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- 19/05/2015 - IF/USP oferece curso de Microscopia de Força Atômica e TunelamentoAulas são gratuitas e os interessados devem se inscrever como alunos especiais; pré-requisito básico é ter formação nas áreas de Exatas ou Biomédicas.
Aulas são gratuitas e os interessados devem se inscrever como alunos especiais; pré-requisito básico é ter formação nas áreas de Exatas ou Biomédicas.
Fonte: Assessoria de Comunicação do IFUSP
A coordenadora do Laboratório de Filmes Finos do Instituto de Física da USP (IF/USP), professora Maria Cecília Salvadori, oferece a partir de agosto o curso de Microscopia de Força Atômica e Tunelamento. O curso é gratuito, tem duração de quatro meses e as aulas acontecem àsterças e quartas-feiras, das 10h às 12h. São 12 vagas e o único pré-requisito éterformação nas áreas de Ciências Exatas ou Biomédicas. O interessado deve se matricular como aluno especial entre os dias 13 e 17 de julho na Secretaria de Pós Graduação do IF (Rua do Matão, 187, Travessa R, Edifício Principal, Ala 2, fone: 11 3091-6901), entre 11h e 11h30 ou entre 14h e 15h.
A microscopia de força atômica (AFM) é uma microscopia que não envolve lentes, e pressupõe diferentes modos de operação para obtenção de imagens. Na AFM de contato, por exemplo, uma sonda interage com a superfície, realizando uma varredura, como um scanner, e gerando ponto a ponto as coordenadas x, y e z. Por meio de um software, a técnica possibilita a reconstrução de uma superfície em 3D, podendo chegar à resolução atômica.
É muito usada para caracterizar morfologicamente materiais, com precisão em escala micro, nano ou subnano. "Trata-se da técnica de maior precisão em termos de caracterização de estruturas verticais, possibilitando inclusive, a realização de medidas em ar e em meio líquido, e a obtenção de imagens com resolução superior à das imagens obtidas com técnicas mais conhecidas, como a microscopia eletrônica de varredura”, explica a professora Salvadori.
Ela diz que a maioria dos interessados pelo curso é composta por estudantes de diversas áreas, como engenharia, física, química, biologia, mas as vagas são abertas também para profissionais que atuam no mercado. No meio profissional, a AFM pode ser usada em diversas áreas. "Na biologia, é muito útil para caracterizar células, inclusive conseguimos uma imagem incrível de uma célula no momento da divisão; na seara da química, para caracterizar nanopartículas, espalhadas em superfícies lisas como silício, vidro ou mica; na área da engenharia, para caracterização de compósitos: polímeros misturados a aditivos como argila, por exemplo. Neste caso, é possível verificar como esses materiais estão distribuídos na superfície por meio das propriedades mecânicas dessa superfície”, exemplifica a professora.
As seis primeiras semanas do curso são compostas por aulas expositivas e experimentais quanto de demonstrativas, estas últimas no laboratório. Depois de seis semanas, quando os participantes já estão familiarizados com a AFM, inicia-se a fase de discussão de projetos. Cada um propõe um projeto, que será desenvolvido durante quatro horas de curso. "Enquanto um aluno está realizando a caracterização da amostra que trouxe, os outros assistem; isso possibilita uma vivência muito rica, com discussões em cima de casos reais”, afirma.
Ao final do curso, os participantes estarão aptos a interpretar corretamente imagens obtidas nessas técnicas, em diversos modos de operação; avaliar a adequação das técnicas para caracterização de amostras e, propriamente, fazer uso das técnicas, levando em conta que o Laboratório de Filmes Finos presta serviços oferecendo esse tipo de caracterização para diversos usuários.
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- 18/05/2015 - Material radioativo roubado no interior do Rio Grande do SulCrime ocorreu na madrugada desta segunda-feira (18/5).
Crime ocorreu na madrugada desta segunda-feira (18/5).
Fonte: Comunicação Social CNEN
Uma embalagem com molibdênio-99, material radioativo que seria usado para diagnósticos em Medicina Nuclear, foi roubada na madrugada desta segunda-feira (18/5) quando era transportada no interior do Rio Grande do Sul. A substância, mesmo tendo uma atividade radioativa relativamente baixa, pode oferecer riscos à saúde caso sua estrutura de blindagem seja violada.
O material saiu do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), unidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) em São Paulo, com destino à Associação Hospital Caridade de Ijui (RS). O roubo ocorreu na BR-386, na altura da cidade de Carazinho (RS), por volta das 4h50min, conforme Boletim de Ocorrência registrado em delegacia de Polícia Civil local.
A CNEN solicita a quem tiver conhecimento do paradeiro deste material que entre em contato com as autoridades policiais. O molibdênio está em uma blindagem de chumbo acondicionada em uma embalagem plástica de cor azul, semelhante a um balde. Técnicos da CNEN estão em contato com as autoridades policiais para dar orientações de manipulação do material, caso seja necessário.
Informações:
Comunicação Social CNEN: (21) 2173 2130 / 99218 6423 / 99431 8658.
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- 11/05/2015 - Coppe-UFRJ usará ressonância magnética nuclear em pesquisas de petróleoFonte: EBC
Um equipamento de ressonância magnética nuclear, desenvolvido com tecnologia nacional, será utilizado para monitoramento e exploração de poços de petróleo pelo Laboratório de Engenharia de Poços e Engenharia Mecânica do Instituto Alberto Luiz Coimbra da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ). A instituição já tem parcerias com a Petrobras, a BR, a Petrogal para a utilização da tecnologia.
O projeto do equipamento de ressonância magnética nuclear que será usado em poços de petróleo teve financiamento de R$ 1,8 milhão da Finep Divulgação/Petrobras
O aparelho Specfit foi inteiramente desenvolvido no Brasil pela empresa Fine Instrument Technology (FIT) e adquirido pelo Programa de Planejamento Energético da Coppe com recursos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), informou hoje (11) o coordenador do programa, professor Maurício Arouca.O projeto teve financiamento de R$ 1,8 milhão da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência,Tecnologia e Inovação, para o desenvolvimento da tecnologia.
O equipamento será usado no desenvolvimento de aplicações de ressonância para monitoramento e exploração dos poços de petróleo. Segundo Arouca, essa será a primeira vez que serão feitas aplicações de ressonância em laboratório. "Esse é o primeiro [aparelho] feito no Brasil com essa finalidade”, confirmou.
Atualmente, existem aplicações de ressonância na exploração de petróleo por uma única empresa no mundo (Schlumberger), mas com instrumentos dentro dos poços. O Laboratório de Engenharia de Poços pretende utilizar o Specfit para trabalhar com empresas que atuam na exploração de petróleo no Brasil.
