses espaços são oportunidades para os empreendedores que não contam com muitos recursos para desenvolverem suas startups. Mensalidades que vão desde R$ 80 para a pré-incubação a até pouco mais de R$ 2 mil, em pós-incubação, são os custos para aproximar as empresas do conhecimento acadêmico e também do mercado e investidores.
"O empreendedor passa a conviver em um ambiente rico em oportunidades", garante o coordenador da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Estadual de Campinas (Incamp) em São Paulo, Walter Wascheck Neto. Ele se refere à estrutura oferecida pelas instituições, como laboratórios completos e dedicados, acesso às pesquisas e pesquisadores e baixo custo de manutenção das empresas em relação à instalação fora das incubadoras.
Há outras vantagens que contribuem muito para a evolução dos projetos. A gerente do Centro de Empreendedorismo e Incubação do Programa de Incubação de Empresas (CEI-Proine) da Universidade Federal de Goiás, Emília Rosângela Pires da Silva, destaca os serviços estratégicos de consultorias, capacitações, a rede de contatos e a participação em eventos.
"É vital para alavancagem da empresa nos dois primeiros anos", diz o diretor-executivo do Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), Sérgio Risola. O especialista acrescenta que gigantes da tecnologia, como Google e Facebook, sempre ficam de olho nos projetos das incubadoras.
Na mira das grandes
Outra vantagem, pontua Risola, é a busca que as grandes corporações têm feito nas incubadoras de instituições públicas. Isso porque o custo para essas companhias em troca do benefício, muitas vezes, é bem menor ao criar parcerias comerciais com startups do que ao investir em pesquisa e desenvolvimento. Companhias como a General Motors e Mercedes-Benz são exemplos de empresas que têm procurado parceiros dentro do Cietec, revela o especialista.
William Carnicelli é um exemplo de empreendedor que não pertencia ao mundo acadêmico e atingiu resultado relevante dentro de uma incubadora de instituição pública de ensino. Sua empresa, Alpha Br, foi incubada no Cietec. "Ele veio de fora, usou um bocado do conhecimento daqui dentro e, com a Alpha Br, chegou a faturar R$ 9 milhões no ano passado", conta Risola.
A proposta da Alpha Br é desenvolver tecnologia para a produção de fármacos de alto valor agregado. "Com 12 ou 13 pessoas, eles desenvolveram um princípio ativo para um tipo de remédio ansiolítico aqui dentro", resume Risola. A ideia inovadora inicial se transformou em uma solução para que a indústria farmacêutica substitua os gastos e a burocracia da importação.
Custos
Como a Alpha Br, todas as instaladas no Cietec, atualmente 120 empresas, desembolsam, por mês, R$ 600 para pré-incubação. Para a incubação, são no mínimo R$ 2 mil mensais. Quando as companhias são graduadas, ou seja, atingem estágio suficiente para caminhar sem o amparo da incubadora, contribuem com 2% do faturamento pelo mesmo período em que usufruíram dos recursos do centro de fomento.
Risola destaca que há ainda a possibilidade de pós-incubação, para as empresas que já estão graduadas e ainda dependem, de alguma maneira, da estrutura do Cietec. Neste caso, as mensalidades ficam pouco maiores e também há uma alíquota de 2% sobre o faturamento. Ao todo, é possível ficar instalado nas dependências do centro por sete anos.
Na Proine, da UFG, as três fases da incubação custam entre R$ 80 e R$ 561 mensais inicialmente. A incubadora acolhe as startups por até sete anos. Segundo Emília, o processo seletivo também é regido por editais e os projetos devem "estar relacionados com as áreas de atuação da UFG". A instituição de ensino registra 54 empresas incubadas, 24 delas de não alunos.
Na Incamp, 20 projetos foram aprovados para incubação, 15 estão instalados e os demais em fase de formalização. Cinco dessas empresas são de empreendedores de fora da Unicamp, explica Wascheck Neto. Entre elas estão a AiderNano, na área de nanotecnologia, a InovaFI, de tratamento de efluentes gasosos industriais, e a Processium, de processos químicos. O preço para ser incubado varia entre R$ 350 a R$ 750 por mês, diz o coordenador.
O custo é pouco menor para a incubação na Universidade Federal de Lavras, em Minas Gerais. A Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (Inbatec) cobra mensalidades desde R$ 80, para empresas incubadas em espaços compartilhados,a R$ 200, para locações individuais, tanto para alunos quanto empreendedores de fora.
Há quatro áreas de atuação pré-definidas para as startups, explica a gerente operacional e administrativa da Inbatec, Raphaela Silva Ribeiro: agronegócio, biotecnologia, gestão ambiental e tecnologia de informação. A seleção é realizada mediante edital.
Seleção e áreas de atuação
Na Incubadora de Empresas do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), não há vagas neste momento, mas há previsão para novo edital ainda neste mês de agosto, diz a coordenadora, Regina Faria. Ela conta que, normalmente, não há temas definidos, mas a locação "é voltada para empresas inovadoras, de base tecnológica e que tenham potencial de interação com a universidade".
A instituição fluminense acolhe 31 startups. Entre as empresas incubadas na Coppe estão a GT2 Energia, que desenvolve solução robótica para inspeção visual de caldeiras de indústrias, e a Petcell, com o objetivo de ser o primeiro laboratório de células-tronco para uso veterinário no estado.
Na Incubadora de Empresas da Universidade Estadual do Ceará (IncubaUECE), há limites para a participação de projetos inovadores que não sejam de estudantes, destaca a coordenadora executiva, Maria José Barbosa Gomes. As startups ou empresas também podem pertencer a idealizadores não alunos, porém é necessário ter vínculos com as áreas de biotecnologia ou energias renováveis.
A Universidade de Brasília (UnB), com a Multincubadora do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico, e a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), com a Pantanal Incubadora Mista de Empresas (Pime), também aceitam projetos de empreendedores de fora das instituições. Ambas dão prioridade para projetos de base tecnológica.
Pedro Souza
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- 04/08/2015 - IPEN obtém laser com eficiência inéditaNd:YLF - Eficiência de conversão da potência recebida é a maior já registrada para equipamentos do gênero e foi conseguida sem acréscimo de componentes caros ou de procedimentos complexos
Nd:YLF - Eficiência de conversão da potência recebida é a maior já registrada para equipamentos do gênero e foi conseguida sem acréscimo de componentes caros ou de procedimentos complexos
Fonte: Site Inovação Tecnológica
Um desenho inovador possibilitou aos físicos Niklaus Wetter (IPEN - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) e Alessandro Deana (Universidade Nove de Julho) obterem um laser com 60% de eficiência.
Esta é a maior eficiência já registrada no mundo para equipamentos do gênero.
O resultado foi obtido apenas reconfigurando a geometria de um laser de Nd:YLF (fluoreto de ítrio e lítio dopado com neodímio), sem acrescentar componentes caros e complexos ao equipamento original.
O resultado é um laser muito compacto, robusto e leve, adequado para aplicações em satélites e outros dispositivos móveis, como aqueles que empregam a tecnologia lidar (light detection and ranging), uma espécie de radar de luz.
"A eficiência que obtivemos, de 60%, foi a melhor já reportada para esse tipo de cristal. Significa que mais da metade da potência utilizada para fazer o equipamento funcionar se converte em luz laser, produzindo um feixe de altíssima qualidade", disse Wetter.
Lasers antigos
O pesquisador lembra que os lasers antigos, utilizados até o início dos anos 1990, eram equipamentos de grande porte e baixíssima eficiência. No caso dos lasers a gás, que emitiam na faixa da luz visível, menos de 1% da energia recebida era convertida em feixe laser, sendo mais de 99% transformados em calor.
"Isso exigia sistemas de refrigeração enormes e edificações anexas ao prédio onde estava o equipamento para acomodar o sistema de refrigeração. Para gerar 10 watts de luz era necessário remover milhares de watts de calor," disse Wetter.
Muitas melhorias foram feitas ao longo dos anos e os lasers de estado sólido dopados com neodímio tornaram-se as melhores opções quando o objetivo era conciliar alta potência com alta qualidade, mas a eficiência não passava de 10%. A eficiência melhorou muito, chegando a 50%, com o advento do laser de diodo de alta potência. A tradicional lâmpada de bombeamento, que era ineficiente, saiu de cena e foi trocada pelo diodo.
Cirurgia no laser
"A intensidade do feixe laser obedece radialmente a uma distribuição gaussiana. Isto é, a maior intensidade está na linha central, e seu valor decai do centro para a periferia do feixe. O que fizemos foi potencializar esse cerne mais intenso do feixe por meio de uma reconfiguração geométrica", disse Wetter.
A novidade introduzida foi fazer o polimento do cristal não apenas nas faces de entrada e saída do feixe, mas também em uma das laterais e direcionar o feixe para a superfície lateral polida, onde ele sofre reflexão interna total. Com essa reflexão, o cerne do feixe é exposto e então recebe o bombeamento pelo diodo.
"É como se abríssemos o feixe de laser com um bisturi e entregássemos nosso aporte de energia exatamente no meio, onde a intensidade é máxima", comparou o pesquisador.
Embora esse artifício propicie a alta eficiência do laser como um todo, ele não garante a qualidade do feixe. Para obter um feixe de excelente qualidade, a dupla recorreu a um procedimento adicional, que foi fazer o feixe incidir uma segunda vez na superfície de bombeamento, a uma distância muito bem calculada da incidência inicial. A vizinhança das duas linhas impede que o feixe laser se alargue, perdendo qualidade.
Prático e útil
O pesquisador ressaltou que a reconfiguração que fez teve em vista o mercado brasileiro, evitando a dependência de insumos caros, sistemas complexos de bombeamento ou cuidados especiais com o isolamento térmico em relação ao ambiente.
