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- 07/06/2021 - Os Desafios da Importação na Ciência e as Soluções trazidas pela Fundep para o Cenário da PandemiaEntre as cinco fundações nacionais e públicas que mais importam produtos de pesquisa, Fundep mira nova estrutura para diminuir os impactos das oscilações da economia brasileira e mundial
Entre as cinco fundações nacionais e públicas que mais importam produtos de pesquisa, Fundep mira nova estrutura para diminuir os impactos das oscilações da economia brasileira e mundial
Fonte: Site FundepQuem vê os resultados de pesquisas científicas nem sempre tem a chance de saber como um cientista chegou a eles. Alguns podem salvar vidas, melhorar setores econômicos ou criar inovações que serão lembradas por anos a fio. Desde o processo de planejamento da pesquisa até a sua concretização são diversas fases e participantes que constroem, tijolo por tijolo, um resultado. E neste contexto, desde o início da pandemia de covid-19, em 2020, trabalhar com a importação de insumos e equipamentos se tornou uma tarefa desafiadora.
Há pressões de todos os lados. Real desvalorizado frente ao dólar nos últimos dois anos, plantas de produção fechadas e com demanda represada em diversos países e, consequentemente, um aumento da espera para conseguir itens básicos. A Fundep está entre as cinco fundações nacionais e públicas que mais importam produtos para a pesquisa no Brasil e trabalha com itens heterogêneos – do setor naval, mineração, saúde – em função da sua atuação em diversas áreas do conhecimento. Há mais de 15 anos na Fundação, o coordenador de importação e exportação, Guilherme Matos, diz que o cenário atual na pandemia é bastante complexo.
Para tentar mitigar o alto custo do dólar, a tentativa tem sido reduzir o custo logístico fazendo aquisições mais consolidadas em blocos, e criar uma previsibilidade nos projetos. No entanto, situações como a escassez de voos em função da pandemia e a interrupção do canal de Suez, têm sido barreiras duras de serem transpostas. São mais de mil transações de importação feitas pela Fundep anualmente, 1/3 delas de fornecedores diferentes. "O analista precisa ser camaleão, entender um pouco como funciona cada área para negociar e inserir no plano de trabalho que temos. O valor do trabalho é esse. A intermediação é importante”, ressalta.
A aposta para diminuir os impactos das oscilações da economia brasileira e mundial é criar uma nova estrutura de compras fora do país. Uma trading pensada no final de 2019 e que deve começar a operar no segundo semestre deste ano a um custo inicial de US$ 10 mil. "A ideia é ter uma trading fora do país, com apoio da Fundepar (agência de investimentos da Fundep), para conseguir garantir poder de compra nos projetos e previsibilidade do custo. Ainda que não seja uma compra para agora, eu poderia deixar o recurso previamente alocado para uma aquisição”, diz. A vantagem seria uma proteção de desvalorização do recurso e aumento da confiabilidade dos parceiros que vendem para a Fundep.
A importância de um processo bem feito de importação pode ser vista em projetos recentes nos quais a Fundep teve participação. A construção de um nanoscópio por professores da UFMG, capitaneados pelo físico Ado Jorio, só foi possível tendo a importação como um alicerce. Mais do que isso, ela é responsável por prover boa parte dos materiais utilizados no trabalho do pesquisador mineiro. "Se você retirar o pagamento de pessoal e pensar só em equipamentos e insumos, 90% do que eu trabalho é importado. Tudo o que faço tem ótica, fontes de luz, lasers, detectores, parte ótica de alta qualidade, espelhos, filtros, tudo é importado”, explica. Segundo ele a importação de um único produto para o Brasil pode levar de quatro a seis meses. "Se você estiver nos EUA, na Europa, no Japão, você pega o telefone e o produto chega no dia seguinte”, diz.
Além da continuidade e desenvolvimento de pesquisas, a importação ajuda pesquisadores a garantir que o Brasil e Minas Gerais tenham equipamentos de boa qualidade que ajudam na atração de profissionais de ponta, dispostos a atuar no Estado. É o que conta o professor Gilberto Medeiros, do centro de Microscopia da UFMG, que atuou junto com Guilherme Matos e outros parceiros para conseguir trazer ao Brasil um microscópio doado pela Hewlett-Packard Company (HP). O equipamento, utilizado por cientistas do Brasil e do exterior, saiu de Palo Alto, no Vale do Silício e foi colocado em funcionamento em 2019.
Medeiros compara a chegada de equipamentos de qualidade via importação a uma maratona de longa distância em que é necessário estar sempre à frente. "Se você tem uma universidade com um parque de instrumentos bons, você vai conseguir atrair pesquisadores bons. Se não tem, às vezes a pessoa não quer começar do zero. Isso serve também para fazer boas contratações”, salienta. Para trazer o microscópio americano ao Brasil, foram necessários quase dois anos entre armazenamento na Califórnia, desembaraço aduaneiro e outros processos de registro.
Importação para a Fronteira do Conhecimento
No Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), a demanda por importação também é alta e complexa. Fernando Moreira, gerente do Escritório de Gestão de Projetos do Instituto, relata que em apenas um projeto foram importados seis equipamentos de grande porte para o desenvolvimento de pesquisas de ponta. Um deles é o acelerador de elétrons, que teve um custo avaliado em torno de R$ 2 milhões. "Esse equipamento não é vendido de prateleira, ou seja, precisa ser montado. Com a atuação da Fundep, conseguimos importá-lo da Coréia”, explica Fernando.
O equipamento é usado para desinfecção de efluentes industriais. "Por meio de um feixe de elétrons com alta energia, o equipamento desinfeta resíduos líquidos que poluem rios, por exemplo”, comenta. O acelerador de elétrons está sendo montado em uma carreta para percorrer todo o Brasil, desenvolvendo pesquisa e ensino e contribuindo com o tratamento de efluentes. "Tivemos que reforçar o chassi da carreta, porque o acelerador é muito pesado! Agora, teremos um equipamento único, itinerante e multiusuário, trazendo inúmeros benefícios em escala nacional. A participação da Fundep foi fundamental para atender todas as especificidades do projeto. Toda a negociação com o fornecedor foi feita pela Fundação, sempre com acompanhamento do Ipen”, finaliza Fernando.
Outros Setores
Segundo a Academia Brasileira de Ciências, em 40 anos, a partir de 1980, a produção de insumos farmacêuticos no Brasil caiu de 55% para 5% da necessidade de consumo. Com isso, o processo importação no setor se tornou imprescindível para a pesquisa. Na área de conservação e restauração o cenário é muito parecido.
"A restauração necessita de pigmentos, vernizes, andaimes, solventes. São muitos equipamentos. Nós até tentamos fazer um equilíbrio entre a compra de material nacional e internacional, mas em todas as áreas, em restaurações de grande e pequeno porte, a importação é um processo necessário. E a Fundep nos dá um apoio logístico fundamental”, afirma Bethania Reis, ex-diretora do Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais (Cecor) ligado à Escola de Belas Artes da UFMG.
Ela cita a restauração do Presépio do Pipiripau, obra tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como um dos casos no qual a chegada de insumos para pintura e recuperação foi essencial. A obra tem um palco de 45 cenas com 586 personagens e peças contando a história de Jesus Cristo desde o seu nascimento até a ressurreição.