O professor explicou que a ressonância é uma tecnologia nova no mundo. O primeiro equipamento comercial, da empresa norte-americana GE e da alemã Siemens, foi feito em 1983 e voltado para a área da saúde. "Agora, está se começando a fazer uma série de aplicações para outras áreas, como alimentos, segurança e petróleo”.
A perfuração e a operação dos poços de petróleo demandam o desenvolvimento de tecnologias para extrair petróleo de dentro da rocha. Para isso, é necessário conhecer a estrutura interna da rocha, o que existe lá dentro, se é água, gás, petróleo, e quais são as condições que devem ser provocadas para que o petróleo saia mais facilmente.
"A ressonância é usada para você conseguir ler o que está acontecendo na rocha. Sabendo o comportamento dela, você pode aplicar determinadas tecnologias para aumentar a produção”, informou Arouca. Ele estimou que o aumento de apenas 1% na produção de um poço de petróleo significa "muito valor que você agrega à operação”.
A Petrobras é uma das empresas do ramo do petróleo que já tem parceria para utilização do aparelho para monitoramento e exploração de poços de petróleo Tânia Rêgo/Agência Brasil
Outra aplicação do equipamento de ressonância Specfit é no monitoramento do poço, porque o conhecimento em tempo real do que está ocorrendo dentro do local pode dar às empresas condições de prever se o poço vai entrar em colapso dentro de algum tempo. "Você já antecipa as providências de reparo, para não ficar com o poço parado durante meses, porque isso seria um prejuízo gigantesco”.O equipamento começou a ser montado e será inaugurado a partir do próximo dia 20, quando começarão a ser testadas amostras de rochas. Arouca disse que, "a grosso modo”, a técnica da ressonância complementa a técnica de raios X, que retrata os elementos sólidos da rocha.
"[Com o raio X] você não consegue pegar os líquidos que estão lá dentro, como óleo, gás e água. E a ressonância é exatamente o contrário. Ela dá uma noção muito boa de tudo que tem hidrogênio”. Com as duas informações, é possível reproduzir a rocha virtualmente, facilitando descrever o que ocorre a cada intervenção que é feita nesse material. -
- 11/05/2015 - Radioproteção ocupacional é tema de simpósioProfissionais de centrais nucleares e órgãos reguladores nacionais participam, de 26 a 28 de maio, no Rio de Janeiro, do ISOE (Information System on Occupational Exposure) 2015, simpósio internacional promovido pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), com o apoio da Eletronuclear, do Instituto de Radioproteção e Dosimetria da Comissão Nacional de Energia Nuclear (IRD/CNEN) e da Sociedade Brasileira de Proteção Radiológica.
O encontro será um fórum para compartilhar informações sobre redução de doses, experiências operacionais e otimização da radioproteção ocupacional em centrais nucleares. Os melhores conceitos, práticas e tecnologias estarão em debate. Já foram selecionados 56 trabalhos, que serão apresentados em formato oral ou pôster.Outras participações esperadas são de autoridades do setor nuclear, professores e estudantes, profissionais de institutos de pesquisa e expositores de produtos de radioproteção para a área de reatores, informa John Hunt, chefe da Divisão de Dosimetria do IRD. Para Marcos Amaral, da Divisão de Proteção Radiológica da Eletronuclear, operadora das usinas de Angra, a realização do evento no Brasil "coloca o país como um dos expoentes na radioproteção mundial, por ser a primeira vez em que ele é realizado fora da Europa, EUA, Japão ou Coreia do Sul, que possuem intensa aplicação de reatores nucleares”.
Os países participantes são África do Sul, Alemanha, Armênia, Bélgica, Brasil, Bulgária, Canadá, China, Coreia do Sul, Eslovênia, Espanha, EUA, Federação Russa, Finlândia, França, Holanda, Hungria, Itália, Japão, Lituânia, México, Paquistão, Reino Unido, República Eslovaca, República Tcheca, Romênia, Suécia, Suíça e Ucrânia.
O prazo para submissão de resumos foi prorrogado para 30 de abril, pelo e-mail ISOE2015@iaea.org. Mais informações disponíveis no site www.isoe-network.net.
Fonte: Portal IRD (http://www.ird.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=311:radioprotecao-ocupacional-e-tema-de-simposio-internacional)
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- 10/05/2015 - Aldo Rebelo inclui 2 projetos de Tecnologia no PACFonte: EM.com.br
Agência Estado
São Paulo, 10 - Após o governo admitir que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) teve seus repasses reduzidos em tempos de ajuste fiscal, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo (PCdoB), conseguiu incluir dois projetos de sua pasta no orçamento do PAC de 2015.
Após reunião com a presidente Dilma Rousseff, na semana passada, Rebelo convenceu a presidente a destinar R$ 3 bilhões para dois projetos que considera prioritários para o País: o Projeto Sirius e o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), cada um deles receberá no âmbito do PAC R$ 1,5 bilhão.
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, reconheceu que o governo reduziu os repasses para obras do PAC e disse que "estamos vivendo uma restrição fiscal e contingenciando vários programas, o PAC inclusive". "Foram R$ 15 bilhões para o PAC no primeiro quadrimestre do ano, ante R$ 20 bilhões no mesmo período de 2014", informou o ministro.
Barbosa ponderou que, ainda assim, os recursos para o PAC ainda são "vultosos". "Nosso desafio é compatibilizar as demandas com capacidade de governo de executá-las. Estamos procurando pagar tudo que é devido e iniciar coisas novas. Os recursos do PAC estão menores, mas ainda assim são vultosos", disse ontem em audiência na Comissão de Finanças e Tributação na Câmara.
Projetos
O Sirius é considerado um dos maiores projetos da ciência brasileira e abrange uma infraestrutura de geração de luz, chamada de luz síncrotron, que é uma radiação eletromagnética de amplo espectro, abrangendo diferentes tipos de energia, desde o infravermelho até os raios X. Os cientistas podem utilizar a radiação para uma série de aplicações - principalmente, para investigar as propriedades atômicas de materiais, tanto orgânicos (como uma célula, ou uma proteína) quanto inorgânicos (como uma liga de metal ou algum tipo de cerâmica industrial).
Há várias fontes de luz síncrotron em operação no mundo e o Sirius, segundo os responsáveis pelo projeto, será o mais avançado da sua categoria. Ele vai substituir o acelerador atual, chamado UVX, que foi inaugurado em 1997 e funciona bem até hoje, mas é pequeno demais para atender às demandas científicas da atualidade.