"Nosso equipamento é um laser pequeno e robusto, que pode ser operado em qualquer lugar, sem a necessidade de um ambiente com controle de temperatura ou vácuo. Existem até lasers mais eficientes, mas estes exigem materiais especiais, muito caros. O melhor da atualidade, um laser de itérbio, alcança em torno de 80% de eficiência, porém precisa ser refrigerado à temperatura de 78 Kelvin (menos 195 graus Celsius, aproximadamente), que, obviamente, não é uma coisa prática," disse Wetter.
Em vez de funcionar continuamente, o equipamento emite pulsos curtos muito intensos, de 7 a 8 nanossegundos de duração e mais de 1 milijoule de energia, em intervalos de 1 milissegundo. "A alta intensidade possibilita uma série de efeitos, como, por exemplo, a geração de segundo harmônico. Isso faz com que o laser, que normalmente opera no infravermelho próximo, passe a operar também na faixa da luz visível, na cor verde."
Uma das utilizações do laser verde é a remoção de tatuagens em dermatologia. Mas os usos são muitos e diversificados: desde a pesquisa ambiental, com a emissão de pulsos na atmosfera e o recolhimento da luz espalhada para o rastreamento de poluentes, à gravação de peças na indústria.
A técnica lidar, por exemplo, já vem sendo usada para estudar as mudanças climáticas e medir os níveis de poluição da indústria.
Bibliografia:
Influence of pump bandwidth on the efficiency of side-pumped, double-beam mode-controlled lasers: establishing a new record for Nd:YLiF4 lasers using VBG
Niklaus U. Wetter, Alessandro M. Deana
Optics Express
Vol.: 23, Issue 7, pp. 9379-9387
DOI: 10.1364/OE.23.009379
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- 03/08/2015 - Segunda edição da “Feira Tecnológica IPEN” apresenta tecnologias com lasers e aplicaçõesParte da programação do III Workshop de Inovação Tecnológica, a feira tem como objetivo consolidar novas parcerias entre o IPEN e o setor produtivo industrial
Parte da programação do III Workshop de Inovação Tecnológica, a feira tem como objetivo consolidar novas parcerias entre o IPEN e o setor produtivo industrial
Fonte: Jornal da Ciência
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) realiza nos dias 10, 11 e 12 de agosto o III Workshop de Inovação Tecnológica dirigido principalmente para a área acadêmica e para o setor empresarial, com foco em empreendedorismo, transferência de tecnologia e proteção da propriedade intelectual. Além de palestras, haverá a segunda edição da "Feira Tecnológica IPEN/CNEN”, com a oferta de produtos e processos oriundos de pesquisas do Centro de Lasers e Aplicações (CLA), e uma oficina ("hands-on”) sobre propriedade intelectual.
Com o objetivo de consolidar novas parcerias entre o IPEN e o setor produtivo industrial, por meio da transferência de tecnologia, a Feira, que será no segundo dia do Workshop (11), vai oferecer cinco produtos/processos. O primeiro, apresentado pelo pesquisador Wagner de Rossi, será "A funcionalização de superfícies com laser”. Trata-se de um processo de microusinagem com laser de pulsos ultracurtos para produção de estruturas micrométricas ou submicrométricas sobre superfícies de metais, polímeros ou cerâmicas de maneira a mudar suas propriedades físicas, químicas ou tribológicas.
Em seguida, Niklaus Ursus Wetter vai mostrar a importância de "Lasers de estado sólido” com potências de até 200w e alta qualidade de feixe, que podem operar em modo contínuo ou pulsado e são a base para uma enorme quantidade de processos à laser das áreas industrial, médica e científica. "Embora existam no mercado internacional produtos similares, a tecnologia desenvolvida no nosso centro é comprovadamente mais eficiente e mais em conta do que qualquer tecnologia similar”, afirma o pesquisador.
A terceira tecnologia, apresentada pela pesquisadora Denise Zezell, será "Formulação farmacêutica para tratamento de câncer de pele”. Trata-se de uma nova fórmula química e método de preparação de uma pomada fotossensibilizadora para usar na terapia fotodinâmica para tratamento de lesão de pele, em particular tumores espinocelulares (o carcinoma espinocelular é o segundo tipo mais comum de câncer de pele).
"Devido a sua formulação única, o presente fármaco apresenta maior penetração no tecido biológico e permite que o efeito fotodinâmico obtido com o tratamento seja mais eficiente em relação a outras formulações disponíveis comercialmente e/ou cientificamente”, explica Denise. Após ter sido testadoin vivo em dois tipos de animais (felinos e roedores), o produto está patenteado e entre as vantagens está a redução dos custos demandados com a radioterapia e/ou quimioterapia.
Na sequência, Martha Simões Ribeiro vai apresentar o produto "Colóide à base de azuleno para redução microbiana”, uma formulação farmacêutica para tratamento tópico de infecções. Trata-se de um colóide à base de um fotossensibilizador que provoca morte microbiana quando associado a uma fonte de luz de baixa potência de emissão vermelha. Com importante ação contra micro-organismos resistentes a antibióticos, é atóxico e não mancha o tecido biológico (tecido mole, como a pele e mucosa, ou tecido duro, como dente e osso).
"Essa tecnologia pode ser utilizada nas diversas áreas da saúde onde há necessidade da redução tópica de micro-organismos. Na odontologia, pode ser utilizada na desinfecção intracanal, doença periodontal, tratamento de candidíase e prevenção ou tratamento de cárie. Na dermatologia, pode ser utilizada no tratamento de micoses. Na ginecologia, no tratamento de vulvovaginite. Na clínica médica, no tratamento de feridas infectadas”, salienta Martha.
Encerrando as apresentações, Anderson Zanardi de Freitas vai mostrar a "Utilização da tomografia por coerência óptica na avaliação de rugosidade de superfícies e desmineralização em esmalte dental” como metodologia para determinação de rugosidade de superfícies frágeis em tempo real e para determinação do grau de desmineralização de esmalte dental.
"A tecnologia de tomografia por coerência óptica permite a avaliação da rugosidade de superfícies frágeis, como, por exemplo, pele humana, géis, e todo tipo de superfície onde o contato mecânico não é possível”, diz Anderson, acrescentando que, para a desmineralização de esmalte dental, a tecnologia permite avaliação da variação do conteúdo mineral em tempo real de forma não invasiva.
Após as apresentações dos pesquisadores, haverá uma rodada de negociações entre o representante da empresa e o IPEN para tratar dos aspectos formais que envolvem a parceria e a transferência de tecnologia. O evento é organizado pelo Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT).
Mais informações no linkhttps://sites.google.com/site/nitipensp/home.
SERVIÇO
O quê:Feira Tecnológica IPEN/CNEN (Segunda edição)
Quando:Dia 11 de agosto (no âmbito do III Workshop de Inovação Tecnológica IPEN)
Horário:Das 14h30 às 17h
Onde:Auditório"Rômulo Ribeiro Pieroni”, bloco A do IPEN (Av. Prof. Lineu Prestes, 2242, Cidade Universitária,São Paulo).
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- 02/08/2015 - O que é feito do lixo nuclear?Questão de segurança, o armazenamento dos resíduos dura até milhares de anos, podendo ser usados para fins bélicos. Reciclagem é alternativa
Questão de segurança, o armazenamento dos resíduos dura até milhares de anos, podendo ser usados para fins bélicos. Reciclagem é alternativa
Fonte: O Povo On Line - Fortaleza
"Sociedade sem energia normalmente não é uma sociedade bem desenvolvida”. A afirmação é do doutor em Engenharia Nuclear e professor do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares da Universidade de São Paulo (IPEN/USP), João Manoel Losada Moreira. Conforme ele, a energia nuclear como fonte de energia elétrica começou a ser utilizada de forma mais efetiva na década de 1960. Hoje, um dos seus maiores destaques é a não emissão de CO2 na atmosfera. Mas podem ser incluídas ainda, entre as vantagens, a grande disponibilidade de combustível (elementos radioativos), não depender de fatores climáticos e gerar pequena quantidade de resíduo."O volume de resíduos radioativos é pequeno em relação a uma fonte fóssil, como carvão ou gás natural, onde tudo que entra como matéria-prima é emitida para a atmosfera. Na nuclear, como é muita energia por unidade de massa, a quantidade emitida é pequena”, detalha o professor. Conforme ele, existem três tipos de rejeitos radioativos, de baixo, médio e alto níveis. O tempo de duração, que varia entre dezenas e milhares de anos, e o tipo de armazenagem os diferenciam e definirão quantidade e qualidade de barreiras de contatos. Os de alto nível podem durar entre 500 e até milhares de anos, enquanto os de médio têm duração de 300 anos e, os de baixo nível, cerca de 30 anos.
Para armazenar o lixo radiativo, o caminho é separá-lo ao máximo dos humanos. De acordo com João Manoel, o material é desidratado, misturado em uma matriz (cimento, por exemplo) que impeça qualquer reação química. Depois, há uma blindagem e ele é colocado em um tambor de ferro ou aço fundido.
A instalação, na maioria das vezes debaixo da terra, é uma das últimas barreiras. "Os de alto nível são colocados geralmente em uma área de montanha, que não tenha corpos aquáticos, com algumas galerias de rocha. Precisa monitorar, ver se não tem nenhum tipo de deterioração ou algum tipo de reação”. Resíduo, matriz, tambor, instalação, caverna, geosfera, biosfera, ser humano. Essa é a sequência de barreiras que, a depender do nível de resíduo, devem separar o lixo do contato com pessoas.