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- 07/06/2021 - Ipen seleciona alunos para mestrado profissional gratuito em tecnologia das radiaçõesFonte: Agência FapespAgência FAPESP* – O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) recebe, até sexta-feira (11/06), inscrições para o mestrado profissional em Tecnologia das Radiações em Ciências da Saúde. O curso é voltado a profissionais que atuam em hospitais e clínicas, com radiações ionizantes e não ionizantes.
Podem se candidatar profissionais graduados em medicina, farmácia e bioquímica, odontologia, física médica,biologia, química, física, engenharias, radiologia ou áreas afins.
O objetivo do programa é tornar os profissionais aptos para o desenvolvimento de pesquisas, uso e implementação de novas técnicas ou processos com radiações para diagnóstico, terapia e aplicações diversas na área da saúde.
O curso tem período letivo semestral, com aulas de quartas às sextas-feiras, das 14hàs 19h30, e duração de dois anos. O número de vagas mínimo é 25. A modalidade é presencial, mas, devido à pandemia, o primeiro semestre do curso, de agosto a dezembro, terá aulas on-line, a maioria síncronas.
Os interessados devem se inscrever pelo e-mail smp@ipen.br. Deverão enviar os seguintes documentos: formulário de inscrição preenchido, foto colorida 3x4, diploma do curso de graduação registrado, histórico escolar do curso de graduação, documento de identificação, CPF e link para o currículo Lattes.
Os candidatos que tiverem suas inscrições homologadas poderão participar dos exames de proficiência em inglês. Os aprovados no exame de proficiência serão convocados para a entrevista com a Comissão do Processo seletivo do Programa.
O resultado final será divulgado em 2 de julho, pelo site do Ipen.
Mais informações: www.ipen.br/portal_por/portal/interna.php?secao_id=2954.
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- 04/06/2021 - 41º Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica recebe inscriçõesFonte: Agência FapespAgência FAPESP – O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) recebe, até 10 de junho de 2021, inscrições para o 41º Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica.
Criado em 1978, o prêmio visa revelar e reconhecer grandes nomes que contribuem significativamente para a formação de uma cultura científica e para tornar a ciência, a tecnologia e a inovação conhecidas da sociedade.
Na atual edição, a categoria contemplada é "Instituição e Veículo de Comunicação”, que premiará a instituição brasileira (de ensino e/ou pesquisa, centros e museus de ciência e tecnologia, órgãos governamentais, culturais, organizações não governamentais e empresas públicas ou privadas) ou veículo de comunicação coletiva com sede estabelecida no Brasil que tenha tornado acessível, ao público, conhecimento sobre ciência, tecnologia, inovação e seus avanços.
A premiação consiste em troféu e diploma para a instituição ou veículo de comunicação agraciado, além de passagem aérea e hospedagem para permitir que o dirigente ou representante da instituição/veículo de comunicação agraciada participe da cerimônia de entrega do prêmio, no Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovação, em outubro de 2021.
A inscrição poderá ser efetuada pelo dirigente institucional ou por seu representante legal e enviada ao CNPq, para SHIS Quadra 01 Conjunto B - Bloco B, 1º andar, Sala 101, Edifício Santos Dumont, Lago Sul, Brasília, DF, CEP 71605-170.
A seguinte documentação deverá acompanhar a inscrição: ficha de inscrição preenchida, currículo do dirigente da instituição ou do veículo de comunicação atualizado em 2021 na Plataforma Lattes, justificativa em que se evidencie significativa contribuição à divulgação e popularização científica, tecnológica, inovação e seus avanços e apresentação de trabalhos institucionais, que devem ser enviados impressos, podendo os arquivos de áudio e vídeo serem enviados em mídias.
Mais informações:www.premiojosereis.cnpq.br/web/pjr.
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- 01/06/2021 - Bolsistas da FAPESP poderão pedir prorrogação de três meses no prazo para conclusão das pesquisasFonte: Agência FapespAgência FAPESP – A FAPESP poderá prorrogar por três meses as bolsas no país com término de vigência até 31 de dezembro de 2021. Essa possibilidade se aplica a todas as modalidades de bolsas. A medida tem como objetivo minimizar os impactos das restrições decorrentes da pandemia de COVID-19 em diversas áreas de pesquisa e possibilitar aos bolsistas concluir seu trabalho e avançar em sua formação.
A FAPESP já tinha prorrogado excepcionalmente a vigência das bolsas no início da pandemia, conforme Portaria do Conselho Técnico-Administrativo nº 15, de 02 de abril de 2020, mas, desde então, as restrições sanitárias seguiram impedindo o acesso a instituições, laboratórios e empresas onde os bolsistas realizavam a pesquisa.
A prorrogação das bolsas terá impacto no orçamento da FAPESP e exigirá o reordenamento dos dispêndios com essa modalidade de fomento, de forma a não comprometer o atendimento a demandas da comunidade por novas bolsas. A Fundação, para tanto, estabeleceu um conjunto de procedimentos para garantir isonomia na análise das solicitações de prorrogação dos prazos de bolsa e efetividade da medida.
As solicitações de prorrogação de prazo de bolsas devem ser encaminhadas por meio do Sistema de Apoio à Gestão (SAGe), junto com um relatório resumido (máximo de cinco páginas), com dados quantitativos e qualitativos das atividades de pesquisas realizadas até a data do pedido de prorrogação, assim como das que ficaram comprometidas pelas restrições impostas pela pandemia e as alternativas implementadas.
O relatório deverá incluir também plano e cronograma de trabalho de pesquisa para os próximos meses, de forma a comprovar que o projeto poderá efetivamente ser concluído ao final do prazo da prorrogação.
A prorrogação de bolsas de pesquisa, cuja continuidade envolva atividades presenciais, dependerá de que não haja riscos sanitários ao bolsista. Os outorgados, portanto, devem firmar compromisso de seguir todos os procedimentos e protocolos de segurança fixados pelo local onde a pesquisa está sendo realizada.
A prorrogação também está condicionada à garantia de que a instituição ou empresa onde está sendo realizada a pesquisa esteja apta a garantir a continuidade do projeto. As solicitações de prorrogação de bolsas desenvolvidas em universidade e instituições de pesquisas deverão incluir declaração assinada pelo bolsista, orientador/supervisor e pela instituição-sede, atestando a viabilidade de continuidade da pesquisa. No caso de bolsas em empresas, essa declaração deverá ser assinada pelo bolsista, pelo pesquisador responsável pelo projeto e pelo representante legal da empresa.
Os bolsistas que já se beneficiaram com a prorrogação excepcional em abril de 2020 e que necessitarem de mais três meses de prazo para concluir seu projeto também poderão encaminhar solicitação à FAPESP.
A prorrogação excepcional não inclui bolsas concedidas em modalidades que permitam submissão regular de renovação à FAPESP. No caso das bolsas vinculadas a Auxílios à Pesquisa (BCO), a concessão de prorrogação – excepcional ou regular – não deverá ultrapassar a vigência do auxílio nem ultrapassar a quota de bolsa em seu orçamento. Quando isso ocorrer, o pesquisador responsável deverá solicitar previamente a prorrogação da vigência do auxílio e/ou alteração do seu orçamento.
Todas as solicitações de prorrogação excepcional submetidas à FAPESP serão analisadas por pares.