"O Sirius será construído para disponibilizar para as comunidades acadêmica e industrial brasileiras o melhor que esse tipo de equipamento tem a oferecer", explica o ministério. Segundo a pasta, o Sirius já está em construção e tem previsão para ser concluído em 2018. O projeto será abrigado em um prédio, de 68.000 m2, localizado em Campinas (SP).
Já o Reator Multipropósito Brasileiro de grande porte é uma infraestrutura que abrange um complexo de pesquisa nuclear. Uma de suas finalidades é a produção de radioisótopos, base para radiofármacos utilizados na medicina nuclear e para produção de fontes radioativas usadas em aplicações na indústria, na agricultura e no meio ambiente. De acordo com o ministério, o RMB vai ocupar uma área de 2 milhões de m² junto ao complexo tecnológico Aramar, da Marinha do Brasil, em Iperó-SP, localizada a 125 quilômetros da capital paulista.
De acordo com o MCTI, com o RMB, o Brasil "está a caminho de se tornar autossuficiente na produção de radioisótopos e radiofármacos, substâncias essenciais na Medicina Nuclear".
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- 08/05/2015 - Nova tecnologia proporciona nível de precisão nunca antes alcançado no tratamento contra o câncerFonte: R7
WIENER NEUSTADT, Áustria, SALZBURGO, Áustria e REUTLINGEN, Alemanha, 8 de maio 2015 /PRNewswire/-- Um sistema inovador para o posicionamento preciso do paciente foi o centro das atenções em seu lançamento no mercado em 2014. Agora, o primeiro desses sistemas foi autorizado no MedAustron, um centro austríaco para terapia de feixe, onde será utilizado clinicamente pela primeira vez. Os pacientes com câncer podem ser mais bem posicionados do que nunca e, assim, poderão receber radioterapia com precisão pontual.
Para garantir um tratamento bem-sucedido com feixe de íons – um tipo de radioterapia particularmente precisa e eficaz – é essencial posicionar o paciente com exatidão em relação ao feixe de radiação, observar constantemente e, caso seja necessário, ajustar a posição do paciente durante a sessão de tratamento.
O MedAustron será o primeiro centro de terapia de feixe de íons do mundo a utilizar sistemas médicos totalmente novos para esses casos: o sistema exacure da BEC GmbH (Reutlingen, Alemanha) e o Imaging Ring da medPhoton (Salzburgo, Áustria). Esses dois sistemas atendem a requisitos especiais da terapia de feixe de íons e garantem o mais alto nível de segurança ao paciente. Juntos, proporcionam tratamentos muito precisos e eficazes.
Um robô industrial personalizado, desenvolvido e adaptado para uso médico, é o centro do sistema exacure. Seu traço mais distintivo é a montagem no teto, que permite movimentos livres em sete ângulos diferentes. Além de poder ser posicionado em três dimensões e seis graus de liberdade de movimento, o robô também pode ser movido pelo teto, aproximando-se ou distanciando-se do bocal do feixe, para aumentar a flexibilidade do posicionamento do paciente.
Outra vantagem do sistema montado no teto é o sistema de rastreamento óptico integrado: ele monitora a posição da maca de tratamento 500 vezes por segundo e realiza correções em tempo real, caso seja necessário, para garantir os melhores resultados com o tratamento.
O chamado sistema Imaging Ring (IRS) verifica a posição correta do paciente antes da radiação, para tratá-lo com a maior precisão possível. O IRS é integrado à maca do paciente e possibilita uma tomografia computadorizada (TC) de feixe em cone muito rápida e tridimensional. As imagens da TC são comparadas ao conjunto de imagens da TC utilizado para planejar o tratamento. As correções necessárias podem ser realizadas pelo robô exacure imediatamente.
Esse procedimento garante que o tumor receba a radiação planejada pelos médicos. O IRS, que já recebeu vários prêmios de tecnologia, conta com um detector de tela plana e um tubo de raio-x, montados de forma que possam ser movidos de maneira independente. Assim, agora é possível alcançar uma velocidade de aquisição, um campo de visão e uma qualidade de imagem nunca antes alcançados; isso torna o IRS o padrão de ouro da terapia de partículas guiada por imagem.
"A combinação inédita desses novos sistemas no MedAustron oferece precisão, velocidade e qualidade de imagem exclusivas para a radioterapia, incomparável nas áreas de robótica e geração de imagens. Estamos muito orgulhosos por desenvolver essa solução tão inovadora, ao lado de nossos parceiros BEC e medPhoton, para estabelecer novos padrões das terapias de íons", afirmou o Dr. Bernd Mößlacher, diretor geral da MedAustron, após a aceitação exitosa dos sistemas.
"O envio de radiação precisa ao tumor, ao mesmo tempo em que o tecido saudável ao redor é poupado, é a melhor solução em tecnologias de posicionamento do paciente. A transferência de tecnologias de uso industrial para a robótica médica foi um fator-chave para desenvolver o sistema exacure. Queremos dar parabéns ao MedAustron por seu centro de tratamento único e inovador", afirmou Matthias Buck, diretor geral da BEC GmbH.
"Após anos de trabalho pioneiro no campo da radioterapia guiada por imagem, estamos muito felizes pelo fato de que os pacientes submetidos à terapia de feixe de íons também se beneficiarão do posicionamento controlado por robô, além da orientação exclusiva por imagem", afirmou Heinz Deutschmann, diretor geral da medPhoton GmbH.
Aviso legal
O Imaging Ring da medPhoton não foi liberado pela US Food and Drug Admininstration (FDA) para distribuição comercial nos EUA e não está disponível para distribuição comercial no momento. -
- 07/05/2015 - Ibama emite a licença prévia para o empreendimento Reator Multipropósito BrasileiroFonte: Ibama
Brasília (07/05/2015) – O Ibama emitiu, na última segunda-feira (4), a Licença Prévia nº 500/2015, do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), proposto pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e com projeto de instalação no município de Iperó/SP.
Aplicações da tecnologia nuclear
Grande parte da demanda mundial do molibdênio-99 (Mo-99) é atendida por apenas quatro reatores nucleares de pesquisa de grande porte: National Research Universal (NRU), no Canadá, HFR-Petten, na Holanda, Safári, na África do Sul, e BR2, na Bélgica.
O Mo-99, em seu decaimento radioativo, produz o radioisótopo tecnécio-99m (Tc-99m), que é utilizado nos radiofármacos mais empregados na medicina nuclear para a realização de exames que permitem diagnosticar tumores, doenças cardiovasculares, função renal, problemas pulmonares, neurológicos, entre outros.