Reciclagem
O Brasil ainda não realiza, mas França, Japão e China já reciclam os rejeitos das usinas. "O combustível opera por um ano ou um ano e meio. A reciclagem poderia aproveitar 97,6% do material e armazenar apenas 2,4% (se for de nível médio)”, acrescenta. O fato de as usinas brasileiras ainda não reciclarem, diz ele, deve-se a uma "falta de decisão”. "Só temos dois reatores, então talvez, por enquanto, seja mais fácil guardar”.
De acordo com João, os Estados Unidos não reciclam, com a intenção de guardar o material e usá-lo para fins bélicos. "Toda a questão de salvaguarda internacional são sobre estas matérias”, avalia. Os franceses possuem 58 reatores, os americanos têm cerca de 100 e estão construindo mais cinco. "Cerca de 70 reatores estão sendo construídos atualmente no mundo”.
"O volume de resíduos radioativos é pequeno em relação a uma fonte fóssil, como carvão ou gás natural, onde tudo que entra como matéria-prima é emitida para a atmosfera. Na nuclear, como é muita energia por unidade de massa, a quantidade emitida é pequena”
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- 01/08/2015 - Pesquisador do Ipen produz laser compacto com alta eficiênciaDesenho inovador permitiu obter a maior eficiência registrada no mundo para equipamentos do gênero
Desenho inovador permitiu obter a maior eficiência registrada no mundo para equipamentos do gênero
Fonte: Jornal do Brasil
Um desenho inovador possibilitou ao físico Niklaus Ursus Wetter, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), obter um laser com 60% de eficiência – a maior registrada no mundo para equipamentos do gênero.
O resultado foi alcançado no âmbito do projeto de pesquisa "Desenvolvimento de lasers compactos e de alta eficiência para aplicações em lidar móvel e satélite”, apoiado pela FAPESP , e comunicado no artigo "Influence of pump bandwidth on the efficiency of side-pumped, double-beam mode-controlled lasers: establishing a new record for Nd:YLiF4 lasers using VBG”, publicado na revista Optics Express.
Sem acrescentar componentes caros e complexos ao equipamento original, Wetter conseguiu o resultado apenas reconfigurando a geometria de um laser de Nd:YLF (fluoreto de ítrio e lítio dopado com neodímio).
O resultado foi um laser muito compacto, robusto e leve, como deve ser para aplicações em satélites e outros dispositivos móveis, como aqueles que empregam a tecnologia lidar (light detection and ranging).
"A eficiência que obtivemos, de 60%, foi a melhor já reportada para esse tipo de cristal. Significa que mais da metade da potência utilizada para fazer o equipamento funcionar se converte em luz laser, produzindo um feixe de altíssima qualidade”, disse o pesquisador à Agência FAPESP.
Wetter bacharelou-se em Física no ETHZ, o Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, Suíça, e finalizou seu doutorado no Ipen. Ocupa, desde 2013, o cargo de gerente do Centro de Lasers e Aplicações (CLA) do instituto.
O pesquisador lembrou que os lasers antigos, utilizados até o início dos anos 1990, eram equipamentos de grande porte e baixíssima eficiência. No caso dos lasers a gás, que emitiam na faixa da luz visível, menos de 1% da energia recebida era convertida em feixe laser, sendo mais de 99% transformados em calor.
"Isso exigia sistemas de refrigeração enormes e edificações anexas ao prédio onde estava o equipamento para acomodar o sistema de refrigeração. Para gerar 10 watts de luz era necessário remover milhares de watts de calor”, disse Wetter.
Muitas melhorias foram feitas ao longo dos anos e os lasers de estado sólido dopados com neodímio tornaram-se as melhores opções quando o objetivo era conciliar alta potência com alta qualidade, mas a eficiência não passava de 10%. A eficiência melhorou muito, chegando a 50%, com o advento do laser de diodo de alta potência. A tradicional lâmpada de bombeamento, que era ineficiente, saiu de cena e foi trocada pelo diodo.
"Nosso equipamento é um laser pequeno e robusto, que pode ser operado em qualquer lugar, sem a necessidade de um ambiente com controle de temperatura ou vácuo. Existem até lasers mais eficientes, mas estes exigem materiais especiais, muito caros. O melhor da atualidade, um laser de itérbio, alcança em torno de 80% de eficiência, porém precisa ser refrigerado à temperatura de 78 Kelvin (menos 195 graus Celsius, aproximadamente), que, obviamente, não é uma coisa prática”, disse Wetter.
O pesquisador ressaltou que a reconfiguração que fez teve em vista o mercado brasileiro, evitando a dependência de insumos caros, sistemas complexos de bombeamento ou cuidados especiais com o isolamento térmico em relação ao ambiente.
Em vez de funcionar continuamente, o equipamento emite pulsos curtos muito intensos, de 7 a 8 nanossegundos de duração e mais de 1 milijoule de energia, em intervalos de 1 milissegundo. "A alta intensidade possibilita uma série de efeitos, como, por exemplo, a geração de segundo harmônico. Isso faz com que o laser, que normalmente opera no infravermelho próximo, passe a operar também na faixa da luz visível, na cor verde.”
Como se sabe, uma das utilizações do laser verde é a remoção de tatuagens em dermatologia. Mas os usos são muitos e diversificados: desde a pesquisa ambiental, com a emissão de pulsos na atmosfera e o recolhimento da luz espalhada para o rastreamento de poluentes, à gravação de peças na indústria.
Monocromia, coerência e colimação
O termo "laser” é composto pelas iniciais das palavras inglesas light amplification by stimulated emission of radiation ("amplificação da luz por emissão estimulada de radiação”). Trata-se de um processo que produz radiação eletromagnética monocromática (com somente um comprimento de onda), coerente (com todas as ondas em concordância de fase) e colimada (com os raios praticamente paralelos). Todas as virtudes do laser vêm da combinação dessas três características.
Para isso, um determinado material, chamado de "meio ativo”, é bombeado por uma fonte de energia (por exemplo, uma lâmpada ou um diodo). Devido ao aporte de energia, os átomos do material ficam excitados, com seus elétrons migrando para as órbitas mais energéticas.
Espontaneamente, cada elétron tende a retornar ao estado fundamental (de mínima energia), emitindo a energia excedente na forma de fóton (quantum de luz). Mas, em vez de deixar que o decaimento ocorra ao acaso, o dispositivo o induz por meio de outro fóton da mesma energia.
Cada fóton liberado por um elétron estimula, então, o elétron seguinte a emitir outro fóton, com o mesmo comprimento de onda. Desencadeia-se, assim, um efeito cascata. E um componente chamado "ressonador” faz os fótons produzidos retornarem ao meio ativo, induzindo mais emissão estimulada.
Desse modo, é gerada uma emissão de grande intensidade, com as três características mencionadas: monocromia, coerência e colimação.
Reconfiguração geométrica
"A intensidade do feixe laser obedece radialmente a uma distribuição gaussiana. Isto é, a maior intensidade está na linha central, e seu valor decai do centro para a periferia do feixe. O que fizemos foi potencializar esse cerne mais intenso do feixe por meio de uma reconfiguração geométrica”, disse Wetter.
A novidade introduzida foi fazer o polimento do cristal não apenas nas faces de entrada e saída do feixe, mas também em uma das laterais e direcionar o feixe para a superfície lateral polida, onde ele sofre reflexão interna total. Com essa reflexão, o cerne do feixe é exposto e então recebe o bombeamento pelo diodo.
"É como se abríssemos o feixe de laser com um bisturi e entregássemos nosso aporte de energia exatamente no meio, onde a intensidade é máxima”, comparou o pesquisador.
Embora esse artifício propicie a alta eficiência do laser como um todo, ele não garante a qualidade do feixe. Para obter um feixe de excelente qualidade, Wetter recorreu a um procedimento adicional, que foi fazer o feixe incidir uma segunda vez na superfície de bombeamento, a uma distância muito bem calculada da incidência inicial. A vizinhança das duas linhas impede que o feixe laser se alargue, perdendo qualidade.
"Os dois passos, que fazem parte do mesmo feixe laser, brigam por energia de bombeamento. Como estão muito perto um do outro, não conseguem aumentar de calibre sem roubar energia deles mesmos. Como consequência, o feixe permanece com o menor tamanho transversal possível”, disse Wetter.
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- 31/07/2015 - Oficina de Teatro de Bonecos ocorrerá às sextas-feiras de agosto na BrasitalFonte: Portal Guia São Roque
da assessoria de imprensa da Prefeitura de São Roque
O artista plástico Darcy Penteado, nascido em São Roque em abril de 1926 é bastante conhecido e referenciado por suas pinturas, desenhos, gravuras, literatura, cenários, figurinos e desenhos, tendo atuado em várias áreas e merecedor de inúmeros prêmios.
O que poucas pessoas sabem é que no inicio de sua carreira, desenvolveu um projeto de "Teatro de Bonecos” com fins educativos e, nos anos 70, retoma este projeto com seu irmão Dirceu, a partir da idéia de marionetes como um produto para divulgação do nome de São Roque.
As "Oficinas de Teatro de Bonecos Darcy Penteado”, que serão realizadas todas as sextas-feiras de agosto na Brasital, das 16 às 18h, sob orientação, de Clarissa Moser, tiveram como inspiração, este lado lúdico do Artista e é produto cultural do Projeto "Irradiação do acervo em Papel do Artista Darcy Penteado” que, em parceria com o IPEN/USP, irradiou todo o acervo com raios gama para protegê-lo da proliferação de fungos visível em vários de seus exemplares.
Nas oficinas, em teatrinho que reproduz o modelo criado por Darcy Penteado, as crianças de 8 a 12 anos, poderão criar bonecos e textos e os apresentarem para seus companheiros, como terão também, a oportunidade de verem reproduções de cenários e figurinos do artista.