Para mais informações e para acesso aos modelos de declaração que deverão acompanhar os pedidos de prorrogação acesse https://fapesp.br/14938/comunicado-no-11-da-fapesp-sobre-a-covid-19.
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- 31/05/2021 - Morre o professor Sergio Mascarenhas: ciência de São Carlos e do Brasil estão de lutoFonte: São Carlos em RedeMorre hoje, 31, aos 93 anos o professor Sérgio Mascarenhas, um dos símbolos da ciência nacional e, por consequência, de São Carlos. Pioneiro em muitas áreas, o professor Sérgio Mascarenhas foi um físico-químico que, além de ter pesquisas relevantes em diversas áreas, como na medicina, foi o responsável por trazer um grande desenvolvimento social, científico e tecnológico para o Brasil. Recebeu diversos prêmios como a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico(2002). Foi professor visitante de algumas das principais universidades do mundo, como Princeton, Harvard e MIT, entre outras e tem um legado inestimável para São Carlos, pois aqui ajudou a criar a Embrapa Instrumentação Agropecuária, que é referência na área em todo o planeta.
Vida
Graduou-se em física na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e em química na Universidade Federal do Rio de Janeiro entre 1947 e 1951. Lá teve aulas com cientistas de porte como César Lattes, Álvaro Alberto e Joaquim da Costa Ribeiro.
Após um período como professor nos Estados Unidos, decidiu ir para São Carlos, cidade do interior de São Paulo. Foi convidado para ser professor em Princeton, mas recusou a oferta – preferiu "tentar fazer a diferença no Brasil” (Como ele mesmo diz, "Cientista deve exercer sua função social”). Participou da escola de engenharia da USP e lá criou o Instituto de Física e Química da USP de São Carlos.
Quando o médico, industrial e político Ernesto Pereira Lopes quis criar uma universidade federal em São Carlos, reunindo várias escolas já existentes, recebeu de Mascarenhas uma ideia diferente: a de fazer uma universidade a partir do zero, abrindo as portas para áreas de conhecimento pouco exploradas pela ciência do Brasil até então – como a física do estado sólido. Ernesto não só concordou como o chamou para ser reitor dessa universidade, a Universidade Federal de São Carlos – UFSCar – em 1968. Em 1972, Mascarenhas criou a primeira Engenharia de Materiais da América Latina, na UFSCar.
Dez anos depois da criação do Instituto de Física e Química de São Carlos, colaborou na criação da Unidade de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento de Instrumentação - UAPDIA da Embrapa, hoje Embrapa Instrumentação. Lá desenvolveu, junto com Silvio Crestana, um sistema de tomografia de solo pioneiro no mundo.
Em 2005, Mascarenhas foi diagnosticado com a doença hidrocefalia. Indignado com os métodos invasivos da medicina para o tratamento – o crânio do paciente deveria ser perfurado para medir a pressão intracraniana – decidiu pesquisar novas formas de fazer esta medição, o que resultou em um novo método muito menos invasivo, no qual um aparelho é colocado no couro cabeludo do paciente. Esse projeto que revolucionou o tratamento de hidrocefalia, tumores cerebrais e traumatismo craniano foi desenvolvido em conjunto com a FAPESP e a Organização Mundial de Saúde, na faculdade de medicina da USP de Ribeirão Preto.
Além dessas realizações, ainda fundou o Instituto de Estudos Avançados de São Carlos, da USP, o Instituto de Pesquisas Adib Jatene e o Programa Internacional de Estudos e Projetos para a América Latina – PIEPAL.
Mascarenhas propôs a criação do curso universitário de Engenharia de Sistemas Complexos, inexistente no Brasil. Em 2020, se disse preocupado com a situação da ciência no país. Para ele, "Dizer como estão dizendo atualmente que o Brasil não precisa de ciência básica é não conhecer nada da evolução da humanidade. Da pesquisa básica nasce a ciência aplicada. O Brasil se não for pelo caminho da ciência, da computação, da inteligência artificial, da robótica, nanotecnologia, vai ficar cada vez mais colonizado pela tecnologia alheia […] O caminho para o desenvolvimento passa pela tecnologia, educação e empreendedorismo”.
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- 27/05/2021 - Enriquecimento de urânio do Irã 'no nível de países que estão fabricando bombas', diz chefe da AIEAAo falhar em dar explicações satisfatórias sobre vestígios de urânio encontrados em dois locais não declarados, o Irã arrisca sua frágil credibilidade ante inspetoria nuclear da ONU.
Ao falhar em dar explicações satisfatórias sobre vestígios de urânio encontrados em dois locais não declarados, o Irã arrisca sua frágil credibilidade ante inspetoria nuclear da ONU.
Fonte: Sputnik BrasilRafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), comentou que não fornecer explicações credíveis relativas aos vestígios de urânio encontrados em lugares onde não deveriam estar seria um "grande problema" para a credibilidade – e confiança – em Teerã, segundo o The Guardian."Isto afetará a credibilidade do seu país em geral, bem como as chances de um acordo maior e mais amplo que vocês queiram firmar com seus parceiros no Plano de Ação Conjunto Global [JCPOA]", explicou Grossi a oficiais iranianos, citado pela mídia.De igual modo, o diretor-geral da AIEA acrescentou que o Irã e os EUA não podem simplesmente voltar ao antigo acordo nuclear de 2015 nos mesmos termos, uma vezque seria necessária uma nova compreensão em como lidar com a República Islâmica que, agora, possui um maior conhecimento nuclear bem como centrífugas mais avançadas, reporta o jornal britânico."Um país com enriquecimento [de urânio] de 60% é algo muito sério – apenas países que estão fabricando bombas estão atingindo esse nível [...]. Esses 60% são níveis quase que para [desenvolver] uma arma, o enriquecimento para fins comerciais é [apenas] 2,3%", declarou Grossi, em conversa com o The Financial Times.Ao contrário de vários Estados análogos a Teerã, Grossi entende que a nação persa também tem o "direito soberano" de desenvolver seu programa nuclear, mas adverte que "esse é um aspecto que requer um olhar vigilante". O diretor-geral da AIEA explica que com a sofisticação atingida pelo Irã, é necessário "um sistema de verificação muito forte e robusto", de acordo com a mídia."Você não pode voltar a conter o gênio dentro da lâmpada– uma vez que você sabe como fazer algo, o único jeito de examinar isso é através de verificação", explicou Grossi, citado pelo Financial Times.Contudo, é importante sublinhar que o enriquecimento e purificação de urânio, bem como todo o desenvolvimento das capacidades nucleares da nação persa, podem ser considerados resultado direto da saída unilateral dos EUA do acordo nuclear, em maio de 2018, sob presidência de Donald Trump, e posterior imposição de sanções a Teerã.As sanções lançadas por Washington prejudicaram a economia iraniana, porém, o governo da República Islâmica retaliou, quebrando de forma lenta e contínua as restrições às suas atividades nucleares estabelecidas no JCPOA.Com a chegada do democrata Joe Biden à Casa Branca, os parceiros europeus enxergaram uma nova oportunidade para os dois Estados em conflito voltarem a negociações.Até agora, os diálogos para o regresso dos EUA e do Irã ao JCPOA, decorridos em Viena, têm se apresentado como passos positivos até que um acordo final possa ser oficializado.Apesar dos receios vindos do Ocidente ante a possível criação de uma arma nuclear, o Irã vem assegurando que não pretende fazê-lo, afirmando que seu programa nuclear apenas serve para objetivos civis. -
- 26/05/2021 - Itataia: Consórcio Galvani-INB já tem plano logísticoO recebimento de matérias-primas e o envio de produtos acabados serão realizados com apoio da infraestrutura portuária cearense e de centros de distribuição a serem localizados em pontos estratégicos.