O forte impacto sofrido pelos centros de medicina nuclear brasileiros em decorrência da crise internacional de fornecimento de Mo-99 nos anos de 2008 e 2009, quando da interrupção na operação dos reatores nucleares NRU e HFR-Petten, fez com que milhares de pacientes carecessem de atendimento por medicina nuclear no Brasil. O Reator Multipropósito Brasileiro justifica-se, portanto, ao auxiliar na autonomia do país para garantir a produção dos insumos necessários à medicina nuclear.
Além de ampliar a produção de material e técnicas nucleares, gerando benefício na área da saúde, o Reator Multipropósito Brasileiro produzirá isótopos radioativos que servirão de insumos para produtos com aplicação na indústria, na proteção do meio ambiente e na agricultura, além de desenvolver capacidade técnica e continuada formação de recursos humanos especializados.
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- 07/05/2015 - Usina de Angra 1 ficará parada por 37 dias para manutenção e inspeçãoFonte: Reuters
SÃO PAULO (Reuters) - A usina nuclear de Angra 1, localizada no Estado do Rio de Janeiro, vai parar por 37 dias a partir de 9 de maio para serem realizadas tarefas de manutenção e inspeção, informou nesta quinta-feira a Eletronuclear, empresa do grupo Eletrobras.
A parada já estava programada e foi comunicada ao Operador Nacional do Sistema (ONS), que fará manobras no sistema elétrico para garantir o abastecimento do sistema interligado nacional.
Durante a parada, um terço do combustível da usina de Angra 1 será recarregado e, de acordo com a Eletronuclear, serão realizadas atividades de inspeção e manutenção, além de modificações de projeto.
Entre as cerca de 3.900 tarefas planejadas para o período de paralisação as principais medidas são: recarregamento do combustível do reator; manutenções nos transformadores de 500kV e 138kV; execução de inspeções e testes nos geradores de vapor; revisão do gerador elétrico principal, entre outras.
A Usina Nuclear de Angra 1 está localizada no Sul do Estado do Rio de Janeiro e tem capacidade de 640 megawatt (MW), enquanto a unidade de Angra 2 tem capacidade de 1350 MW.
A Usina de Angra 3 está sendo construída no local e deve ser concluída no fim de 2018, de acordo com a Eletronuclear.
(Por Rodrigo Viga)
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- 06/05/2015 - Sindicato entra na Justiça para garantir direitos dos trabalhadoresAudiências então marcadas para fevereiro de 2016
Audiências então marcadas para fevereiro de 2016
Fonte: A Voz da Cidade
VOLTA REDONDA
A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Montagem e Construção Pesada do Sul Fluminense entrou na Justiça contra a Lobeck Automação Ltda - me, SMP Manutenção Industrial Ltda, Engeforma e a Empresa Brasileira de Engenharia (EBE), subcontratadas das Indústrias Nucleares do Brasil / Fábrica de Combustível Nuclear (INB/FCN) de Engenheiro Passos, em Resende. A medida foi a alternativa encontrada pela entidade para a garantia de direitos dos trabalhadores que não estavam sendo cumpridos pelas empresas.
Segundo informou o presidente do Sindicato, Sebastião Paulo, a Lobeck e a SMP vão responder na Justiça pelo não pagamento do PLR aos seus trabalhadores. Ele ressaltou ainda que, essa reivindicação da categoria, vinculada a Montagem, integra uma das principais cláusulas da Convenção Coletiva do setor que não foi cumprida, mesmo após as negociações realizadas pelo Sindicato junto a INB e suas subcontratadas.
O processo contra a Lobeck já tem audiência agendada para o dia 16 de fevereiro de 2016, às 10h50min, na primeira vara do trabalho, em Resende. Para quem quiser acompanhar o processo, basta consultar no site da Justiça do Trabalho sob o número 0010203-36.2015.5.01.0521. A audiência da SMP está marcada para o dia 17 de fevereiro de 2016, às 10h30min, também na primeira vara da Justiça do Trabalho, em Resende. O número deste processo é 0010204-21.2015.5.01.0521.
Já a EBE teve o seu contrato finalizado sem realizar o pagamento de salários, verbas rescisórias e depósito do Fundo de Garantia aos seus funcionários, além de outros benefícios garantidos por lei. "Com o objetivo de fazer valer esses direitos, foi que a nossa diretoria, através do departamento Jurídico do Sindicato, entrou com um processo na Justiça do Trabalho contra a EBE e a INB”, disse o presidente Sebastião Paulo, acrescentando que essa decisão ocorreu depois de várias tentativas com os representantes das empresas para solucionar o problema.
AÇÕES VITORIOSAS
Segundo o presidente, a principal responsável por todas essas irregularidades é a própria INB por não realizar uma fiscalização mais rigorosa nos contratos e medições das suas subcontratadas. "Se isso fosse uma prática no cotidiano da empresa essas irregularidades não seriam cometidas, prejudicando os funcionários”, acrescenta o sindicalista, comemorando as ações vitoriosas já conquistadas pela entidade para os seus trabalhadores. Uma delas foi à movida contra a Engeforma que após o falecimento do proprietário, com a entrega pela sua esposa do contrato em vigor, não efetuou o pagamento das verbas rescisórias aos seus funcionários. "Conseguimos garantir o direito dos trabalhadores da Engeforma, que já começaram a receber as verbas rescisórias”, declara Sebastião Paulo. A audiência que homologou o pagamento dos funcionários da empresa ocorreu no dia 26 de fevereiro, na primeira e segunda vara do Trabalho, em Resende. Outra ação vitoriosa foi à movida contra a Jolial Construções Ltda. Nesta ação o Sindicato pedia o pagamento da diferença salarial referente a dissídio coletivo.
O sindicalista informou que, os beneficiados por esta ação devem entrar em contato com o setor jurídico do Sindicato, através dos advogados Vanderlei Barcelos, às terças- feiras, depois das 16 horas, e Stella Maris, às sextas-feiras, das 9 às 11horas, para o recebimento dos valores devidos. Sebastião Paulo lembrou ainda que, a ação movida contra a Tuvibra Industrial e Construtora S.A. também foi vitoriosa. Nesta ação, de acordo com ele, o Sindicato reivindicava o cumprimento da 16ª cláusula da convenção coletiva da construção civil, de 2013/2014, que garante o fornecimento por parte da empresa, a partir de 1º de janeiro de 2014, de refeição ou ticket alimentação aos seus funcionários.