As inscrições ocorrem de forma gratuita na secretaria do departamento de Cultura na Brasital. Vale lembrar, que o projeto, é beneficiado pela Lei Municipal 4084, de autoria da Prefeitura, que subsidia importantes projetos para o município, por meio do Fundo Municipal de Cultura.
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- 31/07/2015 - Pesquisador do Ipen produz laser compacto com alta eficiênciaFonte: Agência FAPESPUm desenho inovador possibilitou ao físico Niklaus Ursus Wetter, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), obter um laser com 60% de eficiência - a maior registrada no mundo para equipamentos do gênero.
O resultado foi alcançado no âmbito do projeto de pesquisa "Desenvolvimento de lasers compactos e de alta eficiência para aplicações em lidar móvel e satélite”, apoiado pela FAPESP , e comunicado no artigo "Influence of pump bandwidth on the efficiency of side-pumped, double-beam mode-controlled lasers: establishing a new record for Nd:YLiF4 lasers using VBG”, publicado na revista Optics Express.
Sem acrescentar componentes caros e complexos ao equipamento original, Wetter conseguiu o resultado apenas reconfigurando a geometria de um laser de Nd:YLF (fluoreto de ítrio e lítio dopado com neodímio).
O resultado foi um laser muito compacto, robusto e leve, como deve ser para aplicações em satélites e outros dispositivos móveis, como aqueles que empregam a tecnologia lidar (light detection and ranging).
"A eficiência que obtivemos, de 60%, foi a melhor já reportada para esse tipo de cristal. Significa que mais da metade da potência utilizada para fazer o equipamento funcionar se converte em luz laser, produzindo um feixe de altíssima qualidade”, disse o pesquisador à Agência FAPESP.
Wetter bacharelou-se em Física no ETHZ, o Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, Suíça, e finalizou seu doutorado no Ipen. Ocupa, desde 2013, o cargo de gerente do Centro de Lasers e Aplicações (CLA) do instituto.
O pesquisador lembrou que os lasers antigos, utilizados até o início dos anos 1990, eram equipamentos de grande porte e baixíssima eficiência. No caso dos lasers a gás, que emitiam na faixa da luz visível, menos de 1% da energia recebida era convertida em feixe laser, sendo mais de 99% transformados em calor.
"Isso exigia sistemas de refrigeração enormes e edificações anexas ao prédio onde estava o equipamento para acomodar o sistema de refrigeração. Para gerar 10 watts de luz era necessário remover milhares de watts de calor”, disse Wetter.
Muitas melhorias foram feitas ao longo dos anos e os lasers de estado sólido dopados com neodímio tornaram-se as melhores opções quando o objetivo era conciliar alta potência com alta qualidade, mas a eficiência não passava de 10%. A eficiência melhorou muito, chegando a 50%, com o advento do laser de diodo de alta potência. A tradicional lâmpada de bombeamento, que era ineficiente, saiu de cena e foi trocada pelo diodo.
"Nosso equipamento é um laser pequeno e robusto, que pode ser operado em qualquer lugar, sem a necessidade de um ambiente com controle de temperatura ou vácuo. Existem até lasers mais eficientes, mas estes exigem materiais especiais, muito caros. O melhor da atualidade, um laser de itérbio, alcança em torno de 80% de eficiência, porém precisa ser refrigerado à temperatura de 78 Kelvin (menos 195 graus Celsius, aproximadamente), que, obviamente, não é uma coisa prática”, disse Wetter.
O pesquisador ressaltou que a reconfiguração que fez teve em vista o mercado brasileiro, evitando a dependência de insumos caros, sistemas complexos de bombeamento ou cuidados especiais com o isolamento térmico em relação ao ambiente.
Em vez de funcionar continuamente, o equipamento emite pulsos curtos muito intensos, de 7 a 8 nanossegundos de duração e mais de 1 milijoule de energia, em intervalos de 1 milissegundo. "A alta intensidade possibilita uma série de efeitos, como, por exemplo, a geração de segundo harmônico. Isso faz com que o laser, que normalmente opera no infravermelho próximo, passe a operar também na faixa da luz visível, na cor verde.”
Como se sabe, uma das utilizações do laser verde é a remoção de tatuagens em dermatologia. Mas os usos são muitos e diversificados: desde a pesquisa ambiental, com a emissão de pulsos na atmosfera e o recolhimento da luz espalhada para o rastreamento de poluentes, à gravação de peças na indústria.
Monocromia, coerência e colimação
O termo "laser” é composto pelas iniciais das palavras inglesas light amplification by stimulated emission of radiation ("amplificação da luz por emissão estimulada de radiação”). Trata-se de um processo que produz radiação eletromagnética monocromática (com somente um comprimento de onda), coerente (com todas as ondas em concordância de fase) e colimada (com os raios praticamente paralelos). Todas as virtudes do laser vêm da combinação dessas três características.
Para isso, um determinado material, chamado de "meio ativo”, é bombeado por uma fonte de energia (por exemplo, uma lâmpada ou um diodo). Devido ao aporte de energia, os átomos do material ficam excitados, com seus elétrons migrando para as órbitas mais energéticas.
Espontaneamente, cada elétron tende a retornar ao estado fundamental (de mínima energia), emitindo a energia excedente na forma de fóton (quantum de luz). Mas, em vez de deixar que o decaimento ocorra ao acaso, o dispositivo o induz por meio de outro fóton da mesma energia.
Cada fóton liberado por um elétron estimula, então, o elétron seguinte a emitir outro fóton, com o mesmo comprimento de onda. Desencadeia-se, assim, um efeito cascata. E um componente chamado "ressonador” faz os fótons produzidos retornarem ao meio ativo, induzindo mais emissão estimulada.
Desse modo, é gerada uma emissão de grande intensidade, com as três características mencionadas: monocromia, coerência e colimação.
Reconfiguração geométrica
"A intensidade do feixe laser obedece radialmente a uma distribuição gaussiana. Isto é, a maior intensidade está na linha central, e seu valor decai do centro para a periferia do feixe. O que fizemos foi potencializar esse cerne mais intenso do feixe por meio de uma reconfiguração geométrica”, disse Wetter.
A novidade introduzida foi fazer o polimento do cristal não apenas nas faces de entrada e saída do feixe, mas também em uma das laterais e direcionar o feixe para a superfície lateral polida, onde ele sofre reflexão interna total. Com essa reflexão, o cerne do feixe é exposto e então recebe o bombeamento pelo diodo.
"É como se abríssemos o feixe de laser com um bisturi e entregássemos nosso aporte de energia exatamente no meio, onde a intensidade é máxima”, comparou o pesquisador.
Embora esse artifício propicie a alta eficiência do laser como um todo, ele não garante a qualidade do feixe. Para obter um feixe de excelente qualidade, Wetter recorreu a um procedimento adicional, que foi fazer o feixe incidir uma segunda vez na superfície de bombeamento, a uma distância muito bem calculada da incidência inicial. A vizinhança das duas linhas impede que o feixe laser se alargue, perdendo qualidade.
"Os dois passos, que fazem parte do mesmo feixe laser, brigam por energia de bombeamento. Como estão muito perto um do outro, não conseguem aumentar de calibre sem roubar energia deles mesmos. Como consequência, o feixe permanece com o menor tamanho transversal possível”, disse Wetter.
O cristal é bombeado com luz pelo diodo. Uma lente colima a radiação do diodo e a direciona para o exato local onde as duas linhas do feixe sofrem reflexão interna total na superfície polida do cristal, causando a amplificação do feixe. O ressonador, delimitado pelos três espelhos, faz a contenção do feixe. Apenas um dos espelhos, semitransparente, permite que uma fração da potência contida escape, gerando o feixe útil.
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- 29/07/2015 - Presidente licenciado da Eletronuclear fez carreira na MarinhaFonte: Valor Econômico
Por André Guilherme Vieira
São Paulo - Preso hoje no Rio durante a 16ª fase da Operação Lava-Jato, a "Radioatividade", o presidente licenciado da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva é oficial de carreira da Marinha. Chegou ao posto de vice-almirante no corpo de engenheiros e técnicos navais.
Ele também atuou no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) de 1982 a 1994.
O nome de Othon foi envolvido nas investigações pelo ex-presidente da Camargo Corrêa Construções e Participações Dalton Avancini, que fez delação premiada. Segundo Avancini, haveria uma "promessa de propina" para Othon na obra Usina de Angra 3.
O empreendimento está paralisado desde o fim do ano passado, porque as empresas responsáveis alegam ter havido redução de repasses pelo governo. A construção da Usina de Angra 3 foi reiniciada em 2009 durante a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A vencedora das obras de construção da usina foi a Andrade Gutierrez em concorrência realizada em 1983 durante o governo do general João Batista Figueiredo (1979-1985). A construção foi interrompida em abril 1986.
A retomada da obra em 2009 foi realizada sem uma nova licitação. Houve atualização dos valores com os prestadores de serviço.
Os dois consórcios vencedores da obra de Angra 3 são integrados por empresas suspeitas de formação de cartel e de corrupção na Petrobras. Um deles é o Angra 3 formado por Queiroz Galvão, EBE e Technit Engenharia S.A. - responsáveis por serviços de montagens eletromecânicas. O outro consórcio é o UNA 3, responsável pela execução de montagens dos sistemas convencionais da usina e composto por Andrade Gutierrez, Construtora Norberto Odebrecht, Camargo Corrêa e UTC.