O recebimento de matérias-primas e o envio de produtos acabados serão realizados com apoio da infraestrutura portuária cearense e de centros de distribuição a serem localizados em pontos estratégicos.
Fonte: Diário do NordesteJá está desenhado o projeto logístico de distribuição dos fertilizantes e do fosfato bicálcico que serão produzidos no complexo industrial a ser construído ao lado da mina de urânio de Itataia, no município de Santa Quitéria, no sertão do Ceará, cuja exploração e beneficiamento serão feitos pelo consórcio integrado pelas empresas Galvani Fertilizantes e Indústrias Nucleares do Brasil (INB).Tanto a exploração mineral quanto a industrialização do urânio fosfatado de Itataia deverão começar no próximo ano, logo após a emissão do licenciamento ambiental. Os investimentos previstos para o Projeto Santa Quitéria superam os US$ 400 milhões.A logística de transporte prevê a utilização dos modais rodoviário e hidroviário, o que livra o consórcio de uma dependência de um ramal da Ferrovia Transnordestina, em construção, que ligaria a futura planta industrial de Itataia aos portos do Pecém e Mucuripe. Esta informação foi transmitida á coluna pela Galvani Fertilizantes.Segundo a empresa, "a rota via Arco Norte (que utilizará hidrovias) será utilizada para a distribuição nos estados da região Norte e Centro-Oeste; as entregas para a região Nordeste serão feitas por caminhões”.Ainda de acordo com a Galvani, o recebimento de matérias-primas e o envio de produtos acabados serão realizados com apoio da infraestrutura portuária cearense e de centros de distribuição a serem localizados em pontos estratégicos.O concentrado de urânio será embalado em tambores especiais e transportado, por rodovias, até os portos de Mucuripe e Pecém, de onde seguirá para outro país para passar pela etapa conhecida como conversão, em que o concentrado será transformado em gás (hexafluoreto de urânio) e, posteriormente, enriquecido em isótopos 235, processo que poderá ser feito, em parte, no Brasil, na Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio da INB, em Resende (RJ).Esse transporte será realizado até quatro vezes ao ano, obedecendo a medidas especiais de segurança, que incluirão um aparato de apoio da Polícia Federal e uma equipe de Proteção Física da INB, com o objetivo de garantir a integridade desse insumo energético de alto valor.O Projeto Santa Quitéria – denominação oficial do empreendimento – está localizado na Fazenda Itataia, uma área de 4.042 hectares onde o consórcio instalará um complexo minero-industrial próximo à jazida de urânio e fosfato.A fazenda está a 210 quilômetros a sudoeste de Fortaleza, no Centro-Norte do Estado.O início da construção do complexo está previsto para 2022 e sua operação assistida, em 2024, condicionados à liberação das licenças ambientais pelos órgãos responsáveis (Ibama e CNEN).A Galvani informa que não é possível, agora, determinar uma data exata para o início das obras e da operação minero-industrial, mas a expectativa é de que o projeto estará em funcionamento em 2024.Ainda de acordo com o consórcio Galvani-INB, o Projeto Santa Quitéria foi idealizado para atender à demanda brasileira de fertilizantes e de geração de energia, o que revela a importância estratégica para o País, servindo também como atração de novos investimentos, gerando mais oportunidades de emprego e renda no interior.
O investimento para o Projeto Santa Quitéria é de US$ 315 milhões. Além desse valor, a Galvani investirá US$ 85 milhões em centros de distribuição, operações portuárias, unidades de mineração e beneficiamento e plantas químicas nas regiões Norte e Nordeste.
O consórcio informa que há investidores interessados em participar do empreendimento, que é altamente competitivo.
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- 26/05/2021 - 10º International Uranium Film FestivalDe 20 a 30 de maio de 2021, online e gratuito, serão apresentados documentários e ficções de 26 cineastas oriundos de 15 países. Dois filmes sobre Fukushima e um filme sobre a criação da bomba atômica são estreias mundiais. Seis filmes são estreias na América Latina.
De 20 a 30 de maio de 2021, online e gratuito, serão apresentados documentários e ficções de 26 cineastas oriundos de 15 países. Dois filmes sobre Fukushima e um filme sobre a criação da bomba atômica são estreias mundiais. Seis filmes são estreias na América Latina.
Fonte: MAM Rio
O ano de 2021 marca 10 anos do desastre atômico na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão, ocorrido em 11 de março de 2011. Além disso, em 22 de janeiro de 2021 entrou em vigor o Tratado da ONU sobre a Proibição de Armas Nucleares (TPNW – sigla em inglês de Treaty on the Prohibition of Nuclear Weapons), que proíbe os países signatários de produzir, armazenar, vender e usar armas nucleares. Por isso, a 10ª edição do International Uranium Film Festival tem como foco as catástrofes do desastre nuclear de Fukushima e as milhares de bombas atômicas lançadas no mundo.
Dedicamos os 10 anos de Uranium Film Festival aos cineastas, fotógrafos e produtores que abordam com coragem, criatividade e paixão essas difíceis questões que tiraram ou ameaçaram a saúde e a vida de milhões de pessoas até as próximas gerações. Cineastas, fotógrafos e produtores que estariam presentes nesta 10ª edição do Uranium Film Festival do Rio de Janeiro, se não fosse a pandemia da Covid-19.
O International Uranium Film Festival é o único festival anual de filmes que destaca as questões nucleares e radioativas: a cadeia do combustível nuclear, a mineração de urânio, as bombas atômicas, as usinas nucleares, os resíduos nucleares e os acidentes nucleares: de Hiroshima a Fukushima. O primeiro International Uranium Film Festival foi realizado em maio de 2011, no Rio de Janeiro. Desde então, tornou-se um evento global com exibições ao redor do mundo.
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- 25/05/2021 - Anvisa autoriza teste em humanos de soro do Butantan contra a Covid-19Fonte: Isto ÉPor Patrícia Vilas BoasSÃO PAULO (Reuters) – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o Instituto Butantan a testar em voluntários um soro hiperimune contra o novo coronavírus causador da Covid-19, informou o órgão regulador nesta terça-feira.
As pesquisas clínicas haviam sido aprovadas no mês de março, mas até então os testes se restringiram apenas aos animais. Essa será a primeira vez que o soro será aplicado em humanos.
O presidente do Butantan, Dimas Covas, disse em março que o instituto já tinha 3 mil frascos do soro contra a Covid para início dos testes em pessoas aguardando a autorização pela Anvisa.
De acordo com a Anvisa, a autorização da agência seguiu "uma avaliação criteriosa dos aspectos técnicos e de segurança do produto”.
O soro é produzido junto ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), e os estudos conduzidos em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e o Hospital do Rim e Hipertensão (HRim), em São Paulo.