A audiência que julgou procedente o pedido do Sindicato foi realizada no último dia 6 de março, quando a Justiça deliberou um prazo de 30 dias para a empresa cumprir a 16ª cláusula da convenção coletiva. Caso contrário, será aplicada multa de R$ 1 mil por empregado lesado, por mês do descumprimento. Outra reivindicação contida neste processo foi o pagamento dos reajustes salariais em atraso retroativos aos últimos cinco anos referentes aos meses entre 1º de julho até a data da assinatura das convenções coletivas do setor. Esta audiência determinou também o pagamento decorrente da aplicação desses reajustes.
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- 06/05/2015 - Mina de urânio na Bahia recebe licença de implantaçãoFonte: Site Inovação Tecnológica
Mina de urânio
O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) concedeu a licença de instalação para implantação da lavra a céu aberto da mina do Engenho, na Bahia.
Este é um passo essencial para que a INB (Indústrias Nucleares do Brasil) retome a produção de urânio.
Na área da INB encontra-se a chamada Província Uranífera de Lagoa Real, onde estão identificados 38 depósitos de minerais de urânio com alto grau de pureza; 17 desses depósitos já foram pesquisados, passando a ser chamados de jazidas. Quando se inicia a exploração da jazida ela é chamada de mina.
Lavra a céu aberto e lavra subterrânea
Desde o ano 2000, quando do início das operações da INB em Caetité, vinha sendo explorada a mina Cachoeira, cuja capacidade de extração a céu aberto se exauriu.
Atualmente, estão em andamento planos para desenvolver uma mina subterrânea de urânio no local.
A jazida do Engenho também será minerada a céu aberto, através de três cavas. Esta nova jazida tem capacidade para produzir 4.730 toneladas de concentrado de urânio durante 14 anos, mantendo uma média de produção anual de 340 toneladas.
A licença concedida pelo IBAMA tem validade de quatro anos e traz condições para a implantação do empreendimento, como a construção dos sistemas de drenagem da mina, a execução do programa de monitoração ambiental operacional da mina Cachoeira e pré-operacional da mina do Engenho, assim como os programas de gerenciamento de resíduos e de monitoração de ruído e poeira, entre outras condicionantes.
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- 06/05/2015 - Marie Curie inspirou MG a dar início à radioterapia no BrasilFonte: Site Boa Informação
Em agosto de 1926, após longa viagem vinda de Paris, a química polonesa Marie Curie desembarcou em Belo Horizonte para uma conferência na Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais sobre a radioatividade e suas possíveis aplicações na medicina. Em sua mala, a prêmio Nobel de Física, em 1903, e Química, em 1911, trazia duas agulhas de rádio usadas na irradiação de tumores. Durante a visita, a cientista aproveitou para conhecer o Instituto de Radium de Belo Horizonte, primeiro hospital especializado no uso da radioterapia contra o câncer no Brasil — e para o qual doou as agulhas. As circunstâncias que permitiram sua criação quatro anos antes, em setembro de 1922, surgiram em meio a uma atmosfera de cruzada contra a doença, sobretudo na Europa, no início do século XX, que incentivou médicos brasileiros, como Eduardo Borges Ribeiro da Costa, a expandir suas pesquisas em radioterapia.
Em 1920, ao voltar de uma temporada de estudos na Europa, onde conheceu a cientista e a sua obra, o médico se viu diante do aumento dos números de casos de câncer em Minas Gerais. Frente à situação, Borges da Costa, especialista na extirpação de tumores com o bisturi, conseguiu apoio do então presidente do estado, Arthur da Silva Bernardes, para a construção do Instituto de Radium. Erguido nos fundos da Faculdade de Medicina da Universidade de Belo Horizonte — hoje Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) —, o instituto tinha como objetivo o estudo e as aplicações terapêuticas dos raios X e do rádio, elemento químico identificado por Marie Curie e seu marido, Pierre, em 1898. Essas tecnologias, além de recentes, eram difíceis de ser manejadas. Na dose certa, a radiação era eficiente para matar o tumor, mas qualquer erro na dosagem poderia danificar os tecidos sadios próximos.
Em 1924, Belo Horizonte, com uma população de 75 mil pessoas, registrou 56 mortes por câncer, de modo que a inauguração do Instituto de Radium, em 1922, representou muito mais que a criação do primeiro hospital oncológico do Brasil, segundo a historiadora Ethel Mizrahy Cuperschmid, do Centro de Memória da Medicina da UFMG, que estudou os primeiros anos do hospital com sua colega Maria do Carmo Salazar Martins. "Com agulhas radioativas e outros equipamentos e médicos modernos, o instituto atraiu doentes de todo o Brasil”, observa. As historiadoras resgataram um pouco da história e da rotina do instituto analisando o livro de registro de pacientes que encontraram em uma de suas alas prestes a ser reformada.
Com 199 páginas, algumas bastante desgastadas, outras mordiscadas por traças e cupins, o livro contém nome, idade, local de nascimento, diagnóstico, data de óbito e detalhes do tratamento de 1.653 pessoas diagnosticadas com algum tipo de câncer entre 1923 e 1935. Nesses 12 anos, 481 pessoas morreram no hospital, das quais 45,3% em decorrência da doença, segundo dados encontrados no documento, hoje preservado no Centro de Memória da Medicina da UFMG. O livro registra ainda pessoas atendidas que enfrentaram longas viagens a partir de seus estados para se tratar no instituto. Os médicos não contavam com muitas alternativas à época: ou extirpavam o tumor cirurgicamente, retirando também uma área vasta de tecido sadio como forma de evitar o reaparecimento da doença, ou o destruíam com radiação. "Era uma escolha entre o raio quente e a faca fria”, comentaram as pesquisadoras em um artigo que detalha suas análises, publicado na revista História, Ciência, Saúde — Manguinhos.
Mantido com recursos públicos, o instituto comprava rádio da França, com certificados de dosagem assinados por Marie Curie. O edifício projetado para abrigar o hospital tinha corredores e portas largas e grandes janelas, que aumentavam a iluminação e ventilação dos ambientes. Em 1950, a instituição ganhou o nome Instituto Borges da Costa, em homenagem a seu fundador, morto naquele ano, e em 1964 foi outra vez renomeada, desta vez como Hospital Borges da Costa. O prédio foi restaurado e hoje funciona como ambulatório para pacientes com câncer. Atualmente, os tratamentos radioterapêuticos são feitos em outros hospitais da cidade. -
- 29/04/2015 - Governo federal estuda permitir que empresas privadas invistam em usinas nuclearesFonte: Reuters
RIO DE JANEIRO
Pelo modelo atual, a Eletronuclear, do grupo Eletrobras, opera as duas usinas atômicas de Angra dos Reis (RJ) e é responsável por contratar as empresas e fornecedores de equipamento e serviços.