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- 28/07/2015 - Executivo da Eletronuclear preso tem perfil técnico e fez carreira na MarinhaFonte: Bem ParanáLuiza Franco, Rio de Janeiro, RJ (Folhapress)
Diretor-presidente licenciado da Eletronuclear preso nesta terça (28) na 16ª fase da Operação Lava Jato, Othon Luiz Pinheiro da Silva fez sua carreira na Marinha, onde se formou como oficial em 1960. Segundo um dos procuradores integrantes da força-tarefa da Lava Jato, Silva recebeu R$ 4,5 milhões em propina. Os pagamentos, diz a investigação, foram efetuados entre 2009 e 2014. O executivo - afastado do comando da estatal desde abril - foi preso na manhã desta terça-feira (28) no Rio em nova fase da Lava Jato, que investiga contratos firmados com a Eletronuclear, as obras da usina nuclear Angra 3 e pagamentos de propina a funcionários da estatal, uma subsidiária da Eletrobras.
Quando se aposentou em 1994 da Marinha, Silva era vice-almirante do Corpo de Engenheiros e Técnicos Navais, o mais alto posto da carreira naval para oficiais engenheiros. Segundo a Academia Nacional de Engenharia, Silva estudou engenharia naval na Escola Politécnica da USP, onde se formou em 1966, e fez mestrado em engenharia mecânica no MIT ( Massachussetts Institute of Technology), com especialização em engenharia nuclear. De 1982 a 1984 foi diretor de pesquisas de reatores do Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares). Em 2005, Silva assumiu como diretor-presidente da Eletrobras Eletronuclear. Procurada pela reportagem, a Marinha informou que Silva é reformado e foi licenciado do serviço ativo em 1994. -
- 28/07/2015 - Executivo da Eletronuclear preso tem perfil técnicoOthon Luiz Pinheiro da Silva fez sua carreira na Marinha, onde se formou como oficial em 1960
Othon Luiz Pinheiro da Silva fez sua carreira na Marinha, onde se formou como oficial em 1960
Fonte: O Tempo - Minas Gerais
FOLHAPRESSDiretor-presidente licenciado da Eletronuclear preso nesta terça (28) na 16ª fase da Operação Lava Jato, Othon Luiz Pinheiro da Silva fez sua carreira na Marinha, onde se formou como oficial em 1960.
Propina
Os pagamentos, diz a investigação, foram efetuados entre 2009 e 2014.
O executivo -afastado do comando da estatal desde abril- foi preso na manhã desta terça-feira (28) no Rio em nova fase da Lava Jato, que investiga contratos firmados com a Eletronuclear, as obras da usina nuclear Angra 3 e pagamentos de propina a funcionários da estatal, uma subsidiária da Eletrobras.
Quando se aposentou em 1994 da Marinha, Silva era vice-almirante do Corpo de Engenheiros e Técnicos Navais, o mais alto posto da carreira naval para oficiais engenheiros.
Segundo a Academia Nacional de Engenharia, Silva estudou engenharia naval na Escola Politécnica da USP, onde se formou em 1966, e fez mestrado em engenharia mecânica no MIT (Massachussetts Institute of Technology), com especialização em engenharia nuclear.
De 1982 a 1984 foi diretor de pesquisas de reatores do Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares). Em 2005, Silva assumiu como diretor-presidente da Eletrobras Eletronuclear.
Procurada pela reportagem, a Marinha informou que Silva é reformado e foi licenciado do serviço ativo em 1994.
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- 28/07/2015 - Startups do Cietec investem em impressão 3DThink & Make, 3D Criar e Petit 3D visam popularizar objetos tridimensionais nas áreas de decoração, educação e saúde
Think & Make, 3D Criar e Petit 3D visam popularizar objetos tridimensionais nas áreas de decoração, educação e saúde
Fonte: Site Maxpress
A impressão de objetos 3D é uma das maiores tendências entre as empresas associadas ao Cietec (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia), gestor da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica IPEN/USP. Atualmente, são três empresas dedicadas a inovarem no segmento: Think & Make, 3D Criar e Petit 3D, todas elas buscando aproximar a tecnologia de vários perfis de usuários, desde estudantes até grávidas e apreciadores de peças de design.A Think & Make, criada pelos empreendedores franceses Fabrice Mermet e Aurore Mourette, pretende mostrar a consumidores do mercado de luxo as possibilidades da impressão em 3D. A inovação da startup é permitir a realização de qualquer projeto de criação personalizada. É possível, por exemplo, ter peças feitas com base em fotografias de pessoas da família ou animais de estimação.
Por sua vez, a 3D Criar tem a missão de contribuir com o desenvolvimento da educação. A empresa fornece material didático para ensino básico, técnico, superior e educação assistiva para deficientes visuais. Uma de suas parcerias mais bem-sucedidas é com o Senai-SP, para a disponibilização de duas impressoras para a modalidade de CAD do World Skills Competition. O evento é a maior competição internacional entre estudantes de cursos profissionalizantes, que esse ano será realizado em São Paulo, no mês de agosto.
Já a Petit 3D é um braço da startup 3DUX, especializada na impressão para fins médicos, como na materialização de órgãos humanos para planejamento de cirurgias. O novo serviço atende a demandas de mulheres em gestação, com a possibilidade de imprimir imagens do feto capturadas no exame de ultrassonografia.
Sergio Risola, diretor-executivo do Cietec, analisa a tendência. "A impressão de objetos em 3D é uma tecnologia relativamente nova e, como tal, ainda não consegue alcançar grande número de pessoas, por causa do alto custo. Uma empresa dessa área, para se mostrar inovadora, deve ter como preocupação popularizar a impressão, pesquisando as demandas da sociedade".
Sobre o Cietec
O Cietec, Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia, inaugurado em abril de 1998, tem como missão incentivar o empreendedorismo e a inovação tecnológica, apoiando a criação, fortalecimento e a consolidação de empresas e empreendimentos inovadores de base tecnológica. Em suas unidades de negócio, São Paulo e Mogi das Cruzes, são conduzidos processos de incubação de empresas inovadoras, em diferentes níveis de maturidade. Nesses processos o Cietec oferece serviços de apoio para demandas nas áreas de gestão tecnológica, empresarial e mercadológica, além de infraestrutura física para a instalação e operação dessas empresas. O Cietec possibilita a ampliação d o índice de sobrevivência e competitividade das micro e pequenas empresas, oferecendo a excelência de sua infra-estrutura, a capacitação do seu recurso humano e a comer cialização e busca por inve stimento, como o investimento-anjo, capital semente e venture capital (capital de risco).Siga o perfil exclusivo da Trama sobre Inovação: @tramainova
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- 28/07/2015 - A prisão do pai do programa nuclear brasileiroFonte: Jornal GGNNa operação Eletrobrás, a Lava Jato prendeu o Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva. Seu nome apareceu na delação premiada de Danton Avancini, diretor da Camargo Correia, que lhe teria feito três pagamentos.
Ainda há que se esperar o processo final. Hoje em dia tem-se um grupo de procuradores e delegados avalizados por um juiz e, por um conjunto de circunstâncias históricas, donos do poder absoluto de levantar provas, julgar e condenar sem a possibilidade do contraditório, valendo-se de forma indiscriminada da parceria com grupos jornalísticos.
Em outros momentos, o uso indiscriminado de denúncias por jornais produziu grandes enganos e manipulações.
É possível que Othon seja culpado, é possível que não seja, pouco importa: desde hoje está na cadeia o pai do programa nuclear brasileiro.
O Brasil deve a Othon o maior feito de inovação da sua história moderna: o processo de enriquecimento de urânio através de ultra centrífugas. Foi um trabalho portentoso, que sobreviveu às crises do governo Sarney, ao desmonte da era Collor, aos problemas históricos de escassez de recursos, enfrentando boicotes externos, valendo-se de gambiarras eletrônicas para contornar a falta de acesso a componentes básicos, cuja exportação era vetada por países que já dominavam a tecnologia.
Aqui, um perfil de Othon trazido pelo nosso blogueiro Athos:
Quem é Othon Luiz Pinheiro da Silva?
No dia 14 de Setembro desse ano (artigo de 2011), o Dr. Othon Luiz Pinheiro da Silva recebeu o título de Pesquisador Emérito do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) durante a comemoração dos 55 anos do instituto. Chamado até de "lenda viva" na cerimônia, há quem diga que conhecer a carreira de Othon é conhecer a história da energia nuclear no País.
E você leitor, sabe quem é "esse cara"?
CURRICULUM VITAE
Nascido em 1939 em Sumidouro (RJ), Othon formou-se pela Escola Naval em 1960, iniciando sua carreira na Marinha no quadro de Oficiais do Corpo da Armada. Formou-se em Engenharia Naval pela Escola Politécnica de São Paulo em 1966, atuando como engenheiro naval do Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) entre 1967 e 1974. Em 1978, Othon obteve sua especialização em engenharia nuclear no Massachussetts Institute of Technology (MIT).
Foi Diretor de Pesquisas de Reatores do IPEN entre 1982 e 1984 e foi fundador e responsável pelo Programa de Desenvolvimento do Ciclo do Combustível Nuclear e da Propulsão Nuclear para Submarinos entre 1979 e 1994. Exerceu o cargo de Diretor da Coordenadoria de Projetos Especiais da Marinha (COPESP), atual Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), de 1986 a 1994.
É o autor do projeto de concepção de ultracentrífugas para enriquecimento de urânio e da instalação de propulsão nuclear para submarinos.
Atingiu, na Marinha do Brasil, o mais alto posto para os Engenheiros Navais: o de Vice-Almirante.
Desde outubro de 2005, exerce a presidência da Eletronuclear - Eletrobrás Termonuclear, empresa sediada no Rio de Janeiro, responsável pela construção e pelo gerenciamento das usinas nucleares brasileiras.