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- 24/05/2021 - Criada a Autoridade Nacional de Segurança NuclearSem aumento de despesas, a autarquia fiscalizará todas as atividades nucleares no país
Sem aumento de despesas, a autarquia fiscalizará todas as atividades nucleares no país
Fonte: GOV.BRO Governo Federal criou a Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), uma autarquia que terá a função de fiscalizar todas as atividades nucleares promovidas no país.A criação da entidade não prevê aumento de despesa pública, pois ocorrerá a partir da divisão da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que continuará existindo.Segundo a Secretaria-Geral da Presidência da República, a criação da ANSN é necessária, pois, de acordo com as normas internacionais, não é permitido que uma mesma autarquia faça e fiscalize as próprias atividades com materiais radioativos, como ocorria, anteriormente, com a CNEN.Em entrevista, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcos Pontes, falou sobre a criação da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear.Ministro, por que essa autarquia foi criada?
A Autoridade Nacional de Segurança Nuclear tem uma importância muito grande. Ela atende aos anseios da comunidade internacional do setor nuclear, assim como várias solicitações do Tribunal de Contas da União (TCU) e de outras organizações do Brasil, da necessidade da separação da fiscalização e da execução. Do ponto de vista do bom senso, quando cheguei no ministério, eu observei a estrutura do ministério e, dentro da estrutura, nós temos a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), com vários institutos conectados. Essa comissão tinha a responsabilidade, por lei, tanto de fazer a fiscalização com regulação e certificação assim como a execução de tarefas, inclusive com grandes quantidades. Nós tínhamos as indústrias nucleares brasileiras de grandes quantidades de combustível nuclear conectadas e assim por diante. Ou seja, eu olhei pelo bom senso e falei: "Isso aqui não está estranho não? Não teria que ter uma coisa separada?". A partir daquele momento, no início de 2019, nós colocamos essa possibilidade de haver essa separação. A criação no início era de uma agência de segurança nuclear. E aquilo foi imediatamente uma resposta muito positiva de todos os setores internacionais e nacionais. Falando nisso, é um anseio de 34 anos. Mas é difícil de fazer. Ok. Se é difícil, está na mão certa. Vamos ter uma equipe muito boa no mínimo. Então vamos criar essa autoridade, fazer essa separação.
Qual é o benefício de uma autoridade, de uma autarquia específica para fiscalizar?
O primeiro ponto importante a ressaltar é que a criação da Autoridade Nuclear não causa nenhum acréscimo de despesa para o Governo. Nós já estamos utilizando uma estrutura existente. É uma parte da CNEN que vai ser responsável por isso, que já fazia essa parte e agora vai fazer independente, como uma instituição desse tipo tem que ser, independente. Mas ela continua no âmbito do MCTI até que nós tenhamos essa separação administrativa muito bem estabelecida para não causar nenhuma ruptura na instituição. E, depois, o Presidente, daqui a alguns anos, determina o que fazer com ela em termos de local. Essa autoridade tem uma responsabilidade muito grande em garantir justamente a segurança de todas as operações que se fazem das aplicações civis do setor nuclear. E, quando nós falamos na física nuclear, a primeira coisa que passa na mente da gente são as grandes usinas nucleares para produção de energia nuclear ou eletronuclear. Aí vem um ponto importante: o MCTI é responsável por toda a política nuclear do país. O MME [Ministério de Minas e Energia] é responsável pela política de energia do país. Portanto, a produção de energia eletronuclear das usinas é de responsabilidade do MME. Aqui nós temos a política nuclear como um todo e o que nós podemos fazer com a área nuclear, além de eletronuclear. Nós temos o setor de fármacos. Nós fazemos isótopos nucleares, irradiadores para que tenham esses exames. Vários maquinários funcionam dessa forma também. Fármacos que utilizam irradiação. Irradiação, por exemplo, de alimentos, para esterilização em hospitais. Muita coisa é feita com tecnologia nuclear. E a CNEN é responsável por tudo isso no país. Então, no ponto de vista da população, a criação dessa Autoridade Nuclear aumenta o nível de segurança de todas as atividades nucleares no país, o que é muito importante para todos.
Qual vai ser o ganho com a criação dessa autarquia?
A criação de uma autoridade como essa, primeiro atende aos anseios internacionais da comunidade internacional do setor nuclear. Nós temos, inclusive, uma agência internacional nuclear, ligada a ONU, e atende também ao que tem sido feito em todos os países, mais envolvidos em relação à aplicação da tecnologia nuclear. É a separação da fiscalização, da execução. Países como Japão, Estados Unidos fizeram isso, até que de certa forma recentemente, mas é importante que isso tenha sido feito, porque você aumenta a autonomia, você aumenta as competências, a eficiência de uma agência como em termos de gestão, também, muito importante. Então, aqui no ministério, nós primamos pela gestão, de uma forma muito intensa, atendendo às solicitações, sugestões, também, do TCU. Essa criação, é importante ressaltar, não cria qualquer estrutura, cargos novos. Nós estamos utilizando cargos que nós já tínhamos aqui no ministério e também não cria nenhuma despesa nova. Isso aí já é contido no próprio orçamento. Por isso que é importante. A gente tem essa permanência dela nesse período de gestão, de transitório da formação, e isso atende um anseio de 34 anos.
Como será feita essa fiscalização?
Imagina que você tem um hospital em algum lugar, e que ele vai abrir agora um setor para diagnóstico, utilizando tecnologia nuclear, que tem equipamentos que utilizam radiação. Antes que isso seja autorizado a operar, essa autoridade, por enquanto a CNEM, mas, no futuro próximo, essa autoridade ela tem que ir lá, ela tem que fazer as inspeções e essa instalação, ela tem que cumprir uma sequência, uma regra, uma sequência de regulação de forma que ela seja segura para uso, tanto dos operadores quanto dos pacientes. Da mesma forma, qualquer coisa que utilize tecnologia nuclear, utilize radiação, ela precisa ter essa autorização. E outra coisa é que a autoridade vai se manter em contato internacional sempre no topo, vamos dizer assim, dos últimos conhecimentos de ciência envolvidos com isso. Então, todos os equipamentos de medida, todos os equipamentos de fiscalização, de observação, e as normas principalmente, vão ser utilizadas, em último estágio de desenvolvimento, sempre por essa agência.
Essa normatização também é feita em outros lugares do mundo? O senhor teria como destacar alguma experiência inovadora com relação a isso?
Todos os países que trabalham com tecnologia nuclear, eles são inspecionados, eles têm uma ligação muito profunda com a parte de segurança, tanto segurança no sentido que não sejam criados aí dispositivos nucleares de destruição em massa, vamos dizer assim, o que é extremamente importante para segurança do planeta como um todo, assim como no sentido de segurança no safety. Então, existe uma comunidade internacional bastante ativa nisso, você vê que, às vezes, até gera alguns mal-estares aí entre países, mas é importante a fiscalização do que é feito, em termos de enriquecimento, por exemplo, de urânio. E é bom lembrar que, no Brasil, nós trabalhamos com a energia nuclear sempre para fins pacíficos, e nós temos isso aqui, um desenvolvimento já de muitos anos, graças a um esforço deste ministério, um esforço da Marinha do Brasil, também trabalhando em parceria, do próprio Ministério de Minas e Energia, e tudo isso compõe aí o nosso programa nuclear, em que é gerenciada essa política aqui do Ministério de Ciência e Tecnologia e Inovações dentro do Governo Federal.