A eventual autorização poderia agilizar investimentos e a entrada de operação de futuras usinas.
O Plano Nacional de Energia (PNE) 2030 prevê mais quatro usinas nucleares no país, mas o Ministério de Minas e Energia já fala em oito centrais novas no Brasil. "Trabalhamos com essa perspectiva para a expansão nuclear", disse Travassos.
A Eletronuclear tem 40 áreas pré-selecionadas para receber as novas plantas e aguarda o sinal verde do governo federal para avançar no plano.
O PNE previa que as primeiras centrais poderiam ser erguidas no Nordeste, mas de acordo com Travassos estudos internos apontam um melhor aproveitamento na região Sudeste.
"O nosso planejamento é ter ao menos quatro usinas nucleares num mesmo local. Com isso, se ganha em escala, gerenciamento, tem menor custo de construção e outras vantagens", adicionou ele durante evento promovido pela FGV Energia.
Além das duas centrais atômicas em Angra dos Reis, o país está construindo uma terceira usina, com previsão de conclusão da obra em dezembro de 2018.
(Por Rodrigo Viga Gaier)
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- 28/04/2015 - Presidente da Eletronuclear pede licença após denúnciasFonte: Exame.com
São Paulo - O diretor-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, requereu licença do cargo hoje, informou nesta noite de quarta-feira, 29, a controladora Eletrobras.
O pedido de afastamento ocorreu após notícias veiculadas na imprensa de que teriam sido feitas negociações para pagamento de supostas propinas a Silva nas obras da usina nuclear de Angra 3.
A denúncia teria sido feita em delação premiada do ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini, no âmbito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Segundo o comunicado da Eletrobras, o diretor-presidente da Eletronuclear justificou, no pedido de licença, que seu afastamento "garantirá a independência e transparência dos trabalhos de investigação a serem realizados, tendo se colocado à disposição para prestar todos os esclarecimentos que se fizerem necessários para apuração do assunto".
O conselho de administração da Eletronuclear aprovou que o cargo de diretor-presidente da companhia seja assumido interinamente, durante a licença, pelo atual diretor de Operações daquela empresa, Pedro José Diniz Figueiredo.
A Eletrobras informa também que a comissão interna criada para fiscalizar a contratação de construtoras para a obra de Angra 3 ainda não concluiu os trabalhos.
Além disso, a administração da companhia aprovou hoje a contratação de empresa especializada para realizar a investigação. O objetivo, segundo a estatal, é " garantir a transparência e independência dos trabalhos, sob o ponto de vista da legislação brasileira e norte-americana".
Além disso, a Eletrobras afirma que vai reiterar à Polícia Federal o pedido de acesso aos documentos supostamente disponibilizados à imprensa com a denúncia contra o diretor-presidente da Eletronuclear. -
- 28/04/2015 - Eletrobras rechaça irregularidades em Angra 3 denunciadas na Lava JatoFonte: Yahoo Notícias
A Eletrobras publica esclarecimento nesta terça-feira, 28, nos jornais por meio do qual rechaça declarações na imprensa nacional de dirigente de empreiteira preso pela operação Lava Jato e que levantam suspeitas de irregularidade na contratação da montagem eletromecânica de Angra 3. Para a estatal, as insinuações são "levianas e infundadas".
"A Eletronuclear afirma que a lisura desse processo licitatório é comprovada por evidências documentadas objetivas, disponíveis para consulta por qualquer cidadão, em respeito às políticas de transparência pública", afirma.
Segundo reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, divulgada no final de semana, o ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini afirmou em depoimento de delação premiada que houve "promessa" de pagamento de propina ao PMDB e a dirigentes da Eletronuclear, empresa do grupo Eletrobras, nas obras da usina nuclear Angra 3. Avancini, um dos investigados pela Operação Lava Jato, foi preso em novembro de 2014, mas deixou a prisão em 30 de março após firmar acordo de delação premiada.
No esclarecimento, a Eletrobras Eletronuclear diz que "é uma ameaça aos direitos de cidadania o fato de que supostas declarações de criminosos confessos, feitas sob segredo de justiça e sem qualquer verificação de sua veracidade, sejam 'vazadas' ao público, num processo de denúncia, julgamento e linchamento moral dos seus alvos, sem qualquer possibilidade de defesa."
Segundo a Eletrobras, a licitação para execução dos serviços de montagem eletromecânica de Angra 3 foi realizada na modalidade "concorrência pública", nos termos da Lei nº 8.666. Com duas fases distintas: pré-qualificação e apresentação de propostas de preços.
Conforme a estatal, os requisitos de qualificação, amplamente divulgados em Audiência Pública, em 21 de agosto de 2009, exigiam que os postulantes comprovassem experiência na montagem de usinas nucleares ou instalações industriais de complexidade equivalente.
E informa que 54 empresas adquiriram o edital, quatro consórcios e uma grande empresa isolada se apresentaram como licitantes, dos quais dois consórcios foram julgados habilitados pela Comissão Especial de Licitação. A estatal lembra que dois consórcios inabilitados não concordaram com o resultado ingressaram com mandados de segurança com pedidos de liminar, negados em 1ª e 2ª instâncias judiciais. Posteriormente, informa, o mérito dos referidos mandados foi julgado improcedente pela Justiça Federal.
"Portanto, em todos esses recursos, a Justiça Federal afastou a hipótese de direcionamento da licitação e manifestou-se favorável à Eletrobras Eletronuclear, reconhecendo como adequados os requisitos pela empresa a serem atendidos pelos participantes da licitação", diz no esclarecimento.
Segundo a Eletrobras, um dos consórcios apresentou ainda uma reclamação junto ao Tribunal de Contas de União, que também a considerou improcedente, aprovando a continuidade do processo licitatório. Posteriormente, após análise detalhada, o TCU aprovou o orçamento das obras contido no edital.
Condições econômicas
As condições econômicas obtidas na contração, segundo a estatal, também se mostram alinhadas com a prática internacional, com preços até menores que em usinas de tecnologia semelhantes. "Considerando a taxa cambial US$/R$ 2,54, Andra 3 apresenta um investimento por unidade de capacidade de geração instalada de US$ 4.650/kW, menor que os US$ 6.400/kW das usinas de Flamanville 3, na França, e que os US$ 6.300/kW de Olkiluoto 3, na Finlândia, ambas de tecnologia da Areva, similares à Angra 3."