Já recebeu diversos prêmios, entre os quais a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico por serviços prestados à ciência e à tecnologia, prêmio este oferecido em 1994 pelo então presidente da República Itamar Franco.
OTHON E O PROGRAMA NUCLEAR DA MARINHA
"Othon começou o projeto de separação isotópica do urânio com muita criatividade, liderança e engenharia reversa", disse o Dr. Spero Penha Morato, ex-superintendente do IPEN, em seu discurso em homenagem ao Dr. Othon, na cerimônia de entrega do título de pesquisador emérito.
O projeto, que começou em 1979, produziu os primeiros resultados em laboratório já em 1982: a conversão do yellowcake (U3O8) em hexafluoreto de urânio (UF6), etapa que antecede o enriquecimento isotópico. O passo seguinte foi a produção de 24 toneladas de hexafluoreto de urânio através do financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Para o enriquecimento isotópico, Othon desenvolvia, paralelamente à conversão e de forma secreta, centrífugas de última geração, com mancais magnéticos que minimizam o atrito. A única forma de entender rapidamente o funcionamento destes mancais naquela época era serrando uma bomba de vácuo com o mesmo tipo de mancais que havia no IPEN. E Othon fez isso, irritando, claro, muitas pessoas no projeto. Mas, foi com lances ousados como este - acrescentou o Dr. Spero Morato - que Othon pôs o seu projeto para frente.
O jornalista Lourival Sant'anna publicou, em 2004, uma reportagem no jornal O Estado de São Paulo revelando alguns fatos interessantes que marcaram o projeto. Reproduzo, abaixo, boa parte dessa matéria.
Em 1974, Othon Luiz Pinheiro da Silva, então um capitão-de-corveta de 35 anos, foi escalado para acompanhar a construção de submarinos brasileiros da classe Tonelero num estaleiro da Inglaterra. O jovem oficial estava indo a contragosto. Um mês antes de sua sombria partida, no entanto, um almirante sugeriu ao então ministro da Marinha, Geraldo Azevedo Henning, que o enviasse para o Massachusetts Institute of Technology, nos EUA, para uma pós-graduação em engenharia nuclear.
O ministro Henning, que havia feito uma viagem da Bahia para o Rio em um submarino nuclear americano e ficara entusiasmado, acatou a sugestão. Até então, o contato mais estreito de Othon com energia nuclear tinha sido uma visita ao reator do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em 1967, quando terminava o curso de engenharia naval na Politécnica da USP.
O Brasil já havia comprado em 1972 o reator de Angra 1, da americana Westinghouse, com a promessa de fornecimento de combustível - processado nos EUA - por 30 anos. Mas, em 1974, começou-se a levantar dúvidas sobre as garantias desse fornecimento. No ano seguinte, o general Ernesto Geisel firmava o acordo nuclear com a Alemanha, que incluía não só as centrais, mas também o ciclo de enriquecimento de urânio.
Até a década de 70, o minério era enriquecido por "difusão gasosa”. Um novo método, mais eficiente e econômico, o da ultracentrífuga, vinha sendo desenvolvido, e o primeiro a dominá-lo em escala comercial foi o consórcio Urenco, formado por Inglaterra, Holanda e Alemanha. O Brasil queria essa tecnologia.
Na última hora, no entanto, os alemães informaram que não poderiam incluí-la no pacote, porque a Holanda, por pressão americana, tinha vetado sua venda ao Brasil. Em seu lugar, os alemães ofereceram aos brasileiros o jet nozzle, um método "muito promissor”, segundo eles, de separação do urânio 238 do 235. Enriquecer urânio é aumentar o teor de 235. Na natureza, o urânio 235 representa apenas 0,7% do minério e o 238, os outros 99,3%. "Quem tivesse feito um curso razoável de física no ensino médio já não compraria esse método”, ironiza Othon. O professor Manson Benedict, um papa do MIT em energia nuclear, deu na época uma aula sobre o jet nozzle, concluindo: "Os brasileiros acreditaram e compraram isso”.
Em 1979, quando Othon voltou ao Brasil, a Marinha não sabia o que fazer com ele. Depois de quatro ou cinco dias de hesitações, levaram o recém-promovido capitão-de-fragata até o diretor-geral de Material da Marinha, o almirante Maximiano da Fonseca. "Você, que cursou esse negócio, quais as nossas chances de ter uma produção nuclear aqui no Brasil?”, perguntou-lhe, de chofre, o almirante. Othon pediu três meses para redigir um relatório. O oficial ficou subordinado à Diretoria de Engenharia. Ao se apresentar, ouviu de seu novo chefe: "Evidentemente não pode ficar um oficial por conta só dessas coisas nucleares”. Othon passou a dividir sua carga horária com o cargo de gerente de um projeto de navio de apoio fluvial. Assim começava o programa de pesquisa nuclear brasileiro: com um oficial em meio expediente.
Othon propôs que o Brasil desenvolvesse sua própria tecnologia. Em outubro de 1978, o então contra-almirante Mário César Flores, do Estado-Maior da Marinha, convocou Othon para dar explicações, depois de ouvir especialistas. A caminho de Brasília, Othon se encontrou no aeroporto com o comandante João Maria Didier Barbosa Viana, que também tinha feito engenharia nuclear no MIT. "Segui o seu caminho”, contou-lhe Othon. "Então você deve estar indo a Brasília pelo mesmo motivo que eu”, especulou Didier. "Tem um louco dizendo que é possível desenvolver o ciclo do combustível nuclear no Brasil.”
Othon passou o dia inteiro respondendo às perguntas que um capitão-de-mar-e-guerra pós-graduado em Monterey (Califórnia) formulava, enquanto Flores fingia ler um jornal. O oficial saiu com a sensação de que tinha ido a Brasília à toa. Pouco mais de um mês depois, foi chamado de novo. "Vai ser outra chatice”, pensou. "Este oficial foi escalado para uma das missões mais importantes que um oficial da Marinha já teve no Brasil”, anunciou solenemente o vice-chefe do Estado-Maior da Marinha, Arthur Ricart da Costa, apresentando Othon ao seu chefe, o almirante Carlos Auto de Andrade. "Deus o ilumine.”
Othon veio para São Paulo e começou a "costurar alianças” com instituições como o IPEN, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e o Centro Técnico Aerospacial (CTA), em São José dos Campos, que estava desenvolvendo um método de enriquecimento de urânio com raio laser. Depois de consultar especialistas, Othon constatou que a opção do laser não seria viável nos próximos 20 anos, e se fixou na ultracentrífuga.
O objetivo último da Marinha era desenvolver reatores e todos os demais equipamentos da propulsão para submarinos movidos a energia nuclear. Se um submarino movido a diesel - como os que o Brasil usa - partir da Baía de Guanabara, em sua velocidade máxima, antes de chegar a Cabo Frio terá de se aproximar da superfície para o snorkel tomar ar, para pôr em funcionamento seu motor e assim recarregar as baterias. Navegando próximo à superfície, pode ser captado com facilidade por sensores infravermelhos. Para ficar no máximo dez dias no fundo, um submarino a diesel tem de se manter praticamente parado. O submarino nuclear projetado pela Marinha trocaria de combustível em dez anos. O limite de permanência no fundo seria de 45 dias.
Entretanto, a Marinha concluiu que em primeiro lugar era preciso viabilizar o ciclo do combustível e adquirir capacidade de enriquecer urânio. "Autonomia é muito importante”, diz Othon, que aos 65 anos tem hoje uma empresa de consultoria na área de energia. "Inspirei-me na solução que eu imaginei que os americanos estavam desenvolvendo na época em que eu era aluno do MIT, mas com a qual nunca tive contato”, conta o almirante. "É óbvio que a centrífuga americana é muito mais espetacular que a nossa.” Mas, segundo ele, a brasileira sai muito mais barato e os materiais importados necessários para sua fabricação não entram no rol dos itens nucleares sensíveis, sujeitos a embargos internacionais.
O programa capacitou indústrias brasileiras a fabricar as válvulas, sensores e medidores das centrífugas. Othon recrutou cientistas e técnicos do Brasil todo. "Onde tivesse alguém que pudesse ajudar, a gente ia conversar.” O sigilo era resguardado por um termo de compromisso. "Foram 14 anos da minha vida, cada dia um desafio”, lembra o hoje almirante da reserva, que dirigiu o programa entre 1979 e 94. Inicialmente, o projeto era secreto e ficou abrigado num departamento fictício, criado para isso, chamado de Coordenação para Projetos Especiais (Copesp), dentro da Comissão Naval de São Paulo.
A primeira dificuldade de Othon foi formar equipe. Quando assumiu, em 1979, o general João Baptista Figueiredo baixou portaria proibindo contratações no setor público. Othon recorreu ao Estado de São Paulo - e a uma artimanha. Fez um memorando à Secretaria de Ciência e Tecnologia, solicitando a contratação de 20 engenheiros e 40 técnicos para trabalhar no Ipen, num "projeto de interesse das Forças Armadas”. Se assinasse sozinho, no entanto, ficaria fácil para a secretaria pedir a análise do Estado-Maior da Marinha, onde o memorando provavelmente pararia. Então Othon pediu a um tenente-coronel da FAB que também assinasse. "Assim, não vão saber para que Força perguntar.” Deu certo.
De posse dessa contratação, Othon, na época capitão-de-fragata, atreveu-se a saltar a hierarquia e procurar o então ministro da Marinha, Maximiano da Fonseca: "Almirante, estou numa situação complicada. O Estado de São Paulo colocou 20 cientistas no projeto, liderado pela Marinha, e ela não colocou nenhum”. No fim, conseguiu convencer o ministro a contratar o dobro de cientistas e técnicos. "Fiquei com um exército de 60 engenheiros e 120 técnicos”, exulta Othon. No seu auge, no início dos anos 90, o programa chegaria a ter 680 engenheiros trabalhando internamente e outros 300 do Departamento de Pesquisa de Reatores do IPEN, do qual Othon era chefe.