Ministro, tem algo mais que o senhor queira destacar?
Essa mudança que nós estamos fazendo com a criação dessa autoridade nuclear é uma expectativa de algo que precisava ser feito, não é opção, é algo que precisava ser feito há 34 anos. E é uma das características aqui desse ministério, trabalhando no Governo Jair Bolsonaro, de pegar situações que estão esperando há muito tempo e resolver esses problemas. A gente precisa ter solução prática, rápida, eficiente dessas coisas que estão há muito tempo esperando. Outro exemplo, é o Programa Espacial, que está há 36 ali com o Centro Espacial de Alcântara necessitando a operação comercial, neste ano vai entrar realmente em operação, o acordo de salvaguardas tecnológicas, vinte anos de espera pra funcionar e agora funcionando completamente, a entrega de terras pros quilombolas na região ali de Alcântara, que foram uma espera também de trinta e seis anos. Nós recentemente entregamos ao Comando da Aeronáutica, que preparou todas as terras, entregou os títulos, não são posses, os títulos de terras para os quilombolas ali da região. É importante ver esses resultados, de você ver tanto tempo de espera, imagina essas famílias, esperando tanto tempo e agora a gente está tendo os resultados efetivos, entregas pra valer. Não é papel, não é, não é discurso, é fato. Então, isso é importante ressaltar. Nós temos muitas outras operações aqui do ministério, mas eu acho que, por enquanto, a gente podia ficar aqui nessa, nessa área do programa nuclear e do programa espacial; e tem muita coisa aí que vem pela frente também positiva.
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- 24/05/2021 - Irã diz à Aiea que vai renovar acordo de monitoramento nuclear por um mêsNão prorrogação poderia prejudicar os esforços para salvar o acordo de 2015, que visa impedir o Irã de desenvolver armas nucleares
Não prorrogação poderia prejudicar os esforços para salvar o acordo de 2015, que visa impedir o Irã de desenvolver armas nucleares
Fonte: CNN BrasilO Irã informou à agência de fiscalização nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) que decidiu estender um acordo de monitoramento com a entidade por um mês, disse o enviado de Teerã à Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) nesta segunda-feira (24).
O diretor-geral da Aiea, Rafael Grossi, confirmou que o acordo foi estendido até 24 de junho, evitando o fracasso de negociações mais amplas voltadas a reviver o acordo nuclear de 2015 do Irã com potências mundiais.
A Aiea e o Irã firmaram um acordo de monitoramento de três meses em fevereiro para amortecer o golpe da redução da cooperação do Irã com a agência, que permitiu o monitoramento de algumas atividades nucleares que de outra forma teriam continuado sem fiscalização.
Teerã disse no domingo (23) que o acordo expirou e que o acesso da Aiea a imagens de dentro de algumas instalações nucleares iranianas cessaria.
"O diretor-geral da Aiea hoje (segunda-feira) foi informado da decisão do Irã de prorrogar o acordo por um mês", disse Kazem Gharibabadi, embaixador de Teerã na agência da ONU com sede em Viena, segundo a mídia estatal.
"Os dados dos últimos três meses ainda estão na posse do Irã e não serão entregue à Aiea. Os dados para o próximo mês irão permanecer apenas com o Irã, segundo o acordo", disse Gharibabadi.
Diplomatas ocidentais disseram que não prorrogar o acordo de monitoramento com a Aiea poderia prejudicar os esforços para salvar o acordo de 2015, que visa impedir o Irã de desenvolver armas nucleares. Teerã diz que nunca buscou armas.
O Irã e as potências mundiais retomarão as negociações em Viena nesta semana sobre o acordo nuclear, do qual os Estados Unidos saíram há três anos. Os EUA voltaram a impor sanções à República Islâmica.
"Eu recomendo que eles usem esta oportunidade, que foi fornecida de boa fé pelo Irã, e levantem todas as sanções de uma maneira prática e verificável", disse Gharibabadi.
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- 20/05/2021 - Opinião no ArFonte: Rede TVEntrevista com o Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações Marcos Pontes e com o Presidente da CNEN Paulo Roberto Pertusi. -
- 19/05/2021 - Xi e Putin inauguram projeto para construir 4 reatores nucleares na ChinaFonte: UolPequim, 19 mai (EFE) - O presidente da China, Xi Jinping, e seu homólogo da Rússia, Vladimir Putin, inauguraram virtualmente nesta quarta-feira um projeto que prevê a construção de quatro unidades de geração de energia nuclear em território chinês utilizando tecnologia russa.O plano, que faz parte de um pacote de acordos assinado durante a visita do residente russo à China em 2018, prevê a construção das unidades 7 e 8 da central nuclear de Tianwan, na província de Jiangsu, e das unidades 3 e 4 na central de Xudapu, em Liaoning.Em um breve discurso transmitido pela emissora de televisão estatal "CGTN", Xi destacou que se trata de um projeto "seguro" que representa "o elevado nível de cooperação pragmática alcançado entre os dois países".Por sua parte, Putin disse que, graças ao plano, "a China poderá desfrutar de energia mais limpa a um preço mais baixo", e que as relações bilaterais estão "em seu auge histórico".Segundo o Ministério das Relações Exteriores chinês, o projeto demonstra "as realizações de Pequim e Moscou na fabricação de equipamento de alta gama e inovação tecnológica".Além disso, o plano irá ajudar a China a reduzir suas emissões de dióxido de carbono, segundo o ministério.Segundo o jornal chinês "Global Times", as quatro unidades têm um valor contratual de 3,11 bilhões, embora o custo total do projeto possa exceder 15,55 bilhões.O jornal detalha que serão utilizados reatores russos de terceira geração VVER-1200 (refrigerados e moderados por água)."Uma das características distintivas da tecnologia nuclear de terceira geração é que é segura, que não haverá acidentes como Chernobyl e Fukushima", destacou o especialista Han Xiaoping ao "Global Times".
Em abril, o número de unidades de energia nuclear em funcionamento na China chegou a 49, o que deixa o país no terceiro lugar do ranking mundial, de acordo com a Administração Nacional de Energia do país.
Outros especialistas chineses citados pelo jornal ressaltaram ainda que "a China poderia substituir alguma tecnologia dos EUA por tecnologia russa diante das crescentes restrições tecnológicas e comerciais de Washington".
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- 18/05/2021 - Usina nuclear Angra 1 é reconectada ao Sistema Interligado Nacional após um mês paradaUnidade foi desligada em 17 de abril para a troca de um terço do combustível e atividades de inspeção e manutenção periódicas. Usina está em processo de elevação de potência e deve atingir 100% na sexta-feira.
Unidade foi desligada em 17 de abril para a troca de um terço do combustível e atividades de inspeção e manutenção periódicas. Usina está em processo de elevação de potência e deve atingir 100% na sexta-feira.
Fonte: G1Por G1 Sul do Rio e Costa Verde
A usina nuclear Angra 1, em Angra dos Reis (RJ), foi reconectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) nesta terça-feira (18). A operação foi retomada com três dias de antecedência em relação ao que havia sido acordado com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
A usina está em processo de elevação de potência e deve atingir 100% na sexta-feira (21). As informações são da Eletronuclear, subsidiária da estatal Eletrobras, responsável pela unidade.