A empresa aponta que Watts Bar2, usina em construção nos Estados Unidos, que teve sua construção interrompida por um longo período, apresenta custo de instalação de US$ 5.450/kW. Somente a China, segundo a estatal, apresenta custos de construção de centrais nucleares inferiores aos brasileiros.
"Considerando a tradição de lisura e estrito cumprimento da legislação em todas as suas ações, a diretoria executiva da Eletrobras Eletronuclear manifesta seu repúdio às insinuações levianas e infundadas e reitera sua posição de total transparência e de defesa dos interesses nacionais no atendimento às necessidades da sociedade relacionadas ao uso pacífico da energia nuclear para a produção de energia elétrica", conclui. -
- 27/04/2015 - Saúde: SBMN inicia Projeto Expansão da Medicina Nuclear no BrasilFonte: Portal Bragança
Com o objetivo de aperfeiçoar e fortalecer a medicina nuclear no Brasil, a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) convida todos a contribuírem com o Projeto de Expansão da Especialidade no País.
Recentemente, o presidente da SBMN, Claudio Tinoco, e o diretor George Coura Filho foram recebidos em audiência no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e apresentaram ao ministro Aldo Rebelo proposta de um plano de desenvolvimento da especialidade.
Na ocasião, Tinoco e Coura Filho estavam acompanhados do presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN/MCTI), Angelo Padilha, que levantou a possibilidade de criar um plano e acrescentou que não apenas a CNEN apoiaria, mas que seria estabelecida uma atuação conjunta para alcançar essa meta.
Diante da receptividade do MCTI à proposição, a SBMN convida seus associados e demais interessados a enviarem sugestões referentes a iniciativas que venham a impulsionar a medicina nuclear em suas diferentes esferas de atuação.
Agende-se: será realizado pela SBMN, em conjunto com o IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas Nucleares), no dia 13 de maio, um workshop para abordar e discutir as melhores estratégias para promover a expansão no setor. Na ocasião serão apresentadas as proposições encaminhadas para compor o Projeto. A atividade acontece na sede do Instituto, em São Paulo.
Sobre a SBMN – Fundada há 53 anos, a SBMN é uma entidade filiada à Associação Médica Brasileira. Representa a medicina nuclear no País por meio de suas atividades junto aos médicos nucleares e de outras especialidades, residentes, biomédicos, tecnólogos, biólogos, físicos, químicos, farmacêuticos e especialistas que tenham interesse na aplicabilidade de radioisótopos na medicina.
Atualmente, no Brasil existem aproximadamente 600 médicos nucleares, 412 serviços em atividade e mais de 100 aparelhos de PET/CT, exame esse que passou a ser incorporado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2014. Saiba mais em www.sbmn.org.br.
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- 26/04/2015 - Incêndio atinge subestação de energia na Nuclep, no Grande RioFonte: ECB Agência Brasil
Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil Edição: Beto Coura
Um incêndio atingiu a principal subestação de energia da Nuclebras Equipamentos Pesados (Nuclep), em Itaguaí, no Grande Rio. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, o incêndio, na noite de ontem (25), considerado de média proporção, foi controlado e não deixou vítimas nem afetou as unidades de produção.
De acordo com nota divulgada pela estatal, um gambá entrou na área do transformador de alta-tensão e provocou um curto-circuito, causando um incêndio por volta das 19h20. A brigada de incêndio e o Corpo de Bombeiros conseguiram controlar o fogo antes que se alastrasse.
A Nuclebras informou que não houve dano a qualquer projeto em desenvolvimento. A empresa, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, fabrica equipamentos pesados como componentes de usinas nucleares, cascos de plataforma e de submarinos.
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- 25/04/2015 - Delator diz que obra de Angra 3 teve 'promessa' de propina ao PMDBDalton Avancini disse que propina também iria para diretores da Eletronuclear. Ele revelou ainda que cartel combinou quais empresas venceriam licitação.
Dalton Avancini disse que propina também iria para diretores da Eletronuclear. Ele revelou ainda que cartel combinou quais empresas venceriam licitação.
Fonte: G1 Portal de Notícias
O ex-presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, afirmou em depoimento de delação premiada que houve "promessa" de pagamento de propina ao PMDB e a dirigentes da Eletronuclear, empresa do grupo Eletrobras, nas obras da usina nuclear Angra 3. As informações foram obtidas pelo Jornal Nacional.
O executivo é investigado pela Operação Lava Jato e foi preso em novembro de 2014. Ele deixou a prisão em 30 de março, após firmar acordo de delação premiada com a Justiça, homologado pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato em primeira instância.
Segundo Avancini, a Camargo Corrêa foi informada em agosto de 2014 de que havia "compromissos" de pagamento de propina equivalente a 1% dos contratos das obras da usina ao PMDB e aos diretores da Eletronuclear. Somados, os contratos de Angra 3 chegam a R$ 3 bilhões, de acordo com o executivo.
Entre os beneficiários do esquema estaria o presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva. No interrogatório, Avancini não revelou o nome de nenhum político do PMDB que seria beneficiado pelo esquema. Ele disse ainda não saber se "efetivamente" houve algum repasse de propina a alguém.
O PMDB negou as acusações de recebimento de propina. O partido disse que jamais autorizou a quem quer que seja a usar o nome da legenda em operações com a Eletronuclear.
A Eletronuclear e o presidente da empresa, Othon Luiz Pinheiro, disseram que as acusações são infundadas, que a empresa age sempre em total transparência e que o Tribunal de Contas da União aprovou a preparação das propostas de preços em Angra 3.
De acordo com o executivo, que deixou a prisão no dia 31 de março após firmar acordo de delação premiada, a construtora UTC convocou uma reunião para acertar os detalhes do contrato às vésperas da assinatura, em agosto de 2014.
No encontro, segundo Avancini, cogitou-se a necessidade de contratar uma empresa de fachada para dar cobertura legal ao pagamento de propina. Entre os participantes da reunião estava o presidente da UTC à época, Ricardo Pessoa, apontado nas investigações como chefe do "clube" de empreiteiras.
As assessorias das construtoras Camargo Corrêa e UTC disseram que não iriam comentar as investigações. A defesa de Ricardo Pessoa disse que não conversou com o cliente sobre o assunto e por isso não poderia se manifestar.
Cartel
Além de revelar a promessa de propina, Dalton Avancini também afirmou aos investigadores que havia um acordo entre empreiteiras e a Eletronuclear para que determinadas empresas vencessem a licitação das obras de Angra 3.
O executivo disse no depoimento que foi informado que o acerto era para que as construtoras Camargo Corrêa, UTC, Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Techint e EBE saíssem vencedoras no certame.
Segundo Avancini, as empresas se dividiram em dois consórcios para tocarem as obras da usina. O executivo disse que um contrato era no valor de R$ 1,3 bilhão e o outro de R$ 1,7 bilhão.
A Odebrecht disse que nunca participou de cartel, nem pagou propina em contratos com qualquer cliente. Disse ainda que as acusações são motivadas por vingança empresarial.
A Queiroz Galvão, a Techint e a Andrade Gutierrez, também disseram que nunca pagaram propina e que seus contratos são feitos dentro da lei. Ainda segundo a Andrade Gutierrez, as acusações são levianas e sem provas.
A EBE não foi encontrada para se manifestar até a publicação desta reportagem.
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- 17/04/2015 - Ipen desenvolve nova tecnologia para refino de combustíveis veicularesPortal MCTI
Uma tecnologia alternativa e inovadora de refino de combustíveis veiculares, testada inicialmente com óleo diesel, tem se mostrado eficiente na redução do teor de poluentes, principalmente enxofre e nitrogênio. Os experimentos vêm sendo realizados desde 2008, por pesquisadores do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), sob a coordenação de Sumair Gouveia de Araújo.
Os estudos têm como objetivo avaliar a tecnologia de micro-ondas para tratamento de petróleo após o refino, a fim de tentar reduzir os custos de processos, normalmente utilizados em refinarias atualmente. A principal vantagem dessa técnica é o aquecimento mais rápido de determinados materiais.
Normalmente, as frações de óleo diesel e gasolina são tratadas nas refinarias sob condições severas de pressão de hidrogênio e alta temperatura, processo chamado de hidrotratamento (HDT), usando aquecimento convencional e na presença de catalisadores. "O HDT reduz o teor de contaminantes e melhora a qualidade desses combustíveis, mas é um tratamento que possui custos elevados devido às condições operacionais extremas, além do uso intenso de hidrogênio", explicou Araújo, que coordena o Laboratório de Tecnologias Alternativas de Refino (Labtar) do Centro de Química e Meio Ambiente (CQMA) .
Para realizar os testes com micro-ondas, de modo a reduzir a severidade das condições operacionais do HDT, foi necessário construir uma unidade de reação específica, fundamentada em um trabalho de engenharia e já patenteada pelo Ipen com a Petrobras. Foi elaborado um projeto técnico e se fabricou e montou uma unidade de reação de batelada, em aço inoxidável, em escala de bancada.
O Ipen é uma autarquia vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo do Estado de São Paulo e gerida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCTI).
Leia mais.
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- 17/04/2015 - GOVERNO PREVÊ CONSTRUÇÃO DE 12 NOVAS USINAS NUCLEARES NO BRASIL ATÉ 2050O governo parece ter acordado para uma fonte energética que há muito tempo vem recebendo menos atenção do que deveria.
O governo parece ter acordado para uma fonte energética que há muito tempo vem recebendo menos atenção do que deveria.
Fonte: Correio Press
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, defendeu nesta quarta-feira (15) a construção de novas usinas nucleares no Brasil, ressaltando que elas garantem segurança ao sistema e têm um grande custo benefício, por serem mais baratas. A previsão do governo, segundo Braga, é que sejam construídas 12 novas usinas até 2050, sendo quatro até 2030 e oito nos 20 anos seguintes.
A necessidade de acelerar o programa nuclear nacional já vinha sendo defendida há bastante tempo pelos agentes do setor energético, principalmente pela Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), mas o governo e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que planeja a matriz, não deram sinais dos planos que tinham para a geração nuclear nos últimos anos.
A declaração do ministro Eduardo Braga muda o tom adotado pela pasta nos últimos tempos e traz uma notícia que já começa a ser comemorada pelo setor elétrico.
O Brasil tem urânio e detém a tecnologia de processamento. Não podemos abrir mão da energia nuclear, afirmou, em audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.
Braga afirmou ainda que será criado um novo modelo para construção das usinas, destacando que 21 locais no País já foram estudados como possibilidades para a instalação das plantas, além de informar que as análises estão sendo aprofundadas.
Em eventos do setor de energia, a Eletronuclear já citou algumas vezes duas opções mais prováveis para a construção das usinas. Uma das localizações, com o intuito de atender ao mercado do Nordeste, seria o município de Itacuruba, à beira do Rio São Francisco, perto de Belém de São Francisco, em Pernambuco. A outra cidade mais provável seria no município de Ponto Chique, a 100 km de Montes Claros, em Minas Gerais, também na beira do Rio São Francisco.
O presidente da Abdan, Antonio Müller, viu a notícia como positiva para a indústria e elogiou a postura do ministro. Müller afirmou que o total de quatro usinas até 2030 ainda é um número conservador tendo em vista a demanda energética brasileira, mas ressaltou que o importante é iniciar o programa de implantação de novas usinas imediatamente.
A declaração do ministro é muito positiva e mostra que ele está pensando como brasileiro. O Brasil não pode abrir mão de geração de energia elétrica de base, confiável, segura e econômica, que além disso tudo utiliza combustível nacional, afirmou Müller.
A Abdan defende também que haja alterações no modelo de construção de usinas nucleares no País, com a aprovação no Congresso de um PEC que permitirá a participação privada majoritária em novos projetos de usinas, como forma de incentivar os investimentos no setor. O assunto deve ser debatido mais amplamente durante o VI Seminário Internacional de Energia Nuclear (VI SIEN), previsto para ocorrer entre 15 a 19 de junho, no Centro de Convenções da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ)
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- 16/04/2015 - Projeto SBMN: Expansão da Medicina Nuclear no BrasilFonte: Associação Médica Brasileira - AMB
Com o objetivo de aperfeiçoar e fortalecer a medicina nuclear no Brasil, a SBMN convoca todos a contribuírem com o projeto de expansão da especialidade no País.
Recentemente, o presidente da SBMN, Claudio Tinoco, e o diretor George Coura Filho foram recebidos em audiência no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e apresentaram ao ministro Aldo Rebelo proposta de um plano de desenvolvimento da especialidade.
Na ocasião, Tinoco e Coura Filho estavam acompanhados do presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN/MCTI), Angelo Padilha, que levantou a possibilidade de criar um plano e acrescentou que não apenas a CNEN apoiaria, mas que seria estabelecida uma atuação conjunta para alcançar essa meta.
Diante da receptividade do MCTI à proposição, a SBMN convida seus associados e demais interessados a enviarem sugestões referentes a iniciativas que venham a impulsionar a medicina nuclear em suas diferentes esferas de atuação.
Participe! Acesse o formulário online e compartilhe suas proposições até 27 de abril.