Mas nem tudo era ciência: habilidade e jeitinho também contaram. Othon lembra que uma centrífuga antiga, importada na década de 50, utilizada para treinar equipes e dissimular o esforço principal do projeto, havia parado porque tinha um eixo flexível que quebrava com freqüência e tinha de ser trazido da Alemanha. "Eu tinha um técnico, Zequinha, muito habilidoso, que fazia um eixinho novo em três dias. Levei para ele o projeto e fizemos o primeiro juntos”, conta Othon. "No Arsenal de Marinha, não precisava importar. Era só ligar para o Zequinha.”
Em 1987, num gesto de distensão, o então presidente José Sarney decidiu trazer seu colega argentino, Raúl Alfonsín, para a entrada em operação de um conjunto de 48 centrífugas em Aramar. A inauguração estava marcada para 15 de março. Algumas semanas antes, o indiano naturalizado brasileiro Kesavan Nair, doutor em física de reatores mas também astrólogo, procurou Othon, com uma expressão preocupada: "Quinze de março ‘não bom’”, disse, mostrando uma listagem de computador, na qual uma nuvem negra cobria a data.
Othon ligou para o então ministro da Marinha, almirante Henrique Saboia. "Você acredita nisso?”, perguntou o ministro. "Não”, respondeu Othon. "Eu também não, mas, por via das dúvidas, pergunte quando está bom para inaugurar.” A partir de 28 de março, informou o indiano. Saboia foi falar com Sarney. Mais tarde, ligou para Othon: "Não se preocupe. O presidente é mais supersticioso que nós dois juntos.” A cerimônia ficou para 8 de abril.
Othon guarda até hoje uma planilha de todos os custos do projeto, ano a ano. No total, foram gastos US$ 663 milhões. Aí estão incluídos: o desenvolvimento do ciclo de combustível (projeto Ciclone), da propulsão do submarino (projeto Remo), do submarino propriamente dito, e a infra-estrutura.
"Desafio a me mostrarem no mundo todo um desenvolvimento do ciclo do combustível e da propulsão nuclear com esse custo”, diz ele. Quando deixou o programa, havia quase 700 centrífugas na "colônia”, em Aramar, pelas quais o urânio vai passando e enriquecendo-se gradualmente. A centrífuga americana enriquece bem mais do que a brasileira. A diferença está no custo, que Othon ilustra assim: digamos que sejam necessárias 20 centrífugas brasileiras para produzir o que uma americana produz. Acontece que o custo de 20 brasileiras é menor que o de uma americana.
Em 1994, o Vice-Almirante Dr. Othon Pinheiro da Silva, com 55 anos, teve de deixar o projeto ao completar seu tempo de serviço militar ativo. Os detalhes desse projeto ainda são mantidos a sete chaves, sob pena de prisão pelo vazamento de segredos científicos.
O fato é que o desenvolvimento da tecnologia de ultracentrifugação de urânio é um marco de sucesso na história tecnológica do Brasil e o Dr. Othon teve um papel fundamental nisso guiado pelo lema do CTMSP: "Tecnologia Própria é Independência”.
Uma salva de palmas!
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- 23/07/2015 - Pentaquarks, mais um passo para decifrarmos o universoCom a observação dessas partículas, a ciência se aproxima cada vez mais da constituição da matéria
Com a observação dessas partículas, a ciência se aproxima cada vez mais da constituição da matéria
Fonte: Web Jornal UnespO maior laboratório de física do mundo, o CERN (Organização Europeia para Pesquisa Nuclear), localizado na Suíça, é onde se encontra o Grande Colisor de Hádrons (LHC). Famoso por sua descoberta, em 2012, do Bosón de Higgs, popularmente conhecido como partícula de Deus, fez novamente uma grande observação: o pentaquark. Desde a década de 60, era apenas uma hipótese improvável jamais observada, mas no dia 14 de julho um artigo foi divulgado à Physical Review Letters, conceituada revista científica de física, confirmando esse fato histórico.
O que são pentaquarks?
Essa nova classe de partículas é explicada a partir do átomo, com seu núcleo dividido em prótons e nêutrons. Estes, por sua vez, são constituídos fundamentalmente em quarks, partículas ainda menores que geram várias combinações e classes de partículas como bárions e mésons. O pentaquark seria uma nova combinação, com quatro quarks e um antiquark (o equivalente em antimáteria de um quark comum).
Guilherme Zahn, físico e pesquisador do Centro do Reator de Pesquisas do IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), destaca a importância desse acontecimento: "a descoberta do pentaquark nos dá uma oportunidade enorme de aumentar o nosso conhecimento sobre o ‘funcionamento’ do quark e, por consequência, sobre o funcionamento do nosso universo na escala mais microscópica possível."
O porta-voz do CERN, Guy Wilkinson, relatou em entrevista à Physical Review Letters, que após essa observação poderemos entender mais sobre como é constituída toda a matéria, à qual somos feitos. "O pentaquark não é qualquer nova partícula, ele representa uma forma de agregar quarks, nomeadamente os constituintes fundamentais de prótons e nêutrons normais, em um padrão que nunca foi observado antes em mais de 50 anos de pesquisas experimentais. Estudando suas propriedades podem nos permitir entender melhor como a matéria comum, os prótons e nêutrons a partir do qual estamos todos feitos, é constituído."
A descoberta
O grande problema na identificação da partícula, segundo Zahn, estava na quantidade de energia utilizada, até então imprecisa. Com uma atualização do LHC, foi possível fazer colisões em que a energia liberada fosse grande o bastante para permitir a formação de pentaquarks.
Os pesquisadores do LHC identificaram a existência do pentaquark examinando o decaimento da partícula Bárion, conhecida como Lambda b, se dividindo em três partículas. O estudo do espectro de massas de duas delas revelaram que estados intermediários eram envolvidos na sua produção.
Os pentaquarks são muito instáveis, de difícil acompanhamento. O próximo passo é analisar como os quarks estão vinculados no interior deles. Seu estudo é extremamente importante para o ramo de pesquisa da constituição da matéria, afinal basicamente tudo é constituído por quarks, além da resposta às perguntas mais fundamentais dos mistérios do universo, que o homem tenta incessantemente responder.
No Brasil
Zahn relata que o Brasil ainda não investe o suficiente no setor de pesquisa e desenvolvimento tecnológico quanto deveria. "Historicamente, se investe pouco em ciência e tecnologia. Mais que isso, o investimento não tem ligação com a indústria, restringindo-se principalmente às universidades e institutos de pesquisas públicos e, com isso, acaba havendo pouca aplicação tecnológica para o investimento científico." Ressalta também que há linhas de pesquisa nacionais que podem ganhar diretamente com essa descoberta.
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- 22/07/2015 - Próteses sob medidaAlém da Unicamp, participam do Biofabris as universidades de São Paulo (USP), as federais de São Paulo (Unifesp) e do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Instituto de Pesquisas Energética e Nucleares (Ipen) e o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), entre outras instituições
Além da Unicamp, participam do Biofabris as universidades de São Paulo (USP), as federais de São Paulo (Unifesp) e do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Instituto de Pesquisas Energética e Nucleares (Ipen) e o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), entre outras instituições
Fonte: Agência FAPESP
Dinorah Ereno | Revista Pesquisa FAPESP
Uma prótese de titânio feita sob medida transformou a vida da estudante Jessica Alves Farias Cussioli, de 23 anos. Após um grave acidente em setembro do ano passado, em Araçatuba, interior de São Paulo, quando caiu da moto e bateu a cabeça em uma caçamba de entulho, Jessica teve afundamento profundo na lateral direita do crânio, em uma região que começa nos olhos e vai até o alto da cabeça.
Oito meses depois, no dia 26 de maio, ela se tornou a primeira paciente a receber um implante craniofacial de titânio no Brasil, procedimento feito no Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (HC-Unicamp).
A fabricação da prótese feita sob medida pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Biofabricação (INCT-Biofabris), sediado na Unicamp e financiado pela FAPESP e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), faz parte de um longo processo de pesquisa e desenvolvimento multidisciplinar iniciado em 2009.
Além da Unicamp, participam do Biofabris as universidades de São Paulo (USP), as federais de São Paulo (Unifesp) e do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Instituto de Pesquisas Energética e Nucleares (Ipen) e o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), entre outras instituições. "Trabalhamos no desenvolvimento de polímeros, biopolímeros, materiais metálicos e cerâmicos, destinados a diversas aplicações”, diz o engenheiro químico Rubens Maciel, professor da Faculdade de Engenharia Química (FEQ) da Unicamp e coordenador do Biofabris.
Os estudos de desenvolvimento de novos materiais envolvem ainda testes in vitro e in vivo para avaliar se não causarão nenhum problema ao paciente, no caso de uma futura implantação. "Sua atuação no organismo não pode ser nociva às células nem prejudicar o corpo no local onde está implantado.”
A operação de Jessica durou mais de oito horas e teve a participação de uma equipe médica composta por quatro cirurgiões plásticos e um neurocirurgião. O procedimento cirúrgico foi a última etapa de um trabalho colaborativo que envolveu médicos e pesquisadores durante três meses. A parceria entre o instituto e o HC começou logo após a inauguração do Biofabris.
"Após uma longa conversa com Rubens Maciel e André Jardini [engenheiro mecânico e pesquisador do instituto Biofabris], percebi que poderíamos ter uma parceria científica”, relata Paulo Kharmandayan, professor e coordenador da área de Cirurgia Plástica do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, integrante do Biofabris.