"Estamos entrando no período seco, que vai até novembro. Isso significa que a tendência é contarmos ainda menos com as hidrelétricas no futuro próximo. Nesse contexto, a geração de Angra 1 será fundamental para garantir segurança de abastecimento ao SIN”, avaliou o presidente da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães.
A unidade foi desligada em 17 de abril para a troca de um terço do combustível. Também foram realizadas atividades de inspeção e manutenção periódicas, além de modificações de projeto, que precisam ser feitas com a usina desligada.
As paradas para reabastecimento com combustível nuclear ocorrem aproximadamente a cada 14 meses e são programadas com antecedência de pelo menos um ano, segundo a empresa.
"Todas as atividades planejadas foram executadas, e todos os testes de proteção e operabilidade dos equipamentos de segurança foram concluídos com sucesso”, explicou o superintendente de Angra 1, Abelardo Vieira.
600 profissionais envolvidos
Os trabalhos envolveram cerca de 600 profissionais, incluindo 30 estrangeiros, além de equipes da Eletronuclear.
Quase 3 mil tarefas foram executadas durante o período. Entre as principais, estão a revisão de vários transformadores, a substituição do rotor da excitatriz do gerador elétrico principal, a substituição do motor e a revisão dos selos de uma bomba de refrigeração do reator, a inspeção visual de soldas do sistema primário e a inspeção visual remota das soldas externas do fundo do vaso do reator. Também foram realizadas inspeções visando a extensão da vida útil de Angra 1.
Desafio maior na pandemia
A empresa disse que durante as atividades foram tomadas medidas de prevenção à Covid-19, como medidas de distanciamento social, treinamento dos funcionários sobre as formas de contágio e divulgação interna de boas práticas através de uma cartilha. Os profissionais também fizeram refeições em horários escalonados.
"As medidas de proteção contra a covid-19 foram implementadas e reiteradas no dia a dia, o que exigiu um enorme esforço de reflexão e de tomada de ações diárias para torná-las robustas. Foi uma parada atípica, mas executada de forma brilhante, devido à grande competência do nosso corpo técnico e gerencial. Agradeço a todos que participaram dessa empreitada”, completou o superintendente.
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- 17/05/2021 - Pint of Science 2021Fonte: Agência FapespAgência FAPESP– Pelo segundo ano consecutivo, o Pint of Science, maior evento mundial de divulgação científica em bares e restaurantes, acontecerá em formato on-line no Brasil. A programação começa hoje (17/05) e segue até quarta-feira (19/05).
O Pint of Science é um festival mundial de divulgação científica que leva pesquisadores a bares e restaurantes para compartilhar suas descobertas científicas. O evento ocorrerá em 67 cidades brasileiras, sendo dez capitais.
A programação inclui atividades sobre uso de métodos de investigação e a importância da diversidade no ensino de ciências, uso indevido ou inadequado de medicamentos, pandemia e maternidade, conexões entre os sons e diversos biomas, rochas microbiais, entre outros. Também pelo segundo ano consecutivo, as cidades vão realizar o Pint of Milk, um evento de divulgação científica para as crianças.
A transmissão acontecerá no canal do Pint of Science Brasil no YouTube, além dos canais das instituições de ensino parceiras. Para saber como assistir, os interessados devem acessar o site do Pint of Science.
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- 17/05/2021 - Governo cria empresa pública para coordenar setor de energia nuclearPresidente Jair Bolsonaro assina no Diário Oficial da União desta segunda-feira (17) MP 1.049, que lança a autarquia ANSN
Presidente Jair Bolsonaro assina no Diário Oficial da União desta segunda-feira (17) MP 1.049, que lança a autarquia ANSN
Fonte: R7O Diário Oficial da União desta segunda-feira (17) registra o lançamento de uma nova empresa pública, lançada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. Trata-se da ANSN (Autoridade Nacional de Segurança Nuclear), que tem como finalidade, segundo a MP (Medida Provisória) no 1.049, "monitorar, regular e fiscalizar a segurança nuclear, a proteção radiológica e a das atividades e das instalações nucleares de atividades nucleares, materiais nucleares e fontes de radiação no território nacional".De acordo com a MP do governo, a autarquia federal, com atuação em todo o país, contará com patrimônio próprio, autonomia administrativa, técnica e financeira e terá sede na cidade do Rio de Janeiro (RJ).Entre as atribuições da nova empresa estão as de estabelecer normas e requisitos específicos sobre segurança nuclear, proteção radiológica, editar normas e conceder licenças e autorizações para a transferência e o comércio interno e externo de minerais. Caberá a ela ainda permitir ou rejeitar contruções de instalações nucleares e criar planos de emergência nuclear e radiológica.A MP estabelece que o quadro de funcionários da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear terá 922 pessoas e será inicialmente ocupado pelos integrantes da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear). -
- 14/05/2021 - Governo quer retomar obras da usina nuclear de Angra 3Investimentos para a obra podem chegar a R$ 15 bilhões, segundo Ministério de Minas de Energia
Investimentos para a obra podem chegar a R$ 15 bilhões, segundo Ministério de Minas de Energia
Fonte: CNN BrasilO governo federal vai retomar, na próxima semana, o processo de licitação para construção da usina nuclear Angra 3, localizada na Costa Verde, litoral sul do Rio de Janeiro. Maior empreendimento de infraestrutura previsto para o Brasil em 2021, a instalação tem custo estimado em cerca de R$ 15 bilhões. O projeto inicial prevê a construção de dois prédios, um para abrigar o reator e o outro para uso auxiliar.
De acordo com informações do governo, a primeira etapa no processo de construção consiste na abertura das propostas das empresas interessadas em participar da obra. Ao todo, segundo o Ministério de Minas de Energia, 18 grupos privados já se interessaram pelo projeto e visitaram o local.
As obras devem começar em junho e serão divididas em duas fases. A primeira deve ser concluída até 2023 e a segunda fase, até 2026, quando serão feitos o acabamento do prédio e a instalação do reator.
"Uma das principais atividades é a conclusão da superestrutura de concreto do edifício do reator da planta. Outras etapas cruciais são o fechamento da esfera de aço da contenção e a instalação da piscina de combustíveis usados, da ponte polar e do guindaste do semipórtico”, detalha o comunicado do Ministério de Minas e Energia.
Pela projeção do governo, o Brasil vai adicionar entre 8 GW e 10 GW de energia nuclear nos próximos 30 anos. O aumento energético é suficiente para abastecer uma cidade de cerca de 5 milhões de habitantes. Segundo a Eletrobras, já foram destinados para Angra 3 em 2021 R$ 850 milhões, por meio de Adiamentos para Futuro Aumento de Capital (AFAC). A previsão total de repasse em 2021 é de R$ 2,447 bilhões.
O projeto de Angra 3 faz parte de um complexo com duas outras usinas nucleares. O processo de construção da Usina Angra 3 está suspenso desde 2015.
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- 14/05/2021 - Energia atômica do mar: como China planeja enriquecer sua capacidade nuclear?China planeja ter uma instalação totalmente operacional capaz de extrair urânio do oceano em cerca de dez anos, de acordo com as autoridades chinesas responsáveis por assuntos nucleares.
China planeja ter uma instalação totalmente operacional capaz de extrair urânio do oceano em cerca de dez anos, de acordo com as autoridades chinesas responsáveis por assuntos nucleares.
Fonte: Sputnik BrasilOs trabalhos de construção poderiam começar já em 2026 e, uma vez concluída, a usina teria capacidade de extrair toneladas de urânio anualmente da água do mar, onde se acredita que as reservas de urânio sejam mil vezes superiores às reservas terrestres, informa o jornal South China Morning Post.
A Academia de Engenharia Física da China, responsável pelo desenvolvimento de armas nucleares, vai liderar o projeto com o apoio de institutos de pesquisa civis, tais como a Academia de Ciências da China, dizem pesquisadores informados sobre o projeto.
Contudo, atualmente, as reservas de urânio da China escasseiam, possuindo apenas 170 mil toneladas do elemento, menos do que as reservas da França. Estando o gigante asiático construindo entre seis a oito reatores nucleares por ano, seriam necessárias cerca de 35 mil toneladas de urânio anuais até 2035, o que indica que suas reservas poderiam ficar vazias em menos de cinco anos, explicam especialistas.
Se o esvaziamento acontecesse, Pequim poderia ser obrigada a importar combustível, e visto que o mercado global é, maioritariamente, controlado pelo Ocidente, a China ficaria em uma situação complicada.
Segundo a mídia chinesa, especialistas entendem que a escassez de urânio ameaça os planos da China de se tornar a maior produtora de poder nuclear até 2030.
Até agora, ainda não se conhecem os detalhes técnicos de como a China planeja construir sua usina de extração de urânio marinha, mas seus pesquisadores pelo mundo afora têm feito progressos para tornar este projeto realidade.
Apesar de ainda existirem vários desafios tecnológicos para a construção da plataforma marinha em questão, segundo Que Weimin, secretário-general da Aliança de Inovação Tecnológica de Extração de Urânio de Água do Mar da China, Pequim pretende seguir com seu plano de tornar o país livre de carbono até 2060, acelerando, deste modo, a aprovação de processos para construção de novas usinas nucleares.
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- 14/05/2021 - Plutônio proveniente do espaço é encontrado no fundo do oceano PacíficoPesquisadores revelaram ter encontrado formas raras de ferro e plutônio no fundo do oceano Pacífico, possivelmente produto da explosão de uma supernova e da subsequente tempestade nuclear na Terra.
Pesquisadores revelaram ter encontrado formas raras de ferro e plutônio no fundo do oceano Pacífico, possivelmente produto da explosão de uma supernova e da subsequente tempestade nuclear na Terra.
Fonte: Sputnik BrasilDe acordo com a Science Magazine, estes elementos foram descobertos em camadas rochosas datadas de pelo menos 10 milhões de anos de idade. O material foi retirado do oceano pela empresa de exploração petrolífera do Japão antes de ter sido entregue aos pesquisadores.Já que o elemento é tão difícil de encontrar na natureza, a descoberta é considerada muito rara."Estes são elementos que ainda constituem para nós um mistério", disse o físico da Universidade Nacional Australiana, Anton Wallner, que liderou a equipe internacional de pesquisadores, citado pelo NPR.Muitos astrônomos acreditam que alguns dos mais pesados elementos terrestres tiveram origem em fontes extraterrestres, como colisões de estrelas de nêutrons ou supernovas, que explodiram no espaço e fizeram chover poeira nuclear sobre a superfície da Terra."Nossos dados, na verdade, sugerem que, provavelmente, ambos os cenários podem ser necessários", acentuou o físico. "São ambos. São explosões de supernovas que produzem uma parte destes elementos pesados, mas também fusões de estrelas de nêutrons ou quaisquer outros eventos raros."O plutônio pode ser achado em concentrações muito baixas no minério de urânio, que existe nas profundezas da Terra, longe do contato humano normal.Para produzir quantidade suficiente do elemento radioativo, por exemplo, para criar uma bomba nuclear, os cientistas têm estudado reatores de síntese.Através do uso da reação química de síntese, o urânio pode ser transformado em plutônio. Este processo foi testado em experimentos diferentes, incluindo o Experimento Trinity em 1945, o primeiro teste nuclear na história, e o subsequente bombardeio de Nagasaki com uma bomba atômica, cuja grande potência foi devida a seu sólido núcleo de plutônio. -
- 11/05/2021 - Reações nucleares estão latentes novamente em Chernobyl e podem causar liberação de energia nuclearOs rumores em torno da ameaça que Chernobyl ainda representa para humanidade ganham força com reações de fissão queimando novamente em salas da antiga usina nuclear.
Os rumores em torno da ameaça que Chernobyl ainda representa para humanidade ganham força com reações de fissão queimando novamente em salas da antiga usina nuclear.
Fonte: Sputnik BrasilApós 35 anos do pior acidente nuclear da história acontecer na Usina Nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, as reações de fissão estão queimando mais uma vez em massas de combustível de urânio enterradas nas profundezas de uma sala de reator destroçada, reporta a revista Science.
De acordo com cientistas, os sensores estão rastreando um número crescente de nêutrons, em um sinal de fissão, fluindo de uma sala inacessível, e agora o desafio é conseguir determinar se as reações desaparecerão por conta própria ou se precisarão de intervenções extraordinárias para evitar outro acidente.
"É como as brasas em uma churrasqueira", disse Neil Hyatt, químico nuclear da Universidade de Sheffield, no Reino Unido.
O espectro da fissão autossustentável, ou criticidade nas ruínas nucleares, há muito tempo assombram a usina nuclear. Porém, os responsáveis de Chernobyl presumiram que qualquer risco de criticidade desapareceria quando o projeto chamado Novo Confinamento Seguro foi idealizado para proteger o núcleo do reator número quatro da central de Chernobyl em novembro de 2016.
A estrutura do projeto (que funcionaria como um sarcófago cobrindo o reator) foi destinada a isolar o mesmo para que pudesse ser estabilizado e posteriormente desmontado, e desde sua colocação a contagem de nêutrons na maioria das áreas da usina estava estável. Porém, agora eles começaram a subir em alguns pontos, quase dobrando em quatro anos na sala 305/2, que contém toneladas de materiais de combustíveis enterrados sob os destroços.
Segundo a mídia, a ameaça não pode ser ignorada, pois à medida que os nêutrons crescem, o temor é que a reação de fissão acelere exponencialmente, levando a uma liberação descontrolada de energia nuclear.
Lidar com a ameaça recém-descoberta é bastante desafiador, pois os níveis de radiação na sala 305/2 impedem os cientistas de chegarem perto o suficiente para instalação de sensores. Ao mesmo tempo, borrifar nitrato de gadolínio nos detritos nucleares não é uma opção, já que todo o processo está acontecendo sob o concreto.Uma ideia seria o desenvolvimento de um robô que possa suportar a radiação intensa por tempo suficiente para fazer furos e inserir cilindros de boro, que funcionariam como hastes de controle e absorveriam os nêutrons.
Há muito tempo a Ucrânia planeja cuidar da área e armazenar a estrutura em um repositório geológico, mas nada ainda foi feito. Em setembro deste ano, com a ajuda do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento, o país pretende ter um plano abrangente para fazê-lo.Mas com a ameaça constante dentro da usina, pode ser mais difícil do que nunca enterrar os restos ativos do reator.