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Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares

Ciência e Tecnologia a serviço da vida

 

Controle Ambiental

Caracterização físico/química das águas e previsão da contaminação ao longo de reservatórios de uso múltiplos

O crescimento, às vezes desordenado, das cidades, inclusive com ocupação inadequada do solo junto às regiões de reservatórios de água para abastecimento público é preocupante. Por este motivo, faz-se necessário o estudo da qualidade da água utilizada para abastecimento e também da previsão do grau de poluição provocado pelo eventual lançamento de algum contaminante na seção de entrada de um reservatório.
Determina-se a qualidade da água por análise de metais inorgânicos e espécies aniônicas e catiônicas, utilizando-se das seguintes técnicas analíticas: espectrometria de emissão atômica com fonte de plasma,
espectrofotometria de absorção atômica com forno de grafita, cromatografia de íons e espectrometria de fluorescência de raios X com dispersão de energia.
A concentração de eventuais contaminantes lançados em um reservatório pode ser determinada utilizando-se técnica nuclear, injetando-se um traçador radioativo na seção de entrada e detectando-se em seções pré-definidas à jusante. Com os dados obtidos, como por exemplo a velocidade média e o tempo de trânsito, aplica-se um modelo matemático de dispersão uni-direcional, resultando em valores da concentração em função da distância do ponto de lançamento do contaminante e do tempo decorrido.

As referidas técnicas são aplicadas em estudos ambientais de grandes reservatórios de usos múltiplos, isto é, água para abastecimento público, geração de energia elétrica, recreação e etc.

Controle Ambiental: Determinação da velocidade do fluxo da água subterrânea

A atividade industrial tem como conseqüência a geração de resíduos líquidos e/ou sólidos que necessitam de tratamento adequado antes de serem lançados a um corpo receptor. No caso dos resíduos sólidos, há a propensão da transferência de metais e outros compostos orgânicos diretamente para as águas subterrâneas, por efeito da lixiviação dos resíduos e infiltração através do meio poroso.
Assim que o contaminante alcança determinado lençol de água, sofre processo físico de dispersão e adsorção, até mesmo absorção química; o resultado destas ações conjuntas é a diminuição da sua concentração até que alcance níveis detectáveis somente por equipamentos ultra-sensíveis.
Entre os parâmetros que regem o escoamento da água subterrânea, o mais importante é a velocidade do fluxo. Todos os modelos de simulação de danos ambientais provocados por eventuais contaminantes lançados no meio poroso utilizam este importante parâmetro. Portanto, quaisquer incertezas durante a obtenção do valor da velocidade, utilizando métodos teóricos, práticos e/ou empíricos, implicam em comprometimento parcial ou total dos resultados obtidos.

A técnica nuclear de determinação da velocidade do fluxo é reconhecidamente das mais eficazes e consiste em marcar a coluna piezométrica de um poço com traçador radioativo e acompanhar a sua concentração ao longo do tempo, utilizando-se um espectrômetro portátil monocanal. Obtém-se o valor da velocidade por cálculo de balanço de massa; quanto maior a velocidade, maior a declividade da curva de concentração do traçador.

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