Além da convergência de interesses nas linhas de pesquisa, também havia a proximidade física dos laboratórios. "Foi uma tarde inteira de conversas em que expus as minhas necessidades na área médica e eles se propuseram a encontrar soluções para as demandas apresentadas.” À medida que o tempo passou e o instituto cresceu, apareceram mais perguntas e propostas. "Atualmente fazemos reuniões semanais e a cada discussão surgem novas ideias.”
A tarefa de fabricação dos três implantes personalizados de titânio que compõem a prótese e formam uma superfície de 10 centímetros de comprimento demorou 20 horas. O primeiro passo para a fabricação de uma prótese é fazer, por meio de tomografia, imagens da área do corpo que necessita de reparos. Essas imagens são colocadas no programa InVesalius, um software desenvolvido pelo CTI, responsável pela reconstrução da parte afetada em 3D.
A partir da comparação da parte preservada com a afetada por trauma ou acidente, os pesquisadores criam uma prótese com a dimensão e o formato mais apropriado, preservando a aparência e recuperando a função original de proteção ao cérebro.
Com base nesse modelo virtual da cabeça do paciente, são feitos então um crânio-modelo e uma prótese em nylon por impressão 3D. "O planejamento virtual é uma etapa demorada, em que o programador e a equipe médica discutem todos os ajustes necessários, antes de chegar à prótese definitiva, em metal”, explica Kharmandayan.
Acabamento e esterilização
Na etapa final, de fabricação da prótese metálica, uma liga com pó de titânio é colocada dentro da máquina de manufatura aditiva, técnica de impressão em que um modelo tridimensional é criado por sucessivas camadas de material. O pó é sinterizado a laser e forma as camadas com 0,4 milímetro.
Dependendo da peça, a fabricação pode demorar até um dia para o processo ser finalizado. Depois de retirada da máquina, a peça é submetida a um tratamento térmico ou químico e, no caso de ser usada em aplicações médicas para implantes, ainda passa por um processo de limpeza, acabamento superficial para retirada de resíduos e esterilização.
Leia a reportagem completa revistapesquisa.fapesp.br/2015/07/15/proteses-sob-medida/.
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- 21/07/2015 - Interagindo com Dinossauros num Brasil Pré-históricoFonte: Folha de S. Paulo
ANA PAULA FREITAS
DA "VICE"A poucos minutos da Marginal Pinheiros, em São Paulo, existe um oásis urbano: um complexo de bosques, predinhos de arquitetura industrial, ciclovias e pistas de corrida chamado Cidade Universitária. O lugar é repleto de gente com livros embaixo do braço, atletas e jovens, mas também há espaço para espécies mais exóticas. Na última semana vi, mesmo, dinossauros –e sim, eu estava sóbria e posso explicar.
Em um dos prédios do local, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), ao lado de dezenas de salinhas de aspecto burocrático em corredores de concreto brilhante, trabalham os engenheiros de software Pedro Kayatt e Keila Matsumura, sócios-fundadores da VR Monkey, uma empresa de tecnologias em realidade virtual. Dentro de um cubículo sem janelas, a dupla se dedica a criar ao lado de outros desenvolvedores uma versão paleontóloga de Deus: um módulo para Oculus Rift que se passa em um Brasil pré-histórico habitado por dinossauros.
Para quem não sabe, o Oculus Rift é um gadget de realidade virtual cuja criação e lançamento foram financiados pelo Kickstarter em US$2,4 milhões, mas a iniciativa gerou interesse de outros investidores e o projeto chegou a receber cerca de US$75 milhões em aportes. Há pouco mais de um ano, o Facebook anunciou a aquisição da Oculus VR, a empresa por trás do projeto, por US$2 bilhões.
É fácil usar os óculos: é só ligar e colocar na cabeça junto dos fones de ouvido para explorar mundos em 3D de modo imersivo. Muitos comentaristas dizem que a versão final do brinquedo (que já é vendida para desenvolvedores) deve revolucionar o entretenimento. Estima-se que, dentro de três anos, 30% das residências americanas tenham algum dispositivo de realidade virtual, como o Oculus. "Estamos trabalhando com algo que ainda não existe e realizando o sonho de muitos paleontólogos, que é interagir com um dinossauro", me disse Pedro, empolgado, em uma sala de reunião perto do pequeno escritório da VR Monkey.
Dinos do Brasil, o módulo que a empresa desenvolve para dispositivos de realidade virtual, não é jogável: trata-se de uma criação educativa, uma viagem virtual por um mundo em que é possível ver e interagir com dinossauros brasileiros sobre os quais a maioria de nós sequer ouve falar na escola. A intenção de Pedro e Keila é exibir o projeto em museus e, assim, criar referências diferentes para esse universo. "Quero que, quando falarmos em dinossauros, as crianças se lembrem de alguma espécie brasileira, e não do T-Rex", diz Keila.
O primeiros fósseis em território nacional foram encontrados em 1897, na Paraíba. Até 1999, só havia três espécies de dinos brasileiros. De 2000 pra cá, foram descobertas outras 18 em mais de oito estados brasileiros, de norte a sul.
No total, temos 21 bichos que não devem nada para os famosos répteis pré-históricos que conhecemos por causa de Hollywood. Dois deles, o Uberabatitan, o maior dino brasileiro, com até 6 metros de altura e 15 de comprimento, e o Abelissauro (que é o primo brasileiro do T-Rex), aparecem na demo do módulo que a empresa está desenvolvendo: um tour de cinco minutos que apresenta o potencial do projeto.
O visitante (eu, no caso) começa dentro de uma caverna. Um narrador de voz bem grave então explica as dificuldades de reconstruir um mundo pré-histórico em realidade virtual: pesquisadores, cientistas, modeladores, designers, roteiristas, engenheiros de som, especialistas em realidade virtual e programadores precisam trabalhar em conjunto.
Quando a demo terminou, desejei que fosse mais longa. É pouco tempo com os bichos –aliás, a sensação que a experiência passa é essa: são bichos. Aos vê-los de perto e em primeira pessoa, a impressão que tive sobre os dinossauros de programação da Keila e do Pedro é mais ou menos a mesma de quando você reconhece bichos carismáticos em animais do zoológico que, em filmes e na TV, pareciam meio monstruosos.
A VR Monkey pretende começar a exibir a exposição interativa Dinos do Brasil no Museu Catavento Cultural em São Paulo. O projeto está em fase de captação de recursos pela Lei Rouanet– eles precisam de quase 3 milhões de reais, que prevêem gastos de produção do projeto, equipamento e hardware e marketing, por exemplo. Na exposição final, 25 pessoas usando Oculus Rift ocuparão uma sala enquanto assistem ao módulo.
Pedro e Keila não duvidam por um segundo de que serão capazes de captar a quantidade de dinheiro necessária pra transformar o Dinos do Brasil em um dos primeiros tours educativos com Oculus Rift do mundo. Depois de testar a demo, confesso que espero que eles estejam certos: o mundo merece ver dinossauros como eu vi.
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- 20/07/2015 - Qual o papel da Amazônia no balanço de emissão de carbono?Programa SP Pesquisa que foi ao ar no domingo (19/7), na UNIVESP TV, acompanha o trabalho da cientista que foi capa da revista Nature
Programa SP Pesquisa que foi ao ar no domingo (19/7), na UNIVESP TV, acompanha o trabalho da cientista que foi capa da revista Nature
Fonte: UNIVESP
O programa SP Pesquisa que foi ao ar no domingo (19/7), na UNIVESP TV, apresenta o trabalho de uma brasileira que estampou a capa da revista científica Nature de fevereiro. Pesquisadora do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), Luciana Vanni Gatti mostra qual é o papel da Floresta Amazônica no balanço de emissões de carbono. A cientista usou um método que permitiu a medição da concentração dos gases de efeito estufa em vários pontos da floresta, em diferentes meses do ano, e descobriu que a quantidade de chuva altera completamente o papel da floresta na emissão do CO², o principal gás que contribui com o aquecimento global.
Um grupo de cientistas do projeto "Chuva”, também do Ipen, situado em Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo, investiga como a poluição interfere na formação das nuvens e no regime de chuvas em várias partes do país.
O desafio dos cientistas é saber exatamente qual é o papel da Amazônia na emissão de gases do efeito estufa, se é uma importante fonte de emissão de carbono, por causa das queimadas e desmatamentos, ou um absorvedor de quantidades gigantescas do gás.
No Brasil, as queimadas e o desmatamento na Amazônia são as principais fontes de lançamento de carbono na atmosfera. O trabalho de Gatti pode dar respostas mais precisas sobre como são os ciclos de emissão e captura de gases que contribuem com o aquecimento global. A pesquisa foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pelo Natural Environment Research Council (Nerc), iniciativa do Reino Unido de fomento à pesquisa e inovação em países emergentes.
O laboratório de pesquisa de Vanni Gatti conquistou padrões de rigor na análise que o torna o único credenciado no Brasil pela rede universal de medidas de gases de efeito estufa da Organização Meteorológica Mundial, agência da Organização das Nações Unidas.
Os cientistas do projeto "Chuva”, que estudam a distribuição e formação desse fenômeno no país, utilizam vários métodos e equipamentos que revelam como se formam e o que ocorre dentro das nuvens. Para isso, foram realizados experimentos em seis cidades do país: Alcântara, no Maranhão; Fortaleza, no Ceará; Belém do Pará; São José dos Campos, São Paulo; e Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
Assista às duas partes da reportagem e saiba mais sobre o trabalho de Luciana Vanni Gatti: